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Impacto do trabalho na saúde de crianças e adolescentes 
CARLOS MANAYO-GÓMEZ ZILÁ VIEIRA MEIRELES 
Um grande contingente de crianças e adolescentes trabalham hoje no Brasil em condições abusivas de exploração e de perigo. Suas atividades laborativas são exercidas em diversos setores. Na agricultura (plantações de cana-de- açúcar, laranja etc.), desempenhando trabalhos pesados e expostos a muitos riscos, associados à introdução de máquinas modernas e produtos químicos. Na indústria, em ocupações perigosas (fabricação de vidros, calçados, construções, tecelagem etc.). Nas ruas, como catadores de lixo, vendedores ambulantes e prostitutas, sob ameaça de violência das gangues e da polícia. Em total escravidão ou em combinações e arranjos de trabalho que se aproximam dessa condição. Em casa, cuidando de crianças mais novas ou ajudando nas fazendas e negócios da família, durante tantas horas, que impossibilitam o divertimento e a dedicação à escola (OIT, 1996b). 
A fim de ilustrar, foram selecionadas algumas das atividades exercidas por crianças e adolescentes, em diversos estados brasileiros, e seus efeitos nocivos sobre esta população (Tabela 1). 
No caso do trabalho infantil, o conceito de trabalho de risco deve estar centrado na criança, focalizando não somente fatores de risco externos e imediatos, mas, também, aqueles que ameaçam seu crescimento e desenvolvimento ao longo do tempo. Estas dimensões podem ser agrupadas dentro de duas categorias: a física e a psicossocial. Ambas são cruciais para o futuro da criança, afetam-se mutuamente e as ameaças em cada uma delas devem ser consideradas, em grau de importância. 
Situações de trabalho impróprias à saúde e ao desenvolvimento físico da criança normal podem causar efeito imediato, a médio ou a longo prazo. Acarretam perda de visão e audição, mutilação dos membros, desvios na estrutura corporal, atrofia do crescimento. Alguns destes sintomas podem levar anos para aparecer (Asmus et al., 1996). 
Uma das conseqüências mais sérias e comuns do trabalho infantil, pelo tempo que absorve e pela exaustão que provoca, é impedir o desenvolvimento intelectual da criança. 
Para o adolescente, a atividade laborativa transforma-se freqüentemente em fonte de estresse, ao contrapor-se a seu processo dinâmico e complexo de diferenciação e maturação. Ele precisa de tempo, espaço e condições favoráveis para realizar sua transição em direção à vida adulta; uma transição
marcada por intensas contradições, quando o adolescente vive momentos de alta ansiedade e de solidão pelas ardentes ou estéreis preocupações filosóficas e pelo desejo de liberdade diante de sentimentos de opressão, principalmente no que diz respeito a normas e disciplinas. Assim, o trabalho acaba impondo a esses jovens um conjunto de situações desfavoráveis, contrapondo-se ao seu momento de descoberta individual, e rotinas e tarefas lhes são designadas de forma mais dura que aos próprios adultos. 
Em suma, o trabalho, quando não oferecido adequadamente para esta população, passa a representar um ritual de violência à saúde, capaz de gerar graves seqüelas para a vida adulta. A falta de alternativas, somada a ausência de proteção, permitida por lei, colocam crianças e adolescentes num status inferior ao do conjunto dos trabalhadores. Nas piores condições, elas podem estar sujeitas a intimidações e abusos físicos, contra os quais não podem se defender e tem poucos recursos para obter compensações nas ocorrências de danos ou injustiças. 
No Brasil, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em 1952, dedica um capítulo à regulação do ingresso no mercado de trabalho dos adolescentes entre 14 e 18 anos, sendo parcialmente ratificada, em 1990, no Estatuto da Criança e do Adolescente, que abre o precedente para o trabalho na forma de bolsa-aprendizagem para aqueles com menos de 14 anos. Para os menores de 18 anos, a CLT proíbe o trabalho noturno, bem como em atividades e locais perigosos ou insalubres. Além disso, condiciona o exercício da atividade laborativa à permanência na escola e delega à autoridade competente e/ou ao responsável legal do menor o direito de retirá-lo do local de trabalho, caso sejam verificadas condições prejudiciais ao seu desenvolvimento físico e psíquico. 
Apesar da legislação existente que protege esse trabalhador - freqüentemente não cumprida -, esta população permanece sujeita a condições potencialmente lesivas a sua saúde. Torna-se necessário, portanto, uma política intersetorial envolvendo os órgãos públicos (ministérios do Trabalho, da Justiça, da Saúde e da Educação), os sindicatos, as ONGs e, principalmente, as instâncias de proteção e defesa dos direitos da infância e adolescência (Conselhos Municipais da Criança e do Adolescente e Conselhos Tutelares). Essa atuação conjunta possibilitaria, dentre outras ações, o desenvolvimento de um programa eficaz de vigilância à saúde desses trabalhadores, visando à erradicação do trabalho infantil e à fiscalização da exploração do trabalho juvenil. 
Finalmente cabe registrar a necessidade de maior investimento em estudos e pesquisas capazes de desvendar os efeitos que o trabalho causa a essa população e fornecer subsídios para repensar ou criar estratégias viáveis de intervenção.
Tabela 1 
Agravos à saúde em atividades exercidas por crianças e adolescentes em alguns estados. 
Atividades 
Estados 
Agravos 
Cultura e colheita de frutas, cereais, cana-de-açúcar, café, cacau, algodão e outras. 
SE, PE, RO, PA, AL, BA, PI, MA, RN, CE, GO, MT, MS, SP, RJ, MG, SC 
Intoxicação por agrotóxicos, problemas de coluna, LER, picadas de insetos e mordidas de animais peçonhentos, lesões por instrumentos cortantes. 
Cerâmica e olaria. 
CE, PB, RN, BA, PE, PI, SE, MA, RS, SC, PR, AM, PR, RO, AL, PB, GO, MT, ES, RJ, SP, MG 
Dermatoses, cortes por maquinário, queimaduras, mutilações, LER, lesões pulmonares e auditivas, lombalgias e fadiga muscular. 
Pedreiras 
CE, AL, BA, RN, PB, PI, PE, GO, SC, PR, MG, RJ, SP, ES 
Cortes, perdas auditivas e visuais fadiga muscular, lombalgias, LER e pneumoconioses 
Carvoaria 
MT, GO, MG, MS, PA, AM 
Problemas respiratórios, queimaduras, mutilação por motosserra, dermatoses. 
Serraria / Madeireira 
MT, MS, RS, PR, SC 
Cortes, mutilações, acidentes fatais, lesões musculares e auditivas, dermatoses. 
Cultura do sisal 
BA 
Cortes e mutilações, problemas respiratórios e auditivos, tenossinovite. 
Extração de sal 
CE, PI, RN 
Queimaduras, problemas de coluna e LER. 
Tecelagem 
RN, PB, CE 
LER e contaminações por poeira, cloro e tintas. 
Seringais 
MT 
Contaminação por agrotóxicos, doenças respiratórias, malária e dengue 
Programas de inserção no mercado de trabalho. 
PR, MT, MS, RO, PB, MA 
Atropelamentos, lesões físicas, alterações do sono, distúrbios psicoemocionais e LER. 
Trabalhos na rua: catador de lixo, engraxates, ambulantes, entregadores de jornal, serviços de panfletagem. 
MT, DF, MS, RJ, SP, AL, CE, PE, PI, SE, GO 
Intoxicação por alimentos deteriorados e substâncias químicas, verminoses, diversas formas de violência, problemas de coluna, LER, alterações do ciclo biológico, acidentes de trânsito. 
Fonte: MT, 1996. 
Referências 
ALVIM, R., 1994. O Trabalho Infanto-Juvenil em Discussão, Terceirização: Diversidade e Negociação no Mundo do Trabalho. São Paulo: Hucitec. 
ASMUS, C. I. F.; BARKER, S.L.: RUZANY, M. H. & MEIRELES, V. Z., 1996. Riscos ocupacionais na infância e na adolescência: uma revisão. Jornal de Pediatria, 72:203-208. 
CERVINI, R. & BURGER, F., 1996. O Menino Trabalhador no Brasil Urbano dos Anos 80. São Paulo: Cortez. 
RUZANY, M. H., 1996. Saúde do Adolescente: um Desafio Ético. Rio de Janeiro. Uerj. (mimeo.) 
OIT (Organização Internacional do Trabalho), 1996a. Trabajo Infantil: Qué Hacer? Genebra: OIT.
OIT (Organização Internacional do Trabalho), 1996 b. Programa Internacional para a Eliminação do Trabalho Infantil. São Paulo. (mimeo.) 
MATEUS, S. B., 1996. Quem explora a mão-de-obra infantil. Revista Atenção, 2:9-16. 
MT (Ministério do Trabalho), 1996. Diagnóstico Preliminar dos Focos de Trabalho da Criança e do Adolescente no Brasil. Brasília: MT. 
THOMPSON, E. P., 1987. A Formação da Classe Operária Inglesa. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 
Fragmento de "Crianças e adolescentes trabalhadores: um compromisso para a saúde coletiva." In: Cadernos de Saúde Pública. Rio de Janeiro, Editora Fiocruz, vol.13, supl.2, 1997, pp. 138-140. 
Carlos Manayo-Gómez trabalha no Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Osvaldo Cruz. Zilá Vieira Meireles trabalha no Programa de Saúde do Adolescente Trabalhador do Núcleo de Estudo em Saúde do adolescente da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

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Impacto do trabalho na saúde de crianças e adolescentes

  • 1. Impacto do trabalho na saúde de crianças e adolescentes CARLOS MANAYO-GÓMEZ ZILÁ VIEIRA MEIRELES Um grande contingente de crianças e adolescentes trabalham hoje no Brasil em condições abusivas de exploração e de perigo. Suas atividades laborativas são exercidas em diversos setores. Na agricultura (plantações de cana-de- açúcar, laranja etc.), desempenhando trabalhos pesados e expostos a muitos riscos, associados à introdução de máquinas modernas e produtos químicos. Na indústria, em ocupações perigosas (fabricação de vidros, calçados, construções, tecelagem etc.). Nas ruas, como catadores de lixo, vendedores ambulantes e prostitutas, sob ameaça de violência das gangues e da polícia. Em total escravidão ou em combinações e arranjos de trabalho que se aproximam dessa condição. Em casa, cuidando de crianças mais novas ou ajudando nas fazendas e negócios da família, durante tantas horas, que impossibilitam o divertimento e a dedicação à escola (OIT, 1996b). A fim de ilustrar, foram selecionadas algumas das atividades exercidas por crianças e adolescentes, em diversos estados brasileiros, e seus efeitos nocivos sobre esta população (Tabela 1). No caso do trabalho infantil, o conceito de trabalho de risco deve estar centrado na criança, focalizando não somente fatores de risco externos e imediatos, mas, também, aqueles que ameaçam seu crescimento e desenvolvimento ao longo do tempo. Estas dimensões podem ser agrupadas dentro de duas categorias: a física e a psicossocial. Ambas são cruciais para o futuro da criança, afetam-se mutuamente e as ameaças em cada uma delas devem ser consideradas, em grau de importância. Situações de trabalho impróprias à saúde e ao desenvolvimento físico da criança normal podem causar efeito imediato, a médio ou a longo prazo. Acarretam perda de visão e audição, mutilação dos membros, desvios na estrutura corporal, atrofia do crescimento. Alguns destes sintomas podem levar anos para aparecer (Asmus et al., 1996). Uma das conseqüências mais sérias e comuns do trabalho infantil, pelo tempo que absorve e pela exaustão que provoca, é impedir o desenvolvimento intelectual da criança. Para o adolescente, a atividade laborativa transforma-se freqüentemente em fonte de estresse, ao contrapor-se a seu processo dinâmico e complexo de diferenciação e maturação. Ele precisa de tempo, espaço e condições favoráveis para realizar sua transição em direção à vida adulta; uma transição
  • 2. marcada por intensas contradições, quando o adolescente vive momentos de alta ansiedade e de solidão pelas ardentes ou estéreis preocupações filosóficas e pelo desejo de liberdade diante de sentimentos de opressão, principalmente no que diz respeito a normas e disciplinas. Assim, o trabalho acaba impondo a esses jovens um conjunto de situações desfavoráveis, contrapondo-se ao seu momento de descoberta individual, e rotinas e tarefas lhes são designadas de forma mais dura que aos próprios adultos. Em suma, o trabalho, quando não oferecido adequadamente para esta população, passa a representar um ritual de violência à saúde, capaz de gerar graves seqüelas para a vida adulta. A falta de alternativas, somada a ausência de proteção, permitida por lei, colocam crianças e adolescentes num status inferior ao do conjunto dos trabalhadores. Nas piores condições, elas podem estar sujeitas a intimidações e abusos físicos, contra os quais não podem se defender e tem poucos recursos para obter compensações nas ocorrências de danos ou injustiças. No Brasil, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em 1952, dedica um capítulo à regulação do ingresso no mercado de trabalho dos adolescentes entre 14 e 18 anos, sendo parcialmente ratificada, em 1990, no Estatuto da Criança e do Adolescente, que abre o precedente para o trabalho na forma de bolsa-aprendizagem para aqueles com menos de 14 anos. Para os menores de 18 anos, a CLT proíbe o trabalho noturno, bem como em atividades e locais perigosos ou insalubres. Além disso, condiciona o exercício da atividade laborativa à permanência na escola e delega à autoridade competente e/ou ao responsável legal do menor o direito de retirá-lo do local de trabalho, caso sejam verificadas condições prejudiciais ao seu desenvolvimento físico e psíquico. Apesar da legislação existente que protege esse trabalhador - freqüentemente não cumprida -, esta população permanece sujeita a condições potencialmente lesivas a sua saúde. Torna-se necessário, portanto, uma política intersetorial envolvendo os órgãos públicos (ministérios do Trabalho, da Justiça, da Saúde e da Educação), os sindicatos, as ONGs e, principalmente, as instâncias de proteção e defesa dos direitos da infância e adolescência (Conselhos Municipais da Criança e do Adolescente e Conselhos Tutelares). Essa atuação conjunta possibilitaria, dentre outras ações, o desenvolvimento de um programa eficaz de vigilância à saúde desses trabalhadores, visando à erradicação do trabalho infantil e à fiscalização da exploração do trabalho juvenil. Finalmente cabe registrar a necessidade de maior investimento em estudos e pesquisas capazes de desvendar os efeitos que o trabalho causa a essa população e fornecer subsídios para repensar ou criar estratégias viáveis de intervenção.
  • 3. Tabela 1 Agravos à saúde em atividades exercidas por crianças e adolescentes em alguns estados. Atividades Estados Agravos Cultura e colheita de frutas, cereais, cana-de-açúcar, café, cacau, algodão e outras. SE, PE, RO, PA, AL, BA, PI, MA, RN, CE, GO, MT, MS, SP, RJ, MG, SC Intoxicação por agrotóxicos, problemas de coluna, LER, picadas de insetos e mordidas de animais peçonhentos, lesões por instrumentos cortantes. Cerâmica e olaria. CE, PB, RN, BA, PE, PI, SE, MA, RS, SC, PR, AM, PR, RO, AL, PB, GO, MT, ES, RJ, SP, MG Dermatoses, cortes por maquinário, queimaduras, mutilações, LER, lesões pulmonares e auditivas, lombalgias e fadiga muscular. Pedreiras CE, AL, BA, RN, PB, PI, PE, GO, SC, PR, MG, RJ, SP, ES Cortes, perdas auditivas e visuais fadiga muscular, lombalgias, LER e pneumoconioses Carvoaria MT, GO, MG, MS, PA, AM Problemas respiratórios, queimaduras, mutilação por motosserra, dermatoses. Serraria / Madeireira MT, MS, RS, PR, SC Cortes, mutilações, acidentes fatais, lesões musculares e auditivas, dermatoses. Cultura do sisal BA Cortes e mutilações, problemas respiratórios e auditivos, tenossinovite. Extração de sal CE, PI, RN Queimaduras, problemas de coluna e LER. Tecelagem RN, PB, CE LER e contaminações por poeira, cloro e tintas. Seringais MT Contaminação por agrotóxicos, doenças respiratórias, malária e dengue Programas de inserção no mercado de trabalho. PR, MT, MS, RO, PB, MA Atropelamentos, lesões físicas, alterações do sono, distúrbios psicoemocionais e LER. Trabalhos na rua: catador de lixo, engraxates, ambulantes, entregadores de jornal, serviços de panfletagem. MT, DF, MS, RJ, SP, AL, CE, PE, PI, SE, GO Intoxicação por alimentos deteriorados e substâncias químicas, verminoses, diversas formas de violência, problemas de coluna, LER, alterações do ciclo biológico, acidentes de trânsito. Fonte: MT, 1996. Referências ALVIM, R., 1994. O Trabalho Infanto-Juvenil em Discussão, Terceirização: Diversidade e Negociação no Mundo do Trabalho. São Paulo: Hucitec. ASMUS, C. I. F.; BARKER, S.L.: RUZANY, M. H. & MEIRELES, V. Z., 1996. Riscos ocupacionais na infância e na adolescência: uma revisão. Jornal de Pediatria, 72:203-208. CERVINI, R. & BURGER, F., 1996. O Menino Trabalhador no Brasil Urbano dos Anos 80. São Paulo: Cortez. RUZANY, M. H., 1996. Saúde do Adolescente: um Desafio Ético. Rio de Janeiro. Uerj. (mimeo.) OIT (Organização Internacional do Trabalho), 1996a. Trabajo Infantil: Qué Hacer? Genebra: OIT.
  • 4. OIT (Organização Internacional do Trabalho), 1996 b. Programa Internacional para a Eliminação do Trabalho Infantil. São Paulo. (mimeo.) MATEUS, S. B., 1996. Quem explora a mão-de-obra infantil. Revista Atenção, 2:9-16. MT (Ministério do Trabalho), 1996. Diagnóstico Preliminar dos Focos de Trabalho da Criança e do Adolescente no Brasil. Brasília: MT. THOMPSON, E. P., 1987. A Formação da Classe Operária Inglesa. Rio de Janeiro: Paz e Terra. Fragmento de "Crianças e adolescentes trabalhadores: um compromisso para a saúde coletiva." In: Cadernos de Saúde Pública. Rio de Janeiro, Editora Fiocruz, vol.13, supl.2, 1997, pp. 138-140. Carlos Manayo-Gómez trabalha no Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Osvaldo Cruz. Zilá Vieira Meireles trabalha no Programa de Saúde do Adolescente Trabalhador do Núcleo de Estudo em Saúde do adolescente da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.