Este documento propõe um plano de formação pedagógica para professores da Escola Técnica do SUS "Professora Ena de Araújo Galvão" em Mato Grosso do Sul, Brasil, com o objetivo de fortalecer as práticas pedagógicas. O plano sugere um curso de 88 horas dividido em três blocos temáticos abordando temas, estratégias de ensino e avaliação. O curso será oferecido a professores recém-contratados e em serviço para melhorar o processo de ensino-ap
SAÚDE INFANTIL: INCLUSÃO SOCIAL E DIREITOS HUMANOS
Formação docentes ETSUS
1. PLANO DE FORMAÇÃO PEDAGÓGICA: UMA PROPOSTA DE
FORTALECIMENTO DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DA ETSUS/MS
“PROFESSORA ENA DE ARAÚJO GALVÃO”.
Valdirene Silva Pires Macena1; Clarice Marcolino2
BELO HORIZONTE – MG
2013
1 Bióloga. Pesquisadora. Professora da ETSUS/MS
2Enfermeira. Orientadora. Docente na UFMG
2.
1. INTRODUÇÃO
No Estado do Mato Grosso do Sul, a Escola Técnica do SUS “Professora Ena
de Araújo Galvão” - ETSUS/MS , vem estendendo suas ações educativas
por todo o estado oferecendo cursos de:
Qualificação Profissional Inicial;
Formação Profissional Técnica;
Educação Permanente de nível médio, em diversas áreas do setor saúde.
A integração ensino-serviço emerge como proposta política e
metodológica para a formação de trabalhadores sem qualificação ou
formação específica (BORGES et al., 2012).
3.
Gráfico 1. Distribuição da quantidade de Docentes Credenciados
na SES/MS até o ano de 2012 (n=2.471).
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
Enfermagem Farmácia Fisioterapia Medicina Psicologia Odontologia
Graduação 882 143 129 81 184 194
Especialização 459 63 64 43 95 104
4.
O ato de educar, não é somente transmitir conhecimentos de uma
determinada profissão, é preciso mais do que isso, é primordial
saber:
Como os alunos-adultos aprendem;
Selecionar conteúdos e recursos didáticos adequados para facilitar
o processo de ensino e de aprendizagem dos alunos;
Promover competências e habilidades dos alunos;
Saber avaliar, entre outros.
Portanto...
5.
Promover subsídios aos docentes em suas práticas
didático- pedagógica na ETSUS/MS.
2. PROPOSTA DO PROJETO DE INTERVENÇÃO
6.
2.1 Objetivo geral
Capacitar Profissionais de nível superior para atuação de docente e
coordenador pedagógico nos cursos Técnicos de Nível Médio em Saúde
centralizados e descentralizados da Escola Técnica do SUS “Professora Ena de
Araújo Galvão”, no Estado de Mato Grosso do Sul.
2.2 Objetivos específicos
Ofertar curso de Capacitação Pedagógica de 88 horas para os docentes recém
cadastrados como docentes na ETSUS/MS;
Oferecer cursos de formação continuada para os docentes que trabalham nos
cursos das ETSUS/MS.
3. OBJETIVOS DO PROJETO DE INTERVENÇÃO
7. Trata-se de um projeto de abrangência
estadual, cuja meta é envolver os
municípios do Estado de Mato Grosso do
Sul.
Público-alvo: Profissionais de nível superior
credenciados na ETSUS/MS.
Duração do curso: 88 hora/aula.
4. METODOLOGIA DA
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
8.
BLOCOS TEMÁTICOS CARGA HORÁRIA
I – TEMAS ABORDADOS 40 HORAS
II- ESTRATÉGIAS E METODOLOGIAS UTILIZADAS 24 HORAS
III - ESTRATÉGIAS DE AVALIAÇÃO 24 HORAS
CARGA HORÁRIA TOTAL 88 HORAS
3.1 ESTRUTURA DO PLANO DE FORMAÇÃO PEDAGÓGICA
x
CURRÍCULO POR COMPETÊNCIA
Seguindo o Anexo III, da Portaria nº. 3.189/2009, o projeto propõe organizar o
Plano de Capacitação Pedagógica em 03 Blocos Temáticos: I, II e III.
COMPETÊNCIAS DOS BLOCOS TEMÁTICOS - I, II e III:
Desenvolver ações didático-pedagógicas aos profissionais em saúde para a educação,
bem como, conscientizar o docente/trabalhador atuar como sujeito/facilitador no
processo de ensino/aprendizagem, e incentivá-lo ser um sujeito crítico-reflexivo em
estado permanente de aprendizagem: aprendendo a aprender, aprendendo a ensinar e
ensinando a aprender.
9.
O curso de Formação Pedagógica, será ofertado antes do início de
qualquer curso Técnico Profissionalizante de Nível Médio em Saúde
centralizado e descentralizado em horários distintos:
Para os cursos centralizados: sugere-se à Comissão Pedagógica ministrar
as aulas teórico/práticas na própria sede, no período noturno com carga
horária de 04 horas diárias, de segunda à sexta-feira;
Para os cursos descentralizados: propõe-se à Comissão Pedagógica
deslocar-se até o município sede para ministrar as aulas teórico/práticas,
nos turnos vespertino e noturno (08 horas diárias), de segunda à sexta-
feira, após a concordância expressa do gestor local para subsidiar os
custos de locomoção dos Instrutores e Discentes (Docentes e
Coordenadores convocados).
3.2 ESTRUTURA DO PLANO DE FORMAÇÃO PEDAGÓGICA
CURSOS CENTRALIZADOS X DESCENTRALIZADOS
10. Cada Bloco Temático contém atividades específicas necessárias para se trabalhar determinados
conceitos-chave relacionados com a Educação Profissional em Saúde.
As aulas teórico/práticas serão ministradas através de metodologias ativas que permitirão a
dinamicidade do processo educativo;
A maioria das atividades propostas serão realizadas em subgrupos, além de leituras e discussões de
textos, aula dialogada, debates, dinâmicas e vídeos, os produtos serão compartilhados em plenárias;
Como suporte didático, será ofertada aos participantes uma Apostila adaptada pela própria Comissão
de Capacitação Pedagógica;
O projeto também adota uma aprendizagem construtiva e reconstrutiva dos docentes e
coordenadores convocados, além de orientá-los a refletir sobre a relação do ensino-serviço;
A metodologia do Plano de Formação Pedagógica, ainda propõe, a transversalidade entre as
competências e, em especial, as competências relacionadas ao saber – ser (atitudes e valores) que
deverão ser desenvolvidas em todos os Blocos Temáticos.
3.3 PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
X
CURRÍCULO POR COMPETÊNCIA
11.
REFÊRENCIAS
ABREU, G.R. Por uma Ressignificação da Prática Pedagógica na
Construção da Identidade do Professor do Ensino Técnico-
Profissional. Democratizar, v. 3, n. 1, Instituto Superior de
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União, n. 245, p. 59 – 61, 23 dez.2009. Seção 1.
______.Resolução nº. 01, de 27 de março de 2008. Define os
profissionais do magistério, para efeito da aplicação do art. 22 da Lei nº.
11.494/2007, que regulamenta o Fundo de Manutenção e
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da Educação – FUNDEB. Disponível em: <
http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf/rceb001_08.pdf>. Acesso
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12.
REFERÊNCIAS
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aprendizagem: um estudo de caso na escola profissionalizante
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Enfermagem. Ribeirão Preto, v. 9, n. 1, p. 53-58, janeiro 2001.
13.
“Ensinar não é transferir conhecimento,
mas criar as possibilidades para a sua
própria produção ou a sua construção”.
(Paulo Freire)
OBRIGADA!!!