SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 5
Baixar para ler offline
DETERMINAÇÃO DA INCERTEZA DE MEDIÇÃO EM DURÔMETROS
PARA PESQUISA METROLÓGICA
Pires, Fábio de Souza
Nascimento, Jôneo Lopes do
Cardoso, Tito Lívio Medeiros*
INSTITUTO NACIONAL DE TECNOLOGIA – INT
1. Introdução
A determinação da incerteza de medição é uma das questões fundamentais para a garantia da
confiabilidade metrológica na prestação de serviços de calibração. No Brasil, a metrologia de dureza está em fase
embrionária já que diversos projetos de pesquisa e desenvolvimento nesta área estão em andamento. Tais
projetos tem o seu enfoque principal no desenvolvimento de padrões primários nacionais e na capacitação de
laboratórios de calibração aptos a oferecem este serviço na área de dureza com a confiabilidade metrológica
exigida pelos padrões internacionais.
Neste contexto, o Instituto Nacional de Tecnologia, através do seu laboratório de Metalografia e de Dureza,
vem realizando um esforço no sentido da plena capacitação de sua estrutura laboratorial para o atendimento da
demanda de serviços de metrologia de dureza, por parte da indústria brasileira e sul-americana. Este esforço
passa pela determinação dos erros sistemáticos e das incertezas associadas aos seus equipamentos para o
estabelecimento da confiabilidade metrológica. O presente trabalho apresenta os resultados até aqui obtidos deste
esforço bem como a metodologia proposta para o monitoramento e avaliação das grandezas envolvidas.
2. Desenvolvimento
2.1. Máquinas em estudo
O objeto da análise aqui apresentada consiste de duas máquinas de ensaios de dureza as quais o INT
pretende aplicar aos serviços secundários de metrologia de dureza. Um durômetro semi-automático OTTO
WOLPERT-WERKE mod. DIA TESTOR 2Rc e um durômetro automático INSTRON-WOLPERT mod. 930.
Figura 1 – Máquinas sob estudo
A primeira destas máquinas possui um sistema de aplicação de carga mecânico através de um conjunto
de massas e alavanca. Originalmente, a leitura da dureza neste equipamento era realizada por meio da leitura em
instrumentos analógicos (relógio comparador para o método Rockwell, escala milimétrica para o método Brinell e
Vickers) e correlação das medidas dimensionais obtidas em tabelas normalizadas para a obtenção da dureza,
quando pertinente. Posteriormente, este durômetro sofreu um processo de retrofitting pela instalação de um
sistema composto por dois sensores do tipo LVDT os quais geram sinais elétricos de saída correspondentes ao
movimento do conjunto de massas e alavanca originais, bem como à abertura de uma escala incremental
posicionada sobre um visor com a imagem ampliada da identação. Estes sinais são enviados a um console digital
INSTRON-WOLPERT modelo TESTOR PANEL o qual utiliza as medidas dimensionais lineares da escala
incremental e do LVDT para converte-las diretamente na medida de dureza correspondente, sem que o operador
efetivamente realize as medidas dimensionais.
O durômetro INSTRON-WOLPERT mod. 930 já possui, por sua vez, o sistema de medição acima descrito
integrado em seu projeto construtivo. A diferença reside no sistema de aplicação de carga o qual é composto de
servo-motor e alavancas além de uma célula de carga a qual fornece o sinal correspondente à força aplicada e
alimenta o circuito controlador corrigindo o posicionamento de servo-motor em relação a um set point definido.
2.2. Metodologia de monitoramento
Para a determinação dos desvios e incertezas de cada um dos dois durômetros, foi adotada a metodologia
de monitoramento das medidas de dureza fornecidas pelas mesmas as quais eram confrontadas com valores
nominais provenientes de blocos padrão de referência certificados por institutos reconhecidos internacionalmente.
Este processo está em acordo com as normas internacionais no momento em vigor e recebe a nomenclatura de
“calibração indireta de dureza”.
As máquinas apresentadas foram submetidas a um período de monitoramento contínuo equivalente a 30
dias nos quais realizou-se 900 medidas de dureza distribuídas conforme a Tabela 1.
Tabela 1 – Distribuição das medições pelas faixas normalizadas.
Método Escala Faixas Valor nominal dos
padrões utilizados
Brinell  2,5 mm / 187,5 kgf < 225 103
> 225 266
373
Rockwell B 20 a 50 42,7
60 a 80 61,1
85 a 100 91,6
C 20 a 30 29,5
35 a 55 50
60 a 70 66,05
Vickers HV 10 < 225 127
225 a 400 250
> 400 681
HV 30 < 225 131
225 a 400 242
> 400 831
Em cada faixa adotou-se um espaço amostral de 30 medidas por durômetro em cada bloco padrão.
Durante todo o período de monitoramento foram mantidas condições de reprodutibilidade, a saber: mesmos
identadores, tempo de aplicação de carga, operadores e padrões. Antes de se iniciar cada sessão de medições em
cada bloco padrão foram realizadas duas identações para a acomodação do identador no porta-penetrador e do
próprio padrão na mesa de ensaio.
2.3. Avaliação da incerteza de medição
Procurou-se desenvolver um cálculo para a avaliação da incerteza o qual foi baseado nas recomendações
estabelecidas no Guia para Avaliação da Incerteza de Medição (ISO GUM) e na norma NIS 0406:93.
Este cálculo considerava como componentes da incerteza, na calibração indireta da dureza, a Incerteza do
padrão, a, constante no certificado de calibração de cada bloco padrão, a incerteza associada ao sistema de
medição dimensional de cada durômetro e os desvios resultantes das flutuações aleatórias nas medições, estes
desvios eram quantificados pelo desvio-padrão experimental, (x), obtido. A este tipo de avaliação da incerteza, o
ISO GUM dá a nomenclatura de “avaliação tipo A". Convém ressaltar que o cálculo da componente associada ao
sistema de medição era idêntico para ambas as máquinas já que as duas dispunham do console digital TESTOR
PANEL e era composto, principalmente, pela limitação da resolução, r, deste sistema.
Considerando distribuições retangulares de probabilidade associada à incerteza do sistema de medição e
dos blocos padrão, i.é, qualquer valor é igualmente provável dentro dos seus limites de variação, e uma
distribuição normal para a incerteza “tipo A” a qual pode ser definida pelo desvio padrão da média,
(x), (equação 1).
Onde n é o número de medições efetuadas por bloco padrão. Estas componentes de dureza associam-se
para produzir a incerteza combinada. Calculava-se então o produto entre este parâmetro e o “t” de Student de
modo a produzir a incerteza expandida para um determinado nível de confiança.
(1)
Considerando um total de medidas por bloco em cada durômetro e um nível de confiança de 95%,
obtemos um t de Student igual a 2,06.
A incerteza expandida final para 95% de confiança, U95, fica segundo a equação 2.
3. Resultados
Os resultados obtidos com o monitoramento dos dois durômetros encontram - se resumidos nas tabelas 2
e 3 a seguir.
Os valores apresentados para as tendências são expressões da diferença entre o valor médio de todas
medições para cada faixa e o valor nominal da mesma. Conforme podemos observar de um modo geral, os
valores de tendência são mais pronunciados nas faixas mais baixas de cada escala, apresentando valores
superiores a 1%. Ao contrário das faixas mais altas de cada escala, que em alguns casos chegaram a apresentar
valores de tendências próximos de zero.
Tabela 2 – Resultados obtidos no durômetro INSTRON WOLPERT 930
Método Escala Faixa Valor
nominal do
padrão
Tendência
relativa
Incerteza
expandida
relativa
Brinell  2,5 mm
/ 187,5 kgf
< 225 103 -7,05% 1,80%
> 225 266 -1,94% 0,93%
373 -0,29% 1,00%
Rockwell B 20 a 50 42,7 1,37% 1,52%
60 a 80 61,1 -0,02% 1,03%
85 a 100 91,6 -0,05% 0,66%
C 20 a 30 29,5 1,41% 1,28%
35 a 55 50 0,31% 0,74%
60 a 70 66,05 -0,57% 0,63%
Vickers HV 10 < 225 127 0,03% 1,99%
225 a 400 250 0,19% 1,02%
> 400 681 1,00% 0,78%
HV 30 < 225 131 -1,09% 1,07%
225 a 400 242 0,76% 1,06%
> 400 831 0,01% 1,00%
(2)
Tabela 3 – Resultados obtidos no durômetro OTTO WOLPERT-WERKE 2Rc
Método Escala Faixa Valor
nominal do
padrão
Tendência
relativa
Incerteza
expandida
relativa
Brinell  2,5 mm
/ 187,5 kgf
< 225 103 -6,64% 1,84%
> 225 266 -2,00% 0,95%
373 -0,42% 0,98%
Rockwell B 20 a 50 42,7 0,90% 1,45%
60 a 80 61,1 1,23% 1,10%
85 a 100 91,6 0,65% 0,70%
C 20 a 30 29,5 0,97% 1,30%
35 a 55 50 -0,26% 0,76%
60 a 70 66,05 -0,46% 0,64%
Vickers HV 10 < 225 127 -0,24% 1,96%
225 a 400 250 1,23% 1,01%
> 400 681 -0,56% 0,71%
HV 30 < 225 131 -2,18% 1,08%
225 a 400 242 -0,32% 1,04%
> 400 831 -1,28% 0,91%
Com relação aos valores de incerteza expandida obtidos, podemos observar que em todas as escalas
estes valores são maiores para a faixa de dureza mais baixa, variando entre 1,03% e 1,96%, e geralmente
diminuem sensivelmente a partir da faixa intermediária de dureza, conforme demonstrado no gráfico 1.Quanto à
faixa de dureza mais alta , podemos destacar que os valores obtidos no método Rockwell, apresentam valores em
torno de 0,60%. Este índice está próximo àquele comumente encontrado em laboratórios de institutos
reconhecidos internacionalmente pelo padrão de seus serviços metrológicos.
Gráfico 1 – Evolução das incertezas expandidas como função dos métodos para o durômetro 930.
É importante ainda ressaltar que o valor total obtido para as incertezas expandidas é fortemente
influenciado pela componente de incerteza associada aos padrões utilizados no processo de monitoramento. De
fato, os resultados demonstraram que esta componente é várias ordens de grandeza superior as demais,
conforme observado no gráfico 2.
0,00%
0,50%
1,00%
1,50%
2,00%
2,50%
HB
HRB
HRC
HV 10
HV 30
Gráfico 2 – Distribuição relativa das componentes da incerteza para a faixa
inferior de dureza do método Rockwell B no durômetro 930.
4. Conclusões
Do que foi demonstrado nos itens precedentes, observamos que o controle da incerteza dos padrões é um
aspecto fundamental na obtenção da confiabilidade metrológica para a realização das medições de dureza. Uma
outra abordagem paralela com o objetivo de minimizar a incerteza expandida total é a utilização de sistema de
medição de maior poder de resolução e menor interferência do operador.
Os desvios sistemáticos podem ser corrigidos através de ajustes mecânicos e/ou eletrônicos, ou
estatisticamente por meio do aumento do período de monitoramento de forma que a influência dos efeitos
aleatórios seja muito pequena na presença dos efeitos sistemáticos. Em condições de reprodutibilidade, o
processo produzirá fatores de correção adequados para cada um dos durômetros em estudo.
Este trabalho alcançou seus objetivos na medida em que permitiu determinar os desenvolvimentos
seguintes a serem realizados no escopo do esforço de capacitação do INT como uma instituição apta à realização
de serviços metrológicos secundários de dureza no âmbito do mercosul.
5. Referências Bibliográficas
(1) Edição Brasileira do Guia para Expressão da Incerteza de Medição. ABNT/SBM/INMETRO. Rio de Janeiro, 1996.
(2) HOLMAN, J.P. Experimental Methods for Engineers. Ed McGraw-Hill. New York, 1994.
(3) SOUZA, S.A. Ensaios Mecânicos de Materiais Metálicos. Ed. Edgard Blücher. Rio de Janeiro, 1982.
65%
7%
28%
S iste m a d e M e d içã o
P a d rã o
T ip o A

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Aula02d Cotagem
Aula02d  CotagemAula02d  Cotagem
Aula02d CotagemUFPR
 
Memória de cálculo de linha de vida
Memória de cálculo de linha de vida  Memória de cálculo de linha de vida
Memória de cálculo de linha de vida gbozz832
 
calculo de incerteza de medição
calculo de incerteza de mediçãocalculo de incerteza de medição
calculo de incerteza de mediçãoEduardo Santos
 
Tubulações e Dutos - Estudante do curso INSPETOR DE EQUIPAMENTOS
Tubulações e Dutos - Estudante do curso INSPETOR DE EQUIPAMENTOSTubulações e Dutos - Estudante do curso INSPETOR DE EQUIPAMENTOS
Tubulações e Dutos - Estudante do curso INSPETOR DE EQUIPAMENTOSMário Sérgio Mello
 
ABNT NBR ISO 10012:2004 - Sistema de Gestão de Medição
ABNT NBR ISO 10012:2004 - Sistema de Gestão de MediçãoABNT NBR ISO 10012:2004 - Sistema de Gestão de Medição
ABNT NBR ISO 10012:2004 - Sistema de Gestão de MediçãoFabiano Costa Cardoso
 
Pr 0015-procedimento para fabricação e montagem de tubulações-revisão1
Pr 0015-procedimento para fabricação e montagem de tubulações-revisão1Pr 0015-procedimento para fabricação e montagem de tubulações-revisão1
Pr 0015-procedimento para fabricação e montagem de tubulações-revisão1Graciele Soares
 
2º lista de exercícios de soldagem
2º lista de exercícios de soldagem 2º lista de exercícios de soldagem
2º lista de exercícios de soldagem paulofarina
 
Metrologia - Aula 3
Metrologia - Aula 3Metrologia - Aula 3
Metrologia - Aula 3IBEST ESCOLA
 
Cabos de Aço - Módulos 3 e 4
Cabos de Aço - Módulos 3 e 4Cabos de Aço - Módulos 3 e 4
Cabos de Aço - Módulos 3 e 4Eugenio Rocha
 
Projeto mecânico de vasos de pressão e trocadores de calor
Projeto mecânico de vasos de  pressão e trocadores de calorProjeto mecânico de vasos de  pressão e trocadores de calor
Projeto mecânico de vasos de pressão e trocadores de calorFcoAfonso
 
O motor Diesel
O motor DieselO motor Diesel
O motor Dieselsirhallz
 

Mais procurados (20)

Aula clo elementos de transmissão
Aula clo elementos de transmissãoAula clo elementos de transmissão
Aula clo elementos de transmissão
 
Aula02d Cotagem
Aula02d  CotagemAula02d  Cotagem
Aula02d Cotagem
 
Memória de cálculo de linha de vida
Memória de cálculo de linha de vida  Memória de cálculo de linha de vida
Memória de cálculo de linha de vida
 
Calculo resistencia de solda
Calculo resistencia de soldaCalculo resistencia de solda
Calculo resistencia de solda
 
Aula equação de niosh
Aula equação de nioshAula equação de niosh
Aula equação de niosh
 
Componentes mecânicos
Componentes mecânicosComponentes mecânicos
Componentes mecânicos
 
calculo de incerteza de medição
calculo de incerteza de mediçãocalculo de incerteza de medição
calculo de incerteza de medição
 
Tubulações e Dutos - Estudante do curso INSPETOR DE EQUIPAMENTOS
Tubulações e Dutos - Estudante do curso INSPETOR DE EQUIPAMENTOSTubulações e Dutos - Estudante do curso INSPETOR DE EQUIPAMENTOS
Tubulações e Dutos - Estudante do curso INSPETOR DE EQUIPAMENTOS
 
Nbr 5462 (2)
Nbr 5462 (2)Nbr 5462 (2)
Nbr 5462 (2)
 
ABNT NBR ISO 10012:2004 - Sistema de Gestão de Medição
ABNT NBR ISO 10012:2004 - Sistema de Gestão de MediçãoABNT NBR ISO 10012:2004 - Sistema de Gestão de Medição
ABNT NBR ISO 10012:2004 - Sistema de Gestão de Medição
 
Pr 0015-procedimento para fabricação e montagem de tubulações-revisão1
Pr 0015-procedimento para fabricação e montagem de tubulações-revisão1Pr 0015-procedimento para fabricação e montagem de tubulações-revisão1
Pr 0015-procedimento para fabricação e montagem de tubulações-revisão1
 
2º lista de exercícios de soldagem
2º lista de exercícios de soldagem 2º lista de exercícios de soldagem
2º lista de exercícios de soldagem
 
Aula unid 3_4
Aula unid 3_4Aula unid 3_4
Aula unid 3_4
 
Caldeiraria
CaldeirariaCaldeiraria
Caldeiraria
 
Metrologia - Aula 3
Metrologia - Aula 3Metrologia - Aula 3
Metrologia - Aula 3
 
Cabos de Aço - Módulos 3 e 4
Cabos de Aço - Módulos 3 e 4Cabos de Aço - Módulos 3 e 4
Cabos de Aço - Módulos 3 e 4
 
Projeto mecânico de vasos de pressão e trocadores de calor
Projeto mecânico de vasos de  pressão e trocadores de calorProjeto mecânico de vasos de  pressão e trocadores de calor
Projeto mecânico de vasos de pressão e trocadores de calor
 
O motor Diesel
O motor DieselO motor Diesel
O motor Diesel
 
Flanges
FlangesFlanges
Flanges
 
Tubulação (2)
Tubulação (2)Tubulação (2)
Tubulação (2)
 

Destaque

Implementation of multiple 3D scans for error calculation on object digital r...
Implementation of multiple 3D scans for error calculation on object digital r...Implementation of multiple 3D scans for error calculation on object digital r...
Implementation of multiple 3D scans for error calculation on object digital r...IJERA Editor
 
Organização do PMO da CSN para controle da sua carteira plurianual de projetos
Organização do PMO da CSN para controle da sua carteira plurianual de projetosOrganização do PMO da CSN para controle da sua carteira plurianual de projetos
Organização do PMO da CSN para controle da sua carteira plurianual de projetosTito Livio M. Cardoso
 
Presentaciones digitales
Presentaciones digitalesPresentaciones digitales
Presentaciones digitalesLola Pastenes
 
CR Brand Identity Portfolio-min
CR Brand Identity Portfolio-minCR Brand Identity Portfolio-min
CR Brand Identity Portfolio-minLorcán Mc Donnell
 
GYC Annual Report 2016-FINAL
GYC Annual Report 2016-FINALGYC Annual Report 2016-FINAL
GYC Annual Report 2016-FINALJason Torreano
 
Colaboracion educared en_pronino-erica
Colaboracion educared en_pronino-ericaColaboracion educared en_pronino-erica
Colaboracion educared en_pronino-ericaIsabel Cubilla
 
Bones practiques tecnologia digital menors internet
Bones practiques tecnologia digital menors internetBones practiques tecnologia digital menors internet
Bones practiques tecnologia digital menors internetlluís nater
 
Round table: Foreign Exchange Derivative Market in Iran
Round table: Foreign Exchange Derivative Market in IranRound table: Foreign Exchange Derivative Market in Iran
Round table: Foreign Exchange Derivative Market in IranAbouzar Najmi
 
Master en gestión de compras AERCE - Universidad de Deusto [programa]
Master en gestión de compras AERCE - Universidad de Deusto [programa]Master en gestión de compras AERCE - Universidad de Deusto [programa]
Master en gestión de compras AERCE - Universidad de Deusto [programa]AERCE
 
Ubuntu historia y porque
Ubuntu    historia y porqueUbuntu    historia y porque
Ubuntu historia y porqueLuis Duq
 

Destaque (17)

Implementation of multiple 3D scans for error calculation on object digital r...
Implementation of multiple 3D scans for error calculation on object digital r...Implementation of multiple 3D scans for error calculation on object digital r...
Implementation of multiple 3D scans for error calculation on object digital r...
 
Sayeed cv
Sayeed cvSayeed cv
Sayeed cv
 
Organização do PMO da CSN para controle da sua carteira plurianual de projetos
Organização do PMO da CSN para controle da sua carteira plurianual de projetosOrganização do PMO da CSN para controle da sua carteira plurianual de projetos
Organização do PMO da CSN para controle da sua carteira plurianual de projetos
 
Presentaciones digitales
Presentaciones digitalesPresentaciones digitales
Presentaciones digitales
 
Aφισες β΄τόμος
Aφισες β΄τόμοςAφισες β΄τόμος
Aφισες β΄τόμος
 
CR Brand Identity Portfolio-min
CR Brand Identity Portfolio-minCR Brand Identity Portfolio-min
CR Brand Identity Portfolio-min
 
GYC Annual Report 2016-FINAL
GYC Annual Report 2016-FINALGYC Annual Report 2016-FINAL
GYC Annual Report 2016-FINAL
 
Colaboracion educared en_pronino-erica
Colaboracion educared en_pronino-ericaColaboracion educared en_pronino-erica
Colaboracion educared en_pronino-erica
 
Bones practiques tecnologia digital menors internet
Bones practiques tecnologia digital menors internetBones practiques tecnologia digital menors internet
Bones practiques tecnologia digital menors internet
 
Round table: Foreign Exchange Derivative Market in Iran
Round table: Foreign Exchange Derivative Market in IranRound table: Foreign Exchange Derivative Market in Iran
Round table: Foreign Exchange Derivative Market in Iran
 
Master en gestión de compras AERCE - Universidad de Deusto [programa]
Master en gestión de compras AERCE - Universidad de Deusto [programa]Master en gestión de compras AERCE - Universidad de Deusto [programa]
Master en gestión de compras AERCE - Universidad de Deusto [programa]
 
Ubuntu historia y porque
Ubuntu    historia y porqueUbuntu    historia y porque
Ubuntu historia y porque
 
Boletin97
Boletin97Boletin97
Boletin97
 
KeishaBennett
KeishaBennettKeishaBennett
KeishaBennett
 
CPoeResume
CPoeResumeCPoeResume
CPoeResume
 
Transmissão de calor
Transmissão de calorTransmissão de calor
Transmissão de calor
 
Open officce
Open officceOpen officce
Open officce
 

Semelhante a Determinação da incerteza de medição em durômetros

Cap-2-Caracteristicas Estaticas e Dinamicas.ppt
Cap-2-Caracteristicas Estaticas e Dinamicas.pptCap-2-Caracteristicas Estaticas e Dinamicas.ppt
Cap-2-Caracteristicas Estaticas e Dinamicas.pptGleydsonDemonier
 
Confiabilidade lampada enegep1998 art128
Confiabilidade lampada enegep1998 art128Confiabilidade lampada enegep1998 art128
Confiabilidade lampada enegep1998 art128Wilson Silveira
 
Desenvolvimento de ferramenta de colaboração em massa De apoio ao ensino de ...
Desenvolvimento de ferramenta de colaboração em massa  De apoio ao ensino de ...Desenvolvimento de ferramenta de colaboração em massa  De apoio ao ensino de ...
Desenvolvimento de ferramenta de colaboração em massa De apoio ao ensino de ...WanderAndrade11
 
Instrumentação Industrial_Introdução.ppt
Instrumentação Industrial_Introdução.pptInstrumentação Industrial_Introdução.ppt
Instrumentação Industrial_Introdução.pptFabioNicola2
 
TEMA 02 - ET - 1.pdf
TEMA 02 - ET - 1.pdfTEMA 02 - ET - 1.pdf
TEMA 02 - ET - 1.pdfCulpaPedro2
 
Módulo 8 – qualidade da energia elétrica
Módulo 8 – qualidade da energia elétricaMódulo 8 – qualidade da energia elétrica
Módulo 8 – qualidade da energia elétricarenan_correa_moura
 
Apresentação da disciplina metrologia subsequente (1)
Apresentação da disciplina metrologia   subsequente (1)Apresentação da disciplina metrologia   subsequente (1)
Apresentação da disciplina metrologia subsequente (1)Gustavo Mendes Martins
 
Univali mec flu_manual_lab_2
Univali mec flu_manual_lab_2Univali mec flu_manual_lab_2
Univali mec flu_manual_lab_2Bianca Solanho
 
GuiaRELACRE 23_Boas práticas de medição de vibrações, Exposição dos trabalhad...
GuiaRELACRE 23_Boas práticas de medição de vibrações, Exposição dos trabalhad...GuiaRELACRE 23_Boas práticas de medição de vibrações, Exposição dos trabalhad...
GuiaRELACRE 23_Boas práticas de medição de vibrações, Exposição dos trabalhad...ClaudeteMartinsDasNe
 
Calibracao de relogios comparadores metr30
Calibracao de relogios comparadores metr30Calibracao de relogios comparadores metr30
Calibracao de relogios comparadores metr30lucinei30
 
Cap1 me
Cap1 meCap1 me
Cap1 meManoel
 
Cap1 me
Cap1 meCap1 me
Cap1 meManoel
 
Medição ou mensuração é o processo de determinar experimentalmente um valor d...
Medição ou mensuração é o processo de determinar experimentalmente um valor d...Medição ou mensuração é o processo de determinar experimentalmente um valor d...
Medição ou mensuração é o processo de determinar experimentalmente um valor d...Gregriomarcosmassina
 
Relatório - modelo
Relatório - modeloRelatório - modelo
Relatório - modeloZé Almeida
 
30. calibração de relógios comparadores
30. calibração de relógios comparadores30. calibração de relógios comparadores
30. calibração de relógios comparadoresEdvaldo Viana
 

Semelhante a Determinação da incerteza de medição em durômetros (20)

Cap-2-Caracteristicas Estaticas e Dinamicas.ppt
Cap-2-Caracteristicas Estaticas e Dinamicas.pptCap-2-Caracteristicas Estaticas e Dinamicas.ppt
Cap-2-Caracteristicas Estaticas e Dinamicas.ppt
 
Confiabilidade lampada enegep1998 art128
Confiabilidade lampada enegep1998 art128Confiabilidade lampada enegep1998 art128
Confiabilidade lampada enegep1998 art128
 
Desenvolvimento de ferramenta de colaboração em massa De apoio ao ensino de ...
Desenvolvimento de ferramenta de colaboração em massa  De apoio ao ensino de ...Desenvolvimento de ferramenta de colaboração em massa  De apoio ao ensino de ...
Desenvolvimento de ferramenta de colaboração em massa De apoio ao ensino de ...
 
Instrumentação Industrial_Introdução.ppt
Instrumentação Industrial_Introdução.pptInstrumentação Industrial_Introdução.ppt
Instrumentação Industrial_Introdução.ppt
 
VIM
VIMVIM
VIM
 
2_1 - Metrologia.pdf
2_1 - Metrologia.pdf2_1 - Metrologia.pdf
2_1 - Metrologia.pdf
 
TEMA 02 - ET - 1.pdf
TEMA 02 - ET - 1.pdfTEMA 02 - ET - 1.pdf
TEMA 02 - ET - 1.pdf
 
Módulo 8 – qualidade da energia elétrica
Módulo 8 – qualidade da energia elétricaMódulo 8 – qualidade da energia elétrica
Módulo 8 – qualidade da energia elétrica
 
Apresentação da disciplina metrologia subsequente (1)
Apresentação da disciplina metrologia   subsequente (1)Apresentação da disciplina metrologia   subsequente (1)
Apresentação da disciplina metrologia subsequente (1)
 
Trabalho de calibracao 2016
Trabalho de calibracao 2016Trabalho de calibracao 2016
Trabalho de calibracao 2016
 
Univali mec flu_manual_lab_2
Univali mec flu_manual_lab_2Univali mec flu_manual_lab_2
Univali mec flu_manual_lab_2
 
GuiaRELACRE 23_Boas práticas de medição de vibrações, Exposição dos trabalhad...
GuiaRELACRE 23_Boas práticas de medição de vibrações, Exposição dos trabalhad...GuiaRELACRE 23_Boas práticas de medição de vibrações, Exposição dos trabalhad...
GuiaRELACRE 23_Boas práticas de medição de vibrações, Exposição dos trabalhad...
 
Calibracao de relogios comparadores metr30
Calibracao de relogios comparadores metr30Calibracao de relogios comparadores metr30
Calibracao de relogios comparadores metr30
 
Cap1 me
Cap1 meCap1 me
Cap1 me
 
Cap1 me
Cap1 meCap1 me
Cap1 me
 
Caldeira
CaldeiraCaldeira
Caldeira
 
Medição ou mensuração é o processo de determinar experimentalmente um valor d...
Medição ou mensuração é o processo de determinar experimentalmente um valor d...Medição ou mensuração é o processo de determinar experimentalmente um valor d...
Medição ou mensuração é o processo de determinar experimentalmente um valor d...
 
Relatório - modelo
Relatório - modeloRelatório - modelo
Relatório - modelo
 
30. calibração de relógios comparadores
30. calibração de relógios comparadores30. calibração de relógios comparadores
30. calibração de relógios comparadores
 
Imetro
ImetroImetro
Imetro
 

Mais de Tito Livio M. Cardoso

Tito Cardoso - Resumo - EN Junho-2023
Tito Cardoso - Resumo - EN Junho-2023Tito Cardoso - Resumo - EN Junho-2023
Tito Cardoso - Resumo - EN Junho-2023Tito Livio M. Cardoso
 
Tito Cardoso - Resumo - PT Junho-2023
Tito Cardoso - Resumo - PT Junho-2023Tito Cardoso - Resumo - PT Junho-2023
Tito Cardoso - Resumo - PT Junho-2023Tito Livio M. Cardoso
 
Probable Maximum Loss (PML) Evaluation
Probable Maximum Loss (PML) EvaluationProbable Maximum Loss (PML) Evaluation
Probable Maximum Loss (PML) EvaluationTito Livio M. Cardoso
 
Estimativa Parametrica de Custo de Transportador de Correia
Estimativa Parametrica de Custo de Transportador de CorreiaEstimativa Parametrica de Custo de Transportador de Correia
Estimativa Parametrica de Custo de Transportador de CorreiaTito Livio M. Cardoso
 
Use of the Bowtie Tool to Develop Regulatory Standards Focusing on Process Sa...
Use of the Bowtie Tool to Develop Regulatory Standards Focusing on Process Sa...Use of the Bowtie Tool to Develop Regulatory Standards Focusing on Process Sa...
Use of the Bowtie Tool to Develop Regulatory Standards Focusing on Process Sa...Tito Livio M. Cardoso
 
Certificado DIO Especialaista Inovação Digital AD0B801B.pdf
Certificado DIO Especialaista Inovação Digital AD0B801B.pdfCertificado DIO Especialaista Inovação Digital AD0B801B.pdf
Certificado DIO Especialaista Inovação Digital AD0B801B.pdfTito Livio M. Cardoso
 
Certificado DIO Front-End Angular 1E8E60C7.pdf
Certificado DIO Front-End Angular 1E8E60C7.pdfCertificado DIO Front-End Angular 1E8E60C7.pdf
Certificado DIO Front-End Angular 1E8E60C7.pdfTito Livio M. Cardoso
 
Certificado DIO Fullstack developer - Banco carrefour 7B553D75.pdf
Certificado DIO Fullstack developer - Banco carrefour 7B553D75.pdfCertificado DIO Fullstack developer - Banco carrefour 7B553D75.pdf
Certificado DIO Fullstack developer - Banco carrefour 7B553D75.pdfTito Livio M. Cardoso
 
Dinâmica das contratações governamentais: Propostas para eficiência e satisfa...
Dinâmica das contratações governamentais: Propostas para eficiência e satisfa...Dinâmica das contratações governamentais: Propostas para eficiência e satisfa...
Dinâmica das contratações governamentais: Propostas para eficiência e satisfa...Tito Livio M. Cardoso
 
DYNAMICS OF GOVERNMENT CONTRACTING: PROPOSALS FOR EFFICIENCY AND SATISFACTION...
DYNAMICS OF GOVERNMENT CONTRACTING: PROPOSALS FOR EFFICIENCY AND SATISFACTION...DYNAMICS OF GOVERNMENT CONTRACTING: PROPOSALS FOR EFFICIENCY AND SATISFACTION...
DYNAMICS OF GOVERNMENT CONTRACTING: PROPOSALS FOR EFFICIENCY AND SATISFACTION...Tito Livio M. Cardoso
 
Desenvolvimento de projetos em baixa das commodities
Desenvolvimento de projetos em baixa das commoditiesDesenvolvimento de projetos em baixa das commodities
Desenvolvimento de projetos em baixa das commoditiesTito Livio M. Cardoso
 
Riscos relacionadas a extensao de cronogramas - Schedule extension related risks
Riscos relacionadas a extensao de cronogramas - Schedule extension related risksRiscos relacionadas a extensao de cronogramas - Schedule extension related risks
Riscos relacionadas a extensao de cronogramas - Schedule extension related risksTito Livio M. Cardoso
 
Otimização da configuração do banco de baterias para navio híbrido
Otimização da configuração do banco de baterias para navio híbridoOtimização da configuração do banco de baterias para navio híbrido
Otimização da configuração do banco de baterias para navio híbridoTito Livio M. Cardoso
 
Utilizing a Self-Financing Strategy for Projects - BRG Review 7-1-2018
Utilizing a Self-Financing Strategy for Projects - BRG Review 7-1-2018Utilizing a Self-Financing Strategy for Projects - BRG Review 7-1-2018
Utilizing a Self-Financing Strategy for Projects - BRG Review 7-1-2018Tito Livio M. Cardoso
 
Estratégia de Autofinanciamento de Projetos
Estratégia de Autofinanciamento de ProjetosEstratégia de Autofinanciamento de Projetos
Estratégia de Autofinanciamento de ProjetosTito Livio M. Cardoso
 
Critério de decisão para implantação da infraestrutura em projetos implantado...
Critério de decisão para implantação da infraestrutura em projetos implantado...Critério de decisão para implantação da infraestrutura em projetos implantado...
Critério de decisão para implantação da infraestrutura em projetos implantado...Tito Livio M. Cardoso
 
Decision criterion for anticipation of the infrastructure in staged projects
Decision criterion for anticipation of the infrastructure in staged projectsDecision criterion for anticipation of the infrastructure in staged projects
Decision criterion for anticipation of the infrastructure in staged projectsTito Livio M. Cardoso
 
Analise de riscos da aplicação de novas tecnologias
Analise de riscos da aplicação de novas tecnologiasAnalise de riscos da aplicação de novas tecnologias
Analise de riscos da aplicação de novas tecnologiasTito Livio M. Cardoso
 

Mais de Tito Livio M. Cardoso (20)

Tito Cardoso - Resumo - EN Junho-2023
Tito Cardoso - Resumo - EN Junho-2023Tito Cardoso - Resumo - EN Junho-2023
Tito Cardoso - Resumo - EN Junho-2023
 
Tito Cardoso - Resumo - PT Junho-2023
Tito Cardoso - Resumo - PT Junho-2023Tito Cardoso - Resumo - PT Junho-2023
Tito Cardoso - Resumo - PT Junho-2023
 
Probable Maximum Loss (PML) Evaluation
Probable Maximum Loss (PML) EvaluationProbable Maximum Loss (PML) Evaluation
Probable Maximum Loss (PML) Evaluation
 
Estimativa Parametrica de Custo de Transportador de Correia
Estimativa Parametrica de Custo de Transportador de CorreiaEstimativa Parametrica de Custo de Transportador de Correia
Estimativa Parametrica de Custo de Transportador de Correia
 
Use of the Bowtie Tool to Develop Regulatory Standards Focusing on Process Sa...
Use of the Bowtie Tool to Develop Regulatory Standards Focusing on Process Sa...Use of the Bowtie Tool to Develop Regulatory Standards Focusing on Process Sa...
Use of the Bowtie Tool to Develop Regulatory Standards Focusing on Process Sa...
 
Analise de riscos das alternativas
Analise de riscos das alternativasAnalise de riscos das alternativas
Analise de riscos das alternativas
 
Certificado DIO Especialaista Inovação Digital AD0B801B.pdf
Certificado DIO Especialaista Inovação Digital AD0B801B.pdfCertificado DIO Especialaista Inovação Digital AD0B801B.pdf
Certificado DIO Especialaista Inovação Digital AD0B801B.pdf
 
Certificado DIO Front-End Angular 1E8E60C7.pdf
Certificado DIO Front-End Angular 1E8E60C7.pdfCertificado DIO Front-End Angular 1E8E60C7.pdf
Certificado DIO Front-End Angular 1E8E60C7.pdf
 
Certificado DIO Fullstack developer - Banco carrefour 7B553D75.pdf
Certificado DIO Fullstack developer - Banco carrefour 7B553D75.pdfCertificado DIO Fullstack developer - Banco carrefour 7B553D75.pdf
Certificado DIO Fullstack developer - Banco carrefour 7B553D75.pdf
 
Dinâmica das contratações governamentais: Propostas para eficiência e satisfa...
Dinâmica das contratações governamentais: Propostas para eficiência e satisfa...Dinâmica das contratações governamentais: Propostas para eficiência e satisfa...
Dinâmica das contratações governamentais: Propostas para eficiência e satisfa...
 
DYNAMICS OF GOVERNMENT CONTRACTING: PROPOSALS FOR EFFICIENCY AND SATISFACTION...
DYNAMICS OF GOVERNMENT CONTRACTING: PROPOSALS FOR EFFICIENCY AND SATISFACTION...DYNAMICS OF GOVERNMENT CONTRACTING: PROPOSALS FOR EFFICIENCY AND SATISFACTION...
DYNAMICS OF GOVERNMENT CONTRACTING: PROPOSALS FOR EFFICIENCY AND SATISFACTION...
 
Desenvolvimento de projetos em baixa das commodities
Desenvolvimento de projetos em baixa das commoditiesDesenvolvimento de projetos em baixa das commodities
Desenvolvimento de projetos em baixa das commodities
 
Riscos relacionadas a extensao de cronogramas - Schedule extension related risks
Riscos relacionadas a extensao de cronogramas - Schedule extension related risksRiscos relacionadas a extensao de cronogramas - Schedule extension related risks
Riscos relacionadas a extensao de cronogramas - Schedule extension related risks
 
Leasing de equipamentos industriais
Leasing de equipamentos industriaisLeasing de equipamentos industriais
Leasing de equipamentos industriais
 
Otimização da configuração do banco de baterias para navio híbrido
Otimização da configuração do banco de baterias para navio híbridoOtimização da configuração do banco de baterias para navio híbrido
Otimização da configuração do banco de baterias para navio híbrido
 
Utilizing a Self-Financing Strategy for Projects - BRG Review 7-1-2018
Utilizing a Self-Financing Strategy for Projects - BRG Review 7-1-2018Utilizing a Self-Financing Strategy for Projects - BRG Review 7-1-2018
Utilizing a Self-Financing Strategy for Projects - BRG Review 7-1-2018
 
Estratégia de Autofinanciamento de Projetos
Estratégia de Autofinanciamento de ProjetosEstratégia de Autofinanciamento de Projetos
Estratégia de Autofinanciamento de Projetos
 
Critério de decisão para implantação da infraestrutura em projetos implantado...
Critério de decisão para implantação da infraestrutura em projetos implantado...Critério de decisão para implantação da infraestrutura em projetos implantado...
Critério de decisão para implantação da infraestrutura em projetos implantado...
 
Decision criterion for anticipation of the infrastructure in staged projects
Decision criterion for anticipation of the infrastructure in staged projectsDecision criterion for anticipation of the infrastructure in staged projects
Decision criterion for anticipation of the infrastructure in staged projects
 
Analise de riscos da aplicação de novas tecnologias
Analise de riscos da aplicação de novas tecnologiasAnalise de riscos da aplicação de novas tecnologias
Analise de riscos da aplicação de novas tecnologias
 

Determinação da incerteza de medição em durômetros

  • 1. DETERMINAÇÃO DA INCERTEZA DE MEDIÇÃO EM DURÔMETROS PARA PESQUISA METROLÓGICA Pires, Fábio de Souza Nascimento, Jôneo Lopes do Cardoso, Tito Lívio Medeiros* INSTITUTO NACIONAL DE TECNOLOGIA – INT 1. Introdução A determinação da incerteza de medição é uma das questões fundamentais para a garantia da confiabilidade metrológica na prestação de serviços de calibração. No Brasil, a metrologia de dureza está em fase embrionária já que diversos projetos de pesquisa e desenvolvimento nesta área estão em andamento. Tais projetos tem o seu enfoque principal no desenvolvimento de padrões primários nacionais e na capacitação de laboratórios de calibração aptos a oferecem este serviço na área de dureza com a confiabilidade metrológica exigida pelos padrões internacionais. Neste contexto, o Instituto Nacional de Tecnologia, através do seu laboratório de Metalografia e de Dureza, vem realizando um esforço no sentido da plena capacitação de sua estrutura laboratorial para o atendimento da demanda de serviços de metrologia de dureza, por parte da indústria brasileira e sul-americana. Este esforço passa pela determinação dos erros sistemáticos e das incertezas associadas aos seus equipamentos para o estabelecimento da confiabilidade metrológica. O presente trabalho apresenta os resultados até aqui obtidos deste esforço bem como a metodologia proposta para o monitoramento e avaliação das grandezas envolvidas. 2. Desenvolvimento 2.1. Máquinas em estudo O objeto da análise aqui apresentada consiste de duas máquinas de ensaios de dureza as quais o INT pretende aplicar aos serviços secundários de metrologia de dureza. Um durômetro semi-automático OTTO WOLPERT-WERKE mod. DIA TESTOR 2Rc e um durômetro automático INSTRON-WOLPERT mod. 930. Figura 1 – Máquinas sob estudo A primeira destas máquinas possui um sistema de aplicação de carga mecânico através de um conjunto de massas e alavanca. Originalmente, a leitura da dureza neste equipamento era realizada por meio da leitura em instrumentos analógicos (relógio comparador para o método Rockwell, escala milimétrica para o método Brinell e Vickers) e correlação das medidas dimensionais obtidas em tabelas normalizadas para a obtenção da dureza, quando pertinente. Posteriormente, este durômetro sofreu um processo de retrofitting pela instalação de um sistema composto por dois sensores do tipo LVDT os quais geram sinais elétricos de saída correspondentes ao movimento do conjunto de massas e alavanca originais, bem como à abertura de uma escala incremental posicionada sobre um visor com a imagem ampliada da identação. Estes sinais são enviados a um console digital INSTRON-WOLPERT modelo TESTOR PANEL o qual utiliza as medidas dimensionais lineares da escala incremental e do LVDT para converte-las diretamente na medida de dureza correspondente, sem que o operador efetivamente realize as medidas dimensionais. O durômetro INSTRON-WOLPERT mod. 930 já possui, por sua vez, o sistema de medição acima descrito integrado em seu projeto construtivo. A diferença reside no sistema de aplicação de carga o qual é composto de servo-motor e alavancas além de uma célula de carga a qual fornece o sinal correspondente à força aplicada e alimenta o circuito controlador corrigindo o posicionamento de servo-motor em relação a um set point definido.
  • 2. 2.2. Metodologia de monitoramento Para a determinação dos desvios e incertezas de cada um dos dois durômetros, foi adotada a metodologia de monitoramento das medidas de dureza fornecidas pelas mesmas as quais eram confrontadas com valores nominais provenientes de blocos padrão de referência certificados por institutos reconhecidos internacionalmente. Este processo está em acordo com as normas internacionais no momento em vigor e recebe a nomenclatura de “calibração indireta de dureza”. As máquinas apresentadas foram submetidas a um período de monitoramento contínuo equivalente a 30 dias nos quais realizou-se 900 medidas de dureza distribuídas conforme a Tabela 1. Tabela 1 – Distribuição das medições pelas faixas normalizadas. Método Escala Faixas Valor nominal dos padrões utilizados Brinell  2,5 mm / 187,5 kgf < 225 103 > 225 266 373 Rockwell B 20 a 50 42,7 60 a 80 61,1 85 a 100 91,6 C 20 a 30 29,5 35 a 55 50 60 a 70 66,05 Vickers HV 10 < 225 127 225 a 400 250 > 400 681 HV 30 < 225 131 225 a 400 242 > 400 831 Em cada faixa adotou-se um espaço amostral de 30 medidas por durômetro em cada bloco padrão. Durante todo o período de monitoramento foram mantidas condições de reprodutibilidade, a saber: mesmos identadores, tempo de aplicação de carga, operadores e padrões. Antes de se iniciar cada sessão de medições em cada bloco padrão foram realizadas duas identações para a acomodação do identador no porta-penetrador e do próprio padrão na mesa de ensaio. 2.3. Avaliação da incerteza de medição Procurou-se desenvolver um cálculo para a avaliação da incerteza o qual foi baseado nas recomendações estabelecidas no Guia para Avaliação da Incerteza de Medição (ISO GUM) e na norma NIS 0406:93. Este cálculo considerava como componentes da incerteza, na calibração indireta da dureza, a Incerteza do padrão, a, constante no certificado de calibração de cada bloco padrão, a incerteza associada ao sistema de medição dimensional de cada durômetro e os desvios resultantes das flutuações aleatórias nas medições, estes desvios eram quantificados pelo desvio-padrão experimental, (x), obtido. A este tipo de avaliação da incerteza, o ISO GUM dá a nomenclatura de “avaliação tipo A". Convém ressaltar que o cálculo da componente associada ao sistema de medição era idêntico para ambas as máquinas já que as duas dispunham do console digital TESTOR PANEL e era composto, principalmente, pela limitação da resolução, r, deste sistema. Considerando distribuições retangulares de probabilidade associada à incerteza do sistema de medição e dos blocos padrão, i.é, qualquer valor é igualmente provável dentro dos seus limites de variação, e uma distribuição normal para a incerteza “tipo A” a qual pode ser definida pelo desvio padrão da média, (x), (equação 1). Onde n é o número de medições efetuadas por bloco padrão. Estas componentes de dureza associam-se para produzir a incerteza combinada. Calculava-se então o produto entre este parâmetro e o “t” de Student de modo a produzir a incerteza expandida para um determinado nível de confiança. (1)
  • 3. Considerando um total de medidas por bloco em cada durômetro e um nível de confiança de 95%, obtemos um t de Student igual a 2,06. A incerteza expandida final para 95% de confiança, U95, fica segundo a equação 2. 3. Resultados Os resultados obtidos com o monitoramento dos dois durômetros encontram - se resumidos nas tabelas 2 e 3 a seguir. Os valores apresentados para as tendências são expressões da diferença entre o valor médio de todas medições para cada faixa e o valor nominal da mesma. Conforme podemos observar de um modo geral, os valores de tendência são mais pronunciados nas faixas mais baixas de cada escala, apresentando valores superiores a 1%. Ao contrário das faixas mais altas de cada escala, que em alguns casos chegaram a apresentar valores de tendências próximos de zero. Tabela 2 – Resultados obtidos no durômetro INSTRON WOLPERT 930 Método Escala Faixa Valor nominal do padrão Tendência relativa Incerteza expandida relativa Brinell  2,5 mm / 187,5 kgf < 225 103 -7,05% 1,80% > 225 266 -1,94% 0,93% 373 -0,29% 1,00% Rockwell B 20 a 50 42,7 1,37% 1,52% 60 a 80 61,1 -0,02% 1,03% 85 a 100 91,6 -0,05% 0,66% C 20 a 30 29,5 1,41% 1,28% 35 a 55 50 0,31% 0,74% 60 a 70 66,05 -0,57% 0,63% Vickers HV 10 < 225 127 0,03% 1,99% 225 a 400 250 0,19% 1,02% > 400 681 1,00% 0,78% HV 30 < 225 131 -1,09% 1,07% 225 a 400 242 0,76% 1,06% > 400 831 0,01% 1,00% (2)
  • 4. Tabela 3 – Resultados obtidos no durômetro OTTO WOLPERT-WERKE 2Rc Método Escala Faixa Valor nominal do padrão Tendência relativa Incerteza expandida relativa Brinell  2,5 mm / 187,5 kgf < 225 103 -6,64% 1,84% > 225 266 -2,00% 0,95% 373 -0,42% 0,98% Rockwell B 20 a 50 42,7 0,90% 1,45% 60 a 80 61,1 1,23% 1,10% 85 a 100 91,6 0,65% 0,70% C 20 a 30 29,5 0,97% 1,30% 35 a 55 50 -0,26% 0,76% 60 a 70 66,05 -0,46% 0,64% Vickers HV 10 < 225 127 -0,24% 1,96% 225 a 400 250 1,23% 1,01% > 400 681 -0,56% 0,71% HV 30 < 225 131 -2,18% 1,08% 225 a 400 242 -0,32% 1,04% > 400 831 -1,28% 0,91% Com relação aos valores de incerteza expandida obtidos, podemos observar que em todas as escalas estes valores são maiores para a faixa de dureza mais baixa, variando entre 1,03% e 1,96%, e geralmente diminuem sensivelmente a partir da faixa intermediária de dureza, conforme demonstrado no gráfico 1.Quanto à faixa de dureza mais alta , podemos destacar que os valores obtidos no método Rockwell, apresentam valores em torno de 0,60%. Este índice está próximo àquele comumente encontrado em laboratórios de institutos reconhecidos internacionalmente pelo padrão de seus serviços metrológicos. Gráfico 1 – Evolução das incertezas expandidas como função dos métodos para o durômetro 930. É importante ainda ressaltar que o valor total obtido para as incertezas expandidas é fortemente influenciado pela componente de incerteza associada aos padrões utilizados no processo de monitoramento. De fato, os resultados demonstraram que esta componente é várias ordens de grandeza superior as demais, conforme observado no gráfico 2. 0,00% 0,50% 1,00% 1,50% 2,00% 2,50% HB HRB HRC HV 10 HV 30
  • 5. Gráfico 2 – Distribuição relativa das componentes da incerteza para a faixa inferior de dureza do método Rockwell B no durômetro 930. 4. Conclusões Do que foi demonstrado nos itens precedentes, observamos que o controle da incerteza dos padrões é um aspecto fundamental na obtenção da confiabilidade metrológica para a realização das medições de dureza. Uma outra abordagem paralela com o objetivo de minimizar a incerteza expandida total é a utilização de sistema de medição de maior poder de resolução e menor interferência do operador. Os desvios sistemáticos podem ser corrigidos através de ajustes mecânicos e/ou eletrônicos, ou estatisticamente por meio do aumento do período de monitoramento de forma que a influência dos efeitos aleatórios seja muito pequena na presença dos efeitos sistemáticos. Em condições de reprodutibilidade, o processo produzirá fatores de correção adequados para cada um dos durômetros em estudo. Este trabalho alcançou seus objetivos na medida em que permitiu determinar os desenvolvimentos seguintes a serem realizados no escopo do esforço de capacitação do INT como uma instituição apta à realização de serviços metrológicos secundários de dureza no âmbito do mercosul. 5. Referências Bibliográficas (1) Edição Brasileira do Guia para Expressão da Incerteza de Medição. ABNT/SBM/INMETRO. Rio de Janeiro, 1996. (2) HOLMAN, J.P. Experimental Methods for Engineers. Ed McGraw-Hill. New York, 1994. (3) SOUZA, S.A. Ensaios Mecânicos de Materiais Metálicos. Ed. Edgard Blücher. Rio de Janeiro, 1982. 65% 7% 28% S iste m a d e M e d içã o P a d rã o T ip o A