SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 86
Baixar para ler offline
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
Fundamentos de
Metrologia
Fontes: Simone Acosta/Celso Fabricio De Melo Junior
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
"medir é fácil". Afirma-se aqui que "cometer erros de
medição é ainda mais fácil".
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
4. Um prefixo não deve ser empregado sozinho;
Por exemplo: 106/m3, porém nunca M/m3
São listados a seguir algumas situações errôneas muito comuns na
prática que devem ser evitadas:
250 °K (250 graus kelvin)
80 KM
peso de 10 quilos
2 hs
a grama
μ
Kg
Km
ERRADO
250 K (250 kelvin)
80 km/h
massa de 10 kg (quilogramas)
2 h
o grama
μm
kg
km
CERTO
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
VIM – Vocabulário Internacional de Termos
Fundamentais e Gerais de Metrologia
Tempo de viagem = 10 min
Grandeza Mensurando Resultado da Medição simbolo da Unidade
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
VIM – Vocabulário Internacional de Termos
Fundamentais e Gerais de Metrologia
Metrologia - Ciência da medição. Conjunto de conhecimentos
científicos e tecnológicos abrangendo todos os aspectos teóricos e
práticos relativos às medições, qualquer que seja a incerteza, em
quaisquer campos da ciência ou tecnologia.
Medir - Determinar experimentalmente o valor (resultado de medição)
de uma grandeza específica (mensurando).
Grandeza - Atributo de um fenômeno, corpo ou substância que pode
ser qualitativamente distinguido e quantitativamente determinado.
Exemplos: tempo, massa, temperatura, resistência elétrica,
comprimento.
Mensurando - Objeto da medição. Grandeza específica submetida à
medição. Exemplos: comprimento de uma barra, resistência elétrica de
um fio, concentração de etanol em uma amostra de vinho.
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
Unidade - Grandeza específica, definida e adotada por convenção, com
a qual outras grandezas de mesma natureza são comparadas para
expressar suas magnitudes em relação àquela grandeza.
Exemplos: metro, kelvin, newton, quilograma, ohm, volt.
Resultado de Uma Medição (RM) - Valor atribuído a um mensurando
obtido por medição.
Valor verdadeiro (VV) - Valor consistente com a definição de uma dada
grandeza específica. É um valor que seria obtido por uma medição
perfeita. Valores verdadeiros são, por natureza, indeterminados porque
todos os sistemas de medição, por melhor que sejam, possuem uma
incerteza.
Valor verdadeiro convencional (VVC) - Valor admitido como
verdadeiro para uma aplicação específica. Valor atribuído a uma
grandeza específica (mensurando) e aceito, as vezes por convenção,
como tendo uma incerteza apropriada para uma dada finalidade.
VIM – Vocabulário Internacional de Termos Fundamentais e Gerais de Metrologia
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
Incerteza de medição (U) - Parâmetro associado ao resultado de uma
medição, que caracteriza a dispersão dos valores que podem ser
fundamentalmente atribuídos a um mensurando. Estimativa
caracterizando a faixa dos valores dentro da qual, com uma
probabilidade definida (geralmente 95%), se encontra o valor verdadeiro
do mensurando.
Indicação (I) - Valor de uma grandeza fornecido por um instrumento de
medição.
Padrão - Medida materializada, objeto ou instrumento destinado a
definir, realizar, conservar ou reproduzir uma unidade ou um ou mais
valores de uma grandeza para servir como referência.
Rastreabilidade - Propriedade do resultado de uma medição ou do
valor de um padrão estar relacionado a referências estabelecidas,
geralmente padrões nacionais ou internacionais, através de uma cadeia
contínua de comparações, todas tendo incertezas estabelecidas.
VIM – Vocabulário Internacional de Termos Fundamentais e Gerais de Metrologia
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
Industrias e outros setores
Unidades do SI
Padrões Internacionais
Padrões dos Institutos Nacionais
de Metrologia (INMETRO)
Padrões de referência dos laboratórios de
calibração credenciados
Padrões de referência dos laboratórios de
ensaios credenciados
Padrões de trabalho dos laboratórios de
chão de fábrica
Laboratórios de
Ensaio
Laboratórios de
Calibração
Padrões
Nacionais
BIPM
R
a
s
t
r
e
a
b
i
l
i
d
a
d
e
D
i
s
s
e
m
i
n
a
ç
ã
o
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
Sistema de medição (SM) - Conjunto completo de instrumentos de
medição e outros equipamentos acoplados para executar uma
medição.
Ajuste - Operação destinada a fazer com que um instrumento de
medição tenha desempenho compatível com o seu uso; Manutenção
realizada no instrumento a fim de apresentar a sua melhor
performance.
Regulagem - Ajuste, empregando somente os recursos disponíveis
no instrumento para o usuário, isto é, sem desmontá-lo; Preparação
do instrumento antes de sua utilização.
VIM – Vocabulário Internacional de Termos Fundamentais e Gerais de Metrologia
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
Calibração (Aferição) - Conjunto de operações que estabelece, sob
condições especificadas, a relação entre os valores indicados por um
instrumento de medição ou sistema de medição ou valores
representados por uma medida materializada ou um material de
referência, e os valores correspondentes das grandezas estabelecidos
por padrão (VVC’s).
- Calibração direta: comparação da indicação de um padrão com a
indicação do instrumento;
VIM – Vocabulário Internacional de Termos Fundamentais e Gerais de Metrologia
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
- Calibração indireta: comparação das indicações de um sistema de
medição padrão (SMP) com as indicações de um sistema de medição a
calibrar (SMC). Observar que os dois sistemas devem estar submetidos
ao mesmo mensurando.
VIM – Vocabulário Internacional de Termos Fundamentais e Gerais de Metrologia
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
- Calibração indireta:
VIM – Vocabulário Internacional de Termos Fundamentais e Gerais de Metrologia
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
Divisão de escala - Parte de uma escala compreendida entre duas
marcas sucessivas quaisquer; Em um sistema de leitura digital, a
divisão de escala corresponde ao menor incremento fornecido pelo seu
último dígito.
Resolução - Menor diferença entre indicações de um dispositivo
mostrador que pode ser significativamente percebida.
Faixa de indicação - Conjunto de valores limitados pelas indicações
extremas.
VIM – Vocabulário Internacional de Termos Fundamentais e Gerais de Metrologia
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
Exatidão de medição - Grau de concordância entre o resultado de uma
e um valor verdadeiro do mensurando. Exatidão é um conceito qualitativo.
O termo precisão não deve ser utilizado como exatidão.
Repetitividade - Grau de concordância entre os resultados de medições
sucessivas de um mesmo mensurando efetuadas sob as mesmas
condições de medição. Condições de repetitividade incluem: mesmo
procedimento de medição; mesmo observador; mesmo instrumento de
medição, utilizado nas mesmas condições; mesmo local; repetição em
curto período de tempo.
Erro de medição - Resultado de uma medição menos o valor verdadeiro
do mensurando.
Erro aleatório - Resultado de uma medição menos a média que
resultaria de um infinito número de medições do mesmo mensurando
efetuadas sob condições de repetitividade.
VIM – Vocabulário Internacional de Termos Fundamentais e Gerais de Metrologia
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
Erro sistemático - Média que resultaria de um infinito número de
medições do mesmo mensurando, efetuadas sob condições de
repetitividade, menos o valor verdadeiro do mensurando.
Faixa nominal (range) - Faixa de indicação de um instrumento.
Amplitude da faixa nominal (span) - Diferença, em módulo, entre os
dois limites de uma faixa nominal.
Faixa de medição - Conjunto de valores de um mensurando para o qual
se admite que o erro de um instrumento de medição mantém-se dentro
dos limites especificados.
Sensibilidade - Variação da resposta de um instrumento de medição
dividida pela correspondente variação do estímulo.
VIM – Vocabulário Internacional de Termos Fundamentais e Gerais de Metrologia
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
Medição
Conjunto de operações que
tem por objetivo determinar o
valor de uma grandeza.
Nota: As operações podem
ser feitas automaticamente.
Para que exista medição é
necessário a presença de
quatro fatores: OPERADOR,
INSTRUMENTO,
CONDIÇÕES AMBIENTAIS E
MÉTODO DE MEDIÇÃO
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
Sistema de Medição
É através de um sistema de medição (SM) que a operação medir é
efetuada: o valor momentâneo do mensurando (grandeza sob
medição) é descrito em termos de uma comparação com a unidade
padrão referenciada pelo SM. O resultado da aplicação deste SM ao
mensurando é um número acompanhado de uma unidade de
indicação.
Do ponto de vista técnico, a medição é empregada para monitorar,
controlar ou investigar um processo ou fenômeno físico.
Nas aplicações que envolvem monitoração, os SM apenas indicam
para o usuário o valor momentâneo ou acumulado do mensurando
(ME). Exemplos: barômetros, termômetros e higrômetros, quando
usados para observar aspectos climáticos, medidores do consumo
de energia elétrica ou volume d’água.
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
Sistema de Medição
Qualquer sistema de controle envolve um SM como
elemento sensor, compondo um sistema capaz de
manter uma grandeza ou processo dentro de certos
limites. O valor da grandeza a controlar é medido e
comparado com o valor de referência estabelecido
e uma ação é tomada pelo controlador visando
aproximar a grandeza sob controle deste valor de
referência.
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
Sistema de Medição
O sistema de controle da temperatura no interior de um
refrigerador é um exemplo: um sensor mede a temperatura no
interior do refrigerador e a compara com o valor de referência pré-
estabelecido. Se a temperatura estiver acima do valor máximo
aceitável, o compressor é ativado até que a temperatura atinja um
patamar mínimo, quando é desligado.
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
O Sistema de Medição
A análise sistêmica de diversos SM revela a existência de três
elementos funcionais bem definidos que se repetem com grande
freqüência na maioria dos sistemas de medição em uso. Em
termos genéricos, um SM pode ser dividido em três módulos
funcionais: o sensor/transdutor, a unidade de tratamento do sinal e
o dispositivo mostrador. Cada módulo pode constituir uma unidade
independente ou pode estar fisicamente integrada ao SM.
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
O Sistema de Medição
(a) (b) (c)
Caso (a) A mola é o transdutor do dinamômetro: transforma a força em
deslocamento da sua extremidade, que é diretamente indicado através de um
ponteiro sobre a escala. Neste caso não há a unidade de tratamento de sinais.
Caso (b) Incorpora uma Unidade de Tratamento de Sinais (UTS), composta pelo
mecanismo de alavancas. O pequeno deslocamento da extremidade da mola é
mecanicamente amplificado por meio da alavanca que, contra a escala, torna
cômoda a indicação do valor da força.
Caso (c) O transdutor é composto de vários módulos: a força é transformada em
deslocamento por meio da mola, em cuja extremidade está fixado um núcleo de
material ferroso. Ao se mover, provoca variação da indutância de uma bobina, que
provoca um desbalanceamento elétrico em um circuito, provocando uma variação de
tensão elétrica proporcional. Este sinal é amplificado pela UTS, composta de
circuitos elétricos, e indicado através de um dispositivo mostrador digital.
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
O Processo de Medição
Medir é o procedimento experimental pelo qual o valor momentâneo de
uma grandeza física (mensurando) é determinado como um múltiplo e/ou
uma fração de uma unidade, estabelecida por um padrão, e reconhecida
internacionalmente.
A operação de medição é realizada por um instrumento de medição ou, de
uma forma mais genérica, por um sistema de medição (SM). Obtém-se
desta operação instrumentada a chamada indicação direta, que é o
número lido pelo operador diretamente no dispositivo mostrador,
acompanhado da respectiva unidade indicada neste dispositivo.
A indicação é obtida pela aplicação da chamada constante do instrumento
à indicação direta. A constante do instrumento deve ser conhecida pelo
usuário do SM antes do início da operação de medição.
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
O Resultado de uma Medição
O trabalho de medição não termina com a obtenção da indicação. Neste
ponto, na verdade, inicia o trabalho do experimentalista. Ele deverá chegar à
informação denominada resultado de uma medição.
O resultado de uma medição (RM) expressa propriamente o que se pode
determinar com segurança sobre o valor do mensurando, a partir da
aplicação do SM sobre esta. É composto de duas parcelas:
(a) o chamado resultado base (RB), que corresponde ao valor central da faixa
onde deve situar-se o valor verdadeiro do mensurando;
(b) e a incerteza da medição (IM), que exprime a faixa de dúvida ainda
presente no resultado, provocada pelos erros presentes no SM e/ou
variações do mensurando, e deve sempre ser acompanhado da unidade
do mensurando.
RM = (RB ± IM) [unidade]
O procedimento de determinação do RM deverá ser realizado com base no
conhecimento aprofundado do processo que define o mensurando (o
fenômeno físico e suas características), no conhecimento do sistema de
medição (características metrológicas e operacionais) e no bom senso.
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
Regras de Compatibilização de Valores
O resultado de uma medição (RM), envolvendo o resultado base (RB) e
a incerteza do resultado (IR), deve sempre ser apresentado de forma
compatível. É importante que o número e a posição dos dígitos que
representam estes componentes do RM guardem certa relação.
Seja, por exemplo, o RM representado da forma abaixo:
RM = (RB ± IR) → RM = (255,227943 ± 4,133333333) mm
A forma acima é de difícil legibilidade por conter uma série de dígitos
que absolutamente não trazem nenhuma informação relevante.
Sabe-se que a IR (incerteza do resultado) é um número obtido em
função de certos procedimentos estatísticos, portanto é uma estimativa
aproximada. Não há necessidade de apresentar o tamanho da faixa de
incerteza com precisão melhor que um ou dois algarismos significativos
(não confundir com casas decimais). No caso, a representação ± 4,1, ou
mesmo ± 4, é suficiente para a IR. O resultado base deve ser escrito de
forma a conter o mesmo número de casas decimais que a IR.
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
Regras de Arredondamento de Valores
Quando se deseja arredondar um número para que seja expresso
com uma certa quantidade de dígitos significativos, deve-se aplicar
as regras convencionais de arredondamento:
Regra 1: Se o algarismo a direita do último dígito que se pretende
representar for inferior a 5, apenas desprezam-se os demais dígitos
à direita.
Exemplo: 3,1415926535  3,14
Regra 2: Se o algarismo a direita do último dígito que se pretende
representar for maior que 5, adiciona-se uma unidade ao último
dígito representado e desprezam-se os demais dígitos à direita.
Exemplo: 3,1415926535  3,1416
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
Regra 3: Se o algarismo a direita do último dígito que se
pretende representar for igual a 5:
a) adiciona-se uma unidade ao último dígito representado e
desprezam-se os demais digitos à direita se este dígito for
originalmente ímpar;
b) apenas são desprezados os demais digitos à direita se este
dígito for originalmente par ou zero.
Exemplos:
3,1415926535  3,142
12,625  12,62
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
Regras de Compatibilização de Valores
O Resultado de uma medição (RM) deve ser expresso preferencialmente
com apenas um algarismo significativo na incerteza do resultado (IR).
Neste caso as regras de compatibilização 1 e 2 devem ser usadas:
Regra 1: Arredondar a IR para apenas um algarismo significativo, isto é,
com apenas um algarismo diferente de zero.
Regra 2: Arredondar o resultado base (RB) para mantê-lo compatível com
a IR de forma que ambos tenham o mesmo número de dígitos decimais
após a vírgula.
Exemplos: RM = (RB ± IR)
58,33333 ± 0,1 → 58,3 ± 0,1 385,42333 ± 0,2125 → 385,4 ± 0,2
37,8359 ± 1 → 38 ± 1 95,94 ± 0,0378 → 95,94 ± 0,04
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
Regras de Compatibilização de Valores
A IR pode ser representada com dois dígitos significativos, quando se
tratar do resultado de uma medição crítica, executada com todo o
cuidado e envolvendo um grande número de medições e/ou quando a IR
for relativamente grande quando comparada ao RB. Nestes casos,
aplica-se a regra 3 em substituição à 1, em conjunto com a regra 2.
Regra 3: RM = (RB ± IR)
Escrever a IR com dois algarismos significativos, isto é, com apenas dois
algarismos diferentes de zero.
Exemplos:
3,1385 ± 0,15 → 3,14 ± 0,15 385,46333 ± 0,24374 → 385,46 ± 0,24
319,213 ± 11 → 319 ± 11 6,325 ± 0,414 → 6,32 ± 0,41
0,03425 ± 0,0034 → 0,0342 ± 0,0034
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
Observações Complementares
a) Não se deve esquecer de apresentar a unidade do RM, observando a
grafia correta do símbolo que representa a unidade, inclusive respeitando
as letras maiúsculas e minúsculas, conforme o caso. A unidade deverá
pertencer ao Sistema Internacional de Unidades (SI). Caso seja necessária
a utilização de outra unidade não pertencente ao SI, deve-se, entre
parênteses, apresentar o correspondente RM em unidades do SI. Isto
mostra que não houve falta de conhecimentos na apresentação do
resultado.
b) É recomendável o uso de parêntesis envolvendo o RB e a IR para
deixar claro que ambas parcelas estão referenciadas à mesma unidade.
Exemplo: (120,6 ± 0,9) m deve ser preferido em lugar de 120,6 ± 0,9 m.
c) Embora na apresentação do RM sejam utilizados apenas os dígitos
mínimos necessários, deve ser dito que é conveniente manter um número
razoável de dígitos significativos nos cálculos intermediários e efetuar o
arredondamento apenas no final. Deve se adotar, nestes cálculos, ao
menos um ou dois dígitos significativos a mais que o resultante para o RB.
d) Em qualquer situação, o bom senso deve sempre prevalecer.
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
Parâmetros Característicos de Sistemas de Medição
Faixa de indicação (FI)
A faixa de indicação (FI) é o intervalo entre o menor e maior valor que o
dispositivo mostrador do SM teria condições de apresentar como
indicação direta (ou indicação). Nos medidores de indicação analógica
a FI corresponde ao intervalo limitado pelos valores extremos da
escala.
Exemplos de faixas de indicação:
- Termômetro: 700 a 1200°C
- Contador: 5 dígitos (isto é, 99999 pulsos)
- Voltímetro: ± 1,999 V (isto é, ± 3 ½ dígitos)
Quando o mesmo sistema de medição permite que várias faixas de
medição sejam selecionadas através da ação de controles do SM, isto
é, em seu mostrador estão presentes várias escalas, sendo que apenas
uma é selecionada ativa a cada momento, cada uma destas faixas é
denominada de faixa nominal.
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
Parâmetros Característicos de Sistemas de Medição
Faixa de medição (FM) - range
É o conjunto de valores de um mensurando para o qual admite-se que o
erro de um instrumento de medição mantém-se dentro de limites
especificados.
Exemplos:
- Termômetro: FM = -50 a 280 °C
- Medidor de deslocamento: FM = ± 50 mm (ou FM = - 50 a + 50 mm)
A faixa de medição é menor ou, no máximo, igual a faixa de indicação.
Amplitude da Faixa Nominal - span
Diferença, em módulo, entre os dois limites de uma faixa nominal.
Exemplo: para uma faixa nominal de -10V a +10V a amplitude da faixa
nominal é 20V.
Observação: Em algumas áreas, a diferença entre o maior e o menor
valor é denominada faixa.
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
Parâmetros Característicos de Sistemas de Medição
Exatidão de Medição
Grau de concordância entre o resultado de uma medição e um valor
verdadeiro convencional.
Popularmente é a aproximação a um valor teórico.
Precisão (pelo VIM, o termo precisão não deve ser mais utilizado)
Variabilidade dos resultados de medições sucessivas.
EXATIDÃO e PRECISÃO são conceitos que não podem ser atribuídos
individualmente a algum fator, tais como, à uma máquina, operador ou
condição ambiental. Estes conceitos somente podem ser relacionados
ao conjunto destes fatores, que são os PROCESSOS.
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
A exatidão pode ser descrita de três maneiras:
Percentual do Fundo de Escala (% do F.E.)
Percentual do Span (% do Span)
Percentual do Valor Lido (% do V.L.)
Exemplo: Para um sensor de temperatura com range de 50 a 250oC e
valor medido 100oC determine o intervalo provável do valor real para
as seguintes condições:
Exatidão de 1% do Fundo de Escala
Valor real = 100,0oC  (0,01 x 250) = 100,0oC  2,5oC
Exatidão de 1% do Span
Valor real = 100,0oC  (0,01 x 200) = 100,0oC  2,0oC
Exatidão 1% do Valor Lido (Instantâneo)
Valor real = 100,0oC  (0,01 x 100) = 100,0oC  1,0oC
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
Parâmetros Característicos de Sistemas de Medição
Resolução (R)
Resolução é a menor diferença entre indicações que pode ser
significativamente percebida. A avaliação da resolução é feita em função
do tipo de instrumento:
- Nos sistemas com mostradores digitais, a resolução corresponde ao
incremento digital;
- Nos sistemas com mostradores analógicos, a resolução teórica é zero. No
entanto, em função das limitações do operador, da qualidade do
dispositivo indicador e da própria necessidade de leituras mais ou menos
criteriosas, a resolução a adotar poderá ser uma fração do valor de uma
divisão (VD).
Erro Sistemático (Es)
É a parcela do erro que se repete quando uma série de medições é
efetuada nas mesmas condições. Numericamente corresponde à média de
um número infinito de medições do mesmo mensurando, efetuadas sobre
condições de repetitividade, menos o valor verdadeiro do mensurando. Em
termos práticos, adota-se a tendência como estimativa do erro sistemático.
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
Parâmetros Característicos de Sistemas de Medição
Repetitividade (Re) de resultados de medições
Grau de concordância entre os resultados de medições sucessivas de um
mesmo mensurando efetuadas sob as mesmas condições de medição.
Condições de repetitividade incluem:
- mesmo procedimento de medição;
- mesmo observador;
- mesmo instrumento de medição, utilizado nas mesmas condições;
- mesmo local;
-repetição em curto período de tempo.
Erro Máximo (Emax)
O Erro Máximo (Emax) expressa a faixa onde se espera que esteja contido
o erro máximo (em termos absolutos) do SM, considerando toda a sua faixa
de medição e as condições operacionais fixadas pelo seu fabricante. O
termo precisão, embora não recomendado, tem sido usado como sinônimo
de incerteza do sistema de medição. O erro máximo de um SM é o
parâmetro reduzido que melhor descreve a qualidade do instrumento.
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
Parâmetros Característicos de Sistemas de Medição
Sensibilidade (Sb)
É o quociente entre a variação da resposta (sinal de saída) do SM e a
correspondente variação do estímulo (mensurando). Para sistemas lineares a
sensibilidade é constante e para os não lineares é variável, dependendo do valor
do estímulo e determinada pelo coeficiente angular da tangente à curva de
resposta real (CRr).
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
Erro de Medição
O erro de medição é caracterizado como a diferença entre o valor da indicação
do SM e o valor verdadeiro do mensurando, isto é:
E = I – VV (1)
Onde E = erro de medição
I = indicação
VV = valor verdadeiro
Na prática, o valor "verdadeiro" é desconhecido. Usa-se então o chamado valor
verdadeiro convencional (VVC), isto é, o valor conhecido com erros não
superiores a um décimo do erro de medição esperado. Neste caso, o erro de
medição é calculado por:
E = I – VVC (2)
Onde VVC = valor verdadeiro convencional
Para eliminar totalmente o erro de medição é necessário empregar um SM
perfeito sobre o mensurando, sendo este perfeitamente definido e estável. Na
prática não se consegue um SM perfeito e o mensurando pode apresentar
variações. Portanto, é impossível eliminar completamente o erro de medição.
Mas é possível, ao menos, delimitá-lo.
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
Mesmo sabendo-se da existência do erro de medição, é ainda possível obter
informações confiáveis da medição, desde que a ordem de grandeza e a
natureza deste erro sejam conhecidas.
Tipos de Erros
Para melhor entendimento, o erro de medição pode ser considerado como
composto de três parcelas aditivas:
E = Es + Ea + Eg (3)
Sendo E = erro de medição
Es = erro sistemático
Ea = erro aleatório
Eg = erro grosseiro
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
O erro sistemático
O erro sistemático (Es) é a parcela de erro
sempre presente nas medições realizadas
em idênticas condições de operação. É a
diferença entre a média de um número
infinito de medições do mesmo
mensurando e o valor verdadeiro do
mensurando quando são obedecidas as
condições de repetitividade.
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
O erro sistemático
Um dispositivo mostrador com seu ponteiro "torto" é um
exemplo de erro sistemático, que sempre se repetirá enquanto
o ponteiro estiver torto.
Causado por um problema de ajuste ou desgaste do sistema
de medição, quanto por fatores construtivos. Pode estar
associado ao próprio princípio de medição empregado ou
ainda ser influenciado por grandezas ou fatores externos,
como as condições ambientais.
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
O erro sistemático
A estimativa do erro sistemático da indicação de um
instrumento de medição é também denominado Tendência
(Td). O erro sistemático, embora se repita se a medição for
realizada em idênticas condições, geralmente não é constante
ao longo de toda a faixa em que o SM pode medir. Para cada
valor distinto do mensurando é possível ter um valor diferente
para o erro sistemático. A forma como este varia ao longo da
faixa de medição depende de cada SM, sendo de difícil
previsão.
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
O erro aleatório
Quando uma medição é repetida diversas vezes, nas mesmas condições,
observam-se variações nos valores obtidos. Em relação ao valor médio,
nota-se que estas variações ocorrem de forma imprevisível, tanto para
valores acima do valor médio, quanto para abaixo. Este efeito é provocado
pelo erro aleatório (Ea).
O erro aleatório é a diferença entre o resultado de uma medição e a
média de um número infinito de medições do mesmo mensurando
sob condições de repetitividade.
Diversos fatores contribuem para o surgimento do erro aleatório. A
existência de folgas, atrito, vibrações, flutuações de tensão elétrica,
instabilidades internas, das condições ambientais ou outras grandezas de
influência, contribui para o aparecimento deste tipo de erro.
A intensidade do erro aleatório de um mesmo SM pode variar ao longo da
sua faixa de medição, com o tempo, com as variações das grandezas de
influência, dentre outros fatores. A forma como o erro aleatório se
manifesta ao longo da faixa de medição depende de cada SM, sendo de
difícil previsão.
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
O erro grosseiro
O erro grosseiro (Eg) é, geralmente, decorrente de mau uso ou mau
funcionamento do SM. Pode, por exemplo, ocorrer em função de
leitura errônea, operação indevida ou dano do SM. Seu valor é
totalmente imprevisível, porém geralmente sua existência é
facilmente detectável. Sua aparição pode ser resumida a casos muito
esporádicos, desde que o trabalho de medição seja feito com
consciência. Seu valor será considerado nulo neste texto.
Exemplo
A figura seguinte exemplifica uma situação onde é possível
caracterizar erros sistemáticos e aleatórios. A pontaria de quatro
tanques de guerra está sendo colocada à prova. O objetivo é acertar
os projéteis no centro do alvo colocado a uma mesma distância.
Cada tanque tem direito a 15 tiros. Os resultados da prova de tiro dos
tanques A, B, C, e D estão mostrados nesta mesma figura.
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
Exemplo de Erro Grosseiro
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
As marcas dos tiros do tanque "A" se espalharam por uma área relativamente
grande em torno do centro do alvo. Estas marcas podem ser inscritas dentro
do círculo tracejado desenhado na figura. Embora este círculo apresente um
raio relativamente grande, seu centro coincide aproximadamente com o
centro do alvo. O raio do círculo tracejado está associado ao espalhamento
dos tiros que decorre diretamente do erro aleatório. A posição média das
marcas dos tiros, que coincide aproximadamente com a posição do centro do
círculo tracejado, reflete a influência do erro sistemático.
Pode-se então afirmar que o tanque "A" apresenta elevado nível de erros
aleatórios enquanto o erro sistemático é baixo.
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
No caso do tanque "B", além do raio do círculo tracejado ser grande,
seu centro está distante do centro do alvo.
Neste caso, tanto os erros aleatórios quanto sistemáticos são
grandes.
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
Na condição do tanque "C", a dispersão é muito menor, mas a posição
do centro do círculo tracejado está ainda distante do centro do alvo, o
que indica reduzidos erros aleatórios e grande erro sistemático.
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
Já a situação do tanque "D" reflete reduzidos níveis de erros aleatórios
e também do erro sistemático. Obviamente que, do ponto de vista de
balística, o melhor dos tanques é o tanque "D", por acertar quase
sempre muito próximo do centro do alvo com boa repetitividade.
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
Ao se comparar os resultados do tanque "C" com o "A", pode-se afirmar que o
tanque "C" é melhor. Embora nenhum dos tiros disparados pelo tanque "C" tenha
se aproximado suficientemente do centro do alvo, o seu espalhamento é muito
menor. Um pequeno ajuste na mira do tanque "C" o trará para uma condição de
operação muito próxima do tanque "D", o que jamais pode ser obtido com o
tanque "A". Tanto no exemplo da figura, quanto em problemas de medição, o erro
sistemático não é um fator tão crítico quanto o erro aleatório. Através de um
procedimento adequado é possível estimá-lo relativamente bem e efetuar a sua
compensação, o que equivale ao ajuste da mira do tanque "C". Já o erro aleatório
não pode ser compensado embora sua influência sobre o valor médio obtido por
meio de várias repetições se reduza na proporção de 1/√n , onde "n" é o número
de repetições considerado na média.
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
Fontes de Erros
Toda medição está afetada por erros. Estes erros são provocados pela
ação isolada ou combinada de vários fatores que influenciam o
processo de medição, envolvendo o sistema de medição, o
procedimento de medição, a ação de grandezas de influência e o
operador.
O comportamento metrológico do SM depende fortemente de fatores
conceituais e aspectos construtivos. Suas características tendem a se
degradar com o uso, especialmente em condições de utilização muito
severas.
O comportamento do SM pode ser fortemente influenciado por
perturbações externas e internas, bem como pela influência do
operador, ou mesmo do SM, modificar indevidamente o mensurando.
O procedimento de medição adotado deve ser compatível com as
características do mensurando. O número e posição das medições
efetuadas, o modelo de cálculo adotado, a interpretação dos resultados
obtidos podem também introduzir componentes de incerteza relevantes
no resultado da medição.
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
Fontes de Erros
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
Fontes de Erros
A figura abaixo ilustra uma situação onde se pretende medir a temperatura de
um cafezinho. Para tal é empregado um termômetro de bulbo. Ao ser inserido no
copo, há um fluxo de energia do café para o termômetro: o bulbo esquenta
enquanto o café esfria, até que a temperatura de equilíbrio seja atingida. É esta
temperatura, inferior à temperatura inicial do cafezinho, que será indicada pelo
termômetro. Este é outro exemplo onde o mensurando é modificado pelo SM. A
modificação do mensurando por outros módulos da cadeia de medição,
acontece, por exemplo, na conexão indevida de dispositivos registradores.
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
Fontes de Erros
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
Fontes de Erros
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
Fontes de Erros
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
Estatística aplicada à metrologia
Conceitos básicos
Estatística é ciência que se preocupa com a organização ,
descrição, análise e interpretação dos dados experimentais.
A confiabilidade metrológica utiliza-se de ferramentas
estatísticas para avaliar a eficiência de ensaios e produzir
resultados confiáveis.
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
População é o conjunto global de medidas.
Amostra é um subconjunto da população, um pequeno número
de elementos que serão examinados e medidos.
População
Amostra
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
Caracterização da amostra
Média
Se um conjunto de medições de um mesurando fornece “n”
valores individuais independentes x1, x2, x3, o resultado do
valor mais provável para o conjunto, é expresso como sendo
a média aritmética amostral dos “n” valores individuais, a
qual é definida pela expressão:
Onde: ou  = média aritmética
xi = valores da amostra
N = números de elementos da amostra
x
N
1 2 N i
i 1
1 1
X ( X X ... X ) X
N N 
     
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
Exemplo: Após o ajuste de um transmissor de pressão,
foram feitas três leituras seguidas = 4,02 mA, 3,99 mA e
4,10 mA. Calcule a média das 3 leituras.
= 4,02 + 3,99 + 4,10 = 4,036 mA
3
Utilizando-se a regra de arredondamento teremos o
resultado da média de 4,04 mA.
x
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
Medida de dispersão
Variância da amostra
A variância da amostra avalia o quanto os valores
observados estão dispersos ao redor da média.
Onde: = Variância
X = valor de cada amostra
= média aritmética das amostras
N = números de elementos da amostra
2
x
S
x
N
2 2 2 2 2
x 1 2 N i
i 1
1 1
s [( X X ) ( X X ) ... ( X X ) ] ( X X )
N 1 N 1 
        
 

METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
Exemplo: Após o ajuste de um transmissor de pressão,
foram feitas três leituras seguidas: 4,02 mA, 3,99 mA e
4,10mA. Calcule a variância das 3 leituras.
Sx
2 = 0,0065 = 0,00325
3 – 1
Utilizando-se a regra de arredondamento, para 2 algarismos
significativos, o resultado da variância é de 0,0032.
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
Desvio padrão
A variância é uma média dos desvios ( xi - ) ao quadrado.
O desvio padrão é a raiz quadrada positiva da variância.
Onde:  ou  ou Sx = desvio padrão
Sx
2 = variância da amostra
Exemplo: A partir da variância da amostra de 0,0032, calcule o
desvio padrão.
Utilizando-se a regra de arredondamento, para 2 algarismos
significativos, o resultado do desvio padrão é de 0,057 mA.
x
05656
,
0
0032
,
0 

x
s
2
x x
s s

METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
Distribuições
As grandezas de influência atuantes na medição de um
mesurando provocam uma aleatoriedade em seus valores
medidos.
Assim sendo, esses valores aparecem de modo
razoavelmente ordenado, dentro de uma certa uniformidade ,
com alguns deles tendo uma freqüência maior ou mais
provável. A freqüência desses valores distribuídos, origina
geralmente uma distribuição de probabilidades denominada de
normal .
Distribuição normal
Os valores das medições de um mesurando distribuem-se
simetricamente em torno de um valor central (média).
Pequenos desvios em relação a este são mais freqüentes.
Para estudar uma distribuição normal devemos conhecer dois
parâmetros: média e desvio padrão.
METROLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
A distribuição tem as seguintes características:
 Forma de sino
 Simétrica em relação á média
 A probabilidade tende a zero nas extremidades
 Altura ordenada no centro
Onde:
 = média aritmética
 = desvio padrão
O gráfico acima nos mostra que para a faixa de    (lê-se: a média  um
desvio padrão), existe 68% de probabilidade de ocorrer um evento nesta
faixa, ou seja, para o exemplo utilizado no transmissor de pressão cuja
média das leituras foi de 4,04 mA, há 68% de probabilidade de que novas
leituras neste instrumento ocorram na faixa de 4,040  0,057 mA.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

360693996 lista-de-exercicios-extras-para-p1-de-vibracoes-i-r
360693996 lista-de-exercicios-extras-para-p1-de-vibracoes-i-r360693996 lista-de-exercicios-extras-para-p1-de-vibracoes-i-r
360693996 lista-de-exercicios-extras-para-p1-de-vibracoes-i-rMax Patricio
 
DESENHO TÉCNICO MEIO CORTE
DESENHO TÉCNICO  MEIO CORTEDESENHO TÉCNICO  MEIO CORTE
DESENHO TÉCNICO MEIO CORTEordenaelbass
 
Exercícios de desenho técnico mecânico
Exercícios de desenho técnico mecânicoExercícios de desenho técnico mecânico
Exercícios de desenho técnico mecânicoFirjan SENAI
 
Elementos de maquinas, pinos, contra-pinos, cavilhas, anel elástico
Elementos de maquinas, pinos, contra-pinos, cavilhas, anel elásticoElementos de maquinas, pinos, contra-pinos, cavilhas, anel elástico
Elementos de maquinas, pinos, contra-pinos, cavilhas, anel elásticoordenaelbass
 
Apostila hidráulica aplicada - Engenharia Civil
Apostila hidráulica aplicada - Engenharia CivilApostila hidráulica aplicada - Engenharia Civil
Apostila hidráulica aplicada - Engenharia CivilBelquior Prado
 
Apostila Rsolvida de desenho tecnico
Apostila Rsolvida de desenho tecnicoApostila Rsolvida de desenho tecnico
Apostila Rsolvida de desenho tecnicoNome Sobrenome
 
resumao resistencia dos materiais
resumao resistencia dos materiaisresumao resistencia dos materiais
resumao resistencia dos materiaisEclys Montenegro
 
Produção mecânica
Produção mecânicaProdução mecânica
Produção mecânica3r1clu12
 
Apostila resistencia dos_materiais_parte_1
Apostila resistencia dos_materiais_parte_1Apostila resistencia dos_materiais_parte_1
Apostila resistencia dos_materiais_parte_1Hudson Luiz Pissini
 
Resistência dos materiais - Exercícios Resolvidos
Resistência dos materiais - Exercícios ResolvidosResistência dos materiais - Exercícios Resolvidos
Resistência dos materiais - Exercícios ResolvidosMoreira1972
 
Relatório de tração
Relatório de traçãoRelatório de tração
Relatório de traçãoAlmir Luis
 

Mais procurados (20)

Metrologia ppt
Metrologia pptMetrologia ppt
Metrologia ppt
 
360693996 lista-de-exercicios-extras-para-p1-de-vibracoes-i-r
360693996 lista-de-exercicios-extras-para-p1-de-vibracoes-i-r360693996 lista-de-exercicios-extras-para-p1-de-vibracoes-i-r
360693996 lista-de-exercicios-extras-para-p1-de-vibracoes-i-r
 
Introdução a CNC
Introdução a CNCIntrodução a CNC
Introdução a CNC
 
Autocad
Autocad  Autocad
Autocad
 
DESENHO TÉCNICO MEIO CORTE
DESENHO TÉCNICO  MEIO CORTEDESENHO TÉCNICO  MEIO CORTE
DESENHO TÉCNICO MEIO CORTE
 
Exercícios de desenho técnico mecânico
Exercícios de desenho técnico mecânicoExercícios de desenho técnico mecânico
Exercícios de desenho técnico mecânico
 
Elementos de maquinas, pinos, contra-pinos, cavilhas, anel elástico
Elementos de maquinas, pinos, contra-pinos, cavilhas, anel elásticoElementos de maquinas, pinos, contra-pinos, cavilhas, anel elástico
Elementos de maquinas, pinos, contra-pinos, cavilhas, anel elástico
 
Apostila hidráulica aplicada - Engenharia Civil
Apostila hidráulica aplicada - Engenharia CivilApostila hidráulica aplicada - Engenharia Civil
Apostila hidráulica aplicada - Engenharia Civil
 
Normas tecnicas desenho
Normas tecnicas desenhoNormas tecnicas desenho
Normas tecnicas desenho
 
16.goniômetro
16.goniômetro16.goniômetro
16.goniômetro
 
Apostila Rsolvida de desenho tecnico
Apostila Rsolvida de desenho tecnicoApostila Rsolvida de desenho tecnico
Apostila Rsolvida de desenho tecnico
 
Mat24022010183930
Mat24022010183930Mat24022010183930
Mat24022010183930
 
Metrologia
MetrologiaMetrologia
Metrologia
 
Resistência a compressão
Resistência a compressãoResistência a compressão
Resistência a compressão
 
resumao resistencia dos materiais
resumao resistencia dos materiaisresumao resistencia dos materiais
resumao resistencia dos materiais
 
Produção mecânica
Produção mecânicaProdução mecânica
Produção mecânica
 
Apostila resistencia dos_materiais_parte_1
Apostila resistencia dos_materiais_parte_1Apostila resistencia dos_materiais_parte_1
Apostila resistencia dos_materiais_parte_1
 
Resistência dos materiais - Exercícios Resolvidos
Resistência dos materiais - Exercícios ResolvidosResistência dos materiais - Exercícios Resolvidos
Resistência dos materiais - Exercícios Resolvidos
 
Micrometro
MicrometroMicrometro
Micrometro
 
Relatório de tração
Relatório de traçãoRelatório de tração
Relatório de tração
 

Semelhante a Fundamentos da Metrologia e Instrumentação Industrial

Desenvolvimento de ferramenta de colaboração em massa De apoio ao ensino de ...
Desenvolvimento de ferramenta de colaboração em massa  De apoio ao ensino de ...Desenvolvimento de ferramenta de colaboração em massa  De apoio ao ensino de ...
Desenvolvimento de ferramenta de colaboração em massa De apoio ao ensino de ...WanderAndrade11
 
Apresentação da disciplina metrologia subsequente (1)
Apresentação da disciplina metrologia   subsequente (1)Apresentação da disciplina metrologia   subsequente (1)
Apresentação da disciplina metrologia subsequente (1)Gustavo Mendes Martins
 
Instrumentação Industrial_Introdução.ppt
Instrumentação Industrial_Introdução.pptInstrumentação Industrial_Introdução.ppt
Instrumentação Industrial_Introdução.pptFabioNicola2
 
Cap 1 grandezas eletricas_fundamentos de medidas_e_tratamento de erros
Cap 1 grandezas eletricas_fundamentos de medidas_e_tratamento de errosCap 1 grandezas eletricas_fundamentos de medidas_e_tratamento de erros
Cap 1 grandezas eletricas_fundamentos de medidas_e_tratamento de errosManuelLuz2
 
387 padronizacao e_sistemas_de_medicao
387 padronizacao e_sistemas_de_medicao387 padronizacao e_sistemas_de_medicao
387 padronizacao e_sistemas_de_medicaoClailtonVitalDeolind
 
Metrologia turma 40599(1)
Metrologia turma 40599(1)Metrologia turma 40599(1)
Metrologia turma 40599(1)Ruan Marquês
 
DETERMINAÇÃO DA INCERTEZA DE MEDIÇÃO EM DURÔMETROS PARA PESQUISA METROLÓGICA
DETERMINAÇÃO DA INCERTEZA DE MEDIÇÃO EM DURÔMETROS PARA PESQUISA METROLÓGICADETERMINAÇÃO DA INCERTEZA DE MEDIÇÃO EM DURÔMETROS PARA PESQUISA METROLÓGICA
DETERMINAÇÃO DA INCERTEZA DE MEDIÇÃO EM DURÔMETROS PARA PESQUISA METROLÓGICATito Livio M. Cardoso
 
Aula 4 controle da qualidade e metrologia
Aula 4 controle da qualidade e metrologiaAula 4 controle da qualidade e metrologia
Aula 4 controle da qualidade e metrologiaDeibe Valgas
 
Tcc trabalho nõ atualizado
Tcc trabalho  nõ atualizadoTcc trabalho  nõ atualizado
Tcc trabalho nõ atualizadoKleber Martins
 
Jtfilho final
Jtfilho finalJtfilho final
Jtfilho finalabntweb
 
Apostila de instrumentação
Apostila de instrumentaçãoApostila de instrumentação
Apostila de instrumentaçãophasetronik
 
aula 1 - mauro.pptx Metroligia Electric Car Project Proposal by Slidesgo.pptx
aula 1 - mauro.pptx Metroligia Electric Car Project Proposal by Slidesgo.pptxaula 1 - mauro.pptx Metroligia Electric Car Project Proposal by Slidesgo.pptx
aula 1 - mauro.pptx Metroligia Electric Car Project Proposal by Slidesgo.pptxRobsonCunhadePaula
 
Tcc Sistema controle_dimensional_2015 Engenharia Eletrônica
Tcc Sistema controle_dimensional_2015 Engenharia EletrônicaTcc Sistema controle_dimensional_2015 Engenharia Eletrônica
Tcc Sistema controle_dimensional_2015 Engenharia EletrônicaLeonardo Sasso
 
Prodist módulo 5 - parte escrita
Prodist   módulo 5 - parte escritaProdist   módulo 5 - parte escrita
Prodist módulo 5 - parte escritaSergio Marcelino
 
2 princ de eng ¬ fab - metrologia industrial - aulas uema
2 princ de eng ¬ fab - metrologia industrial - aulas uema2 princ de eng ¬ fab - metrologia industrial - aulas uema
2 princ de eng ¬ fab - metrologia industrial - aulas uemaffilipelima
 
Cap-2-Caracteristicas Estaticas e Dinamicas.ppt
Cap-2-Caracteristicas Estaticas e Dinamicas.pptCap-2-Caracteristicas Estaticas e Dinamicas.ppt
Cap-2-Caracteristicas Estaticas e Dinamicas.pptGleydsonDemonier
 
PROMINP: Apresentação sobre Medidas Elétricas
PROMINP: Apresentação sobre Medidas ElétricasPROMINP: Apresentação sobre Medidas Elétricas
PROMINP: Apresentação sobre Medidas Elétricascarlos ars
 
Desenvolvimento de um sistema de abertura e controle de altura do arco elétri...
Desenvolvimento de um sistema de abertura e controle de altura do arco elétri...Desenvolvimento de um sistema de abertura e controle de altura do arco elétri...
Desenvolvimento de um sistema de abertura e controle de altura do arco elétri...Alexandre Blum Weingartner
 
Noções de Metrologia
Noções de MetrologiaNoções de Metrologia
Noções de MetrologiaRafael Bispo
 

Semelhante a Fundamentos da Metrologia e Instrumentação Industrial (20)

Desenvolvimento de ferramenta de colaboração em massa De apoio ao ensino de ...
Desenvolvimento de ferramenta de colaboração em massa  De apoio ao ensino de ...Desenvolvimento de ferramenta de colaboração em massa  De apoio ao ensino de ...
Desenvolvimento de ferramenta de colaboração em massa De apoio ao ensino de ...
 
Apresentação da disciplina metrologia subsequente (1)
Apresentação da disciplina metrologia   subsequente (1)Apresentação da disciplina metrologia   subsequente (1)
Apresentação da disciplina metrologia subsequente (1)
 
Instrumentação Industrial_Introdução.ppt
Instrumentação Industrial_Introdução.pptInstrumentação Industrial_Introdução.ppt
Instrumentação Industrial_Introdução.ppt
 
Cap 1 grandezas eletricas_fundamentos de medidas_e_tratamento de erros
Cap 1 grandezas eletricas_fundamentos de medidas_e_tratamento de errosCap 1 grandezas eletricas_fundamentos de medidas_e_tratamento de erros
Cap 1 grandezas eletricas_fundamentos de medidas_e_tratamento de erros
 
387 padronizacao e_sistemas_de_medicao
387 padronizacao e_sistemas_de_medicao387 padronizacao e_sistemas_de_medicao
387 padronizacao e_sistemas_de_medicao
 
Metrologia turma 40599(1)
Metrologia turma 40599(1)Metrologia turma 40599(1)
Metrologia turma 40599(1)
 
DETERMINAÇÃO DA INCERTEZA DE MEDIÇÃO EM DURÔMETROS PARA PESQUISA METROLÓGICA
DETERMINAÇÃO DA INCERTEZA DE MEDIÇÃO EM DURÔMETROS PARA PESQUISA METROLÓGICADETERMINAÇÃO DA INCERTEZA DE MEDIÇÃO EM DURÔMETROS PARA PESQUISA METROLÓGICA
DETERMINAÇÃO DA INCERTEZA DE MEDIÇÃO EM DURÔMETROS PARA PESQUISA METROLÓGICA
 
Aula 4 controle da qualidade e metrologia
Aula 4 controle da qualidade e metrologiaAula 4 controle da qualidade e metrologia
Aula 4 controle da qualidade e metrologia
 
Tcc trabalho nõ atualizado
Tcc trabalho  nõ atualizadoTcc trabalho  nõ atualizado
Tcc trabalho nõ atualizado
 
Jtfilho final
Jtfilho finalJtfilho final
Jtfilho final
 
Apostila de instrumentação
Apostila de instrumentaçãoApostila de instrumentação
Apostila de instrumentação
 
aula 1 - mauro.pptx Metroligia Electric Car Project Proposal by Slidesgo.pptx
aula 1 - mauro.pptx Metroligia Electric Car Project Proposal by Slidesgo.pptxaula 1 - mauro.pptx Metroligia Electric Car Project Proposal by Slidesgo.pptx
aula 1 - mauro.pptx Metroligia Electric Car Project Proposal by Slidesgo.pptx
 
Manômetro
ManômetroManômetro
Manômetro
 
Tcc Sistema controle_dimensional_2015 Engenharia Eletrônica
Tcc Sistema controle_dimensional_2015 Engenharia EletrônicaTcc Sistema controle_dimensional_2015 Engenharia Eletrônica
Tcc Sistema controle_dimensional_2015 Engenharia Eletrônica
 
Prodist módulo 5 - parte escrita
Prodist   módulo 5 - parte escritaProdist   módulo 5 - parte escrita
Prodist módulo 5 - parte escrita
 
2 princ de eng ¬ fab - metrologia industrial - aulas uema
2 princ de eng ¬ fab - metrologia industrial - aulas uema2 princ de eng ¬ fab - metrologia industrial - aulas uema
2 princ de eng ¬ fab - metrologia industrial - aulas uema
 
Cap-2-Caracteristicas Estaticas e Dinamicas.ppt
Cap-2-Caracteristicas Estaticas e Dinamicas.pptCap-2-Caracteristicas Estaticas e Dinamicas.ppt
Cap-2-Caracteristicas Estaticas e Dinamicas.ppt
 
PROMINP: Apresentação sobre Medidas Elétricas
PROMINP: Apresentação sobre Medidas ElétricasPROMINP: Apresentação sobre Medidas Elétricas
PROMINP: Apresentação sobre Medidas Elétricas
 
Desenvolvimento de um sistema de abertura e controle de altura do arco elétri...
Desenvolvimento de um sistema de abertura e controle de altura do arco elétri...Desenvolvimento de um sistema de abertura e controle de altura do arco elétri...
Desenvolvimento de um sistema de abertura e controle de altura do arco elétri...
 
Noções de Metrologia
Noções de MetrologiaNoções de Metrologia
Noções de Metrologia
 

Último

10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptxVagner Soares da Costa
 
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxTRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxFlvioDadinhoNNhamizi
 
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptxVagner Soares da Costa
 
Lista de presença treinamento de EPI NR-06
Lista de presença treinamento de EPI NR-06Lista de presença treinamento de EPI NR-06
Lista de presença treinamento de EPI NR-06AndressaTenreiro
 
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3filiperigueira1
 
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMApresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMdiminutcasamentos
 

Último (6)

10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
 
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxTRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
 
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
 
Lista de presença treinamento de EPI NR-06
Lista de presença treinamento de EPI NR-06Lista de presença treinamento de EPI NR-06
Lista de presença treinamento de EPI NR-06
 
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3
 
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMApresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
 

Fundamentos da Metrologia e Instrumentação Industrial

  • 1. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral Fundamentos de Metrologia Fontes: Simone Acosta/Celso Fabricio De Melo Junior
  • 2. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral "medir é fácil". Afirma-se aqui que "cometer erros de medição é ainda mais fácil".
  • 3. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
  • 4. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
  • 5. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
  • 6. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
  • 7. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
  • 8. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
  • 9. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
  • 10. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
  • 11. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
  • 12. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
  • 13. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
  • 14. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
  • 15. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
  • 16. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
  • 17. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
  • 18. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
  • 19. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
  • 20. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
  • 21. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
  • 22. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
  • 23. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
  • 24. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral
  • 25. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral 4. Um prefixo não deve ser empregado sozinho; Por exemplo: 106/m3, porém nunca M/m3 São listados a seguir algumas situações errôneas muito comuns na prática que devem ser evitadas: 250 °K (250 graus kelvin) 80 KM peso de 10 quilos 2 hs a grama μ Kg Km ERRADO 250 K (250 kelvin) 80 km/h massa de 10 kg (quilogramas) 2 h o grama μm kg km CERTO
  • 26. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral VIM – Vocabulário Internacional de Termos Fundamentais e Gerais de Metrologia Tempo de viagem = 10 min Grandeza Mensurando Resultado da Medição simbolo da Unidade
  • 27. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral VIM – Vocabulário Internacional de Termos Fundamentais e Gerais de Metrologia Metrologia - Ciência da medição. Conjunto de conhecimentos científicos e tecnológicos abrangendo todos os aspectos teóricos e práticos relativos às medições, qualquer que seja a incerteza, em quaisquer campos da ciência ou tecnologia. Medir - Determinar experimentalmente o valor (resultado de medição) de uma grandeza específica (mensurando). Grandeza - Atributo de um fenômeno, corpo ou substância que pode ser qualitativamente distinguido e quantitativamente determinado. Exemplos: tempo, massa, temperatura, resistência elétrica, comprimento. Mensurando - Objeto da medição. Grandeza específica submetida à medição. Exemplos: comprimento de uma barra, resistência elétrica de um fio, concentração de etanol em uma amostra de vinho.
  • 28. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral Unidade - Grandeza específica, definida e adotada por convenção, com a qual outras grandezas de mesma natureza são comparadas para expressar suas magnitudes em relação àquela grandeza. Exemplos: metro, kelvin, newton, quilograma, ohm, volt. Resultado de Uma Medição (RM) - Valor atribuído a um mensurando obtido por medição. Valor verdadeiro (VV) - Valor consistente com a definição de uma dada grandeza específica. É um valor que seria obtido por uma medição perfeita. Valores verdadeiros são, por natureza, indeterminados porque todos os sistemas de medição, por melhor que sejam, possuem uma incerteza. Valor verdadeiro convencional (VVC) - Valor admitido como verdadeiro para uma aplicação específica. Valor atribuído a uma grandeza específica (mensurando) e aceito, as vezes por convenção, como tendo uma incerteza apropriada para uma dada finalidade. VIM – Vocabulário Internacional de Termos Fundamentais e Gerais de Metrologia
  • 29. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral Incerteza de medição (U) - Parâmetro associado ao resultado de uma medição, que caracteriza a dispersão dos valores que podem ser fundamentalmente atribuídos a um mensurando. Estimativa caracterizando a faixa dos valores dentro da qual, com uma probabilidade definida (geralmente 95%), se encontra o valor verdadeiro do mensurando. Indicação (I) - Valor de uma grandeza fornecido por um instrumento de medição. Padrão - Medida materializada, objeto ou instrumento destinado a definir, realizar, conservar ou reproduzir uma unidade ou um ou mais valores de uma grandeza para servir como referência. Rastreabilidade - Propriedade do resultado de uma medição ou do valor de um padrão estar relacionado a referências estabelecidas, geralmente padrões nacionais ou internacionais, através de uma cadeia contínua de comparações, todas tendo incertezas estabelecidas. VIM – Vocabulário Internacional de Termos Fundamentais e Gerais de Metrologia
  • 30. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral Industrias e outros setores Unidades do SI Padrões Internacionais Padrões dos Institutos Nacionais de Metrologia (INMETRO) Padrões de referência dos laboratórios de calibração credenciados Padrões de referência dos laboratórios de ensaios credenciados Padrões de trabalho dos laboratórios de chão de fábrica Laboratórios de Ensaio Laboratórios de Calibração Padrões Nacionais BIPM R a s t r e a b i l i d a d e D i s s e m i n a ç ã o
  • 31. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral Sistema de medição (SM) - Conjunto completo de instrumentos de medição e outros equipamentos acoplados para executar uma medição. Ajuste - Operação destinada a fazer com que um instrumento de medição tenha desempenho compatível com o seu uso; Manutenção realizada no instrumento a fim de apresentar a sua melhor performance. Regulagem - Ajuste, empregando somente os recursos disponíveis no instrumento para o usuário, isto é, sem desmontá-lo; Preparação do instrumento antes de sua utilização. VIM – Vocabulário Internacional de Termos Fundamentais e Gerais de Metrologia
  • 32. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral Calibração (Aferição) - Conjunto de operações que estabelece, sob condições especificadas, a relação entre os valores indicados por um instrumento de medição ou sistema de medição ou valores representados por uma medida materializada ou um material de referência, e os valores correspondentes das grandezas estabelecidos por padrão (VVC’s). - Calibração direta: comparação da indicação de um padrão com a indicação do instrumento; VIM – Vocabulário Internacional de Termos Fundamentais e Gerais de Metrologia
  • 33. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral - Calibração indireta: comparação das indicações de um sistema de medição padrão (SMP) com as indicações de um sistema de medição a calibrar (SMC). Observar que os dois sistemas devem estar submetidos ao mesmo mensurando. VIM – Vocabulário Internacional de Termos Fundamentais e Gerais de Metrologia
  • 34. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral - Calibração indireta: VIM – Vocabulário Internacional de Termos Fundamentais e Gerais de Metrologia
  • 35. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral Divisão de escala - Parte de uma escala compreendida entre duas marcas sucessivas quaisquer; Em um sistema de leitura digital, a divisão de escala corresponde ao menor incremento fornecido pelo seu último dígito. Resolução - Menor diferença entre indicações de um dispositivo mostrador que pode ser significativamente percebida. Faixa de indicação - Conjunto de valores limitados pelas indicações extremas. VIM – Vocabulário Internacional de Termos Fundamentais e Gerais de Metrologia
  • 36. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral Exatidão de medição - Grau de concordância entre o resultado de uma e um valor verdadeiro do mensurando. Exatidão é um conceito qualitativo. O termo precisão não deve ser utilizado como exatidão. Repetitividade - Grau de concordância entre os resultados de medições sucessivas de um mesmo mensurando efetuadas sob as mesmas condições de medição. Condições de repetitividade incluem: mesmo procedimento de medição; mesmo observador; mesmo instrumento de medição, utilizado nas mesmas condições; mesmo local; repetição em curto período de tempo. Erro de medição - Resultado de uma medição menos o valor verdadeiro do mensurando. Erro aleatório - Resultado de uma medição menos a média que resultaria de um infinito número de medições do mesmo mensurando efetuadas sob condições de repetitividade. VIM – Vocabulário Internacional de Termos Fundamentais e Gerais de Metrologia
  • 37. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral Erro sistemático - Média que resultaria de um infinito número de medições do mesmo mensurando, efetuadas sob condições de repetitividade, menos o valor verdadeiro do mensurando. Faixa nominal (range) - Faixa de indicação de um instrumento. Amplitude da faixa nominal (span) - Diferença, em módulo, entre os dois limites de uma faixa nominal. Faixa de medição - Conjunto de valores de um mensurando para o qual se admite que o erro de um instrumento de medição mantém-se dentro dos limites especificados. Sensibilidade - Variação da resposta de um instrumento de medição dividida pela correspondente variação do estímulo. VIM – Vocabulário Internacional de Termos Fundamentais e Gerais de Metrologia
  • 38. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral Medição Conjunto de operações que tem por objetivo determinar o valor de uma grandeza. Nota: As operações podem ser feitas automaticamente. Para que exista medição é necessário a presença de quatro fatores: OPERADOR, INSTRUMENTO, CONDIÇÕES AMBIENTAIS E MÉTODO DE MEDIÇÃO
  • 39. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral Sistema de Medição É através de um sistema de medição (SM) que a operação medir é efetuada: o valor momentâneo do mensurando (grandeza sob medição) é descrito em termos de uma comparação com a unidade padrão referenciada pelo SM. O resultado da aplicação deste SM ao mensurando é um número acompanhado de uma unidade de indicação. Do ponto de vista técnico, a medição é empregada para monitorar, controlar ou investigar um processo ou fenômeno físico. Nas aplicações que envolvem monitoração, os SM apenas indicam para o usuário o valor momentâneo ou acumulado do mensurando (ME). Exemplos: barômetros, termômetros e higrômetros, quando usados para observar aspectos climáticos, medidores do consumo de energia elétrica ou volume d’água.
  • 40. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral Sistema de Medição Qualquer sistema de controle envolve um SM como elemento sensor, compondo um sistema capaz de manter uma grandeza ou processo dentro de certos limites. O valor da grandeza a controlar é medido e comparado com o valor de referência estabelecido e uma ação é tomada pelo controlador visando aproximar a grandeza sob controle deste valor de referência.
  • 41. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral Sistema de Medição O sistema de controle da temperatura no interior de um refrigerador é um exemplo: um sensor mede a temperatura no interior do refrigerador e a compara com o valor de referência pré- estabelecido. Se a temperatura estiver acima do valor máximo aceitável, o compressor é ativado até que a temperatura atinja um patamar mínimo, quando é desligado.
  • 42. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral O Sistema de Medição A análise sistêmica de diversos SM revela a existência de três elementos funcionais bem definidos que se repetem com grande freqüência na maioria dos sistemas de medição em uso. Em termos genéricos, um SM pode ser dividido em três módulos funcionais: o sensor/transdutor, a unidade de tratamento do sinal e o dispositivo mostrador. Cada módulo pode constituir uma unidade independente ou pode estar fisicamente integrada ao SM.
  • 43. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral O Sistema de Medição (a) (b) (c) Caso (a) A mola é o transdutor do dinamômetro: transforma a força em deslocamento da sua extremidade, que é diretamente indicado através de um ponteiro sobre a escala. Neste caso não há a unidade de tratamento de sinais. Caso (b) Incorpora uma Unidade de Tratamento de Sinais (UTS), composta pelo mecanismo de alavancas. O pequeno deslocamento da extremidade da mola é mecanicamente amplificado por meio da alavanca que, contra a escala, torna cômoda a indicação do valor da força. Caso (c) O transdutor é composto de vários módulos: a força é transformada em deslocamento por meio da mola, em cuja extremidade está fixado um núcleo de material ferroso. Ao se mover, provoca variação da indutância de uma bobina, que provoca um desbalanceamento elétrico em um circuito, provocando uma variação de tensão elétrica proporcional. Este sinal é amplificado pela UTS, composta de circuitos elétricos, e indicado através de um dispositivo mostrador digital.
  • 44. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral O Processo de Medição Medir é o procedimento experimental pelo qual o valor momentâneo de uma grandeza física (mensurando) é determinado como um múltiplo e/ou uma fração de uma unidade, estabelecida por um padrão, e reconhecida internacionalmente. A operação de medição é realizada por um instrumento de medição ou, de uma forma mais genérica, por um sistema de medição (SM). Obtém-se desta operação instrumentada a chamada indicação direta, que é o número lido pelo operador diretamente no dispositivo mostrador, acompanhado da respectiva unidade indicada neste dispositivo. A indicação é obtida pela aplicação da chamada constante do instrumento à indicação direta. A constante do instrumento deve ser conhecida pelo usuário do SM antes do início da operação de medição.
  • 45. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral O Resultado de uma Medição O trabalho de medição não termina com a obtenção da indicação. Neste ponto, na verdade, inicia o trabalho do experimentalista. Ele deverá chegar à informação denominada resultado de uma medição. O resultado de uma medição (RM) expressa propriamente o que se pode determinar com segurança sobre o valor do mensurando, a partir da aplicação do SM sobre esta. É composto de duas parcelas: (a) o chamado resultado base (RB), que corresponde ao valor central da faixa onde deve situar-se o valor verdadeiro do mensurando; (b) e a incerteza da medição (IM), que exprime a faixa de dúvida ainda presente no resultado, provocada pelos erros presentes no SM e/ou variações do mensurando, e deve sempre ser acompanhado da unidade do mensurando. RM = (RB ± IM) [unidade] O procedimento de determinação do RM deverá ser realizado com base no conhecimento aprofundado do processo que define o mensurando (o fenômeno físico e suas características), no conhecimento do sistema de medição (características metrológicas e operacionais) e no bom senso.
  • 46. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral Regras de Compatibilização de Valores O resultado de uma medição (RM), envolvendo o resultado base (RB) e a incerteza do resultado (IR), deve sempre ser apresentado de forma compatível. É importante que o número e a posição dos dígitos que representam estes componentes do RM guardem certa relação. Seja, por exemplo, o RM representado da forma abaixo: RM = (RB ± IR) → RM = (255,227943 ± 4,133333333) mm A forma acima é de difícil legibilidade por conter uma série de dígitos que absolutamente não trazem nenhuma informação relevante. Sabe-se que a IR (incerteza do resultado) é um número obtido em função de certos procedimentos estatísticos, portanto é uma estimativa aproximada. Não há necessidade de apresentar o tamanho da faixa de incerteza com precisão melhor que um ou dois algarismos significativos (não confundir com casas decimais). No caso, a representação ± 4,1, ou mesmo ± 4, é suficiente para a IR. O resultado base deve ser escrito de forma a conter o mesmo número de casas decimais que a IR.
  • 47. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral Regras de Arredondamento de Valores Quando se deseja arredondar um número para que seja expresso com uma certa quantidade de dígitos significativos, deve-se aplicar as regras convencionais de arredondamento: Regra 1: Se o algarismo a direita do último dígito que se pretende representar for inferior a 5, apenas desprezam-se os demais dígitos à direita. Exemplo: 3,1415926535  3,14 Regra 2: Se o algarismo a direita do último dígito que se pretende representar for maior que 5, adiciona-se uma unidade ao último dígito representado e desprezam-se os demais dígitos à direita. Exemplo: 3,1415926535  3,1416
  • 48. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral Regra 3: Se o algarismo a direita do último dígito que se pretende representar for igual a 5: a) adiciona-se uma unidade ao último dígito representado e desprezam-se os demais digitos à direita se este dígito for originalmente ímpar; b) apenas são desprezados os demais digitos à direita se este dígito for originalmente par ou zero. Exemplos: 3,1415926535  3,142 12,625  12,62
  • 49. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral Regras de Compatibilização de Valores O Resultado de uma medição (RM) deve ser expresso preferencialmente com apenas um algarismo significativo na incerteza do resultado (IR). Neste caso as regras de compatibilização 1 e 2 devem ser usadas: Regra 1: Arredondar a IR para apenas um algarismo significativo, isto é, com apenas um algarismo diferente de zero. Regra 2: Arredondar o resultado base (RB) para mantê-lo compatível com a IR de forma que ambos tenham o mesmo número de dígitos decimais após a vírgula. Exemplos: RM = (RB ± IR) 58,33333 ± 0,1 → 58,3 ± 0,1 385,42333 ± 0,2125 → 385,4 ± 0,2 37,8359 ± 1 → 38 ± 1 95,94 ± 0,0378 → 95,94 ± 0,04
  • 50. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral Regras de Compatibilização de Valores A IR pode ser representada com dois dígitos significativos, quando se tratar do resultado de uma medição crítica, executada com todo o cuidado e envolvendo um grande número de medições e/ou quando a IR for relativamente grande quando comparada ao RB. Nestes casos, aplica-se a regra 3 em substituição à 1, em conjunto com a regra 2. Regra 3: RM = (RB ± IR) Escrever a IR com dois algarismos significativos, isto é, com apenas dois algarismos diferentes de zero. Exemplos: 3,1385 ± 0,15 → 3,14 ± 0,15 385,46333 ± 0,24374 → 385,46 ± 0,24 319,213 ± 11 → 319 ± 11 6,325 ± 0,414 → 6,32 ± 0,41 0,03425 ± 0,0034 → 0,0342 ± 0,0034
  • 51. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral Observações Complementares a) Não se deve esquecer de apresentar a unidade do RM, observando a grafia correta do símbolo que representa a unidade, inclusive respeitando as letras maiúsculas e minúsculas, conforme o caso. A unidade deverá pertencer ao Sistema Internacional de Unidades (SI). Caso seja necessária a utilização de outra unidade não pertencente ao SI, deve-se, entre parênteses, apresentar o correspondente RM em unidades do SI. Isto mostra que não houve falta de conhecimentos na apresentação do resultado. b) É recomendável o uso de parêntesis envolvendo o RB e a IR para deixar claro que ambas parcelas estão referenciadas à mesma unidade. Exemplo: (120,6 ± 0,9) m deve ser preferido em lugar de 120,6 ± 0,9 m. c) Embora na apresentação do RM sejam utilizados apenas os dígitos mínimos necessários, deve ser dito que é conveniente manter um número razoável de dígitos significativos nos cálculos intermediários e efetuar o arredondamento apenas no final. Deve se adotar, nestes cálculos, ao menos um ou dois dígitos significativos a mais que o resultante para o RB. d) Em qualquer situação, o bom senso deve sempre prevalecer.
  • 52. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral Parâmetros Característicos de Sistemas de Medição Faixa de indicação (FI) A faixa de indicação (FI) é o intervalo entre o menor e maior valor que o dispositivo mostrador do SM teria condições de apresentar como indicação direta (ou indicação). Nos medidores de indicação analógica a FI corresponde ao intervalo limitado pelos valores extremos da escala. Exemplos de faixas de indicação: - Termômetro: 700 a 1200°C - Contador: 5 dígitos (isto é, 99999 pulsos) - Voltímetro: ± 1,999 V (isto é, ± 3 ½ dígitos) Quando o mesmo sistema de medição permite que várias faixas de medição sejam selecionadas através da ação de controles do SM, isto é, em seu mostrador estão presentes várias escalas, sendo que apenas uma é selecionada ativa a cada momento, cada uma destas faixas é denominada de faixa nominal.
  • 53. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral Parâmetros Característicos de Sistemas de Medição Faixa de medição (FM) - range É o conjunto de valores de um mensurando para o qual admite-se que o erro de um instrumento de medição mantém-se dentro de limites especificados. Exemplos: - Termômetro: FM = -50 a 280 °C - Medidor de deslocamento: FM = ± 50 mm (ou FM = - 50 a + 50 mm) A faixa de medição é menor ou, no máximo, igual a faixa de indicação. Amplitude da Faixa Nominal - span Diferença, em módulo, entre os dois limites de uma faixa nominal. Exemplo: para uma faixa nominal de -10V a +10V a amplitude da faixa nominal é 20V. Observação: Em algumas áreas, a diferença entre o maior e o menor valor é denominada faixa.
  • 54. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral Parâmetros Característicos de Sistemas de Medição Exatidão de Medição Grau de concordância entre o resultado de uma medição e um valor verdadeiro convencional. Popularmente é a aproximação a um valor teórico. Precisão (pelo VIM, o termo precisão não deve ser mais utilizado) Variabilidade dos resultados de medições sucessivas. EXATIDÃO e PRECISÃO são conceitos que não podem ser atribuídos individualmente a algum fator, tais como, à uma máquina, operador ou condição ambiental. Estes conceitos somente podem ser relacionados ao conjunto destes fatores, que são os PROCESSOS.
  • 55. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral A exatidão pode ser descrita de três maneiras: Percentual do Fundo de Escala (% do F.E.) Percentual do Span (% do Span) Percentual do Valor Lido (% do V.L.) Exemplo: Para um sensor de temperatura com range de 50 a 250oC e valor medido 100oC determine o intervalo provável do valor real para as seguintes condições: Exatidão de 1% do Fundo de Escala Valor real = 100,0oC  (0,01 x 250) = 100,0oC  2,5oC Exatidão de 1% do Span Valor real = 100,0oC  (0,01 x 200) = 100,0oC  2,0oC Exatidão 1% do Valor Lido (Instantâneo) Valor real = 100,0oC  (0,01 x 100) = 100,0oC  1,0oC
  • 56. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral Parâmetros Característicos de Sistemas de Medição Resolução (R) Resolução é a menor diferença entre indicações que pode ser significativamente percebida. A avaliação da resolução é feita em função do tipo de instrumento: - Nos sistemas com mostradores digitais, a resolução corresponde ao incremento digital; - Nos sistemas com mostradores analógicos, a resolução teórica é zero. No entanto, em função das limitações do operador, da qualidade do dispositivo indicador e da própria necessidade de leituras mais ou menos criteriosas, a resolução a adotar poderá ser uma fração do valor de uma divisão (VD). Erro Sistemático (Es) É a parcela do erro que se repete quando uma série de medições é efetuada nas mesmas condições. Numericamente corresponde à média de um número infinito de medições do mesmo mensurando, efetuadas sobre condições de repetitividade, menos o valor verdadeiro do mensurando. Em termos práticos, adota-se a tendência como estimativa do erro sistemático.
  • 57. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral Parâmetros Característicos de Sistemas de Medição Repetitividade (Re) de resultados de medições Grau de concordância entre os resultados de medições sucessivas de um mesmo mensurando efetuadas sob as mesmas condições de medição. Condições de repetitividade incluem: - mesmo procedimento de medição; - mesmo observador; - mesmo instrumento de medição, utilizado nas mesmas condições; - mesmo local; -repetição em curto período de tempo. Erro Máximo (Emax) O Erro Máximo (Emax) expressa a faixa onde se espera que esteja contido o erro máximo (em termos absolutos) do SM, considerando toda a sua faixa de medição e as condições operacionais fixadas pelo seu fabricante. O termo precisão, embora não recomendado, tem sido usado como sinônimo de incerteza do sistema de medição. O erro máximo de um SM é o parâmetro reduzido que melhor descreve a qualidade do instrumento.
  • 58. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral Parâmetros Característicos de Sistemas de Medição Sensibilidade (Sb) É o quociente entre a variação da resposta (sinal de saída) do SM e a correspondente variação do estímulo (mensurando). Para sistemas lineares a sensibilidade é constante e para os não lineares é variável, dependendo do valor do estímulo e determinada pelo coeficiente angular da tangente à curva de resposta real (CRr).
  • 59. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral Erro de Medição O erro de medição é caracterizado como a diferença entre o valor da indicação do SM e o valor verdadeiro do mensurando, isto é: E = I – VV (1) Onde E = erro de medição I = indicação VV = valor verdadeiro Na prática, o valor "verdadeiro" é desconhecido. Usa-se então o chamado valor verdadeiro convencional (VVC), isto é, o valor conhecido com erros não superiores a um décimo do erro de medição esperado. Neste caso, o erro de medição é calculado por: E = I – VVC (2) Onde VVC = valor verdadeiro convencional Para eliminar totalmente o erro de medição é necessário empregar um SM perfeito sobre o mensurando, sendo este perfeitamente definido e estável. Na prática não se consegue um SM perfeito e o mensurando pode apresentar variações. Portanto, é impossível eliminar completamente o erro de medição. Mas é possível, ao menos, delimitá-lo.
  • 60. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral Mesmo sabendo-se da existência do erro de medição, é ainda possível obter informações confiáveis da medição, desde que a ordem de grandeza e a natureza deste erro sejam conhecidas. Tipos de Erros Para melhor entendimento, o erro de medição pode ser considerado como composto de três parcelas aditivas: E = Es + Ea + Eg (3) Sendo E = erro de medição Es = erro sistemático Ea = erro aleatório Eg = erro grosseiro
  • 61. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral O erro sistemático O erro sistemático (Es) é a parcela de erro sempre presente nas medições realizadas em idênticas condições de operação. É a diferença entre a média de um número infinito de medições do mesmo mensurando e o valor verdadeiro do mensurando quando são obedecidas as condições de repetitividade.
  • 62. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral O erro sistemático Um dispositivo mostrador com seu ponteiro "torto" é um exemplo de erro sistemático, que sempre se repetirá enquanto o ponteiro estiver torto. Causado por um problema de ajuste ou desgaste do sistema de medição, quanto por fatores construtivos. Pode estar associado ao próprio princípio de medição empregado ou ainda ser influenciado por grandezas ou fatores externos, como as condições ambientais.
  • 63. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral O erro sistemático A estimativa do erro sistemático da indicação de um instrumento de medição é também denominado Tendência (Td). O erro sistemático, embora se repita se a medição for realizada em idênticas condições, geralmente não é constante ao longo de toda a faixa em que o SM pode medir. Para cada valor distinto do mensurando é possível ter um valor diferente para o erro sistemático. A forma como este varia ao longo da faixa de medição depende de cada SM, sendo de difícil previsão.
  • 64. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral O erro aleatório Quando uma medição é repetida diversas vezes, nas mesmas condições, observam-se variações nos valores obtidos. Em relação ao valor médio, nota-se que estas variações ocorrem de forma imprevisível, tanto para valores acima do valor médio, quanto para abaixo. Este efeito é provocado pelo erro aleatório (Ea). O erro aleatório é a diferença entre o resultado de uma medição e a média de um número infinito de medições do mesmo mensurando sob condições de repetitividade. Diversos fatores contribuem para o surgimento do erro aleatório. A existência de folgas, atrito, vibrações, flutuações de tensão elétrica, instabilidades internas, das condições ambientais ou outras grandezas de influência, contribui para o aparecimento deste tipo de erro. A intensidade do erro aleatório de um mesmo SM pode variar ao longo da sua faixa de medição, com o tempo, com as variações das grandezas de influência, dentre outros fatores. A forma como o erro aleatório se manifesta ao longo da faixa de medição depende de cada SM, sendo de difícil previsão.
  • 65. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral O erro grosseiro O erro grosseiro (Eg) é, geralmente, decorrente de mau uso ou mau funcionamento do SM. Pode, por exemplo, ocorrer em função de leitura errônea, operação indevida ou dano do SM. Seu valor é totalmente imprevisível, porém geralmente sua existência é facilmente detectável. Sua aparição pode ser resumida a casos muito esporádicos, desde que o trabalho de medição seja feito com consciência. Seu valor será considerado nulo neste texto. Exemplo A figura seguinte exemplifica uma situação onde é possível caracterizar erros sistemáticos e aleatórios. A pontaria de quatro tanques de guerra está sendo colocada à prova. O objetivo é acertar os projéteis no centro do alvo colocado a uma mesma distância. Cada tanque tem direito a 15 tiros. Os resultados da prova de tiro dos tanques A, B, C, e D estão mostrados nesta mesma figura.
  • 66. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral Exemplo de Erro Grosseiro
  • 67. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral As marcas dos tiros do tanque "A" se espalharam por uma área relativamente grande em torno do centro do alvo. Estas marcas podem ser inscritas dentro do círculo tracejado desenhado na figura. Embora este círculo apresente um raio relativamente grande, seu centro coincide aproximadamente com o centro do alvo. O raio do círculo tracejado está associado ao espalhamento dos tiros que decorre diretamente do erro aleatório. A posição média das marcas dos tiros, que coincide aproximadamente com a posição do centro do círculo tracejado, reflete a influência do erro sistemático. Pode-se então afirmar que o tanque "A" apresenta elevado nível de erros aleatórios enquanto o erro sistemático é baixo.
  • 68. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral No caso do tanque "B", além do raio do círculo tracejado ser grande, seu centro está distante do centro do alvo. Neste caso, tanto os erros aleatórios quanto sistemáticos são grandes.
  • 69. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral Na condição do tanque "C", a dispersão é muito menor, mas a posição do centro do círculo tracejado está ainda distante do centro do alvo, o que indica reduzidos erros aleatórios e grande erro sistemático.
  • 70. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral Já a situação do tanque "D" reflete reduzidos níveis de erros aleatórios e também do erro sistemático. Obviamente que, do ponto de vista de balística, o melhor dos tanques é o tanque "D", por acertar quase sempre muito próximo do centro do alvo com boa repetitividade.
  • 71. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral Ao se comparar os resultados do tanque "C" com o "A", pode-se afirmar que o tanque "C" é melhor. Embora nenhum dos tiros disparados pelo tanque "C" tenha se aproximado suficientemente do centro do alvo, o seu espalhamento é muito menor. Um pequeno ajuste na mira do tanque "C" o trará para uma condição de operação muito próxima do tanque "D", o que jamais pode ser obtido com o tanque "A". Tanto no exemplo da figura, quanto em problemas de medição, o erro sistemático não é um fator tão crítico quanto o erro aleatório. Através de um procedimento adequado é possível estimá-lo relativamente bem e efetuar a sua compensação, o que equivale ao ajuste da mira do tanque "C". Já o erro aleatório não pode ser compensado embora sua influência sobre o valor médio obtido por meio de várias repetições se reduza na proporção de 1/√n , onde "n" é o número de repetições considerado na média.
  • 72. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral Fontes de Erros Toda medição está afetada por erros. Estes erros são provocados pela ação isolada ou combinada de vários fatores que influenciam o processo de medição, envolvendo o sistema de medição, o procedimento de medição, a ação de grandezas de influência e o operador. O comportamento metrológico do SM depende fortemente de fatores conceituais e aspectos construtivos. Suas características tendem a se degradar com o uso, especialmente em condições de utilização muito severas. O comportamento do SM pode ser fortemente influenciado por perturbações externas e internas, bem como pela influência do operador, ou mesmo do SM, modificar indevidamente o mensurando. O procedimento de medição adotado deve ser compatível com as características do mensurando. O número e posição das medições efetuadas, o modelo de cálculo adotado, a interpretação dos resultados obtidos podem também introduzir componentes de incerteza relevantes no resultado da medição.
  • 73. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral Fontes de Erros
  • 74. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral Fontes de Erros A figura abaixo ilustra uma situação onde se pretende medir a temperatura de um cafezinho. Para tal é empregado um termômetro de bulbo. Ao ser inserido no copo, há um fluxo de energia do café para o termômetro: o bulbo esquenta enquanto o café esfria, até que a temperatura de equilíbrio seja atingida. É esta temperatura, inferior à temperatura inicial do cafezinho, que será indicada pelo termômetro. Este é outro exemplo onde o mensurando é modificado pelo SM. A modificação do mensurando por outros módulos da cadeia de medição, acontece, por exemplo, na conexão indevida de dispositivos registradores.
  • 75. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral Fontes de Erros
  • 76. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral Fontes de Erros
  • 77. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral Fontes de Erros
  • 78. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral Estatística aplicada à metrologia Conceitos básicos Estatística é ciência que se preocupa com a organização , descrição, análise e interpretação dos dados experimentais. A confiabilidade metrológica utiliza-se de ferramentas estatísticas para avaliar a eficiência de ensaios e produzir resultados confiáveis.
  • 79. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral População é o conjunto global de medidas. Amostra é um subconjunto da população, um pequeno número de elementos que serão examinados e medidos. População Amostra
  • 80. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral Caracterização da amostra Média Se um conjunto de medições de um mesurando fornece “n” valores individuais independentes x1, x2, x3, o resultado do valor mais provável para o conjunto, é expresso como sendo a média aritmética amostral dos “n” valores individuais, a qual é definida pela expressão: Onde: ou  = média aritmética xi = valores da amostra N = números de elementos da amostra x N 1 2 N i i 1 1 1 X ( X X ... X ) X N N       
  • 81. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral Exemplo: Após o ajuste de um transmissor de pressão, foram feitas três leituras seguidas = 4,02 mA, 3,99 mA e 4,10 mA. Calcule a média das 3 leituras. = 4,02 + 3,99 + 4,10 = 4,036 mA 3 Utilizando-se a regra de arredondamento teremos o resultado da média de 4,04 mA. x
  • 82. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral Medida de dispersão Variância da amostra A variância da amostra avalia o quanto os valores observados estão dispersos ao redor da média. Onde: = Variância X = valor de cada amostra = média aritmética das amostras N = números de elementos da amostra 2 x S x N 2 2 2 2 2 x 1 2 N i i 1 1 1 s [( X X ) ( X X ) ... ( X X ) ] ( X X ) N 1 N 1             
  • 83. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral Exemplo: Após o ajuste de um transmissor de pressão, foram feitas três leituras seguidas: 4,02 mA, 3,99 mA e 4,10mA. Calcule a variância das 3 leituras. Sx 2 = 0,0065 = 0,00325 3 – 1 Utilizando-se a regra de arredondamento, para 2 algarismos significativos, o resultado da variância é de 0,0032.
  • 84. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral Desvio padrão A variância é uma média dos desvios ( xi - ) ao quadrado. O desvio padrão é a raiz quadrada positiva da variância. Onde:  ou  ou Sx = desvio padrão Sx 2 = variância da amostra Exemplo: A partir da variância da amostra de 0,0032, calcule o desvio padrão. Utilizando-se a regra de arredondamento, para 2 algarismos significativos, o resultado do desvio padrão é de 0,057 mA. x 05656 , 0 0032 , 0   x s 2 x x s s 
  • 85. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral Distribuições As grandezas de influência atuantes na medição de um mesurando provocam uma aleatoriedade em seus valores medidos. Assim sendo, esses valores aparecem de modo razoavelmente ordenado, dentro de uma certa uniformidade , com alguns deles tendo uma freqüência maior ou mais provável. A freqüência desses valores distribuídos, origina geralmente uma distribuição de probabilidades denominada de normal . Distribuição normal Os valores das medições de um mesurando distribuem-se simetricamente em torno de um valor central (média). Pequenos desvios em relação a este são mais freqüentes. Para estudar uma distribuição normal devemos conhecer dois parâmetros: média e desvio padrão.
  • 86. METROLOGIA INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral A distribuição tem as seguintes características:  Forma de sino  Simétrica em relação á média  A probabilidade tende a zero nas extremidades  Altura ordenada no centro Onde:  = média aritmética  = desvio padrão O gráfico acima nos mostra que para a faixa de    (lê-se: a média  um desvio padrão), existe 68% de probabilidade de ocorrer um evento nesta faixa, ou seja, para o exemplo utilizado no transmissor de pressão cuja média das leituras foi de 4,04 mA, há 68% de probabilidade de que novas leituras neste instrumento ocorram na faixa de 4,040  0,057 mA.