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A U L A
Nas aulas anteriores, vimos como se faz a
calibração de paquímetros e micrômetros. Nesta, vamos saber como solucionar
os problemas de calibração de relógios comparadores.
Introdução
A NBR 6388/1983 é a norma brasileira que regulamenta procedimentos,
tolerâncias e demais condições para a calibração dos relógios comparadores.
Temos, a seguir, alguns itens referentes à calibração desse instrumento.
A repetibilidade do relógio é definida como sua capacidade de repetir as
leituras, para o comprimento medido, dentro das seguintes condições normais
de uso:
1. acionamento da haste móvel várias vezes, sucessivamente, em velocidades
diferentes, numa placa fixa de metal duro e indeformável;
2. movimento da placa ou cilindro em qualquer direção, num plano perpen-
dicular ao eixo da haste móvel, e retornando ao mesmo ponto;
3. medição de pequenos deslocamentos da ordem de 25 mm;
4. levar o ponteiro devagar, sobre a mesma divisão da escala várias vezes,
primeiro num sentido e depois noutro.
Quando o relógio é usado em qualquer das condições descritas, o erro de
repetição não deve exceder a 3 mm.
Esses ensaios devem ser executados no mínimo cinco vezes para cada ponto
de intervalo controlado. Tais ensaios precisam ser executados no início, no meio
e no fim do curso útil da haste móvel.
Calibração de relógios
comparadores
Um problema
A U L A
30
30
A U L AA exatidão do relógio comparador é definida como sua capacidade de,
dentro de intervalos específicos, dar leituras cujos erros estejam dentro dos
desvios dados na tabela a seguir, e que deve ser aplicada para qualquer ponto
de sua capacidade de medição.
Com essa tabela é possível identificar os desvios em 0,1; 0,5 e 2,0 voltas ou
em intervalos maiores, considerando-se erros acima de 20 mm.
Calibração
De acordo com a NBR6165/1980, todas as medições devem basear-se na
temperatura de 20ºC. Trata-se, no caso, de medição de exatidão e repetição. Para
isso, o relógio comparador deve ser montado num suporte suficientemente
rígido, para evitar que a falta de estabilidade do relógio possa afetar as leituras.
Deve-se ter certeza de que os requisitos de teste sejam atendidos em
qualquer que seja o posicionamento da haste móvel do relógio em relação à
direção da gravidade.
Para calibrar um relógio comparador é necessário que a calibração seja feita
pormeiodeumdispositivoespecífico,demodoqueorelógiopossasermontado
perpendicularmente, em oposição à cabeça de um micrômetro. A leitura pode ir
de 0,001 mm até à medida superior desejada.
Pode-se fazer uma série de leituras a intervalos espaçados adequadamente.
As leituras são feitas no comprimento total do curso útil do relógio comparador,
observando-se, no princípio, cada décimo de volta feita no relógio.
Apósasleituras,osresultadosobtidospodemsermelhoranalisadospormeio
de um gráfico, que deve apresentar todos os desvios observados nos relógios
comparadores. Os desvios são assinalados nas ordenadas e as posições da haste
móvel, identificadas ao longo de seu curso útil, são marcadas nas abcissas.
A figura a seguir representa um dispositivo de calibração do relógio
comparador. Observe que o relógio está assentado sobre um suporte rígido que
lhe dá estabilidade. O cabeçote do micrômetro está perpendicularmente oposto
ao relógio montado.
dispositivo de calibração de relógio comparador
TABELA ----- DESVIOS TOTAIS PERMISSÍVEIS (em mmmmmm)
Desvios permissíveis
qualquer 0,1 volta
5
qualquer 0,5 volta
10
qualquer 2,0 voltas
15
qualquer intervalo maior
20
30
A U L A Erros do relógio comparador
A análise de todos os desvios observados no relógio comparador permite
identificar os possíveis erros. Esses erros variam, e vão desde os mínimos até os
máximos, o que pode fornecer parâmetros para o estabelecimento de erros
aceitáveis, uma vez que dificilmente se obtém uma medição isenta de erros.
Os erros do relógio comparador podem ser representados graficamente,
comoexemplificadonodiagramaabaixo,facilitandoavisualizaçãoeaanálisedo
comportamento dos erros ao longo do curso do instrumento.
Para facilitar a visualização e análise dos erros obtidos na primeira volta do
relógio, pode ser utilizado outro diagrama, somente para esse deslocamento.
Teste sua aprendizagem. Faça os exercícios a seguir e confira suas respostas
com as do gabarito.
30
A U L AMarque com X a resposta correta.
Exercício 1
A norma brasileira que orienta a aferição dos relógios comparadores é a:
a) ( ) ISO 9000;
b) ( ) NBR 9001;
c) ( ) NBR 6388;
d) ( ) NBR 9002.
Exercício 2
Acapacidadequeorelógiocomparadortempararepetirleiturasdenomina-se:
a) ( ) rotatividade;
b) ( ) relatividade;
c) ( ) circularidade;
d) ( ) repetibilidade;
Exercício 3
Para o relógio comparador repetir leituras é preciso que a haste móvel seja
acionada do seguinte modo:
a) ( ) uma vez, com uma velocidade estabelecida;
b) ( ) várias vezes, em velocidades diferentes;
c) ( ) em velocidade normal, contínua;
d) ( ) durante um tempo determinado.
Exercício 4
Na aferição, o relógio comparador deve ser montado em suporte:
a) ( ) flexível;
b) ( ) maleável;
c) ( ) rígido;
d) ( ) leve.
Exercício 5
Para identificar desvios totais permissíveis, usa-se:
a) ( ) diagrama;
b) ( ) tabela;
c) ( ) organograma;
d) ( ) fluxograma.
Exercício 6
Os erros do relógio comparador podem ser identificados em:
a) ( ) fluxogramas;
b) ( ) tabelas;
c) ( ) registros;
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  • 1. 30 A U L A Nas aulas anteriores, vimos como se faz a calibração de paquímetros e micrômetros. Nesta, vamos saber como solucionar os problemas de calibração de relógios comparadores. Introdução A NBR 6388/1983 é a norma brasileira que regulamenta procedimentos, tolerâncias e demais condições para a calibração dos relógios comparadores. Temos, a seguir, alguns itens referentes à calibração desse instrumento. A repetibilidade do relógio é definida como sua capacidade de repetir as leituras, para o comprimento medido, dentro das seguintes condições normais de uso: 1. acionamento da haste móvel várias vezes, sucessivamente, em velocidades diferentes, numa placa fixa de metal duro e indeformável; 2. movimento da placa ou cilindro em qualquer direção, num plano perpen- dicular ao eixo da haste móvel, e retornando ao mesmo ponto; 3. medição de pequenos deslocamentos da ordem de 25 mm; 4. levar o ponteiro devagar, sobre a mesma divisão da escala várias vezes, primeiro num sentido e depois noutro. Quando o relógio é usado em qualquer das condições descritas, o erro de repetição não deve exceder a 3 mm. Esses ensaios devem ser executados no mínimo cinco vezes para cada ponto de intervalo controlado. Tais ensaios precisam ser executados no início, no meio e no fim do curso útil da haste móvel. Calibração de relógios comparadores Um problema A U L A 30
  • 2. 30 A U L AA exatidão do relógio comparador é definida como sua capacidade de, dentro de intervalos específicos, dar leituras cujos erros estejam dentro dos desvios dados na tabela a seguir, e que deve ser aplicada para qualquer ponto de sua capacidade de medição. Com essa tabela é possível identificar os desvios em 0,1; 0,5 e 2,0 voltas ou em intervalos maiores, considerando-se erros acima de 20 mm. Calibração De acordo com a NBR6165/1980, todas as medições devem basear-se na temperatura de 20ºC. Trata-se, no caso, de medição de exatidão e repetição. Para isso, o relógio comparador deve ser montado num suporte suficientemente rígido, para evitar que a falta de estabilidade do relógio possa afetar as leituras. Deve-se ter certeza de que os requisitos de teste sejam atendidos em qualquer que seja o posicionamento da haste móvel do relógio em relação à direção da gravidade. Para calibrar um relógio comparador é necessário que a calibração seja feita pormeiodeumdispositivoespecífico,demodoqueorelógiopossasermontado perpendicularmente, em oposição à cabeça de um micrômetro. A leitura pode ir de 0,001 mm até à medida superior desejada. Pode-se fazer uma série de leituras a intervalos espaçados adequadamente. As leituras são feitas no comprimento total do curso útil do relógio comparador, observando-se, no princípio, cada décimo de volta feita no relógio. Apósasleituras,osresultadosobtidospodemsermelhoranalisadospormeio de um gráfico, que deve apresentar todos os desvios observados nos relógios comparadores. Os desvios são assinalados nas ordenadas e as posições da haste móvel, identificadas ao longo de seu curso útil, são marcadas nas abcissas. A figura a seguir representa um dispositivo de calibração do relógio comparador. Observe que o relógio está assentado sobre um suporte rígido que lhe dá estabilidade. O cabeçote do micrômetro está perpendicularmente oposto ao relógio montado. dispositivo de calibração de relógio comparador TABELA ----- DESVIOS TOTAIS PERMISSÍVEIS (em mmmmmm) Desvios permissíveis qualquer 0,1 volta 5 qualquer 0,5 volta 10 qualquer 2,0 voltas 15 qualquer intervalo maior 20
  • 3. 30 A U L A Erros do relógio comparador A análise de todos os desvios observados no relógio comparador permite identificar os possíveis erros. Esses erros variam, e vão desde os mínimos até os máximos, o que pode fornecer parâmetros para o estabelecimento de erros aceitáveis, uma vez que dificilmente se obtém uma medição isenta de erros. Os erros do relógio comparador podem ser representados graficamente, comoexemplificadonodiagramaabaixo,facilitandoavisualizaçãoeaanálisedo comportamento dos erros ao longo do curso do instrumento. Para facilitar a visualização e análise dos erros obtidos na primeira volta do relógio, pode ser utilizado outro diagrama, somente para esse deslocamento. Teste sua aprendizagem. Faça os exercícios a seguir e confira suas respostas com as do gabarito.
  • 4. 30 A U L AMarque com X a resposta correta. Exercício 1 A norma brasileira que orienta a aferição dos relógios comparadores é a: a) ( ) ISO 9000; b) ( ) NBR 9001; c) ( ) NBR 6388; d) ( ) NBR 9002. Exercício 2 Acapacidadequeorelógiocomparadortempararepetirleiturasdenomina-se: a) ( ) rotatividade; b) ( ) relatividade; c) ( ) circularidade; d) ( ) repetibilidade; Exercício 3 Para o relógio comparador repetir leituras é preciso que a haste móvel seja acionada do seguinte modo: a) ( ) uma vez, com uma velocidade estabelecida; b) ( ) várias vezes, em velocidades diferentes; c) ( ) em velocidade normal, contínua; d) ( ) durante um tempo determinado. Exercício 4 Na aferição, o relógio comparador deve ser montado em suporte: a) ( ) flexível; b) ( ) maleável; c) ( ) rígido; d) ( ) leve. Exercício 5 Para identificar desvios totais permissíveis, usa-se: a) ( ) diagrama; b) ( ) tabela; c) ( ) organograma; d) ( ) fluxograma. Exercício 6 Os erros do relógio comparador podem ser identificados em: a) ( ) fluxogramas; b) ( ) tabelas; c) ( ) registros; d) ( ) diagramas. Exercícios