Inovação em saúde: desenvolvimento clínico e farmacoeconomia
1. Inovação em saúde: desenvolvimento
clínico e farmacoeconomia
Tazio Vanni, MD, PhD
Gerente de Desenvolvimento Clínico e Farmacoeconomia
Divisão de Ensaios Clínicos e Farmacovigilância
Instituto Butantan
Centro de Formação de Recursos Humanos para o SUS/SP
“Dr. Antonio Guilherme de Souza”
2. • Contexto
• Ecossistemas de saúde e inovação
• Etapas de desenvolvimento clínico
• Ensaios Clínicos – fases I, II, III e IV
• Incorporação no SUS
• Avaliação Econômica em Saúde
• Pontos-chave
Estrutura
3. • Demanda nacional em saúde: 9% (IBGE)
• 10% dos trabalhadores qualificados do país
• 12 milhões de trabalhadores diretos e indiretos;
• 35% do esforço nacional de P&D (área de maior
crescimento do esforço de inovação do mundo);
• Plataforma das tecnologias críticas para o futuro:
biotecnologia, química fina, equipamentos médicos,
telemedicina, nanotecnologia, novos materiais, etc.
• Sustentabilidade do SUS.
Contexto
4. Gadelha C et al. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 32 Sup 2:e00150115, 2016.
5. Serviços em Saúde
Serviços de
Hospitais Ambulatórios Diagnóstico
• Reagentes para Diagnóstico
Setores Industriais
Indústria de base Química Indústria de base Mecânica,
e Biotecnológica Eletrônica e de Materiais
• Medicamentos
• Fármacos • Equipamentos Mecânicos
• Vacinas • Equipamentos Eletrônicos
• Hemoderivados • Próteses e Órteses
• Soros e Toxinas • Materiais
7. P&Dtecnológico
P&Dpré-clínicodoproduto
P&Dclínicodoproduto
Fase III (BPC)
Fase I (BPC)
Fase II (BPC)
Farma-Tox (BPL)
Conceito (BPL)
Manual de
Produção e
Controle
Distribuição
Fase IV (BPC)
Dossiê Principal
do Medicamento
Formula Padrão
Perfil do
Produto
Alvo – TPP
Bula
Produto piloto
em condições
técnico-
operacionais
Escalonamento
(BPF)
Produção
industrial (BPF)
Descobrimento Produto de
bancada
POP e Livros de
laboratório
Obtenção de pré-candidatos
Seleção do produto
Registro do produto Brochurado
investigador
Etapas do desenvolvimento clínico
9. Ensaio Clínico
• Pesquisa que prospectivamente recruta
participantes humanos ou grupos de seres humanos
para uma ou mais intervenções relacionadas à saúde
para avaliar os seus efeitos(ensaios de intervenção).
• Intervenções: medicamentos, produtos biológicos,
procedimentos cirúrgicos, procedimentos
radiológicos, tratamentos comportamentais,
mudanças no processo de cuidados, cuidados
preventivos, etc.
• Inclui estudos de fase I à fase IV.
WHO. http://www.who.int/topics/clinical_trials/en/
10. Ensaio Clínico – Fase I
• Poucos participantes (< 500)
• Não randomizados (maioria)
• Toxicidade e segurança
– Escalonamento de doses
– Limites de Dose Tóxica (LDT)
– Efeitos Adversos
• Farmacocinética e farmacodinâmica
• Vacinas - imunogenicidade
12. Ensaio Clínico – Fase IIa
• Braço único ou não randomizado (maioria)
• Pequeno número de pacientes
• Testar se há atividade suficiente sobre um marcador
da doença
– Eficácia
– “Proof of Concept”
• Os resultados não subsidiam modificações clínicas ou
terapêuticas
13. Ensaio Clínico – Fase IIb
• Randomizado
– Dois ou mais braços comparando atividade biológica
ou clínica
– Suspenso o mais breve possível se análise interina
mostrar atividade biológica ou clínica
• Dois estágios
– Pode ser interrompido por atividade biológica ou clínica
insuficiente
– Continua após análise interina com inclusão de mais sujeitos,
até o final da programação, sem parar com a demonstração da
eficácia
– Menor número de participantes
• Estabelecer doses ótimas para uso
• Regime de doses para testar na Fase III
14. Ensaio Clínico – Fase III
• Muitos participantes (>1.000)
• Eficácia e segurança
• Randomizados
• Controlados (goldstandard)
• Duplo cego
• Multicêntricos
• Os resultados subsidiam mudanças terapêuticas
• Novas aplicações para a droga (IIIB)
15. Ensaio Clínico – Fase IV
• Estudos de Pós comercialização
• Farmacovigilância
• Requerido
– Agência regulatória
– Patrocinador (novas aplicações)
– Interações medicamentosas, grupos especiais
23. • Compreende a comparação de intervenções em
saúde com respeito a seus custos e suas
conseqüências. Portanto, a tarefa básica de qualquer
avaliação econômica é identificar, medir, valorar e
comparar os custos e consequências das intervenções.
Avaliação Econômica em Saúde
24. • Tipos de AES:
• Custo-benefício – unidade monetária
• Custo-efetividade – unidade natural
(anos de vida, casos evitados...)
• Custo-utilidade – unidade QALY e DALY
• Custo-minimização – equivalência dos
resultados de saúde
Análise Econômica em Saúde
26. Birth
Susceptible 16 HPV 16 CIN 1 16 CIN 2 16 CIN 3
6&11 HPV Genital Warts
18 HPV 18 CIN 1 18 CIN 2 18 CIN 3
C Cancer
DeathDeath
Death Death Death
Death Death Death Death
Death
DeathDeath CC
Death
Vanni et al. Vaccine 2012; 30:4866–71
28. • É a previsão do impacto financeiro global da adoção
de determinada tecnologia. Isto é, estimando-se (1) o
gasto atual com uma dada condição de saúde, (2) a
fração de indivíduos elegível para a nova terapia e (3) o
grau de inserção dessa nova terapia após sua
incorporação.
Avaliação de Impacto Orçamentário
29. COM INCORPORAÇÃO (PARA TODA A POPULAÇÃO COM DM1)
Ano População de Interesse
Taxa de Incorporação de
insulinas análogas
População com uso de
insulinas análogas
Quantidade de tubete 3
mL ao ano
Impacto orçamentário
com insulinas
análogas
2017 827.590 40% 331.036 7.459.926 R$ 125.326.756,97
2018 833.789 60% 500.273 11.273.705 R$ 189.398.248,29
2019 839.767 80% 671.814 15.139.395 R$ 254.341.830,32
2020 845.526 100% 845.526 19.054.013 R$ 320.107.423,83
2021 851.064 100% 851.064 19.178.812 R$ 322.204.033,79
TOTAL 4.197.736 3.199.713 72.105.851 R$ 1.211.378.293,20
Lopes 2016
30. • O país oferece contexto favorável à inovação.
• A colaboração entre as instituições do ecossistema de
saúde e inovação é estratégica para a geração de novos
produtos.
• O desenvolvimento clínico de novas tecnologias em
saúde exige uma série de estudos não-clínicos e clínicos
para os quais é necessário investimento, expertise e tempo.
• Os ensaios clínicos fases I, II, III e IV trazem informações
essenciais quanto a segurança e eficácia de uma nova
intervenção em saúde a ser registrada junto a ANVISA.
• Estudos de análise econômica em saúde também são
exigidos pela CONITEC para avaliar a incorporação de uma
tecnologia no SUS.
Pontos-chave
Examples of two HPV models
However, their model was evaluated as a static microsimulation (or IBM)
Here you have the natural history structure for women and men that I used in my vaccine paper evaluating vaccine and screening for Brazil
It is a dynamic IBM SIS open discrete-time (show in the model that it is SIS and open)
I used a dynamic model to represent the herd immunity of vaccination
And an IBM to better keep track of screening results through many screening rounds
It is important to highlight that different than Kim’s IBM algorithm that I showed before