Evolução clínica da tuberculose pulmonar no Hospital Geral de Marrere
1. Avaliação da evolução clínica do
tratamento de tuberculose
pulmonar, no Hospital Geral de
Marrere, Agosto-2014 a Maio-2015
Autor:
Graciano M. F. Cumaquela
(Farmacêutico)
FACULDADE DE CIÊNCIAS DE SAÚDE
Curso de Licenciatura em Farmácia
Trabalho de Culminação de Curso
Tutor: Atumane Alide
(Farmacêutico)
Co-tutora: Carolina Remigio
(Farmacêutica)
Nampula, 27 Julho de 2015
2. INTRODUÇÃO
Moçambique ocupa a 11ª posição entre os 22 países de alta
prevalência de tuberculose no mundo, o Governo já declarou
como um problema de saúde publica no país (ONU, 2014).
Doença considerada a segunda causa de morbi-mortalidade
no mundo depois do SIDA (OMS, 2014).
O relatório mundial de tuberculose-2014, indica que em 2013
houve 9 milhões de pessoas que desenvolveram tuberculose
e 1.5 milhões de mortes por tuberculose (WHO, 2014).
Foram criados PNCTs para o controlo da doença em cada país
(MISAU, 2011).
2
INTRODUÇÃO
3. INTRODUÇÃO
Ainda há indivíduos em todas as regiões do mundo, desde
crianças até adultos, com novas infecções de Tuberculose,
abandonos, recidivas, resistências, e altas taxas de óbito (WHO,
2013);
Moçambique: prevalência de 559 casos e mortalidade de 69
casos em cada 100 000 habitantes (ONU, 2014);
Assim surgiu a necessidade fazer um estudo local, no HGM, o
ponto de referência para casos de tuberculose a nível da zona
norte, pelo qual optou-se em saber:
Qual é a evolução clínica dos pacientes em tratamento com
tuberculostaticos ?
3
INTRODUÇÃO (cont.)
4. OBJECTIVOS
4
Avaliar a evolução cínica do tratamento da
tuberculose durante todo ciclo
Caracterizar
clinicamente
os doentes
Observar os
resultados ao
fim do
tratamento
Monitorar a
evolução clínica
dos doentes
OBJECTIVOS
6. METODOLOGIA
6
Recolha de dados:
1 questionário com
perguntas fechadas
aos doentes.
Tratamento de
dados:
Microsoft Office
Excel 2010
Variáveis
Dependentes: forma
clinica, tipo de doente,
co-infecção, exames
laboratoriais de rotina,
resultados pós-
tratamento.
Considerações éticas:
Pedido de autorização
à Direcção do HGM
Cada participante
assinou um TCLE
METODOLOGIA (cont.)
8. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tab. 2: Caracterização clínica dos doentes
Fonte: autor
Vilela (2013), Recife: 5.1% tiveram a coinfecção TB/VIH.
Prevalência Moçambique (2014): 57% de seropositividade TB
Sezen et al (2015), Ankara: 94.6% eram casos novos.
Variável Numero Fr (%)
Tipo de tuberculose Pulmonar 21 100,0
Extrapulmonar 0 0,0
Mista 0 0,0
Co-infecção Tuberculose e VIH 11 52,0
Só Tuberculose 10 48,0
Tipo de doente Caso novo 19 90.47Previam
ente
tratados
Retratamento
após abandono
1 4.76
Recorrente 1 4.76
8
RESULTADOS E DISCUSSÃO (cont.)
9. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Gráfico1: Monitoramento da evolução clínica por exames
Fonte: autor
Somente um BK- no início, negativo após a fase intensiva, pode
continuar o tratamento baseado em critérios clínicos.
Wada (2001), Kekkaku: conversão a BK- após 2 meses foi 70-
95%.
Ferreira et al (2013), Goiânia: 87% de BK- após 2 meses
9
RESULTADOS E DISCUSSÃO (cont.)
10. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Gráfico 2: Resultados pós-tratamento
Fonte: autor
Meta do PNCT: cura acima de 85% e abandono abaixo de 5%.
Da Paz et al (2012), Belém: a cura, abandono, óbito e falência
foram respectivamente 91.97%, 4.42%, 2.81% e 0.8%.
Orofino et al (2012), R.Jan, as taxas de cura, de abandono, óbito
e falência terapêutica foram: 72%, 19%, 6% e 2%. 10
RESULTADOS E DISCUSSÃO (cont.)
11. CONCLUSÃO
Dos casos estudados, mais da metade (52%) tiveram co-
infecção da TB pelo VIH, predominância do sexo masculino
para ambos. Muitos foram casos novos (90%).
Feitas somente baciloscopias, não houve o seguimento
conforme directrizes do PNCT;
As taxas de cura, abandono, falência terapêutica e óbito
foram respectivamente 71%, 19%, 5% e 5%;
A evolução clínica não foi satisfatória, pois não atingiu a meta
de PNCT.
11
CONCLUSÃO
12. BÍBLIOGRAFIA
DA PAZ, Letícia Nazareth Fernandes et al. Efetividade do tratamento da tuberculose - Centro de
Saúde Escola do Marco e na Unidade de Básica de Saúde da Pedreira, Belém (PA). J Bras
Pneumol. Brasil, 2012, v. 38, n. 4, p. 503-510;
FERREIRA, Anna Carolina Galvão et al. Desfechos clínicos do tratamento de tuberculose utilizando
o esquema básico recomendado pelo Ministério da Saúde do Brasil com comprimidos em dose
fixa combinada na região metropolitana de Goiânia. J Bras Pneumol. 2013, v. 39, n. 1, p. 76-83;
MISAU. Tuberculose: Actualização para docentes das Instituições de Formação. Departamento de
Formação. I-TECH. Moçambique. Janeiro de 2011. 86P;
ONU (Rádio/ Notícias e Mídia). Nova York. Disponivel em:
www.unmultimedia.org/radio/portuguese/2014/10/tuberculose-ainda-e-questao-preocupante-
em-mocambique/ , Visitado aos 26/01/15, 15h: 26min;
OROFINO, Renata de Lima et al. Preditores dos desfechos do tratamento da tuberculose-Instituto
de Pesquisa Clínica Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro. J Bras Pneumol.
Brasil, 2012, v. 38, n. 1, p. 88-97;
SEZEN, F et al. Tuberculosis laboratory surveillance Network (TuLSA) study group. The first step
for national tuberculosis laboratory surveillance: Ankara, 2011. Mikrobiol Bul. 2015 Apr; v. 49, n.
2, p. 143-155. Disponível em:
www.ncbi.nlm.nih.gov/m/pubmed/26167815/?i=3&from=new%20cases%20of%20pulmonary%2
0tuberculosis%20treatment;
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BÍBLIOGRAFIA
13. BÍBLIOGRAFIA
VILELA, Maria Júlia Barros. Prevalência da infecção pelo HIV e desfecho do tratamento da
tuberculose em indivíduos atendidos na rede de saúde do Recife, 2013. [Dissertação]. Recife:
Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, Fundação Oswaldo Cruz; 2013. 68p. Mestrado Profissional
em Saúde Pública. [citado em: 21 maio 2015]. Disponível em:
http://www.cpqam.fiocruz.br/.../2013vilela-mjb ;
WADA, M. Effectiveness and problems of PZA-containing 6-month regimen for the treatment of
new pulmonary tuberculosis patients. Kekkaku Japan. Jan 2001; vol 76(1): 33-43. Disponível em
www.ncbi.nih.gov/m/pubmed/.
WHO. Global Tuberculosis Report 2014. 1211-Geneva-27, 20 Avenue Appia. Switzerland. 2014.
118P. Disponível em “www.who.int/tb/publications/global_report/en...”
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BÍBLIOGRAFIA