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Mioglobina dimérica do cavalo




     Daniel Pereira Cinalli RA:11069711
    Giovani Toth Mantuaneli RA:11131511
Interesse na Proteína

   Como é a mioglobina;


   O que ela faz;


   Como ela atua nos cavalo(equinos)
Função da mioglobina

A mioglobina é encontrada nas células musculares do vertebrados e sua função é
a armazenação de oxigênio e a difusão rápida desse oxigênio através dos tecidos.
A captura de oxigênio pela mioglobina é realizada por um átomo de ferro presente
em seu interior, que se liga fortemente ao oxigênio, que fica preso no interior da
mioglobina. A entrada do oxigênio na mioglobina é possível pois esta está em
movimento constante, o que causa aberturas temporárias por onde o oxigênio
pode entrar e sair.
Estrutura da mioglobina dimérica
do cavalo
Descrição da estrutura
 A mioglobina (Mb) é uma proteína globular dos vertebrados. Com um peso
 molecular de 16.700 daltons, é uma das proteínas mais simples que transporta
 oxigênio molecular. A mioglobina não tem ligações cooperativas com o oxigênio,
 por ser monomérica, isto é, formada de uma só subunidade. Contém no seu núcleo
 porfírico o átomo de ferro, que se encontra coordenado a 4 átomos de nitrogênio do
 anel porfirínico, das duas posições de coordenação livre, uma é ocupada pelo
 nitrogênio de uma histidina e outra pelo oxigênio. No seu core hidrofóbico,
 constituído basicamente de aminoácidos apolares, com exceção de duas histidinas,
 situa-se o grupo prostético heme. Sua função depende de sua capacidade de ligar-
 se ao oxigênio e também de liberá-lo quando e onde for necessário. Possui apenas
 um grupo heme - planar e "enterrado" em um bolso hidrofóbico. A partir de uma
 análise cristalográfica de raios-X a 1,05 Â, descobriu-se que a met(Mb) dimérica
 exibe um domínio permutado, estrutura com duas extensas α-hélices. Cada novo
 longa α-hélice é formada pela E e F e hélices a EF-loop do monómero inicial, e
 como resultado, as histidinas proximal e distal do heme originam protomeros
 diferentes.
Relação da estrutura com seu papel
biológico
   A partir do grupo heme, citado anteriormente, a
   mioglobina capta o oxigênio nas células, armazena-o e
   transporta para os tecidos.
Implicações práticas do
conhecimento da estrutura
     Esta proteína tem sido usada como um bom modelo para estudos de estrutura, função, ligação de
      heme, estabilidade e enovelamento de proteínas. Em condições ligeiramente ácidas (pH em torno
      de 4), a apomioglobina se desenovela passando por uma forma intermediária que possui
      propriedades físicas entre o estado nativo (pH 7) e o estado desenovelado (pH 2). Este
      intermediário apresenta as hélices A, G e H protegidas como demonstrado por experimentos de
      troca de deutério. No presente trabalho, foram realizados estudos com mutantes de deleção e de
      permutações circulares de hélices da mioglobina com a finalidade de aumentar o conhecimento
      sobre como a estrutura terci Três classes de mutantes foram criadas: 1) deleção de hélices: 1.1) um
      mutante de deleção da hélice H (Mb1-123) e 1.2) um mutante de deleção das hélices G e H (Mb1-
      99); 2) permutações circulares: 2.1) um mutante de permutação da hélice A da extremidade N-
      terminal para a C-terminal (Mb-B_GHA) e 2.2) um mutante de permutação das hélices A e B da
      extremidade N-terminal para a C-terminal (Mb- C_GHAB) e 3) permutação com deleção: um
      mutante de deleção da hélice G com permutação da hélice H da extremidade C-terminal para N-
      terminal (Mb-HAB_F). ária de uma proteína é construída.
Implicações práticas do
conhecimento da estrutura
   As proteínas mutantes foram purificadas diretamente na forma apo, embora estes mutantes
   possuam capacidade de se ligar ao grupo heme, com exceção do mutante Mb1-123. Estes mutantes
   possuem valores mais baixos de elipticidade molar e tendência maior à agregação do que a
   proteína selvagem. Quando na forma holo, os dois mutantes circularmente permutados são
   compactos e têm estrutura e função semelhantes à holoMbWT. Este resultado difere do resultado
   observado para as variantes de deleção (Mb1-99 e Mb-HAB_F) que não apresentaram
   restabelecimento da estrutura e nem supressão da tendência à agregação. Nossos resultados
   indicam que, embora a mioglobina possua um núcleo de ligação do grupo heme, as hélices A, B, G
   e H são necessárias para a correta arquitetura da proteína. Apesar da menor estabilidade dos
   mutantes de permutação circulares em relação à proteína selvagem, as extremidades N- e
   Cterminais da mioglobina são necessárias para que a proteína alcance uma estrutura estável e
   funcional semelhante à selvagem. As permuteínas estruturaram a forma intermediária mesmo em
   pH ao redor de 7, mostrando novamente que as extremidades N- e C- terminais de mioglobina são
   necessárias para que elas se estruturem como a selvagem. Acreditamos que um núcleo, que se
   mostrou insensível ao novelamento em meio ácido, foi formado nestes mutantes. Como estes
   mutantes diferem quanto à posição da hélice B, eles permitiram inferir sobre a participação da
   hélice B no intermediário de ApoMbWT. Duas formas de intermediários estão provavelmente
   presentes na via de enovelamento da mioglobina e suas maiores diferenças parecem estar na
   quantidade de estrutura formada pela hélice B. Nossos resultados estão de acordo com o modelo
   seqüencial de enovelamento para mioglobina, no qual a hélice B é incorporada após a formação do
   domínio AGH.
Implicações práticas do
conhecimento da estrutura
   Mioglobinúria: Quando há um esmagamento de um músculo que é rico em
    mioglobina, pode adentrar na corrente sanguínea, este pode se depositar nos
    glomérulos (responsável pela filtração renal) deixando a urina escura, sugerindo grave
    lesão renal. Pode regredir em 2 ou 3 dias ou ensistir por um período de 6 meses. Cerca
    de 15% dos pacientes com este diagnóstico evoluem para óbito 7 quase sempre por
    insuficiência renal. No equino, observa-se mioglobinúria, na rabdomiólise equina, na
    doença do músculo branco em potros e na miosite pós-anestésica. Qualquer causa de
    hemólise no eqüino pode resultar em hemoglobinúria. A presença de hemoglobina e de
    mioglobina na urina de animais com rabdomiólise equina não é comum. Pode ocorrer
    em animais portadores de uma enfermidade concomitante ou condição que cause
    hemólise ou por uma variante da síndrome de rabdomiólise equina. A mioglobinúria
    não pode ser distinguida apenas pela cor, já que a urina concentrada, urina contendo
    mioglobina, hemoglobina e outras porfirinas podem todas ser semelhantes na
    coloração. As sequelas de necrose tubular aguda e insuficiência renal aguda foram
    associadas a mioglobinúria no homem e no equino.
Referências
 http://www.rcsb.org/pdb/explore/explore.do?structureId=3vm9
 http://www.rcsb.org/pdb/101/motm.do?momID=1
 http://pt.wikipedia.org/wiki/Mioglobina
 http://www.laboratoriobiolider.com.br/media/images/00002259_MIOGLOBI
    NA.pdf
   http://pubs.rsc.org/en/Content/ArticleLanding/2012/DT/c2dt30893b#!divAbs
    tract
   http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=vtls000321943
   http://pubs.rsc.org/en/content/articlelanding/2012/cy/c2cy00427e
   http://www.ebah.com.br/content/ABAAAe1PoAI/resumo-bioquimica

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Mioglobina dimérica do cavalo

  • 1. Mioglobina dimérica do cavalo Daniel Pereira Cinalli RA:11069711 Giovani Toth Mantuaneli RA:11131511
  • 2. Interesse na Proteína  Como é a mioglobina;  O que ela faz;  Como ela atua nos cavalo(equinos)
  • 3. Função da mioglobina A mioglobina é encontrada nas células musculares do vertebrados e sua função é a armazenação de oxigênio e a difusão rápida desse oxigênio através dos tecidos. A captura de oxigênio pela mioglobina é realizada por um átomo de ferro presente em seu interior, que se liga fortemente ao oxigênio, que fica preso no interior da mioglobina. A entrada do oxigênio na mioglobina é possível pois esta está em movimento constante, o que causa aberturas temporárias por onde o oxigênio pode entrar e sair.
  • 4. Estrutura da mioglobina dimérica do cavalo
  • 5. Descrição da estrutura A mioglobina (Mb) é uma proteína globular dos vertebrados. Com um peso molecular de 16.700 daltons, é uma das proteínas mais simples que transporta oxigênio molecular. A mioglobina não tem ligações cooperativas com o oxigênio, por ser monomérica, isto é, formada de uma só subunidade. Contém no seu núcleo porfírico o átomo de ferro, que se encontra coordenado a 4 átomos de nitrogênio do anel porfirínico, das duas posições de coordenação livre, uma é ocupada pelo nitrogênio de uma histidina e outra pelo oxigênio. No seu core hidrofóbico, constituído basicamente de aminoácidos apolares, com exceção de duas histidinas, situa-se o grupo prostético heme. Sua função depende de sua capacidade de ligar- se ao oxigênio e também de liberá-lo quando e onde for necessário. Possui apenas um grupo heme - planar e "enterrado" em um bolso hidrofóbico. A partir de uma análise cristalográfica de raios-X a 1,05 Â, descobriu-se que a met(Mb) dimérica exibe um domínio permutado, estrutura com duas extensas α-hélices. Cada novo longa α-hélice é formada pela E e F e hélices a EF-loop do monómero inicial, e como resultado, as histidinas proximal e distal do heme originam protomeros diferentes.
  • 6. Relação da estrutura com seu papel biológico A partir do grupo heme, citado anteriormente, a mioglobina capta o oxigênio nas células, armazena-o e transporta para os tecidos.
  • 7. Implicações práticas do conhecimento da estrutura  Esta proteína tem sido usada como um bom modelo para estudos de estrutura, função, ligação de heme, estabilidade e enovelamento de proteínas. Em condições ligeiramente ácidas (pH em torno de 4), a apomioglobina se desenovela passando por uma forma intermediária que possui propriedades físicas entre o estado nativo (pH 7) e o estado desenovelado (pH 2). Este intermediário apresenta as hélices A, G e H protegidas como demonstrado por experimentos de troca de deutério. No presente trabalho, foram realizados estudos com mutantes de deleção e de permutações circulares de hélices da mioglobina com a finalidade de aumentar o conhecimento sobre como a estrutura terci Três classes de mutantes foram criadas: 1) deleção de hélices: 1.1) um mutante de deleção da hélice H (Mb1-123) e 1.2) um mutante de deleção das hélices G e H (Mb1- 99); 2) permutações circulares: 2.1) um mutante de permutação da hélice A da extremidade N- terminal para a C-terminal (Mb-B_GHA) e 2.2) um mutante de permutação das hélices A e B da extremidade N-terminal para a C-terminal (Mb- C_GHAB) e 3) permutação com deleção: um mutante de deleção da hélice G com permutação da hélice H da extremidade C-terminal para N- terminal (Mb-HAB_F). ária de uma proteína é construída.
  • 8. Implicações práticas do conhecimento da estrutura As proteínas mutantes foram purificadas diretamente na forma apo, embora estes mutantes possuam capacidade de se ligar ao grupo heme, com exceção do mutante Mb1-123. Estes mutantes possuem valores mais baixos de elipticidade molar e tendência maior à agregação do que a proteína selvagem. Quando na forma holo, os dois mutantes circularmente permutados são compactos e têm estrutura e função semelhantes à holoMbWT. Este resultado difere do resultado observado para as variantes de deleção (Mb1-99 e Mb-HAB_F) que não apresentaram restabelecimento da estrutura e nem supressão da tendência à agregação. Nossos resultados indicam que, embora a mioglobina possua um núcleo de ligação do grupo heme, as hélices A, B, G e H são necessárias para a correta arquitetura da proteína. Apesar da menor estabilidade dos mutantes de permutação circulares em relação à proteína selvagem, as extremidades N- e Cterminais da mioglobina são necessárias para que a proteína alcance uma estrutura estável e funcional semelhante à selvagem. As permuteínas estruturaram a forma intermediária mesmo em pH ao redor de 7, mostrando novamente que as extremidades N- e C- terminais de mioglobina são necessárias para que elas se estruturem como a selvagem. Acreditamos que um núcleo, que se mostrou insensível ao novelamento em meio ácido, foi formado nestes mutantes. Como estes mutantes diferem quanto à posição da hélice B, eles permitiram inferir sobre a participação da hélice B no intermediário de ApoMbWT. Duas formas de intermediários estão provavelmente presentes na via de enovelamento da mioglobina e suas maiores diferenças parecem estar na quantidade de estrutura formada pela hélice B. Nossos resultados estão de acordo com o modelo seqüencial de enovelamento para mioglobina, no qual a hélice B é incorporada após a formação do domínio AGH.
  • 9. Implicações práticas do conhecimento da estrutura  Mioglobinúria: Quando há um esmagamento de um músculo que é rico em mioglobina, pode adentrar na corrente sanguínea, este pode se depositar nos glomérulos (responsável pela filtração renal) deixando a urina escura, sugerindo grave lesão renal. Pode regredir em 2 ou 3 dias ou ensistir por um período de 6 meses. Cerca de 15% dos pacientes com este diagnóstico evoluem para óbito 7 quase sempre por insuficiência renal. No equino, observa-se mioglobinúria, na rabdomiólise equina, na doença do músculo branco em potros e na miosite pós-anestésica. Qualquer causa de hemólise no eqüino pode resultar em hemoglobinúria. A presença de hemoglobina e de mioglobina na urina de animais com rabdomiólise equina não é comum. Pode ocorrer em animais portadores de uma enfermidade concomitante ou condição que cause hemólise ou por uma variante da síndrome de rabdomiólise equina. A mioglobinúria não pode ser distinguida apenas pela cor, já que a urina concentrada, urina contendo mioglobina, hemoglobina e outras porfirinas podem todas ser semelhantes na coloração. As sequelas de necrose tubular aguda e insuficiência renal aguda foram associadas a mioglobinúria no homem e no equino.
  • 10. Referências  http://www.rcsb.org/pdb/explore/explore.do?structureId=3vm9  http://www.rcsb.org/pdb/101/motm.do?momID=1  http://pt.wikipedia.org/wiki/Mioglobina  http://www.laboratoriobiolider.com.br/media/images/00002259_MIOGLOBI NA.pdf  http://pubs.rsc.org/en/Content/ArticleLanding/2012/DT/c2dt30893b#!divAbs tract  http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=vtls000321943  http://pubs.rsc.org/en/content/articlelanding/2012/cy/c2cy00427e  http://www.ebah.com.br/content/ABAAAe1PoAI/resumo-bioquimica