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Porcine Insulin

                              Proteínas em Exibição

Cristais de 4INS (insulina) de
origem suína podem ter alguma
       aplicação clínica?                              PDB 4INS

Prof. Dr. Rodrigo L. O. Rodrigues Cunha
Transformações Bioquímicas


Renan C. V. De Paula - 11011011
Vinicius N. de A. Miranda - 11107311


                                        Santo André
                                       Novembro/2012
Por que estudar a insulina?

● • É um hormônio peptídeo produzido pelas células beta do pâncreas, envolvido
  no metabolismo de carboidratos e gorduras do corpo.
● • A insulina fará com que células no fígado, musculatura esquelética e tecidos

  gordurosos absorvam glicose do sangue.
● • Também pode atuar como um mecanismo de controle metabólico, atuando

  como sinalizador para outros sistemas corpóreos.




                                                                Berg, et al, 2007
Por que estudar a insulina?

●   Quando existem falhas nos mecanismos de absorção ou liberação de insulina
    o resultado é a diabetes, que se divide em dois tipos:
●   1- onde não é possível a produção interna de insulina
●   2- onde o corpo se torna resistente à insulina, fazendo com que ela não seja
    capaz de controlar os níveis de glicose. (Berg, et al, 2007)
A estrutura da insulina


●   A proteína da insulina humana é composta de 51 aminoácidos, possuindo peso
    molecular de 5808 Da.

●   Esses aminoácidos formarão duas macromoléculas (chamadas cadeias A e B),
    que através de ligações de dissulfeto e ligações não covalentes irão compor um
    dímero, que é a estrutura quaternária da proteína.

●   A insulina suína difere da humana em um aminoácido: Uma alanina no lugar de
    uma treonina no carbóxi-terminal da cadeia B, na posição D30. (Wang and
    Tsou, 1991)
Ligações de hidrogênio e entropia relacionadas à ligação da insulina


●   As insulina presente nos cristais, provavelmente não se liga somente por sítios
    ativos da própria insulina, podendo envolver uma relação de especificidade
    cadeia-peptídeo na superfície dos átomos
●   As moléculas de insulina presentes no cristal
    podem interagir diretamente para formar
    ligações de hidrogênio com o receptor
    membrânico, movendo moléculas de água e
    fazendo uma contribuiçã positiva para a
    entropia da ligação .(Baker, et al, 1988)
Caracterização e Função estrutural


● A estrutura da proteína 4ins foi pela primeira vez publicada em 1988 por Baker,
  utilizando técnidas de difração de raios X.(Baker, et al, 1988).
● A cadeia B é capaz de adentrar a membrana plasmática celular, ligando-se à

  região de atividade de kinase. Essa ligação pode desencadear enzimas ligadas
  a fosforilação e desfoforilação na célula, podendo ativar, com isso, os
  processos de glicólise, lipogênese e de síntese protéica.(Kasuge, et al, 1982;
  Obberghen, et al, 1983)
● Com isso é de se esperar que a forma e o tamanho da proteína de insulina,

  assim como a distribuição de seus resíduos em sua superfície, afetem a ligação
  e sua posterior ação biológica
Função estrutural e consequências

● Porém mudanças estruturais na moléculas de insulina nem sempre acarretam
  diferenças significativas na sua ligação com a membrana e na potência de suas
  atividades biológicas.(Emdin, et al,1977; Schutler, et al, 1980)
● Insulina* dificilmente perde completamente sua função, e mesmo que com

  ínfima funcionalidade, em quantidades suficientes essas moléculas serão
  capazes de produzir uma resposta biológica satistatória.
● Tais fatos levam à possível aplicação clínica dessa proteína em portadores de

  diabetes tipo 1, que possuem os receptores membrânicos de insulina funcionais
  e, mesmo que a insulina tenha sua estrutura modificada pelo pH, temperatura
  ou outros processos desnaturantes que podem ocorrer pela diferença entre os
  organismos do porco e do homem e mesmo da manipulação da própria
  proteína. *(caracterizada em Baker, et al, 1988)
Desenvolvimento de Insulina Humana


●   A conversão enzimático-química da insulina suína em Insulina humana ocorre
    por um sistema de duas fases que envolve a utilização da reação de
    transamidação enzimática.

●   A primeira etapa do processo consiste na transamidação tripsina-catalisada da
    insulina suína em um meio aquoso orgânico (água ou etanol)

●   A segunda etapa do processo consiste em utilizar a técnica de chemical
    demasking e em seguida o derivado desta técnica é purificado por
    cromatografia de permuta iônica, após isto obteve-se a insulina humana.
Referências

● Berg, Jeremy, John L. Tymoczko, Lubert Stryer (2007); Biochemistry, 6th Edition.
● Baker, E.N., Blundell, T.L., Cutfield, J.F., Cutfield, S.M. Dodson, E.J., Dodson,

  G.G., Hodgkin, D.M., Hubbard, R.E. Isaacs, N.W., Reynolds, C.D., Sakabe, K.,
  Sakabe, N., Vjayan, N.M.(1988); The structure of 2Zn pig insulin crystals at 1.5
  A resolution. Philos.Trans.R.Soc.London; Ser.B 319: 369-456
● Wang C.C., Tsou C.L. (1991); The insulin A and B chains contain sufficient

  structural information to form the native molecule; Trends in biochemical
  sciences
● Obberghen E. Van, Rossi B., Kowalski A., Gazzano H, Ponzio G. (1983);

  Receptor-mediated phosphorylation of the hepatic insulin receptor: evidence that
  the Mr 95,000 receptor subunit is its own kinase; Proc Natl Acad Sci U.S.A.,
  Feb80(4):945-9
Referências

• Kasuge, M., Zick, Y., Blith, D.L., Karkson, F.A., Harring, H.U., Kahn, C.R. (1982);
  Insulin stimutalin of phosphorylation of B subunit of the insulin receptor: formation of
  both phsphoserine and phosphotyrosine; J. Biol. Chem. 257, 9891-9894.
• Emdin, S.O., Gammeltoft, S., Gliemann, J. (1977); Degradation, receptor binding affinity
  and potency in insulin from Atlantic hagsih; J. Biol. Chem. 252, 602-208.
• Shutler, K., Peterson, K.G., Shuttler, A., Brandenburg, D., Kerp,L. (1980); Biologial
  activity and receptor binding of six different covalent dimers of insulin; Insulin chemistry,
  structure and function and insulin and related hormones (ed. D. Brandenburg & A.
  Wollmer); 433-438; Berlin: de Gruyter.

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Insulina suína: estrutura, função e aplicações clínicas

  • 1. Porcine Insulin Proteínas em Exibição Cristais de 4INS (insulina) de origem suína podem ter alguma aplicação clínica? PDB 4INS Prof. Dr. Rodrigo L. O. Rodrigues Cunha Transformações Bioquímicas Renan C. V. De Paula - 11011011 Vinicius N. de A. Miranda - 11107311 Santo André Novembro/2012
  • 2. Por que estudar a insulina? ● • É um hormônio peptídeo produzido pelas células beta do pâncreas, envolvido no metabolismo de carboidratos e gorduras do corpo. ● • A insulina fará com que células no fígado, musculatura esquelética e tecidos gordurosos absorvam glicose do sangue. ● • Também pode atuar como um mecanismo de controle metabólico, atuando como sinalizador para outros sistemas corpóreos. Berg, et al, 2007
  • 3. Por que estudar a insulina? ● Quando existem falhas nos mecanismos de absorção ou liberação de insulina o resultado é a diabetes, que se divide em dois tipos: ● 1- onde não é possível a produção interna de insulina ● 2- onde o corpo se torna resistente à insulina, fazendo com que ela não seja capaz de controlar os níveis de glicose. (Berg, et al, 2007)
  • 4. A estrutura da insulina ● A proteína da insulina humana é composta de 51 aminoácidos, possuindo peso molecular de 5808 Da. ● Esses aminoácidos formarão duas macromoléculas (chamadas cadeias A e B), que através de ligações de dissulfeto e ligações não covalentes irão compor um dímero, que é a estrutura quaternária da proteína. ● A insulina suína difere da humana em um aminoácido: Uma alanina no lugar de uma treonina no carbóxi-terminal da cadeia B, na posição D30. (Wang and Tsou, 1991)
  • 5. Ligações de hidrogênio e entropia relacionadas à ligação da insulina ● As insulina presente nos cristais, provavelmente não se liga somente por sítios ativos da própria insulina, podendo envolver uma relação de especificidade cadeia-peptídeo na superfície dos átomos ● As moléculas de insulina presentes no cristal podem interagir diretamente para formar ligações de hidrogênio com o receptor membrânico, movendo moléculas de água e fazendo uma contribuiçã positiva para a entropia da ligação .(Baker, et al, 1988)
  • 6. Caracterização e Função estrutural ● A estrutura da proteína 4ins foi pela primeira vez publicada em 1988 por Baker, utilizando técnidas de difração de raios X.(Baker, et al, 1988). ● A cadeia B é capaz de adentrar a membrana plasmática celular, ligando-se à região de atividade de kinase. Essa ligação pode desencadear enzimas ligadas a fosforilação e desfoforilação na célula, podendo ativar, com isso, os processos de glicólise, lipogênese e de síntese protéica.(Kasuge, et al, 1982; Obberghen, et al, 1983) ● Com isso é de se esperar que a forma e o tamanho da proteína de insulina, assim como a distribuição de seus resíduos em sua superfície, afetem a ligação e sua posterior ação biológica
  • 7. Função estrutural e consequências ● Porém mudanças estruturais na moléculas de insulina nem sempre acarretam diferenças significativas na sua ligação com a membrana e na potência de suas atividades biológicas.(Emdin, et al,1977; Schutler, et al, 1980) ● Insulina* dificilmente perde completamente sua função, e mesmo que com ínfima funcionalidade, em quantidades suficientes essas moléculas serão capazes de produzir uma resposta biológica satistatória. ● Tais fatos levam à possível aplicação clínica dessa proteína em portadores de diabetes tipo 1, que possuem os receptores membrânicos de insulina funcionais e, mesmo que a insulina tenha sua estrutura modificada pelo pH, temperatura ou outros processos desnaturantes que podem ocorrer pela diferença entre os organismos do porco e do homem e mesmo da manipulação da própria proteína. *(caracterizada em Baker, et al, 1988)
  • 8. Desenvolvimento de Insulina Humana ● A conversão enzimático-química da insulina suína em Insulina humana ocorre por um sistema de duas fases que envolve a utilização da reação de transamidação enzimática. ● A primeira etapa do processo consiste na transamidação tripsina-catalisada da insulina suína em um meio aquoso orgânico (água ou etanol) ● A segunda etapa do processo consiste em utilizar a técnica de chemical demasking e em seguida o derivado desta técnica é purificado por cromatografia de permuta iônica, após isto obteve-se a insulina humana.
  • 9. Referências ● Berg, Jeremy, John L. Tymoczko, Lubert Stryer (2007); Biochemistry, 6th Edition. ● Baker, E.N., Blundell, T.L., Cutfield, J.F., Cutfield, S.M. Dodson, E.J., Dodson, G.G., Hodgkin, D.M., Hubbard, R.E. Isaacs, N.W., Reynolds, C.D., Sakabe, K., Sakabe, N., Vjayan, N.M.(1988); The structure of 2Zn pig insulin crystals at 1.5 A resolution. Philos.Trans.R.Soc.London; Ser.B 319: 369-456 ● Wang C.C., Tsou C.L. (1991); The insulin A and B chains contain sufficient structural information to form the native molecule; Trends in biochemical sciences ● Obberghen E. Van, Rossi B., Kowalski A., Gazzano H, Ponzio G. (1983); Receptor-mediated phosphorylation of the hepatic insulin receptor: evidence that the Mr 95,000 receptor subunit is its own kinase; Proc Natl Acad Sci U.S.A., Feb80(4):945-9
  • 10. Referências • Kasuge, M., Zick, Y., Blith, D.L., Karkson, F.A., Harring, H.U., Kahn, C.R. (1982); Insulin stimutalin of phosphorylation of B subunit of the insulin receptor: formation of both phsphoserine and phosphotyrosine; J. Biol. Chem. 257, 9891-9894. • Emdin, S.O., Gammeltoft, S., Gliemann, J. (1977); Degradation, receptor binding affinity and potency in insulin from Atlantic hagsih; J. Biol. Chem. 252, 602-208. • Shutler, K., Peterson, K.G., Shuttler, A., Brandenburg, D., Kerp,L. (1980); Biologial activity and receptor binding of six different covalent dimers of insulin; Insulin chemistry, structure and function and insulin and related hormones (ed. D. Brandenburg & A. Wollmer); 433-438; Berlin: de Gruyter.