SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 11
Baixar para ler offline
Channelrhodopsin




[1]               Juliana Baptista RA 11021711
                                       Fábio RA
Justificativa
•   Utilidade para a neurociência.
•   Transforma luz em eletricidade (só isso já é razão suficiente para se interessar por ela).




•   Encontramos a Channelrhodopsin em uma palestra do TED¹. Nessa palestra Ed Boyden –
    que lidera um grupo de neurobiologia o qual inventa tecnologias para revelar como
    cognição e emoção surgem de redes do cérebro, e para permitir o reparo sistemático de
    desordens tais como a epilepsia e DEPT – revela como o uso da proteína foi essencial
    para sua pesquisa
                                                                      ¹ - http://www.ted.com/talks/ed_boyden.html
    (TED,Technology Entertainment Design, é uma organização sem fins lucrativos dedicada ao Ideas Worth Spreading)
A Proteína
• Encontram-se em dois modelos estruturais opsin-1 e opsin-2
  (ChR1 e ChR2).
• É encontrada em uma espécie de alga verde unicelular:
  Chlamydomonas reinhardtii (3005, NCBI*[10]).




                     Chlamydomonas reinhardtii
• A proteína é um componente da
  membrana plasmática do Eyespot
  (Stigma) da Chlamydomonas
             reinhardtii.

• ChR1 e ChR2 trabalham como
  canais de íons, usando da luz para
  controlar a excitabilidade elétrica,
  a acidez intracelular, e o influxo
  de cálcio dentre outros processos.

• A Channelrhodopsin          é um
  exemplo       de           proteína
  Retinylidene.
Estrutura
                 Proteínas Retinylidene:  Família de proteínas que usam
    retinaldeído (retinal), como cromofóros¹ para a recepção de luz.       As
    Rhodopsinas constituem-se em duas partes: parte não proteica (co-fator) +
    parte proteica (retinaldeído).


                                                                          • Essas proteínas também são
                                                                            chamadas de opsins.




        Retinaldeído IUPAC: (2E,4E,6E,8E)-3,7-dimethyl-9-(2,6,6-trimethylcyclohexen-1-yl)nona-2,4,6,8-
        tetraenal



1- “Um cromóforo é a parte de uma molécula responsável pela sua cor. A cor surge quando uma molécula absorve
certos comprimentos de onda da luz visível e transmite ou reflete outras. O cromóforo é uma região da molécula, onde
a diferença de energia entre dois diferentes orbitais moleculares cai dentro da gama do espectro visível. A luz visível
que incide sobre o cromóforo pode, assim, ser absorvida pelos elétrons excitando-os de seu estado fundamental para
um estado animado.” - IUPAC Gold Book Chromophore.
A estrutura principal da
 proteína constitui-se
         em:

    9 alfa-hélices (no
  interior desse bolo
   temos a atividade
     cromofórica),

      6 beta-turn

     6 beta-strand

       resíduos
 (RET A, OLA 502, OLA
501, OLA 505, OLA 504).
Função biológica mais estrutura
           O ChR2 absorve luz azul. Essa luz azul é absorvida no limite de um fóton para
cada trans-retinal. Quando toda sua parte trans- retinal absorve os fótons, isso induz
uma mudança conformacional de todos os 13 trans para cis-retinal. Assim a proteína
abre um poro de 6Å. Isso tudo em questão de milisegundos, voltando depois ao estado
original (trans), fechando o poro e parando o fluxo de íons - canal de íons (H+, Na+, K+, e
Ca2+). [2]
Aplicações
•   O C-terminal da channelrhodopsin2 pode ser alterado (o resíduo C128 é
    modificado), criando uma mutação da proteína tornando-a supersensível. Ela
    acabe se abrindo após um impulso de luz azul e se fechando por meio de um
    impulso de luz verde ou amarela.
                                                   Através desse dispositivo
                                                   aplicações como
                                                   fotoestimulação de neurônios
                                                   para sondar os circuitos neurais
                                                   são possíveis.
                                                   O ChR2 sensível ao azul e a
                                                   harlodopsin sensível ao
                                                   amarelo juntos permitem
                                                   múltiplas atividades de cores
                                                   óptica e silenciamento de
                                                   atividade neural com precisão
                                                   de milissegundos. [3]
•    “A ChR2 marca por fluorescência axônios e sinapses estimulados por luz, os quais podem ser identificados
          como tecido cerebral intacto. Isto é útil para estudar os eventos moleculares durante a indução de
          plasticidade sináptica. ChR2 foi usada para mapear as conexões de longo alcance de um lado do cérebro
          para o outro, e para mapear a localização espacial de entradas na árvore dendrítica de neurônios
          individuais.” [4][5][6][7]
     •    “O comportamento dos animais transgênicos expressando ChR2 em subpopulações de neurônios pode ser
          controlado remotamente por luz azul intenso. Isto tem sido demonstrado em nematóides, moscas de
          fruta, peixe-zebra, e nos ratos. A função visual em ratos cegos pode ser parcialmente restaurada por
          expressar ChR2 em células da retina interna. No futuro, ChR2 poderá encontrar aplicações médicas, por
          exemplo, em formas de degeneração da retina ou para a estimulação cerebral profunda.” [8][9]




[11] ~200,00 pessoas têm implantes estimuladores elétricos
     ~600 pessoas estiveram seguramente sobre tratamento de terapia genética com o AAV. (O AAV, adeno-associated virus, é um vírus
     que até então não causa doenças a humanos)
     Testes pré-clínicos de Controle através da luz estão a caminho.
Referências Bibliográficas
Conteúdo texto
•   [2] - Nagel G, Szellas T, Huhn W, et al. (November 25, 2003). "Channelrhodopsin-2, a directly light-gated cation-
    selective membrane channel". Proc. Natl. Acad. Sci. U.S.A. 100 (24): 13940–
    5.doi:10.1073/pnas.1936192100. PMC 283525.PMID 14615590.
•   [3] - Boyden, E. S., Zhang, F., Bamberg, E., Nagel, G., and Deisseroth, K. (2005). "Millisecond-timescale,
    genetically-targeted optical control of neural activity".Nature Neuroscience 8 (9): 1263–
    1268.doi:10.1038/nn1525. PMID 16116447.
•   [4] - Zhang YP, Oertner TG (February 2007). "Optical induction of synaptic plasticity using a light-sensitive
    channel". Nat. Methods 4 (2): 139–41. Doi:10.1038/nmeth988. PMID 17195846.
•   [5] - Zhang YP, Holbro N, Oertner TG (August 2008)."Optical induction of plasticity at single synapses reveals
    input-specific accumulation of alphacamkii".Proc. Natl. Acad. Sci. U.S.A. 105 (33): 12039–
    44.doi:10.1073/pnas.0802940105. PMC 2575337.PMID 18697934.
•   [ 6] - Petreanu L, Huber D, Sobczyk A, Svoboda K (May 2007). "Channelrhodopsin-2-assisted circuit mapping of
    long-range callosal projections". Nat. Neurosci. 10 (5): 663–8. Doi:10.1038/nn1891. PMID 17435752.
•   [ 7] - Petreanu L, Mao T, Sternson SM, Svoboda K (February 2009). "The subcellular organization of neocortical
    excitatory connections". Nature 457 (7233): 1142–5. Doi:10.1038/nature07709. PMC 2745650.PMID 19151697.
•   [8] - Douglass AD, Kraves S, Deisseroth K, Schier AF, Engert F (August 2008). "Escape behavior elicited by single,
    channelrhodopsin-2-evoked spikes in zebrafish somatosensory neurons". Curr. Biol. 18 (15): 1133–
    7.doi:10.1016/j.cub.2008.06.077. PMC 2891506.PMID 18682213.
•   [9] - Huber D, Petreanu L, Ghitani N, Ranade S, Hromádka T, Mainen Z, Svoboda K (January 2008)."Sparse optical
    microstimulation in barrel cortex drives learned behaviour in freely moving mice". Nature 451(7174): 61–
    4. Doi:10.1038/nature06445.PMC 3425380. PMID 18094685.
•   Http://www.kurzweilai.net/using-light-to-create-a-more-reliable-pacemaker
•   Http://www.metamicrobe.com/chlamy/               Chlamydomonas Center Http://www.els.net/wileycda/elsarticle
•    Sakmar T (2002). "Structure of rhodopsin and the superfamily of seven-helical receptors: the same and not the
    same". Curr Opin Cell Biol 14 (2): 189–95. Doi:10.1016/S0955-0674(02)00306-X.PMID 11891118.
•    Nagel G, Szellas T, Kateriya S, Adeishvili N, Hegemann P, Bamberg E (2005). "Channelrhodopsins: directly light-
    gated cation channels". Biochem Soc Trans 33 (Pt 4): 863–6.doi:10.1042/BST0330863. PMID 16042615.
•    G Protein-Coupled Receptor Data Base
•   Terakita A (2005). "The opsins". Genome Biol 6 (3): 213. Doi:10.1186/gb-2005-6-3-
    213. PMC 1088937. PMID 15774036.
•   RCSB PDB - http://www.rcsb.org/pdb/explore/explore.do?Structureid=3UG9
•   PDBe - http://www.ebi.ac.uk/pdbe-srv/view/entry/3ug9/summary
•   AmiGO - http://amigo.geneontology.org/cgi-bin/amigo/term_details?Term=GO:0016020
•   [10] NCBI - http://www.ncbi.nlm.nih.gov/Taxonomy/Browser/wwwtax.cgi?Mode=Info&id=3055



    Imagem
•   [1] Biological assembly 1 assigned by Kato, H.E., Ishitani, R., Nureki, O. And generated by PISA .
•    Http://deepbluehome.blogspot.com.br/2010/10/life-stirs-oceans.html
    (Chlamydomonas reinhardtii)
•   [11] Retirada da palestra do Ed Boyden no TED.

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Channelrhodopsin

Retina e Retinose Pigmentar
Retina e Retinose PigmentarRetina e Retinose Pigmentar
Retina e Retinose PigmentarBruno Catão
 
Doencas mitocondriais
Doencas mitocondriaisDoencas mitocondriais
Doencas mitocondriaisfip
 
Seminário sobre Mitocôndrias
Seminário sobre MitocôndriasSeminário sobre Mitocôndrias
Seminário sobre MitocôndriasLucas Machado
 
Neurociências e Comportamento
Neurociências e ComportamentoNeurociências e Comportamento
Neurociências e ComportamentoJumooca
 
A neurorreligação como a cura na psicoterapia
A neurorreligação como a cura na psicoterapiaA neurorreligação como a cura na psicoterapia
A neurorreligação como a cura na psicoterapiaArgos Arruda Pinto
 
UFCD - 6568 - Noções Gerais sobre Sistema Neurológico, Endócrino e Órgãos dos...
UFCD - 6568 - Noções Gerais sobre Sistema Neurológico, Endócrino e Órgãos dos...UFCD - 6568 - Noções Gerais sobre Sistema Neurológico, Endócrino e Órgãos dos...
UFCD - 6568 - Noções Gerais sobre Sistema Neurológico, Endócrino e Órgãos dos...Nome Sobrenome
 
Função do sistema nervoso.
Função do sistema nervoso.Função do sistema nervoso.
Função do sistema nervoso.Maíra Cerqueira
 
CóPia De Curso De Esquizofrenia MóDulo Ix
CóPia De Curso De Esquizofrenia MóDulo IxCóPia De Curso De Esquizofrenia MóDulo Ix
CóPia De Curso De Esquizofrenia MóDulo IxAntonio Luis Sanfim
 
Fisiologia sensorial - IB USP
Fisiologia sensorial - IB USPFisiologia sensorial - IB USP
Fisiologia sensorial - IB USPGuellity Marcel
 

Semelhante a Channelrhodopsin (20)

Retina e Retinose Pigmentar
Retina e Retinose PigmentarRetina e Retinose Pigmentar
Retina e Retinose Pigmentar
 
Estrutura..
Estrutura..Estrutura..
Estrutura..
 
Doencas mitocondriais
Doencas mitocondriaisDoencas mitocondriais
Doencas mitocondriais
 
Seminário sobre Mitocôndrias
Seminário sobre MitocôndriasSeminário sobre Mitocôndrias
Seminário sobre Mitocôndrias
 
sinapses.pdf
sinapses.pdfsinapses.pdf
sinapses.pdf
 
Tecidonervoso 151025142143-lva1-app6892
Tecidonervoso 151025142143-lva1-app6892Tecidonervoso 151025142143-lva1-app6892
Tecidonervoso 151025142143-lva1-app6892
 
Neurociências e Comportamento
Neurociências e ComportamentoNeurociências e Comportamento
Neurociências e Comportamento
 
Tecido nervoso
Tecido nervosoTecido nervoso
Tecido nervoso
 
Tecido nervoso
Tecido nervosoTecido nervoso
Tecido nervoso
 
Ciclo da visicula
Ciclo da visiculaCiclo da visicula
Ciclo da visicula
 
Nucleo
NucleoNucleo
Nucleo
 
Sistema nervoso
Sistema nervoso Sistema nervoso
Sistema nervoso
 
A neurorreligação como a cura na psicoterapia
A neurorreligação como a cura na psicoterapiaA neurorreligação como a cura na psicoterapia
A neurorreligação como a cura na psicoterapia
 
Núcleos da base
Núcleos da baseNúcleos da base
Núcleos da base
 
UFCD - 6568 - Noções Gerais sobre Sistema Neurológico, Endócrino e Órgãos dos...
UFCD - 6568 - Noções Gerais sobre Sistema Neurológico, Endócrino e Órgãos dos...UFCD - 6568 - Noções Gerais sobre Sistema Neurológico, Endócrino e Órgãos dos...
UFCD - 6568 - Noções Gerais sobre Sistema Neurológico, Endócrino e Órgãos dos...
 
Ga aula 2_-_os_cromossomos
Ga aula 2_-_os_cromossomosGa aula 2_-_os_cromossomos
Ga aula 2_-_os_cromossomos
 
Pigmentos da retina
Pigmentos da retinaPigmentos da retina
Pigmentos da retina
 
Função do sistema nervoso.
Função do sistema nervoso.Função do sistema nervoso.
Função do sistema nervoso.
 
CóPia De Curso De Esquizofrenia MóDulo Ix
CóPia De Curso De Esquizofrenia MóDulo IxCóPia De Curso De Esquizofrenia MóDulo Ix
CóPia De Curso De Esquizofrenia MóDulo Ix
 
Fisiologia sensorial - IB USP
Fisiologia sensorial - IB USPFisiologia sensorial - IB USP
Fisiologia sensorial - IB USP
 

Mais de TBQ-RLORC

Antifreeze Protein Type III Isoform HPLC 12
Antifreeze Protein Type III Isoform HPLC 12Antifreeze Protein Type III Isoform HPLC 12
Antifreeze Protein Type III Isoform HPLC 12TBQ-RLORC
 
Sonic Hedgehog
Sonic HedgehogSonic Hedgehog
Sonic HedgehogTBQ-RLORC
 
Quimotripsina
Quimotripsina Quimotripsina
Quimotripsina TBQ-RLORC
 
Insulina Recombinante A22G-B31R
Insulina Recombinante A22G-B31R Insulina Recombinante A22G-B31R
Insulina Recombinante A22G-B31R TBQ-RLORC
 
Oncoproteína Nup214/CAN
Oncoproteína Nup214/CAN Oncoproteína Nup214/CAN
Oncoproteína Nup214/CAN TBQ-RLORC
 
Proteína LeIBP
Proteína LeIBP Proteína LeIBP
Proteína LeIBP TBQ-RLORC
 
Alanina-Aminotransferase
Alanina-Aminotransferase Alanina-Aminotransferase
Alanina-Aminotransferase TBQ-RLORC
 
Beta amilóide
Beta amilóideBeta amilóide
Beta amilóideTBQ-RLORC
 
Botulinum Neurotoxin Tipo A
 Botulinum Neurotoxin Tipo A  Botulinum Neurotoxin Tipo A
Botulinum Neurotoxin Tipo A TBQ-RLORC
 
Mioglobina dimérica do cavalo
Mioglobina dimérica do cavaloMioglobina dimérica do cavalo
Mioglobina dimérica do cavaloTBQ-RLORC
 
Porcine insulin
Porcine insulinPorcine insulin
Porcine insulinTBQ-RLORC
 
Circadian Clock Protein kaiA
Circadian Clock Protein kaiACircadian Clock Protein kaiA
Circadian Clock Protein kaiATBQ-RLORC
 

Mais de TBQ-RLORC (20)

Ubiquitina
UbiquitinaUbiquitina
Ubiquitina
 
Tubulina
TubulinaTubulina
Tubulina
 
Antifreeze Protein Type III Isoform HPLC 12
Antifreeze Protein Type III Isoform HPLC 12Antifreeze Protein Type III Isoform HPLC 12
Antifreeze Protein Type III Isoform HPLC 12
 
Sonic Hedgehog
Sonic HedgehogSonic Hedgehog
Sonic Hedgehog
 
Quimotripsina
Quimotripsina Quimotripsina
Quimotripsina
 
RuBisCO
 RuBisCO  RuBisCO
RuBisCO
 
Prolactina
ProlactinaProlactina
Prolactina
 
Insulina Recombinante A22G-B31R
Insulina Recombinante A22G-B31R Insulina Recombinante A22G-B31R
Insulina Recombinante A22G-B31R
 
Hirudina
HirudinaHirudina
Hirudina
 
Oncoproteína Nup214/CAN
Oncoproteína Nup214/CAN Oncoproteína Nup214/CAN
Oncoproteína Nup214/CAN
 
Luciferase
Luciferase  Luciferase
Luciferase
 
Proteína LeIBP
Proteína LeIBP Proteína LeIBP
Proteína LeIBP
 
Alanina-Aminotransferase
Alanina-Aminotransferase Alanina-Aminotransferase
Alanina-Aminotransferase
 
Beta amilóide
Beta amilóideBeta amilóide
Beta amilóide
 
Botulinum Neurotoxin Tipo A
 Botulinum Neurotoxin Tipo A  Botulinum Neurotoxin Tipo A
Botulinum Neurotoxin Tipo A
 
Colágeno
Colágeno Colágeno
Colágeno
 
Aquaporina
Aquaporina  Aquaporina
Aquaporina
 
Mioglobina dimérica do cavalo
Mioglobina dimérica do cavaloMioglobina dimérica do cavalo
Mioglobina dimérica do cavalo
 
Porcine insulin
Porcine insulinPorcine insulin
Porcine insulin
 
Circadian Clock Protein kaiA
Circadian Clock Protein kaiACircadian Clock Protein kaiA
Circadian Clock Protein kaiA
 

Channelrhodopsin

  • 1. Channelrhodopsin [1] Juliana Baptista RA 11021711 Fábio RA
  • 2. Justificativa • Utilidade para a neurociência. • Transforma luz em eletricidade (só isso já é razão suficiente para se interessar por ela). • Encontramos a Channelrhodopsin em uma palestra do TED¹. Nessa palestra Ed Boyden – que lidera um grupo de neurobiologia o qual inventa tecnologias para revelar como cognição e emoção surgem de redes do cérebro, e para permitir o reparo sistemático de desordens tais como a epilepsia e DEPT – revela como o uso da proteína foi essencial para sua pesquisa ¹ - http://www.ted.com/talks/ed_boyden.html (TED,Technology Entertainment Design, é uma organização sem fins lucrativos dedicada ao Ideas Worth Spreading)
  • 3. A Proteína • Encontram-se em dois modelos estruturais opsin-1 e opsin-2 (ChR1 e ChR2). • É encontrada em uma espécie de alga verde unicelular: Chlamydomonas reinhardtii (3005, NCBI*[10]). Chlamydomonas reinhardtii
  • 4. • A proteína é um componente da membrana plasmática do Eyespot (Stigma) da Chlamydomonas reinhardtii. • ChR1 e ChR2 trabalham como canais de íons, usando da luz para controlar a excitabilidade elétrica, a acidez intracelular, e o influxo de cálcio dentre outros processos. • A Channelrhodopsin é um exemplo de proteína Retinylidene.
  • 5. Estrutura Proteínas Retinylidene: Família de proteínas que usam retinaldeído (retinal), como cromofóros¹ para a recepção de luz. As Rhodopsinas constituem-se em duas partes: parte não proteica (co-fator) + parte proteica (retinaldeído). • Essas proteínas também são chamadas de opsins. Retinaldeído IUPAC: (2E,4E,6E,8E)-3,7-dimethyl-9-(2,6,6-trimethylcyclohexen-1-yl)nona-2,4,6,8- tetraenal 1- “Um cromóforo é a parte de uma molécula responsável pela sua cor. A cor surge quando uma molécula absorve certos comprimentos de onda da luz visível e transmite ou reflete outras. O cromóforo é uma região da molécula, onde a diferença de energia entre dois diferentes orbitais moleculares cai dentro da gama do espectro visível. A luz visível que incide sobre o cromóforo pode, assim, ser absorvida pelos elétrons excitando-os de seu estado fundamental para um estado animado.” - IUPAC Gold Book Chromophore.
  • 6. A estrutura principal da proteína constitui-se em: 9 alfa-hélices (no interior desse bolo temos a atividade cromofórica), 6 beta-turn 6 beta-strand resíduos (RET A, OLA 502, OLA 501, OLA 505, OLA 504).
  • 7. Função biológica mais estrutura O ChR2 absorve luz azul. Essa luz azul é absorvida no limite de um fóton para cada trans-retinal. Quando toda sua parte trans- retinal absorve os fótons, isso induz uma mudança conformacional de todos os 13 trans para cis-retinal. Assim a proteína abre um poro de 6Å. Isso tudo em questão de milisegundos, voltando depois ao estado original (trans), fechando o poro e parando o fluxo de íons - canal de íons (H+, Na+, K+, e Ca2+). [2]
  • 8. Aplicações • O C-terminal da channelrhodopsin2 pode ser alterado (o resíduo C128 é modificado), criando uma mutação da proteína tornando-a supersensível. Ela acabe se abrindo após um impulso de luz azul e se fechando por meio de um impulso de luz verde ou amarela. Através desse dispositivo aplicações como fotoestimulação de neurônios para sondar os circuitos neurais são possíveis. O ChR2 sensível ao azul e a harlodopsin sensível ao amarelo juntos permitem múltiplas atividades de cores óptica e silenciamento de atividade neural com precisão de milissegundos. [3]
  • 9. “A ChR2 marca por fluorescência axônios e sinapses estimulados por luz, os quais podem ser identificados como tecido cerebral intacto. Isto é útil para estudar os eventos moleculares durante a indução de plasticidade sináptica. ChR2 foi usada para mapear as conexões de longo alcance de um lado do cérebro para o outro, e para mapear a localização espacial de entradas na árvore dendrítica de neurônios individuais.” [4][5][6][7] • “O comportamento dos animais transgênicos expressando ChR2 em subpopulações de neurônios pode ser controlado remotamente por luz azul intenso. Isto tem sido demonstrado em nematóides, moscas de fruta, peixe-zebra, e nos ratos. A função visual em ratos cegos pode ser parcialmente restaurada por expressar ChR2 em células da retina interna. No futuro, ChR2 poderá encontrar aplicações médicas, por exemplo, em formas de degeneração da retina ou para a estimulação cerebral profunda.” [8][9] [11] ~200,00 pessoas têm implantes estimuladores elétricos ~600 pessoas estiveram seguramente sobre tratamento de terapia genética com o AAV. (O AAV, adeno-associated virus, é um vírus que até então não causa doenças a humanos) Testes pré-clínicos de Controle através da luz estão a caminho.
  • 10. Referências Bibliográficas Conteúdo texto • [2] - Nagel G, Szellas T, Huhn W, et al. (November 25, 2003). "Channelrhodopsin-2, a directly light-gated cation- selective membrane channel". Proc. Natl. Acad. Sci. U.S.A. 100 (24): 13940– 5.doi:10.1073/pnas.1936192100. PMC 283525.PMID 14615590. • [3] - Boyden, E. S., Zhang, F., Bamberg, E., Nagel, G., and Deisseroth, K. (2005). "Millisecond-timescale, genetically-targeted optical control of neural activity".Nature Neuroscience 8 (9): 1263– 1268.doi:10.1038/nn1525. PMID 16116447. • [4] - Zhang YP, Oertner TG (February 2007). "Optical induction of synaptic plasticity using a light-sensitive channel". Nat. Methods 4 (2): 139–41. Doi:10.1038/nmeth988. PMID 17195846. • [5] - Zhang YP, Holbro N, Oertner TG (August 2008)."Optical induction of plasticity at single synapses reveals input-specific accumulation of alphacamkii".Proc. Natl. Acad. Sci. U.S.A. 105 (33): 12039– 44.doi:10.1073/pnas.0802940105. PMC 2575337.PMID 18697934. • [ 6] - Petreanu L, Huber D, Sobczyk A, Svoboda K (May 2007). "Channelrhodopsin-2-assisted circuit mapping of long-range callosal projections". Nat. Neurosci. 10 (5): 663–8. Doi:10.1038/nn1891. PMID 17435752. • [ 7] - Petreanu L, Mao T, Sternson SM, Svoboda K (February 2009). "The subcellular organization of neocortical excitatory connections". Nature 457 (7233): 1142–5. Doi:10.1038/nature07709. PMC 2745650.PMID 19151697. • [8] - Douglass AD, Kraves S, Deisseroth K, Schier AF, Engert F (August 2008). "Escape behavior elicited by single, channelrhodopsin-2-evoked spikes in zebrafish somatosensory neurons". Curr. Biol. 18 (15): 1133– 7.doi:10.1016/j.cub.2008.06.077. PMC 2891506.PMID 18682213. • [9] - Huber D, Petreanu L, Ghitani N, Ranade S, Hromádka T, Mainen Z, Svoboda K (January 2008)."Sparse optical microstimulation in barrel cortex drives learned behaviour in freely moving mice". Nature 451(7174): 61– 4. Doi:10.1038/nature06445.PMC 3425380. PMID 18094685. • Http://www.kurzweilai.net/using-light-to-create-a-more-reliable-pacemaker • Http://www.metamicrobe.com/chlamy/ Chlamydomonas Center Http://www.els.net/wileycda/elsarticle • Sakmar T (2002). "Structure of rhodopsin and the superfamily of seven-helical receptors: the same and not the same". Curr Opin Cell Biol 14 (2): 189–95. Doi:10.1016/S0955-0674(02)00306-X.PMID 11891118. • Nagel G, Szellas T, Kateriya S, Adeishvili N, Hegemann P, Bamberg E (2005). "Channelrhodopsins: directly light- gated cation channels". Biochem Soc Trans 33 (Pt 4): 863–6.doi:10.1042/BST0330863. PMID 16042615. • G Protein-Coupled Receptor Data Base • Terakita A (2005). "The opsins". Genome Biol 6 (3): 213. Doi:10.1186/gb-2005-6-3- 213. PMC 1088937. PMID 15774036.
  • 11. RCSB PDB - http://www.rcsb.org/pdb/explore/explore.do?Structureid=3UG9 • PDBe - http://www.ebi.ac.uk/pdbe-srv/view/entry/3ug9/summary • AmiGO - http://amigo.geneontology.org/cgi-bin/amigo/term_details?Term=GO:0016020 • [10] NCBI - http://www.ncbi.nlm.nih.gov/Taxonomy/Browser/wwwtax.cgi?Mode=Info&id=3055 Imagem • [1] Biological assembly 1 assigned by Kato, H.E., Ishitani, R., Nureki, O. And generated by PISA . • Http://deepbluehome.blogspot.com.br/2010/10/life-stirs-oceans.html (Chlamydomonas reinhardtii) • [11] Retirada da palestra do Ed Boyden no TED.