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                BC 0308 – Transformações Bioquímicas
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Justificativa do Interesse na Proteína

• Escolhemos essa proteína pois a doença de “pedra nos rins” é
  ocasionada por uma variação na sua estrutura devido a uma
  mutação.

• Os pais do integrante do grupo, Charles Junior, possuem a doença
  crônica de pedras nos rins, intensificando ainda mais a pesquisa e
  interesse pelo tema.

• O interesse principal gira em torno de descobrir mais sobre a
  proteína que causa essa doença, analisando os motivos dessa
  proteína reter sais nos rins, e acabar gerando pedras no mesmo.

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Proteína

• Nome da Proteína: Alanine-glyoxylate aminotransferase / Alanina-
  Glioxilato Aminotransferase - AGT

• Essa proteína não é uma protéina maléfica ou algo do tipo. Ela acaba
  causando a doença “pedra nos rins” quando sofre uma mutação
  chamada G170R. Essa mutação gera uma doênca chamada
  hiperoxalúria, conhecida popularmente por “pedra nos rins”.

• É uma proteína essencial no metabolismo humano, metabolizando os
  processos renais que acontecem no fígado e nos ríns.



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AGT Comum

• A estrutura cristalina da AGT consiste de um dímero onde um
  segmento estendido N-terminal prolongado de 21 aminoácidos de
  uma subunidade se enrola como uma bobina irregular em torno do
  exterior da subunidade simetrica cristalográfica.

• Em adição ao segmento estendido N-terminal, a estrutura do
  monômero contem um grande domínio de 261 aminoácidos e um
  pequeno segmento C-Terminal, composto de 110 aminoácidos.

• A AGT Mutante deriva da AGT Comum, devido a presença
  combinada do polimorfismo comum P11L e da mutação G17R.

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Organismo de Origem / Papel Biológico

• A Alanina-Glioxilato Aminotransferase converte o glioxilato em
  glicina, sendo uma proteína essencial no metabolismo humano.

• Essa proteína se localiza em todo o sistema renal, como o fígado e
  rins.

• Quando ocorre a mutação/defeito na proteína, acaba resultando
  em um aumento da concentração de glioxilato, que é convertido
  em oxalato. Geralmente, isso acaba formando infecções, hematúria,
  cólicas renais ou insuficiência renal aguda devido a obstrução
  completa.

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Estrutura da Proteína

• Resíduo: 392 aminoácidos.
• Tipo de Cadeia: Polipeptídico.
• Peptídeos ß-Folha: 10.
• Peptídeos α-Hélice: 13.
• Número de Cadeias: 1.
• Família: Transferases
  Dependentes.
• Espécie: Humana(Homo
  Sapiens).



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Estrutura e seu Papel Biológico

• Se compararmos a estrutura da AGT mutante(G170R) com a
  estrutura da AGT normal, poderemos ver que as duas estrutras são
  praticamente idênticas, com um desvio da espinha atômica em
  aproximadamente 0,34 A.

• No entanto, podemos verificar locais específicos da mutação G170R
  que mudaram profundamente a estrutura, diminuindo
  significantemente a estabilidade da proteína.

• Essa instabilidade gerada pela mutação está fortemente ligada com
  a retenção de sais e danos no sitema renal humano.

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Compreensão de Fenômenos Biológicos

• Podemos perceber que uma simples presença do polimorfismo
  P11L e uma mutação G170R , pode causar uma grande mudança na
  proteína, mudando de essencial no organismo, para uma proteína
  altamente patológica.

• Como já foi analisado, a mudança entre as proteínas é
  extremamente pequena, afetando apenas lugares específicos e
  tirando a estabilidade da proteína.

• Podemos concluir então, que a estabilidade de uma proteína é
  simplesmente essencial para a mesma manter sua função.

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Desenvolvimento de Fármacos

• Atualmente, não se conhece desenvolvimento de fármacos para
  essa doença. Existem apenas alguns tratamentos que podem
  ameninar ou até mesmo impedir a mutação da proteína.

• Esse tratamento consiste na ingestão de grandes volumes de
  líquidos de forma a manter uma excreção urinária acima dos
  3L/1,73m2/dia, suplementação com piridoxina (coenzima da AGT) e
  alcalinização da urina.

• Já em relação ao transplante renal, ele por si só não corrige a
  doença metabólica, que irá reaparecer no enxerto.

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Referências

• RCSB - Protein Data Bank -
  http://www.rcsb.org/pdb/explore/explore.do?structureId=1J0
  4

• NELSON, D. L.; COX, M. Lehninger – Princípios de Bioquímica.
  3ed. São Paulo: Sarvier, 2002.


• Marion B Coulter-Mackie, PhD - Primary Hyperoxaluria Type 1
  http://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK1283/

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  • 2. Universidade Federal do ABC BC 0308 – Transformações Bioquímicas - Proteínas em Exibição - Justificativa do Interesse na Proteína • Escolhemos essa proteína pois a doença de “pedra nos rins” é ocasionada por uma variação na sua estrutura devido a uma mutação. • Os pais do integrante do grupo, Charles Junior, possuem a doença crônica de pedras nos rins, intensificando ainda mais a pesquisa e interesse pelo tema. • O interesse principal gira em torno de descobrir mais sobre a proteína que causa essa doença, analisando os motivos dessa proteína reter sais nos rins, e acabar gerando pedras no mesmo. Novembro/2012 2/10
  • 3. Universidade Federal do ABC BC 0308 – Transformações Bioquímicas - Proteínas em Exibição - Proteína • Nome da Proteína: Alanine-glyoxylate aminotransferase / Alanina- Glioxilato Aminotransferase - AGT • Essa proteína não é uma protéina maléfica ou algo do tipo. Ela acaba causando a doença “pedra nos rins” quando sofre uma mutação chamada G170R. Essa mutação gera uma doênca chamada hiperoxalúria, conhecida popularmente por “pedra nos rins”. • É uma proteína essencial no metabolismo humano, metabolizando os processos renais que acontecem no fígado e nos ríns. Novembro/2012 3/10
  • 4. Universidade Federal do ABC BC 0308 – Transformações Bioquímicas - Proteínas em Exibição - AGT Comum • A estrutura cristalina da AGT consiste de um dímero onde um segmento estendido N-terminal prolongado de 21 aminoácidos de uma subunidade se enrola como uma bobina irregular em torno do exterior da subunidade simetrica cristalográfica. • Em adição ao segmento estendido N-terminal, a estrutura do monômero contem um grande domínio de 261 aminoácidos e um pequeno segmento C-Terminal, composto de 110 aminoácidos. • A AGT Mutante deriva da AGT Comum, devido a presença combinada do polimorfismo comum P11L e da mutação G17R. Novembro/2012 4/10
  • 5. Universidade Federal do ABC BC 0308 – Transformações Bioquímicas - Proteínas em Exibição - Organismo de Origem / Papel Biológico • A Alanina-Glioxilato Aminotransferase converte o glioxilato em glicina, sendo uma proteína essencial no metabolismo humano. • Essa proteína se localiza em todo o sistema renal, como o fígado e rins. • Quando ocorre a mutação/defeito na proteína, acaba resultando em um aumento da concentração de glioxilato, que é convertido em oxalato. Geralmente, isso acaba formando infecções, hematúria, cólicas renais ou insuficiência renal aguda devido a obstrução completa. Novembro/2012 5/10
  • 6. Universidade Federal do ABC BC 0308 – Transformações Bioquímicas - Proteínas em Exibição - Estrutura da Proteína • Resíduo: 392 aminoácidos. • Tipo de Cadeia: Polipeptídico. • Peptídeos ß-Folha: 10. • Peptídeos α-Hélice: 13. • Número de Cadeias: 1. • Família: Transferases Dependentes. • Espécie: Humana(Homo Sapiens). Novembro/2012 6/10
  • 7. Universidade Federal do ABC BC 0308 – Transformações Bioquímicas - Proteínas em Exibição - Estrutura e seu Papel Biológico • Se compararmos a estrutura da AGT mutante(G170R) com a estrutura da AGT normal, poderemos ver que as duas estrutras são praticamente idênticas, com um desvio da espinha atômica em aproximadamente 0,34 A. • No entanto, podemos verificar locais específicos da mutação G170R que mudaram profundamente a estrutura, diminuindo significantemente a estabilidade da proteína. • Essa instabilidade gerada pela mutação está fortemente ligada com a retenção de sais e danos no sitema renal humano. Novembro/2012 7/10
  • 8. Universidade Federal do ABC BC 0308 – Transformações Bioquímicas - Proteínas em Exibição - Compreensão de Fenômenos Biológicos • Podemos perceber que uma simples presença do polimorfismo P11L e uma mutação G170R , pode causar uma grande mudança na proteína, mudando de essencial no organismo, para uma proteína altamente patológica. • Como já foi analisado, a mudança entre as proteínas é extremamente pequena, afetando apenas lugares específicos e tirando a estabilidade da proteína. • Podemos concluir então, que a estabilidade de uma proteína é simplesmente essencial para a mesma manter sua função. Novembro/2012 8/10
  • 9. Universidade Federal do ABC BC 0308 – Transformações Bioquímicas - Proteínas em Exibição - Desenvolvimento de Fármacos • Atualmente, não se conhece desenvolvimento de fármacos para essa doença. Existem apenas alguns tratamentos que podem ameninar ou até mesmo impedir a mutação da proteína. • Esse tratamento consiste na ingestão de grandes volumes de líquidos de forma a manter uma excreção urinária acima dos 3L/1,73m2/dia, suplementação com piridoxina (coenzima da AGT) e alcalinização da urina. • Já em relação ao transplante renal, ele por si só não corrige a doença metabólica, que irá reaparecer no enxerto. Novembro/2012 9/10
  • 10. Universidade Federal do ABC BC 0308 – Transformações Bioquímicas - Proteínas em Exibição - Referências • RCSB - Protein Data Bank - http://www.rcsb.org/pdb/explore/explore.do?structureId=1J0 4 • NELSON, D. L.; COX, M. Lehninger – Princípios de Bioquímica. 3ed. São Paulo: Sarvier, 2002. • Marion B Coulter-Mackie, PhD - Primary Hyperoxaluria Type 1 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK1283/ Novembro/2012 10/10