Nosso Senhor Jesus Cristo não é, conforme muitos costumam imaginar, um mero solucionador dos nossos problemas e provedor de todas as nossas necessidades. Ele é a razão da nossa existência. É a essência da nossa vida. Tudo é sustentado e mantido por Ele juntamente com Deus Pai e o Espírito Santo.
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Se Jesus, que é a perfeição infinita do bem, não
tivesse morrido no nosso lugar, para que
pudéssemos ser justificados, o pecado, que é a
perfeição infinita do mal, teria prevalecido, e
assim, não haveria nenhuma restauração da
criação, e a justiça divina a teria sujeitado à
aniquilação total para um esquecimento eterno,
e toda a humanidade seria lançada no inferno
para um sofrimento eterno.
Somente Jesus, o Cordeiro que foi morto,
poderia restaurar a criação e devolver o governo
total do mundo a Deus.
Nosso Senhor Jesus Cristo não é, conforme
muitos costumam imaginar, um mero
solucionador dos nossos problemas e provedor
de todas as nossas necessidades. Ele é a razão da
nossa existência. É a essência da nossa vida.
Tudo é sustentado e mantido por Ele
juntamente com Deus Pai e o Espírito Santo.
É nEle que está escondida a nossa vida
espiritual, a qual não pode ser gerada e mantida
por nenhum outro.
E é pela falta deste conhecimento que muitos
erraram e têm errado ao longo da história da
humanidade, confundindo aquilo que é natural
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e dado ao homem conhecer por si mesmo, com
aquilo que é espiritual, sobrenatural e divino,
que pode ser somente revelado em e por Cristo.
O apóstolo Paulo, já em seus dias, se deparou
com isto, em seu confronto especialmente com
os filósofos sofistas, epicuristas e estoicos. Ele
disse que o gnosticismo, que se fundava na
afirmação de conhecimento de mistérios pela
filosofia, era uma falsa ciência em sua tentativa
de explicar aquilo que é espiritual e associado a
Jesus Cristo.
Quando falta o conhecimento espiritual da
pessoa de Jesus Cristo, há uma tendência da
humanidade para colocar toda a sua esperança
na ciência natural, seja esta de caráter social,
político, tecnológico, biológico etc.
O próprio Deus capacitou e dirigiu a
humanidade a este conhecimento científico
natural, sobretudo nestes dois últimos séculos,
para a sustentação da vida natural na Terra.
Por exemplo, à implementação e expansão da
informática, nestes últimos quarenta anos,
corresponde a duplicação da população do
planeta dos 4 bilhões de habitantes que havia 40
anos atrás. Como toda esta gente poderia ser
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sustentada sem o desenvolvimento tecnológico
havido neste período?
Deus não disse no princípio: “crescei e
multiplicai-vos”? Muito desta multiplicação é
decorrente do desenvolvimento científico.
Mas, por outro lado, quem foi que criou todos os
princípios e substâncias que existem na criação,
e a partir dos quais tudo pode ser descoberto e
manipulado pela humanidade? Não foi o
próprio Deus, e para propósitos específicos?
Então quanta ingratidão, idolatria e desonra a
Ele, há no ato de se endeusar a ciência, e em
contrapartida rejeitar até mesmo a ideia da
existência de Deus, por se julgar que todas as
respostas podem ser achadas pelo homem na
ciência natural!
O conhecimento natural e o espiritual e
sobrenatural procedem dos dons de Deus, mas
não são coisas concorrentes, pois não se chega
ao espiritual por meio do que é natural.
O sobrenatural pode agir sobre o natural como
Jesus demonstrou em seu ministério terreno e
ainda tem demonstrado através da igreja, com
curas físicas e operações miraculosas de toda
sorte, e a maior delas que é a da transformação
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do homem natural em homem espiritual, em
nova criatura.
Mas ao natural, não foi dado por Deus, penetrar
no conhecimento e na posse do que é espiritual.
São realidades que devem caminhar lado a lado,
assim como se deve dar a César o que é de César
e a Deus o que é de Deus.
A tentativa de explicar o mistério de Jesus Cristo
através da filosofia, como fizeram muitos no
passado e ainda fazem hoje, foi o que deu origem
ao escolasticismo que imperou na Idade Média,
e contra o qual se opuseram Lutero e depois dele
os puritanos, especialmente John Owen. Foi por
este desejo de conciliar a filosofia com a religião
que se criou a ideia da transubstanciação do
corpo de Cristo, conforme vinga até hoje na
Igreja Romana, e na associação da adoração e
presença de Deus em imagens, óleos e objetos
chamados de ungidos etc.
O todo da nossa adoração deve ser dirigido para
e centralizado em Jesus Cristo, e somente nele.
Não devemos adorar o crucifixo onde Jesus está
representado como morto, mas o Jesus vivo que
morreu na cruz.
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Que Deus nos ajude a sempre fazer a distinção
entre uma coisa e outra, para que não venhamos
a ser achados adorando a criatura no lugar do
criador, ou então rejeitando-o como existente,
por julgarmos que a ciência é um deus melhor e
mais acessível para nós.