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Introdução
• Cristologia é a doutrina da Igreja acerca da pessoa de Jesus como o Cristo. A
Cristologia sempre ocupa lugar central num sistema dogmático que reivindica
ser cristão. Toda tentativa de remover a Cristologia de seu lugar central
ameaça o cerne da fé cristã. Quem quer que olhe para Jesus, o Cristo, a partir
da perspectiva do Novo Testamento, estará inevitavelmente situado dentro
de um quadro de referência teocêntrico. Todo o ministério de Jesus era
radicalmente teocêntrico.
NATUREZA E MÉTODO DA
CRISTOLOGIA
• Cristologia é a reflexão da Igreja sobre a asserção básica de que Jesus é o
Cristo de Deus. Porém, como chegou-se a esta conclusão? Para responder a
esta pergunta, partiremos do seguinte questionamento: “o que realmente
significa cristologia?”
• Iniciando o circuito da resposta, podemos dizer que cristologia é a
interpretação de Jesus de Nazaré como o Cristo de Deus a partir do ponto de
vista da fé da Igreja cristã. “Cristo” é um título, e não o segundo nome de
Jesus. O título exprime a identidade de Jesus de Nazaré, de acordo com o
testemunho apostólico.
NATUREZA E MÉTODO DA
CRISTOLOGIA
• A experiência de fé em Jesus como o Cristo vivo significa que a cristologia é
mais do que reflexão crítica sobre quem era Jesus em sua experiência terrena.
Foge dos domínios da ciência. Jesus Cristo pode ser o objeto da fé porque
não é meramente Jesus de Nazaré, uma figura histórica que viveu e morreu
certa vez, mas também o Cristo ressurreto e vivo que está presentemente
corporificado na comunidade dos crentes. Além de ser Ele o filho de José, é
primordialmente o Filho de Deus.
NATUREZA E MÉTODO DA
CRISTOLOGIA
• Sem a confissão de fé em Jesus como o Cristo, a cristologia poderia ser
reduzida a jesulogia. Assim como existem os kardecistas, os budistas, os
confucionitas, os marcionitas, etc. E além de tudo, fé não é um mero
desempenho humano, uma obra do intelecto, da vontade ou das emoções.
Ninguém pode chamar Jesus de o Cristo puramente como resultado de
pesquisa científica histórica. Desta forma, se conclui que uma comissão de
historiadores cientificamente treinados, formada para encontrar fatos, não
poderia provar que Jesus é o Cristo.
•
NATUREZA E MÉTODO DA
CRISTOLOGIA
• A afirmação da contemporaneidade de Cristo significa que o Espírito Santo atualiza
a presença de Cristo através da fé, o lado recebedor de um relacionamento pessoal
real. O Espírito Santo é o poder para juntar agora a fé pessoal e Jesus que é o Cristo
vivo. É o Espírito que tira o Jesus histórico da distância da história passada e o situa,
como o Cristo vivo, no contexto existencial do momento presente. Contudo, o
Espírito Santo não atua de maneira direta, não mediada. O Espírito é ouvido em,
com e sob a pregação da Igreja. Não se põe o Espírito Santo de Deus diante de um
microscópio, ou numa mesa de pedra fria para dissecá-lo, ou ainda diante de uma
banca de teólogos, para que seja pesquisado e catalogada a sua estrutura. Deus não
se deixa escarnecer.
DOGMÁTICA E FÉ.
• Aconselhamos que é importante guardar uma distinção entre dogmática e fé.
O que é relevante para as construções construtivas do teólogo não é
necessariamente essencial para a existência ou mesmo para o bem estar da fé.
A fé pode existir muito bem sem estar a par da mais recente pesquisa, ao
passo que a dogmática não pode ignorar o contínuo processo e os resultados
da pesquisa histórico-crítica. A fé vive do testemunho a respeito de Cristo na
pregação da igreja e na mensagem das Escrituras. A dogmática é uma
reflexão crítica que continua na igreja em prol de uma compreensão mais
madura da fé, de seus fundamentos e conteúdos.
A BUSCA DO JESUS CRISTOLÓGICO.
• Nesta busca sobre as sementes do desenvolvimento cristológico, encontra-se alguns
grupos distintos de pesquisadores. Primeiro: alguns eruditos localizam a raiz da
cristologia na automanifestação do próprio Jesus. Segundo: outro grupo de eruditos
localiza o dado central da cristologia no acontecimento histórico da ressurreição de
Jesus. Em terceiro lugar, há os que não fundamentam a fé cristológica nem no Jesus
terreno nem em sua ressurreição, mas tão somente no querigma da igreja primitiva.
• Para a dogmática, não há necessidade de jogar uma dessas linhas de interpretação
contra as outras. O Jesus histórico, o Cristo querigmático e o dogma cristológico –
estes três constituem a matéria da qual a cristologia é feita.
O JESUS HISTÓRICO E O REINO DE
DEUS.

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Cristologia e a interpretação de Jesus como o Cristo de Deus

  • 1.
  • 2. Introdução • Cristologia é a doutrina da Igreja acerca da pessoa de Jesus como o Cristo. A Cristologia sempre ocupa lugar central num sistema dogmático que reivindica ser cristão. Toda tentativa de remover a Cristologia de seu lugar central ameaça o cerne da fé cristã. Quem quer que olhe para Jesus, o Cristo, a partir da perspectiva do Novo Testamento, estará inevitavelmente situado dentro de um quadro de referência teocêntrico. Todo o ministério de Jesus era radicalmente teocêntrico.
  • 3. NATUREZA E MÉTODO DA CRISTOLOGIA • Cristologia é a reflexão da Igreja sobre a asserção básica de que Jesus é o Cristo de Deus. Porém, como chegou-se a esta conclusão? Para responder a esta pergunta, partiremos do seguinte questionamento: “o que realmente significa cristologia?” • Iniciando o circuito da resposta, podemos dizer que cristologia é a interpretação de Jesus de Nazaré como o Cristo de Deus a partir do ponto de vista da fé da Igreja cristã. “Cristo” é um título, e não o segundo nome de Jesus. O título exprime a identidade de Jesus de Nazaré, de acordo com o testemunho apostólico.
  • 4. NATUREZA E MÉTODO DA CRISTOLOGIA • A experiência de fé em Jesus como o Cristo vivo significa que a cristologia é mais do que reflexão crítica sobre quem era Jesus em sua experiência terrena. Foge dos domínios da ciência. Jesus Cristo pode ser o objeto da fé porque não é meramente Jesus de Nazaré, uma figura histórica que viveu e morreu certa vez, mas também o Cristo ressurreto e vivo que está presentemente corporificado na comunidade dos crentes. Além de ser Ele o filho de José, é primordialmente o Filho de Deus.
  • 5. NATUREZA E MÉTODO DA CRISTOLOGIA • Sem a confissão de fé em Jesus como o Cristo, a cristologia poderia ser reduzida a jesulogia. Assim como existem os kardecistas, os budistas, os confucionitas, os marcionitas, etc. E além de tudo, fé não é um mero desempenho humano, uma obra do intelecto, da vontade ou das emoções. Ninguém pode chamar Jesus de o Cristo puramente como resultado de pesquisa científica histórica. Desta forma, se conclui que uma comissão de historiadores cientificamente treinados, formada para encontrar fatos, não poderia provar que Jesus é o Cristo. •
  • 6. NATUREZA E MÉTODO DA CRISTOLOGIA • A afirmação da contemporaneidade de Cristo significa que o Espírito Santo atualiza a presença de Cristo através da fé, o lado recebedor de um relacionamento pessoal real. O Espírito Santo é o poder para juntar agora a fé pessoal e Jesus que é o Cristo vivo. É o Espírito que tira o Jesus histórico da distância da história passada e o situa, como o Cristo vivo, no contexto existencial do momento presente. Contudo, o Espírito Santo não atua de maneira direta, não mediada. O Espírito é ouvido em, com e sob a pregação da Igreja. Não se põe o Espírito Santo de Deus diante de um microscópio, ou numa mesa de pedra fria para dissecá-lo, ou ainda diante de uma banca de teólogos, para que seja pesquisado e catalogada a sua estrutura. Deus não se deixa escarnecer.
  • 7. DOGMÁTICA E FÉ. • Aconselhamos que é importante guardar uma distinção entre dogmática e fé. O que é relevante para as construções construtivas do teólogo não é necessariamente essencial para a existência ou mesmo para o bem estar da fé. A fé pode existir muito bem sem estar a par da mais recente pesquisa, ao passo que a dogmática não pode ignorar o contínuo processo e os resultados da pesquisa histórico-crítica. A fé vive do testemunho a respeito de Cristo na pregação da igreja e na mensagem das Escrituras. A dogmática é uma reflexão crítica que continua na igreja em prol de uma compreensão mais madura da fé, de seus fundamentos e conteúdos.
  • 8. A BUSCA DO JESUS CRISTOLÓGICO. • Nesta busca sobre as sementes do desenvolvimento cristológico, encontra-se alguns grupos distintos de pesquisadores. Primeiro: alguns eruditos localizam a raiz da cristologia na automanifestação do próprio Jesus. Segundo: outro grupo de eruditos localiza o dado central da cristologia no acontecimento histórico da ressurreição de Jesus. Em terceiro lugar, há os que não fundamentam a fé cristológica nem no Jesus terreno nem em sua ressurreição, mas tão somente no querigma da igreja primitiva. • Para a dogmática, não há necessidade de jogar uma dessas linhas de interpretação contra as outras. O Jesus histórico, o Cristo querigmático e o dogma cristológico – estes três constituem a matéria da qual a cristologia é feita.
  • 9. O JESUS HISTÓRICO E O REINO DE DEUS.