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Estudos Bíblicos • Teologia
O Ministério dos Diáconos
Os diáconos são muito importantes. Uma igreja não funciona sem
eles. Aliás, o normal de cada igreja é que seja composta de
“bispos e diáconos” (Fp 1:1). Como é instrutivo ver estes irmãos
servindo a todo tempo! Eles servem quando a igreja …
Neste estudo, vamos considerar juntos alguns aspectos
importantes sobre os diáconos, tendo em vista incentivar o maior
envolvimento de irmãos neste ministério precioso – que é servir.
O Ministério dos Diáconos
Os diáconos são muito importantes. Uma igreja não funciona sem
eles. Aliás, o normal de cada igreja é que seja composta de
“bispos e diáconos” (Fp 1:1). Como é instrutivo ver estes irmãos
servindo a todo tempo! Eles servem quando a igreja está reunida
ou no dia a dia; seja em serviços matérias ou em serviços
espirituais; eles servem entre os crentes e entre os descrentes. Os
diáconos ajudam no serviço cotidiano de auxílio aos irmãos, e não
deixam de ministrar a Palavra de Deus. Eles ajudam nas orações
pelos perdidos e aproveitam oportunidades para pregar-lhes o
Evangelho. Como são importantes, necessários e indispensáveis!
Devemos ser gratos a Deus por Ele ter colocado os diáconos em
cada igreja.
Os diáconos, porém, nem sempre servem como deveriam.
Infelizmente, por falta de entendimento sobre o seu ministério
alguns deixam de servir, achando que os serviços devem ser feitos
somente por pessoas formalmente ordenadas para isso. Há irmãos
que sentem ardente desejo de servir mais intensamente ao Senhor,
mas não se julgam qualificados por nunca ter sido formalmente
constituídos para este ou aquele serviço.
Neste estudo, vamos considerar juntos alguns aspectos
importantes sobre os diáconos, tendo em vista incentivar o maior
envolvimento de irmãos neste ministério precioso – que é servir.
a. Definição de diácono
Servir deve ser o desejo de todo cristão. Fomos salvos pela graça
de Deus, sem nada pagar por isso. Mas não significa que agora,
uma vez salvos, não iremos fazer nada. Cada cristão deve
procurar, com insistência, entender quais os dons espirituais que
Deus lhe deu e em que esfera de serviço Deus quer que ele
trabalhe. Cada cristão foi salvo para ser um diácono de Deus.
Mas, o que é um diácono?
a. 1. O que é um diácono
Diácono é alguém que usa seus dons espirituais para fazer os
serviços que Deus designou para que ele faça, na vida diária da
igreja ou nas reuniões; no ministério da Palavra ou na pregação do
Evangelho; em serviços materiais ou em serviços espirituais.
A palavra “diácono” foi transliterada da palavra grega diakonos,
que ocorre 31 vezes no NT. Na maioria das ocorrências é
traduzida por servo (veja Mt 22:13, 23:11; Jo 12:26, etc.) e
ministro (Rm 13:4, 15:8; I Co 3:5, etc). Apenas três vezes foi
traduzida diácono (veja Fp 1:1; I Tm 3:8, 12). Em I Tm 3:13 a
palavra traduzida “diácono”, em algumas versões, não é a mesma
palavra diakonos, e sim, diakoneo.
Diakonos é uma palavra usada no NT para diferentes grupos de
pessoas relacionadas ao seu serviço. Esta palavra tem o sentido de
um criado, alguém que presta serviços. Veja alguns exemplos:
a) Servo. Entre os seus irmãos, o maior é, na verdade, um
diakonos (servo) dos demais (Mt 23:11). Um seguidor do Senhor
é chamado de Seu diakonos (servo) que estará onde estiver o seu
Mestre (Jo 12:26).
b) Ministro. O governo civil é chamado de diakonos (ministro) de
Deus (Rm 13:4). Cristo é chamado de diakonos (ministro) em
relação ao Seu povo (Rm 15:8; Gl 2:17).
Mas nem todas as palavras traduzidas “servo” no NT vêm da
palavra diakonos, e a distinção é importante. W. E. Vine faz um
comentário interessante sobre a diferença de duas das palavras
traduzidas “servo” no NT: “O termo diakonos deve, falando de
modo geral, ser distinguido do termo doulos, ‘servo, escravo’; o
termo diakonos encara o servo em relação ao seu trabalho; o
termo doulos o vê em relação ao seu mestre. Veja, por exemplo,
Mt 22:2-14; aqueles que chamam os convidados e os trazem (Mt
22:3, 4, 8, 10) são os douloi; aqueles que executam a sentença do
rei (Mt 22:13) são os diakonos” (Dicionário Vine, pág. 568).
Portanto, um diácono é visto no seu serviço, é aquele que está
trabalhando, exercendo alguma atividade. Quem serve ou ministra
é um diácono.
Diácono é, por definição, um servo, um ministro que serve.
a. 2. O que não é um diácono
Vimos o que um diácono é – um servo, um ministro, em relação
ao seu serviço – agora precisamos ver o que ele não é.
a) Posição eclesiástica. A palavra “diácono” tornou-se um termo
técnico para designar posição eclesiástica. Ou seja, um diácono,
neste caso, é alguém que foi formalmente ordenado a uma posição
para realizar alguns serviços. Sem esta ordenação ele não pode ser
reconhecido. O texto de Atos capítulo 6 é um dos mais usados
neste sentido. Porém, analisando este capítulo com cuidado,
percebemos que não há apoio aqui para tais ordenações
eclesiásticas.
Às vezes ouvimos ensinos, sobre Atos 6, de que sete irmãos
foram eleitos para serem “diáconos” na igreja em Jerusalém.
Entretanto, das ocorrências de diákonos no NT, não é usada
nenhuma vez em Atos capítulo 6. Estes irmãos não foram
chamados, aqui, de diáconos. Neste capítulo, o serviço que eles
fariam (de sustento às viúvas – vs. 1-3) e o que os apóstolos
continuariam fazendo (de orar e ministrar a Palavra – v. 4) é que
são considerados. Aqui não é o servo que está em vista; é o seu
serviço.
É conveniente lembrar que os títulos colocados em cima de
capítulos nas Bíblias não foram inspirados. Às vezes estes títulos
ajudam a definir o assunto que aquele capítulo está tratando, mas
podem atrapalhar também. Este é o caso aqui em Atos capítulo 6.
Algumas versões colocam como título deste capítulo “Instituição
dos diáconos”, o que por si só confunde o leitor. Os sete irmãos
separados aqui para ocuparem-se no socorro material às viúvas
não foram ordenados, num sentido formal, a diáconos. Eles foram
apenas separados para prestar mais um serviço à igreja.
Diaconato não é uma posição eclesiástica. Estas ordenações não
têm apoio bíblico, e seu uso pelas igrejas apenas inibem aqueles
que querem e devem servir. A maneira de se conhecer um
diácono não é por ordenação eclesiástica. Conhece-se um diácono
pelo que ele já está fazendo. Um servo não é reconhecido para
fazer um serviço; um servo é reconhecido por já estar fazendo um
serviço. Não é pelo que ele irá fazer, é pelo que ele já vem
fazendo.
b) Serviços materiais. Outra idéia que se têm dos diáconos é que
eles servem apenas em serviços materiais, tais como administrar a
parte financeira da igreja, cuidar das construções, etc. É possível
que, mais uma vez, esta idéia esteja baseada numa interpretação
de Atos capítulo 6. Porém, este mesmo capítulo, por si só, refuta
esta idéia. Três comentaristas da série de Comentários Ritchie nos
ajudam com suas explicações. Veja o que eles dizem:
James Anderson: “Não há base para pensar que o serviço do
diácono seja sempre de natureza administrativa, como indicada
neste capítulo. Uma pesquisa mais exata do uso da palavra no NT
todo indica que ela abrange muitas formas de serviços, tanto
material quanto espiritual …” (Comentário Ritchie, vol. 5, pág.
108).
Sydney Maxwell: Ele diz que a palavra diácono “é traduzida
‘servo’ e ‘ministro’, e indica, simplesmente, uma pessoa que
presta serviços entre os santos, quer seja em coisas seculares, ou
espirituais. O aspecto secular pode ser visto em At 6:1, 2, 3; Rm
16:1; II Co 8:4; 9:1. O serviço espiritual é indicado em At 6:4; II
Co 5:18; Ef 4:12; II Tm 4:5. Não se deve pensar que o serviço do
diácono, ou servo, é somente na esfera secular, e que é inferior ao
serviço do bispo, como na cristandade” (Comentário Ritchie, vol.
9, págs. 239, 240).
James Allen: “Os dois aspectos do trabalho do diácono que se
tornam claros no NT, com relação ao serviço da igreja, podem ser
encontrados em Atos cap. 6, onde, mesmo que a palavra não seja
usada, as palavras cognatas são instrutivas. Em atos 6:1, temos o
substantivo: ‘suas viúvas eram desprezadas no ministério
(diaconia) cotidiano’. No v. 2, temos o verbo: ‘não é razoável que
deixemos a palavra de Deus e sirvamos (diakoneim) às mesas.’
Estes dois versículos ligam o diaconato com o serviço material;
mas, no v. 4, temos a afirmação apostólica: ‘mas nós
perseveraremos na oração e no ministério (diakonia) da palavra’.
Isto indica que diaconato tem outro aspecto, um lado espiritual,
ilustrado no trabalho apostólico” (Comentário Ritchie, vol. 12,
págs. 96, 97).
Um diácono no NT não é alguém que foi formalmente ordenado à
uma posição de destaque na igreja. Também não é alguém que
está ocupado somente com serviços materiais. No NT um diácono
é um servo, em relação ao seu serviço, e seu ministério abrange
dois aspectos: material e espiritual. A mesma palavra é usada para
designar ambas as esferas. Quando Paulo e Barnabé estiveram
envolvidos num serviço material (o de levar uma oferta para os
crentes da Judéia), o serviço deles é chamado de diakonia
(traduzido “serviço” em At 12:25). Quando Paulo falou da
carreira que havia recebido do Senhor “para dar testemunho do
Evangelho da graça de Deus”, ele a descreve como diakonia
(traduzido “ministério” em At 20:24). Há outros exemplos
semelhantes no NT, mas estes são suficientes para mostrar que
um diácono é um servo e seu serviço está relacionado a coisas
materiais e espirituais.
b. Sobre mulheres diaconisas
Além das situações mencionadas acima, outra que ganhou grande
campo de um tempo para cá é a questão de mulheres diaconisas.
Por causa da ordenação eclesiástica, muitas igrejas adotaram o
sistema de ordenação de diaconisas. Em momento algum duvido
da sinceridade destas igrejas e da competência das irmãs de
realizar serviços para Deus. Muito pelo contrário, as igrejas
precisam, e muito, das atividades das irmãs para funcionar
adequadamente. Isto, porém, não significa fazer as mesmas coisas
que os homens. Significa servir dentro da esfera de trabalho que
Deus as colocou.
Uma análise de todas as ocorrências da palavra diakonos no NT,
mostra uma verdade impressionante sobre a questão de mulheres
serem ou não diaconisas. Das 31 ocorrências desta palavra,
apenas uma vez é usada em relação a mulheres; na verdade, mais
especificamente de uma mulher. Em Rm 16:1 Febe é chamada de
“nossa irmã, a qual serve na igreja que está em Cencréia”. A
palavra traduzida “serve” é diakonos. Esta é a única vez que essa
palavra é usada neste sentido. Baseados nisto podemos dizer que
uma irmã é uma “diaconisa”; ela é uma serva de Deus.
b. 1. O que é uma diaconisa
Tendo dito isto preciso, agora, explicar a esfera de serviço das
irmãs. Se Febe é a única mulher chamada assim no NT, então fica
claro que devemos considerar o seu serviço, para saber o que
compete a uma diaconisa.
a) Uma serva. Como vimos acima, a palavra diakonos quer dizer
apenas isto, um servo, um ministro, alguém que está servindo. Rm
16:1, 2 diz apenas isto sobre Febe. Ela é uma irmã que “está
servindo à igreja” (ARA). Usar este texto para afirmar que se
deve ordenar formalmente uma irmã como diaconisa é ir além do
que está escrito. Nem a palavra diakonos, nem o que é dito sobre
Febe permitem se dizer que ela era uma “diaconisa formalmente
ordenada”, como na cristandade.
b) Seu serviço. Além de Rm 16:1, 2 não há mais nenhum registro
sobre Febe. O serviço que ela prestava se resume em poucas,
porém honrosas palavras: “serve na igreja que está em Cencréia
… tem sido protetora de muitos, inclusive de mim” (ARA).
Parece que Febe tinha alguma influência na sociedade e,
aproveitando-se disso, usava os seus recursos para proteger (quem
sabe hospedando) os irmãos. É possível que na vida diária da
igreja esta irmã aproveitava-se do seu tempo e de seus recursos no
suprimento das necessidades dos santos. Febe era alguém
altruísta, cujo objetivo único girava em torno de trazer benefícios
aos seus irmãos. Este é, sem dúvidas, um verdadeiro exemplo de
diaconisa. Ela era uma diaconisa (serva) na prática, não em
posição eclesiástica.
Este exemplo de Febe também nos mostra que a esfera de serviço
das irmãs não é necessariamente nas reuniões da igreja. Uma
diaconisa não é alguém que, na reunião, se levanta tomando parte
no ministério da Palavra, por exemplo. Nas reuniões, as irmãs
devem permanecer em silêncio e usando o véu (I Co 11:3-16;
14:34, 35; I Tm 2:11-15).
Por outro lado, nos mostra que no dia a dia da igreja uma irmã
tem muito serviço em que se envolver. Talvez há algum irmão ou
irmã que carece de hospedagem, e ninguém melhor para preparar
o ambiente do que uma irmã ordeira (At 16:15). Talvez há um
outro que carece de vestuário e não tem condições de comprar, e
uma irmã pode servir nisto, até mesmo costurando algumas peças
para o carente (At 9:36, 39). Talvez há na igreja alguma jovem
irmã que casou-se recentemente e precisa de orientação sobre os
cuidados consigo mesma, com o esposo, com os filhos e com o
lar, e uma irmã experiente pode visitá-la na sua casa e dar
conselhos nestas áreas (Tt 2:3-5). Há ainda outros exemplos, mas
estes mostram o quanto há para ser feito pelas irmãs no dia a dia
da igreja.
O que seria da igreja, no seu dia a dia, sem a ajuda tão preciosa
das queridas irmã? Elas são indispensáveis! Há muita coisa que os
irmãos, homens, até gostariam de fazer, mas as irmãs trabalham
com mais eficiência. Quantos famintos foram saciados, nus foram
vestidos, desabrigados foram acolhidos, inexperientes foram
orientados por irmãs que, como Febe, estão servindo à igreja!
Que Deus nos dê mais servas assim!
b. 2. O que não é uma diaconisa
Precisamos ainda definir o que uma diaconisa não é. Já vimos que
ela é simplesmente uma serva que presta serviços à igreja. Mas é
importante que fique claro o que ela não é.
a) Uma posição eclesiástica. Já falamos sobre isso quando
consideramos os diáconos em geral, mas é necessário dizer
novamente. Uma diaconisa não é uma irmã que foi ordenada a
uma posição eclesiástica. O comentário Ritchie diz o seguinte
sobre Febe e seu serviço: “Esta irmã é descrita como uma serva
(diakonos) da igreja. Este é o único lugar no NT onde esta palavra
é usada de uma mulher. Não há nada específico na palavra para
apoiar a prática, em círculos eclesiásticos, de criar o ofício de
diaconisa” (Comentário Ritchie, vol. 6, pág. 427).
c. O padrão exigido dos diáconos
Uma igreja que funciona normalmente é composta de bispos e
diáconos (Fp 1:1). Dos bispos (presbíteros) requer-se uma vida
irrepreensível e exemplar, para que tenham autoridade no que
fazem (veja I Tm 3:1-7; Tt 1:5-9). O padrão é alto, porém
necessário!
Os diáconos, por sua vez, são irmãos que servem. Não são todos
os homens numa igreja que são presbíteros, mas todos os
membros de uma igreja devem servir como diáconos. Entretanto,
o fato de os servos (diáconos) não serem presbíteros não lhes
isenta de um alto padrão exigido por Deus. À semelhança dos
presbíteros, é necessário que a vida dos que servem na igreja (em
qualquer serviço) seja caracterizada por um padrão alto.
Em I Tm 3:8, quando começa a seção que apresenta o padrão de
comportamento dos que servem na igreja (a seção vai do v. 8 ao
13), lemos o seguinte: “da mesma sorte os diáconos sejam …”.
Esta expressão indica um paralelo, um mesmo padrão exigido.
Assim como se espera dos presbíteros (vs. 1-7) que mostrem um
alto padrão de comportamento, “da mesma sorte os diáconos”. A
seguir, são apresentadas as qualificações dos que servem. Servir a
igreja com seus dons espirituais é um privilégio, mas não deixa de
ser uma responsabilidade. Não são somente os presbíteros que
precisam ser vigilantes quanto a sua própria vida; os que servem a
igreja, em qualquer serviço, têm este mesmo dever.
Nas palavras de James Anderson, “a igreja deve requerer um
padrão muito alto daqueles que vão servir, mesmo para serviço
que não seja de natureza espiritual … Talvez algum irmão tenha
experiência de coisas bancárias, mas este fato em si não justifica a
sua escolha como tesoureiro! Talvez outro irmão seja professor de
escola secular, mas este fato não o constitui ensinador na igreja
local! Talvez outro irmão seja competente administrador secular,
porém este fato não o faz um ancião na igreja!” (Comentário
Ritchie, vol. 5, pág. 108). As qualificações para ser um servo não
são qualidades naturais ou profissionais. Se um irmão é bem
sucedido e respeitado na sua profissão, mas vive uma vida que
traz vergonha ao Evangelho, ele não deve servir. Mais uma vez
afirmo que o padrão é alto, porém necessário!
Entretanto, o alto padrão exigido não deve ser motivo de
desanimo. Não devemos pensar que nunca chegaremos a cumprir
as exigências para servir e, portanto, não podemos ser diáconos.
Muito pelo contrário, devemos lembrar que Deus sempre pede o
que temos condições de fazer. Mesmo que seja difícil, árduo e
custe um preço, temos condições de obedecer. Além disso,
devemos lembrar que os demais estão nos observando.
Principalmente os descrentes têm um interesse vivo no
comportamento dos crentes. O padrão exigido por Deus para os
servos é um meio de adquirir a confiança dos fiéis e serve como
um argumento silencioso contra as palavras maliciosas dos infiéis
(I Tm 3:13; Tt 1:9).
Este padrão dará condições ao servo para ser o exemplo dos fiéis
“na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza” (I Tm
4:12).
d. Conclusão
Mais uma vez afirmo que devemos dar graças a Deus pelos
diáconos! O que vimos sobre eles, apesar de resumido, nos dá
uma idéia da sua importância nos serviços da igreja.
Um diácono é um servo. Ele não tem uma posição eclesiástica,
nem mesmo serve apenas em coisas materiais. Não, um diácono é
alguém que Deus mesmo capacitou com dons espirituais para que
sirva a igreja dentro da sua esfera de trabalho. Às vezes ele se
ocupa no dia a dia da igreja, servindo aos irmãos, visitando-os e
auxiliando-os nas suas necessidades. Às vezes ele se ocupa nas
reuniões da igreja, no ministério da Palavra e na pregação do
Evangelho. Como são úteis e indispensáveis!
Cada cristão deve ser um diácono. Cada diácono deve servir.
Todo cristão recebeu dons espirituais e deve usá-los no serviço do
Senhor. Se você foi salvo, não espere ser convidado a servir,
comece agora mesmo.A igreja precisa do seu serviço para que
continue crescendo e agradando ao Senhor em tudo. Há serviços
que Deus quer que você faça. Você tem um serviço a prestar,
“cumpre o teu ministério” – diakonia (II Tm 4:5).
Que Deus nos dê mais diakonos dispostos a servir, pois cada
igreja precisa deles para funcionar.
“Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que
cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do
Senhor Jesus, para dar testemunho do Evangelho da graça de
Deus” (At 20:24).
As qualificações e responsabilidades bíblicas
dos diáconos
Quem deveria ser um diácono? O que a Bíblia diz que os diáconos
devem fazer?
Os Dois Ofícios Bíblicos: Presbíteros e Diáconos
Comparar o ofício de diácono ao de presbítero nos ajudará a responder
essas questões. Os líderes espirituais primários de uma congregação
são os presbíteros, os quais são também chamados bispos ou pastores
no Novo Testamento. Presbíteros ensinam ou pregam a Palavra e
pastoreiam as almas daqueles que estão sob seus cuidados (Ef 4.11;
1Tm 3.2; 5.17; Tt 1.9; Hb 13.17). Os diáconos também possuem uma
função crucial na vida e saúde da igreja local, mas a sua função é
diferente daquela dos presbíteros. O papel bíblico dos diáconos é
cuidar das necessidades físicas e logísticas da igreja, de modo que os
presbíteros possam se concentrar no seu chamado primário.
Essa distinção é baseada no padrão encontrado em Atos 6.1-6. Os
apóstolos eram devotados “à oração e ao ministério da palavra” (v. 4).
Uma vez que esse era o seu chamado primário, sete homens foram
escolhidos para lidar com assuntos mais práticos, de modo a dar aos
apóstolos a liberdade para continuarem a sua obra.
Essa divisão de trabalho é semelhante à que vemos com os ofícios de
presbítero e diácono. Como os apóstolos, a função primária dos
presbíteros é pregar a Palavra de Deus. Como os sete, os diáconos
servem a congregação em todas as necessidades práticas que possam
surgir.
As Qualificações dos Diáconos
A única passagem que menciona as qualificações para os diáconos é
1Timóteo 3.8-13. Nessa passagem, Paulo apresenta uma lista oficial,
porém não exaustiva, dos requerimentos para os diáconos.
As similaridades entre as qualificações para diáconos e
presbíteros/bispos em 1Timóteo 3 são notáveis. Assim como as
qualificações para os presbíteros, um diácono não pode ser dado ao
vinho (v. 3), avarento (v. 3), irrepreensível (v. 2; Tt 1.6), marido de
uma só mulher (v. 2), e um hábil governante de seus filhos e de sua
casa (vv. 4-5). Além disso, o foco das qualificações é o caráter moral
da pessoa que há de preencher o ofício: um diácono deve ser maduro e
acima de reprovação. A principal diferença entre um presbítero e um
diácono é uma diferença de dons e chamado, não de caráter.
Paulo identifica nove qualificações para os diáconos em 1Timóteo
3.8-12:
1. Respeitáveis (v. 8): Esse termo normalmente se refere a algo que
é honorável, digno, estimado, nobre, e está diretamente
relacionado a “irrepreensível”,que é dado como uma qualificação
para os presbíteros (1 Tm 3.2).
2. De uma só palavra (v. 8): Aqueles que têm a língua dobre dizem
uma coisa a certas pessoas, mas depois dizem algo diferente a
outras, ou dizem uma coisa, mas querem dizer outra. Eles têm
duas faces e são insinceros. As suas palavras não podem ser
confiadas, então eles carecem de credibilidade.
3. Não inclinados a muito vinho (v. 8): Um homem é desqualificado
para o ofício de diácono se for viciado em vinho ou outra bebida
forte. Tal pessoa carece de domínio próprio e é indisciplinada.
4. Não cobiçosos de sórdida ganância (v. 8): Se uma pessoa ama o
dinheiro, não está qualificado para ser um diácono,
especialmente porque os diáconos com freqüência lidam com
questões financeiras da igreja.
5. Sólidos na fé e na vida (v. 9): Paulo também indica que um
diácono deve “conservar o mistério da fé com a consciência
limpa”.A expressão “o mistério da fé” é simplesmente um modo
de Paulo falar do evangelho (cf. 1Tm 3.16). Conseqüentemente,
essa afirmação se refere à necessidade de os diáconos
manterem-se firmes no verdadeiro evangelho, e não oscilantes.
Contudo, essa qualificação não envolve apenas as crenças de
alguém, pois o diácono também deve manter essas crenças “com
a consciência limpa”. Isto é, o comportamento de um diácono
deve ser consistente com suas crenças.
6. Irrepreensíveis (v. 10): Paulo escreve que os diáconos devem ser
“primeiramente experimentados; e, se se mostrarem
irrepreensíveis, exerçam o diaconato” (v. 10). “Irrepreensíveis” é
um termo genérico, que se refere ao caráter geral de uma
pessoa.Embora Paulo não especifique que tipo de teste deve ser
feito,no mínimo,deve-se examinara vida pessoal, a reputação e
as posições teológicas do candidato. Mais do que isso, a
congregação não deveria examinar apenas a maturidade moral,
espiritual e doutrinária do diácono em potencial, mas deveria
também considerar o histórico de serviço da pessoa na igreja.
7. Esposa piedosa (v. 11): É discutível se o versículo 11 se refere à
esposa do diácono ou a uma diaconisa. No que interessa a esta
discussão, vamos assumir que o versículo esteja falando das
qualificações da esposa de um diácono. De acordo com Paulo, as
esposas dos diáconos devem ser “respeitáveis, não maldizentes,
temperantes e fiéis em tudo” (v. 11). Como o seu marido, a
esposa deve ser respeitável ou honorável. Em segundo lugar, ela
não deve ser maldizente, uma pessoa que espalha fofocas. A
esposa de um diácono deve também ser temperante ou sóbria.
Isso é, ela deve ser apta a fazer bons julgamentos e não deve
estar envolvidas em coisas que possam embaraçar tal
julgamento. Por fim, ela deve ser “fiel em todas as coisas” (cf.
1Tm 5.10). Esse é um requerimento genérico que funciona
semelhantemente ao requerimento para que os presbíteros e
diáconos sejam “irrepreensíveis” (1Tm 3.2; Tt 1.6; 1Tm 3.10).
8. Marido de uma só mulher (v. 12): A melhor interpretação dessa
passagem difícil consiste em entendê-la como a fidelidade do
marido para com sua esposa. Ele deve ser “um homem de uma
única mulher”. Isso é, não deve haver qualquer outra mulher em
sua vida com a qual ele se relacione em intimidade, seja
emocionalmente, seja fisicamente.
9. Governe bem seus filhos e a própria casa (v. 12): Um diácono
deve ser o líder espiritual de sua esposa e filhos.
De modo geral, se uma qualificação moral é listada para presbíteros,
mas não para diáconos, aquela qualificação ainda se aplica a estes. O
mesmo ocorre para aquelas qualificações listadas para diáconos, mas
não para presbíteros. Por exemplo, um diácono deve ser um homem
de “uma só palavra” (v. 8). Paulo não afirma explicitamente o mesmo
acerca dos presbíteros, mas não há dúvida de que tal se aplica a eles,
uma vez que Paulo disse que os presbíteros devem ser
“irrepreensíveis”, o que incluiria essa injunção.
Ainda assim, nós deveríamos observar as diferenças nas qualificações,
uma vez que ou elas significam um traço peculiarmente adequado ao
oficial para que cumpra seus deveres, ou são algo que era
problemático no lugar para onde Paulo escreveu (no caso, Éfeso). Isso
deve ficar mais claro à medida que passemos a considerar as
responsabilidades de um diácono.
As Responsabilidades dos Diáconos
Se o ofício de presbítero é freqüentemente ignorado na igreja
moderna, o ofício de diácono é freqüentemente mal-entendido.
Conforme o Novo Testamento, a função do diácono é, principalmente,
ser um servo. A igreja precisa de diáconos para proverem suporte
logístico e material, de modo que os presbíteros possam focar na
Palavra de Deus e na oração.
O Novo Testamento não nos dá muita informação acerca do papel dos
diáconos. Os requerimentos dados em 1Timóteo 3.8-12 focam no
caráter e na vida familiar do diácono. Existem, contudo, algumas dicas
quanto à função dos diáconos quando os requerimentos são
comparados àqueles dos presbíteros. Embora muitas das qualificações
sejam as mesmas ou muito similares, há algumas notáveis diferenças.
Talvez a distinção mais perceptível entre presbíteros e diáconos seja
que os diáconos não precisam ser “aptos a ensinar” (1Tm 3.2).
Diáconos são chamados a “conservar” a fé com uma consciência
limpa, mas não são chamados a “ensinar” aquela fé (1Tm 3.9). Isso
sugere que os diáconos não têm um papel de ensino oficial na igreja.
Como os presbíteros, os diáconos devem governar bem sua casa e seus
filhos (1Tm 3.4, 12). Porém, ao referir-se aos diáconos, Paulo omite a
seção na qual compara governar a própria casa a cuidar da igreja de
Deus (1Tm 3.5). O motivo dessa omissão é, mais provavelmente,
devido ao fato de que aos diáconos não é dada uma posição de
liderança ou governo na igreja – essa função pertence aos presbíteros.
Embora Paulo indique que um indivíduo deva ser testado antes de
poder exercer o ofício de diácono (1Tm 3.10), o requerimento de que
ele não seja um neófito não está incluso. Paulo observa que, se um
diácono for um recém convertido, pode ocorrer que ele “se
ensorbebeça e incorra na condenação do diabo” (1Tm 3.6). Uma
implicação dessa diferença poderia ser que aqueles que exercem o
ofício de presbítero são mais suscetíveis ao orgulho porque possuem
liderança sobre a igreja. Ao contrário, não é tão provável que um
diácono, o qual se acha mais em um papel de servo, caia no mesmo
pecado. Finalmente, o título de “bispo” (1Tm 3.2) implica a
supervisão geral do bem-estar espiritual da congregação, ao passo que
o título “diácono” implica alguém que possui um ministério orientado
para o serviço.
Além do que podemos vislumbrar dessas diferenças nas qualificações,
a Bíblia não indica claramente a função dos diáconos. Contudo,
baseado no padrão estabelecido em Atos 6, com os apóstolos e os
Sete, parece melhor enxergar os diáconos como servos que fazem o
que for necessário para permitir que os presbíteros cumpram o seu
chamado divino de pastorear e ensinar a igreja. Assim como os
apóstolos delegaram responsabilidades administrativas aos Sete,
também os PASTORES devem delegar certas responsabilidades aos
diáconos, de modo que os PASTORES possam focar os seus esforços
em outras atividades. Como resultado, cada igreja local é livre para
definir as tarefas dos diáconos conforme as suas necessidades
particulares.
Quais são alguns deveres pelos quais os diáconos devem ser
responsáveis hoje? Eles poderiam ser responsáveis por qualquer coisa
que não seja relacionada ao ensino e ao pastoreio da igreja. Tais
deveres poderiam incluir:
o Instalações: Os diáconos poderiam ser responsáveis poradministrar
a propriedade da igreja.Isso incluiria assegurarque o lugar de culto
esteja preparado para a reunião de adoração, limpá-lo, ou
administrar o sistema de som.
o Benevolência: Semelhante ao que ocorreu em Atos 6.1-6 com a
distribuição diária em favor das viúvas, os diáconos podem estar
envolvidos em administrar fundos ou outras formas de assistência
aos necessitados.
o Finanças: Enquanto os PASTORES deveriam, provavelmente,
supervisionar as questões financeiras da igreja (At 11.30), pode-se
deixar apropriadamente que os diáconos lidem com as questões
cotidianas. Isso incluiria coletar e contar as ofertas, manter
registros, e assim por diante.
o Introduções: Os diáconos poderiam ser responsáveis por distribuir
boletins, acomodar a congregação nos assentos ou preparar os
elementos para a comunhão.
o Logística: Os diáconos deveriam estar prontos a ajudar em uma
variedade de modos, de modo que os PASTORES possam se
concentrar no ensino e no pastoreio da igreja.
Conclusão
Ao passo que a Bíblia encarrega os PASTORES das tarefas de ensinar
e liderar a igreja, o papel dos diáconos é mais orientado ao serviço.
Isso é, eles devem cuidar das preocupações físicas ou temporais da
igreja. Ao lidarem com tais questões, os diáconos liberam os
presbíteros para que foquem no pastoreio das necessidades espirituais
da congregação.
Contudo, embora os diáconos não sejam os líderes espirituais da
congregação, o seu caráter é da maior importância, motivo pelo qual
deveriam ser examinados e apresentar as qualificações bíblicas
arroladas em 1Timóteo 3.
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  • 1. Estudos Bíblicos • Teologia O Ministério dos Diáconos Os diáconos são muito importantes. Uma igreja não funciona sem eles. Aliás, o normal de cada igreja é que seja composta de “bispos e diáconos” (Fp 1:1). Como é instrutivo ver estes irmãos servindo a todo tempo! Eles servem quando a igreja … Neste estudo, vamos considerar juntos alguns aspectos importantes sobre os diáconos, tendo em vista incentivar o maior envolvimento de irmãos neste ministério precioso – que é servir. O Ministério dos Diáconos Os diáconos são muito importantes. Uma igreja não funciona sem eles. Aliás, o normal de cada igreja é que seja composta de “bispos e diáconos” (Fp 1:1). Como é instrutivo ver estes irmãos servindo a todo tempo! Eles servem quando a igreja está reunida ou no dia a dia; seja em serviços matérias ou em serviços espirituais; eles servem entre os crentes e entre os descrentes. Os diáconos ajudam no serviço cotidiano de auxílio aos irmãos, e não deixam de ministrar a Palavra de Deus. Eles ajudam nas orações pelos perdidos e aproveitam oportunidades para pregar-lhes o Evangelho. Como são importantes, necessários e indispensáveis! Devemos ser gratos a Deus por Ele ter colocado os diáconos em cada igreja. Os diáconos, porém, nem sempre servem como deveriam. Infelizmente, por falta de entendimento sobre o seu ministério alguns deixam de servir, achando que os serviços devem ser feitos somente por pessoas formalmente ordenadas para isso. Há irmãos que sentem ardente desejo de servir mais intensamente ao Senhor, mas não se julgam qualificados por nunca ter sido formalmente constituídos para este ou aquele serviço.
  • 2. Neste estudo, vamos considerar juntos alguns aspectos importantes sobre os diáconos, tendo em vista incentivar o maior envolvimento de irmãos neste ministério precioso – que é servir. a. Definição de diácono Servir deve ser o desejo de todo cristão. Fomos salvos pela graça de Deus, sem nada pagar por isso. Mas não significa que agora, uma vez salvos, não iremos fazer nada. Cada cristão deve procurar, com insistência, entender quais os dons espirituais que Deus lhe deu e em que esfera de serviço Deus quer que ele trabalhe. Cada cristão foi salvo para ser um diácono de Deus. Mas, o que é um diácono? a. 1. O que é um diácono Diácono é alguém que usa seus dons espirituais para fazer os serviços que Deus designou para que ele faça, na vida diária da igreja ou nas reuniões; no ministério da Palavra ou na pregação do Evangelho; em serviços materiais ou em serviços espirituais. A palavra “diácono” foi transliterada da palavra grega diakonos, que ocorre 31 vezes no NT. Na maioria das ocorrências é traduzida por servo (veja Mt 22:13, 23:11; Jo 12:26, etc.) e ministro (Rm 13:4, 15:8; I Co 3:5, etc). Apenas três vezes foi traduzida diácono (veja Fp 1:1; I Tm 3:8, 12). Em I Tm 3:13 a palavra traduzida “diácono”, em algumas versões, não é a mesma palavra diakonos, e sim, diakoneo. Diakonos é uma palavra usada no NT para diferentes grupos de pessoas relacionadas ao seu serviço. Esta palavra tem o sentido de um criado, alguém que presta serviços. Veja alguns exemplos: a) Servo. Entre os seus irmãos, o maior é, na verdade, um diakonos (servo) dos demais (Mt 23:11). Um seguidor do Senhor é chamado de Seu diakonos (servo) que estará onde estiver o seu Mestre (Jo 12:26).
  • 3. b) Ministro. O governo civil é chamado de diakonos (ministro) de Deus (Rm 13:4). Cristo é chamado de diakonos (ministro) em relação ao Seu povo (Rm 15:8; Gl 2:17). Mas nem todas as palavras traduzidas “servo” no NT vêm da palavra diakonos, e a distinção é importante. W. E. Vine faz um comentário interessante sobre a diferença de duas das palavras traduzidas “servo” no NT: “O termo diakonos deve, falando de modo geral, ser distinguido do termo doulos, ‘servo, escravo’; o termo diakonos encara o servo em relação ao seu trabalho; o termo doulos o vê em relação ao seu mestre. Veja, por exemplo, Mt 22:2-14; aqueles que chamam os convidados e os trazem (Mt 22:3, 4, 8, 10) são os douloi; aqueles que executam a sentença do rei (Mt 22:13) são os diakonos” (Dicionário Vine, pág. 568). Portanto, um diácono é visto no seu serviço, é aquele que está trabalhando, exercendo alguma atividade. Quem serve ou ministra é um diácono. Diácono é, por definição, um servo, um ministro que serve. a. 2. O que não é um diácono Vimos o que um diácono é – um servo, um ministro, em relação ao seu serviço – agora precisamos ver o que ele não é. a) Posição eclesiástica. A palavra “diácono” tornou-se um termo técnico para designar posição eclesiástica. Ou seja, um diácono, neste caso, é alguém que foi formalmente ordenado a uma posição para realizar alguns serviços. Sem esta ordenação ele não pode ser reconhecido. O texto de Atos capítulo 6 é um dos mais usados neste sentido. Porém, analisando este capítulo com cuidado, percebemos que não há apoio aqui para tais ordenações eclesiásticas. Às vezes ouvimos ensinos, sobre Atos 6, de que sete irmãos foram eleitos para serem “diáconos” na igreja em Jerusalém. Entretanto, das ocorrências de diákonos no NT, não é usada nenhuma vez em Atos capítulo 6. Estes irmãos não foram chamados, aqui, de diáconos. Neste capítulo, o serviço que eles
  • 4. fariam (de sustento às viúvas – vs. 1-3) e o que os apóstolos continuariam fazendo (de orar e ministrar a Palavra – v. 4) é que são considerados. Aqui não é o servo que está em vista; é o seu serviço. É conveniente lembrar que os títulos colocados em cima de capítulos nas Bíblias não foram inspirados. Às vezes estes títulos ajudam a definir o assunto que aquele capítulo está tratando, mas podem atrapalhar também. Este é o caso aqui em Atos capítulo 6. Algumas versões colocam como título deste capítulo “Instituição dos diáconos”, o que por si só confunde o leitor. Os sete irmãos separados aqui para ocuparem-se no socorro material às viúvas não foram ordenados, num sentido formal, a diáconos. Eles foram apenas separados para prestar mais um serviço à igreja. Diaconato não é uma posição eclesiástica. Estas ordenações não têm apoio bíblico, e seu uso pelas igrejas apenas inibem aqueles que querem e devem servir. A maneira de se conhecer um diácono não é por ordenação eclesiástica. Conhece-se um diácono pelo que ele já está fazendo. Um servo não é reconhecido para fazer um serviço; um servo é reconhecido por já estar fazendo um serviço. Não é pelo que ele irá fazer, é pelo que ele já vem fazendo. b) Serviços materiais. Outra idéia que se têm dos diáconos é que eles servem apenas em serviços materiais, tais como administrar a parte financeira da igreja, cuidar das construções, etc. É possível que, mais uma vez, esta idéia esteja baseada numa interpretação de Atos capítulo 6. Porém, este mesmo capítulo, por si só, refuta esta idéia. Três comentaristas da série de Comentários Ritchie nos ajudam com suas explicações. Veja o que eles dizem: James Anderson: “Não há base para pensar que o serviço do diácono seja sempre de natureza administrativa, como indicada neste capítulo. Uma pesquisa mais exata do uso da palavra no NT todo indica que ela abrange muitas formas de serviços, tanto material quanto espiritual …” (Comentário Ritchie, vol. 5, pág. 108).
  • 5. Sydney Maxwell: Ele diz que a palavra diácono “é traduzida ‘servo’ e ‘ministro’, e indica, simplesmente, uma pessoa que presta serviços entre os santos, quer seja em coisas seculares, ou espirituais. O aspecto secular pode ser visto em At 6:1, 2, 3; Rm 16:1; II Co 8:4; 9:1. O serviço espiritual é indicado em At 6:4; II Co 5:18; Ef 4:12; II Tm 4:5. Não se deve pensar que o serviço do diácono, ou servo, é somente na esfera secular, e que é inferior ao serviço do bispo, como na cristandade” (Comentário Ritchie, vol. 9, págs. 239, 240). James Allen: “Os dois aspectos do trabalho do diácono que se tornam claros no NT, com relação ao serviço da igreja, podem ser encontrados em Atos cap. 6, onde, mesmo que a palavra não seja usada, as palavras cognatas são instrutivas. Em atos 6:1, temos o substantivo: ‘suas viúvas eram desprezadas no ministério (diaconia) cotidiano’. No v. 2, temos o verbo: ‘não é razoável que deixemos a palavra de Deus e sirvamos (diakoneim) às mesas.’ Estes dois versículos ligam o diaconato com o serviço material; mas, no v. 4, temos a afirmação apostólica: ‘mas nós perseveraremos na oração e no ministério (diakonia) da palavra’. Isto indica que diaconato tem outro aspecto, um lado espiritual, ilustrado no trabalho apostólico” (Comentário Ritchie, vol. 12, págs. 96, 97). Um diácono no NT não é alguém que foi formalmente ordenado à uma posição de destaque na igreja. Também não é alguém que está ocupado somente com serviços materiais. No NT um diácono é um servo, em relação ao seu serviço, e seu ministério abrange dois aspectos: material e espiritual. A mesma palavra é usada para designar ambas as esferas. Quando Paulo e Barnabé estiveram envolvidos num serviço material (o de levar uma oferta para os crentes da Judéia), o serviço deles é chamado de diakonia (traduzido “serviço” em At 12:25). Quando Paulo falou da carreira que havia recebido do Senhor “para dar testemunho do Evangelho da graça de Deus”, ele a descreve como diakonia (traduzido “ministério” em At 20:24). Há outros exemplos semelhantes no NT, mas estes são suficientes para mostrar que
  • 6. um diácono é um servo e seu serviço está relacionado a coisas materiais e espirituais. b. Sobre mulheres diaconisas Além das situações mencionadas acima, outra que ganhou grande campo de um tempo para cá é a questão de mulheres diaconisas. Por causa da ordenação eclesiástica, muitas igrejas adotaram o sistema de ordenação de diaconisas. Em momento algum duvido da sinceridade destas igrejas e da competência das irmãs de realizar serviços para Deus. Muito pelo contrário, as igrejas precisam, e muito, das atividades das irmãs para funcionar adequadamente. Isto, porém, não significa fazer as mesmas coisas que os homens. Significa servir dentro da esfera de trabalho que Deus as colocou. Uma análise de todas as ocorrências da palavra diakonos no NT, mostra uma verdade impressionante sobre a questão de mulheres serem ou não diaconisas. Das 31 ocorrências desta palavra, apenas uma vez é usada em relação a mulheres; na verdade, mais especificamente de uma mulher. Em Rm 16:1 Febe é chamada de “nossa irmã, a qual serve na igreja que está em Cencréia”. A palavra traduzida “serve” é diakonos. Esta é a única vez que essa palavra é usada neste sentido. Baseados nisto podemos dizer que uma irmã é uma “diaconisa”; ela é uma serva de Deus. b. 1. O que é uma diaconisa Tendo dito isto preciso, agora, explicar a esfera de serviço das irmãs. Se Febe é a única mulher chamada assim no NT, então fica claro que devemos considerar o seu serviço, para saber o que compete a uma diaconisa. a) Uma serva. Como vimos acima, a palavra diakonos quer dizer apenas isto, um servo, um ministro, alguém que está servindo. Rm 16:1, 2 diz apenas isto sobre Febe. Ela é uma irmã que “está servindo à igreja” (ARA). Usar este texto para afirmar que se deve ordenar formalmente uma irmã como diaconisa é ir além do que está escrito. Nem a palavra diakonos, nem o que é dito sobre
  • 7. Febe permitem se dizer que ela era uma “diaconisa formalmente ordenada”, como na cristandade. b) Seu serviço. Além de Rm 16:1, 2 não há mais nenhum registro sobre Febe. O serviço que ela prestava se resume em poucas, porém honrosas palavras: “serve na igreja que está em Cencréia … tem sido protetora de muitos, inclusive de mim” (ARA). Parece que Febe tinha alguma influência na sociedade e, aproveitando-se disso, usava os seus recursos para proteger (quem sabe hospedando) os irmãos. É possível que na vida diária da igreja esta irmã aproveitava-se do seu tempo e de seus recursos no suprimento das necessidades dos santos. Febe era alguém altruísta, cujo objetivo único girava em torno de trazer benefícios aos seus irmãos. Este é, sem dúvidas, um verdadeiro exemplo de diaconisa. Ela era uma diaconisa (serva) na prática, não em posição eclesiástica. Este exemplo de Febe também nos mostra que a esfera de serviço das irmãs não é necessariamente nas reuniões da igreja. Uma diaconisa não é alguém que, na reunião, se levanta tomando parte no ministério da Palavra, por exemplo. Nas reuniões, as irmãs devem permanecer em silêncio e usando o véu (I Co 11:3-16; 14:34, 35; I Tm 2:11-15). Por outro lado, nos mostra que no dia a dia da igreja uma irmã tem muito serviço em que se envolver. Talvez há algum irmão ou irmã que carece de hospedagem, e ninguém melhor para preparar o ambiente do que uma irmã ordeira (At 16:15). Talvez há um outro que carece de vestuário e não tem condições de comprar, e uma irmã pode servir nisto, até mesmo costurando algumas peças para o carente (At 9:36, 39). Talvez há na igreja alguma jovem irmã que casou-se recentemente e precisa de orientação sobre os cuidados consigo mesma, com o esposo, com os filhos e com o lar, e uma irmã experiente pode visitá-la na sua casa e dar conselhos nestas áreas (Tt 2:3-5). Há ainda outros exemplos, mas estes mostram o quanto há para ser feito pelas irmãs no dia a dia da igreja.
  • 8. O que seria da igreja, no seu dia a dia, sem a ajuda tão preciosa das queridas irmã? Elas são indispensáveis! Há muita coisa que os irmãos, homens, até gostariam de fazer, mas as irmãs trabalham com mais eficiência. Quantos famintos foram saciados, nus foram vestidos, desabrigados foram acolhidos, inexperientes foram orientados por irmãs que, como Febe, estão servindo à igreja! Que Deus nos dê mais servas assim! b. 2. O que não é uma diaconisa Precisamos ainda definir o que uma diaconisa não é. Já vimos que ela é simplesmente uma serva que presta serviços à igreja. Mas é importante que fique claro o que ela não é. a) Uma posição eclesiástica. Já falamos sobre isso quando consideramos os diáconos em geral, mas é necessário dizer novamente. Uma diaconisa não é uma irmã que foi ordenada a uma posição eclesiástica. O comentário Ritchie diz o seguinte sobre Febe e seu serviço: “Esta irmã é descrita como uma serva (diakonos) da igreja. Este é o único lugar no NT onde esta palavra é usada de uma mulher. Não há nada específico na palavra para apoiar a prática, em círculos eclesiásticos, de criar o ofício de diaconisa” (Comentário Ritchie, vol. 6, pág. 427). c. O padrão exigido dos diáconos Uma igreja que funciona normalmente é composta de bispos e diáconos (Fp 1:1). Dos bispos (presbíteros) requer-se uma vida irrepreensível e exemplar, para que tenham autoridade no que fazem (veja I Tm 3:1-7; Tt 1:5-9). O padrão é alto, porém necessário! Os diáconos, por sua vez, são irmãos que servem. Não são todos os homens numa igreja que são presbíteros, mas todos os membros de uma igreja devem servir como diáconos. Entretanto, o fato de os servos (diáconos) não serem presbíteros não lhes isenta de um alto padrão exigido por Deus. À semelhança dos
  • 9. presbíteros, é necessário que a vida dos que servem na igreja (em qualquer serviço) seja caracterizada por um padrão alto. Em I Tm 3:8, quando começa a seção que apresenta o padrão de comportamento dos que servem na igreja (a seção vai do v. 8 ao 13), lemos o seguinte: “da mesma sorte os diáconos sejam …”. Esta expressão indica um paralelo, um mesmo padrão exigido. Assim como se espera dos presbíteros (vs. 1-7) que mostrem um alto padrão de comportamento, “da mesma sorte os diáconos”. A seguir, são apresentadas as qualificações dos que servem. Servir a igreja com seus dons espirituais é um privilégio, mas não deixa de ser uma responsabilidade. Não são somente os presbíteros que precisam ser vigilantes quanto a sua própria vida; os que servem a igreja, em qualquer serviço, têm este mesmo dever. Nas palavras de James Anderson, “a igreja deve requerer um padrão muito alto daqueles que vão servir, mesmo para serviço que não seja de natureza espiritual … Talvez algum irmão tenha experiência de coisas bancárias, mas este fato em si não justifica a sua escolha como tesoureiro! Talvez outro irmão seja professor de escola secular, mas este fato não o constitui ensinador na igreja local! Talvez outro irmão seja competente administrador secular, porém este fato não o faz um ancião na igreja!” (Comentário Ritchie, vol. 5, pág. 108). As qualificações para ser um servo não são qualidades naturais ou profissionais. Se um irmão é bem sucedido e respeitado na sua profissão, mas vive uma vida que traz vergonha ao Evangelho, ele não deve servir. Mais uma vez afirmo que o padrão é alto, porém necessário! Entretanto, o alto padrão exigido não deve ser motivo de desanimo. Não devemos pensar que nunca chegaremos a cumprir as exigências para servir e, portanto, não podemos ser diáconos. Muito pelo contrário, devemos lembrar que Deus sempre pede o que temos condições de fazer. Mesmo que seja difícil, árduo e custe um preço, temos condições de obedecer. Além disso, devemos lembrar que os demais estão nos observando. Principalmente os descrentes têm um interesse vivo no comportamento dos crentes. O padrão exigido por Deus para os
  • 10. servos é um meio de adquirir a confiança dos fiéis e serve como um argumento silencioso contra as palavras maliciosas dos infiéis (I Tm 3:13; Tt 1:9). Este padrão dará condições ao servo para ser o exemplo dos fiéis “na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza” (I Tm 4:12). d. Conclusão Mais uma vez afirmo que devemos dar graças a Deus pelos diáconos! O que vimos sobre eles, apesar de resumido, nos dá uma idéia da sua importância nos serviços da igreja. Um diácono é um servo. Ele não tem uma posição eclesiástica, nem mesmo serve apenas em coisas materiais. Não, um diácono é alguém que Deus mesmo capacitou com dons espirituais para que sirva a igreja dentro da sua esfera de trabalho. Às vezes ele se ocupa no dia a dia da igreja, servindo aos irmãos, visitando-os e auxiliando-os nas suas necessidades. Às vezes ele se ocupa nas reuniões da igreja, no ministério da Palavra e na pregação do Evangelho. Como são úteis e indispensáveis! Cada cristão deve ser um diácono. Cada diácono deve servir. Todo cristão recebeu dons espirituais e deve usá-los no serviço do Senhor. Se você foi salvo, não espere ser convidado a servir, comece agora mesmo.A igreja precisa do seu serviço para que continue crescendo e agradando ao Senhor em tudo. Há serviços que Deus quer que você faça. Você tem um serviço a prestar, “cumpre o teu ministério” – diakonia (II Tm 4:5). Que Deus nos dê mais diakonos dispostos a servir, pois cada igreja precisa deles para funcionar. “Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do Evangelho da graça de Deus” (At 20:24).
  • 11. As qualificações e responsabilidades bíblicas dos diáconos Quem deveria ser um diácono? O que a Bíblia diz que os diáconos devem fazer? Os Dois Ofícios Bíblicos: Presbíteros e Diáconos Comparar o ofício de diácono ao de presbítero nos ajudará a responder essas questões. Os líderes espirituais primários de uma congregação são os presbíteros, os quais são também chamados bispos ou pastores no Novo Testamento. Presbíteros ensinam ou pregam a Palavra e pastoreiam as almas daqueles que estão sob seus cuidados (Ef 4.11; 1Tm 3.2; 5.17; Tt 1.9; Hb 13.17). Os diáconos também possuem uma função crucial na vida e saúde da igreja local, mas a sua função é diferente daquela dos presbíteros. O papel bíblico dos diáconos é cuidar das necessidades físicas e logísticas da igreja, de modo que os presbíteros possam se concentrar no seu chamado primário. Essa distinção é baseada no padrão encontrado em Atos 6.1-6. Os apóstolos eram devotados “à oração e ao ministério da palavra” (v. 4). Uma vez que esse era o seu chamado primário, sete homens foram escolhidos para lidar com assuntos mais práticos, de modo a dar aos apóstolos a liberdade para continuarem a sua obra. Essa divisão de trabalho é semelhante à que vemos com os ofícios de presbítero e diácono. Como os apóstolos, a função primária dos presbíteros é pregar a Palavra de Deus. Como os sete, os diáconos servem a congregação em todas as necessidades práticas que possam surgir. As Qualificações dos Diáconos A única passagem que menciona as qualificações para os diáconos é 1Timóteo 3.8-13. Nessa passagem, Paulo apresenta uma lista oficial, porém não exaustiva, dos requerimentos para os diáconos. As similaridades entre as qualificações para diáconos e presbíteros/bispos em 1Timóteo 3 são notáveis. Assim como as qualificações para os presbíteros, um diácono não pode ser dado ao vinho (v. 3), avarento (v. 3), irrepreensível (v. 2; Tt 1.6), marido de uma só mulher (v. 2), e um hábil governante de seus filhos e de sua
  • 12. casa (vv. 4-5). Além disso, o foco das qualificações é o caráter moral da pessoa que há de preencher o ofício: um diácono deve ser maduro e acima de reprovação. A principal diferença entre um presbítero e um diácono é uma diferença de dons e chamado, não de caráter. Paulo identifica nove qualificações para os diáconos em 1Timóteo 3.8-12: 1. Respeitáveis (v. 8): Esse termo normalmente se refere a algo que é honorável, digno, estimado, nobre, e está diretamente relacionado a “irrepreensível”,que é dado como uma qualificação para os presbíteros (1 Tm 3.2). 2. De uma só palavra (v. 8): Aqueles que têm a língua dobre dizem uma coisa a certas pessoas, mas depois dizem algo diferente a outras, ou dizem uma coisa, mas querem dizer outra. Eles têm duas faces e são insinceros. As suas palavras não podem ser confiadas, então eles carecem de credibilidade. 3. Não inclinados a muito vinho (v. 8): Um homem é desqualificado para o ofício de diácono se for viciado em vinho ou outra bebida forte. Tal pessoa carece de domínio próprio e é indisciplinada. 4. Não cobiçosos de sórdida ganância (v. 8): Se uma pessoa ama o dinheiro, não está qualificado para ser um diácono, especialmente porque os diáconos com freqüência lidam com questões financeiras da igreja. 5. Sólidos na fé e na vida (v. 9): Paulo também indica que um diácono deve “conservar o mistério da fé com a consciência limpa”.A expressão “o mistério da fé” é simplesmente um modo de Paulo falar do evangelho (cf. 1Tm 3.16). Conseqüentemente, essa afirmação se refere à necessidade de os diáconos manterem-se firmes no verdadeiro evangelho, e não oscilantes. Contudo, essa qualificação não envolve apenas as crenças de alguém, pois o diácono também deve manter essas crenças “com a consciência limpa”. Isto é, o comportamento de um diácono deve ser consistente com suas crenças. 6. Irrepreensíveis (v. 10): Paulo escreve que os diáconos devem ser “primeiramente experimentados; e, se se mostrarem irrepreensíveis, exerçam o diaconato” (v. 10). “Irrepreensíveis” é um termo genérico, que se refere ao caráter geral de uma
  • 13. pessoa.Embora Paulo não especifique que tipo de teste deve ser feito,no mínimo,deve-se examinara vida pessoal, a reputação e as posições teológicas do candidato. Mais do que isso, a congregação não deveria examinar apenas a maturidade moral, espiritual e doutrinária do diácono em potencial, mas deveria também considerar o histórico de serviço da pessoa na igreja. 7. Esposa piedosa (v. 11): É discutível se o versículo 11 se refere à esposa do diácono ou a uma diaconisa. No que interessa a esta discussão, vamos assumir que o versículo esteja falando das qualificações da esposa de um diácono. De acordo com Paulo, as esposas dos diáconos devem ser “respeitáveis, não maldizentes, temperantes e fiéis em tudo” (v. 11). Como o seu marido, a esposa deve ser respeitável ou honorável. Em segundo lugar, ela não deve ser maldizente, uma pessoa que espalha fofocas. A esposa de um diácono deve também ser temperante ou sóbria. Isso é, ela deve ser apta a fazer bons julgamentos e não deve estar envolvidas em coisas que possam embaraçar tal julgamento. Por fim, ela deve ser “fiel em todas as coisas” (cf. 1Tm 5.10). Esse é um requerimento genérico que funciona semelhantemente ao requerimento para que os presbíteros e diáconos sejam “irrepreensíveis” (1Tm 3.2; Tt 1.6; 1Tm 3.10). 8. Marido de uma só mulher (v. 12): A melhor interpretação dessa passagem difícil consiste em entendê-la como a fidelidade do marido para com sua esposa. Ele deve ser “um homem de uma única mulher”. Isso é, não deve haver qualquer outra mulher em sua vida com a qual ele se relacione em intimidade, seja emocionalmente, seja fisicamente. 9. Governe bem seus filhos e a própria casa (v. 12): Um diácono deve ser o líder espiritual de sua esposa e filhos. De modo geral, se uma qualificação moral é listada para presbíteros, mas não para diáconos, aquela qualificação ainda se aplica a estes. O mesmo ocorre para aquelas qualificações listadas para diáconos, mas não para presbíteros. Por exemplo, um diácono deve ser um homem de “uma só palavra” (v. 8). Paulo não afirma explicitamente o mesmo acerca dos presbíteros, mas não há dúvida de que tal se aplica a eles, uma vez que Paulo disse que os presbíteros devem ser “irrepreensíveis”, o que incluiria essa injunção.
  • 14. Ainda assim, nós deveríamos observar as diferenças nas qualificações, uma vez que ou elas significam um traço peculiarmente adequado ao oficial para que cumpra seus deveres, ou são algo que era problemático no lugar para onde Paulo escreveu (no caso, Éfeso). Isso deve ficar mais claro à medida que passemos a considerar as responsabilidades de um diácono. As Responsabilidades dos Diáconos Se o ofício de presbítero é freqüentemente ignorado na igreja moderna, o ofício de diácono é freqüentemente mal-entendido. Conforme o Novo Testamento, a função do diácono é, principalmente, ser um servo. A igreja precisa de diáconos para proverem suporte logístico e material, de modo que os presbíteros possam focar na Palavra de Deus e na oração. O Novo Testamento não nos dá muita informação acerca do papel dos diáconos. Os requerimentos dados em 1Timóteo 3.8-12 focam no caráter e na vida familiar do diácono. Existem, contudo, algumas dicas quanto à função dos diáconos quando os requerimentos são comparados àqueles dos presbíteros. Embora muitas das qualificações sejam as mesmas ou muito similares, há algumas notáveis diferenças. Talvez a distinção mais perceptível entre presbíteros e diáconos seja que os diáconos não precisam ser “aptos a ensinar” (1Tm 3.2). Diáconos são chamados a “conservar” a fé com uma consciência limpa, mas não são chamados a “ensinar” aquela fé (1Tm 3.9). Isso sugere que os diáconos não têm um papel de ensino oficial na igreja. Como os presbíteros, os diáconos devem governar bem sua casa e seus filhos (1Tm 3.4, 12). Porém, ao referir-se aos diáconos, Paulo omite a seção na qual compara governar a própria casa a cuidar da igreja de Deus (1Tm 3.5). O motivo dessa omissão é, mais provavelmente, devido ao fato de que aos diáconos não é dada uma posição de liderança ou governo na igreja – essa função pertence aos presbíteros. Embora Paulo indique que um indivíduo deva ser testado antes de poder exercer o ofício de diácono (1Tm 3.10), o requerimento de que ele não seja um neófito não está incluso. Paulo observa que, se um diácono for um recém convertido, pode ocorrer que ele “se
  • 15. ensorbebeça e incorra na condenação do diabo” (1Tm 3.6). Uma implicação dessa diferença poderia ser que aqueles que exercem o ofício de presbítero são mais suscetíveis ao orgulho porque possuem liderança sobre a igreja. Ao contrário, não é tão provável que um diácono, o qual se acha mais em um papel de servo, caia no mesmo pecado. Finalmente, o título de “bispo” (1Tm 3.2) implica a supervisão geral do bem-estar espiritual da congregação, ao passo que o título “diácono” implica alguém que possui um ministério orientado para o serviço. Além do que podemos vislumbrar dessas diferenças nas qualificações, a Bíblia não indica claramente a função dos diáconos. Contudo, baseado no padrão estabelecido em Atos 6, com os apóstolos e os Sete, parece melhor enxergar os diáconos como servos que fazem o que for necessário para permitir que os presbíteros cumpram o seu chamado divino de pastorear e ensinar a igreja. Assim como os apóstolos delegaram responsabilidades administrativas aos Sete, também os PASTORES devem delegar certas responsabilidades aos diáconos, de modo que os PASTORES possam focar os seus esforços em outras atividades. Como resultado, cada igreja local é livre para definir as tarefas dos diáconos conforme as suas necessidades particulares. Quais são alguns deveres pelos quais os diáconos devem ser responsáveis hoje? Eles poderiam ser responsáveis por qualquer coisa que não seja relacionada ao ensino e ao pastoreio da igreja. Tais deveres poderiam incluir: o Instalações: Os diáconos poderiam ser responsáveis poradministrar a propriedade da igreja.Isso incluiria assegurarque o lugar de culto esteja preparado para a reunião de adoração, limpá-lo, ou administrar o sistema de som. o Benevolência: Semelhante ao que ocorreu em Atos 6.1-6 com a distribuição diária em favor das viúvas, os diáconos podem estar envolvidos em administrar fundos ou outras formas de assistência aos necessitados. o Finanças: Enquanto os PASTORES deveriam, provavelmente, supervisionar as questões financeiras da igreja (At 11.30), pode-se deixar apropriadamente que os diáconos lidem com as questões
  • 16. cotidianas. Isso incluiria coletar e contar as ofertas, manter registros, e assim por diante. o Introduções: Os diáconos poderiam ser responsáveis por distribuir boletins, acomodar a congregação nos assentos ou preparar os elementos para a comunhão. o Logística: Os diáconos deveriam estar prontos a ajudar em uma variedade de modos, de modo que os PASTORES possam se concentrar no ensino e no pastoreio da igreja. Conclusão Ao passo que a Bíblia encarrega os PASTORES das tarefas de ensinar e liderar a igreja, o papel dos diáconos é mais orientado ao serviço. Isso é, eles devem cuidar das preocupações físicas ou temporais da igreja. Ao lidarem com tais questões, os diáconos liberam os presbíteros para que foquem no pastoreio das necessidades espirituais da congregação. Contudo, embora os diáconos não sejam os líderes espirituais da congregação, o seu caráter é da maior importância, motivo pelo qual deveriam ser examinados e apresentar as qualificações bíblicas arroladas em 1Timóteo 3. Compartilhar PG.IRRAEL IGREJA EVANGELICA EMAL ISRAELIGREJAEVANGELIA@GMAIL.COM