2. BIBLIOGRAFIA
1- Currid, Jhon D. Arqueologia nas terras bíblicas: um manual
destinado a despertar o interesse e a paixão pelo tópico. Editora
Cultura Cristã. 2003.
2- Price, Randall. Arqueologia Bíblica. Editora CPAD. 2006.
3- Sotelo, Daniel. Arqueologia Bíblica. Editora Novo Século.
3. BIBLIOGRAFIA
4- Thompson, John A. A Bíblia e a Arqueologia: quando a ciência
descobre a fé. Arte Editorial.
5- Unger, Merril F. Arqueologia do Velho Testamento. Editora
Batista Regular.
6- Orrú, Geruásio F. Os Manuscritos de Qumran e o Novo
Testamento. São Paulo: Vida Nova, 1993.
4.
5.
6.
7.
8.
9. DEFINIÇÃO
Etimologicamente: arqueologia deriva do termo grego archaios
+ logos, que significa palavra a respeito, ou estudo de
antiguidades.
Arqueologia é o estudo dos restos materiais do passado.
Arqueologia é a ciência do lixo.
10. DEFINIÇÃO
Os materiais escritos da antiguidade não pertencem
propriamente ao campo da arqueologia.
A análise e o estudo dos mesmos pertence aos epígrafos,
paleógrafos e historiadores.
11. DEFINIÇÃO
A Arqueologia é uma ciência auxiliar da história. Ela
proporcionas dados que registros escritos normalmente não o
fazem.
A arqueologia descreve e explica como viviam os diversos tipos
de pessoas, do trabalhador rural na agricultura ao rei em seu
trono.
12. DEFINIÇÃO
É considerada uma ciência social. Dentro da Antropologia{
Cultural, Física, Linguística, Arqueológica.
Ela é a única disciplina das ciências sociais a se preocupar com a
reconstrução e compreensão do comportamento humano com
base nos fragmentos deixados por nossos antecessores pré-
históricos e históricos.
13. DIVISÕES DA ARQUEOLOGIA
Pré-Histórica: está mais interessada em fragmentos de material
resultantes de atividades humanas do que em documentos escritos.
Pré-Clássica: focaliza-se na região Mediterrânea Oriental e no
Oriente. Estuda as sociedades antigas que se desenvolveram no Egito,
Mesopotâmia e Palestina.
Clássica: se concentra nas civilizações greco-romanas.
Histórica: tenta suplementar os textos escritos, descrevendo a
rotina diária das culturas que os produziram.
14. A ARQUEOLOGIA E A BÍBLIA
A Arqueologia da Bíblia é geralmente categorizada como
arqueologia pré-clássica e uma subdivisão da arqueologia Siro-
Palestina.
Focaliza-se principalmente na Idade do Bronze, Idade do Ferro e
nos período Persa, Helênico e Romano naquela terra.
15. A ARQUEOLOGIA E A BÍBLIA
Antiga Idade do Bronze (c. 3200-2200 a. C.). Era o tempo do
primeiro grande império no antigo Oriente Próximo, com o
estabelecimento de grandes estados na Mesopotâmia e Egito.
Média Idade do Bronze (c. 2200- 1550 a. C.). Estabelecimento da
cultura Cananéia. Muitos estudiosos datam os patriarcas da Bíblia e o
início da permanência hebraica temporária no Egito na última etapa
deste período.
Recente Idade do Bronze (c. 1550- 1200 a. C.). Muitos
pesquisadores fixam a época do êxodo hebraico e a conquista da terra
de Canaã no meio ou final deste período.
16. A ARQUEOLOGIA E A BÍBLIA
Idade do Ferro (c. 1200- 586 a. C.). Período dos Juízes, da
Monarquia unida e dos dois reinos de Israel e Judá. Teve seu fim
com a invasão babilônica em 586 a. C.
Períodos Persa, Helênico e Romano. Dizem respeito à Palestina
sob o domínio de poderes estrangeiros. Inclui-se o período
intertestamentário e o do Novo Testamento.
17. A ARQUEOLOGIA E A BÍBLIA
É a ciência da escavação, decifração e
avaliação crítica dos registros de materiais
antigos relativos a Bíblia.
18. A ARQUEOLOGIA E A BÍBLIA
Existe amplo debate a respeito da propriedade de se usar o
termo “arqueologia bíblica”, porque a arqueologia naquelas
regiões onde a história bíblica se desenvolveu descobriu outros
povos e culturas além dos que são relevantes para a Bíblia. Por
essa razão, argumenta-se que o restritivo “bíblica” mina a
significância deles.
19. A ARQUEOLOGIA E A BÍBLIA
A tendência da escola da Nova Arqueologia é caracterizada
pelo distanciamento dos estudos bíblicos, pois está enraizada na
Antropologia Cultural e renuncia a orientação histórica da
arqueologia. Por conseguinte, ela concebe os estudos bíblicos
como albatrozes de uma geração antiga, religiosamente orientada
e nada científica.
20. CURIOSIDADE
As primeiras expedições arqueológicas,
executadas com altos custos, foram quase todas
financiadas por pessoas cujo principal interesse
era a Bíblia. Assim, na maioria das vezes, o
progresso da arqueologia como um todo deveu-se
ao impulso da arqueologia bíblica.
21. ESCOLAS ARQUEOLÓGICAS
I- Minimalismo bíblico
O minimalismo bíblico, segundo a chamada Escola de Copenhague, enfatiza que
a Bíblia deve ser lida e analisada como um conjunto de narrativas e não como
uma detalhada coleção histórica da pré-história do Médio Oriente.
Para esta escola de pensamento, nenhum dos primitivos relatos bíblicos tem
solidez histórica. Em consequência, os relatos acerca dos patriarcas bíblicos são
tidos como ficção, assim como as Tribos de Israel, que nunca teriam existido,
tampouco os reis David e Saul ou a unidade da monarquia de David e Salomão.
22. ESCOLAS ARQUEOLÓGICAS
II- Maximalismo bíblico
A maioria dos maximalistas bíblicos aceita as descobertas da
arqueologia e os modernos estudos bíblicos, no entanto,
sustentam que todo o conjunto de relatos bíblicos são na
realidade referências históricas sendo que os mais recentes livros
possuem maior solidez histórica que os mais primitivos.
23. IMPORTÂNCIA
O distanciamento entre a arqueologia e a Bíblia produz uma
geração de teólogos abstratos e arqueólogos técnicos que
acreditam terem pouco em comum. A Bíblia é história real e fatos
históricos estão com ela entrelaçados.
A arqueologia não autentica a Bíblia. Pois a mesma como
documento arqueológico é prova em si mesmo. Pretende-se
demonstrar que as Escrituras são confiáveis.
24. IMPORTÂNCIA
O passado ganha uma nova perspectiva, e o presente é visto
sob uma luz mais intensa.
Da arqueologia provém o testemunho palpável da obra de Deus
revelada em sua Palavra.
Sob alguns aspectos, ela também repeliu algumas noções
céticas concernentes a Bíblia, que alcançaram popularidade com a
invasão da Alta Critica.
25. IMPORTÂNCIA
As relíquias resgatadas nas escavações e os
materiais expostos nos vários museus mudam
muitas de nossas ideias preconcebidas.
Os contornos do mundo bíblico real se fazem
mais nítidos diante dos nossos olhos.
26. IMPORTÂNCIA
Permite que fatos sustentem e confirmem a realidade dos
personagens e eventos bíblicos.
Possui valor apologético. (aqueles que tentam usar a
arqueologia com proposito apologético precisam ter a adequada
precaução, de maneira que não venham a “queimar” por
inexatidão ou declarações descabidas aqueles a quem desejam
persuadir).
27. IMPORTÂNCIA
O Santo Sudário é primoroso exemplo. Apesar de todas as declarações
extraordinárias e testes, ainda não há uma avaliação definitiva sobre a mortalha.
Alguns estudiosos asseveram que é genuína e evidência da ressurreição. Outros
de igual calibre e compromisso de fé afirmam que é falsificação ou, na melhor
das hipóteses, uma antiga mortalha verdadeira que foi identificada com Jesus e
venerada como relíquia religiosa. Em que lado decidimos ficar? Nunca podemos
fazer uma determinação baseada em análises científicas, e toda a fé do mundo
não tornará o sudário mortalha de se de fato não é. Neste caso é melhor
guardar nosso julgamento. Afinal de contas, a ressurreição de Jesus não
depende da autenticidade do Santo Sudário!
30. IMPORTÂNCIA
É Improvável que os arqueólogos desenterrem algum autógrafo
(texto do autor original). Apesar disso, destaca Bryant Wood, “uma
contribuição muito importante da arqueologia é o estudo que faz
da linguagem da Bíblia”. Temos feito muitas descobertas de textos
antigos, bibliotecas e coleções de documentos que nos ajudam a
entender as línguas hebraica e grega, o que nos permite obter
uma tradução melhor dessas línguas para o inglês.
31. PEDRA DE ROSETA
Pedra inscrita que proporcionou a chave para a interpretação dos
hieróglifos egípcios. Escrita em demótico, grego e hieróglifos.
Esse texto foi descoberto em 1799 por homens sob o comando
de Napoleão enquanto cruzavam a região de Roseta, Egito. Esse texto
foi fundamental para a compreensão dos hieróglifos atualmente. Ele
foi compreendido pela primeira vez por Jean François
Champollion em 1822 e por Thomas Young em 1823. Ela refere-se a
um decreto de Ptolomeu V Epifânio, do Egito ptolomaico
33. HIERÓGLIFO
Hieróglifo é um termo originário de duas palavras gregas: ἱερός
(hierós) "sagrado", e γλύφειν (glýphein) "escrita". Apenas os
sacerdotes, membros da realeza, altos cargos, e escribas
conheciam a arte de ler e escrever esses sinais "sagrados“.
36. FIQUE LIGADO!
Na maneira pós-modernista de pensar, as histórias que comunicam a
“verdade” não precisam ser verdadeiras. De acordo com esta perspectiva os
ideais religiosos da história transcendem a história e a ciência, e embora os
autores bíblicos estivessem bastante errados a respeito de tais disciplinas, seus
princípios ainda estavam certos — e é isso que realmente importa. Em outras
palavras, quem liga se a Bíblia apresenta suas verdades teológicas num contexto
que é cronologicamente contraditório, historicamente adulterado e
culturalmente confuso? É a mensagem, não o meio, que é importante!
37. IMPORTÂNCIA
“Tem de ficar entendido que a arqueologia não pode “provar” a
Bíblia. A verdade da Bíblia é de ordem religiosa; fala de Deus e o
homem e de suas relações mútuas. Esta verdade espiritual não
pode ser provada ou contradita, nem pode ser confirmada ou
invalidada pelas descobertas materiais da arqueologia”.
Roland de Vaux que escavou as ruinas de Qumran
38. IMPORTÂNCIA
“Todos nós que amamos a Bíblia [...] às vezes não percebemos que
a despeito de todo o trabalho que os estudiosos fazem interpretando a
Bíblia, a única luz verdadeiramente nova que está incidindo em nosso
estudo da Bíblia é a que vem da arqueologia. Assim, a arqueologia e a
interface entre a arqueologia e o texto bíblico é consideração
importante a todo aquele que é estudioso bíblico, quer seja professor
de seminário ou leigo que frequenta uma classe de Escola Dominical”.
Keith Schoville
39. LIMITAÇÃO DA ARQUEOLOGIA
A limitação básica da arqueologia é a natureza fragmentária das
evidências que se retiram do solo.
1.Somente uma fração do que é fabricado ou escrito sobrevive.
2. Somente uma fração dos sítios arqueológicos disponíveis foi
pesquisada. Em Israel e no Oriente Próximo, existem ainda
milhares de tels não escavados.
40. LIMITAÇÃO DA ARQUEOLOGIA
3. Somente uma fração dos sítios pesquisados
foram escavados.
4. Somente uma fração de um sitio e examinada.
5. Somente uma fração do material encontrado
chega ao conhecimento do público.
41. OUTEIRO
Outeiro (do latim altāre - altar) ou lomba (do latim lumbus -
lombo) é uma pequena elevação de terreno.
Era nos outeiros ou lugares altos, mais próximos dos céus, que
se ofereciam as preces, as oferendas e sacrifícios aos deuses.
Escolhe-nos homens, e sai, peleja contra Amaleque; amanhã eu
estarei sobre o cume do outeiro, e a vara de Deus estará na minha
mão. (Êxodo 17:9)
42. O QUE É TELL
Tell = ל ֵּ
ת - É um outeiro, ou monte
consistindo de ruínas de cidades construídas
umas sobre as outras no mesmo local.
É um monte estratificado. (Js. 11:13; Jr.
30:18)
43. A HISTÓRIA EM CAMADAS
Nos tempos antigos, para se construir uma cidade
eram necessárias terra suficiente, água, rotas para
comércio e uma localização não vulnerável.
Em decorrência de batalhas ou desastres naturais,
a cidade poderia vir a sofrer pesados danos.
Era preferível reconstruir a cidade a procurar
outro local.
44. A HISTÓRIA EM CAMADAS
O que parecia só entulho, servia de ponto de partida para a
reconstrução.
Em longo prazo, essa prática formou uma série de estratos ou
camadas que deixaram para os pesquisadores informações sobre
as transformações pelas quais a cidade passou através dos séculos.
A ciência que estuda esses níveis de ocupação é a
estratigrafia.
53. ESTELA DE MERNEPTA
Contém a mais antiga referência
por egípcios sobre os israelitas na
terra de Canaã. Foi encontrada nas
ruínas do templo funerário do Faraó
Mernepta (1236 a.C. a 1223a.C.)
em Tebas.
58. SÍTIO ARQUEOLÓGICO
É um local no qual os antepassados deixaram algum vestígio de
suas atividades: uma ferramenta de pedra lascada, uma fogueira
na qual assaram sua comida, uma pintura, uma sepultura, a
simples marca de seus passos.
Em geral os sítios apresentam-se em concentrações espaciais
pois correspondem a um povo, a uma cultura, a qual explorava um
território dado, nele deixando suas marcas.
61. ENUMA ELISH
O “Enuma Elish” é o poema épico babilônico. Nele é contada a
história da origem dos deuses, dos homens e do universo. É o Mito
de Criação Babilônico.
Ele foi descoberto por Austen Henry Layard em 1849 (em forma
fragmentada) nas ruínas da Biblioteca de Assurbanipal em Nínive,
na cidade de Mossul, no atual Iraque. E publicado por George
Smith em 1876.
64. ENUMA ELISH
Poema épico que comemorava a vitória dos
deuses sobre o caos.
A história começa com a criação dos deuses que
surgiram, aos pares, de uma massa informe,
aguada. Uma substância por si mesma divina.
65. ENUMA ELISH
Antes que existissem os deuses ou os seres humanos, havia
essa Matéria Prima Sagrada, desde toda a eternidade.
Ao tentar imaginar esse material espiritual divino, os babilônios
pensaram que deveria ser semelhante às terras pantanosas da
Mesopotâmia, onde as inundações ameaçavam constantemente
destruir as frágeis obras dos homens.
66. ENUMA ELISH
No Enuma Elish, o caos não é, portanto, uma massa ígnea
fervilhante, mas um bolo mole no qual não existem limites,
definição ou identidade.
Três deuses emergiram do pântano primordial:
Apsu,(identificado com as águas doces dos rios) sua esposa Tiamat
(o mar salgado) e Mummu (o Ventre do caos).
67. ENUMA ELISH
Desses três deuses saiu uma sucessão de outros deuses. Os
novos deuses surgiram, um do outro, aos pares, cada qual
adquirindo maior definição que o anterior à medida que a
evolução divina avançava.
Só com uma luta penosa e incessante seria possível neutralizar
as forças do caos e da desintegração, pois os deuses novos se
rebelaram contra seus pais.
68. ENUMA ELISH
Marduque, o deus do sol, o mais perfeito espécime da linhagem
divina prometeu, numa reunião da Grande Assembleia de deuses,
combater Tiamat com a condição de governar seus pares.
Consegue matá-la após renhida batalha. Vitorioso ele resolve criar
um novo mundo.
Ele cortou ao meio Tiamat para formar o arco do céu e o mundo
dos homens e, também, concebeu as leis que manteriam tudo no
lugar.
69. ENUMA ELISH
A ordem seria restabelecida por uma liturgia ou ritual, ano após
ano.
Os deuses se reuniam na Babilônia e construíram um templo
(torre-templo)onde se executariam os ritos celestes. Resultou no
zigurate em homenagem a Marduque, o templo terreno, símbolo
do céu infinito.
Marduque sentou-se no topo e os deuses gritavam: “Esta é a
Babilônia, cidade querida do deus, seu amado lar!”
70. ENUMA ELISH
Depois realizaram a liturgia a partir da qual o universo recebe
sua estrutura, o mundo oculto se faz claro e os deuses
determinam seus lugares no universo.
O mito expõe o sentido intrínseco da civilização, na visão dos
babilônios.
Exprime a convicção de que a Babilônia era um lugar sagrado.
Expressa a crença de que sua criação só perduraria se
partilhasse o poder do divino.
71. ENUMA ELISH
Por fim, quase como uma decisão de última hora, Marduque
criou a humanidade. Matou Kingu e moldou o primeiro homem,
misturando o sangue divino com o pó.
Feito da substância de um deus, o primeiro homem participava
da natureza divina.
O mundo natural, homens e os próprios deuses partilhavam da
mesma natureza e derivavam da mesma substância divina.
72. ENUMA ELISH
A histórias aqui fragmentada mostra que a criação fora
feita para prestar homenagem ao criador e cumprir uma
missão que os deuses designaram.
O homem é criado para suprir as necessidades dos
deuses ou daqueles que em nome dos deuses os governa.
73. ENUMA ELISH
Dos povos que escrevem seus relatos sobre a
criação há uma necessidade de passar ao
descendente os problemas que por sua origem
enfrentam na condição presente, e ainda por muitas
vezes o sofrimento é justificado pela classe que está
no poder.
74. ENUMA ELISH
Na sua ação, o homem primitivo imita seus deuses nos
ritos e atualiza as ações primordiais dos deuses, pois estão
convencidos de que a semente não brotará da terra, a
mulher não será fecundada e a árvore não dará fruto e o dia
não passará à noite caso o homem separa-se dos deuses,
segundo o relato do Enuma Elish.
75. R E LE VO A S S ÍR IO MO STR A NDO A LUTA DE
M A R D UQUE CO M TIA MAT
78. ZIGURATE
É uma forma de templo, criada pelos sumérios e comum para
os babilônios e assírios, pertinente à época do
antigo vale da Mesopotâmia e construído na forma de pirâmides
planadas.
O formato era o de vários andares construídos um sobre o outro, com
o diferencial de cada andar possuir área menor que a plataforma inferior
sobre a qual foi construído — as plataformas poderiam ser retangulares,
ovais ou quadradas, e seu número variava de dois a sete.
79. ZIGURATE
Na Mesopotâmia acreditava-se que eram a morada dos deuses.
Através dos zigurates as divindades colocariam-se perto da humanidade,
razão pela qual cada cidade adorava seu próprio deus ou deusa.
Apenas aos sacerdotes era permitida a entrada ao zigurate, e era deles a
responsabilidade de cuidar da adoração aos deuses e fazer com que
atendessem as necessidades da comunidade.
Eles serviam de depósito de cereais, moradia de governantes, biblioteca e
servia para a observação do céu e das estrelas e dos níveis das enchentes dos
rios (Tigre e Eufrates).
80. TORRE DE BABEL
Um exemplo de zigurate sólido e abrangente é o de Marduque, ou Torre de Babel,
situado na antiga Babilônia.
Infelizmente não sobrou nem mesmo a base daquela poderosa estrutura, mas de
acordo com achados arqueológicos e fontes históricas, a torre colocava-se sobreposta
a sete camadas multicoloridas, em cujo topo achava-se um templo de proporções
singulares.
Acredita-se haver sido pintado e preservado em cor anil, combinando com o cimo
das camadas.
É sabido que havia três escadarias que levavam ao templo, e diz-se que duas delas
ascendiam apenas até a metade da altura do zigurate.
81. TORRE DE BABEL
O nome sumério para a estrutura era Etemenanki, palavra que
significa "A Fundação do Céu e da Terra."
Provavelmente construído sob as ordens de Hamurabi, averiguou-se
que o centro do zigurate de Marduque continha restos de outros
zigurates e estruturas mais antigas.
O estágio final consistia dum encaixamento de 15 metros
de tijolos reforçados construído pelo monarca Nabucodonosor.
82. D U R - U N TA S H , O U C H O Q A Z A N B I L , C O N S T R U Í D O N O
S É C U L O X I I I A . C . P O R U N TA S H N A P I R I S H A E L O C A L I Z A D O
P E R T O D E S U S A , I R Ã É U M D O S M A I S P R E S E R V A D O S
Z I G U R AT E S D O M U N D O
85. COMPARAÇÃO COM GÊNESIS
Gênesis descreve seis dias de criação, seguido de um dia de descanso.
Enuma Elish descreve a criação de seis deuses e um dia de descanso.
Em ambos a criação é feita pela mesma ordem, começando na Luz e
acabando no Homem.
A deusa Tiamat é comparável ao Oceano no Gênesis, sendo que a palavra
hebraica para oceano tem a mesma raiz etimológica que Tiamat.
Estas semelhanças levaram os estudiosos à conclusão que ambos os
relatos partilham a mesma origem, ou então uma delas é uma versão
transformada da outra.
86.
87. HAMURABI
Hamurabi, também chamado de Kamu-Rabi (de
origem árabe), rei da dinastia amorrita que,
vindos do deserto arábico, estabeleceram-se na
Média Mesopotâmia, foi o reunificador da
Mesopotâmia e fundador do Primeiro Império
Babilônico.
89. HAMURABI
Foi o primeiro grande organizador que consolidou o seu império
sobre normas regulares de administração.
Tornou-se famoso por ter mandado compilar um dos mais
antigos códigos de leis escritas, conhecido como Código de
Hamurabi no qual consolidou uma legislação pré-existente,
transcrevendo-a numa estela de diorito em três alfabetos distintos.
90. CÓDIGO DE HAMURABI
Foi encontrado por uma expedição francesa em 1901 na
região da antiga Mesopotâmia correspondente a cidade de
Susã, atual Irã.
Hamurabi recebeu seu código do deus Shamas, uma
deidade mesopotâmica também chamada de "o deus da
justiça“.
92. MONÓLITO
Na sua parte superior, um artista não
identificado esculpiu a imaginária cena do
soberano respeitosamente de pé diante de
Shamash, o deus Sol da Mesopotâmia, sentado
em seu trono.
94. CÓDIGO DE HAMURABI
É um monumento monolítico talhado em rocha de diorito,
sobre o qual se dispõem 46 colunas de escrita cuneiforme acádica,
com 282 leis em 3600 linhas.
A numeração vai até 282, mas a cláusula 13 foi excluída por
superstições da época.
A peça tem 2,25 m de altura, 1,50 metro de circunferência na
parte superior e 1,90 na base.
95. CÓDIGO DE HAMURABI
O bloco original em que foi escrito o Código encontra-se
atualmente no museu do Louvre, em Paris.
http://www.dhnet.org.br/direitos/anthist/hamurabi.htm
http://www.ambito-
juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_
id=4113
96. CÓDIGO DE HAMURABI
Este épico é uma das fontes mais importantes para a compreensão da
cosmovisão babilônica.
Centrada na supremacia de Marduque e da criação da humanidade para
o serviço dos deuses.
Seu principal propósito original, no entanto, não é uma exposição
de teologia ou teogonia, mas a elevação de Marduque, o deus chefe
da Babilônia, acima de outros deuses da Mesopotâmia.
97. CÓDIGO DE HAMURABI
É bastante interessante o fato de o Código de Hamurabi receber
a nomenclatura de código, mas na realidade como é a única
legislação daquele povo, ele não deveria receber a nomenclatura
código, tendo em vista que não apresenta-se da maneira de um
código, noção esta de código que foi concebida após o Código Civil
Napoleônico.
98. CÓDIGO DE HAMURABI
Importante lembrar que a sociedade que produziu o
Código de Hamurabi era uma sociedade estratificada.
As disposições determinam qual comportamento é
pertinente para cada classe.
A sociedade babilônica tinha por base a
desigualdade.
99. CÓDIGO DE HAMURABI
A primeira classe, e mais numerosa
era a dos awilu, os cidadãos,
proprietários, camponeses, artesãos
e comerciantes.
100. CÓDIGO DE HAMURABI
Em posição intermediária estavam os mushkenu
(palavra, através do árabe, responsável pelo vocábulo
português “mesquinho”); são os semi-livres, entre
livres e escravos. Era formada por antigos escravos,
homens livres desclassificados (plebe), muitas vezes
estrangeiros.
101. CÓDIGO DE HAMURABI
Abaixo destes estava a classe dos
escravos, wardu, resultante, sobretudo, da
guerra, mas também determinada pelo
nascimento, em virtude de sua
hereditariedade.
102. CÓDIGO DE HAMURABI
As disposições presentes no Código contemplam todas as
classes, mas podemos observar que a legislação é feita com total
parcialidade em favor da classe superior, os “awilum”.
A maior parte dos artigos dão a entender que somente eles
possuem direitos, pois frequentemente lemos a palavra awilum, e
não qualquer expressão mais genérica que demonstraria
imparcialidade.
103. CÓDIGO DE HAMURABI
John Bright afirma que:
"O Código de Hamurabi não representa uma nova legislação, destinada a
substituir todos os outros processos legais, mas um esforço, por parte do
Estado, para apresentar uma descrição oficial da tradição legal que devia ser
considerada padrão, que pudesse servir de ponto de referência entre as várias
tradições legais correntes nas várias cidades e áreas fora do reino".
104. CÓDIGO DE HAMURABI
Um prólogo:
O rei guerreiro e legislador canta sua própria glória e anuncia ser o
escolhido dos deuses para uma excelsa missão: "Anu e Bel me
chamaram - a mim, Hamurabi, o excelso príncipe, o adorador dos
deuses - para implantar a justiça na Terra, destruir os maus e o mal,
prevenir a opressão do fraco pelo forte, iluminar o mundo e propiciar o
bem-estar do povo”.
.
105. CÓDIGO DE HAMURABI
Um longo epílogo:
Hamurabi invoca as bênçãos de Shamash sobre os seus sucessores
que tiverem o cuidado de não anular nem alterar a lei por ele
promulgada; em sentido contrário, roga às divindades mesopotâmicas
terríveis castigos para todo rei ou governante que destruir, adulterar
ou relegar ao esquecimento esses seus sábios dispositivos legais.
106. CÓDIGO DE HAMURABI
Seu código trata de temas cotidianos e abrange
matérias de ordem, civil, penal e administrativa como, por
exemplo, o direito da mulher de escolher outro marido
caso o seu seja feito prisioneiro de guerra e não tenha
como prover a casa, ou a obrigação do homem de prover
o sustento dos filhos mesmo que se separe de sua mulher.
107. LEI DE TALIÃO
Os primeiros indícios do princípio de talião foram
encontrados no Código de Hamurabi, em 1780 a.C., no
reino da Babilônia.
Esse princípio impede que as pessoas façam justiça por
elas mesmas e de forma desproporcionada.
108. LEI DE TALIÃO
A lei (ou pena) de talião é o ponto principal e fundamental para
o Código de Hamurabi.
O termo vem do latim talionis, que significa “como tal”,
“idêntico”.
Daí temos a pena que se baseia na justa reciprocidade do crime
e da pena, frequentemente simbolizada pela expressão “olho por
olho, dente por dente”.
109. LEI DE TALIÃO
Ela se faz presente na maior parte dos
duzentos e oitenta e dois artigos do
código. Muitos delitos acabam tendo
como sanção punitiva o talião, ou às vezes
a pena de morte.
110. MISTICISMO DO CÓDIGO
Há um aspecto místico neste código, pois para provar a
inocência, às vezes o indivíduo tinha que passar por provas
místicas mesmo que não houvesse nenhum indício que levasse a
acreditar que ele era culpado.
Exemplo bem claro desse misticismo e do aspecto sobre a pena
de morte estão presentes no artigo 2 do Código, estando escrito o
seguinte:
111. MISTICISMO DO CÓDIGO
“Se alguém apresenta uma imputação de encantamento contra
um outro e não pode prová-lo, e aquele ao qual a imputação de
encantamento é apresentada, vai ao rio, pula no rio, se o rio o
agarra, aquele que acusou deverá receber como posse a sua casa.
Mas se o rio demonstra sua inocência e ele fica ileso, aquele que
apresentou a imputação deverá ser morto, aquele que pulou no
rio deverá receber como posse a casa do seu acusador”.
112. HAMURABI X MOISÉS
Mais de duzentos e trinta anos separam os códigos de Hamurabi da Lei
de Moisés.
Há uma critica ao texto sagrado afirmando que o código de Hamurabi é
invocado para confirmar uma "ilegitimidade" da lei de Moisés.
Questões do tipo : Será que Moisés plagiou o código de Hamurabi? Se o
fez, terá valor espiritual o "seu" código? Deus é realmente o autor do
texto "sagrado"? O código de Hamurabi é o mais antigo código?
A grande questão está nas similitudes encontradas entre os códigos.
113. HAMURABI X MOISÉS
Em relação à antiguidade do código de Hamurabi deve-se considerar que
existem outros códigos mais antigos, por exemplo, o código de Ur-Nammu
(2100 a.C). Aqui quebra o princípio da antiguidade.
Considerando que esse código traga em seu conteúdo, diversos dispositivos
que tratam do princípio da reparidade dos chamados danos morais, pode se
aproximá-lo mais do código Mosaico que o de Hamurabi.
O código Mosaico é mais humanitário que o de Hamurabi. Ainda assim cabe
dizer que os códigos se completam.
114. HAMURABI X MOISÉS
Outro fator importante a ser destacado é a formação de
Moisés - "Foi instruído em toda a ciência dos egípcios; e
era poderoso em suas palavras e obras." (At.7:22).
Era pois de esperar que Moisés tivesse conhecimento
do código de Hamurabi, bem como de outros.
115. HAMURABI X MOISÉS
Segundo o Dr. Ozeas Moura, “no que diz respeito às leis civis, morais e
éticas, há bem pouca diferença entre as leis mosaicas e hamurabianas”.
A explicação para isso é que o tipo de sociedade da Babilônia, país onde
reinou Hamurabi, era parecido com a sociedade israelita (com exceção de
que a Babilônia era altamente urbana e comercializada, além de ser de
cultura de irrigação, e a israelita era mais agrícola e pastoril e suas terras
mais secas do que as da Babilônia).
116. HAMURABI X MOISÉS
Assim, era de se esperar leis parecidas e, em alguns casos,
iguais.
Isso não denota plágio por parte de Moisés, pois se a vida
nas sociedades babilônica e israelita era parecida, então as leis
também deveriam sê-lo (como ainda hoje ocorre entre vários
países do mundo e as leis que os regem).
117. HAMURABI
Cód. Hamurabi, 8º - “Se um homem roubou um boi ou uma
ovelha ou um asno ou um porco ou uma barca, se é de um deus
ou do palácio, deverá pagar até trinta vezes mais; se for de outra
pessoa, restituirá até dez vezes mais. Se o ladrão não tem com que
restituir, será morto”.
118. MOISÉS
“Se alguém furtar boi ou ovelha e o abater ou vender, por um boi
pagará cinco bois, e quatro ovelhas por uma ovelha. Se um ladrão for
achado arrombando uma casa e, sendo ferido, morrer, quem o feriu
não será culpado do sangue. Se, porém, já havia sol quando tal se deu,
quem o feriu será culpado do sangue; neste caso, o ladrão fará
restituição total. Se não tiver com que pagar, será vendido por seu
furto. Se aquilo que roubou for achado vivo em seu poder, seja boi,
jumento ou ovelha, pagará o dobro.” Êxodo 22:1-4
119. HAMURABI
Cód. Hamurabi, 117º - Se uma dívida pesa sobre um homem e
ele vendeu sua esposa, seu filho ou sua filha ou entregou-se em
serviço pela dívida: trabalharão durante três anos na casa de seu
comprador ou daquele que os tem em sujeição. No quarto ano
será feita sua libertação.
120. MOISÉS
“Se um homem vender sua filha para ser escrava, esta não lhe sairá como
saem os escravos. Se ela não agradar ao seu senhor, que se comprometeu a
desposá-la, ele terá de permitir-lhe o resgate; não poderá vendê-la a um povo
estranho, pois será isso deslealdade para com ela. Mas, se a casar com seu filho,
tratá-la-á como se tratam as filhas. Se ele der ao filho outra mulher, não
diminuirá o mantimento da primeira, nem os seus vestidos, nem os seus direitos
conjugais. Se não lhe fizer estas três coisas, ela sairá sem retribuição, nem
pagamento em dinheiro.” Êxodo 21:7-11
121. HAMURABI X MOISÉS
Cód. Hamurabi, 195º - Se um filho bater em seu
pai cortarão sua mão.
“Quem ferir seu pai ou sua mãe será morto.”
Êxodo 21:15
122. HAMURABI X MOISÉS
Cód. Hamurabi, 196º - Se um homem destruiu um olho
de outro homem, destruirão seu olho.
200º - Se um homem arrancou um dente de outro
homem livre igual a ele, arrancarão o seu dente.
“olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por
pé” Êxodo 21:24
123. HAMURABI
Cód. Hamurabi, 209º - Se um homem agrediu a filha
de outro homem e a fez expedir o fruto de seu seio,
pesará 10 siclos de prata pelo fruto de seu seio.
210º - Se essa mulher morreu: matarão a sua
filha.
124. MOISÉS
“Se homens brigarem, e ferirem mulher grávida, e forem causa
de que aborte, porém sem maior dano, aquele que feriu será
obrigado a indenizar segundo o que lhe exigir o marido da mulher;
e pagará como os juízes lhe determinarem. Mas, se houver dano
grave, então, darás vida por vida” Êxodo 21:21 e 22
125. SARA E SUA SERVA
Gn. 16:1-3
Era uma práticas legalmente regulamentada pelo Código de
Hamurabi, secões 144, 145, 170, 171.
Gén. 16: 4-6
Também se comprova pela disposição da seção 146 do Código.
126. EPOPÉIA DE GILGAMÉS
Ele foi encontrado por Hormuzd Rassam que substituiu o
pioneiro Henry Layard nas escavações de Nínive, em 1852.
Nas ruínas de Nínive, antiga capital do Império Assírio,
foram encontrados os documentos da biblioteca real de
Assurbanipal II, que viveu no sétimo século a.C., duas
epopeias importantes na literatura do Antigo Oriente
Médio. São elas: Enuma Elish, um relato sobre a criação,
e Gilgamesh, uma versão do dilúvio.
130. A EPOPÉIA
A trajetória de Gilgamesh o mostra como um grande conhecedor das
coisas do mundo, inclusive de sua origem e de coisas existentes nas
profundezas dos mares.
Mas o rei Gilgamesh era despótico e dentre as várias obrigações que
impunha a seu povo encontrava-se a construção de uma gigantesca
muralha fortificada ao longo da cidade de Uruk.
O povo amedrontado com o trabalho imensamente fatigante clamou
pela ajuda da deusa Ishtar, que os ouviu e enviou Enkidu.
131. A EPOPÉIA
Este, que era protegido da deusa e vivia nas florestas de cedros,
deveria desafiar e vencer Gilgamesh em um duelo, matando-o em
seguida.
Ao chegar ao palácio do rei, iniciou o combate. Entretanto, não
houve vitoriosos, sendo que Gilgamesh e Enkidu se tornaram amigos.
A amizade os levou a diversas aventuras, destruindo monstros e
harmonizando o mundo.
132. A EPOPÉIA
Porém, Ishtar sentiu ciúmes da amizade e tentou
seduzir Gilgamesh que, sabendo que aquele que
amasse a deusa morreria, não aceitou ser seu amante.
A deusa com muita ira pela recusa decidiu matar o
amigo de Gilgamesh, Enkidu, infligindo a ele uma
doença que o deixou agonizando por doze dias antes de
morrer.
133. A EPOPÉIA
Com a perda do amigo, Gilgamesh resolveu ir atrás de novas aventuras, o
que o levou a encontrar Utnapishtim, um homem imortal que revelou um
triste mistério dos deuses: em tempos remotos os deuses haviam decidido
submergir a terra de Shuruppak, mas que ele, pela sua devoção, havia
recebido ordens de construir uma arca no meio do deserto e abrigar seus
familiares, amigos e os quadrúpedes e aves de sua escolha. Utnapishtim
assim o fez e, depois de seis dias e seis noites, salvou as pessoas e os animais,
conseguindo em troca a imortalidade.
134. A EPOPÉIA
Gilgamesh ainda tentou conseguir a imortalidade,
chegando inclusive a descer ao fundo do mar em busca
de uma planta que seria capaz de evitar sua morte.
Mas o rei perdeu a planta no caminho e, com medo da
morte, já em sua cidade Uruk, evocou seu amigo Enkidu,
que lhe contou sobre a vida no mundo das trevas.
135. DILÚVIO
Escrito cerca de 2700 anos antes de Cristo e fala sobre deuses
babilônicos que queriam inundar a terra porque os homens
faziam muito barulho e os impedia de dormir.
Um dos deuses avisa a Utnapishtin e o direciona a construir um
barco em forma de cubo e embarcar nele com sua família e todas
espécies de animais. Cai a tempestade e até os deuses ficam
assustados com a força desta.
136. DILÚVIO
Após uma semana de dilúvio, o barco para no alto de uma
montanha e Utnapishtin envia pássaros para encontrar terra seca.
Duas voltam, mas a terceira não.
Com isto, Utnapishtin solta todos animais e oferece um
sacrifício.
Por causa de sua misericórdia, ele é recompensado com a vida
eterna.
138. EBLA
Localização do sítio
Tell Mardikh, situado a 70 km ao sul de Alepo, na Síria, é a localidade
da antiga cidade de Ebla.
Tell Mardikh foi escavada pela primeira vez por uma expedição
italiana chefiada por Paolo Matthiae em 1964.
Ela revelou-se promissora no sentido de que trouxe à luz um centro
urbano da Idade do Bronze e muios desafios para o conhecimento
histórico da Síria no período.
139. FORTIFICAÇÕES
As pesquisas arqueológicas têm mostrado que Ebla possuía a estrutura de uma cidade
monumental, com “maciças fortificações” circundadas por “grandes baluartes de terra”, cuja
área era de “quase seiscentos mil metros quadrados”, correspondendo ao período do Bronze
Médio IIA (ca. 2000 a.C.).
Os muros da cidade pertencentes ao nível Mardikh IIIB (cerca de 1800 – 1600 a.C.) tinham
cerca de trinta metros de espessura e uns vinte metros de comprimento, com quatro portões.
Os portões da fase do Bronze Médio IIA (ca.2000 a.C.) caracterizavam-se por ser uma grande
casa de guarda, retangular e simétrica, composta de duas torres maciças flanqueando uma
passagem alongada; a passagem era dividida por três pares de pilastras em duas câmaras de
guarda. As torres usualmente tinham salas de guarda e escadarias internas que levavam ao
segundo piso, que servia de cobertura à passagem central.
140. PALÁCIOS
O Palácio G constitui-se no símbolo de Ebla em seu período dourado
(2400-2250 a.C.). Ele encontra-se no lado oeste da Acrópolis. Era um
complexo arquitetônico invejável, com ala administrativa, a sala do trono
e a “biblioteca”. Da mesma época datam: um grande palácio no lado
oeste (área Q), do nível Mardikh IIIA e o Palácio Real E do nível Mardikh
IIIB. Este último situava-se na parte nordeste da acrópolis, possuindo um
grande pátio central, salas administrativas em volta e um corredor
pavimentado.
141. TEMPLOS
Templos
Ebla apresenta modelos distintos de templos. Encontra-se ali o tipo que será característico dos
santuários da Palestina e que se relacionará com o de Salomão, possuindo um recinto sagrado e o “Santo dos
Santos” (às vezes esta parte limita-se a um nicho).[10] Segundo Alan Millard,
“o grande templo prefigura, na sua planta, o templo de Salomão, com pórtico, salão interno e recinto
sagrado. As proporções, porém, são diferentes.”[11]
Planta do templo de Ishtar[12]
Pode-se perceber na planta do templo de Ishtar, do nível Mardikh IIIB (cerca de 1800 – 1600 a.C.),
acima, que uma grande sala (possivelmente o “lugar santo”) possui um compartimento menor, que talvez
equivaleria a uma espécie de “santo dos santos”. Seus muros são de pedra maciça.[13]
142. ARQUIVO
Foi descoberto um arquivo contendo mais de quinze mil tabuinhas de barro, num idioma semítico
ocidental (denominado eblaíta).
A natureza dos textos é diversificada: documentos administrativos, políticos, comerciais, religiosos,
dicionários em outras línguas. O epigrafista chefe da expedição, professor Giovanni Pettinato, alegou
haver descoberto os nomes de cidades como Sodoma e Gomorra. Nomes como Mi-ka-ilu (“quem é
como el?”), mi-ka-ya (“quem é como ya?”), e-as-um (“Esaú”), da-‘u-dum (“Davi”), sha-‘u’-lum (“Saul”),
Ish-ma-il (“Ismael”) mostram afinidade lingüística com os textos bíblicos. O professor Giovanni Pettinato
levantou uma “tempestade” entre os eruditos, ao concluir que o próprio Yahweh fosse cultuado em
Ebla porque a terminação de muitos nomes que apareciam nas inscrições era el e ya. Vale dizer que
atualmente tem se duvidado de tal afirmação, pois o culto de Yahweh ou as cidades da planície
(Sodoma e Gomorra) não seriam citados nos documentos como ele procurou provar.
De qualquer maneira, as escavaçõpes em Ebla têm proporcionado materiais suficientes que a ligam
à língua e cultura do Médio Oriente – e, em nosso caso, à hebraica.
143. CERÂMICA E OBRAS DE ARTE
Também foram encontrados diversos utensílios
de cerâmica e enfeites pessoais, tais como
colares, brincos e braceletes de ouro.
A habilidade artística daquela civilização era
muito desenvolvida
145. HISTÓRIA DA CIDADE
A cidade de Ebla foi o centro de uma grande civilização que se desenvolveu
na Síria, desde o terceiro milênio a.C. até ser destruída pelos hititas cerca de
1600 a.C.[20] após ter sido conquistada por Sargão de Acad e, posteriormente,
por Naram-Sin na segunda metade do terceiro milênio a.C.
Foi grande centro urbano, devendo sua herança cultural principalmente aos
sumérios, dos quais assimilou o tipo cuneiforme de escrita, mesmo adaptando-
o ao idioma que ali se falava: o eblaíta. Também era o centro de uma intensa
rede comercial, negociando lã, prata e produtos agrícolas.
http://portal.metodista.br/arqueologia/artigos/2012/siria-ebla
146. LÍNGUA EBLAITA
O E, que foi falada no III milênio AC na antiga cidade deEbla, na atual Síria.
Está considerada como a mais antiga língua semítica com registo escrito.
A língua, estreitamente ligada com a língua acádia, é conhecida pela
existência dumas 17.000 tabelas em escrita blaita é uma língua extinta, talvez
do grupo oriental das línguas semíticascuneiforme, que foram encontradas
entre o 1974 e 1976 nas ruínas da cidade de Ebla (Tell Mardikh). As tabelas
foram traduzidas inicialmente por Giovanni Pettinato.
http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_ebla%C3%ADta
147. IMPORTÂNCIA
Após a descoberta do grande reino de Ebla , a civilização e a
glória da Síria remonta a meados da década III milénio aC.
A civilização de Ebla , então, pode ser colocado ao lado das
grandes civilizações antigas do Oriente Próximo do III milénio aC,
com seus arquivos reais cheio de informações sobre a situação
política e administrativa desta vez até agora.
148. IMPORTÂNCIA
A descoberta de Ebla deve ser colocado no mesmo nível das grandes
descobertas que mudaram a cara da história do Antigo Oriente, como
os arquivos de Nínive e as tumbas reais de Ur , ou aqueles da cidade
síria de Mari e Ugarit .
É por isso que podemos dizer que a descoberta de Ebla é a descoberta
arqueológica mais importante da segunda metade do XX século, não só
no que diz respeito à Síria, mas em todo o Oriente Médio moderno.
149. IMPORTÂNCIA
A descoberta do arquivo de Ebla no norte da Síria nos anos 70
tem mostrado que os escritos bíblicos concernentes aos Patriarcas
são de todo viáveis.
Documentos escritos em tabletes de argila de cerca de 2300
A.C. mostram que os nomes pessoais e de lugares mencionados
nos registros históricos sobre os Patriarcas são genuínos.
150. IMPORTÂNCIA
O nome "Canaã" estava em uso em Ebla - um nome que críticos
já afirmaram não ser utilizado naquela época e, portanto,
incorretamente empregado nos primeiros capítulos da Bíblia.
A palavra “tehom” (“o abismo”) usada em Gênesis 1:2 era
considerada como uma palavra recente, demonstrando que a
história da criação foram escrita bem mais tarde do que o
afirmado tradicionalmente.
151. IMPORTÂNCIA
“Tehom”, entretanto, era parte do vocabulário usado em Ebla,
cerca de 800 anos antes de Moisés. Costumes antigos, refletidos
nas histórias dos Patriarcas, também foram descritos em tabletes
de argila encontrados em Nuzi e Mari.
http://www.christiananswers.net/portuguese/q-abr/abr-
a008.html
165. MARI - LOCALIZAÇÃO
Mari era uma antiga cidade do médio Eufrates, cerca de 11 Km a noroeste de
Abu-Kemal (a atual Tell Hariri).
Estava localizada numa interseção de rotas de caravanas: uma delas passava pelo
deserto sírio e se estendia até às margens do rio Eufrates; outra rota começava no
norte da Mesopotâmia e atravessava os vales dos rios Cabur e Eufrates.
Mari estava localizada num centro estratégico, tornando-se assim num
importante e prospero lugar, centro de comercio e comunicações.
Sua população era compósita: babilônicos; assírios; semitas do reino de Iamcade-
Alepo, hurruianos, cananeos, suteanos e benjamitas.
166. MARI-HISTÓRIA
Zinri-Lim, filho de Iacdum-Lim, tomou posse do trono (cerca de 1790-1761 a.C).
Neste momento, Mari tornou-se um pequeno reino independente, por dezenove anos
(cerca de 1779-1761 a.C).
Neste período, parece que Mari era o mais importante Estado da região, com um
extensão de aproximadamente 500 kms desde da fronteira da Babilônia até a Síria.
O palácio de Zinri-Lim começou a ser escavado em 1936. Foram encontrados cerca de
20.000 tabletes de argila. Muitos desses tabletes registram correspondências
diplomáticas por parte de Zinri-Lim (ultimo rei de Mari) com Hamurabi, da Babilônia.
São as chamadas Cartas de Mari. Hamurabi, da Babilônia, reduziu Zinri-Lim à posição
de rei vassalo.
A cidade foi destruída pelos cassitas em 1742 a.C.
167. HISTÓRIA
Mari foi redescoberta por acaso em 1933 e a partir daí foram efetuadas
escavações, que só foram interrompidas por problemas políticos e guerras. As
escavações foram efetuadas sob a direção de A. Parrot, que conduziu 21
campanhas arqueológicas em Mari até 1974.
Para além de outros edifícios, ele escavou dois templos, a torre do templo
da cidade e o grande palácio real que continha 300 quartos. A descoberta do
arquivo real com cerca de 20.000 tabuinhas cuneiformes foi o ponto mais alto
desta expedição. Estes textos datam, na sua maioria, do último século da
existência da Mari, quando a cidade ainda era governada pelos amoritas.
168. A PROFECIA NAS CARTAS DE
MARI
As descobertas das cartas de Mari possibilitaram realizar a correlação entre a
profecia israelita e a profecia no Oriente Próximo Antigo. Pois, as cartas de Mari
mencionam várias pessoas que desempenhavam funções oraculares. No
entanto, ainda questiona-se até que ponto a profecia de Mari possui laços
culturais e históricos com os profetas de Israel.
Os emissores de oráculos em Mari podem ser divididos em dois grupos
gerais: aqueles que possuem alguns título e aqueles que não possuem nenhum
título.
169. PROFECIAS
Emissários que têm títulos especiais:
Tais indivíduos desempenhavam posições relativamente bem estabelecida
dentro da estrutura social de Mari. São eles:
Apilu/ apiltu. Provavelmente é a forma participal do verbo apalu,
“responder”. A designação “aquele que responde” pode sugerir que os apilus
davam respostas a perguntas propostas à divindade.
Muhhû / muhhutu. Deriva-se do verbo mahû, “entrar em transe”. O muhû,
pois, é alguém em transe ou estático. Eles desempenhavam funções cultuais.
170. PROFECIAS
Assinu. Aparece em três cartas de Mari. È conhecido em fontes posteriores como
membro pessoal do culto de Ishtar. As cartas de Mari indicam que o assinnu era um
ator que assumia papel feminino em dramas cultuais, pois, era possuído pela
divindade feminina Ishtar.
Qabbatum. Pode significar “locutor”. Pouco mencionado nas cartas e difícil de ser
caracterizado.
Sabemos que os três primeiros títulos relacionam-se com o período de Zimrilim,
por volta de 1700 a.C. Eles pertenciam a uma classe de homens e mulheres que
recebiam alguma ordem da divindade; relacionavam-se com algum templo e por meio
de presságios, sonhos ou visões e experiências estáticas transmitiam um oráculo.
171. PROFECIAS
Um extrato menciona-se o apilum, que aparentemente prometeu o
rei vitória e domínio sobre outras nações:
Fala ao meu senhor: Assim (diz) Mukannishum, teu servo: eu tinha
oferecido os sacrifícios a Dagan pela vida de meu senhor. O
“respondente” de Dagan de Tutal ergueu-se; assim falou ele, a saber:
“Babilônia, estas ainda disposta? Eu te conduzirei para a armadilha (?)
... As casas / famílias dos sete parceiros e quaisquer que (sejam) sua
possessões eu porei nas mãos de Zimrilim”
172. PROFECIAS
Emissários sem título:
Treze dos emissores de oráculos em Mari não trazem nenhum título particular referente
às suas atividades revelatórias. Somente em alguns casos, pode-se interpretar alguma coisa,
mas a preservação dos textos é deficiente. Somente sabe-se que tais emissários entravam
em transe e por meio de sonhos emitiam oráculos. Oito dos treze emissários eram
mulheres; várias delas eram servas. Um dos homens era sacerdote changu. Outros homens
e mulheres eram cidadãos livres.
Varias das mensagens desses emissários relacionavam-se ao Estado: dizem respeito a
requerimentos pessoais ao rei; outros emissários transmitiam oráculos da divindade que
buscava melhor tratamento ao rei, e ainda outro, dava conselho de como conduzir uma
batalha.
173. IMPORTÂNCIA
As descobertas das cartas de Mari possibilitaram realizar a correlação entre a
profecia israelita e a profecia no Oriente Próximo Antigo.
Fornecem material de apoio relativo ao período patriarcal, tornando
conhecidas a cultura e a religião dos amoritas, um povo com quem os patriarcas
mantiveram relações comerciais (ver Gn 14:13; Gn 15:16).
Os eruditos mostraram-se particularmente intrigados com as atividades dos
profetas tanto Mari como em Alepo, tal como é confirmado por cartas recebidas
em Mari, vindas de Alepo.
Descrevem costumes, informações detalhadas e nomes da época patriarcal.
174. As Tábuas de Nuzi. São cerca de 10000 tábuas, e pertenciam ao
antigo império hitita. Descrevem a história hitita e trazem
exemplos de alianças internacionais do séc. XVII a.C.