Cetesb autoriza extensão de 30 dias para aterro sanitário em Campinas
1. http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2013/04/cetesb-autoriza-e-prefeitura-esticavida-util-de-aterro-sanitario-por-30-dias.html
30/04/2013 19h41 - Atualizado em 30/04/2013 19h41
Cetesb autoriza e Prefeitura 'estica'
vida útil de aterro sanitário por 30
dias
Licença ambiental para o Delta A, em Campinas, venceria nesta terça-feira.
Administração municipal quer prorrogar o prazo de uso para mais um ano.
Do G1 Campinas e Região
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Aterro foi criado em 1992 e já teve uso prorrogado
por cinco vezes (Foto: Reprodução/EPTV)
A Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) autorizou a Prefeitura
deCampinas (SP) a prorrogar, por mais 30 dias, o prazo de utilização do aterro sanitário Delta A,
que vencia nesta terça-feira (3). Nesse período, a autarquia irá analisar os dados fornecidos pela
administração municipal, que pediu o aumento do limite da altura da pilha de resíduos em 10
metros.
Segundo o secretário de Serviços Públicos, Ernesto Dimas Paulella, atualmente o aterro está com
590 metros, 40 a menos do que a atual licença concedida pela Cetesb permite, o que ainda
possibilita o despejo de 40 mil toneladas. Se a companhia autorizar o aumento, a capacidade do
Delta A subirá para 640 metros e prorrogará o prazo do uso do aterro em um ano, segundo a
Prefeitura.
O aterro foi criado em 1992 e, desde então, teve o tempo de uso prolongado por cinco vezes. No
início do mês, o engenheiro químico João Henrique Castanho de Campos, que trabalhacom
2. gestão de resíduos, afirmou que, ao ultrapassar o limite de altura, aumenta o risco de um
acidente ambiental. Campos explicou que o peso de uma nova camada de lixo pode causar o
rompimento das camadas inferiores e, com isso, o chorume - líquido proveniente da
decomposição – pode vazar e contaminar o solo e o lençol freático. O engenheiro químico
apontou ainda o risco do lixo exposto lançar poeira tóxica no ar e chegar aos bairros vizinhos ao
Delta A.
Coleta Seletiva
Para Campos, a coleta seletiva ajudaria no acúmulo do lixo. "Deveria ser feita a coleta seletiva
para separar o volume de resíduo que pode ser reciclado, separar o orgânico que pode ser
composto e separar lâmpadas, baterias e pilhas. Assim seria possível destinar adequadamente e
fazer a recuperação”, disse.
O secretário de Serviços Públicos explicou que, com o prolongamento de um ano, será possível
elaborar uma Parceria Público-Privada (PPP) para que uma empresa crie um sistema de
tratamento dos resíduos. “Nós estamos elaborando o projeto da PPP do lixo, que prevê a
construção de uma usina de reciclagem, uma de reciclagem, uma de compostagem e uma usina
para a transformação de rejeitos no combustível derivado de resíduo (CDR)”, revelou.
Paulella disse que a Prefeitura vai implantar o sistema na área do Delta B, que fica próximo ao
Aeroporto Internacional de Viracopos. Segundo ele, como as usinas serão fechadas, não haverá o
risco da atração de pássaros próximo ao espaço aéreo do aeroporto.