1. Organização Escolar em Ciclos
Politica Educacional
Raimundo Leite
Equipe:
• Darilene Moura
• Endrew Silva
• George Lucas
• Lucas Lorran
• Nazareh Moraes
• Thais Quaresma
• Raquel Benaion
2. SISTEMA SERIADO
• O currículo escolar segue um fluxo determinado;
• Para o aluno passar para o ano letivo seguinte ele precisa ser aprovado no
anterior.
1ª
Série
2ª
Série
3ª
Série
3. Progressão Continuada
• Nova organização do ensino;
• Objetivos:
Aumentar a qualidade de ensino
Eliminar a defasagem idade/série
Combater a evasão
Evitar múltiplas repetências
• Turmas e professores seriam reorganizados em um período maior de
ensino e aprendizagem;
• Desenvolvimento de práticas Interdisciplinares.
4. Ciclos
• Ciclos na Finlândia – 9 Anos
• Proposta de Paulo Freire:
Cada três anos no Ensino Fundamental
Ciclo Inicial
• 1ª, 2ª e 3ª
séries do
ensino
fundamental.
Ciclo
Intermediário
• 4ª, 5ª e 6ª
séries do
ensino
fundamental.
Ciclo Final
• 7ª e 8ª séries
do ensino
fundamental.
5. Contexto Histórico
A escola em ciclos de formação surgiu na França, em 1936, através de uma proposta
ao ensino médio profissionalizante.
6. 1931 – Reforma Francisco Campos
• EraVargas – Ditadura do Estado Novo
• Criação do Conselho Nacional de Educação;
• Dividiu o curso secundário em dois ciclos :
Cinco anos: Primeiro Fundamental
Dois anos: Segundo Complementar
1984 – Implantação do CBA (Ciclo
Básico de Alfabetização)
• 1984 – Adotado em São Paulo
• 1985 – Adotado em Minas Gerais
• 1988 – Paraná e Goiás
7. Década de 1990
• Antes da nova LDB, alguns municípios incorporaram os ciclos e a
progressão continuada;
• Essas experiências se estenderam para os oitos anos do ensino
fundamental:
São Paulo (1992)
Escola Plural em Belo Horizonte (1994)
Escola Cidadã em Porto Alegre (1995)
9. Sociológicas
• Escola menos seletiva
• Escola inclusiva ou não-seletiva pode ser
considerada como um “modelo
historicamente mais integrador das
diferenças” (Sacristán, 2001)
• Desafiados a identificar as possibilidades
pedagógicas e políticas para garantir aos
alunos a permanência na escola
• Relevante para as crianças e jovens das
classes populares
Epistemológicas
• Modalidades de organização da escola em ciclos
• ciclos de formação
• ciclos de aprendizagem
• regime de progressão continuada
• bloco inicial de alfabetização
• etc
• Fundamentos dos ciclos são incorporados ou
recontextualizados de formas diferenciadas
• As redes de ensino podem acentuar mais um ou
outro aspecto
10. Antropológicas e Psicológicas
• Aprendizagem é um processo contínuo e progressivo
• Atender as diferenças individuais no processo de
aprendizagem
• Enfrentar o fracasso escolar (reprovação, evasão)
• Possibilidade de progressão na aprendizagem
• Heterogeneidade (diversidade) permite a ampliação
das possibilidades de interação na sala de aula;
• Sistema escolar baseado na lógica da aprendizagem
(transmissão passa a ser construção)
• Pluralidade e a diversidade cultural
• Pedagogia diferenciada
• Avaliação formativa
Filosóficas e Políticas
• Retórica da escola em ciclos é progressista
• Ampliação do direito à educação
• Democratização da educação
• Ruptura com as práticas de exclusão
dentro da escola
• Escola democrática, não-seletiva, não-
excludente
• Garantiria a todos os alunos o direito de
permanecer na escola e de aprender
11. • Ball (1994) explica ainda que as políticas colocam problemas aos sujeitos,
problemas que precisam ser resolvidos no contexto da prática, que, por sua
vez, é influenciado por múltiplos fatores.
• Infraestrutura disponível
• Condições objetivas de trabalho dos professores e demais profissionais da educação
• A gestão da escola
• Características da comunidade escolar
• Concepções dos profissionais da educação
• Nível de domínio e conhecimentos que a equipe da escola como um todo possui sobre
os ciclos.
Políticas são sempre incompletas,
simples e pouco refinadas.
Prática é sofisticada, contingente,
complexa e pouco previsível.
Assim as políticas oficiais são
reinterpretadas e recriadas
no contexto da prática.
12. Bases Psicológicas
Piaget
• Adequação de uma informação nova à esquemas mentais já possuídos.
• A criança aprende a aprender.
Wallon
• A escola é um meio fundamental para o desenvolvimento do aluno ao dar oportunidades de
participação em grupos diferentes.
• O ser humano constrói primeiramente a si mesmo, depois explora o ambiente externo.
Vigotsky
• O indivíduo é determinado nas interações socioculturais.
• É na linguagem e por ela própria que o indivíduo é determinado e é determinante de outros
indivíduos.
14. Lei 9.324/96, Lei de Diretrizes e Bases da
Educação (LDB)
• Art. 23.: A educação básica poderá organizar-se em series anuais,
períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de
estudos, grupos não-seriados, com base na idade, na
competência e em outros critérios, ou por forma diversa de
organização, sempre que o interesse do processo de
aprendizagem assim o recomendar.
• Art. 32: § 1º: É facultado aos sistemas de ensino desdobrar o
ensino fundamental em ciclos
15. Educação Continuada no Brasil
• 21,3% das escolas de Ensino Fundamental do Brasil estão
organizadas em ciclos.
• Maior concentração na região Sudeste (37,7%), menor na região
Norte (13,3%).
• Primeira experiência realizada no estado de São Paulo em 1968.
• Implementação da Escola Plural em Minas Gerais (1996).
17. • Garantia do acesso ao conhecimento
historicamente elaborado;
• Construção de um tempo escolar que
favorece o desenvolvimento e aprendizagem
significativa dos educandos;
• Compreensão do educando como sujeito
sócio-histórico-cultural, pensante, produtor
de ideias e capaz de resgatar sua auto estima,
a confiança em si e nas suas potencialidades.
18. OBJETIVOS
• Democratizar o acesso e permanência da população à escola;
• Reorganizar, ressignificar, replanejar e reinventar a organização e a
dinâmica escolar;
• Assegurar o processo de ensino-aprendizagem de forma contínua
e sem retrocessos;
• Desenvolver uma metodologia que contemple os princípios de
continuidade, de construção do conhecimento, da diversidade do
ritmo de aprendizagem;
• Repensar as relações entre professor-aluno e família-escola.
19. Análise Crítica
A proposta dos ciclos se apresenta como uma forma de modificar os tempos rígidos
e a organização tradicionalmente encontrada no sistema seriado, no qual o calendário
único e sequencial deve ser cumprido e seguido por professores e alunos,
desconsiderando muitas vezes os diferentes ritmos de desenvolvimento e de
aprendizagem dos educandos. A formação do aluno não é previsível nem linear e, por
essa razão, os tempos escolares inflexíveis e padronizados podem comprometer ou,
pelo menos, não contribuir para o processo de formação do aluno, entendido como
sujeito e aprendiz.
Aprovação automática quer dizer sem avaliação, sem orientação, sem cobrança,
sem algum apoio. Progressão continuada, ao contrário, é um alargamento do conceito
de período escolar, pois prevê, em vez de anos, ciclos.
20. Referências
• MENEZES, EbenezerTakuno de; SANTOS,Thais Helena dos.Verbete progressão continuada. Dicionário
Interativo da Educação Brasileira - Educabrasil. São Paulo: Midiamix, 2001. Disponível em:
<http://www.educabrasil.com.br/progressao-continuada/>.Acesso em: 23 de fevereiro de 2017.
• ALMEIDA, Fernando José de; Progressão continuada não é aprovação automática:A confusão entre os
conceitos prejudica os debates sobre os ciclos de aprendizagem, 2010. Disponível em:
<https://novaescola.org.br/conteudo/287/progressao-continuada-nao-aprovacao-automatica>.Acesso em:
23 de fevereiro de 2017.
• LUCCI, Marcos Antonio. A proposta deVygostsky: A psicologia Sócio-Histórica. São Paulo, Brasil.Tese de
Doutorado, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
• MENEZES, EbenezerTakuno de; SANTOS,Thais Helena dos.Verbete Reforma Francisco
Campos. Dicionário Interativo da Educação Brasileira - Educabrasil. São Paulo: Midiamix, 2001. Disponível
em: <http://www.educabrasil.com.br/reforma-francisco-campos/>.Acesso em: 01 de mar. 2017.
Notas do Editor
Thais
Esse modelo dá papel central à avaliação, uma vez que ela autoriza o aluno a progredir ou não nos estudos, podendo ficar retido.
Altas taxas de reprovação e evasão começaram a ser observadas no Brasil
Reprovar a criança uma, duas ou três vezes e mandá-la ficar com colegas menores causa problemas de adaptação e provoca desinteresse por ela ser obrigada a ver e estudar tudo de novo.
não se pode dizer que não houve aprendizagem alguma no ano "perdido"
O resultado da reprovação anual na rede pública é a expulsão de milhares de jovens da escola, colocando-os no abandono e na marginalidade.