O documento discute a evolução histórica da profissão docente, desde sua associação inicial com a Igreja até se tornar parte do funcionalismo público com a estatização do ensino. Também aborda as análises sobre os professores serem classificados como semiprofissionais ou seu trabalho ser comparado ao de operários, além de apresentar brevemente a realidade brasileira e a construção da profissionalidade docente.
3. Profissão no sentido etimológico, vem do latim
professio, que significa declaração,profissão,
exercício, ocupação, emprego (FIRMINO, [19 -]).
De acordo com Nóvoa (apud Costa, 1995) o termo
profissão, nos séculos XVII e XVIII, abrangia
significados leigos e religiosos.
Já no início do século XX, a profissão passa a ser
uma instituição veiculada às profissões liberais
clássicas: clero, medicina e direito.
A concepção atual do termo profissão surgiu com
as formas industriais e competitivas do capitalismo.
4. Toyotismo
Após o ano de 1945, com a expansão do
capitalismo monopolista do Japão, o
Toyotismo passa a explorar a
"[...] dimensão cognitiva da classe
trabalhadora, para que a empresa possa
ser mais competitiva no mercado"
(LISBOA, 2002, p.35).
5. A realidade do trabalho
na sociedade capitalista
Segundo Ferreira (1988, p. 531),
profissão significa
"atividade ou ocupação especializada,
e que supõe determinado preparo".
É um trabalho praticado habitualmente
a serviço de outras pessoas,
ou como prática contínua
de um ofício.
6. As análises sobre a profissão docente e o
discurso sobre a profissionalização
Partindo dos estudos de Nóvoa (1995c),
constata-se que o exercício da docência,
enquanto construção histórica, tem em
seus primórdios relações intrínsecas
com a Igreja, uma vez que, incialmente,
cabia aos religiosos (especialmente aos
jesuítas) a responsabilidade pela
educação. Mais tarde, com a estatização
do ensino, processo dos em que os
professores religiosos passaram a ser
substituídos por leigos, sob a tutela do
Estado, os professores foram
integrando-se ao funcionalismo
público.
7. Desde os ideais da Modernidade...
... a escola foi vista como um
instrumento de ascenção social e,
com ela, a figura do professor
personificou tal possibilidade:
além de agentes culturais, os
professores foram vistos, também,
como agentes políticos capazes
de prover os indivíduos de
condições para o acesso a uma
nova forma de vida, de melhores
condições.
8. Dentro desse modelo, os
professores são classificados
como semiprofissionais, isto é,
uma categoria que não cumpre
todas as características pré-
estabelecidas, mas apenas
algumas delas.
9.
10. Outra análise encontrada acerca
do trabalho dos professores, é
realizada a partir do seu
processo de trabalho: a teoria
da proletarização, de
fundamentação marxista, que se
baseia na semelhança entre o
trabalho do professor e o
trabalho dos operários.
11. Uma breve análise
da realidade brasileira
● Salários precários
● Estrutura inadequada
● Baixo prestígio social
● Pouco envolvimento de uma
quantidade razoável de
professores com relação à
melhoria da educação e da
própria profissão
● Entre outros aspectos...
12. A Construção da
profissionalidade docente
De acordo com as análises de
Libâneo (2001, p. 63), a
profissionalidade é definida como
"[...] conjunto de requisitos
profissionais que tornam alguém
um professor, uma professora,
[...]". Tais requisitos encontram-se
relacionados aos conhecimentos,
habilidades e atitudes necessárias
para o exercício profissional.