O documento discute alterações cromossômicas, incluindo tipos como aneuploidia, euploidia e alterações estruturais. Ele também descreve síndromes específicas como Down, Edwards, Patau, Turner, Klinefelter e X frágil.
2. ALTERAÇÕES CROMOSSÔMICAS
•Alterações cromossômicas são
alterações que ocorrem no número ou
na estrutura dos cromossomos.
•Alterações nos cromossomos podem
levar a mudanças nas características do
indivíduo portador e até mesmo levar à
morte.
3. ALTERAÇÕES CROMOSSÔMICAS
As alterações cromossômicas são responsáveis
por mais de 60 síndromes identificáveis, afetando
0,7% dos nascidos vivos, 2% das gestações em
mulheres acima dos 35 anos e 50% dos abortos
espontâneos do primeiro trimestre
4. ALTERAÇÕES CROMOSSÔMICAS
•Para se tornar possível a identificação dessas
alterações cromossômicas utiliza-se algumas
técnicas, entre elas a citogenética, que é
caracterizada como uma ciência que estuda a
constituição genética da célula através dos
cromossomos.
5. TIPOS DE ALTERAÇÕES CROMOSSÔMICAS
•Caso o cariótipo for diferente de 46,XX ou 46,XY;
existem muitas variações que podem ocorrer.
•As alterações possíveis são classificadas
em numéricas, quando houver um número
diferente de 46 cromossomos ou estruturais,
quando o número permanece inalterado, contudo
a estrutura de algum cromossomo apresenta uma
alteração.
6. ALTERAÇÕES NUMÉRICAS
• As alterações cromossômicas numéricas são
aquelas que afetam o número normal de
cromossomos de uma determinada espécie.
• Uma das causas dessas alterações cromossômicas é
a chamada não disjunção.
• Na meiose, o normal é que os cromossomos sejam
distribuídos para as células-filhas sem nenhum erro e
de maneira igualitária. Em casos de não disjunção,
o que se observa é que os cromossomos homólogos
não se separam adequadamente na meiose.
7. ALTERAÇÕES NUMÉRICAS
• Como na não disjunção os cromossomos não são
distribuídos de forma adequada, um gameta
formado recebe dois cromossomos de um mesmo
tipo, e o outro gameta não recebe nenhum
cromossomo do tipo afetado.
• Quando esses gametas anormais se fundem a
gametas normais, há um zigoto formado com um
número de cromossomos anormais para aquela
espécie
8. ALTERAÇÕES NUMÉRICAS
• No caso citado, há aneuploidia, pois apenas um tipo de
cromossomo é afetado.
• Nas aneuploidias, ocorre o aumento ou diminuição de
um ou mais cromossomos, mas não de todo o conjunto
cromossômico.
• Existem situações, no entanto, em que todo o conjunto
cromossômico é afetado, uma alteração conhecida
como euploidia.
• As euploidias podem ocorrer, por exemplo, devido à
não disjunção de todos os cromossomos ou a falhas na
divisão do zigoto.
9. ALTERAÇÕES NUMÉRICAS
•ANEUPLOIDIA: caracterizam-se pelo ou
aumento ou redução de um ou mais
cromossomos sem o comprometimento
de todos os pares. As aneuploidias
podem comprometer os cromossomos
autossômicos e também os sexuais.
10. ALTERAÇÕES NUMÉRICAS
•CASOS MAIS COMUNS DE ANEUPLOIDIA:
•MONOSSOMIAS - Ocorre quando há ausência
de um cromossomo quando comparado ao
conjunto cromossômico normal.
•Nesse caso, o cariótipo é representado por
2n-1. Um exemplo de monossomia é a
Síndrome de Turner, em que se observa a
presença de apenas um cromossomo X.
11.
12. ALTERAÇÕES NUMÉRICAS
•TRISSOMIA - Quando o cromossomo está
presente em triplicata, dizemos que há
uma trissomia.
•A trissomia é representada por cariótipo
2n+1.
•A trissomia do cromossomo 21 ou
síndrome de Down é a mais conhecida
na nossa espécie.
13.
14. ALTERAÇÕES NUMÉRICAS
•EUPLOIDIA: Ocorre quando há alteração
no grupo completo de cromossomos das
células. Para determinar se uma ploidia é
normal ou uma alteração, devemos
considerar a quantidade de
cromossomos daquela espécie.
15. ALTERAÇÕES CROMOSSÔMICAS
• CASOS MAIS COMUNS DE EUPLOIDIA:
• MONOPLOIDIA OU HAPLOIDIA - Nas alterações conhecidas
como monoploidias ou haploidias, há apenas um conjunto
básico de cromossomos.
• POLIPLOIDIAS - Nas poliploidias, como a triploidia e a
tetraploidia, por sua vez, há um aumento dos conjuntos de
cromossomos. No caso da triploidia, o indivíduo é 3n, ou
seja, possui três grupos cromossômicos. No caso da
tetraploidia, o indivíduo é 4n e possui quatro grupos
cromossômicos.
16.
17. ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS
•As alterações cromossômicas
estruturais, como o nome sugere,
estão relacionadas com a estrutura
dos cromossomos.
•Elas podem ocorrer devido a falhas
na meiose.
18. ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS
• DELEÇÃO - A deleção ocorre quando um pedaço
do cromossomo é perdido. Desse modo, o
cromossomo passa a não ter alguns genes.
• Um exemplo de distúrbio causado por deleção é a
síndrome Cri-du-chat (“miado do gato”), a qual é
resultado de uma deleção no cromossomo 5.
• A síndrome recebeu essa denominação devido ao
fato do choro do paciente lembrar o de um gato.
19. ALATERAÇÕES ESTRUTURAIS
• DUPLICAÇÃO - A duplicação ocorre quando um
cromossomo possui um segmento extra, ou seja,
uma porção do cromossomo está duplicada.
• INVERSÃO - Na inversão, como o nome sugere, o
cromossomo possui uma porção com orientação
invertida.
22. SÍNDROME DE DOWN
•A Síndrome de Down também conhecida por trissomia
do 21 foi descrita pela primeira vez por John Langdon
Down em 1966, que observou através de cariótipo a
presença de um cromossomo extra (21), no número de
cromossomos total em uma célula.
23. •As principais características clínicas encontradas
em seus portadores são: perfil achatado, orelhas
pequenas e de implantação baixa, pescoço de
aparência larga e grossa com pele redundante na
nuca, mãos e pés tendem a ser pequenos e grossos,
podendo ser observado muitas vezes encurvamento
do quinto dígito, olhos com fendas palpebrais
oblíqua, língua grande, abdômen saliente e com
tecido adiposo abundante
24. •A incidência da Síndrome de Down é de
1: 700-900 nascidos vivos, sendo que essa
proporção aumenta diretamente com o
aumento da idade materna, podendo ser
observado incidências abaixo de 1:100 em
gestantes com idade acima de 40 anos
25.
26. SÍNDROME DE EDWARDS
•A síndrome de Edwards (trissomia do 18), é a
segunda alteração cromossômica mais freqüente
nos seres humanos e sua incidência é de 1:5.000
nativivos. O primeiro relato da síndrome foi feito
por Edwards e colaboradores na Inglaterra em
1960.
27. •Na maioria dos casos de trissomia do cromossomo
18 é encontrado as seguintes características
clinicas: baixo peso, crises de cianose, tremores e
convulsões, hipoplasia genital, hérnia
diafragmática, fenda facial, onfalocele (hérnia
umbilical), rins em ferradura.
28. •Dentre os portadores da síndrome, indivíduos do
sexo feminino apresentam uma ligeira
predominância da doença. A idade materna
avançada também é um fator importante para uma
maior incidência da síndrome como ocorre na
Síndrome de Down. Quanto à origem parental,
estudos revelam que, em 85% dos casos, o
cromossomo 18 extra é proveniente de erro da
meiose materna e em 15% de meiose paterna
29. •A trissomia do 18 apresenta um prognóstico
bastante limitado, 95% dos conceptos morrem
como embriões ou fetos e 5 a 10% vivem o
primeiro ano após o nascimento. Para os recém-
nascidos vivos com essa trissomia a probabilidade
estimada de sobrevida de um mês de idade é de
38,6% e de um ano de idade é de 8,4%
30.
31. SÍNDROME DE PATAU
•A síndrome de Patau também chamada de trissomia do
13 tem sua incidência estimada em 1:5.000 nascidos
vivos. Esta síndrome foi relatada em 1960 por Klaus
Patau que identificou pela primeira vez um cromossomo
autossômico extra do grupo D. É uma doença congênita
e outras alterações desse cromossomo, como
translocações, podem resultar em características que
classificam a síndrome.
32. •A trissomia do 13 é clinicamente grave e letal em
quase todos os casos, a média de sobrevida para os
portadores da síndrome é de 2 a 5 dias, sendo a
trissomia autossômica menos freqüente devido a
sua alta taxa de mortalidade intra uterina. Pacientes
com esta síndrome podem apresentar
características como microftalmia (globo ocular
pequeno), fenda palato labial e polidactilia
33. •Após o nascimento as complicações
cardiorrespiratórias são a causa mais
comum de morte, 45% dos portadores
morrem já no primeiro mês após o
nascimento e 70% morrem antes de 1 ano
de idade. Raramente os portadores
chegam à idade adulta
34.
35. SÍNDROME DE TURNER
•A Síndrome de Turner é uma alteração dos
cromossomos sexuais, sendo definida atualmente como
uma anomalia cromossômica, onde apenas um
cromossomo X tem seu funcionamento normal, sendo
que o outro cromossomo X pode estar perdido total ou
parcialmente ou ser anormal. Essa síndrome foi descrita
inicialmente por Henry Turner, em 1938
36. •A síndrome possui como características clínicas,
que originam seu fenótipo, baixa estatura,
inteligência normal, disgenesia gonadal
(malformação dos ovários), puberdade deficiente,
infertilidade, pescoço alado, cardiopatias e rins
com formato de ferradura
•Sua incidência, é de 1:2130 ou 0,47:1000 meninas
nascidas vivas
37.
38. SÍNDROME DE KLINEFELTER
•A Síndrome de Klinefelter foi descrita por Harry
Klinefelter em 1942. É caracterizada pela presença
de um cromossomo X extranumérico, levando a
insuficiência na produção de testosterona.
39. • É comum encontrar em seus portadores hipogonadismo
masculino primário (deficiência funcional dos testículos que
acarreta insuficiência do desenvolvimento sexual), estatura
aumentada, proporções corporais e distribuição de pêlos e
de gordura no corpo apresentando um padrão feminino,
massa muscular reduzida, níveis de testosterona baixos e
características sexuais secundárias masculinas pouco
desenvolvidas, ginecomastia (desenvolvimento das mamas
masculinas), dificuldade de aprendizado e retardo mental
leve
• A incidência da Síndrome de Klinefelter é de 1-4:1000
nascidos vivos e 1: 600 recém-nascidos do sexo masculino
40.
41. SÍNDROME DO CROMOSSOMO X
FRÁGIL
•A síndrome do X frágil (FXS ou SXF) é uma
condição genética e hereditária,
responsável por grande número de casos
de deficiência mental e distúrbios do
comportamento, que afeta um em cada
2 mil meninos e uma em cada 4 mil
mulheres.
42. •A síndrome é causada por mutações
no gene FRM1(Fragile X Mental
Retardation 1), presentes numa
falha, que recebeu o nome de sítio
frágil, localizada na extremidade do
braço longo do cromossomo X.
43. •A alteração faz com que esse gene
deixe de codificar, em níveis
adequados, a proteína FMRP (Fragile X
Mental Retardation Protein) essencial
para o desenvolvimento das conexões
entre as células nervosas e a
maturação das sinapses.
44. •É considerado normal o gene FMR1 que
contém de 6 a 54 repetições dos blocos
CGG. A ocorrência de 55 a 200
repetições indica que a pessoa é
portadora de pré-mutação do gene, que
permanece ativo e com produção da
proteína mantida em nível suficiente
para que os neurônios se desenvolvam
sem problemas, embora algumas
características clínicas já possam estar
instaladas.
45. •Considera-se a mutação completa, quando
são identificadas mais de 200 repetições da
sequência CGG do DNA, número que pode
chegar a milhares. Nesses casos, ocorre
uma alteração química no DNA, que
bloqueia o funcionamento do gene FRM1 e
inibe totalmente a expressão da proteína
FMRP, o que desorganiza toda a estrutura
cerebral.