O documento fornece instruções sobre coleta de sangue para exames, incluindo legislação, fase pré-analítica, fatores que podem alterar exames, coleta venosa, coleta capilar, anticoagulantes, complicações e transporte de amostras.
2. LEGISLAÇÃO
• “Cabe, ainda, ao técnico ministrar medicamentos,
aplicar e conservar vacinas e fazer curativos; colher
material para exames laboratoriais; executar
atividades de desinfecção e esterilização; realizar
controle hídrico; realizar testes para subsídio de
diagnóstico; instrumentar; efetuar o controle de
pacientes e de comunicantes em doenças
transmissíveis; prestar cuidados de Enfermagem
pré e pós-operatórios; aplicar oxigenoterapia,
nebulização, enteroclisma, enema e calor ou frio;
executar os trabalhos de rotina vinculados à alta de
pacientes; e participar dos procedimentos pós-
morte.”
• COFEN Decreto N 94.406/87
3. FASE PRÉ
ANALÍTICA
• Consiste na preparação do paciente,
manipulação e armazenamento da amostra
antes da análise do material coletado exemplos:
• - Requisição do exame
• - Orientação e preparo para a coleta
• - Coleta
• - Identificação (Solicitar que o usuário realize a
conferência dos seus Dados: nome, idade, sexo).
• - Preparação da amostra
• - Acondicionamento
• - Transporte
5. JEJUM
• Devem ser evitadas coletas de sangue após
períodos muito prolongados de jejum – acima de
16 horas
• O período de jejum habitual para a coleta de
rotina de sangue é de 8 horas;
• O jejum pode ser reduzido a 4 horas, para a
maioria dos exames e, em situações especiais,
tratando-se de crianças de baixa idade, pode ser de
1 ou 2 horas apenas.
• ATIVIDADE FÍSICA
• Aumento na atividade de algumas enzimas que
pode persistir por 12 a 24 horas. Por esta razão,
prefere-se a coleta com o paciente em condições
basais.
6. POSTURA
• Mudança rápida na postura
corporal pode causar variações na
concentração de alguns componentes
séricos.
• Quando o indivíduo se move da
posição supina para a posição ereta,
por exemplo, ocorre um afluxo de
água e substâncias filtráveis do
espaço intravascular para o
intersticial
7. MEDICAMENTOS
• O usuário NUNCA poderá
interromper voluntariamente o
uso de medicamentos;
• Informar sempre na solicitação
do exame ao laboratório todos
os medicamentos que o usuário
fez uso nos 10 dias que
antecederam a coleta.
• Ter cuidado ao coletar sangue de
pacientes que fazem uso de
anticoagulantes .Ex: AAS,
Marevan,Clexane
8. GARROTEAMENTO
•Ideal: de 1 a 2
minutos;
• Se garrote
permanecerpor
mais tempo,
a estase venosa
levará a alterações
metabólicas.
9. FONTES DE
VARIAÇÃO
• SEXO
• Diferenças hormonais
• Parâmetros sangüíneos e urinários se
apresentam em concentrações distintas
entre homens e mulheres devido as diferenças
metabólicas;
• IDADE
• Os valores de referência diferenciam de acordo
com a idade do paciente.
10. Coleta de Sangue- Materiais
COLETA À VÁCUO
COLETA COM SERINGA E SCALP
11. LOCAIS DE PUNÇÃO
• EM PACIENTES QUE FIZERAM RETIRADA
DE MAMA OU PACIENTES COM FÍSTULAS A
PUNÇÃO DEVE SER REALIZADA NO BRAÇO
OPOSTO.
• COLETA EM OUTRAS PARTES DO CORPO
DEVEM SER AUTORIZADAS PELO PACIENTE
OU ACOMPANHANTE.
12. COLETA DE SANGUE
• Retirar a agulha da embalagem estéril e
acoplar ao adaptador, deixando na própria
embalagem estéril pronta para ser usada. .
• Colocar um garrote ao redor do braço do
paciente, acima da dobra do cotovelo.
• Verificar o pulso para garantir que a
circulação arterial não foi interrompida.
• O paciente deve abrir e fechar a mão várias
vezes para aumentar a circulação venosa.
• Pela inspeção e palpação determinar a veia a
ser puncionada, que deve ser calibrosa e
firme.
• Desinfetar a pele sobre a veia selecionada,
com álcool a 70% e deixar secar.
• Não tocar o local a ser puncionado, nem
deixar que o paciente dobre o braço.
• Introduzir a agulha na pele ao lado da veia
que vai ser puncionada, paralelamente a ela,
e, lentamente, penetrar em seu interior.
• Acoplar o tubo no adaptador à vacuo
• Soltar o garrote, retirar a agulha e colocar um
pedaço de algodão seco no local;
• Homogeneizar os tubos invertendo-os de 5 à
8 vezes lentamente;
• Soltar o garrote e retirar a agulha do braço do
paciente;
• Colocar algodão seco no local da punção
pressionando para estancar o sangramento
15. COLETA CAPILAR
• Nunca:
• Em local edematoso.
• Massagear antes.
• Espremer.
• Aquecer previamente com
compressas quentes.
• Sempre:
• Limpar com álcool a 70%.
• Desprezar a primeira gota.
16. ANTICOAGULANTES
para
•São usados quando necessita-se de sangue
total ou plasma algumas análises usam-se
anticoagulantes.
Os mais usados são:
• EDTA(ácido etileno-diamino-
tetra-acético): determinações
bioquímicas e hematológicas
• Heparina: provas bioquímicas
Oxalatos: provas de coagulação
Citratos: provas de coagulação
18. Ordem dos tubos
para coleta
• Quando não se respeita a
ordem dos tubos como o que
acontece se coletar o tubo de
Heparina antes do de Citrato
pode ocorrer contaminação
cruzada, isso pode interferir
nos resultados de fatores de
coagulação do paciente;
19. VERMELHO
–Sem anticoagulante.
–Obtenção de soro para bioquímica e sorologia.
–Exemplo de testes:
•Creatinina
•Glicose
•Uréia
•Colesterol
•Pesquisa e identificação de anticorpos e ou antígenos no soro.
AMARELO
– Gel separador e ativador para aceleração da retração do
coágulo.
– Dosagens bioquímicas, Dosagens hormonais e Sorologias.
– Colher de 3 a 10 ml.
– Manter em refrigeração até 24 horas.
20. ROXO
–Com anticoagulante EDTA sódico ou potássico
–Obtém-se assim o sangue total para hematologia
–Testes:
•Hemograma
•Leucograma
•Plaquetas
PRETO
–Os tubos para VHS
–Contêm solução tamponada de citrato trissódico
–Utilizados para coleta e transporte de sangue venoso para o
teste de sedimentação.
21. VERDE
– Paredes internas revestidas com heparina.
– Testes bioquímicos, gasometria
AZUL
– Contém citrato de sódio
– Anticoagulante utilizado para a obtenção de plasma
para provas de coagulação:
• Tempo de Coagulação
• Retração de Coágulo
• Tempo Parcial de Tromboplastina
• Tempo de Protrombina
22. CINZA
– Tubos para glicemia
– Contêm um anticoagulante e um estabilizador, em
diferentes versões:
• EDTA e fluoreto de sódio
• oxalato de potássio e fluoreto de sódio
• heparina sódica e fluoreto de sódio
• heparina lítica e iodoacetato
– Ocorre inibição da glicólise para determinação da
taxa de glicose sanguínea
23. •SORO - tubo sem gel separador:
Aguardar a completa coagulação à temperatura ambiente
seguida de centrifugação a 3.000 rpm, por um período de 10
minutos.
•SORO - tubo com gel separador:
Deve-se imediatamente após a coleta homogeneizar, o tubo
por inversão de 5 a 8 vezes, manter em repouso, verticalmente, por
30 minutos para retrair o coágulo e seguir a centrifugação a 3.000
rpm por 10 minutos.
PROCESSAMENTO DA AMOSTRA
24. INTERFERÊNCIA DE RELEVÂNCIA CLÍNICA
• Os testes laboratoriais
podem ser afetados por
fatores internos e externos na
amostra.
25. A presença da bilirrubina, dando uma cor amarelada
forte, altera os valores de creatinina.
AMOSTRAS ICTÉRICAS
26. É a liberação de componentes intracelulares das
hemácias e outros componentes dentro do espaço
extracelular do sangue. Aparência da cor é devida à
liberação de hemoglobina.
Causas:
Erro na hora da coleta;
Trauma na veia antes da coleta;
Coleta demorada;
Garroteamento prolongado.
AMOSTRAS HEMOLISADAS
27. é causada pela elevação da concentração
Lipemia é a turbidez do soro ou plasma a qual
de
• Lipoproteínas que é visível ao olho.
• Triglicérides
Alimentação
Desordem metabólica
• Turbidez (paciente – heparinizado)
AMOSTRAS LIPÊMICAS
33. Antes do desmaio
A pessoa pode sentir:
Tontura ( vertigens)
Fraqueza (astenia) ou náuseas (enjôo)
Náuseas (enjôo)
Enxergar pequenos pontos brilhantes
(estocomas)
Palidez cadavérica
Cansaço
34. Conduta
Se a pessoa vai desmaiar:
Segurá-la para que ela não caia;
Se possível segure por trás;
Coloque-se de lado com o seu joelho entre as pernas da vitima.
Deite vagarosamente e com o controle da cervical
Se a vítima estiver sentada, faça com que ela curve-se para
frente e baixe a cabeça e solicite para que se esforce em erguê-la.
O socorrista fará pressão na nuca com sua mão.
Desmaios por calor – depois de reanimar oferecer
água.
35. Deitá-la de costas, erguendo suas pernas, cerca
de 30 cm.
Afrouxe suas vestes
Manter ambiente livre
Evitar tumulto
Peça para que os curiosos se afastem
Desmaio
37. CONDUTAS EM CASO DE HEMATOMAS
• Existem pomadas à base de heparina
(anticoagulante) que são indicadas
para pequenos sangramentos. Estes
medicamentos diminuem a
inflamação, com o alívio da dor,
redução do inchaço e da vermelhidão
de áreas com manchas roxas
decorrentes de contusões;
• Logo após o trauma, é recomendado
fazer uma compressa gelada no local
do impacto. Não se deve colocar o gelo
diretamente na pele e, sim, envolvê-lo
em um pano ou plástico e aplicá-lo
sobre a região por cerca de 15
minutos, até o alívio da inflamação
38. TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO
DAS AMOSTRAS
• Após a coleta de sangue as amostras devem ficar na
posição vertical ;
• As amostras podem ficar na geladeiras(específica)
até o transporte;
• Não esquecer de identificar corretamente as
amostras e coloca-las juntos com as requisições;
• Para transporte as amostras devem ser
acondicionadas em caixas térmicas e transportadas
sem que a mesma recebam traumas.
39. Referências
• BRASIL.Ministério da Saúde.Guia de Orientações para Coleta de Escarro. Secretaria de
Vigilância em SaúdePrograma Nacional de Controle da Tuberculose.Brasília – 2014
• CEARÁ. Secretaria de Saúde. Laboratório Central de Saúde Pública.Manual de coleta,
acondicionamento e transporte de amostras para exames laboratoriais/(organizado por)
Elza Gadelha Lima. (et al.) – 5ª. Ed. Fortaleza: SESA, 2019
• COFEN. Atribuições do técnico de enfermagem Decreto N 94.406/87. Disponível em:
http://www.cofen.gov.br/decreto-n-9440687_4173.html
• MACHADO, A. M. O.; ANDRIOLO, A. Dados laboratoriais mais frequentes para o raciocínio
clínico. In: BARROS,
• A. L. B. L. et all. Anamnese e exame físico. Porto Alegre: Artmed, 2002, cap. 16.
• POP: Coleta de materiais biológicos – Subunidade de Patologia Clínica da Unidade de
Laboratório de Análises Clínicas e Anatomia Patológica do HC-UFTM, 2018, 49 páginas.