Este documento fornece orientações sobre como elaborar objetivos educacionais de forma clara e precisa. Ele explica a diferença entre objetivos gerais e específicos e como determinar o nível de complexidade das habilidades usando a taxonomia de Bloom. Além disso, fornece exemplos de como reescrever objetivos gerais usando termos observáveis e desenvolver objetivos específicos com atividades avaliativas.
Guia para objetivos educacionais em engenharia ambiental
1. Guia para a elaboração de objetivos educacionais
SEaD/COPEA - 2011
Guia para elaboração de objetivos
educacionais
Drª Maria Angélica do Carmo Zanotto
2. Guia para a elaboração de objetivos educacionais
SEaD/COPEA - 2011
Introdução
Toda disciplina é parte de uma totalidade relacionada ao Projeto Pedagógico de
um Curso, que, por sua vez, relaciona-se diretamente com o Plano de
Desenvolvimento Institucional da Universidade – PDI, cuja finalidade é a formação de
um profissional com um perfil que atenda aos anseios da sociedade. (ver Quadro 1
abaixo, o que é proposto para a UFSCar)
Faz parte do planejamento de uma disciplina, seja em que modalidade for, a
elaboração de um plano de ensino que proporcionará as linhas norteadoras para a
condução do processo ensino-aprendizagem. Os componentes didáticos
tradicionalmente envolvidos em um plano de ensino são: objetivos, conteúdos,
metodologia, recursos e avaliação. Trataremos, primeiramente, dos objetivos
educacionais, porque estes acabam condicionando os demais componentes.
Redigir adequadamente os objetivos educacionais permite:
- selecionar e organizar os conteúdos a serem apresentados durante a disciplina e
o grau de complexidade com que serão abordados;
- avaliar o desenvolvimento da disciplina e seu aprimoramento;
- ter noção da abrangência da disciplina e se atende ao perfil do PPC e ao perfil da
instituição;
- determinar os procedimentos de avaliação, esclarecer os desempenhos
esperados, e verificar se o aluno alcançou as metas estipuladas.
- auxiliar para que todos tenham um enfoque comum e caminhem na mesma
direção ao orientar os alunos (professores e tutores). Este aspecto é válido também
para as equipes que apóiam o professor na construção da disciplina (material
impresso, audiovisual, designers instrucionais)
Os objetivos educacionais podem desmembrados em gerais e específicos.
GERAIS ESPECÍFICOS
Os gerais referem-se às mudanças pretendidas pelo
professor, e num quadro mais amplo, pelos Projeto
Pedagógico do Curso e pelo Plano de Desenvolvimento
Institucional, explicitando-se as intenções, motivos e
necessidades
"Os objetivos gerais são os resultados gerais (em
termos de aprendizagem do aluno) esperados da
disciplina que justifiquem a sua inclusão no currículo do
curso, coerentemente com o perfil profissional e com o
processo de formação do profissional."
1
Os objetivos específicos devem revelar com mais
exatidão as capacidades e habilidades que se quer
desenvolver nos sujeitos a quem a atividade educativa
se destina, de acordo com os conteúdos estabelecidos
2
.
1
Retirado do NEXOS - Sistema de Gerenciamento Online de Planos de Ensino da UFSCar.
3. Guia para a elaboração de objetivos educacionais
SEaD/COPEA - 2011
Geralmente, há uma incompreensão quanto ao que compõem a redação dos
objetivos, tanto gerais quanto específicos. Exemplo de escrita inadequada de objetivos
gerais, pois o foco está nas ações do professor:
Disciplina: Introdução à Engenharia Ambiental
Fornecer aos alunos conceitos e conhecimentos básicos sobre meio
ambiente. Introduzir conceito e a evolução da engenharia. Mostrar ao aluno
o espectro de atuação do engenheiro ambiental e suas especificações.
Caracterizar os deveres e obrigações do engenheiro ambiental, destacando
a regulamentação profissional. Apresentar os diferentes recursos naturais:
água, ar e solo e os impactos positivos e negativos causados pela
interferência antrópica. Fornecer noções sobre recursos energéticos.
Introduzir conceito e histórico do desenvolvimento sustentável. Discutir a
questão ambiental no âmbito econômico. Apresentar indicadores de
sustentabilidade ambiental como subsídio para políticas públicas]
Passo1: Determinar o grau de complexidade da capacidade envolvida na
apreensão do conteúdo, a partir do modelo proposto por Bloom
A Taxonomia de Objetivos Educacionais de Bloom é bastante conhecida e não
vamos nos ater em detalhamentos no presente texto3
. Esta taxonomia dividiu as
possibilidades da aprendizagem humana em três domínios.
- o cognitivo, abrangendo a aprendizagem intelectual;
- o afetivo, abrangendo os aspectos de sensibilização e gradação de valores;
- o psicomotor, abrangendo as habilidades de execução de tarefas que
envolvem o organismo muscular.
Cada um destes domínios tem níveis de profundidade de aprendizado,
dispostos de forma hierárquica: cada nível é mais complexo e mais específico que o
anterior, isto é, para cada um destes domínios há uma hierarquia de complexidade das
capacidades, e habilidades a serem desenvolvidas.
O terceiro domínio – o psicomotor - não foi terminado, e apenas o primeiro foi
implementado em sua totalidade.
Na atualidade, a Taxonomia de Bloom foi revisada por um de seus discípulos,
que fez a relação destes domínios com os tipos de conteúdos a serem aprendidos. A
2
Os conteúdos a serem ensinados podem ser de caráter procedimental ou psicomotores, conceitual ou cognitivos e
atitudinal ou afetivo. Sobre estes trataremos em parte específica
3
Consultem http://pt.wikipedia.org/wiki/Taxonomia_dos_objetivos_educacionais
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SEaD/COPEA - 2011
categoria Síntese passou a ser denominada Criação e elevada hierarquicamente. No
esquema abaixo, visualizamos as 3 categorias e suas relações hierárquicas:
maior complexidade (capacidades de ordem superior)
COGNITIVO/CONCEITUAL AFETIVO/ATITUDINAL PSICOMOTOR/
PROCEDIMENTAL
(Síntese)/Criação: estabelece
padrões, propõe novas relações
Avaliação: julga com base em
evidência interna ou em critérios
externos
Análise: de elementos, de
relações e de princípios de
organização
Aplicação: utiliza o aprendizado
em novas situações.
Compreensão: imprime
significado, traduz, interpreta
problemas, instruções, e os
extrapola.
Conhecimento: memorização de
fatos específicos, de padrões de
procedimento e de conceitos
As atitudes são tendências ou
disposições adquiridas e
relativamente duradouras a avaliar
de um modo determinado um objeto,
pessoa, acontecimento ou situação e
a atuar de acordo com essa
avaliação.
Possuem componentes: cognitivo
(conhecimento e crenças), afetivo
(sentimentos e preferências) e
comportamental (ações manifestas e
declarações de intenções).
Internalização de valores:
comportamento dirigido por grupo
de valores, comportamento
consistente, previsível e
característico.
Organização: Conceituação de valor
e Organização de um sistema de
valores
Valorização: Aceitação, Preferência e
Compromisso (com aquilo que
valoriza)
Resposta: participação ativa,
Disposição para responder e
Satisfação em responder
Recepção: Percepção, Disposição
para receber e Atenção seletiva
Um procedimento é um
conjunto de ações ordenadas,
orientadas para a consecução
de um objetivo ou uma meta
Procedimentos complexos
(múltiplas ações):: destrezas
ou habilidades motoras,
instrumentais; técnicas e
estratégicas (incluindo-se as
utilizadas para aprender)
Procedimentos gerais
(poucas ações): utilização de
ferramentas e utensílios
comuns
(Bloom não criou itens para
este domínio).
.
menor complexidade (capacidades de ordem inferior)
Por isto, na redação dos objetivos gerais é interessante determinar qual será,
PARA OS CONTEÚDOS ESTABELECIDOS NA EMENTA4
, o grau de complexidade das
capacidades e habilidades que o professor deseja desenvolver no aluno e tentar
reescrever os objetivos, de acordo com o esquema acima. Idealmente, nesta reescrita,
4
EMENTA [Estabelecimento de relações entre a engenharia e o meio ambiente, compreensão do papel do
engenheiro ambiental na sociedade, suas atribuições e responsabilidades, com apresentação das Resoluções do
Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura e do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura, discussão sobre
disponibilidade de água, condições dos meios ar e solo, introdução a poluição e degradação ambiental dos recursos
água, ar e solo, apresentação dos recursos energéticos, introdução ao desenvolvimento sustentável, discussão das
questões ambientais na economia, apresentação de indicadores de desenvolvimento sustentável.]
5. Guia para a elaboração de objetivos educacionais
SEaD/COPEA - 2011
o professor deveria levar em conta o detalhamento das competências previstas no
perfil do egresso (ver quadro 1).
Vamos exemplificar uma possibilidade de reescrita dos objetivos gerais da
disciplina, considerando apenas o domínio cognitivo/conceitual. (Abordaremos os
outros domínios em outro texto)
É esperado que os alunos COMPREENDAM os conceitos básicos sobre meio
ambiente e a evolução da engenharia, CONHEÇAM o amplo espectro de
atuação do engenheiro ambiental e suas especificações, seus deveres e
obrigações, destacando a regulamentação profissional, CONHEÇAM os
diferentes recursos naturais: água, ar, solo e ANALISEM os impactos
positivos e negativos causados pela interferência antrópica ; CONHEÇAM
noções sobe recursos energéticos; COMPREENDAM o conceito e o histórico
de desenvolvimento sustentável; ANALISEM a questão ambiental no âmbito
econômico; COMPREENDAM e AVALIEM indicadores de sustentabilidade
ambiental como subsídios para políticas públicas
Assim destacamos um exemplo de redação de um objetivo geral:
É esperado que os alunos, ao término da disciplina , CONHEÇAM o
amplo espectro de atuação do engenheiro ambiental e suas especificações,
os seus deveres e obrigações, destacando a regulamentação profissional
Trata-se de uma capacidade de menor complexidade cognitiva; no entanto sem
o CONHECIMENTO (de nomenclaturas, de regras, de hierarquias, de terminologias, de
fatos específicos -datas, acontecimentos, pessoas, lugares, fontes de informação-, de
convenções, de classificações e categorias, de critérios, de metodologias) não se
avança nas capacidades hierarquicamente superiores. De nada adianta um vasto
conhecimento, sem os conceitos para interpretá-lo, aplicá-lo, analisá-lo, sintetizá-lo e
avaliá-lo, o que exige as capacidades cognitivas hierarquicamente mais complexas.
A determinação do grau de complexidade das capacidades e habilidades a
desenvolver no aluno, é uma decisão tomada pelo professor a partir do seu
conhecimento pedagógico do conteúdo e da análise que faz do papel da disciplina na
formação do aluno, expresso no Projeto Pedagógico do curso e de acordo com o
Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI, da Universidade, considerando-se
também o perfil de ingresso. (ver Quadro 1)
Passo2: Redação dos objetivos específicos a partir dos objetivos gerais
Uma vez determinado o objetivo geral, faz-se a determinação do ou dos
objetivos específicos, tendo em vista a seguinte pergunta:
O que o aluno deverá fazer para CONHECER o conteúdo previsto na ementa?
6. Guia para a elaboração de objetivos educacionais
SEaD/COPEA - 2011
Estas ações ou atividades devem ser expressas por meio ações observáveis, isto
é, ações que o professor pode ver, observar, constatar a sua realização pelo aluno.
Para a capacidade de CONHECER, a taxonomia de Bloom relaciona algumas
ações que, se executadas pelo aluno, certamente levarão a que os alunos conheçam o
conteúdo previsto.
AÇÕES OBSERVÁVEIS (MAIS PRECISAS)
Citar
Coletar
Copiar
Definir (e relacionar com...)
Descrever
Diferenciar
Dizer
Enumerar
Evocar (recordar).
Identificar (demandas, papéis...)
Listar
Mostrar
Nomear
Ordenar
Reconhecer
Relatar
Reproduzir
Rotular
Selecionar
Tabular
Prestar atenção
Lembrar
Entender
Saber
Conhecer (enquanto objetivo específico)
O objetivo específico pode ficar assim redigido:
É esperado que os alunos, ao término da disciplina, identifiquem o
amplo espectro de atuação do engenheiro ambiental e suas especificações,
os seus deveres e obrigações, destacando a regulamentação profissional.
NÃO SÃO OBSERVÁVEIS PELO PROFESSOR
Podemos determinar
qualquer outra ação
relacionada a esta
capacidade: relatem,
descrevam, listem,
citem etc pois são
equivalentes em
termos do que
possibilitam
desenvolver no aluno
7. Guia para a elaboração de objetivos educacionais
SEaD/COPEA - 2011
Provavelmente, o professor tratará este objetivo/conteúdo em uma unidade de
aprendizagem5
. Desta forma este será TAMBÉM o objetivo da unidade de
aprendizagem. Notem que desta especificação surgem as atividades relacionadas ao
objetivo (ver quadro 2), ao qual podem ser acrescentados: materiais didáticos
necessários, as estratégias de ensino-aprendizagem, os critérios de avaliação e o
tempo previsto para realização:
Atividade Avaliativa: A partir do material x (lido, assistido) descreva QUAIS as
são os campos de atuação do engenheiro ambiental, por meio de um quadro,
destacando-se as áreas e as atividades relacionadas a cada uma, a ser enviado em
arquivo único . Sua descrição será avaliada com base nos seguintes critérios: menção
ao conteúdo visto, exatidão das relações entre os campos e atividades. Tempo
estimado para realização da atividade: 2 horas
E/OU
Atividade Avaliativa Responda ao questionário sobre o assunto tratado nesta
unidade [questões BEM FORMULADAS6
de verificação sobre a atuação do engenheiro
ambiental],. Realize a atividade primeiramente offline, respondendo as questões e
consultando o material de apoio. Quando se sentir seguro, acesse a ferramenta
questionário e procure responder a todas as questões. Você poderá consultar o seu
material de apoio durante a atividade, no entanto, após 20 minutos o teste se encerra
e não será permitida nova tentativa. Prazo estimado: 1 hora para a atividade offline +
20 minutos para o questionário.
Supondo que o professor determine abordar o conteúdo num grau de
complexidade maior:
É esperado que os alunos, ao término da disciplina/unidade, AVALIEM
o amplo espectro de atuação do engenheiro ambiental e suas
especificações, os seus deveres e obrigações, destacando a regulamentação
profissional
5
Não necessariamente deverá existir esta forma tão direta de relação entre um objetivo geral para cada
unidade de aprendizagem. O que importa é definir o GRAU DE COMPLEXIDADE com que o conteúdo
será abordado.
6
Sobre a formulação de provas objetivas, precisaremos abordar em uma unidade específica, pois trata-
se de assunto complexo. Uma proposta bastante interessante é a que o INEP vem utilizando para a
redação das questões do ENEM, com a utilização da Teoria da Resposta ao Item. Consultem também a
Matriz de Referência do ENEM para ver como são redigidos eixos de aprendizagem e competências
relacionadas, que, em ultima instância, se transformam em objetivos educacionais.
http://enem.inep.gov.br/enem.php . Deem uma olhada também nas provas do ENADE
http://www.inep.gov.br/superior/enade/2009/provas.htm
8. Guia para a elaboração de objetivos educacionais
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Para a capacidade de AVALIAR, a taxonomia de Bloom relaciona algumas ações
que, se executadas pelo aluno, certamente levarão a que os alunos avaliem o
conteúdo previsto. No entanto, por se tratar de uma hierarquia de domínios, o
professor só deverá propor este grau de complexidade se tiver garantido que os
alunos já conhecem e compreendem aspectos do conteúdo a ser avaliado.
AÇÕES OBSERVÁVEIS (MAIS PRECISAS)
Argumentar (com base em critérios...)
avaliar (criticamente)
criticar
decidir (entre vários aspectos
defender (um ponto de vista, com base em..
escolher (entre duas ou mais propostas..)
estimar (as conseqüências de ..)
julgar (por meio de argumentação..)
justificar
mensurar (em que medida ...)
recomendar
rever
selecionar
testar,
Achar (o que acha sobre..)
Pensar (o que pensa sobre...)
Dar opinião (Dê sua opinião sobre...)
O objetivo específico ficaria assim redigido:
É esperado que os alunos, ao término da disciplina/unidade, avaliem
criticamente o amplo espectro de atuação do engenheiro ambiental e suas
especificações, os seus deveres e obrigações, destacando a regulamentação
profissional.
NÃO SÃO OBSERVÁVEIS PELO PROFESSOR
Podemos determinar qualquer
outra ação relacionada a esta
capacidade: critiquem, decidam
(entre vários aspectos...),
defendam (um ponto de vista,
com base em..), escolham
(entre duas ou mais
propostas..), estimem (as
conseqüências de ..), julguem
(por meio de argumentação..)
pois são equivalentes em
termos do que possibilitam
desenvolver no aluno
9. Guia para a elaboração de objetivos educacionais
SEaD/COPEA - 2011
Novamente, desta determinação surgem as atividades relacionadas e também
as estratégias de ensino- aprendizagem e o material didático mais apropriado, os
critérios de avaliação (ver Quadro 2 e Quadro 3, para outros tipos de perguntas que
estimulam o pensamento crítico):
Atividade Avaliativa: A partir do material x (lido, assistido), do que vimos
discutindo, estime as conseqüências da adoção da política ambiental nacional,
expressa na Lei XXXX/YY, sobre os campos de atuação do engenheiro ambiental.
Prepare um texto de no máximo 10 linhas e poste no fórum, ou envie ao seu par. Do
conjunto das argumentações apresentadas, faremos um texto coletivo, a ser enviado à
Comissão de Engenharia Ambiental do CREA etc. Sua argumentação será avaliada com
base nos seguintes critérios: pertinência etc
[observem que as melhores estratégias/métodos para estas atividades são aquelas
que remetem à realização coletiva mais do que individual, porque requer que o
aluno confronte pontos de vista ]
E/OU
Atividade Avaliativa Após assistir às entrevistas dos Engenheiros Ambientais Sr
Fulano e Sicrano, candidatos ao cargo de representantes no CREA-Engenharia
Ambiental, escolha entre as propostas A e B aquela com a qual você mais se identifica,
argumentando sobre sua decisão. Na ferramenta wiki, poste seu texto. Realizaremos
um debate sobre todas as postagens etc [descrever critérios e tempos]
[observem que a mudança do grau de complexidade dos objetivos determinou
mudanças nas estratégias de ensino-aprendizagem e na escolha dos materiais
didáticos a serem apresentados aos alunos]
Igualmente deve ser procedido para as demais capacidades, lembrando que as
capacidades mais complexas se apóiam nas mais simples. Isto implica que para um
mesmo conteúdo podem ser propostas atividades em graus crescentes de
complexidade: conhecimento> análise> criação por exemplo.
No nível universitário, o ideal seria que as atividades propostas nas disciplinas
se concentrassem nas chamadas capacidades de ordem superior marcadas em azul no
esquema acima, porque estas proporcionarão a aquisição das COMPETÊNCIAS para
atuação profissional. Infelizmente vemos, no desenvolvimento curricular, uma grande
concentração de atividades relacionadas às capacidades mais básicas de conhecimento
e compreensão. Não que estas não sejam importantes, mas não deveriam ser o foco
do processo ensino-aprendizagem no nível universitário.
10. Guia para a elaboração de objetivos educacionais
SEaD/COPEA - 2011
Quadro 1- Competências do Egresso da UFSCar
COMPETÊNCIAS DO
PERFIL DO EGRESSO
DA UFSCAR
DETALHAMENTO DA COMPETÊNCIA
APRENDER DE FORMA
AUTÔNOMA E CONTÍNUA
1) Interagir com fontes diretas (observação e coleta de dados em situações naturais e
experimentais)
2) Interagir com fontes indiretas (os diversos meios de comunicação, divulgação e
difusão)
3) Selecionar e examinar criticamente essas fontes, utilizando critérios de rigor,
relevância, ética e estética
4) realizar o duplo movimento de derivar o conhecimento das ações e as ações do
conhecimento disponível
PRODUZIR E DIVULGAR
NOVOS
CONHECIMENTOS,
TECNOLOGIAS, SERVIÇOE
E PRODUTOS
1) Avaliar o impacto potencial e real das novas propostas, considerando aspectos
técnico-científicos, éticos e políticos
2) Identificar problemas relevantes
3)Planejar procedimentos adequados para encaminhar a resolução destes problemas
4) Implantar planejamento realizado
5)Relatar/ apresentar trabalhos realizados
EMPREENDER FORMAS
DIVERSIFICADAS DE
ATUAÇÃO PROFISSIONAL
1) comprometer-se com os resultados da atuação profissional
2) identificar problemas passíveis de abordagem na área de atuação profissional
3) Propor soluções para os problemas encontrados
4) Identificar novas necessidades de atuação profissional
5)Construir possibilidades de atuação profissional diante das necessidades detectadas
ATUAR INTER / MULTI /
TRANSDISCIPLINARMENTE
1) Trabalhar em equipes multidisciplinares
2) Dominar conhecimentos e habilidades da área específica
3) Dominar conhecimentos gerais e habilidades básicas de outras áreas
4) Relacionar conhecimentos e habilidades de outras áreas
5) Extrapolar conhecimentos e habilidades para diferentes situações dentro de seu
campo de atuação profissional
COMPROMETER-SE COM
A PRESERVAÇÃO DA
BIODIVERSIDADE NO
AMBIENTE NATURAL E
CONSTRUÍDO, COM
SUSTENTABILIDADE E
MELHORIA DA
QUALIDADE DE VIDA
1) Compreenderas relações homem, ambiente, tecnologia e sociedade
2)Identificar problemas a partir dessas relações
3) Propor/implantar soluções para esses problemas (articular conhecimentos,
selecionar/ desenvolver/ implantar tecnologias, prover educação ambiental,
implementar leis de proteção ambiental)
GERENCIAR E/OU
INCLUIR-SE EM
PROCESSOS
PARTICIPATIVOS DE
ORGANIZAÇÃO PÚBLICA
E/OU PRIVADA;
1) Conhecer os processos envolvidos nas relações interpessoais e de grupo
2) Dominar habilidades básicas de comunicação, negociação, cooperação
3) Coordenar ações de diversas pessoas ou grupos
PAUTAR-SE NA ÉTICA E
NA SOLIDARIEDADE
ENQUANTO SER
HUMANO, CIDADÃO E
PROFISSIONAL;
1) Conhecer/ respeitar a preservação da vida, bem como contribuir para isto
2) Conhecer-se/ respeitar-se, bem como conhecer/ respeitar os outros
3) Conhecer/ respeitar os direitos individuais e coletivos
3) Respeitar as diferenças culturais, políticas e religiosas
4) Cumprir deveres
BUSCAR MATURIDADE,
SENSIBILIDADE E
EQUILÍBRIO AO AGIR
PROFISSIONALMENTE
1)Promover/ aprofundar o conhecimento de si e dos outros
2)Identificar a reciprocidade de influência entre vida pessoal e profissional
3) Identificar fontes geradoras de estresse
4) Preparar-se para agir em situações estressantes, contrabalançando-as com situações
relaxadoras
5) Tomar decisões e desencadear ações, considerando simultaneamente
potencialidades e limites dos envolvidos e exigências da atuação profissional.
11. Guia para a elaboração de objetivos educacionais
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Quadro 2 – Orientação para a redação de objetivos gerais e específicos a partir da Taxonomia de Bloom
Taxionomia de Bloom
(CAPACIDADE A
DESENVOLVER)
Tipo de conteúdo /
aprendizagem e
habilidades relacionadas
Objetivo Geral
(possibilitar que o
aluno...)
Objetivos específicos
AÇÕES OBSERVÁVEIS (MAIS
PRECISAS) RELACIONADAS
À CAPACIDADE
O aluno responde a
questões...
Tarefas e/ou
atividades
possíveis
Avaliação
(destrezas
demonstradas)
CONHECIMENTO
O conhecimento em
qualquer área, seja ela
científica ou da vida diária
requer informação, que se
constituem em fatos ou
dados..
O processo cognitivo
envolvido é LEMBRAR –
produzir a informação
certa de memória
Fatos
APRENDIZAGEM
MEMORÍSTICA. Envolve a
EVOCAÇÃO/
MEMORIZAÇÃO.
Comparação e
contraste
Identificação
estruturas
Identificação das
etapas de um
processo
Relacionar figuras
Comparação dos
significados das
palavras
CONHEÇA
APREENDA
DOMINE
termos técnicos,
nomenclaturas,
terminologias,
representações
fatos específicos (datas,
acontecimentos)
regras e convenções
classificações
critérios
metodologias e
procedimentos
hierarquias
idéias e princípios básicos
na forma idêntica ao que
foi apresentado.
Citar
Coletar
Copiar
Definir (e relacionar com...)
Descrever
Diferenciar
Dizer
Enumerar
Evocar (recordar).
Identificar (demandas,
papéis...)
Listar
Mostrar
Nomear
Ordenar
Reconhecer
Relatar
Reproduzir
Rotular
Selecionar
Tabular
Não observáveis:
Prestar atenção
Lembrar
Entender
Saber
Conhecer (enquanto objetivo
específico)
Quem?
O que?
Quando?
Onde?
Como?
Qual/ais
Ex: Como você define
(...)?
Pode anotar com suas
próprias palavras...?
Pode escrever uma
síntese de...?
Para vc, como se daria
a continuação disto...?
Qual era a idéia
principal?
Pode distinguir entre _
e _?
O que é verdadeiro ou
falso?
Leitura e
discussão de
atividades
Testes e quizzes
Sumários de
leitura
Tarefas derivadas
da leitura de
textos ou da
consulta a
páginas da web
Recortar ou fazer
desenhos que
mostre eventos
particulares
Ilustrar a idéia
principal
Desenhar um tira
cômica que
contenha uma
sequencia de
eventos
Escrever e
interpretar um
drama baseado
Considera-se que
um aluno ou
aluna aprendeu
um conteúdo
factual quando é
capaz de
reproduzi-lo sem
equívocos, isto é,
quando executa
sem equívocos as
ações solicitadas:
Citar
Coletar
Copiar
Definir (e
relacionar com...)
Descrever
Diferenciar
Dizer
Enumerar
Evocar (recordar).
Identificar
(demandas,
papéis...)
Listar
Mostrar
Nomear
Ordenar
Reconhecer
Relatar
Reproduzir
Rotular
12. Guia para a elaboração de objetivos educacionais
SEaD/COPEA - 2011
na história
Desenhar um
aspecto q você
goste de...
Escrever um
resumo de
Fazer uma
amostra...
Compor um
acróstico
Recitar um poema
Selecionar
Tabular
13. Guia para a elaboração de objetivos educacionais
SEaD/COPEA - 2011
Taxionomia de Bloom
(CAPACIDADE A
DESENVOLVER)
Tipo de conteúdo /
aprendizagem e
habilidades relacionadas
Objetivo Geral
(possibilitar que o
aluno...)
Objetivos específicos
AÇÕES OBSERVÁVEIS (MAIS
PRECISAS) RELACIONADAS
À CAPACIDADE
O aluno responde a
questões...
Tarefas e/ ou
atividades
possíveis
Avaliação
(destrezas
demonstradas)
COMPREENSÃO
Requer que o aluno
entenda o significado de
um conteúdo,
relacionando fatos,
conceitos e princípios,
exemplificando,
interpretando ou
convertendo materiais de
um formato a outro (ex: de
verbal para visual, de
verbal para matemático).
Processo cognitivo
envolvido: ENTENDER – dar
um significado ao material
ou experiências
educacionais.
Relacionado a
APRENDIZAGEM
SIGNIFICATIVA
CONCEITOS E
PRINCÍPIOS
Comparação e contraste
Identificação de
estruturas
Identificação etapas de
um processo
Relacionar figuras
Comparar significados de
palavras
Identificar a idéia
principal
Identificar relações
Traduzir e interpretar
COMPREENDA
ENTENDA
Relação entre fatos,
conceitos e princípios
Como interpretar
mensagens
Como funciona...
agrupar (tendo em vista...)
associar
converter
descrever
diferenciar
discutir (as várias possibilidades
de)
distinguir (conseqüências)
explicar
expressar (ponto de vista
sobre...)
generalizar
identificar
ilustrar
inferir
interpretar
ordenar
parafrasear
prever
reconhecer
redefinir
resumir
selecionar
situar
sumarizar
traduzir
Quais são as idéias
principais?
Como você poderia
resumir...?
Dê exemplo de...
Explique ...
Anote com suas
próprias palavras...
Escreva um breve
resumo
Para você, como se
daria a continuidade
de..
.
Que pensa você sobre..:
Expresse a idéia
principal?
Identifique as
características do
personagem principal?
Pode dar um exemplo
do que estou dizendo?
Pode dar uma definição
de...?
Resumos/sínteses
do tipo paráfrase
do material
Apresentação oral
ou escrita
Atividades de
busca na internet
ou bibliotecas
Webquests
Recorte ou faça
desenhos que
mostre eventos
particulares
Ilustre a idéia
principal
Desenhe uma tira
cômica que
contenha uma
sequencia de
eventos
Escreva e
represente um
drama baseado
na História
Desenhe um
aspecto que você
Considera-se que
ocorreu a
compreensão
quando há a
elaboração
pessoal de fatos,
conceitos e
princípios, isto é,
quando o aluno
relaciona este
novo
conhecimento a
um conhecimento
prévio, que
possuía e
demonstra isto ,
por meio das
ações solicitadas.
14. Guia para a elaboração de objetivos educacionais
SEaD/COPEA - 2011
goste de... e
explique
Escreva um
resumo da
reportagem de
um evento
Prepare um
fluxograma que
represente a
sequencia de
eventos
Elabore um mapa
conceitual sobre
Preveja as
conseqüências de
...
15. Guia para a elaboração de objetivos educacionais
SEaD/COPEA - 2011
Taxionomia de Bloom
(CAPACIDADE A
DESENVOLVER)
Tipo de conteúdo /
aprendizagem e
habilidades relacionadas
Objetivo Geral
(possibilitar que o
aluno...)
Objetivos específicos
AÇÕES OBSERVÁVEIS (MAIS
PRECISAS) RELACIONADAS
À CAPACIDADE
O aluno responde a
questões...
Tarefas e/ ou
atividades
possíveis
Avaliação
(destrezas
demonstradas)
APLICAÇÃO
O aluno deverá: saber
fazer, por em prática, usar
corretamente e aplicar os
conhecimentos adquiridos
em novas situações;
seguindo regras e
princípios definidos
Processo cognitivo
envolvido: APLICAÇÃO –
aplicar ou executar um
procedimento, isto é, um
conjunto de ações
ordenadas, orientadas para
a consecução de um
objetivo ou uma meta.
PROCEDIMENTOS
demonstrar habilidade
em:
operar,
montar,
instalar,
preparar,
utilizar estratégias para
resolver problemas,
aplicar leis e teorias em
situações práticas
(concretas) de forma
sistemática.
APLIQUE
PONHA EM PRÁTICA
DEMONSTRE HABILIDADE
EM
articular (conceitos,teorias
com...)
calcular
construir.
demonstrar
descobrir
determinar
empregar
esboçar
experimentar
implementar
instalar
operar
preparar
programar
resolver
terminar
transferir
usar
Em que medida XX é um
exemplo de yy? Articule
as etapas de ambos...
Como xx se relaciona a
yy? Demonstre
Por que xx é
significativo?
Conhece outro caso
onde...?
Pode ter ocorrido
isto...?Construa uma
hipótese segundo.....
Agrupe, empregando
características como...
Que fatores você
mudaria se...?
Aplique o método
estudado em...?
A partir das
informações dadas,
pode desenvolver um
conjunto de instruções
para...?
Demonstrações
com aplicações de
conceitos
Desenvolvimento
de websites ou
wikis
Atividades de
simulação
Estudos de caso
Resolução de
problemas
Construa um
modelo para
mostrar como
funciona...
Elabore uma
apresentação
com figuras para
ilustrar um
evento
importante
Esboce um croqui
das áreas de
trabalho
Faça uma
maquete
Considera-se que
ocorreu a
aplicação quando
há a realização da
ação solicitada,
de maneira
sistemática e
ordenada, uma
etapa após a
outra e que essa
atuação é
orientada para
uma meta ou
finalização.
Demonstra:
Utilizar a
informação
Empregar
métodos conceito
e teorias em
novas situações
Resolver
problemas,
aplicando as
habilidades
requeridas
16. Guia para a elaboração de objetivos educacionais
SEaD/COPEA - 2011
coerente com a
escala do objeto,
de forma que
permita a
legibilidade.
17. Guia para a elaboração de objetivos educacionais
SEaD/COPEA - 2011
Taxionomia de Bloom
(CAPACIDADE A
DESENVOLVER)
Tipo de conteúdo /
aprendizagem e
habilidades relacionadas
Objetivo Geral
(possibilitar que o
aluno...)
Objetivos específicos
AÇÕES OBSERVÁVEIS (MAIS
PRECISAS) RELACIONADAS
À CAPACIDADE
O aluno responde a
questões...
[ver quadro 3, abaixo]
Tarefas e/ ou
atividades
possíveis
Avaliação
(destrezas
demonstradas)
ANÁLISE
Requer que o aluno separe
as informações em
elementos componentes e
estabeleça relação entre as
partes.
Esta capacidade permite ao
aluno identificar as partes
componentes do
assunto/tema, para
entender sua estrutura e
composição, para
reconhecer falácias lógicas
nas proposições e para
distinguir entre fatos e
inferências
Processo cognitivo
envolvido: ANALISAR –
dividir um conceito em
partes e descrever como
elas se relacionam com o
todo
FATOS, CONCEITOS E
PROCEDIMENTOS
Comunicar idéias
Planejar projetos
Construir hipóteses
Obter conclusões
Propor alternativas
Generalizar
Formar-se critérios
ANALISE
Suposições implícitas
Pressupostos
Estruturas
Evidências
analisar
arranjar
categorizar
classificar
comparar
contrastar
criticar
deduzir
delinear (contextos...)
diagramar
diferenciar
discriminar
esquematizar
focalizar
distinguir
indicar
inferir
priorizar
provar
relacionar
separar
testar
Quais são as partes ou
aspectos d xx.?
Classifique de acordo
com...
Esquematize/ delineie
...
Em que medida xx se
compara ou contrasta
de yy?
Que evidencia há de
que...?
Que eventos
aconteceram...?
Como poderia ser o
final disto?
Em que isto se parece
com aquilo
Qual era o tema central
de..?
Qual outro possível
resultado para...?
Por que ocorreram
estas mudanças...?
Experimentos,
críticas e ensaios
comparando e
contrastando
conceitos
Tarefas de
pesquisa que
requeiram outros
materiais além de
textos, como
debates e blogs
Monte um
questionário para
recolher
informação
Conduza uma
investigação que
produza
informação para
sustentar um
ponto de vista
Construa um
fluxograma que
mostre as etapas
críticas
Construa um
gráfico que
mostre a
O aluno deverá
distinguir,
classificar e
relacionar
pressupostos,
hipóteses,
evidências ou
estruturas de um
conceito ou
princípio
apresentado,
demonstrando
conseguir:
Extrair as idéias
mais importantes
de um texto
Relacionar
informação
conhecida para
formar novo
conhecimento
Valorizar
criticamente
conteúdos
previamente
estabelecidos
Realizar novas
propostas de
soluções a
problemas dados
18. Guia para a elaboração de objetivos educacionais
SEaD/COPEA - 2011
Pode comparar o seu
(resumo/texto) com o
apresentado em..?
Como X se assemelha a
Y?
Você poderia explicar o
que aconteceria se ...?
Quais são alguns dos
problemas de...?
Quais são alguns dos
motivos que havia por
detrás de...?
Qual era o ponto crucial
de...?
Qual era o problema
com...?
informação
selecionada
Faça um quebra-
cabeças
Construa uma
árvore familiar e
mostre suas
relações
Faça um mapa
conceitual de ...
Monte uma
apresentação
para uma área de
estudo
Escreva a
biografia da
pessoa estudada
Prepare uma
reportagem de
uma área de
estudo
Prepara uma
festa. Faça os
preparativos e
registre os passos
a seguir.
Analise uma obra
de arte em
termos de forma,
cor e textura
em um contexto
Reconhecer a
subjetividade
19. Guia para a elaboração de objetivos educacionais
SEaD/COPEA - 2011
Taxionomia de Bloom
(CAPACIDADE A
DESENVOLVER)
Tipo de conteúdo /
aprendizagem e
habilidades relacionadas
Objetivo Geral
(possibilitar que o
aluno...)
Objetivos específicos
AÇÕES OBSERVÁVEIS (MAIS
PRECISAS) RELACIONADAS
À CAPACIDADE
O aluno responde a
questões...
[ver quadro 3, abaixo]
Tarefas e/ ou
atividades
possíveis
Avaliação
(destrezas
demonstradas)
AVALIAÇÃO
Julgar o valor da evidência
ou do material para um
dado propósito
Processo cognitivo
envolvido: AVALIAÇÃO –
fazer julgamentos com
base em critérios e padrões
FATOS, CONCEITOS,
PROCEDIMENTOS,
ATITUDES
Confrontar dados,
informações, teorias e
produtos com um ou
mais critérios de
julgamento
Julgar a exatidão destes
Tomar decisões
Identificar valores
Reconhecer como
influencia o ambiente em
uma história
JULGAR a consistência
lógica de materiais
escritos, situações, casos.
.
argumentar
avaliar (criticamente)
criticar
decidir
defender
escolher (entre duas
propostas..)
estimar
julgar
justificar
mensurar
recomendar
rever
selecionar
testar,
Você concorda com..?
Apresente seu
julgamento sobre a
afirmação...
Estime as
conseqüências da
adoção da perspectiva
X...
Escolha entre as
propostas A e B aquela
com a qual você mais se
identifica,
argumentando sobre
sua decisão
Qual é ou quais são os
seus critérios para a
tomada de decisão
sobre...? Justifique
Há uma melhor solução
para...?
Julgue o valor de...?
Pode defender uma
posição com relação
a...?
Pensa que X é bom ou
mal?
Como vem sendo feita
(o)/ conduzida (o)....
Que mudanças
recomendaria em...?
Acredita que...?
Debates
Revisão de
trabalhos por
pares
Prepare uma lista
de critérios para
julgar um
espetáculo.
Indique a ordem
de importância.
Conduza um
debate com
relação a um
assunto de
interesse.
Escreva um
folheto com cinco
regras que
considere
importante e
convença os
colegas.
Organize um
painel que discuta
pontos de vista,
por exemplo “O
aprendizado no
Colégio X..
Escreva uma carta
a ....
aconselhando as
mudanças que
deve fazer em...
Escreva um
O aluno deverá
apreciar, avaliar
ou criticar algo
com base em
padrões e
critérios
específicos e
demonstra
conseguir:
Comparar e
discriminar idéias
Medir o valor de
teorias e
representações
Escolher com
base em um
argumento
arrazoado
Verificar valores
de evidencia
Reconhecer a
subjetividade
20. Guia para a elaboração de objetivos educacionais
SEaD/COPEA - 2011
Como se sente se...?
Quão efetivos são ..?
Que pensa de ...?
informe sobre...
Prepare um caso
que represente
seus pontos de
vista com relação
a...
21. Guia para a elaboração de objetivos educacionais
SEaD/COPEA - 2011
Taxionomia de Bloom
(CAPACIDADE A
DESENVOLVER)
Tipo de conteúdo /
aprendizagem e
habilidades relacionadas
Objetivo Geral
(possibilitar que o
aluno...)
Objetivos específicos
AÇÕES OBSERVÁVEIS (MAIS
PRECISAS) RELACIONADAS
À CAPACIDADE
O aluno responde a
questões...
[ver quadro 3, abaixo]
Tarefas e/ ou
atividades
possíveis
Avaliação
(destrezas
demonstradas)
SÍNTESE/ Criação
Consiste em unir as partes
para formar um novo e
original todo
Processo cognitivo
envolvido: INTEGRAÇÃO –
reunir dados para formar
algo novo ou reconhecer
os componentes de uma
nova estrutura
FATOS, CONCEITOS E
PROCEDIMENTOS
Reunir elementos das
informações de que
dispõe, fazer abstrações e
generalizações a fim de
criar algo novo,
combinando partes não
organizadas para formar
um todo
INTEGRE
CRIE
DESENVOLVA
Aprendizados de áreas
diversas em um plano,
para solucionar
problemas
Compor
construir
criar
desenvolver
elaborar
estruturar
formular (algo com base em ...)
generalizar
gerar
integrar (procedimentos de
investigação em um plano para
solucionar problemas relativos
a...)
inventar
modificar
montar
organizar
planejar
projetar
produzir
propor (meios de examinar
hipóteses..)
rearranjar
supor
adaptar
antecipar
sintetizar (conhecimentos de...
e aplicá-lo em...)
O que você pode inferir
de...?
Que idéias você pode
acrescentar a...?
Como você pode criar
ou delinear...?
O que poderia
acontecer se você...?
Que soluções você
sugere?
Pode desenhar/
delinear um .... para....?
Pode ver uma
possibilidade para...?
Componha uma canção
com relação a...
Se tivesse acesso a
todos os recursos, como
os conduziria?
Crie uma estratégia
para tratar com...
Que aconteceria se...?
De quantas maneiras se
pode...?
Pode criar usos novos e
desconhecidos para ...?
Podes escrever uma
nova receita para
preparar seu prato
favorito?
Pode desenvolver uma
proposta que...
Projetos (em
pequenos grupos)
Invente uma
máquina que faça
uma tarefa
específica
Desenhe um
apartamento que
contenha um
quarto de estudo
funcional
Crie um produto
novo e dê um
nome, projetando
uma campanha
publicitária
Escreva seus
sentimentos com
relação a
Desenhe uma
capa para um
disco, livro ou
revista.
Construa um
novo código de
linguagem e
escreva algo
aplicando-o
Venda uma idéia
Delineie uma
forma de..
Componha uma
melodia ou
agregue novas
Criativamente
aplicar o
conhecimento
para novas áreas,
integrar novos
conhecimentos,
escrever um
texto com boa
argumentação,
propor um
delineamento de
pesquisa para
testar uma
hipótese
demonstrando
conseguir:
Empregar idéias
antigas para criar
outras novas
Generalizar a
partir de feitos
dados.
Relacionar o
conhecimento de
várias áreas
Predizer
Obter conclusões
22. Guia para a elaboração de objetivos educacionais
SEaD/COPEA - 2011
palavras a uma
conhecida
23. Guia para a elaboração de objetivos educacionais
SEaD/COPEA - 2011
Quadro 3 – Como fazer perguntas para desenvolver o pensamento crítico
Um bom modo para ajudar outras pessoas a refletirem sobre um assunto é fazer uma pergunta. Uma pergunta bem feita pode nos
ajudar a organizar a informação, avaliar as nossas idéias atuais e criar novas idéias. Fazer perguntas com o objetivo específico de ajudar o
processo de aprendizagem é um método conhecido como Socratic questioning, expressão que se refere a Sócrates, da Grécia antiga. Quando
você usar questões socráticas, é preciso ouvir com atenção o interlocutor para avaliar e compor as frases em modo construtivo e,
preferivelmente, não antagônico. Eis, aqui, alguns exemplos:
Perguntas de esclarecimento Perguntas que verificam suposições Perguntas que verificam evidências
e linhas de raciocínio
Perguntas sobre pontos de vista ou
perspectivas
Perguntas que verificam
implicações e consequências
O que você quer dizer quando
afirma que ______?
Qual é o ponto crucial?
Qual é a relação entre _____ e
_____?
Você pode explicar isto de uma
outra maneira?
Vejamos se entendi o seu ponto
de vista; você quer dizer _____ ou
_____?
Qual é a relação entre isto e o
nosso problema/ discussão/
argumento?
Maria, você pode resumir com as
suas palavras o que o Ricardo
disse? ... Ricardo, era isto o que
você queria dizer?
Pode me dar um exemplo?
_____ seria um bom exemplo
disso?
Qual é a sua suposição aqui?
Qual é a suposição de Maria?
O que poderíamos supor em vez
disto?
Parece que você supõe _____.
Entendi corretamente?
Todo o seu discurso depende da
ideia de que _____. Porque você
baseou a sua hipótese em _____
em vez de em _____?
Parece que você supõe que _____.
Como você explica a avaliação disto
como ponto pacífico ?
É sempre assim? Porque você acha
que esta suposição é pertinente?
Porque alguém partiria desta
suposição?
Você pode explicar a sua linha de
raciocínio?
Como isso se aplica a este caso?
Existe uma razão para duvidar
desta evidência?
Quem pode saber que isto é
verdade?
O que você diria a alguém que
afirmasse que ____?
Mais alguém pode apresentar
evidências a favor deste ponto de
vista?
Como você chegou a esta
conclusão?
Como podemos descobrir se isto é
verdade?
Em que implica esta afirmação?
Quando você diz _____, você
subentende _____?
Mas se isto acontecesse, quais
seriam os outros resultados?
Porque?
Quais seriam os efeitos disto?
Isto aconteceria necessariamente
ou é apenas uma possibilidade?
Qual é a alternativa?
Se _____ e _____ são o
verdadeiros, o que mais poderia sê-
lo?
Se dissermos que ____ é ético, o
que podemos dizer de _____?
Como podemos descobrir isto?
Qual é a suposição desta pergunta?
_____ elaboraria esta questão em
modo diverso?
Como alguém poderia esclarecer
esta questão?
É possível subdividir esta questão?
Esta pergunta é clara? Entendemos
isto?
Esta pergunta é fácil ou difícil de
responder? Porque?
Todos nós concordamos que esta é
a questão?
Para responder esta pergunta,
quais outras perguntas temos que
responder primeiro?
Como _____ definiria este
problema?
Porque esta questão é importante?
Esta é a pergunta mais importante
ou existe uma outra questão na
qual esta se baseia?
Você pode ver a relação disto com
________?
24. Guia para a elaboração de objetivos educacionais
SEaD/COPEA - 2011
Referências bibliográficas:
ZABALA, A. A prática educativa: como ensinar Porto Alegre: Artes Médicas.
COOL, C.; POZO, J.I.; SARABIA, B.; VALLS, E. (2000) Os conteúdos na Reforma – ensino e aprendizagem de conceitos, procedimentos
e atitudes. Porto Alegre: Artes Médicas
FILATRO, Andrea Design Instrucional na prática São Paulo, Pearson Education do Brasil, 2008
PALLOFF, R.M.e PRATT, K. Assessing the Online Learner - resources and strategies for faculty. San Francisco, CA: Jossey-Bass, 2009
(Guides to Online Teaching and Learning)
Bibliografia de apoio
LIMA, R.W. e FIALHO, S. (2008) Mapa de Dependências: uma ferramenta para aplicação daTaxionomia de Bloom
na Educação a Distância
http://200.169.53.89/download/CD%20congressos/2008/SBIE/sbie_posters/Mapa%20de%20depend%C3%8Ancias.pdf
Acesso em 04/02/2010
Quadro 3: Questões adaptadas de Paul, R. (1993). Critical Thinking: How To Prepare Students for a Rapidly Changing World: Foundation for Critical Thinking,
Santa Rosa, CA. (retirado das orientações do Moodle)