Organizado por Prof. Rosângela Menta Mello
CEWK – Curso de Formação de Docentes
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CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO
PLANEJAMENTO ESCOLAR
O planejamento escolar é uma tarefa docente que inclui
tanto a previsão das atividades didáticas em termos da sua
organização e coordenação em face dos objetivos
propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer
do processo de ensino. O planejamento é um meio para se
programar as ações docentes, mas é também um momento
de pesquisa e reflexão intimamente ligado à avaliação
1 PLANEJAMENTO EDUCACIONAL, DE CURRÍCULO E
DE ENSINO
Se qualquer atividade exige planejamento, a educação não
foge dessa exigência. Na área da educação temos os
seguintes tipos de planejamento:
1.1 Planejamento educacional:
Consiste na tomada de decisões sobre a educação no
conjunto do desenvolvimento geral do país. A elaboração
desse tipo de planejamento requer a proposição de
objetivos em longo prazo que definam uma política da
educação. É o realizado pelo Governo Federal, através do
Plano Nacional de Educação e da legislação vigente.
1.2 Planejamento de currículo:
O problema central do planejamento curricular é formular
objetivos educacionais a partir daqueles expressos nos
guias curriculares oficiais. Nesse sentido, a escola não deve
simplesmente executar o que é prescrito pelos órgãos
oficiais. Embora o currículo seja mais ou menos
determinado em linhas gerais, cabe à escola interpretar e
operacionalizar estes currículos. A escola deve procurar
adaptá-los às situações concretas, selecionando aquelas
experiências que mais poderão contribuir para alcançar os
objetivos dos alunos, das suas famílias e da comunidade.
1.3 Planejamento de ensino:
Podemos dizer que o planejamento de ensino é a
especificação do planejamento de currículo. Consiste em
traduzir em termos mais concretos e operacionais o que o
professor fará na sala de aula, para conduzir os alunos a
alcançar os objetivos educacionais propostos. Um
planejamento de ensino deverá prever:
Objetivos específicos estabelecidos a partir dos
objetivos educacionais.
Conhecimentos a serem aprendidos pelos alunos
no sentido determinado pelos objetivos.
Procedimentos e recursos de ensino que
estimulam, orientam e promovem as atividades
de aprendizagem.
Procedimentos de avaliação que possibilitem a
verificação, a qualificação e a apreciação
qualitativa dos objetivos propostos, cumprindo
pelo menos a função pedagógico-didática, de
diagnóstico e de controle no processo
educacional.
2 IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO ESCOLAR
O trabalho docente é uma atividade consciente e
sistemática, em cujo centro está a aprendizagem ou o
estudo dos alunos sob a direção do professor.
O planejamento é um processo de racionalização,
organização e coordenação da ação docente, articulando
a atividade escolar e a problemática do contexto social. A
escola, os professores e os alunos são integrantes da
dinâmica das relações sociais; tudo o que acontece no
meio escolar está atravessado por influências econômicas,
políticas e culturais que caracterizam a sociedade de
classes. Isso significa que os elementos do planejamento
escolar – objetivos, conteúdos, métodos – estão
recheados de implicações sociais, têm um significado
genuinamente político. Por essa razão, o planejamento é
uma atividade de reflexão acerca das nossas opções e
ações; se não pensarmos detidamente sobre o ruma que
devemos dar ano nosso trabalho, ficaremos entregues aos
rumos estabelecidos pelos interesses dominantes na
sociedade. A ação de planejar é uma atividade consciente
de previsão das ações docentes, fundamentadas em
opções político-pedagógicas, e tendo como referência
permanente situações didáticas concretas (isto é, a
problemática social, econômica, política e cultural que
envolve a escola, os professores, os alunos, os pais, a
comunidade, que interagem no processo de ensino).
O planejamento escolar tem, assim, as seguintes funções:
Explicitar princípios, diretrizes e procedimentos
de trabalho docente que assegurem a articulação
entre as tarefas da escola e as exigências do
contexto social e do processo de participação
democrática.
Expressar os vínculos entre o posicionamento
filosófico, político-pedagógico e profissional, as
ações efetivas que o professor irá realizar em
sala de aula, através de objetivos, conteúdos,
métodos e formas organizativas de ensino.
Assegurar a racionalização, organização e
coordenação do trabalho docente, de modo que
a previsão das ações docentes possibilite ao
professor a realização de um ensino de qualidade
e evite a improvisação e rotina.
Prever objetivos, conteúdos e métodos a partir
da consideração das exigências propostas pela
realidade social, do nível de preparo e das
condições sócio-culturais e individuais dos
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alunos.
Assegurar a unidade e a coerência do trabalho
docente, uma vez que torna possível inter-
relacionar, num plano, os elementos que compõem
o processo de ensino: os objetivos (para que
ensinar), os conteúdos (o que ensinar), os alunos
e suas possibilidades (a quem ensinar), os
métodos e técnicas (como ensinar) e a avaliação,
que está intimamente relacionada aos demais.
Atualizar o conteúdo do plano sempre que é
revisto, aperfeiçoando-o em relação aos
progressos feitos no campo de conhecimentos,
adequando-os às condições de aprendizagem dos
alunos, aos métodos, técnicas e recursos de ensino
que vão sendo incorporados na experiência
cotidiana.
Facilitar a preparação das aulas: selecionar o
material didático em tempo hábil, saber que
tarefas professor e alunos devem executar,
replanejar o trabalho frente a novas situações que
aparecem no decorrer das aulas.
Para que os planos sejam efetivamente instrumentos para a
ação, devem ser como um guia de orientação e devem
apresentar ordem seqüencial, objetividade, coerência,
flexibilidade.
3 ETAPAS DO PLANEJAMENTO DE ENSINO
3.1 Conhecimento da realidade:
Para poder planejar adequadamente a tarefa de ensino e
atender às necessidades do aluno é preciso, antes de
qualquer coisa, saber para quem se vai planejar. Por isso,
conhecer o aluno e seu ambiente é a primeira etapa do
processo de planejamento. É preciso saber quais as
aspirações, frustrações, necessidades e possibilidades dos
alunos. Fazendo isso, estaremos fazendo uma Sondagem,
isto é, buscando dados.
Uma vez realizada a sondagem, deve-se estudar
cuidadosamente os dados coletados. A conclusão a que
chegamos, após o estudo dos dados coletados, constitui o
Diagnóstico.
Sem a sondagem e o diagnóstico corre-se o risco de propor
o que é impossível alcançar ou o que não interessa ou,
ainda, o que já foi alcançado.
3.2 Requisitos para o planejamento
Objetivos e tarefas da escola democrática: estão
ligados às necessidades de desenvolvimento
cultural do povo, de modo a preparar as crianças e
jovens para a vida e para o trabalho.
Exigências dos planos e programas oficiais: são as
diretrizes gerais, são documentos de referência, a
partir dos quais são elaborados os planos didáticos
específicos.
Condições prévias para a aprendizagem: está
condicionado pelo nível de preparo em que os
alunos se encontram em relação ás tarefas de
aprendizagem
3.3 Elaboração do plano:
A partir dos dados fornecidos pela sondagem e
interpretados pelo diagnóstico, temos condições de
estabelecer o que é possível alcançarem o que julgamos
possíveis e como avaliar os resultados. Por isso, passamos
a elaborar o plano através dos seguintes passos:
Determinação dos objetivos.
Seleção e organização dos conteúdos.
Análise da metodologia de ensino e dos
procedimentos adequados.
Seleção de recursos tecnológicos.
Organização das formas de avaliação.
Estruturação do plano de ensino.
3.4 Execução do plano:
Ao elaborarmos o plano de ensino, antecipamos, de forma
organizada, todas as etapas do trabalho escolar. A
execução do plano consiste no desenvolvimento das
atividades previstas.
Na execução, sempre haverá o elemento não plenamente
previsto. Às vezes, a reação dos alunos ou as
circunstâncias do ambiente dispensa o planejamento,
pois, uma das características de um bom planejamento
deve ser a flexibilidade.
3.5 Avaliação e aperfeiçoamento do plano:
Ao término da execução do que foi planejado, passamos a
avaliar o próprio plano com vistas ao replanejamento.
Nessa etapa, a avaliação adquire um sentido diferente da
avaliação do ensino-aprendizagem e um significado mais
amplo. Isso porque, além de avaliar os resultados do
ensino-aprendizagem, procuramos avaliar a qualidade do
nosso plano, a nossa eficiência como professor e a
eficiência do sistema escolar.
4 O PLANO DA ESCOLA
O plano da escola é o plano pedagógico e administrativo
da unidade, onde se explicita a concepção pedagógica do
corpo docente, as bases teórico-metodológicas da
organização didática, a contextualização social,
econômica, política e cultural da escola, a caracterização
da clientela escolar, os objetivos educacionais gerais, a
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estrutura curricular, diretrizes metodológicas gerais, o
sistema de avaliação do plano, a estrutura organizacional e
administrativa.
O plano da escola é um guia de orientação para o
planejamento do processo de ensino. Os professores
precisam ter em mãos esse plano abrangente, não só para
uma orientação do seu trabalho, mas para garantir a
unidade teórico-metodológica das atividades escolares.
4.1 Roteiro para elaboração do plano da escola:
Posicionamento sobre as finalidades da educação
escolar na sociedade e na nossa escola
Bases teórico-metodológicas da organização
didática e administrativa: tipo de homem que
queremos formar, tarefas da educação, o
significado pedagógico-didático do trabalho
docente, relações entre o ensino e o
desenvolvimento das capacidades intelectuais dos
alunos, o sistema de organização e administração
da escola.
Caracterização econômica, social, política e cultural
do contexto em que está inserida a nossa escola.
Características sócio-culturais dos alunos
Objetivos educacionais gerais da escola
Diretrizes gerais para elaboração do plano de
ensino da escola: sistema de matérias – estrutura
curricular; critérios de seleção de objetivos e
conteúdos; diretrizes metodológicas gerais e
formas de organização do ensino e sistemática
de avaliação.
Diretrizes quanto à organização e a à
administração: estrutura organizacional da
escola; atividades coletivas do corpo docente;
calendário e horário escolar; sistema de
organização de classes, de acompanhamento e
aconselhamento de alunos, de trabalho com os
pais; atividades extra-classe; sistema de
aperfeiçoamento profissional do pessoal docente
e administrativo e normas gerais de
funcionamento da vida coletiva.
5 COMPONENTES BÁSICOS DO PLANEJAMENTO DE
ENSINO
O plano de ensino é um roteiro organizado das unidades
didáticas para um ano ou semestre. É denominado
também de plano de curso, plano anual, plano de
unidades didáticas e contém os seguintes componentes:
ementa da disciplina, justificativa da disciplina em relação
ao objetivos gerais da escola e do curso; objetivos gerais;
objetivos específicos, conteúdo (com a divisão temática
de cada unidade); tempo provável (número de aulas do
período de abrangência do plano); desenvolvimento
metodológico (métodos e técnicas pedagógicas
específicas da disciplina); recursos tecnológicos; formas
de avaliação e referencial teórico (livros, documentos,
sites, etc)
5.1 Exemplo:
COL ÉG I O ES T A D U A L W OL FF KL A BI N
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Av. Presidente Kennedy, 515 – Centro – Fone: (42) 3273.4198
84.261-400 – Telêmaco Borba - Paraná
PROGRAMA ANUAL
CURSO:
DISCIPLINA: PROFESSORA:
TURNO: CARGA HORÁRIA: horas/aula
SÉRIE: TURMA: ANO:
1. EMENTA
2. JUSTIFICATIVA
3. OBJETIVOS
4. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
4.1. 1º Bimestre
4.2. 2º Bimestre
4.3. 3º Bimestre
4.4. 4º Bimestre
5. METODOLOGIA DE ENSINO
6. RECURSOS TECNOLÓGICOS (DIDÁTICOS)
7. AVALIAÇÃO
8. REFERENCIAL TEÓRICO
9. INDICAÇÃO DE LEITURAS PARA ALUNOS
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5.2 Ementa:
É uma descrição discursiva que resume o conteúdo
conceitual ou conceitual/procedimental de uma disciplina.
5.3 Justificativa:
A justificativa deverá responder a três questões básicas do
processo didático: o por quê?, o para quê e o como.
5.4 Objetivos:
É a descrição clara do que se pretende alcançar como
resultado da nossa atividade. Os objetivos nascem da
própria situação: da comunidade, da família, da escola, da
disciplina, do professor e principalmente do aluno. Os
objetivos, portanto, são sempre do aluno e para o aluno.
Os objetivos educacionais ou gerais são as metas e os
valores mais amplos que a escola procura atingir a longo
prazo, e os objetivos instrucionais, também chamados de
específicos, são proposições mais específicas referentes às
mudanças comportamentais esperadas para um
determinado grupo-classe.
Para manter a coerência interna do trabalho de uma escola,
o primeiro cuidado será o de selecionar os objetivos
específicos que tenham correspondência com os objetivos
gerais das áreas de estudo que, por sua vez, devem estar
coerentes com os objetivos educacionais do planejamento
de currículo. E os objetivos educacionais,
conseqüentemente, devem estar coerentes com a linha de
pensamento da entidade à qual o plano se destina.
Vejamos, agora, alguns exemplos de objetivos
educacionais (gerais) e instrucionais (específicos):
Assinale se é Geral (G) ou Específico (E):
Criar situações de aprendizagem para que a criança
adquira conhecimentos que facilitem a localização de
sua comunidade e de seu município, possibilitando-lhe
a compreensão das características naturais, culturais,
sociais e econômicas do ambiente em que vive.
Desenvolver o hábito de observação do meio ambiente.
Estimular no aluno o ideal de consciência grupal.
Identificar na comunidade os seus diferentes aspectos
naturais, culturais, sociais e econômicos.
Utilizar os recursos da comunidade como fonte de
informações.
Relacionar unidades de medida aos tipos de objetos
apresentados no desenho.
Aplicar os conhecimentos de medida em várias
situações no cotidiano.
Identificar matéria-prima e produto.
Destacar os centros comerciais e industriais.
Compreender por que os serviços públicos de
atendimento às necessidades da população são
direitos do cidadão e obrigação dos órgãos públicos.
Desenvolver a criatividade e o espírito crítico no
aluno.
Reconhecer o mapa do município e a sua
configuração.
Localizar o país, o Estado e o município, no mapa-
múndi.
Partindo dos conteúdos, fixará os objetivos específicos, ou
seja, os resultados a obter do processo de transmissão-
assimilação ativa dos conhecimentos, conceitos,
habilidades.
Na redação, o professor transformará tópicos das
unidades numa proposição (afirmação) que expresse o
resultado esperado e que deve ser atingido por todos os
alunos ao término daquela unidade didática.
Os resultados são conhecimentos (conceitos, fatos,
princípios, teorias, interpretações, idéias organizadas, etc)
e habilidades (o que deve aprender para desenvolver suas
capacidades intelectuais, motoras, afetivas, artísticas,
etc.)
Na redação dos objetivos específicos, o professor pode
indicar também as atitudes e convicções em relação à
matéria, ao estudo, ao relacionamento humano, à
realidade social (atitude científica, consciência crítica,
responsabilidade, solidariedade, etc.)
Devem ser redigidos com clareza, ser realistas,
corresponder à capacidade de assimilação dos alunos,
conforme seu nível de desenvolvimento mental e sua
idade.
5.5 Conteúdo:
Refere-se à organização do conhecimento em si, com
base nas suas próprias regras. Abrange também as
experiências educativas no campo do conhecimento,
devidamente selecionadas e organizadas pela escola.
O conteúdo é um instrumento básico para poder atingir os
objetivos.
Em geral, os guias curriculares oficiais oferecem uma
relação de conteúdos das várias áreas que podem ser
desenvolvidos em cada série. Pode-se selecionar o
conteúdo com base nesses guias. Não devemos esquecer,
no entanto, de levar em conta a realidade da classe.
Outros cuidados que devem ser observados na seleção
dos conteúdos:
Devemos delimitar os conteúdos por unidades
didáticas, com a divisão temática de cada uma.
Unidade didática são o conjunto de temas inter-
relacionados que compõem o plano de ensino para
uma série ou módulo. Cada unidade didática contém
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um tema central do programa, detalhado em tópicos.
Conteúdo selecionado precisa estar relacionado com os
objetivos definidos. Devemos escolher os
conhecimentos indispensáveis para que os alunos
adquiram os comportamentos fixados.
Um bom critério de seleção é a escolha feita em torno
de conteúdos mais importantes, mais centrais e mais
atuais, com base no programa oficial da matéria, no
livro didático adotado pela instituição.
É importante o fato de o mestre estar apto a levantar a
idéia central do conhecimento que deseja trabalhar.
Para que tal ocorrência se verifique, é indispensável
que o professor conheça em profundidade a natureza
do fenômeno que pretende que seus alunos conheçam.
Conteúdo precisa ir do mais simples para o mais
complexo, do mais concreto para o mais abstrato.
Finalmente faça uma última checagem para verificar:
As unidades formam um todo homogêneo e lógico.
As unidades realmente contêm o conteúdo básico
essencial.
O tempo para desenvolver cada unidade é realista.
Os tópicos de cada unidade possibilitam o
entendimento da idéia central.
Os tópicos de cada unidade podem ser
transformados em tarefas de estudo para os
alunos e em objetivos e habilidades.
5.6 Desenvolvimento metodológico ou metodologia
de ensino:
Procedimentos de ensino são ações, processos ou
comportamentos planejados pelo professor para colocar o
aluno em contato direto com coisas, fatos ou fenômenos
que lhes possibilitem modificar sua conduta, em função
dos objetivos previstos (TURRA apud PILETTI, 2003, p.
67).
Indica o que o professor e os alunos farão no desenrolar de
uma aula ou conjunto de aulas.
Sua função é articularem objetivos e conteúdos com
métodos e procedimentos de ensino que provoquem a
atividade mental e prática dos alunos (resolução de
situações problemas, trabalhos de elaboração mental,
discussões, resolução de exercícios, aplicação de
conhecimentos e habilidades em situações distintas das
trabalhadas em classe, etc.)
O professor, ao organizar as condições externas favoráveis
à aprendizagem, utiliza meio ou modos organizados de
ação, conhecidos como técnicas de ensino. As técnicas de
ensino são maneiras particulares de organizar a atividade
dos alunos no processo de aprendizagem.
O desenvolvimento metodológico de objetivos e conteúdos
estabelece a linha que deve ser seguida no ensino
(atividade do professor) e na assimilação (atividade do
aluno) da matéria de ensino.
Ao planejar os procedimentos de ensino, não é suficiente
fazer uma listagem de técnicas que serão utilizadas, como
aula expositiva, trabalho dirigido, excursão, trabalho em
grupo, etc. Devemos prever como utilizar o conteúdo
selecionado para atingir os objetivos propostos. As
técnicas estão incluídas nessa descrição. Os
procedimentos têm uma abrangência bem mais ampla,
pois envolvem todos os passos do desenvolvimento da
atividade de ensino propriamente dita. Os procedimentos
de ensino selecionados pelo professor devem:
Ser diversificados;
Estar coerentes com os objetivos propostos e
com o tipo de aprendizagem previsto nos
objetivos;
Adequar-se às necessidades dos alunos;
Servir de estímulo à participação do aluno no
que se refere às descobertas;
Apresentar desafios.
Exemplos:
aulas interativas, projetos de aprendizagem, etc.
ensino individualizado (módulos de ensino,
instrução audiotutorial, estudo através de fichas,
solução de problemas, etc.),
métodos didáticos (expositivo, interrogativo,
intuitivo, etc.),
métodos ativos (método Montessori, plano
Dalton, o sistema Winnetka, método de projetos,
método de trabalho em grupo, etc.),
Técnicas (discussão circular, debate, painel
integrado, phillips 66, mesa-redonda, seminário,
etc.)
5.7 Recursos tecnológicos (didáticos, audiovisuais
ou de ensino):
As tecnologias merecem estar presentes no cotidiano
escolar primeiramente porque estão presentes na vida,
mas também para:
Diversificar as formas de produzir e apropriar-se
do conhecimento.
Serem estudadas, como objeto e como meio de
se chegar ao conhecimento, já que trazem
embutidas em si mensagens e um papel social
importante.
Permitir ao alunos, através da utilização da
diversidade de meios, familiarizarem-se com a
gama de tecnologias existentes na sociedade.
Serem desmistificadas e democratizadas.
Dinamizar o trabalho pedagógico.
Desenvolver a leitura crítica.
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Ser parte integrante do processo que permite a
expressão e troca dos diferentes saberes.
Exemplos: álbum seriado, cartão-relâmpago, cartaz,
ensino por fichas, estudo dirigido, flanelógrafo, gráficos,
história em quadrinhos, ilustrações, jogos, jornal, livro
didático, mapas, globos, modelos, mural, peça teatral,
quadro-de-giz, quadro de pregas, sucata, textos, terrário,
aquário, maquetes, equipamentos esportivos, computador,
vídeo, dvd, cd, internet, sites, correio eletrônico, softwares,
rádio, slide, TV, transparências para retroprojetor, etc.
5.8 Avaliação:
Avaliação é o processo pelo qual se determina o grau e a
quantidade de resultados alcançados em relação aos
objetivos, considerando o contexto das condições em que o
trabalho foi desenvolvido.
No planejamento da avaliação é importante considerar a
necessidade de:
Avaliar continuamente o desenvolvimento do
aluno.
Selecionar situações de avaliação diversificadas,
coerentes com os objetivos propostos.
Selecionar e/ou montar instrumentos de avaliação.
Registrar os dados da avaliação.
Aplicar critérios aos dados da avaliação.
Interpretar resultados da avaliação.
Comparar os resultados com os critérios
estabelecidos (feed-back).
Utilizar dados da avaliação no planejamento.
O feedback deve ser encarado como retroinformação para
o professor sobre o andamento de sua atuação. Dessa
forma, a avaliação desloca-se do plano da competição
entre professor e aluno, para significar a medida real do
conhecimento, tornando-se assim menos arbitrária.
6 PLANO BIMESTRAL:
O planejamento do bimestre pode conter uma unidade
didática ou mais. É uma especificação maior do plano de
curso. Uma unidade de ensino é formada de assuntos
inter-relacionados. O planejamento bimestral das
unidades didáticas também inclui objetivos, conteúdos,
etc. Em princípio, deve ser planejado ao final do bimestre,
ou período que o antecede, pois esta lhe servirá de base
ou apoio. Isto significa que os bimestres ou unidades
serão planejadas ou replanejadas ao longo do curso.
6.1 Exemplo:
COL ÉG I O ES T A D U A L W OL FF KL A BI N
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Av. Presidente Kennedy, 515 – Centro – Fone: (42) 3273.4198
84.261-400 – Telêmaco Borba - Paraná
PROGRAMA 1º BIMESTRE
CURSO:
DISCIPLINA: PROFESSORA:
TURNO: CARGA HORÁRIA: horas/aula
SÉRIE: TURMA: ANO:
OBJETIVOS
PROGRAMA
CONTEÚDOS Nº AULAS ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO AVALIAÇÃO
RECURSOS TECNOLÓGICOS
REFERENCIAL TEÓRICO
INDICAÇÃO DE LEITURA COMPLEMENTAR
Telêmaco Borba, __/__/____.
Professora ______________________
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7 PLANEJAMENTO DE AULA:
A aula é a forma predominante de organização didática do
processo de ensino. É na aula que organizamos ou criamos
as situações docentes, isto é, as condições e meios
necessários para que os alunos assimilem ativamente
conhecimentos, habilidades e desenvolvam suas
capacidades cognoscitivas.
O plano de aula é o detalhamento do plano de ensino. As
unidades didáticas e subunidades (tópicos) que foram
previstas em linhas gerais são agora especificadas e
sistematizadas para uma situação didática real. A
preparação da aula é uma tarefa indispensável e, assim
como o plano de ensino, deve resultar num documento
escrito que servirá não só para orientar as ações do
professor como também para possibilitar constantes
revisões e aprimoramentos de ano para ano. Em todas as
profissões o aprimoramento profissional depende da
acumulação de experiências conjugando a prática e a
reflexão criteriosa sobre a ação e na ação, tendo em vista
uma prática constantemente transformadora para melhor.
Na elaboração do plano de aula, deve-se levar em
consideração, em primeiro lugar, que a aula é um período
de tempo variável. Dificilmente completamos numa só aula
o desenvolvimento de uma unidade didática ou tópico de
unidade, pois o processo de ensino e aprendizagem se
compõe de uma seqüência articulada de fases:
Preparação e apresentação dos objetivos,
conteúdos e tarefas.
Desenvolvimento da matéria nova.
Consolidação (fixação, exercícios, recapitulação,
sistematização).
Síntese integradora e aplicação.
Avaliação.
Isto significa que não devemos preparar uma aula, mas um
conjunto de aulas.
7.1 Como elaborar um plano de aula?
O primeiro passo é indicar o tema central da aula.
Exemplo: matéria-prima e produto.
A seguir devem-se estabelecer os objetivos da aula.
Exemplo: Ao final das atividades propostas o aluno será
capaz de:
Identificar matéria-prima e produto
Compreender os processos de transformação de
matéria-prima em produto, relacionando com as
questões ambientais.
Destacar as principais indústrias de seu município
e a origem das matérias primas.
Listar produtos transformados de matéria-prima,
utilizados no seu cotidiano.
Em terceiro lugar indica-se o conteúdo que será objeto
de estudo.
Exemplo:
Matéria-prima.
Produto.
Matéria-prima e sua procedência.
As indústrias do município.
Em quarto lugar estabelecem-se os procedimentos e
recursos de ensino, isto é, estabelecem-se as formas de
utilizar o conteúdo selecionado para atingir os objetivos
propostos.
Nesse caso, por exemplo, para o aluno identificar matéria-
prima, produto e processos de transformação, pode-se
programar com eles uma excursão a uma indústria.
Assim, o professor pode planejar uma excursão como
ponto de referência para ele próprio, mas não deve dar o
planejamento pronto aos alunos. Proceder a orientações
quanto a conceitos básicos que os alunos devem dominar
antes da visita. Deverá, sim, estimula-los para que, com
seu auxílio, planejem a excursão. Para isso procurará
levantar com seus alunos as questões mais interessantes
e sobre as quais gostaria de obter respostas, como, por
exemplo:
Nome da fábrica.
Endereço da fábrica. (área industrial, urbana...)
Número de operários da fábrica.
Diferentes tipos de funções dentro da fábrica.
Salários.
Matéria-prima e sua procedência.
Produtos fabricados.
Utilidade dos produtos.
Qualificação profissional das pessoas que
trabalham na fábrica.
Como a fábrica faz a preservação ambiental.
Existem programas de qualidade de vida para os
operários e programa sociais.
Em quinto lugar, no dia seguinte ao da visita, deve-se
fazer uma síntese integradora das informações colhidas
pelos alunos. Além disso, outras atividades
complementares poderão ser desenvolvidas. Assim,
aproveitando a experiência adquirida com a excursão,
cada aluno poderá individualmente entrevistar uma
pessoa que trabalha em alguma fábrica e obter dela as
seguintes informações:
Em que fábrica esta pessoa trabalha.
Qual a função que desempenha e sua formação
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escolar.
Número de operários que trabalham na fábrica.
Que a fábrica produz.
Material usado na fabricação dos produtos.
Como a empresa preserva o meio ambiente.
Ao retornarem das entrevistas o professor deve
proporcionar um espaço para troca de idéias, onde cada
aluno expõe o achou interessante em sua entrevista,
estabelecendo um paralelo com os relatos dos colegas,
onde o professor fará a mediação do processo de discussão.
Em sexto lugar, o professor proporciona a consolidação
com atividades variadas, que pode ser realizada no decorrer
do processo e não apenas em um momento específico.
Outra atividade que pode ser desenvolvida consiste em
investigar que matéria-prima é utilizada na fabricação de
uma série de objetos usados pelo próprio aluno, como
sapatos, lápis, bola, caderno, livro, etc.
Finalmente, o planejamento da aula deve prever como
será feita a avaliação. No exemplo que estamos
considerando, não podemos propor apenas questões do
tipo:
Que é produto?
Que é matéria-prima?
Que é indústria?
Procedendo dessa maneira, estamos avaliando apenas se o
aluno memorizou essas definições. Precisamos, nesse caso,
propor situações de avaliação que possibilitem verificar se o
aluno realmente é capaz de identificar o produto e matéria-
prima em situações novas. Poderíamos, por exemplo,
propor as seguintes situações de avaliação:
Solicitar que os alunos recortem de jornais e
revistas nomes e figuras de matérias-primas para
que o aluno indique os produtos que podem ser
fabricados a partir delas.
Dar uma relação de produtos conhecidos do aluno
para que ele indique a matéria-prima da qual é
feito cada um deles, podendo montar jogos da
memória a partir da seleção.
Aplicar ao aluno uma série de com questões
variadas, para que ele assinale as proposições que
correspondam ao conceito de produto e/ou
matéria-prima.
Apresentar um texto para que o aluno o interprete
e indique o que é produto e/ou matéria-prima.
7.2 Vamos revisar o nosso planejamento:
Releia os objetivos gerais da matéria.
Verifique a seqüência no plano de ensino.
Observe se os alunos estão preparados para o
estudo deste conteúdo novo.
O desdobramento do tópico da unidade possui
uma seqüência lógica.
Os objetivos específicos estão de acordo com a
proposta do plano anual, bimestral...
A idéia central do tópico está clara no conteúdo
programado.
O número de aulas é suficiente para o tema
proposto.
O desenvolvimento metodológico e interessante
e estimula a participação ativa do aluno e prevê:
o Preparação e introdução do assunto.
o Desenvolvimento e estudo ativo do
assunto.
o Sistematização e aplicação.
o Tarefas de casa.
Foi previsto a avaliação diagnóstica, formativa e
somativa, isto é, no início, durante e no final das
atividades.
Sabemos que o êxito dos alunos não depende unicamente
do professor e de seu método de trabalho, pois a situação
docente envolve muitos fatores de natureza social,
psicológica, o clima geral da dinâmica da escola, etc.
Entretanto o trabalho docente tem um peso significativo
ao proporcionar condições efetivas para o êxito escolar
dos alunos.
Ao fazer a avaliação das aulas, convém ainda levantar
questões como estas:
Os objetivos e conteúdos foram adequados à
turma?
O tempo de duração da aula foi adequado?
Os métodos e técnicas de ensino foram variados
e oportunos para suscitar atividade mental e
prática dos alunos?
Foram feitas avaliações da aprendizagens dos
alunos no decorrer das aulas (formais e
informais)?
O relacionamento professor-aluno foi
satisfatório?
Houve uma organização segura das atividades,
de modo a ter garantido um clima de trabalho
favorável?
Foram propiciadas tarefas de estudo ativo e
independente dos alunos?
Os alunos realmente consolidaram a
aprendizagem da matéria, num grau suficiente
para introduzir matéria nova?
Anotações:
Organizado por Prof. Rosângela Menta Mello
CEWK – Curso de Formação de Docentes
9
7.3 Modelos de plano de aula:
7.3.1 – Modelo de Nelson Piletti:
Tema central:
Objetivos:
Conteúdo:
Procedimentos de
ensino
Recursos Procedimentos de
avaliação
7.3.2 Modelo de José Carlos Libâneo (Pedagogia crítico-
social dos conteúdos):
Escola: Disciplina: Data:
Série: Professor:
Unidade didática:
Objetivos
Específicos
Conteúdos Nº aulas Desenvolvimento
Metodológico
Preparação:
Introdução do
assunto:
Desenvolvimento
e estudo ativo do
assunto:
Sistematização e
aplicação:
Tarefas para
casa:
Avaliação:
Referencial teórico:
7.3.3 Modelo de Imídeo Nérice (tecnicista):
1 Cabeçalho
2 Objetivos
3 Motivação
4 Desenvolvimento da aula
Revisão da aula anterior e articulação com a
experiência passada do aluno.
Assunto novo.
Síntese ou resumo
5 Procedimentos didáticos:
Técnicas de ensino a empregar
Material didático a ser usado
Atividades previstas para os alunos
Fixação, integração e avaliação
Tarefas
6 Notas complementares:
Enriquecimento do vocabulário
Questão proposta para reflexão
Assunto provável da próxima aula
Bibliografia
7 Crítica da aula
O que não foi realizado?
Por quê?
Que deve passar para a aula seguinte e o que
deve ser reelaborado?
Como melhorar a aula?
Observações e ocorrência durante a aula.
7.3.4 Modelo simplificado:
Identificação:
Local: Disciplina:
Tema: Série: Turma:
Data: Duração:
Objetivos:
Esquema do conteúdo:
Descrição do desenvolvimento metodológico
Introdução ao assunto:
Desenvolvimento do conteúdo:
Síntese Integradora:
Recursos Humanos, Pedagógicos e Físicos:
Avaliação da aprendizagem:
Referencial Teórico:
Organizado por Prof. Rosângela Menta Mello
CEWK – Curso de Formação de Docentes
10
7.3.5 Plano de aula de Celso Vasconcelos:
Assunto: indicação temática a ser trabalhada.
Necessidade: explicitação das necessidades
percebidas no grupo e que justificam a proposta
de ensino.
Objetivo
Conteúdo
Metodologia: explicitação dos procedimentos de
ensino, técnicas, estratégias, a serem utilizadas no
desenvolvimento do assunto.
Tempo
Recursos
Avaliação
Tarefa: suas funções básicas são o
aprofundamento e síntese do que está sendo visto
em classe, assim como, ajudar o aluno a ter
representações mentais prévias disponíveis
correlatas ao assunto a ser tratado nas aulas
seguintes.
Observações: suas anotações, reflexões e
avaliação sobre a caminhada, tornando a aula um
instrumento de pesquisa sobre a prática. É preciso
resgatar o hábito de escrever sobre a prática
(Diário de bordo), tendo em vista a possibilidade
de uma reflexão mais sistemática.
7.3.6 Plano de aula para Juan Díaz Bordenava e Adair
Martins Pereira:
Preparação da classe: o professor inicia o
relacionamento com seus alunos, se faz conhecer
se é novo, conhece os alunos e, em geral, define
seu papel de orientador democrático.
Apresentação de uma situação-problema: o
professor coloca um desafio frente aos alunos,
para excitar sua curiosidade, incita-lhes a pensar, a
procurar a solução. O problema pode ser
apresentado como uma pergunta, como uma
afirmação a ser constatada, como um caso de
estudo, como um paradoxo, etc.
Pesquisa conjunta da solução: os alunos,
desafiados pelo problema, procuram a solução.
Para isso, o professor lhes orienta no uso de
técnicas variáveis de pesquisa (biblioteca,
entrevista, dados estatísticos, correspondência,
laboratório, debates, discussões, etc.). O trabalho
é fundamentalmente dos alunos, preferivelmente
em grupos.
Teorização: as descobertas dos alunos necessitam
ser organizadas e explicadas. Só assim poderá
haver transferência e generalização da
aprendizagem. De fato, aprender fatos não é ainda
aprender. As observações devem ser levantadas ao
nível da teoria. Esta é uma responsabilidade do
professor, no sentido de ajudar os alunos a criar
modelos ou estruturas, nas quais aparecem as
principais variáveis do problema e suas relações
recíprocas.
Aplicação: Os alunos testam, contra a realidade,
a validade do que foi aprendido. Aí reinicia-se o
ciclo, passando a outra situação-problema, que
incorpore o já aprendido como um dado a mais.
REFERENCIAL TEÓRICO
1. BORDENAVE, Juan Díaz; PEREIRA, Adair Martins.
Estratégias de ensino-aprendizagem. 11 ed.
Petrópolis: Vozes, 1989. p. 117-118.
2. LEITE, Lígia Silva (coord) et all. Tecnologia
Educacional: descubra suas possibilidades na sala
de aula. Petrópolis: Vozes, 2003
3. LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez,
1991. p. 221-247
4. MARTINS, José do Prado. Didática geral. São
Paulo: Atlas, 1988. p. 183-194.
5. NÉRICI, Imídeo G. Introdução a Didática Geral.
Rio de Janeiro: Ed. Científica, s.d., 149-157.
6. PILETTI, Claudino. Didática Geral. 23 ed. rev. São
Paulo: Ática, 2003. p. 60-85
7. VASCONCELOS, Celso dos S. Planejamento: projeto
de ensino-aprendizagem e projeto político-
pedagógico. 5. ed. São Paulo: Libertad, 1999. p. 148-
151.
Anotações: