O documento discute a mobilidade urbana no Brasil, definindo-a como o deslocamento de pessoas no espaço geográfico das cidades. Apresenta a história da mobilidade no país, desde a substituição dos bondes pelos ônibus e automóveis na década de 1950, até os problemas atuais como congestionamentos e poluição decorrentes do excesso de veículos. Também lista algumas alternativas para melhorar a mobilidade urbana.
2. DEFINIÇÃO
A mobilidade urbana refere-se às condições
de deslocamento da população no espaço
geográfico das cidades. O termo é geralmente
empregado para referir-se ao trânsito de
veículos e também de pedestres, seja através
do transporte individual (carros, motos, etc.),
seja através do uso de transportes coletivos
(ônibus, metrôs, etc.).
3. Historia
No Brasil, a grande transformação na
mobilidade das pessoas começou a ocorrer
na década de 1950 do século passado,
quando o processo intenso de urbanização
se associou ao aumento do uso de veículos
motorizados, tanto os automóveis quanto os
ônibus, resultado de uma política de Estado
que priorizou o investimento na indústria
automobilística.
4. Neste cenário, nota-se o desaparecimento
do bonde e o grande aumento do uso de
ônibus e a ampla utilização do automóvel.
Assim, a cidade saiu de uma mobilidade
essencialmente pública e movida à
eletricidade (o bonde e o trem) para outra
que mistura a mobilidade pública e privada e
depende essencialmente de combustíveis
fósseis.
Historia
5. Na década de 1960, mais vias começaram a
ser construídas, levando as pessoas a
preferirem o transporte por automóveis. Essa
tendência teria sido acentuada com políticas
que diminuíam a taxação na compra desses
veículos. O automóvel provocou uma
revolução no cotidiano das pessoas visto que
redefiniu, de certa forma, a autonomia em
relação ao tempo e ao espaço.
Historia
6. Hoje, no Brasil, essa relação entre carro,
tempo e espaço é muito diferente do tempo
dos primeiros automóveis. O excesso de
carros nas metrópoles agravou-se nas
últimas décadas graças à concentração de
pessoas nas cidades, à falta de planejamento
urbano e ao maior poder de consumo das
famílias.
Contexto Atual
7. Esse aumento contínuo da população urbana
não foi acompanhado de políticas de
urbanização e infraestrutura que resolvessem
questões como moradia e transporte, embora
os custos das passagens tenham subido.
Além de causar congestionamentos diários
que dificultam a locomoção, os carros são
responsáveis por grande parte da poluição
nos grandes centros urbanos.
Contexto Atual
8. Constituição
Brasileira
Art. 182. A política de desenvolvimento
urbano, executada pelo Poder Público
municipal, conforme diretrizes gerais fixadas
em lei, tem por objetivo ordenar o pleno
desenvolvimento das funções sociais da
cidade e garantir o bem-estar de seus
habitantes.
9. • Má qualidade do transporte público no Brasil.
• Congestionamentos de carros nos grandes centros.
• Poluição ocasionada pela elevada queima de
combustíveis fósseis.
• Acentuado crescimento da frota de veículos.
•Tarifas elevadas e superlotação.
•Má sinalização e iluminação.
•Vias precárias e falta de acessibilidade.
Principais
Problemas
10. Alternativas
• Melhorar as calçadas e vias de circulação.
• Ampliar as ciclovias e faixas de pedestre.
• Desenvolver hidrovias para aproveitar os rios como meio de
transporte.
•Contribuir para a política climática e energética, reduzindo
emissões atmosféricas e promovendo a eficiência no consumo
de combustíveis.
•Melhorar a logística para reduzir a quantidade de caminhões.
•Promover serviços eficientes de transporte e infraestrutura.
•Integrar aos mecanismos de planejamento urbano e
ordenação do uso e ocupação do solo, com vistas a garantir a
efetividade do direito à cidade.
11. Alternativas
• Dedicar espaço exclusivo para o transporte coletivo nas
vias públicas (ex.: faixas exclusivas para ônibus).
• Sistema de bicicletas compartilhadas, para facilitar o
acesso a esse meio de transporte com valores
acessíveis e o complemento de trajetos usando também
outros meios de locomoção.
•Investimento em transportes de massa e na integração
de sistemas.
•Compartilhamento de caronas entre amigos e colegas de
trabalho.
•Aplicativos que facilitem a busca de estacionamentos.
•Ampliação da acessibilidade e sinalização do trânsito.
12.
13. A falta de mobilidade urbana no Brasil, um problema recorrente
nas grandes metrópoles do país, vem se tornando uma questão
com soluções cada vez mais difíceis. Dentre suas principais
causas, podemos destacar, EXCETO:
( ) a) O crescimento desordenado das grandes cidades
brasileiras.
( ) b) A precarização dos sistemas públicos de transporte
urbano.
( ) c) As políticas urbanas e sociais que privilegiaram o uso do
automóvel.
( ) d) A falta de investimentos públicos em políticas de
mobilidade.
( ) e) O excesso de ciclovias e faixas exclusivas de ônibus nos
grandes centros citadinos.
14. ( x ) e) O excesso de ciclovias e faixas exclusivas de ônibus
nos grandes centros citadinos.
Dentre os fatores que contribuem para
o inchaço das cidades e dificuldade em
termos de mobilidade, citam-se o grande
crescimento urbano ao longo da
segunda metade do século XX...
15. a oferta ruim de serviços públicos de
transporte e a ausência de políticas
de mobilidade (ciclofaixas e outros).
O excesso de ciclovias e faixas
exclusivas não é algo muito difundido
no Brasil e também não se configura
como um obstáculo à mobilidade
urbana.
22. Texto I
Os movimentos e protestos populares a
que o Brasil assistiu nos meses de junho e julho
de 2013 trouxeram à tona a questão da
mobilidade urbana e da acessibilidade, que está
implicada (e diretamente) na formação e
construção da identidade do indivíduo. Chaves na
sociabilização dos habitantes de uma cidade, elas
propiciam o acesso a seus recursos mais
importantes: o capital social, cultural e econômico.
23. Texto I
Assim, o direito à cidade é um dos
direitos maiores das sociedades modernas.
Uma das condições decisivas para que a acessibilidade
aos bens urbanos se efetive é a mobilidade urbana, algo
que vai além de transportes e da mera funcionalidade da
cidade.
A mobilidade urbana não deve ser pensada apenas
pelo viés técnico, como área de domínio dos engenheiros
especializados, pois não se trata apenas de ofertar meios
de transporte para uma demanda de circulação, instalando
equipamentos e tecnologias. É a cidade que precisa ser
pensada em conexão com a questão da mobilidade e, de
fato, isso não ocorre no Brasil.
24. Texto I
Uma questão-chave que precisa ser
compreendida: a cidade condiciona as formas
de mobilidade, como as condições de mobilidade influem
sobre a cidade. Conectar as dimensões nos leva a
perguntar: que mobilidade para qual tipo de cidade? A
forma da cidade, morfologia urbana, não pode ser
abstraída quando se pensa a mobilidade urbana. Mas, por
incrível que pareça, tudo o que acompanhamos sobre as
questões relativas à mobilidade urbana das cidades
brasileiras ignora essa relação.
Disponível em: http://www.cartanaescola.com.br/single/show/157.
25. Texto II
O trânsito se tornou uma das maiores
dores de cabeça para a população. O
acúmulo de veículos nas ruas causa prejuízos, estresse,
acidentes e poluição, e tende a piorar nos próximos anos,
caso não sejam adotadas políticas mais eficientes.
O problema agravou-se nas últimas décadas graças à
concentração de pessoas nas cidades, à falta de
planejamento urbano, aos incentivos à indústria
automotora e ao maior poder de consumo das famílias.
Isso tudo provocou o que os especialistas chamam de
crise de mobilidade urbana, que acontece quando o
Estado não consegue oferecer condições para que as
pessoas se desloquem nas cidades.
26. Texto II
Segundo o relatório “Estado
das Cidades da América Latina e Caribe”, 80% da
população latino-americana vive em centros
urbanos e 14% (cerca de 65 milhões) habita
metrópoles como São Paulo e Cidade do México.
Ocorre que esse aumento contínuo da população
urbana não foi acompanhado de políticas de
urbanização e infraestrutura que resolvessem
questões como moradia e transporte.
27. Texto II
A má qualidade do transporte
público e o incentivo ao consumo faz a população optar
pelo transporte individual. De acordo com o Observatório
das Metrópoles, a frota de veículos nas metrópoles
brasileiras dobrou nos últimos dez anos, com um
crescimento médio de 77%. Os dados revelam que o
número de automóveis e motocicletas nas 12 principais
capitais do país aumentou de 11,5 milhões para 20,5
milhões, entre 2001 e 2011. Esses números correspondem
a 44% da frota nacional.
Trecho disponível em http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/
atualidades/mobilidadeurbana-como-solucionar-o-problema-do-transito-nas-metropoles.htm
28. Texto III
“O direito à cidade está ligado à
possibilidade que os diversos grupos sociais têm de
se deslocarem pelos centros urbanos. Os serviços
públicos essenciais, como saúde e educação, bem
como o lazer e a cultura, são direitos
constitucionais. O acesso aos locais de trabalho
aparece como uma necessidade fundamental dos
trabalhadores. Pode-se perceber, assim, que a
utilização desses serviços está ligada à
possibilidade que essas pessoas têm de chegar aos
locais em que são oferecidos.
29. Texto III
É necessário se deslocar à escola,
ao centro de saúde, ao cinema, ao teatro, ao local
de trabalho etc. O debate sobre a mobilidade
urbana versa, dessa forma, sobre a garantia de
condições necessárias à utilização dos serviços,
como também sobre os obstáculos a essa
utilização.”
Fonte: http://educador.brasilescola.com/estrategias-ensino/mobilidade-urbana-direito
cidade.htm