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Profª. PAULA MARIA MAGALHÃES TEIXEIRA
O PAISAGISMO NO BRASIL – MODERNISMO
O MODERNISMO E A PRACA PÚBLICA
A MODERNIDADE
A consolidação do modelo de cidade
industrial, no começo do século XX,
gerou profundas transformações no
modo de vida urbano. O grande
aumento da população urbana,
devido à migração do campo para a
cidade, e os avanços tecnológicos
alcançados alteraram profundamente
as relações sociais e econômicas.
PRAÇA DA REPÚBLICA
EM SP E CIDADE DE SP
DÉCADA DE 50.
A MODERNIDADE
EDIFÍCIO MINISTÉRIO DA
EDUCAÇÃO E SAÚDE DO
RIO DE JANEIRO - 1950
A MODERNIDADE
Grandes malhas viárias
foram construídas ou
redimensionadas devido
a popularização do uso
dos veículos
automotores. Redes de
infra-estrutura e de
transporte coletivo foram
implantadas e conjuntos
habitacionais para abrigar
a crescente população
urbana foram
construídos.
Cidade Ideal - quatro funções: habitação, trabalho, circulação e lazer.
Espaços livres públicos brasileiros - novo programa de atividades:
praças, parques, jardins – principais opções de lazer para a população
urbana.
Aumento perímetro urbano – complicou a saída da cidade para o
campo e natureza. População trabalhadora vai usar espaços livres
públicos urbanos para este fim.
Novos usos: lazer esportivo, lazer cultural – conchas acústicas, lazer
recreacional.
A MODERNIDADE
NOVOS HÁBITOS:
PRÁTICAS ESPORTIVAS E
RECREAÇÃO AO AR LIVRE.
1950.
Ao lado, família passando o dia na
Praia de José Menino, em Santos –
década de 1920.
Prática de esportes tornou-se hábito
urbano. Pinheiros em São Paulo – 1914.
A MODERNIDADE
A MODERNIDADE
LAZER ATIVO
Crianças brincando
em playground na
década de 1950.
EXEMPLO DE EQUIPAMENTOS PARA ATIVIDADES DE LAZER.
Quadras esportivas
EXEMPLO DE EQUIPAMENTOS PARA ATIVIDADES DE LAZER.
Playgrounds
PRAÇAS MODERNAS:
HÁBITOS E FORMAS
PRACAS MODERNAS:
A praça moderna passou a ser estruturada por estares, recantos e subespaços
articulados entre si, rompendo com a tradição eclética de eixos e caminhos e
usos segregados onde somente ricos e elegantes a utilizavam .
A praça moderna é mais democrática.
TÉRREO EDIFÍCIO PETROBRÁS – BURLE MARX.
Fusão de espaços orgânicos ou geométricos
PRAÇA DO POR-DO-SOL – SÃO PAULO.
Estares angulosos.
Estares e recantos
articulados entre si.
A vegetação era
usada como
elemento de
composição
espacial.
PRAÇA ECLÉTICA
PASSAGEM, CAMINHO
POSTURA DECORATIVA
PRAÇA MODERNA
PERMANÊNCIA
POSTURA FUNCIONALISTA
- setorização das atividades;
- utilização de formas orgânicas,
geométricas e mistas (de acordo com os
novos padrões estéticos) tanto para piso,
como para caminhos, canteiros, espelhos
d’água;
- liberdade na composição formal,
respeitando os dogmas modernistas;
- grandes áreas de pisos processados;
- criação de estares e recantos como
elementos centrais de projeto;
CARACTERÍSTICAS
DAS PRAÇAS
MODERNAS:
- circulações estruturadas por sequências
de estares;
- valorização de ícones e signos da
cultura nacional e regional;
- vegetação utilizada como elemento
tridimensional de configuração de
espaços;
- plantio em maciços arbóreos e
arbustivos, formando planos verticais;
- plantio de forrações como grandes
tapetes;
- larga utilização e valorização da flora
nativa e tropical.
CARACTERÍSTICAS
DAS PRAÇAS
MODERNAS:
EXEMPLOS:
Praça João Vianna - BH Praça Dr. Caio Ribeiro – Santos
Jardim do Meier - RJ
Praça Por do Sol – São Paulo Praça 29 de março
- Curitiba (quadrantes)
Praça Afonso Botelho -
Curitiba (programa
moderno misto - quadras,
concha acústica,
playground, gramados)
PROJETOS ORIGINAIS E DISTINTOS DE
CARATER TIPICAMENTE BRASILEIRO
ANOS 1960 – 1970 – CONSOLIDAÇÃO
EM TERMOS DE PROGRAMA E
CARACTERISTICAS FORMAIS
PRAÇAS MODERNAS
BRASILEIRAS:
PRAÇA SANTOS DUMONT:
GOIÂNIA - GO
PRACA SANTOS DUMONT:
Área Central – Espaço estruturado pela vegetação – maciço de palmeiras em
colunata – lazer esportivo – ciclovia, pista de bicicross e aeromodelismo.
Estares articulados e conectados por uma ciclovia.
1969
Programa:
contemplação e
esportes.
PRACA VINÍCIUS DE MORAIS:
Nascente situada
em uma grota em
meio a morraria
preservada
quando do
loteamento da
área.
SÃO PAULO - SP
1971 - Morumbi
Autores:
Francisco Segnini Jr.
Lucia Toffolo
Vera Catunda
Processo de renovação do projeto paisagístico público paulistano, concebido a partir do
trabalho das arquitetas Miranda Magnoli e Rosa Gliass – elaboração do primeiro e único
plano global de áreas verdes de SP.
Programa Lazer Passivo – população utiliza praça para caminhada e corrida
Três pequenos lagos circundados por maciços de árvores
PRAÇA GOV. ISRAEL PINHEIRO:
BELO HORIZONTE - MG
PRACA GOV. ISRAEL PINHEIRO:
1983
Criada para a visita do papa João Paulo II, onde
foi celebrada a missa campal na ocasião.
Conhecida como Praça do Papa.
Bairro de Mangabeiras
– junto a íngreme
Serra do Curral.
Praça Mirante – bela vista da cidade.
Estares sinuosos que se interligam
Praça do Papa: Atividades:
contemplação, eventos
religiosos, recreação
infantil.
BURLE MARX E A CONSOLIDAÇÃO
DO MODERNISMO
Praça Salgado Filho – RJ - 1938
Roberto Burle Marx (1909 – 1994)
Fusão (mimese) das artes plásticas com a botânica moderna.
Inaugura o
paisagismo moderno
em escala mundial
transição da arte
abstrata para a
paisagem.
Fusão entre as artes e
a ciência, técnica e
estética para o
desenho da paisagem
– cria o paisagismo
moderno, no Brasil,
em 1932.
BURLE MARX E A CONSOLIDAÇÃO
DO MODERNISMO
Praça Salgado Filho – RJ - 1938
Referências: Jardins
europeus, Auguste
Glaziou, Cândido
Portinari, a exuberância
da flora brasileira e a
sinuosidade de nossos
rios.
Utiliza vegetação por sua
individualidade e por sua
textura como conjunto.
Auguste Glaziou – Parque Residência Imperial – RJ
Candido Portinari – Colhedores de Café
Nasce em São Paulo no dia 04 de Agosto de 1909. Herda da mãe o amor pela música e
pelas plantas , e do pai, o gosto pela literatura europeia.
Conhecido internacionalmente como um dos mais importantes arquitetos paisagistas
do século 20, Roberto Burle Marx estudou pintura em Berlim, na Alemanha, no final
dos anos 1920.
BURLE MARX
HISTÓRIA
Em Berlim era frequentador assíduo do Botanischer Garten Und Botanisches Museum
Berlin-Dahlem, o mais antigo jardim botânico alemão, fundado no século 17 como um
parque real para flores, plantas medicinais, vegetais e lúpulo (para a cervejaria do rei).
BURLE MARX
HISTÓRIA
Botanischer Garten Und Botanisches Museum Berlin-Dahlem
Reformado no século 20, é um dos mais importantes centros de pesquisa em botânica da
Europa. Foi lá que Burle Marx , aos 19 anos notou pela primeira vez a beleza das plantas
tropicais e da flora brasileira.
BURLE MARX
Burle Marx (auto retrato) destacou-se
também como pintor, escultor, tapeceiro,
ceramista e designer.
De volta ao Brasil, ele continuou seus
estudos na Escola de Belas Artes, no Rio.
Os jardins planejados por Burle Marx eram
comparados a pinturas abstratas, alguns
bem curvilíneos, outros de linhas retas,
usando plantas nativas brasileiras para
criar blocos de cor.
HISTÓRIA
BURLE MARX
INFLUÊNCIAS
Paul Cézanne Picasso Van Gogh
Flora Brasileira Vitoria Regia
BURLE MARX
PINTURA / DESENHOS / PAINÉIS
BURLE MARX
DESIGN DE JÓIAS
Seu primeiro projeto paisagístico foi o jardim de uma casa desenhada pelos
arquitetos Lucio Costa (que projetou Brasília) e Gregory Warchavchik.
Dali em diante não parou mais de projetar paisagens, pintar e desenhar.
BURLE MARX
PRIMEIRO PROJETO
Residência Schwartz,
1932
Em 1949, Burle Marx comprou uma área de 365.000 m2 em Barra de Guaratiba, no
litoral do Rio de Janeiro. Ali começou a organizar sua enorme coleção de plantas.
Este grande conjunto de plantas vivas adaptou-se perfeitamente à natureza habitual
do sítio, composta por manguezal, restinga e Mata Atlântica.
O paisagista conseguiu reunir uma das mais importantes coleções de plantas
tropicais e subtropicais do mundo em seu sítio, que conta com mais de 3.500
espécies.
Em 1985 ele doou a propriedade à Fundação Pró-Memória Nacional, entidade cultural
do governo federal que atualmente se chama Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional (IPHAN).
BURLE MARX
SÍTIO BURLE MARX
SÍTIO BURLE MARX
SÍTIO BURLE MARX
SÍTIO BURLE MARX
Mesmo sem ter uma educação formal em arquitetura paisagística, o aprendizado de
Burle Marx na pintura influenciou a criação de seus jardins.
Ele aceitava, embora de forma relutante, que "pintava" com as plantas. Mas seu
trabalho não pode ser reduzido ao efeito pictórico e visual produzido por suas
paisagens. Marx se autodefinia como um artista de jardins.
A Paisagem era definida como exigência estética, necessidade absoluta para a vida
humana, sua obra reitera a vegetação, como a maior riqueza do país, mote de seu
trabalho.
Uso de flora autóctone, como elemento de identidade, conhecimento e valorização.
BURLE MARX
ARTISTA DE JARDINS
Conhecido por sua preocupação ambiental e pela preocupação com a preservação da
flora brasileira, ele inovou ao usar plantas nativas do brasil em suas criações e isso se
tornou sua característica marcante.
Foi ele quem valorizou as bromélias, por exemplo, e tornou-as populares: hoje essas
plantas naturais da mata atlântica se tornaram conhecidas e são cultivadas em
viveiros para serem vendidas. O "estilo burle marx" tornou-se sinônimo de
paisagismo brasileiro no mundo.
BURLE MARX
E A ECOLOGIA
RIO DE JANEIRO 1936
BURLE MARX PRINCIPAIS PROJETOS
EDIFICIO
GUSTAVO CAPANEMA
O projeto para os Jardins do
antigo MES – Ministério da
Educação e Saúde, atual Edifício
Gustavo Capanema, é
considerado marco inicial do
paisagismo modernista brasileiro.
Jardins do MES - guache - 1938
JARDINS DO CASSINO 1942
BURLE MARX PRINCIPAIS PROJETOS
CONJUNTO DA PAMPULHA
CASA DE BAILE 1942
BURLE MARX PRINCIPAIS PROJETOS
CONJUNTO DA PAMPULHA
IGREJA SÃO FRANCISCO 1942
BURLE MARX PRINCIPAIS PROJETOS
CONJUNTO DA PAMPULHA
IATE CLUBE 1942
BURLE MARX PRINCIPAIS PROJETOS
CONJUNTO DA PAMPULHA
BURLE MARX PRINCIPAIS PROJETOS
RESIDENCIA ODETE MONTEIRO/ FAZENDA MARAMBAIA
CORREIAS – RJ 1948 E 1988
Próxima à serra dos
Órgãos, no Rio de
Janeiro.
Valorização das
montanhas e uso de
vegetação autóctone.
Modelado de terreno
com criação de
morrotes e depressões
para conduzir o olhar à
riqueza da paisagem
circundante.
BURLE MARX PRINCIPAIS PROJETOS
RESIDENCIA CAVANELAS/ FAZENDA TACARUNA
RIO DE JANEIRO – RJ 1954
BURLE MARX PRINCIPAIS PROJETOS
RESIDÊNCIA KRONSFOTH
TERESÓPOLIS – RJ 1955
Exploração de valores como cor,
textura, luz – uso de uma série de
elementos vegetais, pouco
utilizados até então.
O jardim captura a paisagem
circundante, como experiência
sensitiva.
.“são formas de tocar, sublimar,
sentir ou estabelecer valores
culturalmente determinados”
Flávio Motta, 1986.
BURLE MARX PRINCIPAIS PROJETOS
HOSPITAL SUL AMÉRICA
RIO DE JANEIRO – RJ
1955
Intensas relações formais entre o
gramado e o piso, o muro e o
banco, entre espelho d’água,
calçamento de pedra e vegetação
colorida.
Sentido de complementaridade e
precisão absoluta dos elementos
incorporados.
Tensão na descentralização.
CARACAS – VENEZUELA 1956
BURLE MARX PRINCIPAIS PROJETOS
PARQUE DEL ESTE
BURLE MARX PRINCIPAIS PROJETOS
RIO DE JANEIRO – RJ 1960
PARQUE/ ATERRO DO FLAMENGO
BURLE MARX PRINCIPAIS PROJETOS
BURLE MARX PRINCIPAIS PROJETOS
BRASILIA – DF 1965
PALÁCIO DO ITAMARATY
BURLE MARX PRINCIPAIS PROJETOS
RIO DE JANEIRO – RJ 1970
CALÇADÃO DE COPACABANA (AVENIDA ATLÂNTICA)
BURLE MARX PRINCIPAIS PROJETOS
BRASILIA – DF 1970
PRAÇA DUQUE DE CAXIAS (MINISTÉRIO DO EXERCITO)
“PRAÇA DOS CRISTAIS”
BURLE MARX PRINCIPAIS PROJETOS
PARQUE DAS MANGABEIRAS
BELO HORIZONTE – MG 1980
BURLE MARX PRINCIPAIS PROJETOS
PARQUE ROBERTO BURLE MARX
MORUMBI – SP 1989
BURLE MARX PRAÇAS
PRAÇA SALGADO FILHO
RIO DE JANEIRO 1938
Espécies vegetais da flora nativa
da restinga carioca.
Bancos lineares
BURLE MARX PRAÇAS
PRAÇA MINISTRO SALGADO FILHO
RECIFE 1957
Traçados e Formas
Sinuosas e sensuais
BURLE MARX PRAÇAS
LARGO DA CARIOCA
RIO DE JANEIRO 1957
BURLE MARX PRAÇAS
PRAÇA ALMIRANTE JULIO DE NORONHA
RIO DE JANEIRO ANOS 70
Elaboradíssimos desenhos de piso
BURLE MARX PRAÇAS
PRAÇA ALBERTO
DALVA SIMÃO
BELO HORIZONTE ANOS 70
Mural
“O crescimento do jardim faz parte do projeto. É bonito ver o jardim
crescer...”
“Uma planta não existe sozinha numa composição. Ela existe em relação as
outras.”
“A planta tem personalidade própria. A luz e a distância a modificam, o vento
pode altera-la, bem como a chuva e o sol. Podemos pensar na planta como
uma obra de escultura que pode ser vista sob diversos ângulos, transformada
por sopros de vento de um verde tranquilo, numa figura dançante de folhas
verdes prateadas, salpicadas pelo sol depois da chuva. Podemos pensar
numa planta como uma pincelada, ou como um ponto de bordado. “
Burle Marx
PROJETO... E SE
EU FOSSE BURLE
MARX?
PROJETO
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PAULA PARA
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AULA 3 - PAISAGISMO NO BRASIL-MODERNISMO.pdf

  • 1. Profª. PAULA MARIA MAGALHÃES TEIXEIRA O PAISAGISMO NO BRASIL – MODERNISMO
  • 2. O MODERNISMO E A PRACA PÚBLICA
  • 3. A MODERNIDADE A consolidação do modelo de cidade industrial, no começo do século XX, gerou profundas transformações no modo de vida urbano. O grande aumento da população urbana, devido à migração do campo para a cidade, e os avanços tecnológicos alcançados alteraram profundamente as relações sociais e econômicas. PRAÇA DA REPÚBLICA EM SP E CIDADE DE SP DÉCADA DE 50.
  • 4. A MODERNIDADE EDIFÍCIO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E SAÚDE DO RIO DE JANEIRO - 1950
  • 5. A MODERNIDADE Grandes malhas viárias foram construídas ou redimensionadas devido a popularização do uso dos veículos automotores. Redes de infra-estrutura e de transporte coletivo foram implantadas e conjuntos habitacionais para abrigar a crescente população urbana foram construídos.
  • 6. Cidade Ideal - quatro funções: habitação, trabalho, circulação e lazer. Espaços livres públicos brasileiros - novo programa de atividades: praças, parques, jardins – principais opções de lazer para a população urbana. Aumento perímetro urbano – complicou a saída da cidade para o campo e natureza. População trabalhadora vai usar espaços livres públicos urbanos para este fim. Novos usos: lazer esportivo, lazer cultural – conchas acústicas, lazer recreacional. A MODERNIDADE
  • 7. NOVOS HÁBITOS: PRÁTICAS ESPORTIVAS E RECREAÇÃO AO AR LIVRE. 1950. Ao lado, família passando o dia na Praia de José Menino, em Santos – década de 1920. Prática de esportes tornou-se hábito urbano. Pinheiros em São Paulo – 1914. A MODERNIDADE
  • 8. A MODERNIDADE LAZER ATIVO Crianças brincando em playground na década de 1950.
  • 9. EXEMPLO DE EQUIPAMENTOS PARA ATIVIDADES DE LAZER. Quadras esportivas
  • 10. EXEMPLO DE EQUIPAMENTOS PARA ATIVIDADES DE LAZER. Playgrounds
  • 11. PRAÇAS MODERNAS: HÁBITOS E FORMAS PRACAS MODERNAS: A praça moderna passou a ser estruturada por estares, recantos e subespaços articulados entre si, rompendo com a tradição eclética de eixos e caminhos e usos segregados onde somente ricos e elegantes a utilizavam . A praça moderna é mais democrática. TÉRREO EDIFÍCIO PETROBRÁS – BURLE MARX. Fusão de espaços orgânicos ou geométricos
  • 12. PRAÇA DO POR-DO-SOL – SÃO PAULO. Estares angulosos.
  • 13. Estares e recantos articulados entre si. A vegetação era usada como elemento de composição espacial.
  • 16. - setorização das atividades; - utilização de formas orgânicas, geométricas e mistas (de acordo com os novos padrões estéticos) tanto para piso, como para caminhos, canteiros, espelhos d’água; - liberdade na composição formal, respeitando os dogmas modernistas; - grandes áreas de pisos processados; - criação de estares e recantos como elementos centrais de projeto; CARACTERÍSTICAS DAS PRAÇAS MODERNAS:
  • 17. - circulações estruturadas por sequências de estares; - valorização de ícones e signos da cultura nacional e regional; - vegetação utilizada como elemento tridimensional de configuração de espaços; - plantio em maciços arbóreos e arbustivos, formando planos verticais; - plantio de forrações como grandes tapetes; - larga utilização e valorização da flora nativa e tropical. CARACTERÍSTICAS DAS PRAÇAS MODERNAS:
  • 18. EXEMPLOS: Praça João Vianna - BH Praça Dr. Caio Ribeiro – Santos Jardim do Meier - RJ Praça Por do Sol – São Paulo Praça 29 de março - Curitiba (quadrantes) Praça Afonso Botelho - Curitiba (programa moderno misto - quadras, concha acústica, playground, gramados)
  • 19. PROJETOS ORIGINAIS E DISTINTOS DE CARATER TIPICAMENTE BRASILEIRO ANOS 1960 – 1970 – CONSOLIDAÇÃO EM TERMOS DE PROGRAMA E CARACTERISTICAS FORMAIS PRAÇAS MODERNAS BRASILEIRAS:
  • 20. PRAÇA SANTOS DUMONT: GOIÂNIA - GO PRACA SANTOS DUMONT: Área Central – Espaço estruturado pela vegetação – maciço de palmeiras em colunata – lazer esportivo – ciclovia, pista de bicicross e aeromodelismo. Estares articulados e conectados por uma ciclovia. 1969
  • 21.
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  • 24. PRACA VINÍCIUS DE MORAIS: Nascente situada em uma grota em meio a morraria preservada quando do loteamento da área. SÃO PAULO - SP 1971 - Morumbi Autores: Francisco Segnini Jr. Lucia Toffolo Vera Catunda
  • 25. Processo de renovação do projeto paisagístico público paulistano, concebido a partir do trabalho das arquitetas Miranda Magnoli e Rosa Gliass – elaboração do primeiro e único plano global de áreas verdes de SP.
  • 26. Programa Lazer Passivo – população utiliza praça para caminhada e corrida
  • 27. Três pequenos lagos circundados por maciços de árvores
  • 28. PRAÇA GOV. ISRAEL PINHEIRO: BELO HORIZONTE - MG PRACA GOV. ISRAEL PINHEIRO: 1983 Criada para a visita do papa João Paulo II, onde foi celebrada a missa campal na ocasião. Conhecida como Praça do Papa.
  • 29. Bairro de Mangabeiras – junto a íngreme Serra do Curral.
  • 30. Praça Mirante – bela vista da cidade.
  • 31. Estares sinuosos que se interligam Praça do Papa: Atividades: contemplação, eventos religiosos, recreação infantil.
  • 32. BURLE MARX E A CONSOLIDAÇÃO DO MODERNISMO Praça Salgado Filho – RJ - 1938 Roberto Burle Marx (1909 – 1994) Fusão (mimese) das artes plásticas com a botânica moderna. Inaugura o paisagismo moderno em escala mundial transição da arte abstrata para a paisagem. Fusão entre as artes e a ciência, técnica e estética para o desenho da paisagem – cria o paisagismo moderno, no Brasil, em 1932.
  • 33. BURLE MARX E A CONSOLIDAÇÃO DO MODERNISMO Praça Salgado Filho – RJ - 1938 Referências: Jardins europeus, Auguste Glaziou, Cândido Portinari, a exuberância da flora brasileira e a sinuosidade de nossos rios. Utiliza vegetação por sua individualidade e por sua textura como conjunto. Auguste Glaziou – Parque Residência Imperial – RJ Candido Portinari – Colhedores de Café
  • 34. Nasce em São Paulo no dia 04 de Agosto de 1909. Herda da mãe o amor pela música e pelas plantas , e do pai, o gosto pela literatura europeia. Conhecido internacionalmente como um dos mais importantes arquitetos paisagistas do século 20, Roberto Burle Marx estudou pintura em Berlim, na Alemanha, no final dos anos 1920. BURLE MARX HISTÓRIA
  • 35. Em Berlim era frequentador assíduo do Botanischer Garten Und Botanisches Museum Berlin-Dahlem, o mais antigo jardim botânico alemão, fundado no século 17 como um parque real para flores, plantas medicinais, vegetais e lúpulo (para a cervejaria do rei). BURLE MARX HISTÓRIA
  • 36. Botanischer Garten Und Botanisches Museum Berlin-Dahlem Reformado no século 20, é um dos mais importantes centros de pesquisa em botânica da Europa. Foi lá que Burle Marx , aos 19 anos notou pela primeira vez a beleza das plantas tropicais e da flora brasileira.
  • 37. BURLE MARX Burle Marx (auto retrato) destacou-se também como pintor, escultor, tapeceiro, ceramista e designer. De volta ao Brasil, ele continuou seus estudos na Escola de Belas Artes, no Rio. Os jardins planejados por Burle Marx eram comparados a pinturas abstratas, alguns bem curvilíneos, outros de linhas retas, usando plantas nativas brasileiras para criar blocos de cor. HISTÓRIA
  • 38. BURLE MARX INFLUÊNCIAS Paul Cézanne Picasso Van Gogh Flora Brasileira Vitoria Regia
  • 39. BURLE MARX PINTURA / DESENHOS / PAINÉIS
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  • 46. Seu primeiro projeto paisagístico foi o jardim de uma casa desenhada pelos arquitetos Lucio Costa (que projetou Brasília) e Gregory Warchavchik. Dali em diante não parou mais de projetar paisagens, pintar e desenhar. BURLE MARX PRIMEIRO PROJETO Residência Schwartz, 1932
  • 47. Em 1949, Burle Marx comprou uma área de 365.000 m2 em Barra de Guaratiba, no litoral do Rio de Janeiro. Ali começou a organizar sua enorme coleção de plantas. Este grande conjunto de plantas vivas adaptou-se perfeitamente à natureza habitual do sítio, composta por manguezal, restinga e Mata Atlântica. O paisagista conseguiu reunir uma das mais importantes coleções de plantas tropicais e subtropicais do mundo em seu sítio, que conta com mais de 3.500 espécies. Em 1985 ele doou a propriedade à Fundação Pró-Memória Nacional, entidade cultural do governo federal que atualmente se chama Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). BURLE MARX SÍTIO BURLE MARX
  • 51. Mesmo sem ter uma educação formal em arquitetura paisagística, o aprendizado de Burle Marx na pintura influenciou a criação de seus jardins. Ele aceitava, embora de forma relutante, que "pintava" com as plantas. Mas seu trabalho não pode ser reduzido ao efeito pictórico e visual produzido por suas paisagens. Marx se autodefinia como um artista de jardins. A Paisagem era definida como exigência estética, necessidade absoluta para a vida humana, sua obra reitera a vegetação, como a maior riqueza do país, mote de seu trabalho. Uso de flora autóctone, como elemento de identidade, conhecimento e valorização. BURLE MARX ARTISTA DE JARDINS
  • 52. Conhecido por sua preocupação ambiental e pela preocupação com a preservação da flora brasileira, ele inovou ao usar plantas nativas do brasil em suas criações e isso se tornou sua característica marcante. Foi ele quem valorizou as bromélias, por exemplo, e tornou-as populares: hoje essas plantas naturais da mata atlântica se tornaram conhecidas e são cultivadas em viveiros para serem vendidas. O "estilo burle marx" tornou-se sinônimo de paisagismo brasileiro no mundo. BURLE MARX E A ECOLOGIA
  • 53. RIO DE JANEIRO 1936 BURLE MARX PRINCIPAIS PROJETOS EDIFICIO GUSTAVO CAPANEMA O projeto para os Jardins do antigo MES – Ministério da Educação e Saúde, atual Edifício Gustavo Capanema, é considerado marco inicial do paisagismo modernista brasileiro. Jardins do MES - guache - 1938
  • 54. JARDINS DO CASSINO 1942 BURLE MARX PRINCIPAIS PROJETOS CONJUNTO DA PAMPULHA
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  • 59. CASA DE BAILE 1942 BURLE MARX PRINCIPAIS PROJETOS CONJUNTO DA PAMPULHA
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  • 62. IGREJA SÃO FRANCISCO 1942 BURLE MARX PRINCIPAIS PROJETOS CONJUNTO DA PAMPULHA
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  • 65. IATE CLUBE 1942 BURLE MARX PRINCIPAIS PROJETOS CONJUNTO DA PAMPULHA
  • 66. BURLE MARX PRINCIPAIS PROJETOS RESIDENCIA ODETE MONTEIRO/ FAZENDA MARAMBAIA CORREIAS – RJ 1948 E 1988
  • 67. Próxima à serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro. Valorização das montanhas e uso de vegetação autóctone. Modelado de terreno com criação de morrotes e depressões para conduzir o olhar à riqueza da paisagem circundante.
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  • 70. BURLE MARX PRINCIPAIS PROJETOS RESIDENCIA CAVANELAS/ FAZENDA TACARUNA RIO DE JANEIRO – RJ 1954
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  • 72. BURLE MARX PRINCIPAIS PROJETOS RESIDÊNCIA KRONSFOTH TERESÓPOLIS – RJ 1955 Exploração de valores como cor, textura, luz – uso de uma série de elementos vegetais, pouco utilizados até então. O jardim captura a paisagem circundante, como experiência sensitiva.
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  • 74. .“são formas de tocar, sublimar, sentir ou estabelecer valores culturalmente determinados” Flávio Motta, 1986.
  • 75. BURLE MARX PRINCIPAIS PROJETOS HOSPITAL SUL AMÉRICA RIO DE JANEIRO – RJ 1955 Intensas relações formais entre o gramado e o piso, o muro e o banco, entre espelho d’água, calçamento de pedra e vegetação colorida. Sentido de complementaridade e precisão absoluta dos elementos incorporados. Tensão na descentralização.
  • 76. CARACAS – VENEZUELA 1956 BURLE MARX PRINCIPAIS PROJETOS PARQUE DEL ESTE
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  • 79. BURLE MARX PRINCIPAIS PROJETOS RIO DE JANEIRO – RJ 1960 PARQUE/ ATERRO DO FLAMENGO
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  • 93. BURLE MARX PRINCIPAIS PROJETOS BRASILIA – DF 1965 PALÁCIO DO ITAMARATY
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  • 96. BURLE MARX PRINCIPAIS PROJETOS RIO DE JANEIRO – RJ 1970 CALÇADÃO DE COPACABANA (AVENIDA ATLÂNTICA)
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  • 98. BURLE MARX PRINCIPAIS PROJETOS BRASILIA – DF 1970 PRAÇA DUQUE DE CAXIAS (MINISTÉRIO DO EXERCITO)
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  • 103. BURLE MARX PRINCIPAIS PROJETOS PARQUE DAS MANGABEIRAS BELO HORIZONTE – MG 1980
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  • 107. BURLE MARX PRINCIPAIS PROJETOS PARQUE ROBERTO BURLE MARX MORUMBI – SP 1989
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  • 110.
  • 111.
  • 112. BURLE MARX PRAÇAS PRAÇA SALGADO FILHO RIO DE JANEIRO 1938
  • 113. Espécies vegetais da flora nativa da restinga carioca.
  • 115.
  • 116. BURLE MARX PRAÇAS PRAÇA MINISTRO SALGADO FILHO RECIFE 1957
  • 118.
  • 119.
  • 120. BURLE MARX PRAÇAS LARGO DA CARIOCA RIO DE JANEIRO 1957
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  • 122.
  • 123. BURLE MARX PRAÇAS PRAÇA ALMIRANTE JULIO DE NORONHA RIO DE JANEIRO ANOS 70 Elaboradíssimos desenhos de piso
  • 124. BURLE MARX PRAÇAS PRAÇA ALBERTO DALVA SIMÃO BELO HORIZONTE ANOS 70 Mural
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  • 126. “O crescimento do jardim faz parte do projeto. É bonito ver o jardim crescer...” “Uma planta não existe sozinha numa composição. Ela existe em relação as outras.” “A planta tem personalidade própria. A luz e a distância a modificam, o vento pode altera-la, bem como a chuva e o sol. Podemos pensar na planta como uma obra de escultura que pode ser vista sob diversos ângulos, transformada por sopros de vento de um verde tranquilo, numa figura dançante de folhas verdes prateadas, salpicadas pelo sol depois da chuva. Podemos pensar numa planta como uma pincelada, ou como um ponto de bordado. “ Burle Marx
  • 127. PROJETO... E SE EU FOSSE BURLE MARX? PROJETO ELABORADO PELA PROFA. PAULA PARA DISCIPLINA DE ESPECIALIZAÇÃO