1) A continência urinária depende da integridade do mecanismo esfincteriano uretral extrínseco e intrínseco.
2) A avaliação da incontinência urinária envolve anamnese, exame físico, questionários, testes funcionais e estudos complementares como urodinâmica.
3) Os principais tipos de incontinência urinária são a de esforço, urgência e mista.
2. • Incontinência urinária é qualquer condição em que ocorre perda
involuntária de urina.
Haylen BT, de Ridder D, Freeman RM et al. An International Urogynaecological Association (IUGA)/International Continence
Society (ICS) joint report on the terminology for female pelvic floor dysfunction. Int Urogynecol J 2010; 21: 5–26.
3. • Manutenção do gradiente de pressão entre a bexiga e a uretra
(IUE)
• Posição intra-abdominal do colo vesical
• Fechamento uretral
• Armazenamento vesical adequado
• Detrusor estável
6. A continência urinária depende da integridade do mecanismo
esfincteriano uretral extrínseco e intrínseco:
extrínseco
intrínseco
músculo elevador do ânus
fáscia endopélvica
musculatura periuretral
tônus vascular da submucosa
coaptação das pregas mucosas
7. • Assoalho pélvico
- M. elevador do ânus
- Fáscia endopélvica
• Manutenção da posição do colo vesical
• Pressão transmitida de forma equivalente à bexiga e à uretra
Lesão: hipermobilidade do colo vesical
16. • Córtex cerebral
• Controle voluntário da micção
• Atividade tônica inibitória
• Sistema nervoso autônomo
• Simpático
• Parassimpático
• Sistema nervoso periférico
• Nervo pudendo
17. • Percepção da repleção vesical
• Inibição tônica do centro pontino da micção (reflexo miccional)
• Início voluntário da micção
18. • SNA simpático (T10-L2)
• Ativo na fase de enchimento vesical
• Receptores α- e β-adrenérgicos
• SNA parassimpático (S2-S4)
• Ativo na fase de esvaziamento vesical
• Receptores colinérgicos
• SN periférico (S2-S4)
• Ativo na fase de enchimento vesical
• Musculatura voluntária
23. Sintoma Definição
Incontinência urinária de esforço (IUE) Queixa de perda de urina decorrente de esforço ou exercício
físico, espirro ou tosse
Incontinência urinária por urgência (IUU) Queixa de perda involuntária de urina associada à urgência
Incontinência urinária mista (IUM) Queixa de perda involuntária de urina associada à urgência e
também ao esforço ou exercício físico, espirro ou tosse
Incontinência urinária contínua Queixa de perda involuntária contínua de urina
Incontinência urinária insensível Queixa de perda urinária quando a mulher não tem
conhecimento de como a perda ocorreu
Incontinência urinária durante o coito (“coital”) Queixa de perda involuntária de urina que ocorre durante o
coito
24. Sintoma Definição
Aumento da frequência
urinária diurna
Queixa de que a micção ocorre mais frequentemente durante as horas de vigília do que
o padrão previamente considerado normal pela paciente (~ 7x/dia)
Noctúria Queixa de interrupção do sono uma ou mais vezes devido à necessidade de urinar;
cada micção é precedida e seguida pelo sono e exclui situações em que a mulher está
acordada por outros motivos (insônia, por exemplo)
Urgência Queixa de desejo súbito e imperioso de urinar que é difícil de ser inibido
Síndrome da Bexiga
Hiperativa (BH)
Urgência urinária geralmente acompanhada de frequência e noctúria, com ou sem
incontinência urinária por urgência, na ausência de infecção do trato urinário ou outra
patologia aparente
25. Sintoma Definição
Aumento da sensação
(sensibilidade) vesical
Queixa de que o desejo de urinar durante o enchimento vesical ocorre mais cedo ou é
mais persistente do que o experimentado anteriormente. Essa definição difere de
urgência porque a micção pode ser adiada apesar da vontade de urinar
Diminuição da sensação
vesical
Queixa de que o desejo definitivo de urinar ocorre mais tarde do que o anteriormente,
apesar da percepção de que a bexiga está enchendo
Ausência de sensação
vesical
Queixa de ausência conjuntamente da sensação de enchimento vesical e de desejo
definitivo de urinar
26. Sinal Definição
Incontinência urinária Observação de perda involuntária de urina durante o exame – pode ser uretral ou
extrauretral
Incontinência de esforço
(perda de esforço clínica)
Observação de perda involuntária, através da uretra, sincrônica ao esforço, exercício
físico, ou durante espirro ou tosse
Incontinência por urgência Observação de perda involuntária de urina, através da uretra, sincrônica à sensação de
um forte e súbito desejo de urinar que é difícil adiar
Incontinência extrauretral Observação de perda urinária através de outros orifícios além do meato uretral, isto é,
uma fístula
Incontinência de esforço
oculta
Incontinência de esforço apenas observada após a redução de prolapso coexistente
Observação: todos os exames para incontinência urinária são melhores se a mulher estiver com a bexiga confortavelmente cheia
30. • Perda urinária aos esforços
• Tipo de esforço (descrever a atividade: espirrar, tossir, correr, etc.)
• Quantidade de urina perdida e se está associada a urgência
• Controle da perda
• Uso de absorventes/forros
31. • Urgência – fatores desencadeantes
• Frequência/noctúria
• Incontinência de urgência (usar este termo preferencialmente ao
invés de urgeincontinência)
• Sintomas de esvaziamento:
• Dificuldade para iniciar o fluxo
• Sensação de esvaziamento incompleto
• Necessidade de urinar logo após terminar a micção
32.
33. • Doenças crônicas
• Diabetes mellitus
• Neuropatias centrais e periféricas
• Doença pulmonar obstrutiva crônica
• Obesidade
• Cirurgias prévias
• Tratamento de incontinência urinária ou prolapso genital
• Tipo de cirurgia / acesso cirúrgico
• Sintomas antes e após a cirurgia
• Tempo de recidiva
34.
35. • Confirmar a perda urinária
• Avaliar trofismo da mucosa vaginal
• Avaliar força muscular do assoalho pélvico
• Descartar outros problemas ginecológicos
36. • Repleção vesical
• Pernas afastadas
• Manobra de esforço (tosse ou Valsalva)
• Verificação da perda urinária (durante ou após
o esforço)
• Controle da perda
• Quantidade (gotas/jato/esvaziamento
completo da bexiga)
37. Trofismo diminuído Trofismo normal
Observação: as duas fotos representam o exame ginecológico de pacientes com fístula vesicovaginal
38. Avaliação objetiva da força muscular do assoalho pélvico
• Paciente em posição ginecológica
• Solicitar contração voluntária do assoalho pélvico (semelhante a
tentativa de interromper a micção)
• Avaliação da função perineal subjetiva: visualização da contração
• Repetir a contração durante toque vaginal bidigital: percepção de
resistência à palpação e duração da contração
39.
40. • Questionários de qualidade de vida
- King’s Health Questionnaire (KHQ)
- Incontinence Quality of Life Questionnaire (IQOL)
- International Consultation on Incontinence Questionnaire –
Short Form (ICIQ-SF)
• Medida do volume residual pós-miccional
• Urina I e urocultura
• Diário miccional
• Teste do absorvente (Pad Test)
• Estudo urodinâmico
42. • Excluir infecção urinária
• Tratar se bacteriúria significativa em pacientes que farão exames
ou procedimentos invasivos do trato urinário (urodinâmica,
cistoscopia, cirurgias com risco de lesão de bexiga ou ureter)
43. Anotação de eventos ligados à micção
• Horário e volume das micções
• Ingestão de líquidos – tipo e volume
• Episódios de perda – atividade, quantidade, se teve urgência ou
não
• Troca de protetores/absorventes
44.
45. • Quantificação da perda urinária
• Teste de duração variável
• uso de absorvente pesado previamente
• ingestão padronizada de líquidos
• sequência de atividades (andar, agachar, lavar as mãos com água fria
etc.)
• o absorvente é pesado novamente
• interpretação: >2g perda urinária significativa (teste de 1 hora)
• Indicado em casos selecionados (geralmente, estudos clínicos)
46.
47. • Estudo dos fatores fisiológicos e patológicos envolvidos no
armazenamento e esvaziamento do trato urinário inferior.
• Estudo urodinâmico é a associação de vários procedimentos
urodinâmicos
• Fluxometria
• Cistometria
• Estudo miccional (fluxo/pressão)
• Obrigatório ter urocultura recente negativa
48. • Confirmar a hipótese clínica
• Reproduzir as condições habituais dos
sintomas da paciente
• Diagnóstico diferencial das perdas urinárias
• Avaliar distúrbios associados
• Alterações no esvaziamento vesical
• Alterações na complacência vesical
49. • Incontinência urinária recidivada
• Planejamento cirúrgico
• Persistência de sintomas após tratamento conservador da
incontinência urinária
• Distúrbios do esvaziamento vesical
• Casos complexos/apresentações incomuns
50. • Enchimento vesical espontâneo
• Permanecer 3 horas sem urinar
• Não alterar o padrão de ingestão de líquidos
• Fluxo livre em ambiente privado
• Curva de fluxo x tempo
• Parâmetros estudados
• Aspecto da curva
• Fluxo máximo
• Fluxo médio
53. • Registro da pressão vesical durante a fase de enchimento
• Avalia capacidade, complacência e sensibilidade vesicais
• Sondagem vesical com dois cateteres uretrais
• 4Fr ou 6Fr – medida da pressão vesical
• 8Fr – infusão de soro fisiológico
• Sonda com balão na ampola retal
• Medida da pressão abdominal
• Medida do volume residual
pós-miccional
• Paciente em posição ortostática
54. • Estabilidade do detrusor
• Durante o enchimento vesical
• Após manobras provocativas (tosse, mudança de posição, aumento da
velocidade de infusão)
• Como olhar no traçado:
• Ver canal de pressão do detrusor (Pdet) ou da pressão subtraída
(Pves – Pabd)
62. • Demonstração da perda com aumento da pressão abdominal
• Bexiga com volume definido (150~250ml)
• Série de esforços abdominais de intensidade crescente até se
observar a perda
• Utilizar o menor valor obtido para definir a PPE
• Se não houver perda, repetir a manobra com maior enchimento
vesical
64. • Parâmetro subjetivo informado pela paciente durante o
enchimento
• Primeiro desejo (PD): volume no qual a paciente sente o primeiro
desejo de urinar
• Urgência miccional (Ur): forte desejo de urinar com sensação de perda
urinária ou dor, sem alteração da Pdet
• Forte desejo (FD): capacidade vesical máxima; não é possível retardar a
micção
65. • A bexiga deve ter boa capacidade e complacência durante o
enchimento
• Complacência é a capacidade da bexiga suportar volumes sem
aumento significativo da pressão
• C = Volume final / Pdet final
• Valores são arbitrários
• Capacidade normal: 300 a 600ml
• Complacência normal > 30ml / cmH2O
Complacência reduzida (esquema)
68. • Fluxo acompanhado de medida das pressões vesical e abdominal
• No fluxo reduzido:
• Pressão do detrusor alta durante a micção sugere obstrução
infravesical
• Pressão do detrusor baixa
sugere hipocontratilidade
do detrusor
69.
70.
71.
72. O único nomograma
validado para uso
em mulheres é o de
Blaivas-Groutz
(Há outros, usados para
uso em pacientes do
sexo masculino)
73.
74. • Incontinência urinária de esforço
• Hiperatividade do detrusor
• Distúrbios de esvaziamento
• Obstrução infravesical
• Hipocontratilidade do detrusor
• Alterações na sensibilidade, capacidade e/ou complacência
vesical
75. • Causas extrauretrais
• Fístulas urogenitais
• Causas uretrais
• Incontinência urinária de esforço (IUE)
• Incontinência urinária de urgência (IUU)
• Incontinência urinária mista (IUM)
Incontinência
urinária de
esforço
Incontinência
urinária de
urgência
Incontinência urinária
mista
76. • Fístula vesicovaginal
• Perda contínua de urina pela
vagina (com ou sem micção)
• Antecedente de cirurgia
ginecológica ou parto obstruído
• Fístula ureterovaginal
• Perda urinária constante + micções
periódicas
77. • Incontinência urinária de esforço (IUE): perda em situações de
aumento da pressão abdominal sem contração do detrusor
• Incontinência urinária de urgência (IUU): perda devido a
contração involuntária do detrusor
79. • Tratamento conservador
• IUE leve (= perda urinária esporádica e/ou em pequena quantidade)
• Desejo da paciente
• Contraindicação ao tratamento cirúrgico
• Tratamento cirúrgico
• Associação com outros defeitos do assoalho pélvico (prolapso, rotura
perineal)
• IUE por deficiência esfincteriana intrínseca
• Desejo da paciente
80. • Informação e conhecimento da doença
• Evitar repleção vesical não-fisiológica
• Manutenção de intervalos regulares para micção
• Medidas de suporte: controle do peso corporal, cuidados
higiênicos, ajuste de medicamentos
• Fisioterapia
• Cinesioterapia
• Eletroestimulação
• Biofeedback
• Tratamento medicamentoso
81.
82. • Exercícios de Kegel
• Contração voluntária do assoalho pélvico
• Exercícios lentos (de resistência) e rápidos para trabalhar fibras
musculares tipo I e tipo II
• Fazer 20 a 30 repetições de cada
esquema, 2 a 3x/dia – individualizar
• Resultados em 1 a 3 meses
• Usados também como adjuvantes a
outros tratamentos, inclusive a
cirurgia
83. • Cones com pesos variáveis (20-70g)
• Estimulam a contração do
assoalho pélvico de forma
reflexa
• Melhoram a propriocepção
da musculatura perineal
• Usar sob orientação de profissional
habilitado
• Estimulam fibras tipo I
• Uso durante atividades da vida diária
• Podem ser associados a exercícios ativos
84. • Causa contração dos músculos do assoalho pélvico e permite a
consciência corporal
• Restabelece conexões neuromusculares, melhorando a função da
fibra muscular
• Hipertrofia da fibra muscular, aumentando força e resistência
• Como é feita?
• Aplicação por fisioterapeuta especializado em uroginecologia
• Eletrodos vaginais individuais
• Sessões de 15-25 min, 2-4x/semana
85.
86.
87. • Estrogênios tópicos (vaginais)
• Tratamento adjuvante na pós-menopausa
• Melhora do trofismo da mucosa antes de tratamento cirúrgico
• Melhora de sintomas irritativos (urgência e frequência)
• Duloxetina
• Alfa-adrenérgicos
88. • Indicados na pós-menopausa (tratamento adjuvante)
• Ação nos vasos, músculos e tecido conjuntivo vaginal e uretral
• Melhora do trofismo da mucosa antes de tratamento cirúrgico
• Melhora de sintomas de BH
• Avaliar contraindicações: câncer de mama ou endométrio
• Forma de administração: vaginal
• Estriol creme vaginal
• Promestrieno creme/cápsulas vaginais
• Uso diário por 2 a 4 semanas e depois 2x/sem (individualizar)
89.
90. • Inibidor dual (ISRSN)
• Bloqueio da recaptação de noradrenalina leva a ativação dos receptores
alfa-adrenérgicos do colo vesical
• Dose usada nos estudos clínicos: 80mg, podendo chegar a 120 mg/dia
• Efeitos colaterais gastrintestinais (principalmente náusea) são frequentes
91. • Ação nos receptores alfa-adrenérgicos da uretra
• Aumento do tônus uretral
• Sinergismo com estrogênios
• Uso sistêmico
• Imipramina: 10-25mg 1-4x/dia ou dose única noturna
• Amitriptilina 25mg 1-3 cp/dia
• Iniciar com dose baixa e titular mensalmente
• Limitações: não usar em pacientes com hipertensão arterial, arritmia
cardíaca ou glaucoma de ângulo fechado
Obs.: medicamentos padronizados no SUS
92. • Uretrocistopexia retropúbica
• Cirurgia de Burch (aberta ou
por via laparoscópica)
• Cirurgias de alça ou tipo sling
• Material autólogo: sling fascial
• Material sintético: slings de
uretra média (TVT retropúbico,
TVTO, entre outros)
• Agentes de preenchimento na
submucosa uretral
93. • Técnica usada antigamente como tratamento inicial da
IUE/cistocele: colporrafia anterior à Kelly-Kennedy
• Abandonada devido ao alto índice de falha (35% de cura em 5 anos)
94. • Fixação da camada muscular vaginal no ligamento ileopectíneo (de
Cooper)
• Indicada somente nos casos de IUE por hipermobilidade
95. • Paciente em posição semiginecológica
• Incisão transversa suprapúbica
• Abertura por planos até o peritônio
• Dissecção da gordura retropúbica (espaço de Retzius)
• Sonda de Foley – colo vesical
• Elevação dos fórnices vaginais e tração da sonda
96. • Complicações
• Lesão vesical, uretral ou vaginal
• Sangramento
• Dor pós-operatória
• Hiperatividade do detrusor de
novo
• Risco de enterocele (anterioriza
eixo vaginal)
• Indicação atual: associada a
outra cirurgia abdominal (por
ex., histerectomia abdominal)
97. • Faixa suburetral fixa na aponeurose do abdome
• Suporte da junção uretrovesical
• Compressão da uretra em situações de aumento da pressão abdominal
• Corrige hipermobilidade e deficiência esfincteriana intrínseca
98. Albo ME et al. Burch colposuspension versus fascial
sling to reduce urinary stress incontinence.
N Engl J Med 2007;356:2143-55.
99. • Cirurgia minimamente invasiva para tratamento da IUE
• Faixa de Prolene suburetral sem tensão
• Aplicada no terço médio da uretra
• Indicada nos casos de hipermobilidade e/ou lesão esfincteriana
• Técnicas:
• TVT “clássico” – retropúbico
• TVT transobturatório
• Slings de incisão única (“mini-slings”) – técnica não padronizada (vários
fabricantes) e sem indicação consolidada
100. • Requer cistoscopia intraoperatória
• Efetivo na correção de IUE por hipermobilidade e deficiência
esfincteriana
• Técnica original: cirurgia realizada com anestesia local + sedação
104. • Introdução das agulhas por via
retropúbica de cima para baixo,
à semelhança do sling de
aponeurose
• Também requer cistoscopia
intraoperatória
105. • Não necessitam cistoscopia
intraoperatória
• Menor risco de lesão vesical
• Menor sangramento pós-
operatório
• Menor tempo cirúrgico
• Maior risco de lesão vaginal
• Maior dor pós-operatória
(principalmente na raiz da coxa)
117. • Causa mais comum de incontinência urinária após a menopausa
• Clínica: urgência miccional, geralmente associada a frequência e/ou
incontinência
• Hiperatividade do detrusor neurogênica: doença neurológica subjacente
• Incontinência pós AVC
• Doença de Parkinson
• Demência / Doença de Alzheimer
118.
119. • Evitar cafeína / nicotina
• Evitar alimentos ácidos
• Restrição líquida à noite
• Ajustar medicamentos
• Trocar diurético por outro anti-hipertensivo
• Esvaziamento vesical periódico
121. • Inibem competitivamente a acetilcolina nos receptores
muscarínicos M2 e M3 do detrusor
• Bloqueio das contrações vesicais involuntárias
• Ação não é seletiva na bexiga, tendo efeitos
colaterais sistêmicos:
• Boca seca
• Constipação
• Visão borrada
• Taquicardia
122. • Contraindicações/precauções:
• Glaucoma de ângulo fechado
• Hérnia de hiato/DRGE/megacólon/megaesôfago
• Interações medicamentosas: antiácidos
• Imipramina: efeitos colaterais adicionais
• Hipertensão arterial, hipotensão ortostática
• Arritmia em cardiopatas
• Aumento do apetite
123. • Oxibutinina (Retemic®)
• Tolterodina (Detrusitol®)
• Darifenacina (Enablex®)
• Solifenacina (Vesicare®)
• Antidepressivos tricíclicos com atividade anticolinérgica:
imipramina (Tofranil®)
Obs.: Os nomes comerciais citados são os marcas de referência no mercado brasileiro
126. • Apresentação comercial: oral
• Enablex® (cp 7,5 e 15 mg)
• Fenazic®(cp 7,5 e 15 mg)
• Posologia
• Começar com 7,5 mg 1x/dia
• Se não houver resposta satisfatória em 2 semanas, aumentar a dose
para 15 mg/dia
127. • Apresentação comercial: oral
• Vesicare® (cp 5 e 10 mg – com 10 ou 30 cp)
• Impere® (cp 5 e 10 mg – com 30 cp)
128. • Apresentação comercial: oral
• Tofranil ® (cp 10 e 25 mg)
• Posologia
• 10-25 mg até 75-100 mg em dose única noturna
• Iniciar com dose baixa e titular mensalmente
• Medicamento padronizado
na rede pública
• Necessita receita carbonada –
validade 30 dias
129. • Como usar?
• Titular a dose = começar com dose baixa e aumentar conforme
tolerabilidade e controle dos sintomas
• Oxibutinina: ½ cp (2,5 mg) 1x/dia ~ 3 cp/dia (15 mg)
• Tolterodina: 1~2 mg 2x/dia ou 4mg 1x/dia
• Explicar os efeitos adversos que podem surgir e medidas para controle
/ alívio sintomático
• Suspender na presença de efeitos adversos relevantes (borramento
visual, hipotensão, arritmia, etc.)
132. • Estrogênios tópicos
• Melhoram os efeitos urogenitais do hipoestrogenismo
• Uso adjuvante aos outros tratamentos
• Opções terapêuticas
• Estriol (Ovestrion®, Stele®)
• Promestrieno (Colpotrofine®, Antrofi®, Avestria®, Promin®,genérico)
133. • Posologia
• Dose inicial: uso diário por 2 semanas ou 20 dias
• Dose de manutenção: 2x/semana
• Manutenção conforme a necessidade (em média 2x/semana ou uso em dias
alternados)
• Explicar os efeitos colaterais mais frequentes
• Aumento do conteúdo vaginal
• Sensação de peso no hipogástrio
• Mastalgia
• Suspender na presença de sangramento vaginal → investigar origem
134. • O que é:
• Reaprender o hábito do controle da micção com intervalos crescentes
• Modular sensação vesical x volume real
• Controlar o desejo de urinar em contato com fatores desencadeantes
ou estressantes
• Como fazer?
• Diário miccional
• Plano de ação
135.
136.
137. • Avaliar a situação atual
• Maior volume urinado
• Maior intervalo entre as micções
• Observar fatores de gatilho
• Estabelecer um plano de ação
• Aumentar o intervalo habitual entre as micções
• Criar um cronograma real e aplicável
• Retornos freqüentes para reajuste de rota
• No início, uso adjuvante de anticolinérgicos pode aumentar a adesão ao
tratamento e aumentar a chance de sucesso
138. • Exercícios de Kegel
• Contração da musculatura do assoalho pélvico 2x/dia
• Cada sessão: 20-30 contrações de 5 segundos com intervalo de 5
segundos seguidas por 20-30 contrações rápidas
• Eletroestimulação
• Assoalho pélvico: com eletrodo vaginal
• Estimulação do nervo tibial posterior (PTNS)
139. • Injeção intravesical em 10 a 30 pontos,
evitando o trígono
• Opção terapêutica nos casos refratários
aos anticolinérgicos, principalmente nos
casos neurogênicos
• Risco de retenção urinária e aumento do
resíduo miccional, levando à necessidade
de cateterização intermitente limpa
140. • Opção terapêutica nos casos refratários aos
anticolinérgicos, principalmente nos casos
neurogênicos
• Risco de retenção urinária e aumento do
resíduo miccional, levando à necessidade de
cateterização intermitente limpa
141. • Bloqueio da liberação pré-sináptica de
acetilcolina
• Semelhante à ação no músculo
esquelético
• Bloqueio da ação parassimpática
142. • Miastenia gravis
• Uso de aminoglicosídeos ou qualquer droga que possa interferir
na transmissão neuromuscular
• Gravidez e lactação
• Hemofilia
• Deficiência de fatores da coagulação ou doenças que levem a
diátese hemorrágica
143.
144. • Estudo urodinâmico
• Falha terapêutica
• Associação com tratamento cirúrgico de outra condição (por ex.,
cistocele)
• Suspeita de cistite intersticial
• Dor vesical
• Baixa capacidade vesical (<300ml)
• Cistoscopia
• Suspeita de lesão intravesical
• Diagnóstico de cistite intersticial
145.
146.
147. • Conversar = anamnese extensa
• Ouvir = queixas, expectativas, desejos
• Perceber = emoções envolvidas e hábitos
• Explicar = causas e opções terapêuticas
• Planejar = elaborar um plano de ação
• Dividir = a responsabilidade pelo sucesso ou não do tratamento
• Envolver = a paciente no processo terapêutico
148. • Paciente consciente e motivada
• Profissional consciente e motivado
• Conhecer a doença
• Conhecer as indicações
• Conhecer as limitações
• Equipe multiprofissional é um ‘plus’
• Divisão de tarefas
• Abordagem global da pessoa e do problema
149.
150. Perda aos esforços, urgência, frequência,
noctúria, urgeincontinência
Urina I e urocultura Tratar e
repetir
infecção
Urodinâmica ou
tratamento clínico
normais
IUE
Slings de uretra
média (RP/TO)
Sling retropúbico
ou Burch*
Tratamento
clínico
Cirurgia
Bexiga hiperativa ±
Hiperatividade do detrusor
Reeducação vesical
Fisioterapia
Anticolinérgicos
e/ou β3-agonista
151. Bexiga hiperativa
contraindicação para tratamento
medicamentoso?
não
tratamento de prova
com anticolinérgicos
por 1 a 3 meses
sim
diário miccional e
reeducação vesical
melhora
manter droga e reavaliar
em 3 meses
sem melhora
estudo urodinâmico
melhora
manter tratamento e
reavaliar em 3 meses
glaucoma
hérnia de hiato
152.
153. INCONTINÊNCIA URINÁRIA
INCONTINÊNCIA
URINÁRIA ESFORÇO
Hipermobilidade
Deficiência esfincteriana
intrínseca
INCONTINÊNCIA URINÁRIA
MISTA
BEXIGA HIPERATIVA /
URGEINCONTINÊNCIA
Hiperatividade do
detrusor
Tratar o problema
predominante primeiro
• Avaliar o estado estrogênico e corrigir se indicado
• Mudanças de estilo de vida
• Reabilitação do assoalho pélvico e reeducação vesical
Tratamento
medicamentoso
Outros tratamentos
Anticolinérgicos
antimuscarínicos
ENCAMINHAMENTO ESPECIALIZADO
Falha
FalhaFalha
Falha