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A história da saúde
pública/vigilância sanitária no brasil
Prof. Ismar Araujo de Moraes
Departamento de Fisiologia e Farmacologia da UFF
Médico Veterinário – S/SUBVISA-RIO
A saúde no Brasil: colônia.
O começo do problema...
A vinda do colonizador gerou
doenças e mortes nas tribos
indígenas.
A saúde no Brasil: colônia.
Modelo exploratório sem preocupação com as questões
sanitárias.
Em 1789, havia no Rio de Janeiro apenas quatro médicos.
A saúde no Brasil: colônia.
O pajé, com suas ervas e cantos
A saúde no Brasil: colônia.
Os pajés e os boticários, que viajavam pelo Brasil Colônia, eram as únicas
formas de assistência à saúde.
A saúde no Brasil: colônia.
A saúde no Brasil: “Sede do império Ultramarino
Português”.
Com chegada da Corte Portuguesa, em 1808, começa um processo de criação de
instituições voltadas para a saúde, objetivando:
• efetuar o controle sanitário dos produtos a serem comercializados e consumidos,
e dos estabelecimentos comerciais;
• combater a propagação de doenças, principalmente as epidêmicas;
• resolver questões de saneamento;
• fiscalizar o exercício profissional na área da saúde.
A saúde no Brasil :“Sede do império Ultramarino
Português”.
De acordo com a ANVISA a
instalação oficial da vigilância
sanitária no Brasil ocorreu em
28 de janeiro de 1808, quando
D. João VI assinou em
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brasileira, a carta régia que
“abriu os portos às nações
amigas”.
Impôs-se um controle sanitário mais efetivo não só dos portos, mas
também dos navios e passageiros que chegavam ao Brasil.
A saúde no Brasil :“Sede do império Ultramarino
Português”.
As práticas médicas da época estava a cargo das Santas Casas de
Misericórdias, hospitais militares e os denominados físicos, os cirurgiões-
barbeiros, barbeiros sangradores, boticários curandeiros e as parteiras.
Jean Baptiste Debret.
(1768 -1848)
Chega ao Rio com a Missão
Artiistica Francesa em 1816.
A saúde no Brasil :“Sede do império Ultramarino
Português”.
1820
Mercado na Praia dos Mineiros (Rugendas)
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/61/Rugendas_-_Marche_sur_la_praia_dos_mineros.jpg
Negras Cozinheiras Vendedoras de Angu – Rugendas
http://perlbal.hi-pi.com/blog-images/395805/gd/1186000521.jpg
Johann Moritz Rugendas (1802 - 1858)
Pintor alemão que viajou por todo o Brasil
durante o período de 1822 a 1825,
A saúde no Brasil :“Sede do império Ultramarino
Português”.
1824
A saúde no Brasil: Império.
1828
– D. Pedro I, após 20 anos desde a sua criação, extingue definitivamente a
fisicatura.
– Reforma Sanitária de 1928.
Transfere as ações de saúde para os municípios (municipalização)
A saúde no Brasil: Império.
A saúde no Brasil: Império.
1855
Epidemia de cólera
A saúde no Brasil: Império.
1860
Criação da Estação de Tratamento de
Esgoto do Rio de Janeiro
A capital do Império, o Rio de Janeiro,
tornou-se a quinta cidade do mundo a
possuir uma estação de tratamento de
esgotos.
1886
Decreto 9.554, de 3 de fevereiro de 1986
Reorganização dos Serviços Sanitários do Império.
Inspetoria Geral de Higiene => Serviços sanitários terrestres.
Inspetoria Geral de Saúde dos Portos => Serviços sanitários Marítimos
A saúde no Brasil: Império.
A Saúde no Brasil: República velha.
A Saúde no Brasil: República velha.
O Rio de Janeiro era a capital federal.
Nenhum saneamento básico
Varíola, febre amarela e até a peste espalhando-se.
O Rio de 1900....
A Saúde no Brasil: República velha.
Rose Oliveyra - Caricatura LXXXIV
As moléstias em conferência. Charge do início do século XX.
Todas carregam o símbolo da morte, uma foice.
O Rio de 1900....
A Mídia reconhecia os problemas sanitários do Rio...
A Saúde no Brasil: República velha.
Cortiço no Rio de Janeiro no começo do século XX
 Lei Áurea em 1888
 730.000 habitantes
 Proliferação dos cortiços
O Rio de 1900....
A Saúde no Brasil: República velha.
Primeiro governo do presidente Rodrigues Alves
(1902-1906)
Plano tríplice: reurbanizar, sanear e reformar o Porto
do Rio
“ O presidente Sanitarista”
Motivações:
• Incentivar o Turismo
• Apoio aos cafeicultures
• Favorecer a imigração
• Morte de sua filha pela Febre Amarela
"Viaje direto
para Argentina
sem passar
pelos perigosos
focos de
epidemias do
Brasil".)
O Rio de 1902....
A Saúde no Brasil: República velha.
Obrigações:
 Disponibilização de escarradeiras para o povo nas repartições públicas
 Instalação de mictórios públicos em vários pontos da cidade
Pereira Passos
O Rio de 1902....
Nomeação do Prefeito Pereira Passos
Proibições:
• Cuspir dentro de bondes
• Ordenhar vacas leiteiras nas vias públicas
• Mendicância
Alem de:
• Substituição das imundas vielas coloniais, terrenos baldios usados como
depósitos de lixo e dos cortiços por praças arborizadas e largas avenidas e ruas.
A Saúde no Brasil: República velha.
A estratégia do Dr. Cruz:
=> Combater a peste bubônica, a febre amarela e a varíola.
O Rio de 1902....
Nomeação do médico sanitarista
Oswaldo Cruz como Diretor Geral de
Saúde pública para dar um jeito no
problema.
Oswaldo Cruz
A Saúde no Brasil: República velha.
A Saúde no Brasil: República velha.
Combatendo a Peste bubônica
• Determinou a caça aos ratos, cujas pulgas
transmitem a doença.
• A população recebia uma quantia por cada
animal entregue ao governo.
• Montou um esquadrão de 50 homens
vacinados para percorrer becos espalhando
raticida e mandando recolher o lixo.
• Invasão das casas e queima de roupas e
colchões
1 rato
Até 300 reis
1kg de
feijão
Falcatruas
(industrialização
da criação)
A Saúde no Brasil: República velha.
Combatendo a Febre amarela
• Montou brigadas de mata-mosquitos
• Despejou petróleo nos alagados
• Promoveu desinfecção de casa por casa.
• A "invasão de privacidade" foi criticada
A Saúde no Brasil: República velha.
Aparelho Clayton utilizado para lançar gás sulfuroso nas galerias de
águas pluviais e esgotos, no combate aos mosquitos da febre amarela.
(revista Kosmos, 1904)
A Saúde no Brasil: República velha.
Brigadas mata-mosquitos vedam residência para aplicação
de veneno contra o transmissor da febre amarela.
“Polícia Sanitária”
“Polícia Sanitária. Ideário de 1889”
A Saúde no Brasil: República velha.
Enxofre e piretro exterminavam mosquitos da febre amarela que infestavam as
casas, cujas portas, janelas e frestas eram vedadas e os telhados cobertos por
toldos.
Foto: J. J. Monteiro de Paiva, em Óbidos, Pará, 1910
“Polícia Sanitária”
“Polícia Sanitária - Ideário de 1889”
A Saúde no Brasil: República velha.
Brigada contra os mosquitos na campanha de erradicação da febre amarela no Rio
de Janeiro, no início do século. In: Oswaldo Cruz - monumenta histórica, São Paulo, vol. VI,
1972).
“Polícia Sanitária”
“Polícia Sanitária – Ideário de 1989”
A Saúde no Brasil: República velha.
O extermínio dos mosquitos resultou no fim da febre amarela no Rio
1903 = 469 mortos no verão
1904 = 39 mortos
1905 = 42 mortos
1906 = extinta
A Saúde no Brasil: República velha.
Combatendo a Varíola
• A vacina anti-varíola passou a ser obrigatória.
• Brigadas de saúde pública podiam entrar nas
casas e vacinar à força.
Muitos médicos descrentes da eficácia da vacina.
Medo da vacina atuar na propagação da doença.
Adeptos do positivismo, tendo por princípio
filosófico, “o Estado não tem o direito de interferir na
decisão individual de vacinar-se ou não”.
A Saúde no Brasil: República velha.
O Nero da Higiene Luís XIV da seringação
"Le tas c’est moi"
(Essa bagunça sou eu).
Kalixto, 1904
‘A vacinação’, de Raul
(O Correio, 1.10.1904),
em Falcão
A reação da mídia...
A Saúde no Brasil: República velha.
A vacina obrigatória foi considerada uma tirania.
A população saiu às ruas e iniciou a Revolta da Vacina colocando a cidade do Rio
em estado de sítio.
A revolta deixa um saldo de 30 mortos, 110 feridos e 945 presos, dos quais 461
foram deportados para o Acre.
Oswaldo Cruz acabou afastado
A Saúde no Brasil: República velha.
10 a 16 de novembro
de 1904
A brigada, mostrada como uma tropa de cavalaria montada sobre seringas,
porta um estandarte onde se lê: Vaccina obrigatoria".
O povo enfrenta os agentes de saúde com paus, machados
e vassouras, enquanto outros atiram penicos, baldes, garfos e serrotes das
janelas.
A reação da mídia...
A Saúde no Brasil: República velha.
A Saúde no Brasil: República velha.
A Saúde no Brasil: era Vargas.
1930
Decreto 19.402, de 14 de novembro de 1930.
• Cria uma Secretária de Estado com a
denominação de Ministério dos Negócios da
Educação e Saúde Publica.
• Mantém a estrutura do Departamento
Nacional de Saúde
A Saúde no Brasil: era Vargas.
1937
Lei nº 378, de 13 de Janeiro de 1937.
• O Ministério dos Negócios da Educação e Saúde
Publica passou a se chamar Ministério da Educação e
Saúde.
• “Reforma Capanema”
A Saúde no Brasil: República.
A Saúde no Brasil: República.
Decreto 2244 de 04/06/97
Altera dispositivos do Decreto nº 30.691
Decreto 1812 de 08/02/1996
Altera dispositivos do Decreto n° 30.691
1953
Lei 1920, de 25 de julho de 1953.
O Ministério da Educação e Saúde
passa a ser o MINISTÉRIO DA
SAÚDE.
A Saúde no Brasil: República.
A Saúde no Brasil: República.
1961.
Decreto nº 49.974, de 21 de janeiro de 1961.
Regulamentou Código Nacional de Saúde (Lei n° 2.312/54).
• Atribuiu competência ao Ministério da Saúde para estabelecer
normas gerais sobre defesa e proteção da saúde.
• O Ministério da Saúde passa a ter atuação na regulamentação
dos alimentos
1963
Criação do Codex alimentarius
A Saúde no Brasil República.
1963
Criação do GEIFAR (Grupo Executivo da Indústria
Farmacêutica) para o controle do setor farmacêutico.
Efeitos Adversos da Talidomida
Os Ministros da Marinha de Guerra, do Exército e da
Aeronáutica Militar, usando das atribuições que lhes
confere o artigo 3º do Ato Institucional nº 16, de 14 de
outubro de 1969, combinado com o § 1º do artigo 2º do Ato
Institucional nº 5, de 13 de dezembro de 1968, decretam:
Art. 1º - A defesa e a proteção da saúde individual ou
coletiva, no tocante a alimentos, desde a sua obtenção até
o seu consumo, serão reguladas, em todo território
nacional, pelas disposições deste Decreto-Lei.
1969
DECRETO-LEI nº 986 - DE 21 DE OUTUBRO DE 1969
A Saúde no Brasil : Governo militar.
A Saúde no Brasil : Governo militar.
1976
REESTRUTURAÇÃO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE
Criação da Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária com DIVISÕES voltadas
para a vigilância de Portos, Aeroportos e Fronteiras (DIPAF), Medicamentos
(DIMED), Alimentos (DINAL), Saneantes e Domissanitários (DISAD),
Cosméticos e Produtos de Higiene (DICOP).
1977
DECRETO-LEI nº 6437 - de 20 de agosto de 1977.
Configura as infrações à legislação sanitária
federal, estabelece as sanções respectivas, e dá
outras providências.
A Saúde no Brasil : Governo militar.
1978
Resolução - CNNPA nº 12, de 1978
A Comissão Nacional de Normas e Padrões para Alimentos
aprova as NORMAS TÉCNICAS ESPECIAIS relativas hortaliças
(legumes, verduras, raízes e tubérculos), frutas e cereais,
entre outros produtos e subprodutos.
Revogada pela Resolução - RDC nº
272, de 22 de setembro de 2005
A Saúde no Brasil : Governo militar.
1985 – Carta de Goiânia
Encontro em Goiânia de representantes das VISA de vários estados e do DF.
Proposição: para discussão de novos rumos para a VISA.
Resultado: Carta de Goiânia, onde os estados propuseram a:
 reformulação da Política Nacional de VISA
 criação de um sistema
 reorganização dos serviços.
A Saúde no Brasil : nova república.
Carta de Goiânia é considerada
como um divisor de águas em
termos de política sanitária no país.
1985 - Seminário Nacional de Vigilância Sanitária
Deliberações:
• A Política Nacional de VISA terá que levar em conta a conjuntura e a
situação de cada estado
• O tema VISA deverá ser incluído na 8ª Conferencia de Saúde (1986)
• Caminhar para a descentralização das ações de saúde
• Estabelecer um sistema de informações em VISA
• Promover a ampla revisão da legislação
• Disponibilizar órgãos de divulgação para consumidores e
população em geral
A Saúde no Brasil : nova república.
A Saúde no Brasil : nova república.
1987/88
Crise na Saúde e no exercício da cidadania
 Contaminação das bolsas de sangue.
 Acidente radioativo em Goiânia.
 Excesso de conservantes em alimentos.
A Saúde no Brasil : nova república.
1988
Constituição Federal de 1988
Reconhecimento do papel do Estado no contexto da Saúde.
Art. 6.º (*) São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o
lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e
à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta
Constituição
A Saúde no Brasil : nova república.
1990
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
Lei 8078 de 11 de Setembro de 1990
• Reforça a legislação de proteção e defesa da saúde.
• Reafirma a responsabilidade do produtor pela qualidade do
produto e serviço.
• Impõe atividades de informação ao consumidor.
• Introduziu a inversão do “ônus da prova” (em caso de
alegação de impropriedade, cabe ao fabricante provar que o
produto é bom para o consumo).
• Impede práticas abusivas contra o consumidor.
A Saúde no Brasil : nova república.
1990
Lei Orgânica da Saúde.
Lei 8080 de 19 de setembro de 1990.
• A Saúde é um direito do Cidadão e um dever do Estado
Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o
Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício.
§ 1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de
políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de
outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso
universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e
recuperação.
§ 2º O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da
sociedade.
A Saúde no Brasil : nova república.
1990
Lei Orgânica da Saúde.
Lei 8080 de 19 de setembro de 1990.
• Inclusão da Vigilância Sanitária como campo de atuação do SUS
Dos Objetivos e Atribuições
Art. 6º Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS):
I - a execução de ações:
a) de vigilância sanitária
b) de vigilância epidemiológica
c) de saúde do trabalhador
d) de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica
A Saúde no Brasil : nova república.
1990
Lei Orgânica da Saúde.
Lei 8080 de 19 de setembro de 1990.
Art. 6º § 1º- Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de ações capaz
de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos
problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e
circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde.
• Define o que deve ser entendido por Vigilância Sanitária
• Introduz o conceito de Risco
A Saúde no Brasil : nova república.
1998
Lei 9677 de 02 de Julho de 1998
Altera dispositivos do código penal para incluir a falsificação,
adulteração e alteração de substâncias ou produtos de interesse da
saúde, na classificação de delitos hediondos
A Saúde no Brasil : nova república.
1999
Lei 9782 de 26 de janeiro de 1999.
• Define o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária
• Cria a Agência Nacional de Vigilância Sanitária- ANVISA
• Define as áreas de atuação da Vigilância Sanitária
- Meio Ambiente
- Circulação de bens e produtos relacionados a saúde
- Produção e serviços de saúde
- Vigilância Sanitária do Trabalho
A Saúde no Brasil : nova república.
EM RESUMO:
O final da década de 80 e a década de 90 foram de grande importância para
o estabelecimento da Vigilância Sanitária que temos nos dias de hoje.
Chamam a atenção como marcos de importância
• Constituição de 1988, que assegurou o direito ao acesso de toda
população aos serviços de promoção, proteção e recuperação da saúde
• Lei 8080 de 19 de setembro de 1990, conhecida como Lei Orgânica da
Saúde e que definiu a VISA como parte integrante do Sistema Único de
Saúde (SUS).
• Lei 8078 de 11 de Setembro de 1990 que estabeleceu o Código de
Defesa do Consumidor
• Lei 9782 de 26 de janeiro de 1999, com a criação do Sistema Nacional de
Vigilância Sanitária (SNVS) e da ANVISA.
A Saúde no Brasil : nova república.
"À sua Saúde - A Vigilância
Sanitária na História do Brasil”
Escritor e jornalista Eduardo Bueno
Referências de Literatura e Recomendações para leitura.
http://www.ccms.saude.gov.br/visa/homepage.html

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Historia

  • 1. A história da saúde pública/vigilância sanitária no brasil Prof. Ismar Araujo de Moraes Departamento de Fisiologia e Farmacologia da UFF Médico Veterinário – S/SUBVISA-RIO
  • 2. A saúde no Brasil: colônia. O começo do problema... A vinda do colonizador gerou doenças e mortes nas tribos indígenas.
  • 3. A saúde no Brasil: colônia. Modelo exploratório sem preocupação com as questões sanitárias.
  • 4. Em 1789, havia no Rio de Janeiro apenas quatro médicos. A saúde no Brasil: colônia.
  • 5. O pajé, com suas ervas e cantos A saúde no Brasil: colônia.
  • 6. Os pajés e os boticários, que viajavam pelo Brasil Colônia, eram as únicas formas de assistência à saúde. A saúde no Brasil: colônia.
  • 7. A saúde no Brasil: “Sede do império Ultramarino Português”. Com chegada da Corte Portuguesa, em 1808, começa um processo de criação de instituições voltadas para a saúde, objetivando: • efetuar o controle sanitário dos produtos a serem comercializados e consumidos, e dos estabelecimentos comerciais; • combater a propagação de doenças, principalmente as epidêmicas; • resolver questões de saneamento; • fiscalizar o exercício profissional na área da saúde.
  • 8. A saúde no Brasil :“Sede do império Ultramarino Português”. De acordo com a ANVISA a instalação oficial da vigilância sanitária no Brasil ocorreu em 28 de janeiro de 1808, quando D. João VI assinou em Salvador (BA), então capital brasileira, a carta régia que “abriu os portos às nações amigas”. Impôs-se um controle sanitário mais efetivo não só dos portos, mas também dos navios e passageiros que chegavam ao Brasil.
  • 9. A saúde no Brasil :“Sede do império Ultramarino Português”. As práticas médicas da época estava a cargo das Santas Casas de Misericórdias, hospitais militares e os denominados físicos, os cirurgiões- barbeiros, barbeiros sangradores, boticários curandeiros e as parteiras.
  • 10. Jean Baptiste Debret. (1768 -1848) Chega ao Rio com a Missão Artiistica Francesa em 1816. A saúde no Brasil :“Sede do império Ultramarino Português”. 1820
  • 11. Mercado na Praia dos Mineiros (Rugendas) http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/61/Rugendas_-_Marche_sur_la_praia_dos_mineros.jpg Negras Cozinheiras Vendedoras de Angu – Rugendas http://perlbal.hi-pi.com/blog-images/395805/gd/1186000521.jpg Johann Moritz Rugendas (1802 - 1858) Pintor alemão que viajou por todo o Brasil durante o período de 1822 a 1825, A saúde no Brasil :“Sede do império Ultramarino Português”. 1824
  • 12. A saúde no Brasil: Império. 1828 – D. Pedro I, após 20 anos desde a sua criação, extingue definitivamente a fisicatura. – Reforma Sanitária de 1928. Transfere as ações de saúde para os municípios (municipalização)
  • 13. A saúde no Brasil: Império.
  • 14. A saúde no Brasil: Império.
  • 15. 1855 Epidemia de cólera A saúde no Brasil: Império. 1860 Criação da Estação de Tratamento de Esgoto do Rio de Janeiro A capital do Império, o Rio de Janeiro, tornou-se a quinta cidade do mundo a possuir uma estação de tratamento de esgotos.
  • 16. 1886 Decreto 9.554, de 3 de fevereiro de 1986 Reorganização dos Serviços Sanitários do Império. Inspetoria Geral de Higiene => Serviços sanitários terrestres. Inspetoria Geral de Saúde dos Portos => Serviços sanitários Marítimos A saúde no Brasil: Império.
  • 17. A Saúde no Brasil: República velha.
  • 18. A Saúde no Brasil: República velha.
  • 19. O Rio de Janeiro era a capital federal. Nenhum saneamento básico Varíola, febre amarela e até a peste espalhando-se. O Rio de 1900.... A Saúde no Brasil: República velha.
  • 20. Rose Oliveyra - Caricatura LXXXIV As moléstias em conferência. Charge do início do século XX. Todas carregam o símbolo da morte, uma foice. O Rio de 1900.... A Mídia reconhecia os problemas sanitários do Rio... A Saúde no Brasil: República velha.
  • 21. Cortiço no Rio de Janeiro no começo do século XX  Lei Áurea em 1888  730.000 habitantes  Proliferação dos cortiços O Rio de 1900.... A Saúde no Brasil: República velha.
  • 22. Primeiro governo do presidente Rodrigues Alves (1902-1906) Plano tríplice: reurbanizar, sanear e reformar o Porto do Rio “ O presidente Sanitarista” Motivações: • Incentivar o Turismo • Apoio aos cafeicultures • Favorecer a imigração • Morte de sua filha pela Febre Amarela "Viaje direto para Argentina sem passar pelos perigosos focos de epidemias do Brasil".) O Rio de 1902.... A Saúde no Brasil: República velha.
  • 23. Obrigações:  Disponibilização de escarradeiras para o povo nas repartições públicas  Instalação de mictórios públicos em vários pontos da cidade Pereira Passos O Rio de 1902.... Nomeação do Prefeito Pereira Passos Proibições: • Cuspir dentro de bondes • Ordenhar vacas leiteiras nas vias públicas • Mendicância Alem de: • Substituição das imundas vielas coloniais, terrenos baldios usados como depósitos de lixo e dos cortiços por praças arborizadas e largas avenidas e ruas. A Saúde no Brasil: República velha.
  • 24.
  • 25.
  • 26. A estratégia do Dr. Cruz: => Combater a peste bubônica, a febre amarela e a varíola. O Rio de 1902.... Nomeação do médico sanitarista Oswaldo Cruz como Diretor Geral de Saúde pública para dar um jeito no problema. Oswaldo Cruz A Saúde no Brasil: República velha.
  • 27. A Saúde no Brasil: República velha.
  • 28. Combatendo a Peste bubônica • Determinou a caça aos ratos, cujas pulgas transmitem a doença. • A população recebia uma quantia por cada animal entregue ao governo. • Montou um esquadrão de 50 homens vacinados para percorrer becos espalhando raticida e mandando recolher o lixo. • Invasão das casas e queima de roupas e colchões 1 rato Até 300 reis 1kg de feijão Falcatruas (industrialização da criação) A Saúde no Brasil: República velha.
  • 29. Combatendo a Febre amarela • Montou brigadas de mata-mosquitos • Despejou petróleo nos alagados • Promoveu desinfecção de casa por casa. • A "invasão de privacidade" foi criticada A Saúde no Brasil: República velha.
  • 30. Aparelho Clayton utilizado para lançar gás sulfuroso nas galerias de águas pluviais e esgotos, no combate aos mosquitos da febre amarela. (revista Kosmos, 1904) A Saúde no Brasil: República velha.
  • 31. Brigadas mata-mosquitos vedam residência para aplicação de veneno contra o transmissor da febre amarela. “Polícia Sanitária” “Polícia Sanitária. Ideário de 1889” A Saúde no Brasil: República velha.
  • 32. Enxofre e piretro exterminavam mosquitos da febre amarela que infestavam as casas, cujas portas, janelas e frestas eram vedadas e os telhados cobertos por toldos. Foto: J. J. Monteiro de Paiva, em Óbidos, Pará, 1910 “Polícia Sanitária” “Polícia Sanitária - Ideário de 1889” A Saúde no Brasil: República velha.
  • 33. Brigada contra os mosquitos na campanha de erradicação da febre amarela no Rio de Janeiro, no início do século. In: Oswaldo Cruz - monumenta histórica, São Paulo, vol. VI, 1972). “Polícia Sanitária” “Polícia Sanitária – Ideário de 1989” A Saúde no Brasil: República velha.
  • 34. O extermínio dos mosquitos resultou no fim da febre amarela no Rio 1903 = 469 mortos no verão 1904 = 39 mortos 1905 = 42 mortos 1906 = extinta A Saúde no Brasil: República velha.
  • 35. Combatendo a Varíola • A vacina anti-varíola passou a ser obrigatória. • Brigadas de saúde pública podiam entrar nas casas e vacinar à força. Muitos médicos descrentes da eficácia da vacina. Medo da vacina atuar na propagação da doença. Adeptos do positivismo, tendo por princípio filosófico, “o Estado não tem o direito de interferir na decisão individual de vacinar-se ou não”. A Saúde no Brasil: República velha.
  • 36. O Nero da Higiene Luís XIV da seringação "Le tas c’est moi" (Essa bagunça sou eu). Kalixto, 1904 ‘A vacinação’, de Raul (O Correio, 1.10.1904), em Falcão A reação da mídia... A Saúde no Brasil: República velha.
  • 37. A vacina obrigatória foi considerada uma tirania. A população saiu às ruas e iniciou a Revolta da Vacina colocando a cidade do Rio em estado de sítio. A revolta deixa um saldo de 30 mortos, 110 feridos e 945 presos, dos quais 461 foram deportados para o Acre. Oswaldo Cruz acabou afastado A Saúde no Brasil: República velha. 10 a 16 de novembro de 1904
  • 38. A brigada, mostrada como uma tropa de cavalaria montada sobre seringas, porta um estandarte onde se lê: Vaccina obrigatoria". O povo enfrenta os agentes de saúde com paus, machados e vassouras, enquanto outros atiram penicos, baldes, garfos e serrotes das janelas. A reação da mídia... A Saúde no Brasil: República velha.
  • 39. A Saúde no Brasil: República velha.
  • 40. A Saúde no Brasil: era Vargas. 1930 Decreto 19.402, de 14 de novembro de 1930. • Cria uma Secretária de Estado com a denominação de Ministério dos Negócios da Educação e Saúde Publica. • Mantém a estrutura do Departamento Nacional de Saúde
  • 41. A Saúde no Brasil: era Vargas. 1937 Lei nº 378, de 13 de Janeiro de 1937. • O Ministério dos Negócios da Educação e Saúde Publica passou a se chamar Ministério da Educação e Saúde. • “Reforma Capanema”
  • 42. A Saúde no Brasil: República.
  • 43. A Saúde no Brasil: República. Decreto 2244 de 04/06/97 Altera dispositivos do Decreto nº 30.691 Decreto 1812 de 08/02/1996 Altera dispositivos do Decreto n° 30.691
  • 44. 1953 Lei 1920, de 25 de julho de 1953. O Ministério da Educação e Saúde passa a ser o MINISTÉRIO DA SAÚDE. A Saúde no Brasil: República.
  • 45. A Saúde no Brasil: República. 1961. Decreto nº 49.974, de 21 de janeiro de 1961. Regulamentou Código Nacional de Saúde (Lei n° 2.312/54). • Atribuiu competência ao Ministério da Saúde para estabelecer normas gerais sobre defesa e proteção da saúde. • O Ministério da Saúde passa a ter atuação na regulamentação dos alimentos
  • 46. 1963 Criação do Codex alimentarius
  • 47. A Saúde no Brasil República. 1963 Criação do GEIFAR (Grupo Executivo da Indústria Farmacêutica) para o controle do setor farmacêutico. Efeitos Adversos da Talidomida
  • 48. Os Ministros da Marinha de Guerra, do Exército e da Aeronáutica Militar, usando das atribuições que lhes confere o artigo 3º do Ato Institucional nº 16, de 14 de outubro de 1969, combinado com o § 1º do artigo 2º do Ato Institucional nº 5, de 13 de dezembro de 1968, decretam: Art. 1º - A defesa e a proteção da saúde individual ou coletiva, no tocante a alimentos, desde a sua obtenção até o seu consumo, serão reguladas, em todo território nacional, pelas disposições deste Decreto-Lei. 1969 DECRETO-LEI nº 986 - DE 21 DE OUTUBRO DE 1969 A Saúde no Brasil : Governo militar.
  • 49. A Saúde no Brasil : Governo militar. 1976 REESTRUTURAÇÃO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE Criação da Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária com DIVISÕES voltadas para a vigilância de Portos, Aeroportos e Fronteiras (DIPAF), Medicamentos (DIMED), Alimentos (DINAL), Saneantes e Domissanitários (DISAD), Cosméticos e Produtos de Higiene (DICOP).
  • 50. 1977 DECRETO-LEI nº 6437 - de 20 de agosto de 1977. Configura as infrações à legislação sanitária federal, estabelece as sanções respectivas, e dá outras providências. A Saúde no Brasil : Governo militar.
  • 51. 1978 Resolução - CNNPA nº 12, de 1978 A Comissão Nacional de Normas e Padrões para Alimentos aprova as NORMAS TÉCNICAS ESPECIAIS relativas hortaliças (legumes, verduras, raízes e tubérculos), frutas e cereais, entre outros produtos e subprodutos. Revogada pela Resolução - RDC nº 272, de 22 de setembro de 2005 A Saúde no Brasil : Governo militar.
  • 52. 1985 – Carta de Goiânia Encontro em Goiânia de representantes das VISA de vários estados e do DF. Proposição: para discussão de novos rumos para a VISA. Resultado: Carta de Goiânia, onde os estados propuseram a:  reformulação da Política Nacional de VISA  criação de um sistema  reorganização dos serviços. A Saúde no Brasil : nova república. Carta de Goiânia é considerada como um divisor de águas em termos de política sanitária no país.
  • 53. 1985 - Seminário Nacional de Vigilância Sanitária Deliberações: • A Política Nacional de VISA terá que levar em conta a conjuntura e a situação de cada estado • O tema VISA deverá ser incluído na 8ª Conferencia de Saúde (1986) • Caminhar para a descentralização das ações de saúde • Estabelecer um sistema de informações em VISA • Promover a ampla revisão da legislação • Disponibilizar órgãos de divulgação para consumidores e população em geral A Saúde no Brasil : nova república.
  • 54. A Saúde no Brasil : nova república.
  • 55. 1987/88 Crise na Saúde e no exercício da cidadania  Contaminação das bolsas de sangue.  Acidente radioativo em Goiânia.  Excesso de conservantes em alimentos. A Saúde no Brasil : nova república.
  • 56. 1988 Constituição Federal de 1988 Reconhecimento do papel do Estado no contexto da Saúde. Art. 6.º (*) São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição A Saúde no Brasil : nova república.
  • 57. 1990 CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR Lei 8078 de 11 de Setembro de 1990 • Reforça a legislação de proteção e defesa da saúde. • Reafirma a responsabilidade do produtor pela qualidade do produto e serviço. • Impõe atividades de informação ao consumidor. • Introduziu a inversão do “ônus da prova” (em caso de alegação de impropriedade, cabe ao fabricante provar que o produto é bom para o consumo). • Impede práticas abusivas contra o consumidor. A Saúde no Brasil : nova república.
  • 58. 1990 Lei Orgânica da Saúde. Lei 8080 de 19 de setembro de 1990. • A Saúde é um direito do Cidadão e um dever do Estado Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício. § 1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação. § 2º O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade. A Saúde no Brasil : nova república.
  • 59. 1990 Lei Orgânica da Saúde. Lei 8080 de 19 de setembro de 1990. • Inclusão da Vigilância Sanitária como campo de atuação do SUS Dos Objetivos e Atribuições Art. 6º Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS): I - a execução de ações: a) de vigilância sanitária b) de vigilância epidemiológica c) de saúde do trabalhador d) de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica A Saúde no Brasil : nova república.
  • 60. 1990 Lei Orgânica da Saúde. Lei 8080 de 19 de setembro de 1990. Art. 6º § 1º- Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde. • Define o que deve ser entendido por Vigilância Sanitária • Introduz o conceito de Risco A Saúde no Brasil : nova república.
  • 61. 1998 Lei 9677 de 02 de Julho de 1998 Altera dispositivos do código penal para incluir a falsificação, adulteração e alteração de substâncias ou produtos de interesse da saúde, na classificação de delitos hediondos A Saúde no Brasil : nova república.
  • 62. 1999 Lei 9782 de 26 de janeiro de 1999. • Define o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária • Cria a Agência Nacional de Vigilância Sanitária- ANVISA • Define as áreas de atuação da Vigilância Sanitária - Meio Ambiente - Circulação de bens e produtos relacionados a saúde - Produção e serviços de saúde - Vigilância Sanitária do Trabalho A Saúde no Brasil : nova república.
  • 63. EM RESUMO: O final da década de 80 e a década de 90 foram de grande importância para o estabelecimento da Vigilância Sanitária que temos nos dias de hoje. Chamam a atenção como marcos de importância • Constituição de 1988, que assegurou o direito ao acesso de toda população aos serviços de promoção, proteção e recuperação da saúde • Lei 8080 de 19 de setembro de 1990, conhecida como Lei Orgânica da Saúde e que definiu a VISA como parte integrante do Sistema Único de Saúde (SUS). • Lei 8078 de 11 de Setembro de 1990 que estabeleceu o Código de Defesa do Consumidor • Lei 9782 de 26 de janeiro de 1999, com a criação do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) e da ANVISA. A Saúde no Brasil : nova república.
  • 64. "À sua Saúde - A Vigilância Sanitária na História do Brasil” Escritor e jornalista Eduardo Bueno Referências de Literatura e Recomendações para leitura. http://www.ccms.saude.gov.br/visa/homepage.html