4. Funções:
• Compartimentalização – separa componentes e reações químicas:
diferentes tipos de atividades ocorrem com uma mínima interferência
do ambiente externo e podem ser reguladas de forma independente.
• Seleção de moléculas que podem atravessá-la permeabilidade
seletiva.
• Transporte de solutos.
• Local de atividade bioquímica
• Meio de comunicação entre células e célula-meio.
• Controlam o fluxo de informação interação com sinais químicos.
Membrana
8. Atividade biológica das membranas
deriva de suas propriedades físicas.
• são flexíveis - permitindo a mudança de forma que acompanha a
divisão e o crescimento celular, e movimentos.
• são auto-selantes - fusão, exocitose
• são seletivas - principalmente a solutos polares
• são dinâmicas e fluidas - a maioria das moléculas são capazes de se
mover no plano da membrana.
E as propriedades físicas das membranas
são resultado da sua composição química.
Membrana
9. • Estrutura das membranas:
As membranas são basicamente formadas por:
Lipídeos
Proteínas
Carboidratos associados aos lipídeos ou às proteínas
10. • Bicamada fosfolipídica extremamente fina (5nm) unida à
proteínas por ligações não-covalentes.
• 1ª proposição de uma bicamada lipídica: 1925 por Gorter and Grendel em
um estudo com membrana de eritrócitos.
• 1972 – proposta do mosaico fluido de Singer e Nicolson.
• Estrutura das membranas:
12. • ácidos graxos saturados x ácidos graxos insaturados
- As diferenças entre os fosfolipídios influenciam no empacotamento e fluidez das membranas.
O tipo de lipídeo mais abundante são os fosfolipídios.
Possuem uma cabeça polar e duas caudas (porções) hidrofóbicas formadas por
hidrocarbonetos de ácidos graxos diferentes em comprimento (14 a 24 C).
13. Moléculas hidrofílicas dissolvem na água porque contém grupos carregados
formando ligações eletrostáticas ou pontes de hidrogênio entre si.
Por ser energeticamente desfavorável ficar com seus limites expostos a água, a bicamada se
fecha espontaneamente (self-sealing). Favoreceu a criação das células vivas.
14.
15. A fluidez é fundamental para muitas funções das membranas.
Movimentos laterais livres ( ~107 vezes por segundo)
“Flip-flop” limitado ou ajudado por enzimas translocadoras.
A fluidez das membranas é precisamente regulada pela composição e a
temperatura.
Em temperaturas menores os lipídeos costumam cristalizar - transição de fase.
18. Facilita interação com proteínas específicas.
Alterações no posicionamento podem funcionar como sinais importantes.
Assimetria da bicamada lipídica
23. Outro componente lipídico das membranas: Colesterol.
Os eucariotos possuem grandes quantidades de colesterol nas
membranas.
24. O colesterol diminui a permeabilidade das membranas porque o alinhamento dos
rígidos anéis esteróides imobilizam parcialmente as caudas dos fosfolipídios,
mesmo os insaturados, tornando a região menos deformável.
Porém também pode inibir a transição de fase por impedir que as cadeias
hidrocarbonadas se unam e cristalizem.
Colesterol: modulador da fluidez
25. Retirado de Pande G., 2000. Curr. Opin. Cell Biol. 12: 569.
“Lipid Rafts” ou microdomínios
Rafts são regiões com menor fluidez, mais
espessas e composição diferenciadas
Agregado dinâmico rico em colesterol,
esfingolipídeos, moléculas ancoradas por GPI,
proteínas G, proteínas transmembrana.
• Regiões resistentes a solubilização por
detergentes;
Estudos recentes mostram que colesterol fica mais distribuído concentrado
próximo a esfingolipídeos em domínios especializados da membrana chamados
rafts.
Como se formam???
Esfingolipídeos têm cadeias
hidrocarbonadas longas e saturadas
que promovem forças atrativas fortes
favorecendo a formação destes
microdomínios.
28. Outro componente lipídico das membranas: Glicolipídios
São encontrados na superfície de todas as membranas de animais.
•Localizados na monocamada não citossólica = exposição na superfície celular.
•Lipídeos com maior assimetria.
•Representam apenas ~5% dos lipídeos da membrana.
•Presentes em algumas membranas intracelulares.
30. • Composição proteica das membranas biológicas:
A composição de proteínas na membrana é variável. Na membrana mielínica que
envolve os axônios dos neurônios ela é de menos de 25%. Ao contrário na
membrana interna das mitocôndrias, envolvidas na produção de ATP sua
percentagem é de 75%.
31. Aproximadamente 30% das PTNs codificadas no genoma de uma célula animal
são
PTNs de membrana
33. - Proteínas transmembrana – similar aos fosfolipídios são anfipáticas. Podem ser de
“passagem única” ou de “múltiplas passagens” (1,2 e 3)
-Proteínas localizadas no citosol - algumas estão parcialmente inseridas na
membrana pela porção hidrofóbica ou associadas a membrana por meio de ligação
com uma cadeia lipídica. (4 e 5)
-Proteínas expostas totalmente na face externa - ligadas covalentemente a
fosfolipídios da MP via açúcares. (6)
-Proteínas ligadas a membrana por meio de interações não-covalentes com outras
proteínas de membrana (7 e 8)
Proteínas integrais de membrana / Proteínas periféricas de membrana
34. Somente PTNs transmembrana podem atuar em ambos os lados da MP,
transportando íons ou ligando moléculas sinalizadoras celulares.
35. A maioria das PTNs de membrana
de células animais são glicosiladas,
principalmente na face externa.
36. A superfície celular é recoberta por resíduos de açúcares na porção
externa da membrana plasmática = Glicocálice ou glicocálix
Glicoproteínas e proteoglicanas da matriz extracelular, que são secretadas
pelas células, fazem parte desta camada.
37. As glicoproteínas e glicolipídeos de membrana estão disponíveis para
interagir com os componentes da matriz extracelular, como as lectinas,
com os fatores de crescimento e com os anticorpos, pois suas cadeias
estendem-se até o espaço extracelular
39. Muitas proteínas de membrana difundem-se no plano
Difusão lateral e difusão rotacional/ não fazem flip-flop
40. Em células epiteliais de túbulos renais algumas enzimas e PTNs de
transporte estão confinadas a superfície apical, enquanto que outras estão na
porção basal e lateral.
Os lipídios destes domínios de membranas também são diferentes,
demonstrando que as células epiteliais podem prevenir a troca de PTNs e
lipídios entre os domínios, em parte pelas junções inter-celulares.
Porção apical
Porção lateral
Porção basal
41. As proteínas transmembranas ou integrais são as
moléculas que permitem a passagem de moléculas
hidrofílicas pela membrana.
Transporte através da membrana
42.
43. Permeabilidade da bicamada lipídica
O que é importante considerar?
1. Tamanho das moléculas;
2. O seu estado de ionização;
3. Afinidade com os lipídeos.
44. Classes de proteínas de transporte pela membrana:
Existem duas classes:
Proteína carreadora - se ligam a solutos específicos mudando sua
conformação espacial para o transporte.
Proteína de canal - interagem fracamente com o soluto, permitindo
que íons específicos passem pela Membrana. Formam poros que
permitem o fluxo passivo de íons.
Velocidade mais rápida.
45. Tipos de transporte
- Transporte passivo: difusão facilitada através de um gradiente iônico
favorável.
- Transporte ativo: bombeamento de certos solutos para um gradiente
desfavorável.
• Transporte por proteínas carreadoras pode ser passivo ou ativo, enquanto o
transporte por proteínas de canal é sempre passivo.