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Teoria da endosimbiose
A teoria endossimbiótica, descoberta pelo Lynn Margulis em 1981, postula
que mitocôndrias e plastídios, como o cloroplasto, originaram-se a partir de pequenos
organismos procariontes que passaram a viver dentro de outros organismos maiores, em
uma relação de simbiose.
Na endosimbiose, um organismo menor, denominado de simbionte, vive dentro de outro
maior, o hospedeiro, em uma relação mutuamente benéfica.
A diferença entre procarióticas e eucarióticas
É a estrutura celular. As procarióticas caracterizam-se por terem uma estrutura simples e a
ausência de núcleo, enquanto as eucarióticas têm um núcleo definido e uma estrutura complexa
O que a teoria endossimbiótica?
A teoria endossimbiótica afirma que mitocôndrias e
cloroplastos são organelas que se originaram a partir da
interação de um organismo procarionte com um organismo
eucarionte. Essa interação provocou uma associação
simbiótica estável, acredita-se que um organismo eucarionte
englobou uma partícula procarionte autotrófica. A partir disso,
eles iniciaram uma relação de cooperação, e um organismo
passou a viver no interior do outro (endossimbiose). Com o
tempo, essa relação tornou- se tão importante que os
organismos não poderiam mais viver de forma isolada.
Provavelmente o organismo procarionte autotrófico beneficiou
a célula hospedeira garantindo processos como a respiração
celular, no caso da mitocôndria, e a fotossíntese, no caso dos
cloroplastos. Já a célula hospedeira garantia proteção e
nutrientes às novas organelas celulares.
Procarionte
❖ Possui apenas uma célula e unicelulares como as bactérias como espirilos seres alongados e
helicoidais.
❖ ausência de núcleo definido
❖ presença de pequenas moléculas de DNA como cromossomos
❖ circula livre no citoplasma (plasmídeos)
❖ citoplasma os ribossomos ligados às moléculas de RNA mensageiro, chamados polirribossomos, e o
material genético fica localizado no nucleóide.
❖ Divisão celular: nas células procariontes não há mitose. Dessa forma, a reprodução ocorre por
gemiparidade ou fissão binária assexuada,
❖ ausência organela membranosa;
❖ Presença de ribossomos menores e menos complexos que os eucariontes
❖ Ausência de cito esqueletos
❖ Exemplos células e bactéria.
Eucariontes
❖ Os seres eucariontes podem ser unicelulares, como as amebas, ou pluricelulares
❖ Presença de núcleo verdadeiro como material genético envolvido por membrana nuclear
❖ Cromossomos e DNA: apresentam maior quantidade de DNA e os cromossomos têm histonas (proteínas
que compõem o nucleossomo), além de ficarem separados do citoplasma pelo envoltório nuclear.
❖ Presença de organela membranosas no citoplasma
❖ Citosol: essa parte possui moléculas de água, íons, aminoácidos e enzimas que participam da síntese e
degradação de carboidratos, de ácidos graxos, de aminoácidos etc
❖ Presença de ribossomos maiores e mais complexos que os procariotes
❖ Presença dos citoesqueletos
❖ Exemplo célula animal e vegetal.
Membrana plasmática
A membrana é uma estrutura importante da célula, atuando como seu delimitante e estando
relacionada, entre outras funções, com a seleção do que entra e do que sai da célula, funcionando
como uma barreira seletiva.
"Funções da membrana plasmática
A membrana plasmática é uma estrutura presente em todos os tipos celulares, sendo encontrada,
assim, tanto em células procarióticas, quanto em células eucarióticas. Entre as principais funções
da membrana plasmática, podemos citar:
❖ Definir os limites da célula.
❖ Garantir proteção das estruturas da célula.
❖ Permitir que as diferenças entre o meio externo e o meio intracelular sejam mantidas.
❖ Selecionar o que entra e o que sai da célula. Em virtude da capacidade de selecionar essas
substâncias, dizemos que a membrana plasmática apresenta permeabilidade seletiva.
❖ Conseguir captar sinais externos."
Estrutura e composição da membrana plasmática
A membrana plasmática é formada por lipídios e proteínas, sendo aqueles mais relacionados com
a parte estrutural da membrana e estas relacionadas com as várias funções exercidas por ela
Os lipídios que formam essa bicada são basicamente os fosfolipídios, os quais se destacam por
apresentarem uma região hidrofóbica e uma região hidrofílica. Na membrana plasmática, a primeira
está voltada para o centro da membrana, enquanto a segunda volta-se para as superfícies externa e
interna da membrana.
As proteínas que estão inseridas na bicamada lipídica.
exercem várias funções na célula, como: transporte de
substâncias, atividades enzimáticas e comunicação entre
células. A quantidade de proteínas e os tipos encontrados na
membrana estão relacionados com a atividade exercida por
aquela célula.
As proteínas presentes na membrana plasmática podem ser
classificadas em dois grupos: proteínas integrais e proteínas
periféricas. As proteínas integrais são aquelas que penetram
na bicamada fosfolipídica. Denomina-se proteínas
transmembranas as proteínas integrais capazes de atravessar
completamente a membrana. Essas podem atravessar a
membrana uma ou mais vezes.
As proteínas periféricas, são aquelas que não penetram na membrana plasmática, sendo observada
apenas uma conexão fraca com a membrana. Devido a isso, as proteínas periféricas podem ser
facilmente dissociadas da membrana.
Glicocálice
O glicocálix é um envoltório, uma camada externa à membrana, presente em células animais,
formada por uma rede frouxa de carboidratos que recobre a membrana plasmática. Protege a
célula contra agressões físicas e químicas, retém nutrientes e enzimas e participa do
reconhecimento intercelular.
Fluidez
Os constituintes da membrana não são estáticos por esse motivo ele é chamado de modelo
mosaico. Essa constante movimentação torna a membrana fluida, ou seja, continuamente as
camadas de fosfolipídios e proteínas movem-se entre si.
Transporte de substâncias pela membrana plasmática
Uma das principais funções da membrana plasmática é selecionar as substâncias que vão entrar e
as que vão sair da célula. Devido a isso, dizemos que a membrana plasmática apresenta
permeabilidade seletiva.
"
Especializações da membrana plasmática
❖ Microvilosidades: São dobras na membrana plasmática na superfície das células intestinais
que aumentam a superfície de contato e, consequentemente, aumentam a absorção de
nutrientes.
❖ Desmossomos: São estruturas formadas pelas membranas de duas células adjacentes.
Aumentam a adesão entre as células, formando um revestimento contínuo.]
❖ Interdigitações: São dobras nas membranas plasmáticas limítrofes de duas células. Como
os desmossomos, estão relacionadas ao grau de adesão das células.
❖ Lipídios: são os fosfolípides (lipídios complexos associados a um grupo fosfato, com uma
extremidade hidrofóbica – polar e outra hidrófila – apolar), e em menor quantidade
colesterol e glicolipídios (lipídios associados a glicídios). A bicamada de lipídios, unidade
estrutural básica de todas as membranas biológicas, é uma barreira que previne os
movimentos aleatórios de entrada e saída de materiais solúveis em água.
Junção oclusiva
❖ Junção estreita, adere firmemente a MP das células epitetais
❖ Composta por proteínas integrais: ocludinas e claudinas
❖ Formam 3 ou mais fileiras paralelas à superfície do epitélio - similar a um colar de pérola
❖ Arranjo: A ocludina da MP de uma célula se adere a claudina da MP oposta essa organização
bloqueia o espaço intercelular - transporte transcelular
CINTURÃO DE ADESÃO (junção aderente)
❖ Conhecido como desmossomo em cinturão, banda de adesão, barra terminal de aderência
❖ Se localizam sob a junção oclusiva
❖ Composição: Glicoproteínas transmembrana da família caderinas e franja de filamentos
corticais de actina
❖ As caderinas de conectam aos filamentos corticais de actina por meio de proteínas
ligadoras
❖ Caderinas se conectam entre si por meio de seus domínios externos interações homófilas
(moléculas iguais que se aderem mutuamente)
❖ DESMOSSOMOS
❖ puntiformes ou máculas de aderência
❖ Se localizam abaixo do cinturão de adesão e são distribuídos irregularmente na parede
lateral das células epiteliais
Junção comunicante (GAP) troca de substancia entre as células principalmente água e
aminoácido.
Unicelular Formado por uma célula, primeiros seres vivos, mais numerosa reprodução sexuada
e assexuada, autotrófico e heterotrófico, bactérias e protozoário.
Multicelulares Formado por duas células ou mais células eucariontes, autótrofos e heterótrofo
reprodução assexuada e sexuada surgiram muito depois, animas i plantas alguns fungos e
algumas algas
Transporte pela membrana plasmática"
Transporte passivo
Sem gasto de energia (ATP). As substâncias ocorrem do meio mais concentrado para o menos
concentrado, a favor do gradiente de concentração
Difusão simples: e do meio hipertônico para o meio hipotônico, ocorre movimento de uma
substância do meio mais concentrado para o meio menos concentrado, as moléculas e os íons
transportam soluto, sem gasto de ATP. Passa pela camada de fosfolipídeos, acontece na hematose
e são moléculas pequenas.
Exemplas; acontece na hematose, no interior dos fosfolipídios são hidrofóbicos a molécula que tem
carga negativa não passa, para a molécula passar pelo fosfolipídio precisa ser pequena.
Osmose: transporta solvente (água) pela membrana permeável do meio menos concentrado para
o meio mais concentrado. Hipotônico para o hipertônico.
Difusão facilitada: não há gasto de ATP, a favor do gradiente de concentração, e do meio
hipertônico para o meio hipotônico, são moléculas maiores e polares, transporta soluto, nesse
processo, a transferência de substâncias acontece com a ajuda de proteínas carreadoras
transporta glicose e aminoácido.
"
Transporte ativo
Ocorre com gasto de energia (ATP), é contra o gradiente de concentração, através das proteínas
(ATPase) quebra de ATP, e um processo continuo.
Bomba de sódio-potássio: Nesse processo, ocorre o
bombeamento de íons contra o gradiente de
concentração. Na bomba de sódio-potássio, ocorre o
bombeamento de sódio para fora da célula e
potássio para o seu interior." Na membrana plasmática
acima termo LEC e a baixo temos LIC, na bomba de sódio
e potássio, 3 Na+ se ligam aos seus sítios catalíticos na
proteína. O ATP também se liga ao um sitio catalítico de
proteína que vai ser clivado e perde um radical fosfato,
transformando-se em ADP. Isso provoca a alteração da
conformação da proteína que libera os íons de Na+ no
meio extracelular.
No mesmo momento, os 2 K+ se ligam à proteína em
seus sítios catalítico. O fosfato é liberado e a proteína
retoma sua conformação original, liberando os 2 íons de K+ no interior da célula.
Transporte ativo secundário
chama-se secundário por não utilizar diretamente a energia metabólica do ATP e depende de
proteínas transportadoras encontradas na membrana.
Simporte
Quando a substância for transportada na mesma
direção, chama-se co-transporte ou Simporte.
antitransporte.
Quando substancia ocorre na direção oposta,
denomina-se contra transporte ou antitransporte.
Transporte por vesícula
Endocitose: A endocitose é um processo de absorção de
partículas na célula por meio de vesículas, chamadas
de endossomos. Os endossomos são formados a partir da
invaginação da membrana plasmática, que posteriormente se
separam e ficam livres no interior da célula. Pode ocorrer de
três formas: fagocitose, endocitose mediada e pinocitose.
❖ Fagocitose: Englobamento de partículas maiores e sólidas,
processo de evaginação projeta braços chamado de
pseudópodes (falso pês) que se projetam para além da
membrana e englobam a partícula formando uma vesícula chamada de fagossomo. Dentro
da célula, o fagossomo se movimenta pelo citoplasma até
encontrar a organela lisossomos. ex como bactérias ou
protozoários.
❖ Pinocitose: Englobamento de partículas líquidas, entra em
contato com a membrana e forma o processo de
invaginação, no processo de pinocitose, a célula se encontra
em meio aquoso contendo a substância a ser absorvida e
forma vesículas chamada de pinocitica ou pinossomica
❖ Endocitose mediada: Funciona como a fagocitose, porém,
as partículas ligam-se com proteínas receptoras específicas
presentes na membrana plasmática.
❖ Diferenças entre Fagocitose e Pinocitose
Agora que você já conhece os processos de fagocitose e pinocitose, saiba a diferença entre eles:
❖ A fagocitose refere-se ao englobamento de partículas sólidas, a partir da formação dos
pseudópodes.
❖ A pinocitose é o englobamento de líquidos. Além disso, não se formam pseudópodes. Para
englobar as partículas, a membrana plasmática sofre invaginações, aprofundando-se em
direção ao seu citoplasma e formando um canal que se estrangula nas bordas.
Exocitose: consiste na eliminação dos restos das partículas digeridas para fora da célula. Ao final do
processo de digestão das partículas, a célula precisa eliminar os seus restos. Esse processo de eliminação
dos restos da digestão celular é chamado de clasmocitose.
❖A exocitose também pode ocorrer em células
secretoras, sendo a forma pela qual a célula irá secretar
as substâncias que produz. Por exemplo, as células de
glândulas que liberam hormônios.
A exocitose pode ocorrer de duas formas:
❖Exocitose constitutiva: liberação de substâncias de forma
contínua.
❖Exocitose regulada: a eliminação de substâncias só
ocorre na presença de um estímulo.
O que é o citoesqueleto?
O citoesqueleto é uma rede de fibras proteicas localizada no citoplasma das células. As fibras que
compõem o citoesqueleto de células eucarióticas são os microtúbulos, filamentos de actina,
também chamados de microfilamentos, e filamentos intermediários.
Função do citoesqueleto
O citoesqueleto apresenta inúmeras funções dentro da célula, tais como:
• Manutenção da forma da célula, principalmente em células que não apresentam parede
celular (células animais);
• Suporte mecânico da célula;
• Manipulação da membrana, como na formação de vacúolos alimentares;
• Movimento da célula (movimento ameboide);
• Formação de cílios e flagelos;
• Formação do fuso mitótico;
• Movimento de organelas e vesículas no interior da célula
Composição do citoesqueleto
O citoesqueleto é formado por microtúbulos, filamentos de actina e filamentos intermediários:
• Microtúbulos: são constituídos por moléculas da proteína α e β tubulina Os microtúbulos são
estruturas dinâmicas, vem dos centrossomos próximo ao núcleo, Estão presentes no
citoplasma e em prolongamentos celulares, como cílios e flagelos. funções formação do fuso
mitótico, formação e movimentação de cílios e flagelos e o movimento das organelas
celulares e dos cromossomos durante o processo de mitose.
• Manutenção da forma celular organização das organelas atua na divisão celular (centríolos)
na fibra do fuso move as cromátides, sofre ação de drogas
• Filamentos de actina: microfilamentos que forma os citoesqueletos, são constituídos por
actina, formando espirais que medem cerca de 7 nm de diâmetro. as funções desses
filamentos, destacamos a manutenção, bem como a alteração da forma da célula,
movimentação da célula (movimento ameboide) e, no citoplasma (células vegetais),
contração e divisão celular. Formam bolinha instáveis fazem a polimerização e a
despolimerização, faz a endocitose entrada de partículas e o processo de evaginação da
exocitose saída de partícula da célula.
• Faz transporte de vesícula de secreção a actina vai se associar a miosina e formar a contração
muscular, gasta ATP, citocinese faz o enforcamento do citoplasma para liberação de duas
células, sofre ação de drogas,
•
• Filamentos intermediários: medindo entre 8 nm e 12 nm de diâmetro, são constituídos por
mais de 50 tipos diferentes de proteínas. não são encontrados em todas as células
eucarióticas e estão relacionados com a manutenção da forma da célula, formação da lâmina
nuclear (revestem a membrana nuclear internamente e ancoram cromossomos e poros
nucleares) e ancoragem de diversas organelas no citoplasma da célula. Função fazem
adesão, não sofre despolimerização de forma comum, são estáveis
Ciclo celular
ciclo de vida de uma célula. No ciclo celular é possível distinguir duas etapas, a interfase (subdivida
em G1, S e G2) e o período de divisão celular (mitose ou meiose).
❖ A Interfase É a fase em que a célula não está se dividindo, mas, está em intensa atividade se
preparando para o processo de divisão celular.
A interfase abrange três períodos: G1, S e G2. (G significa intervalo gap - do inglês) e S
corresponde a síntese.
❖ Na fase G1 Nesta fase não ocorre a duplicação (síntese) do DNA. É produzido moléculas de
RNA que vão para o citoplasma, onde promoverão a síntese de proteínas. A célula cresce em
volume e torna-se grande, com o dobro das proteínas iniciais.
❖ Na fase S Ocorre a autoduplicação do DNA dobrando a quantidade de DNA no interior do
núcleo. Depois disso, a célula está pronta para dividir em duas novas células, que serão
idênticas.
❖ Na fase G2 Nesta fase, terminada a síntese de DNA, reinicia a produção de RNA, formando
mais proteínas com um novo período de crescimento celular. A célula entra em uma
situação de desequilíbrio entre superfície e volume que obriga a célula a iniciar o processo
de divisão. Para iniciar o processo de divisão, a cromatina precisa iniciar a condensação,
fato que ocorrerá na primeira fase da divisão celular chamada de prófase, formando os
cromossomos.
❖ Os Cromossomos - só se tornam visíveis e bem individualizados, durante a fases
intermediárias da divisão celular. Cada cromossomo é formado por uma única e longa
molécula de DNA associadas a várias proteínas chamadas de histonas.
❖ Classificação dos cromossomos: Quando uma célula vai entrar em divisão, os
cromossomos são duplicados na interfase, na fase chamada de S. Os cromossomos
duplicados permanecem juntos formando cada um uma cromátide.
A interfase é dividida em três etapas: G1, S e G2.
G0 →
estado de quiescência • Ponto de controle do ciclo
celular: I. Ponto de restrição (R): – Ocorre ao fim da
fase G1 – impede a progressão do ciclo celular em
condições desfavoráveis ou insatisfatórias – No
momento que a célula passa por R atinge até a faz
de Mitose * Em mamíferos a p53 é sinal de parada
em G1 (células cancígenas) II. Checkpoint G2-M –
Formação do fator Promotor da Maturação
(ciclinas mitóticas ligam-se a proteínas CdK
formando MPF)
Divisão Celular: Mitose e Meiose É o processo pelo
qual uma célula se divide em duas outras novas
células. A grande maioria das células conhecidas
se reproduzem por mitose. Antes da célula se
dividir primeiro ela duplica a cromatina, fase S da
interfase, duplica a quantidade de RNAs e proteínas, nas fases G1 e G2, o mesmo acontece com os
centríolos e as demais organelas celulares. Logo após a fase G2, a célula está apta a iniciar o
processo de divisão propriamente dita. Mitose (Fig. 1): A mitose é um processo importante no
crescimento dos organismos multicelulares e nos processos de regeneração de tecidos do corpo.
Nos unicelulares, é um tipo de divisão que ocorre quando há reprodução assexuada. Uma célula
dividindo-se por mitose dará origem a duas outras células, com o mesmo número de cromossomos
da célula inicial em um processo contínuo, mais para entendimento foi subdividida em quatro
principais fases: prófase, metáfase, anáfase e telófase
Prófase – fase inicial Centríolos já duplicados afastam-se
para os polos, formam se as fibras do áster e as fibras do
fuso mitótico; O nucléolo se desintegra e o RNAr é
distribuído pela célula; A membrana do núcleo se
desorganiza; Os cromossomos já espiralizados se
prendem as fibras do fuso pelo centrômero.
Metáfase – fase meio os cromossomos dispõem-
se na placa equatorial. Ao final da metáfase as
cromátides de separam por encurtamento das
fibras do fuso.
Anáfase fase deslocamento os cromossomos são
arrastados pelas fibras do fuso em direção aos polos
Telófase
- fase fim os cromossomos se desespiralizam. Refaz-se a
membrana nuclear a partir do retículo endoplasmático;
Novos nucléolos são produzidos por uma região
cromossômica chamada de organizador dos nucléolos.
Ocorre então a cariocinese (divisão do núcleo) e citocinese
(divisão do citoplasma) com a separação das duas células
filhas.
Meiose
A meiose é divisão celular em que uma célula dá origem a quatro novas células (produto da
meiose) com metade do número de cromossomos da célula inicial (chamada de divisão
reducional). Uma célula que apresenta 2n = 46 cromossomos, ao sofrer meiose, dá origem a quatro
células com n = 23 cromossomos. A meiose é um processo importante para a variabilidade
genética dos organismos, sendo o tipo de divisão que ocorre no processo de formação de gametas
nos indivíduos que apresentam reprodução sexuada. A meiose é responsável pela diversificação do
material genético nas espécies. A reprodução sexuada permite a mistura de genes de dois
indivíduos diferentes da mesma espécie para produzir descendentes que diferem entre si e de seus
pais em uma série de características.
Meiose I
Prófase I - ocorre o emparelhamento dos cromossomas
homólogos. Os cromossomos, já duplicados, tornam-se
mais condensados. Ocorre o emparelhamento dos
cromossomas homólogos. Cromátides vizinhas trocam
material genético entre si – CROSSING -OVER
Metáfase I As cromátides permanecem presas por um
conjunto de fibras, denominado fuso acromático. Os
cromossomos homólogos pareados se dispõem no equador
da célula
Anáfase I Os grupos de quatro cromátides separam-
se em grupos de dois, sendo levados cada um deles
aos pólos opostos da célula. Não há separação das
cromátides irmãs
Telófase I Os cromossomos descondensam-se; Os
pólos da célula reorganizam-se em dois novos
núcleos. Logo depois a célula se divide em duas,
dando fim à primeira fase. Há um curto intervalo
chamado de intercinese e inicia-se a segunda
parte da meiose. Chamada de meiose II
Meiose II
Prófase II Os núcleos das duas células desaparecem e
as cromátides espalham-se pelo citoplasma.
Metáfase II O fuso acromático ocupa as regiões centrais,
mantendo presas às cromátides na região equatorial da
célula
Anáfase II Ocorre a divisão do centrômero que une os
pares de cromátides separando-as. Cada cromátide é
levada uma para cada extremidade da célula.
Telófase II Os cromossomos desespiralizam, os
núcleos reorganizam e o citoplasma, massa fluida
dentro da célula na qual o núcleo está mergulhado,
divide-se, dando origem a duas novas células
contendo a metade do número de cromossomos da
célula inicial.
DNA E RNA
Os ácidos nucleicos são macromoléculas formadas pela união do ácido fosfórico com a pentose,
açúcar com cinco carbonos, e bases nitrogenadas, pirimídicas (citosina, timina e uracila) e púricas
(adenina e guanina).
Os dois grandes grupos desses compostos são o ácido desoxirribonucleico (DNA) e o ácido
ribonucleico (RNA
DNA: é o ácido nucleico responsável por armazenar as informações hereditárias. As informações
genéticas nessa molécula estão organizadas em unidades chamadas de genes, os quais são
herdáveis.
As funções do DNA são:
• Transmissão de informações genéticas, essas informações são transferidas de uma célula
mãe para as células filhas pelo processo de replicação do DNA.
• Codificação de proteínas: as informações que o DNA carrega são utilizadas para produção
de proteínas, sendo o código genético responsável pela diferenciação dos aminoácidos
que as compõem.
• Síntese de RNA: a transcrição do DNA produz RNA, que é utilizado para produzir proteínas
através da tradução. Antes da divisão celular, o DNA é duplicado para que as células
produzidas recebam a mesma quantidade de material genético. A quebra da molécula é
feita pela enzima DNA-polimerase, dividindo as duas fitas e se refazendo em duas novas
moléculas de DNA.
O RNA é um ácido nucleico relacionado com a síntese de proteínas. Além disso, algumas moléculas
de RNA apresentam função catalítica, sendo denominadas de ribozimas."
A estrutura do RNA é formada por:
• Ribonucleotídeos: ribose, fosfato e bases nitrogenadas.
• Bases púricas: adenina (A) e guanina (G).
• Bases pirimídicas: citosina (C) e uracila (U).
As funções do RNA estão relacionadas com seus tipos. São eles:
• RNA ribossômico (RNAr): formação dos ribossomos, que atuam na ligação dos aminoácidos
em proteínas.
• RNA mensageiro (RNAm): transmissão da mensagem genética para os ribossomos,
indicando quais os aminoácidos e qual a sequência que devem compor as proteínas.
• RNA transportador (RNAt): direcionamento dos aminoácidos no interior das células para o
local de síntese de proteínas.
Para ocorrer a síntese de proteínas, alguns trechos de DNA são transcritos para o RNA mensageiro,
que leva a informação ao ribossomo. O RNA transportador é responsável por trazer os aminoácidos
para produção das proteínas. O ribossomo fabrica a cadeia polipeptídica de acordo com a
descodificação da mensagem recebida.
Os organismos eucariontes apresentam ao menos três tipos de RNA-polimerase que atuam na
transcrição de moléculas de RNA. Entre as moléculas de RNA transcritas, basicamente três estão
envolvidas na síntese de proteínas. São elas:
• RNAr (RNA ribossômico): a maior molécula de RNA entre as três envolvidas no processo de
síntese de proteínas. Fica armazenada no núcleo (associado a proteínas), e, em seguida, é
transportada ao citoplasma para formar os ribossomos;
• RNAm (RNA mensageiro): responsável pelo transporte da informação transcrita da cadeia de
DNA. A informação é transportada por meio de códons, que são sequências de três
nucleotídeos, por exemplo, AUG – Adenina, Uracila e Guanina;
• RNAt (RNAt transportador ou de transferência): é a menor das moléculas de RNA. Apresenta-
se torcida sobre si mesma com regiões onde ocorre o pareamento de bases e uma região
com três bases livres, denominadas de anticódons, que podem parear com um dos códons
do RNAm. Essas moléculas de RNA transportam aminoácidos específicos, de acordo com
seu anticódon, do citoplasma até os ribossomos. É importante destacar que os ribossomos
são fundamentais para a síntese de proteínas.
1. Início
O processo de transcrição inicia-se com
o reconhecimento da sequência específica do DNA a
ser transcrita. As ligações de hidrogênio que unem as
duas cadeias de DNA se rompem e as duas fitas se
separam. Apenas uma das duas fitas servirá como
molde para a síntese de RNA.
2. Elongação ou alongamento
Na fase de elongação ou alongamento, os nucleotídeos
são incorporados a uma fita molde de DNA, e a outra fita de DNA permanece inativa. Os nucleotídeos
estão presentes no núcleo livremente e ligam-se à fita molde de uma forma definida, pois as bases
nitrogenadas são complementares, como pode ser observado a seguir:
Adenina (A) do DNA – Uracila (U) do RNA
Timina (T) do DNA – Adenina (A) do RNA
Citosina (C) do DNA – Guanina (G) do RNA
Guanina (G) do DNA – Citosina (C) do RNA
3. Término
Assim que a fita de RNA está pronta, ela se destaca da fita molde de DNA e se desloca em direção
ao citoplasma, onde, em seguida, ocorre outro processo, denominado de tradução (síntese de
proteínas). As duas fitas de DNA, então, ligam-se novamente. O afastamento e o encaixe das duas
fitas de DNA ocorrem sob ação de uma enzima denominada de RNA-polimerase, que se desloca sob
a molécula de DNA durante o processo de transcrição.
Composição do nucleotídeo
Os ácidos nucleicos são formados pela união de moléculas menores denominadas nucleotídeos. Os
nucleotídeos são, em geral, formados por três partes:
Observe os componentes de um nucleotídeo.
• Um açúcar de cinco carbonos (pentose): As
pentoses encontradas nos ácidos nucleicos são a
ribose (C5H10O5) e a desoxirribose (C5H10O4).
• Uma base nitrogenada: As bases
nitrogenadas podem ser de dois tipos: pirimidinas
e purinas. Uma pirimidina tem um anel de
seis átomos, já as purinas possuem um anel de
seis átomos fusionados a um anel de cinco
átomos. As purinas são: adenina (A) e guanina (G).
Já as pirimidinas são: citosina (C), timina (T) e
uracila (U)
• Um grupo fosfato: O grupo fosfato origina-se do ácido fosfórico.
• Os nucleotídeos se unem formando
polinucleotídeos.
Os nucleotídeos se unem uns aos outros,
formando polinucleotídeos. Os
nucleotídeos adjacentes estabelecem
ligação entre o grupo fosfato de um
nucleotídeo e a pentose do nucleotídeo
seguinte. Essa ligação é responsável por
formar a cadeia principal de açúcar-fosfato.
Resumo do processo de replicação (duplicação) do DNA:
1 – Separação da fita do DNA pela HELICASE.
2 – Forma a FORQUILHA DE REPLICAÇÃO.
3 – Cada fita é um molde para a nova cadeia de DNA.
4 – PRIMASE inicia o processo de fazer um pequeno pedaço de RNA, chamado RNA PRIMER
(iniciador) – Ele marca o ponto de partida para a construção do DNA.
5 – Entra em ação a DNA POLIMERASE, que se liga no primer.
6 – DNA POLIMERASE adiciona nucleotídeos (bases) de 5´ 3´.
7 – Uma fita é contínua, a outra fragmentada.
8 – EXONUCLEASES remove todos primers (de ambas cadeias).
09 – DNA POLIMERASE preenche todas lacunas do DNA.
10 – LIGASE conecta os fragmentos.
Complexo Golgiense
Complexo de Golgi é uma organela
encontrada na maioria das células
eucarióticas. Entre suas muitas
funções essenciais, destaca-se o papel
central no processamento e
distribuição de substâncias na célula.
Funções
Na face cis da cisterna as vesículas
recebidas do RER
contém proteínas (produzidas pelos
ribossomos associados ao
retículo) que serão modificadas e
dobradas.
Algumas dessas proteínas são
glicosiladas, ou seja, sofrem reação de
adição de um açúcar no RER. Esse
processo é completado no Golgi, caso
contrário, essas proteínas podem se
tornar inativas.
Na face trans as proteínas são "empacotadas" em vesículas membranosas. Desse modo, são
originadas muitas enzimas, bem como os lisossomos primários e os peroxissomos.
Enquanto essas organelas ficam no citoplasma da célula, as proteínas são muitas vezes enviadas
para fora da célula.
Uma outra função do Complexo de Golgi é a formação do acrossomo que se localiza na cabeça do
espermatozoide.
O acrossomo é o resultado da fusão de vários lisossomos formando uma grande vesícula, que
contem enzimas digestivas para auxiliar na perfuração da membrana do óvulo
Uma organela de múltiplas funções
• Armazenamento de proteínas: Frequentemente as proteínas são produzidas, mas não são
necessárias de imediato. Então essas proteínas podem ficar armazenadas no complexo de
Golgi para posterior utilização.
As proteínas sintetizadas no retículo endoplasmático são embaladas em vesículas, que se fundem
com o aparelho de Golgi. Essas proteínas são modificadas e destinadas à secreção por exocitose
ou para uso na célula.
• Síntese de polissacarídeos: no complexo de Golgi, alguns polissacarídeos são sintetizados.
Nos animais, a relação entre a organela e os polissacarídeos se dá na síntese de
glicosaminoglicanas, atuando como anticoagulantes. Nos vegetais, faz-se necessária a
criação da lamela para separação das duas células após a mitose. Essa é criada a partir da
secreção de pectina sintetizada pelo Golgi, formando a parede celular dos vegetais.
• Formação do acrossomo: o aparelho de Golgi possui uma função muito importante no
fenômeno da fecundação, pois é dele que surge o acrossomo, vesícula que surge numa
mudança na maturação dos espermatozoides. Sua função é permitir a entrada do material
genético paterno no ovócito secundário.
• Glicosilação: processo de adição enzimática a pontos específicos na superfície de proteínas
e lipídios, que, conforme a especificidade da molécula orgânica, pode ocorrer tanto no
retículo endoplasmático quanto no Complexo de Golgi.
• Outras funções: também está envolvido no transporte de lipídios e na formação de
lisossomos. As reações enzimáticas dentro das pilhas de Golgi ocorrem exclusivamente
perto de suas superfícies de membrana, onde as enzimas estão ancoradas. Esta posição
contrasta com o retículo endoplasmático, que possui proteínas e enzimas solúveis em seu
lúmen.

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Teoria da endossimbiose e origem de organelas

  • 1. Teoria da endosimbiose A teoria endossimbiótica, descoberta pelo Lynn Margulis em 1981, postula que mitocôndrias e plastídios, como o cloroplasto, originaram-se a partir de pequenos organismos procariontes que passaram a viver dentro de outros organismos maiores, em uma relação de simbiose. Na endosimbiose, um organismo menor, denominado de simbionte, vive dentro de outro maior, o hospedeiro, em uma relação mutuamente benéfica. A diferença entre procarióticas e eucarióticas É a estrutura celular. As procarióticas caracterizam-se por terem uma estrutura simples e a ausência de núcleo, enquanto as eucarióticas têm um núcleo definido e uma estrutura complexa O que a teoria endossimbiótica? A teoria endossimbiótica afirma que mitocôndrias e cloroplastos são organelas que se originaram a partir da interação de um organismo procarionte com um organismo eucarionte. Essa interação provocou uma associação simbiótica estável, acredita-se que um organismo eucarionte englobou uma partícula procarionte autotrófica. A partir disso, eles iniciaram uma relação de cooperação, e um organismo passou a viver no interior do outro (endossimbiose). Com o tempo, essa relação tornou- se tão importante que os organismos não poderiam mais viver de forma isolada. Provavelmente o organismo procarionte autotrófico beneficiou a célula hospedeira garantindo processos como a respiração celular, no caso da mitocôndria, e a fotossíntese, no caso dos cloroplastos. Já a célula hospedeira garantia proteção e nutrientes às novas organelas celulares.
  • 2. Procarionte ❖ Possui apenas uma célula e unicelulares como as bactérias como espirilos seres alongados e helicoidais. ❖ ausência de núcleo definido ❖ presença de pequenas moléculas de DNA como cromossomos ❖ circula livre no citoplasma (plasmídeos) ❖ citoplasma os ribossomos ligados às moléculas de RNA mensageiro, chamados polirribossomos, e o material genético fica localizado no nucleóide. ❖ Divisão celular: nas células procariontes não há mitose. Dessa forma, a reprodução ocorre por gemiparidade ou fissão binária assexuada, ❖ ausência organela membranosa; ❖ Presença de ribossomos menores e menos complexos que os eucariontes ❖ Ausência de cito esqueletos ❖ Exemplos células e bactéria. Eucariontes ❖ Os seres eucariontes podem ser unicelulares, como as amebas, ou pluricelulares ❖ Presença de núcleo verdadeiro como material genético envolvido por membrana nuclear ❖ Cromossomos e DNA: apresentam maior quantidade de DNA e os cromossomos têm histonas (proteínas que compõem o nucleossomo), além de ficarem separados do citoplasma pelo envoltório nuclear. ❖ Presença de organela membranosas no citoplasma ❖ Citosol: essa parte possui moléculas de água, íons, aminoácidos e enzimas que participam da síntese e degradação de carboidratos, de ácidos graxos, de aminoácidos etc ❖ Presença de ribossomos maiores e mais complexos que os procariotes ❖ Presença dos citoesqueletos ❖ Exemplo célula animal e vegetal. Membrana plasmática A membrana é uma estrutura importante da célula, atuando como seu delimitante e estando relacionada, entre outras funções, com a seleção do que entra e do que sai da célula, funcionando como uma barreira seletiva. "Funções da membrana plasmática A membrana plasmática é uma estrutura presente em todos os tipos celulares, sendo encontrada, assim, tanto em células procarióticas, quanto em células eucarióticas. Entre as principais funções da membrana plasmática, podemos citar: ❖ Definir os limites da célula. ❖ Garantir proteção das estruturas da célula. ❖ Permitir que as diferenças entre o meio externo e o meio intracelular sejam mantidas. ❖ Selecionar o que entra e o que sai da célula. Em virtude da capacidade de selecionar essas substâncias, dizemos que a membrana plasmática apresenta permeabilidade seletiva. ❖ Conseguir captar sinais externos." Estrutura e composição da membrana plasmática A membrana plasmática é formada por lipídios e proteínas, sendo aqueles mais relacionados com a parte estrutural da membrana e estas relacionadas com as várias funções exercidas por ela
  • 3. Os lipídios que formam essa bicada são basicamente os fosfolipídios, os quais se destacam por apresentarem uma região hidrofóbica e uma região hidrofílica. Na membrana plasmática, a primeira está voltada para o centro da membrana, enquanto a segunda volta-se para as superfícies externa e interna da membrana. As proteínas que estão inseridas na bicamada lipídica. exercem várias funções na célula, como: transporte de substâncias, atividades enzimáticas e comunicação entre células. A quantidade de proteínas e os tipos encontrados na membrana estão relacionados com a atividade exercida por aquela célula. As proteínas presentes na membrana plasmática podem ser classificadas em dois grupos: proteínas integrais e proteínas periféricas. As proteínas integrais são aquelas que penetram na bicamada fosfolipídica. Denomina-se proteínas transmembranas as proteínas integrais capazes de atravessar completamente a membrana. Essas podem atravessar a membrana uma ou mais vezes. As proteínas periféricas, são aquelas que não penetram na membrana plasmática, sendo observada apenas uma conexão fraca com a membrana. Devido a isso, as proteínas periféricas podem ser facilmente dissociadas da membrana. Glicocálice O glicocálix é um envoltório, uma camada externa à membrana, presente em células animais, formada por uma rede frouxa de carboidratos que recobre a membrana plasmática. Protege a célula contra agressões físicas e químicas, retém nutrientes e enzimas e participa do reconhecimento intercelular. Fluidez Os constituintes da membrana não são estáticos por esse motivo ele é chamado de modelo mosaico. Essa constante movimentação torna a membrana fluida, ou seja, continuamente as camadas de fosfolipídios e proteínas movem-se entre si. Transporte de substâncias pela membrana plasmática Uma das principais funções da membrana plasmática é selecionar as substâncias que vão entrar e as que vão sair da célula. Devido a isso, dizemos que a membrana plasmática apresenta permeabilidade seletiva. "
  • 4. Especializações da membrana plasmática ❖ Microvilosidades: São dobras na membrana plasmática na superfície das células intestinais que aumentam a superfície de contato e, consequentemente, aumentam a absorção de nutrientes. ❖ Desmossomos: São estruturas formadas pelas membranas de duas células adjacentes. Aumentam a adesão entre as células, formando um revestimento contínuo.] ❖ Interdigitações: São dobras nas membranas plasmáticas limítrofes de duas células. Como os desmossomos, estão relacionadas ao grau de adesão das células. ❖ Lipídios: são os fosfolípides (lipídios complexos associados a um grupo fosfato, com uma extremidade hidrofóbica – polar e outra hidrófila – apolar), e em menor quantidade colesterol e glicolipídios (lipídios associados a glicídios). A bicamada de lipídios, unidade estrutural básica de todas as membranas biológicas, é uma barreira que previne os movimentos aleatórios de entrada e saída de materiais solúveis em água. Junção oclusiva ❖ Junção estreita, adere firmemente a MP das células epitetais ❖ Composta por proteínas integrais: ocludinas e claudinas ❖ Formam 3 ou mais fileiras paralelas à superfície do epitélio - similar a um colar de pérola ❖ Arranjo: A ocludina da MP de uma célula se adere a claudina da MP oposta essa organização bloqueia o espaço intercelular - transporte transcelular CINTURÃO DE ADESÃO (junção aderente) ❖ Conhecido como desmossomo em cinturão, banda de adesão, barra terminal de aderência ❖ Se localizam sob a junção oclusiva ❖ Composição: Glicoproteínas transmembrana da família caderinas e franja de filamentos corticais de actina ❖ As caderinas de conectam aos filamentos corticais de actina por meio de proteínas ligadoras ❖ Caderinas se conectam entre si por meio de seus domínios externos interações homófilas (moléculas iguais que se aderem mutuamente) ❖ DESMOSSOMOS ❖ puntiformes ou máculas de aderência ❖ Se localizam abaixo do cinturão de adesão e são distribuídos irregularmente na parede lateral das células epiteliais Junção comunicante (GAP) troca de substancia entre as células principalmente água e aminoácido. Unicelular Formado por uma célula, primeiros seres vivos, mais numerosa reprodução sexuada e assexuada, autotrófico e heterotrófico, bactérias e protozoário. Multicelulares Formado por duas células ou mais células eucariontes, autótrofos e heterótrofo reprodução assexuada e sexuada surgiram muito depois, animas i plantas alguns fungos e algumas algas Transporte pela membrana plasmática" Transporte passivo Sem gasto de energia (ATP). As substâncias ocorrem do meio mais concentrado para o menos concentrado, a favor do gradiente de concentração
  • 5. Difusão simples: e do meio hipertônico para o meio hipotônico, ocorre movimento de uma substância do meio mais concentrado para o meio menos concentrado, as moléculas e os íons transportam soluto, sem gasto de ATP. Passa pela camada de fosfolipídeos, acontece na hematose e são moléculas pequenas. Exemplas; acontece na hematose, no interior dos fosfolipídios são hidrofóbicos a molécula que tem carga negativa não passa, para a molécula passar pelo fosfolipídio precisa ser pequena. Osmose: transporta solvente (água) pela membrana permeável do meio menos concentrado para o meio mais concentrado. Hipotônico para o hipertônico. Difusão facilitada: não há gasto de ATP, a favor do gradiente de concentração, e do meio hipertônico para o meio hipotônico, são moléculas maiores e polares, transporta soluto, nesse processo, a transferência de substâncias acontece com a ajuda de proteínas carreadoras transporta glicose e aminoácido. " Transporte ativo Ocorre com gasto de energia (ATP), é contra o gradiente de concentração, através das proteínas (ATPase) quebra de ATP, e um processo continuo. Bomba de sódio-potássio: Nesse processo, ocorre o bombeamento de íons contra o gradiente de concentração. Na bomba de sódio-potássio, ocorre o bombeamento de sódio para fora da célula e potássio para o seu interior." Na membrana plasmática acima termo LEC e a baixo temos LIC, na bomba de sódio e potássio, 3 Na+ se ligam aos seus sítios catalíticos na proteína. O ATP também se liga ao um sitio catalítico de proteína que vai ser clivado e perde um radical fosfato, transformando-se em ADP. Isso provoca a alteração da conformação da proteína que libera os íons de Na+ no meio extracelular. No mesmo momento, os 2 K+ se ligam à proteína em seus sítios catalítico. O fosfato é liberado e a proteína retoma sua conformação original, liberando os 2 íons de K+ no interior da célula.
  • 6. Transporte ativo secundário chama-se secundário por não utilizar diretamente a energia metabólica do ATP e depende de proteínas transportadoras encontradas na membrana. Simporte Quando a substância for transportada na mesma direção, chama-se co-transporte ou Simporte. antitransporte. Quando substancia ocorre na direção oposta, denomina-se contra transporte ou antitransporte. Transporte por vesícula Endocitose: A endocitose é um processo de absorção de partículas na célula por meio de vesículas, chamadas de endossomos. Os endossomos são formados a partir da invaginação da membrana plasmática, que posteriormente se separam e ficam livres no interior da célula. Pode ocorrer de três formas: fagocitose, endocitose mediada e pinocitose. ❖ Fagocitose: Englobamento de partículas maiores e sólidas, processo de evaginação projeta braços chamado de pseudópodes (falso pês) que se projetam para além da membrana e englobam a partícula formando uma vesícula chamada de fagossomo. Dentro da célula, o fagossomo se movimenta pelo citoplasma até encontrar a organela lisossomos. ex como bactérias ou protozoários. ❖ Pinocitose: Englobamento de partículas líquidas, entra em contato com a membrana e forma o processo de invaginação, no processo de pinocitose, a célula se encontra em meio aquoso contendo a substância a ser absorvida e forma vesículas chamada de pinocitica ou pinossomica ❖ Endocitose mediada: Funciona como a fagocitose, porém, as partículas ligam-se com proteínas receptoras específicas presentes na membrana plasmática. ❖ Diferenças entre Fagocitose e Pinocitose Agora que você já conhece os processos de fagocitose e pinocitose, saiba a diferença entre eles:
  • 7. ❖ A fagocitose refere-se ao englobamento de partículas sólidas, a partir da formação dos pseudópodes. ❖ A pinocitose é o englobamento de líquidos. Além disso, não se formam pseudópodes. Para englobar as partículas, a membrana plasmática sofre invaginações, aprofundando-se em direção ao seu citoplasma e formando um canal que se estrangula nas bordas. Exocitose: consiste na eliminação dos restos das partículas digeridas para fora da célula. Ao final do processo de digestão das partículas, a célula precisa eliminar os seus restos. Esse processo de eliminação dos restos da digestão celular é chamado de clasmocitose. ❖A exocitose também pode ocorrer em células secretoras, sendo a forma pela qual a célula irá secretar as substâncias que produz. Por exemplo, as células de glândulas que liberam hormônios. A exocitose pode ocorrer de duas formas: ❖Exocitose constitutiva: liberação de substâncias de forma contínua. ❖Exocitose regulada: a eliminação de substâncias só ocorre na presença de um estímulo. O que é o citoesqueleto? O citoesqueleto é uma rede de fibras proteicas localizada no citoplasma das células. As fibras que compõem o citoesqueleto de células eucarióticas são os microtúbulos, filamentos de actina, também chamados de microfilamentos, e filamentos intermediários. Função do citoesqueleto O citoesqueleto apresenta inúmeras funções dentro da célula, tais como: • Manutenção da forma da célula, principalmente em células que não apresentam parede celular (células animais); • Suporte mecânico da célula; • Manipulação da membrana, como na formação de vacúolos alimentares; • Movimento da célula (movimento ameboide); • Formação de cílios e flagelos; • Formação do fuso mitótico;
  • 8. • Movimento de organelas e vesículas no interior da célula Composição do citoesqueleto O citoesqueleto é formado por microtúbulos, filamentos de actina e filamentos intermediários: • Microtúbulos: são constituídos por moléculas da proteína α e β tubulina Os microtúbulos são estruturas dinâmicas, vem dos centrossomos próximo ao núcleo, Estão presentes no citoplasma e em prolongamentos celulares, como cílios e flagelos. funções formação do fuso mitótico, formação e movimentação de cílios e flagelos e o movimento das organelas celulares e dos cromossomos durante o processo de mitose. • Manutenção da forma celular organização das organelas atua na divisão celular (centríolos) na fibra do fuso move as cromátides, sofre ação de drogas • Filamentos de actina: microfilamentos que forma os citoesqueletos, são constituídos por actina, formando espirais que medem cerca de 7 nm de diâmetro. as funções desses filamentos, destacamos a manutenção, bem como a alteração da forma da célula, movimentação da célula (movimento ameboide) e, no citoplasma (células vegetais), contração e divisão celular. Formam bolinha instáveis fazem a polimerização e a despolimerização, faz a endocitose entrada de partículas e o processo de evaginação da exocitose saída de partícula da célula. • Faz transporte de vesícula de secreção a actina vai se associar a miosina e formar a contração muscular, gasta ATP, citocinese faz o enforcamento do citoplasma para liberação de duas células, sofre ação de drogas, • • Filamentos intermediários: medindo entre 8 nm e 12 nm de diâmetro, são constituídos por mais de 50 tipos diferentes de proteínas. não são encontrados em todas as células eucarióticas e estão relacionados com a manutenção da forma da célula, formação da lâmina nuclear (revestem a membrana nuclear internamente e ancoram cromossomos e poros nucleares) e ancoragem de diversas organelas no citoplasma da célula. Função fazem adesão, não sofre despolimerização de forma comum, são estáveis
  • 9. Ciclo celular ciclo de vida de uma célula. No ciclo celular é possível distinguir duas etapas, a interfase (subdivida em G1, S e G2) e o período de divisão celular (mitose ou meiose). ❖ A Interfase É a fase em que a célula não está se dividindo, mas, está em intensa atividade se preparando para o processo de divisão celular. A interfase abrange três períodos: G1, S e G2. (G significa intervalo gap - do inglês) e S corresponde a síntese. ❖ Na fase G1 Nesta fase não ocorre a duplicação (síntese) do DNA. É produzido moléculas de RNA que vão para o citoplasma, onde promoverão a síntese de proteínas. A célula cresce em volume e torna-se grande, com o dobro das proteínas iniciais. ❖ Na fase S Ocorre a autoduplicação do DNA dobrando a quantidade de DNA no interior do núcleo. Depois disso, a célula está pronta para dividir em duas novas células, que serão idênticas. ❖ Na fase G2 Nesta fase, terminada a síntese de DNA, reinicia a produção de RNA, formando mais proteínas com um novo período de crescimento celular. A célula entra em uma situação de desequilíbrio entre superfície e volume que obriga a célula a iniciar o processo de divisão. Para iniciar o processo de divisão, a cromatina precisa iniciar a condensação, fato que ocorrerá na primeira fase da divisão celular chamada de prófase, formando os cromossomos. ❖ Os Cromossomos - só se tornam visíveis e bem individualizados, durante a fases intermediárias da divisão celular. Cada cromossomo é formado por uma única e longa molécula de DNA associadas a várias proteínas chamadas de histonas. ❖ Classificação dos cromossomos: Quando uma célula vai entrar em divisão, os cromossomos são duplicados na interfase, na fase chamada de S. Os cromossomos duplicados permanecem juntos formando cada um uma cromátide. A interfase é dividida em três etapas: G1, S e G2.
  • 10. G0 → estado de quiescência • Ponto de controle do ciclo celular: I. Ponto de restrição (R): – Ocorre ao fim da fase G1 – impede a progressão do ciclo celular em condições desfavoráveis ou insatisfatórias – No momento que a célula passa por R atinge até a faz de Mitose * Em mamíferos a p53 é sinal de parada em G1 (células cancígenas) II. Checkpoint G2-M – Formação do fator Promotor da Maturação (ciclinas mitóticas ligam-se a proteínas CdK formando MPF) Divisão Celular: Mitose e Meiose É o processo pelo qual uma célula se divide em duas outras novas células. A grande maioria das células conhecidas se reproduzem por mitose. Antes da célula se dividir primeiro ela duplica a cromatina, fase S da interfase, duplica a quantidade de RNAs e proteínas, nas fases G1 e G2, o mesmo acontece com os centríolos e as demais organelas celulares. Logo após a fase G2, a célula está apta a iniciar o processo de divisão propriamente dita. Mitose (Fig. 1): A mitose é um processo importante no crescimento dos organismos multicelulares e nos processos de regeneração de tecidos do corpo. Nos unicelulares, é um tipo de divisão que ocorre quando há reprodução assexuada. Uma célula dividindo-se por mitose dará origem a duas outras células, com o mesmo número de cromossomos da célula inicial em um processo contínuo, mais para entendimento foi subdividida em quatro principais fases: prófase, metáfase, anáfase e telófase Prófase – fase inicial Centríolos já duplicados afastam-se para os polos, formam se as fibras do áster e as fibras do fuso mitótico; O nucléolo se desintegra e o RNAr é distribuído pela célula; A membrana do núcleo se desorganiza; Os cromossomos já espiralizados se prendem as fibras do fuso pelo centrômero. Metáfase – fase meio os cromossomos dispõem- se na placa equatorial. Ao final da metáfase as cromátides de separam por encurtamento das fibras do fuso.
  • 11. Anáfase fase deslocamento os cromossomos são arrastados pelas fibras do fuso em direção aos polos Telófase - fase fim os cromossomos se desespiralizam. Refaz-se a membrana nuclear a partir do retículo endoplasmático; Novos nucléolos são produzidos por uma região cromossômica chamada de organizador dos nucléolos. Ocorre então a cariocinese (divisão do núcleo) e citocinese (divisão do citoplasma) com a separação das duas células filhas. Meiose A meiose é divisão celular em que uma célula dá origem a quatro novas células (produto da meiose) com metade do número de cromossomos da célula inicial (chamada de divisão reducional). Uma célula que apresenta 2n = 46 cromossomos, ao sofrer meiose, dá origem a quatro células com n = 23 cromossomos. A meiose é um processo importante para a variabilidade genética dos organismos, sendo o tipo de divisão que ocorre no processo de formação de gametas nos indivíduos que apresentam reprodução sexuada. A meiose é responsável pela diversificação do material genético nas espécies. A reprodução sexuada permite a mistura de genes de dois indivíduos diferentes da mesma espécie para produzir descendentes que diferem entre si e de seus pais em uma série de características.
  • 12. Meiose I Prófase I - ocorre o emparelhamento dos cromossomas homólogos. Os cromossomos, já duplicados, tornam-se mais condensados. Ocorre o emparelhamento dos cromossomas homólogos. Cromátides vizinhas trocam material genético entre si – CROSSING -OVER Metáfase I As cromátides permanecem presas por um conjunto de fibras, denominado fuso acromático. Os cromossomos homólogos pareados se dispõem no equador da célula Anáfase I Os grupos de quatro cromátides separam- se em grupos de dois, sendo levados cada um deles aos pólos opostos da célula. Não há separação das cromátides irmãs Telófase I Os cromossomos descondensam-se; Os pólos da célula reorganizam-se em dois novos núcleos. Logo depois a célula se divide em duas, dando fim à primeira fase. Há um curto intervalo chamado de intercinese e inicia-se a segunda parte da meiose. Chamada de meiose II
  • 13. Meiose II Prófase II Os núcleos das duas células desaparecem e as cromátides espalham-se pelo citoplasma. Metáfase II O fuso acromático ocupa as regiões centrais, mantendo presas às cromátides na região equatorial da célula Anáfase II Ocorre a divisão do centrômero que une os pares de cromátides separando-as. Cada cromátide é levada uma para cada extremidade da célula. Telófase II Os cromossomos desespiralizam, os núcleos reorganizam e o citoplasma, massa fluida dentro da célula na qual o núcleo está mergulhado, divide-se, dando origem a duas novas células contendo a metade do número de cromossomos da célula inicial. DNA E RNA Os ácidos nucleicos são macromoléculas formadas pela união do ácido fosfórico com a pentose, açúcar com cinco carbonos, e bases nitrogenadas, pirimídicas (citosina, timina e uracila) e púricas (adenina e guanina). Os dois grandes grupos desses compostos são o ácido desoxirribonucleico (DNA) e o ácido ribonucleico (RNA
  • 14. DNA: é o ácido nucleico responsável por armazenar as informações hereditárias. As informações genéticas nessa molécula estão organizadas em unidades chamadas de genes, os quais são herdáveis. As funções do DNA são: • Transmissão de informações genéticas, essas informações são transferidas de uma célula mãe para as células filhas pelo processo de replicação do DNA. • Codificação de proteínas: as informações que o DNA carrega são utilizadas para produção de proteínas, sendo o código genético responsável pela diferenciação dos aminoácidos que as compõem. • Síntese de RNA: a transcrição do DNA produz RNA, que é utilizado para produzir proteínas através da tradução. Antes da divisão celular, o DNA é duplicado para que as células produzidas recebam a mesma quantidade de material genético. A quebra da molécula é feita pela enzima DNA-polimerase, dividindo as duas fitas e se refazendo em duas novas moléculas de DNA. O RNA é um ácido nucleico relacionado com a síntese de proteínas. Além disso, algumas moléculas de RNA apresentam função catalítica, sendo denominadas de ribozimas." A estrutura do RNA é formada por: • Ribonucleotídeos: ribose, fosfato e bases nitrogenadas. • Bases púricas: adenina (A) e guanina (G). • Bases pirimídicas: citosina (C) e uracila (U). As funções do RNA estão relacionadas com seus tipos. São eles: • RNA ribossômico (RNAr): formação dos ribossomos, que atuam na ligação dos aminoácidos em proteínas. • RNA mensageiro (RNAm): transmissão da mensagem genética para os ribossomos, indicando quais os aminoácidos e qual a sequência que devem compor as proteínas. • RNA transportador (RNAt): direcionamento dos aminoácidos no interior das células para o local de síntese de proteínas. Para ocorrer a síntese de proteínas, alguns trechos de DNA são transcritos para o RNA mensageiro, que leva a informação ao ribossomo. O RNA transportador é responsável por trazer os aminoácidos
  • 15. para produção das proteínas. O ribossomo fabrica a cadeia polipeptídica de acordo com a descodificação da mensagem recebida. Os organismos eucariontes apresentam ao menos três tipos de RNA-polimerase que atuam na transcrição de moléculas de RNA. Entre as moléculas de RNA transcritas, basicamente três estão envolvidas na síntese de proteínas. São elas: • RNAr (RNA ribossômico): a maior molécula de RNA entre as três envolvidas no processo de síntese de proteínas. Fica armazenada no núcleo (associado a proteínas), e, em seguida, é transportada ao citoplasma para formar os ribossomos; • RNAm (RNA mensageiro): responsável pelo transporte da informação transcrita da cadeia de DNA. A informação é transportada por meio de códons, que são sequências de três nucleotídeos, por exemplo, AUG – Adenina, Uracila e Guanina; • RNAt (RNAt transportador ou de transferência): é a menor das moléculas de RNA. Apresenta- se torcida sobre si mesma com regiões onde ocorre o pareamento de bases e uma região com três bases livres, denominadas de anticódons, que podem parear com um dos códons do RNAm. Essas moléculas de RNA transportam aminoácidos específicos, de acordo com seu anticódon, do citoplasma até os ribossomos. É importante destacar que os ribossomos são fundamentais para a síntese de proteínas. 1. Início O processo de transcrição inicia-se com o reconhecimento da sequência específica do DNA a ser transcrita. As ligações de hidrogênio que unem as duas cadeias de DNA se rompem e as duas fitas se separam. Apenas uma das duas fitas servirá como molde para a síntese de RNA. 2. Elongação ou alongamento Na fase de elongação ou alongamento, os nucleotídeos são incorporados a uma fita molde de DNA, e a outra fita de DNA permanece inativa. Os nucleotídeos estão presentes no núcleo livremente e ligam-se à fita molde de uma forma definida, pois as bases nitrogenadas são complementares, como pode ser observado a seguir: Adenina (A) do DNA – Uracila (U) do RNA Timina (T) do DNA – Adenina (A) do RNA Citosina (C) do DNA – Guanina (G) do RNA Guanina (G) do DNA – Citosina (C) do RNA 3. Término
  • 16. Assim que a fita de RNA está pronta, ela se destaca da fita molde de DNA e se desloca em direção ao citoplasma, onde, em seguida, ocorre outro processo, denominado de tradução (síntese de proteínas). As duas fitas de DNA, então, ligam-se novamente. O afastamento e o encaixe das duas fitas de DNA ocorrem sob ação de uma enzima denominada de RNA-polimerase, que se desloca sob a molécula de DNA durante o processo de transcrição. Composição do nucleotídeo Os ácidos nucleicos são formados pela união de moléculas menores denominadas nucleotídeos. Os nucleotídeos são, em geral, formados por três partes: Observe os componentes de um nucleotídeo. • Um açúcar de cinco carbonos (pentose): As pentoses encontradas nos ácidos nucleicos são a ribose (C5H10O5) e a desoxirribose (C5H10O4). • Uma base nitrogenada: As bases nitrogenadas podem ser de dois tipos: pirimidinas e purinas. Uma pirimidina tem um anel de seis átomos, já as purinas possuem um anel de seis átomos fusionados a um anel de cinco átomos. As purinas são: adenina (A) e guanina (G). Já as pirimidinas são: citosina (C), timina (T) e uracila (U) • Um grupo fosfato: O grupo fosfato origina-se do ácido fosfórico. • Os nucleotídeos se unem formando polinucleotídeos. Os nucleotídeos se unem uns aos outros, formando polinucleotídeos. Os nucleotídeos adjacentes estabelecem ligação entre o grupo fosfato de um nucleotídeo e a pentose do nucleotídeo seguinte. Essa ligação é responsável por formar a cadeia principal de açúcar-fosfato.
  • 17. Resumo do processo de replicação (duplicação) do DNA: 1 – Separação da fita do DNA pela HELICASE. 2 – Forma a FORQUILHA DE REPLICAÇÃO. 3 – Cada fita é um molde para a nova cadeia de DNA. 4 – PRIMASE inicia o processo de fazer um pequeno pedaço de RNA, chamado RNA PRIMER (iniciador) – Ele marca o ponto de partida para a construção do DNA. 5 – Entra em ação a DNA POLIMERASE, que se liga no primer. 6 – DNA POLIMERASE adiciona nucleotídeos (bases) de 5´ 3´. 7 – Uma fita é contínua, a outra fragmentada. 8 – EXONUCLEASES remove todos primers (de ambas cadeias). 09 – DNA POLIMERASE preenche todas lacunas do DNA. 10 – LIGASE conecta os fragmentos. Complexo Golgiense Complexo de Golgi é uma organela encontrada na maioria das células eucarióticas. Entre suas muitas funções essenciais, destaca-se o papel central no processamento e distribuição de substâncias na célula. Funções Na face cis da cisterna as vesículas recebidas do RER contém proteínas (produzidas pelos ribossomos associados ao retículo) que serão modificadas e dobradas. Algumas dessas proteínas são glicosiladas, ou seja, sofrem reação de adição de um açúcar no RER. Esse processo é completado no Golgi, caso contrário, essas proteínas podem se tornar inativas. Na face trans as proteínas são "empacotadas" em vesículas membranosas. Desse modo, são originadas muitas enzimas, bem como os lisossomos primários e os peroxissomos. Enquanto essas organelas ficam no citoplasma da célula, as proteínas são muitas vezes enviadas para fora da célula. Uma outra função do Complexo de Golgi é a formação do acrossomo que se localiza na cabeça do espermatozoide. O acrossomo é o resultado da fusão de vários lisossomos formando uma grande vesícula, que contem enzimas digestivas para auxiliar na perfuração da membrana do óvulo Uma organela de múltiplas funções
  • 18. • Armazenamento de proteínas: Frequentemente as proteínas são produzidas, mas não são necessárias de imediato. Então essas proteínas podem ficar armazenadas no complexo de Golgi para posterior utilização. As proteínas sintetizadas no retículo endoplasmático são embaladas em vesículas, que se fundem com o aparelho de Golgi. Essas proteínas são modificadas e destinadas à secreção por exocitose ou para uso na célula. • Síntese de polissacarídeos: no complexo de Golgi, alguns polissacarídeos são sintetizados. Nos animais, a relação entre a organela e os polissacarídeos se dá na síntese de glicosaminoglicanas, atuando como anticoagulantes. Nos vegetais, faz-se necessária a criação da lamela para separação das duas células após a mitose. Essa é criada a partir da secreção de pectina sintetizada pelo Golgi, formando a parede celular dos vegetais. • Formação do acrossomo: o aparelho de Golgi possui uma função muito importante no fenômeno da fecundação, pois é dele que surge o acrossomo, vesícula que surge numa mudança na maturação dos espermatozoides. Sua função é permitir a entrada do material genético paterno no ovócito secundário. • Glicosilação: processo de adição enzimática a pontos específicos na superfície de proteínas e lipídios, que, conforme a especificidade da molécula orgânica, pode ocorrer tanto no retículo endoplasmático quanto no Complexo de Golgi. • Outras funções: também está envolvido no transporte de lipídios e na formação de lisossomos. As reações enzimáticas dentro das pilhas de Golgi ocorrem exclusivamente perto de suas superfícies de membrana, onde as enzimas estão ancoradas. Esta posição contrasta com o retículo endoplasmático, que possui proteínas e enzimas solúveis em seu lúmen.