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CURSO: CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO
                                                      Disciplina: CIÊNCIAS SOCIAIS
                                                      2º. Sem 2008 - TEXTO AUXILIAR


PARTE 7 - David Emile Durkheim

       Sociólogo francês, nasceu em Epinol a 15 de Abril de 1858. Estudou na Ecole Normale
Supérieure de Paris, tendo-se doutorado em Filosofia. Em 1885 foi estudar na Alemanha, sendo
muito influenciado pelas idéias do psicólogo Wilhelm Wundt.

       É considerado o fundador da sociologia como ciência independente. Foi um dos primeiros a
estudar mais profundamente o suicídio, o qual, segundo ele, é praticado na maioria das vezes em
virtude da desilusão do indivíduo com relação ao seu meio social.

    Durkheim se interessou particularmente pelo suicídio porque preocupava-se com a solidariedade
social, mas seu real motivo era ajudar a alçar a sociologia como disciplina científica, querendo
mostrar os fatos sociais. Denominação usada para dar nome aos padrões sociais.

    Esses fatos sociais tem duas características básicas que permitirão sua identificação na
realidade. São exteriores e coercitivos.

    Exteriores, porque consistem em idéias, normas ou regras de conduta que não são criadas
isoladamente pelos indivíduos, mas foram criadas pela coletividade que já existem fora de nós
quando nascemos.

    Coercitivos, porque essas idéias, normas e regras devem ser seguidas pelos membros da
sociedade. Se isso não acontece e alguém desobedece será punido de alguma maneira pelo restante
do grupo.

    No seu estudo chegou a conclusão de que a causa do suicídio na época era “baixa solidariedade
social”, ou seja, o baixo grau em que uma sociedade é integrada, unida a sociedade na época de
Durkheim era atualmente individualista que é contrário a idéia que tem de solidariedade social.
Enato o suicídio torna-se uma opção realista para todos.

    Para Durkheim o ser coletivo possui uma natureza Sui Generis e a consciência coletiva é distinta
da consciência individual. O sistema sociológico de Durkheim baseia-se em quatro princípios.

1.    A sociologia é uma ciência independente das demais ciências sociais e da filosofia.
2.    A realidade social é formada pelos fenômenos coletivos, considerados como “coisas”.
3.    A causa de cada fato social deve ser procurada entre os fenômenos sociais que outro
       percebe. Para explicar um fenômeno social, deve-se procurar sua causa.
4.    Todos os fatos sociais são exteriores aos indivíduos, formando uma realidade especial.

     Como o próprio Durkheim dizia, “O homem é um animal que só se humaniza pela socialização”.
     Emile Durkheim escreveu algumas obras sobre seu trabalho, são elas.
     Divisão do Trabalho Social criada em 1893, As Regras do Método Sociólogo criadas em 1894 e

O Suicídio em 1897. Sendo que a obra “O Suicídio” é uma das obras mais destacadas, nela faz um
estudo detalhado sobre o suicídio e suas causas.

    — Sua primeira obra A Divisão do Trabalho Social enuncia dois princípios básicos. Consciência
coletiva e solidariedade mecânica e orgânica.
Consciência Coletiva

   —    Age de acordo com suas crenças e sentimentos comuns, envolvendo quase que
completamente a mentalidade e a moralidade do indivíduo, Durkheim acusa a existência de duas
                                                                                           1
consciências em cada indivíduo, a coletiva e individual. A primeira predomina compartilhar com o
grupo, a Segunda peculiar ao individual, particular do indivíduo.

       A medida que a sociedade se torna mais complexa, a divisão de trabalho e as conseqüentes
diferenças entre os indivíduos conduzem a uma crescente independência de consciência.

        As aprovações repressivas, que existem na sociedade “Primitiva”, dão origem a um sistema
legislativo que acentua os valores da igualdade, liberdade, fraternidade e justiça.
Solidariedade Mecânica.

       Origina-se da semelhança entre os membros individuais. Para a manutenção dessa igualdade,
necessário do grupo, deve haver coerção social, baseada na consciência coletiva severa e
repressiva.

       Essa sociedade não pode cair no individualismo, todavia, o progresso da divisão de trabalho,
fez com que a sociedade de solidariedade mecânica se transforme.
Solidariedade Orgânica

       Ela se opõe a semelhança e baseia-se nas diversas das pessoas e dos grupos, criando um laço
social novo, um tipo de princípio de solidariedade, com moral própria, ou seja, independente,
implicando em uma consciência individual mais livre.
As Regras do Método Sociológico

      Foi publicada em 1895, é o seu trabalho mais importante, pois estabelece as regras que
devam ser seguidas na analise dos fenômenos sociais.

       A primeira regra relativa a observação dos fatos sociais, consiste em considerarmos como
“Coisas” podendo manipular, com finalidade, estudo e analise dos fenômenos sociais.

       Durkheim ao estabelecer as regras de distinção entre o normal e o patológico, propôs. Um
fato social, normas para um tipo social determinado, quando considerado numa determinada fase de
seu desenvolvimento, desde que se apresente na medida das sociedades da mesma categoria e na
mesma fase de sua evolução.

      Durkheim achava que os fatos morais são fenômenos como outros quaisquer, eles consistem
em regras de ação reconhecíveis por certas características distintas.

       Ao tentar provar que a sociologia era uma disciplina científica Durkheim chamou atenção
para uma questão social importante, a solidariedade social, provando que na época o individualismo
reinava e levava muitas famílias no mundo inteiro a procurar uma saída mais rápida, ao suicídio que
resultou em uma obra que consagrou para provar definitivamente a importância de suas teses e
principalmente, que a sociologia deveria ser estudada não como um estudo qualquer mas sim, como
uma ciência.




                                                                                                 2
CURSO: CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO
                                                        Disciplina: CIÊNCIAS SOCIAIS
                                                        2º. Sem 2008 - TEXTO AUXILIAR


PARTE 8 - Karl Marx

       Idealizador de uma sociedade com uma distribuição de renda justa e equilibrada, o
economista, cientista social e revolucionário socialista alemão Karl Heinrich Marx, nasceu na data
de 05 de maio de 1818, cursou Filosofia, Direito e História nas Universidades de Bonn e Berlim .

       Segundo este economista, o capitalismo era o principal responsável pela desorientação
humana. Ele defendia a idéia de que a classe trabalhadora deveria unir-se com o propósito de
derrubar os capitalistas e aniquilar de vez a característica abusiva deste sistema que, segundo ele,
era o maior responsável pelas crises que se viam cada vez mais intensificadas pelas grandes
diferenças sociais.

       Este grande revolucionário, que também participou ativamente de organizações clandestinas
com operários exilados, foi o criador da obra o Capital, livro publicado em 1867, que tem como tema
principal a economia. Seu livro mostra estudos sobre o acúmulo de capital, identificando que o
excedente originado pelos trabalhadores acaba sempre nas mãos dos capitalistas, classe que fica
cada vez mais rica as custas do empobrecimento do proletariado. Com a colaboração de Engels,
Marx escreveu também o Manifesto Comunista, onde não poupou críticas ao capitalismo.

        Este notável personagem histórico faleceu em Londres, Inglaterra, em 14 de março de 1883,
deixando muitos seguidores de seus ideais. Lênin foi um deles, e, na União Soviética, utilizou as
idéias marxistas para sustentar o comunismo, que, sob sua liderança, foi renomeado para marxismo-
leninismo. Contudo, alguns marxistas discordavam de certos caminhos escolhidos pelo líder russo.

       A implantação do modo socialista de produção, a partir de 1917, em um conjunto de países
que chegou a abrigar um terço da população da Terra, representou um grande desafio para o
sistema de economia de mercado. As grandes nações capitalistas passaram a ver o bloco socialista
como inimigo comum, ampliado a partir da segunda guerra mundial com a instauração de regimes
comunistas nos países do leste europeu e com a revolução chinesa. Grande parte dos recursos
produtivos foi investida na indústria bélica e na exploração do espaço com fins militares. Essa
situação perdurou até a desagregação da União Soviética, em 1991, e o início da marcha em direção
à economia de mercado em países como a China.

       Crítica ao capitalismo: Segundo o marxismo, o capitalismo encerra uma contradição
fundamental entre o caráter social da produção e o caráter privado da apropriação, que conduz a
um antagonismo irredutível entre as duas classes principais da sociedade capitalista: a burguesia e
o proletariado (o empresariado e os assalariados).

       O caráter social da produção se expressa pela divisão técnica do trabalho, organização
metódica existente no interior de cada empresa, que impõe aos trabalhadores uma atuação solidária
e coordenada. Apesar dessas características da produção, os meios de produção constituem
propriedade privada do capitalista. O produto do trabalho social, portanto, se incorpora a essa
propriedade privada. Segundo o marxismo, o que cria valor é a parte do capital investida em força
de trabalho, isto é, o capital variável. A diferença entre o capital investido na produção e o valor de
venda dos produtos, a mais-valia (lucro), apropriada pelo capitalista, não é outra coisa além de valor
criado pelo trabalho.



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A experiência Marxista: Depois de setenta anos de vigência, e muitas dificuldades internas
decorrentes, principalmente, da instalação de burocracias autoritárias no poder, os regimes
socialistas não tinham conseguido estabelecer a sociedade justa e de bem-estar que pretendiam
seus primeiros ideólogos. A União Soviética, maior potência militar do planeta, exauriu seus
recursos na corrida armamentista, mergulhou num irrecuperável atraso tecnológico e finalmente se
dissolveu em 1991. A Iugoslávia socialista se fragmentou em sangrentas lutas étnicas e a China
abriu-se, cautelosa e progressivamente, para a economia de mercado.




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CURSO: CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO
                                                       Disciplina: CIÊNCIAS SOCIAIS
                                                       2º. Sem 2008 - TEXTO AUXILIAR


PARTE 10 - Maximillion Weber (21 de Abril de 1864 - 14 de Junho de 1920)

Maximillion Weber alemão, considerado como um dos fundadores da sociologia ele foi, juntamente
com Karl Marx e Emile Durkheim, um dos modernos fundadores da sociologia. É conhecido
sobretudo pelo seu trabalho sobre a sociologia da religião.

De importância extrema, Max Weber escreveu a Ética protestante e o espírito do Capitalismo.
Este é um ensaio fundamental sobre as religiões e a afluência dos seus seguidores. Foi um tema que
estava presente nos trabalhos de Weber. quot;A ética protestante e o espírito do capitalismoquot; foi a sua
grande obra sobre esse assunto. Nesse seu trabalho tinha intenção de examinar as implicações das
orientações religiosas na conduta econômica dos homens, procurando avaliar a contribuição da ética
protestante, em especial o calvinismo, na promoção do moderno sistema econômico.

Essencial na sua análise das doutrinas da fé, é a confiança na quot;magiaquot; em sermões e na fé em geral.
Muito resumidamente, os Protestantes tornaram-se ricos porque não têm nenhuma mão mágica que
os leve para o céu. Os protestantes têm de trabalhar constantemente e de forma consistente para
assegurar um lugar no céu. Pelo outro lado, os católicos invocam muitos rituais mágicos, cânticos
encantados, um pouco de água, e uma reza tipo Abracadabra. E logo as almas dos crentes ficam
purificadas para a ascensão ao céu.

Ele também é conhecido pelo seu estudo da burocratização da sociedade. No seu trabalho, Weber
delineia a famosa descrição da burocratização como uma mudança da organização baseada em
valores e ação (a chamada autoridade tradicional) para uma organização orientada para os objetivos
e ação (chamada lega-racional). O resultado, segundo Weber, é uma quot;noite polar de frio glacialquot; na
qual a crescente burocratização da vida humana a coloca numa gaiola de metal de regras e de
controlo racional. Seus estudos sobre a Burocracia da Sociedade tiveram grande importância no
estudo da Teoria da Burocracia, dentro do campo de estudo da Administração de Empresas.

A análise da teoria weberiana como ciência tem como ponto de partida a distinção entre quatro
tipos de ação:

•       a ação racional com relação a um objetivo é determinada por expectativas no
comportamento tanto de objetos do mundo exterior como de outros homens e utiliza essas
expectativas como condições ou meios para alcance de fins próprios racionalmente avaliados e
perseguidos; é uma ação concreta que tem um fim especifico, por exemplo: o engenheiro que
constrói uma ponte.
•       a ação racional com relação a um valor é aquela definida pela crença consciente no valor -
interpretável como ético, estético, religioso ou qualquer outra forma - absoluto de uma
determinada conduta. O ator age racionalmente aceitando todos os riscos, não para obter um
resultado exterior, mas para permanecer fiel a sua honra, qual seja, à sua crença consciente no
valor, por exemplo, um capitão que afunda com o seu navio.
•       a ação afetiva é aquela ditada pelo estado de consciência ou humor do sujeito, é definida por
uma reação emocional do ator em determinadas circunstâncias e não em relação a um objetivo ou a
um sistema de valor, por exemplo a mãe quando bate em seu filho por se comportar mal.
•       a ação tradicional é aquela ditada pelos hábitos, costumes, crenças transformadas numa
segunda natureza, para agir conforme a tradição o ator não precisa conceber um objeto, ou um
valor nem ser impelido por uma emoção, obedece a reflexos adquiridos pela prática.



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As origens e os principais teóricos da sociologia
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O que é sociologia- Jéssica Markline
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Sociologia

  • 1. CURSO: CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO Disciplina: CIÊNCIAS SOCIAIS 2º. Sem 2008 - TEXTO AUXILIAR PARTE 7 - David Emile Durkheim Sociólogo francês, nasceu em Epinol a 15 de Abril de 1858. Estudou na Ecole Normale Supérieure de Paris, tendo-se doutorado em Filosofia. Em 1885 foi estudar na Alemanha, sendo muito influenciado pelas idéias do psicólogo Wilhelm Wundt. É considerado o fundador da sociologia como ciência independente. Foi um dos primeiros a estudar mais profundamente o suicídio, o qual, segundo ele, é praticado na maioria das vezes em virtude da desilusão do indivíduo com relação ao seu meio social. Durkheim se interessou particularmente pelo suicídio porque preocupava-se com a solidariedade social, mas seu real motivo era ajudar a alçar a sociologia como disciplina científica, querendo mostrar os fatos sociais. Denominação usada para dar nome aos padrões sociais. Esses fatos sociais tem duas características básicas que permitirão sua identificação na realidade. São exteriores e coercitivos. Exteriores, porque consistem em idéias, normas ou regras de conduta que não são criadas isoladamente pelos indivíduos, mas foram criadas pela coletividade que já existem fora de nós quando nascemos. Coercitivos, porque essas idéias, normas e regras devem ser seguidas pelos membros da sociedade. Se isso não acontece e alguém desobedece será punido de alguma maneira pelo restante do grupo. No seu estudo chegou a conclusão de que a causa do suicídio na época era “baixa solidariedade social”, ou seja, o baixo grau em que uma sociedade é integrada, unida a sociedade na época de Durkheim era atualmente individualista que é contrário a idéia que tem de solidariedade social. Enato o suicídio torna-se uma opção realista para todos. Para Durkheim o ser coletivo possui uma natureza Sui Generis e a consciência coletiva é distinta da consciência individual. O sistema sociológico de Durkheim baseia-se em quatro princípios. 1. A sociologia é uma ciência independente das demais ciências sociais e da filosofia. 2. A realidade social é formada pelos fenômenos coletivos, considerados como “coisas”. 3. A causa de cada fato social deve ser procurada entre os fenômenos sociais que outro percebe. Para explicar um fenômeno social, deve-se procurar sua causa. 4. Todos os fatos sociais são exteriores aos indivíduos, formando uma realidade especial. Como o próprio Durkheim dizia, “O homem é um animal que só se humaniza pela socialização”. Emile Durkheim escreveu algumas obras sobre seu trabalho, são elas. Divisão do Trabalho Social criada em 1893, As Regras do Método Sociólogo criadas em 1894 e O Suicídio em 1897. Sendo que a obra “O Suicídio” é uma das obras mais destacadas, nela faz um estudo detalhado sobre o suicídio e suas causas. — Sua primeira obra A Divisão do Trabalho Social enuncia dois princípios básicos. Consciência coletiva e solidariedade mecânica e orgânica. Consciência Coletiva — Age de acordo com suas crenças e sentimentos comuns, envolvendo quase que completamente a mentalidade e a moralidade do indivíduo, Durkheim acusa a existência de duas 1
  • 2. consciências em cada indivíduo, a coletiva e individual. A primeira predomina compartilhar com o grupo, a Segunda peculiar ao individual, particular do indivíduo. A medida que a sociedade se torna mais complexa, a divisão de trabalho e as conseqüentes diferenças entre os indivíduos conduzem a uma crescente independência de consciência. As aprovações repressivas, que existem na sociedade “Primitiva”, dão origem a um sistema legislativo que acentua os valores da igualdade, liberdade, fraternidade e justiça. Solidariedade Mecânica. Origina-se da semelhança entre os membros individuais. Para a manutenção dessa igualdade, necessário do grupo, deve haver coerção social, baseada na consciência coletiva severa e repressiva. Essa sociedade não pode cair no individualismo, todavia, o progresso da divisão de trabalho, fez com que a sociedade de solidariedade mecânica se transforme. Solidariedade Orgânica Ela se opõe a semelhança e baseia-se nas diversas das pessoas e dos grupos, criando um laço social novo, um tipo de princípio de solidariedade, com moral própria, ou seja, independente, implicando em uma consciência individual mais livre. As Regras do Método Sociológico Foi publicada em 1895, é o seu trabalho mais importante, pois estabelece as regras que devam ser seguidas na analise dos fenômenos sociais. A primeira regra relativa a observação dos fatos sociais, consiste em considerarmos como “Coisas” podendo manipular, com finalidade, estudo e analise dos fenômenos sociais. Durkheim ao estabelecer as regras de distinção entre o normal e o patológico, propôs. Um fato social, normas para um tipo social determinado, quando considerado numa determinada fase de seu desenvolvimento, desde que se apresente na medida das sociedades da mesma categoria e na mesma fase de sua evolução. Durkheim achava que os fatos morais são fenômenos como outros quaisquer, eles consistem em regras de ação reconhecíveis por certas características distintas. Ao tentar provar que a sociologia era uma disciplina científica Durkheim chamou atenção para uma questão social importante, a solidariedade social, provando que na época o individualismo reinava e levava muitas famílias no mundo inteiro a procurar uma saída mais rápida, ao suicídio que resultou em uma obra que consagrou para provar definitivamente a importância de suas teses e principalmente, que a sociologia deveria ser estudada não como um estudo qualquer mas sim, como uma ciência. 2
  • 3. CURSO: CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO Disciplina: CIÊNCIAS SOCIAIS 2º. Sem 2008 - TEXTO AUXILIAR PARTE 8 - Karl Marx Idealizador de uma sociedade com uma distribuição de renda justa e equilibrada, o economista, cientista social e revolucionário socialista alemão Karl Heinrich Marx, nasceu na data de 05 de maio de 1818, cursou Filosofia, Direito e História nas Universidades de Bonn e Berlim . Segundo este economista, o capitalismo era o principal responsável pela desorientação humana. Ele defendia a idéia de que a classe trabalhadora deveria unir-se com o propósito de derrubar os capitalistas e aniquilar de vez a característica abusiva deste sistema que, segundo ele, era o maior responsável pelas crises que se viam cada vez mais intensificadas pelas grandes diferenças sociais. Este grande revolucionário, que também participou ativamente de organizações clandestinas com operários exilados, foi o criador da obra o Capital, livro publicado em 1867, que tem como tema principal a economia. Seu livro mostra estudos sobre o acúmulo de capital, identificando que o excedente originado pelos trabalhadores acaba sempre nas mãos dos capitalistas, classe que fica cada vez mais rica as custas do empobrecimento do proletariado. Com a colaboração de Engels, Marx escreveu também o Manifesto Comunista, onde não poupou críticas ao capitalismo. Este notável personagem histórico faleceu em Londres, Inglaterra, em 14 de março de 1883, deixando muitos seguidores de seus ideais. Lênin foi um deles, e, na União Soviética, utilizou as idéias marxistas para sustentar o comunismo, que, sob sua liderança, foi renomeado para marxismo- leninismo. Contudo, alguns marxistas discordavam de certos caminhos escolhidos pelo líder russo. A implantação do modo socialista de produção, a partir de 1917, em um conjunto de países que chegou a abrigar um terço da população da Terra, representou um grande desafio para o sistema de economia de mercado. As grandes nações capitalistas passaram a ver o bloco socialista como inimigo comum, ampliado a partir da segunda guerra mundial com a instauração de regimes comunistas nos países do leste europeu e com a revolução chinesa. Grande parte dos recursos produtivos foi investida na indústria bélica e na exploração do espaço com fins militares. Essa situação perdurou até a desagregação da União Soviética, em 1991, e o início da marcha em direção à economia de mercado em países como a China. Crítica ao capitalismo: Segundo o marxismo, o capitalismo encerra uma contradição fundamental entre o caráter social da produção e o caráter privado da apropriação, que conduz a um antagonismo irredutível entre as duas classes principais da sociedade capitalista: a burguesia e o proletariado (o empresariado e os assalariados). O caráter social da produção se expressa pela divisão técnica do trabalho, organização metódica existente no interior de cada empresa, que impõe aos trabalhadores uma atuação solidária e coordenada. Apesar dessas características da produção, os meios de produção constituem propriedade privada do capitalista. O produto do trabalho social, portanto, se incorpora a essa propriedade privada. Segundo o marxismo, o que cria valor é a parte do capital investida em força de trabalho, isto é, o capital variável. A diferença entre o capital investido na produção e o valor de venda dos produtos, a mais-valia (lucro), apropriada pelo capitalista, não é outra coisa além de valor criado pelo trabalho. 1
  • 4. A experiência Marxista: Depois de setenta anos de vigência, e muitas dificuldades internas decorrentes, principalmente, da instalação de burocracias autoritárias no poder, os regimes socialistas não tinham conseguido estabelecer a sociedade justa e de bem-estar que pretendiam seus primeiros ideólogos. A União Soviética, maior potência militar do planeta, exauriu seus recursos na corrida armamentista, mergulhou num irrecuperável atraso tecnológico e finalmente se dissolveu em 1991. A Iugoslávia socialista se fragmentou em sangrentas lutas étnicas e a China abriu-se, cautelosa e progressivamente, para a economia de mercado. 2
  • 5. CURSO: CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO Disciplina: CIÊNCIAS SOCIAIS 2º. Sem 2008 - TEXTO AUXILIAR PARTE 10 - Maximillion Weber (21 de Abril de 1864 - 14 de Junho de 1920) Maximillion Weber alemão, considerado como um dos fundadores da sociologia ele foi, juntamente com Karl Marx e Emile Durkheim, um dos modernos fundadores da sociologia. É conhecido sobretudo pelo seu trabalho sobre a sociologia da religião. De importância extrema, Max Weber escreveu a Ética protestante e o espírito do Capitalismo. Este é um ensaio fundamental sobre as religiões e a afluência dos seus seguidores. Foi um tema que estava presente nos trabalhos de Weber. quot;A ética protestante e o espírito do capitalismoquot; foi a sua grande obra sobre esse assunto. Nesse seu trabalho tinha intenção de examinar as implicações das orientações religiosas na conduta econômica dos homens, procurando avaliar a contribuição da ética protestante, em especial o calvinismo, na promoção do moderno sistema econômico. Essencial na sua análise das doutrinas da fé, é a confiança na quot;magiaquot; em sermões e na fé em geral. Muito resumidamente, os Protestantes tornaram-se ricos porque não têm nenhuma mão mágica que os leve para o céu. Os protestantes têm de trabalhar constantemente e de forma consistente para assegurar um lugar no céu. Pelo outro lado, os católicos invocam muitos rituais mágicos, cânticos encantados, um pouco de água, e uma reza tipo Abracadabra. E logo as almas dos crentes ficam purificadas para a ascensão ao céu. Ele também é conhecido pelo seu estudo da burocratização da sociedade. No seu trabalho, Weber delineia a famosa descrição da burocratização como uma mudança da organização baseada em valores e ação (a chamada autoridade tradicional) para uma organização orientada para os objetivos e ação (chamada lega-racional). O resultado, segundo Weber, é uma quot;noite polar de frio glacialquot; na qual a crescente burocratização da vida humana a coloca numa gaiola de metal de regras e de controlo racional. Seus estudos sobre a Burocracia da Sociedade tiveram grande importância no estudo da Teoria da Burocracia, dentro do campo de estudo da Administração de Empresas. A análise da teoria weberiana como ciência tem como ponto de partida a distinção entre quatro tipos de ação: • a ação racional com relação a um objetivo é determinada por expectativas no comportamento tanto de objetos do mundo exterior como de outros homens e utiliza essas expectativas como condições ou meios para alcance de fins próprios racionalmente avaliados e perseguidos; é uma ação concreta que tem um fim especifico, por exemplo: o engenheiro que constrói uma ponte. • a ação racional com relação a um valor é aquela definida pela crença consciente no valor - interpretável como ético, estético, religioso ou qualquer outra forma - absoluto de uma determinada conduta. O ator age racionalmente aceitando todos os riscos, não para obter um resultado exterior, mas para permanecer fiel a sua honra, qual seja, à sua crença consciente no valor, por exemplo, um capitão que afunda com o seu navio. • a ação afetiva é aquela ditada pelo estado de consciência ou humor do sujeito, é definida por uma reação emocional do ator em determinadas circunstâncias e não em relação a um objetivo ou a um sistema de valor, por exemplo a mãe quando bate em seu filho por se comportar mal. • a ação tradicional é aquela ditada pelos hábitos, costumes, crenças transformadas numa segunda natureza, para agir conforme a tradição o ator não precisa conceber um objeto, ou um valor nem ser impelido por uma emoção, obedece a reflexos adquiridos pela prática. 1