O documento discute as principais patologias do sistema respiratório, incluindo a fisiologia e sintomas da DPOC, enfisema pulmonar, bronquite crônica e asma. Ele também descreve fatores de risco, tratamentos e cuidados de enfermagem para essas condições respiratórias.
3. DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA
CRÔNICA - DPOC
■ Estado de doença pulmonar no qual o fluxo de ar está obstruído;
■ É constituída pela bronquite crônica, enfisema, asma;
■ Acelera as alterações fisiológicas da função pulmonar que são
causadas pelo envelhecimento;
■ A obstrução do ar pode ser reversível ou irreversível.
4. FISIOLOGIA DA DPOC
■ Obstrução aérea que reduz o fluxo de ar varia conforme a doença
adjacente;
■ Bronquite crônica: o acúmulo excessivo de secreções bloqueia as
vias respiratórias;
■ Enfisema: a troca gasosa comprometida (oxigênio, carbono)
resulta da destruição das paredes do alvéolo superestendido;
■ Asma: as vias aéreas inflamadas e constritas obstruem o fluxo
aéreo.
5. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA DPOC
■ Dispneia (em repouso, pode ser grave);
■ Tosse (uso de músculos acessórios);
■ Aumento no trabalho respiratório;
■ Perda de peso (interferência na alimentação);
■ Intolerância os esforços/exercícios.
■ Ruídos Adventícios (sibilos, roncos, estertores: sons anormais percebidos na
ausculta pulmonar) Ausculta pulmonar lung sounds - som normal, sibilos,
estertores creptantes, estridor traqueal. - YouTube
■ Baqueateamento dos dedos – aumento do volume das pontas dos dedos das
mãos e perda do ângulo de emergência da unha)
■ A gravidade da doença é determinada por exames de avaliação da função
pulmonar.
6. FATORES DE RISCO DA DPOC
■ Exposição à fumaça do fumo (fumante, tabagista passivo);
■ Poluição do ar ambiente;
■ Infecções respiratórias;
■ Exposição ocupacional;
■ Anormalidades genéticas.
■ Complicações: podem variar dependendo do distúrbio adjacente:
pneumonia; atelectasia; pneumotórax; enfisema; insuficiência e
falência respiratória; hipertensão pulmonar (cor pulmonale).
7. TRATAMENTO
■ Oxigenioterapia (contínua ou intermitente);
■ Broncodilatadores (melhorar o fluxo aéreo, prevenir a dispnéia);
■ Corticosteróides;
■ Reabilitação pulmonar (componentes educacionais, psicossociais, comportamentais e
físicos);
■ Exercícios respiratórios (tosse assistida, respiração profunda, drenagem postural, entre
outros);
■ Retreinamento/exercícios.
■ Ensino do paciente e da família;
■ Medidas de enfrentamento do estresse
■ Educação em terapia respiratória
■ Terapia ocupacional para conservação da energia durante as atividades da vida diária.
8. CUIDADOS DE ENFERMAGEM
■ orientar para deixar de fumar (intervenção terapêutica mais
importante). O tabagismo deprime a atividade macrófaga das células e
afeta o mecanismo ciliar de limpeza do trato respiratório, cuja função
é manter as passagens respiratórias livres de irritantes inalados,
bactérias e outras matérias estranhas. O tabagismo também causa um
crescente acúmulo de muco, que produz mais irritação, infecção e
dano para o pulmão.
■ orientar para vacinação;
■ evitar contato com alta concentração de pólen no ar e poluição
ambiental;
■ evitar exposição a extremos de temperatura (elevadas com alto grau
de umidade ou frio intenso);
■ resgate da auto-estima e da sensação de limitação e de impotência
9. CUIDADOS DE ENFERMAGEM
■ monitorizar ritmo respiratório (dispnéia e hipoxemia);
■ atentar para efeitos colaterais da medicação;
■ atentar para sinais de infecção (bacteriana ou virótica), que
agravam o quadro e aumentam os riscos de falência respiratória;
■ oximetria de pulso;
■ cuidados específicos na intubação e ventilação mecânica;
■ em estado grave - alterações cognitivas, dispnéia, taquipnéia e
taquicardia.
11. CONCEITO
■ É a inflamação da mucosa brônquica, caracterizada por produção
excessiva de secreção da mucosa na árvore brônquica. Tosse
produtiva que dura 3 meses em cada 2 anos consecutivos, em
paciente que tem outras causas excluídas.
12. FATORES DE RISCO
■ O fumo é o principal fator de risco
■ Inalação de fumaça de fumo;
■ Poluição do ar;
■ Exposição ocupacional a substâncias perigosa suspensas no ar. Aumenta
à susceptibilidade a infecção do trato respiratório inferior. As crises são
mais freqüentes durante o inverno. Mais frequente na 5ª década de
vida, aliada a história de tabagismo e aumento da freqüência das
infecções respiratórias.
13. SINTOMAS
■ Tosse, com produção de catarro, expectoração espessa e gelatinosa,
sibilos e dispnéia.
17. ENFISEMA PULMONAR: CONCEITO
■ Distensão anormal dos espaços aéreos distais aos bronquíolos terminais,
com destruição das paredes alveolares. É o estágio final de um
processo que progrediu por muitos anos, onde ocorre a perda da
elasticidade pulmonar. A função pulmonar, na maioria dos casos, está
irreversivelmente comprometida. Ao lado da bronquite obstrutiva
crônica é a principal causa de incapacidade.
18. ENFISEMA PULMONAR: CAUSAS
■ O tabagismo é a principal causa;
■ Predisposição familiar – anormalidade na proteína plasmática alfa 1-
antitripsina (inibidor de enzima), sem a qual certas enzimas destroem o
tecido pulmonar.
■ Sensibilidade a fatores ambientais (fumaça do fumo, poluentes aéreos,
agentes infecciosos, alérgenos).
19. ENFISEMA PULMONAR:
FISIOPATOLOGIA
■ A obstrução aérea é causada por inflamação da mucosa brônquica,
produção excessiva de muco, perda da retração elástica das vias
aéreas, colapso dos bronquíolos e redistribuição do ar para os alvéolos
funcionais.
■ Espaço morto (áreas pulmonares onde não há troca gasosa);
■ Comprometimento da difusão de oxigênio;
■ Hipoxemia;
■ Casos graves – eliminação do dióxido de carbono comprometida –
aumento da tensão de dióxido de carbono no sangue arterial
(hipercapnia) – acidose respiratória.
20. ENFISEMA PULMONAR: SINAIS E SINTOMAS
■ Dispnéia lenta e progressiva
■ Tosse
■ Anorexia e perda de peso
■ Infecções respiratórias frequentes
■ Tempo expiratório prolongado
■ Tórax em barril.
24. ASMA: CONCEITO
■ Doença inflamatória crônica das vias aéreas, resultando em hiperatividade
dessas vias, edema de mucosa e produção de muco. A inflamação é difusa e
leva a episódios recorrentes dos sintomas.
25. ASMA: FISIOPATOLOGIA
■ Ocorre a diminuição do calibre dos brônquios e bronquíolos devido
broncoespasmo, edema e produção de muco espesso.
■ Difere das outras doenças pulmonares obstrutivas por ser um processo
reversível (com tratamento ou espontaneamente). Acontece em
qualquer idade, sendo a doença crônica mais comum na infância. Pode
ser incapacitante ou levar à morte, nos casos mais graves.
26. ASMA: CLASSIFICAÇÃO
■ Leve: sintomas discretos e esporádicos, não prejudica o sono.
■ Moderada: apresenta dispneia e tosse;
■ Grave: sintomas podem tornar-se diários. Atividades físicas são
limitadas (MAL ASMÁTICO)
28. ASMA: FATORES DE RISCO
■ A alergia é o principal fator predisponente
■ Exposição crônica a irritantes aéreos ou alergênicos, condições
ambientais
■ Odores fortes
■ Estresse
■ Sinusite
■ Desgaste emocional.
■ Tabagismo
■ Evolui para o estado asmático (crise grave e persistente que não
responde à terapia convencional
29. ASMA: PREVENÇÃO
■ Não fumar
■ Evitar mudanças bruscas de temperatura
■ Evitar sair de casa com o tempo muito frio
■ Evitar contato com pessoas portadoras de doenças respiratórias
■ Tomar de 6 a 8 copos de água/dia
■ Controlar-se emocionalmente
■ Evitar inalação de inseticidas, desodorantes, tintas, etc.
30. CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA
BRONQUITE CRÔNICA, ENFISEMA
PULMONAR E ASMA
■ Repouso em ambiente arejado e limpo;
■ Incentivar a ingestão de líquidos;
■ Manter o ambiente calmo e tranquilo;
■ Verificar e anotar a temperatura de 4/4 horas;
■ Incentivar o paciente a evitar o fumo;
31. ■ Evitar o ar poluído e atividades físicas;
■ Umidificar o ambiente de repouso com H2O fervente;
■ Usar lenços de papel na eliminação de secreções;
■ Oferecer uma dieta nutritiva; (dieta livre);
■ Administrar aerosolterapia, distante das refeições;
■ Administrar oxigenoterapia (CPM).
CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA BRONQUITE
CRÔNICA, ENFISEMA PULMONAR E ASMA
32. TERMO CLÍNICO LOCAL ANATÔMICO PRINCIPAIS
ALTERAÇÕES
PATOLÓGICAS
ETIOLOGIA
ENFISEMA Ácino Aumento do espaço
aéreo; Destruição das
paredes alveolares.
Fumaça de tabaco.
BRONQUITE
CRÔNICA
Brônquio Hiperplasia das glândulas
mucosas; Hipersecreção.
Fumaça de tabaco;
Poluentes do ar.
ASMA Brônquios e bronquíolos Diminuição do calibre dos
brônquios e bronquíolos
por edema com produção
de muco espesso.
Hipersensibilidade dos
brônquios;
Hereditariedade.