O documento descreve o projeto pedagógico do Colégio Estadual Moysés Bohana, localizado em Ilhéus, Bahia. Ele apresenta a filosofia, objetivos e estrutura da escola, incluindo a organização administrativa, currículo e ênfase no desenvolvimento integral dos estudantes.
Sistema articular aula 4 (1).pdf articulações e junturas
Projeto político pedagógico
1. SERVIÇO PÚBLICO ESTADUAL
Secretaria da Educação e Cultura do Estado da Bahia
COLÉGIO ESTADUAL MOYSÉS BOHANA
Port. N.° 159 D.O. 12 e 13/01/91
Eixo Principal, S/N - HERNANE SÁ – Fone/Fax (0xx73) 3632-1793
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INTRODUÇÃO
O Projeto Pedagógico consiste num conjunto de diretrizes e estratégicas que expressão e orientam
a prática Pedagógica. Ele é um objeto de avaliação e exige uma abrangência que envolve pelo menos três
dimensões. Uma filosofia, que investigaria os grandes propósitos, outra de caráter social, que ouviria as
manifestações dos diferentes segmentos sociais direta e indiretamente atingidos e a dimensão mais
praticada, designada, designada como técnica; que analisaria os diversos elementos do sistema organizado
para o ensino aprendizagem, os processos estabelecidos e os resultados obtidos.
Consistente do nosso dever com a formação do cidadão, é que estamos empenhados em garantir o
desenvolvimento integral do individuo, ou seja, o crescimento cognitivo, social e psicomotor.
Percebemos que enquanto ação necessária cabe a Escola Moysés Bohana oferecer uma educação
que possibilite uma mudança de postura e definição de novos paradigmas mais conscientes e
comprometidos com as questões da autonomia e cidadania. Assim, no cumprimento do seu papel a
educação deverá “(...) investir numa mudança de mentalidade, conscientizando os grupos humanos para
as necessidades de se adotarem novos pontos de vista e novas posturas...” (PCN, 1997; 24)
Cremos que a educação deverá implicar na revalorização do professor e do seu papel no processo
de planejamento educativo e pretende alcançar um conhecimento significativo e compreensivo, a partir de
um processo permanente de reflexão sobre a prática cotidiana do docente, que conduzirá as mudanças,
numa concepção de ensino-aprendizagem no qual o eixo central seja constituído pelo aprendizado
significativo do aluno e não pela acumulação de conteúdos ensinados. Pretende-se ainda a incorporação
de novos valores e atitudes éticas*, exigindo, portanto, modalidades diferenciadas de avaliação, para que
o aluno possa exercer efetivamente sua cidadania.
Com base nesta visão o homem e mundo é que planejamos nossas ações, priorizando a qualidade
educativa enquanto marco referencial desta instituição, graças à qualidade e empenho dos nossos
profissionais, que junto com os alunos são os principais atores neste processo de conhecimento.
2. *Ética entendida como ética universal e solidária como é apresentado nos PCNs, assim: “(...) a ética entre as
nações e os povos deve passar a incorporar novas exigências com base numa percepção de mundo em que as
ações sejam consideradas em suas consequências mais amplas, tanto no espaço quanto no tempo” (PCN 1ª a 4ª
série, Brasil, 1997).
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JUSTIFICATIVA
No desejo e busca de uma educação de qualidade, no quadro docente, coordenação e
direção do COLÉGIO ESTADUAL MOYSÉS BOHANA, estruturou o Projeto Pedagógico
visando a conquista de um espaço político-pedagógico de aprendizagem e de formação de
cidadãos, oportunizando ao alunado a expansão do seu potencial humano, através de
experiências enriquecidas, no agir e fazer criativos. Estimulando a auto-realização e o preparo
para a participação consciente da cidadania, no contexto de uma sociedade pós-moderna,
alicerçada pela globalização da economia, das comunicações, da educação e da cultura.
A parceria família/escola será de vital importância para o êxito de nossas atividades.
Portanto justifica-se buscar e incentivar a participação da família na escola, através de reuniões
atraentes e diversificadas, apresentação dos trabalhos realizados durante a unidade e
comemorações de datas festivas, escolhidas pelos pares que compõem os segmentos da escola.
As instalações da rede física escolar desde o início de sua fundação, nota-se que não foi
construída observando-se alguns padrões que atendessem às reais necessidades da comunidade.
A falta de espaços para: Biblioteca, Auditório, Laboratório de Informática, Laboratório
de Ciências, foram sendo adequados à medida que os recursos financeiros e ou recursos
tecnológicos, pedagógicos, advindos dos MEC e ou Secretaria de Educação, foram sendo
incorporados ao patrimônio escolar. Não obstante as dificuldades que se apresentam, o presente
projeto, busca apresentar mecanismos para superá-las, na medida do possível, tendo em vista o
fortalecimento da Unidade Escolar e a qualidade do processo ensino-aprendizagem.
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CONTEXTUALIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA
O Colégio Estadual Moysés Bohana, situado no Eixo Coletor Principal s/n, Bairro
Hernani Sá, Município de Ilhéus-Bahia, com ato de criação n° 159, D.O. 12/1/1991 para
funcionar com os cursos de 1° e 2° graus, ofereceu de 1991 a 1996 apenas o Ensino
Fundamental.
No ano de 1997, foi implantado o curso de segundo grau, oferecendo o 1° ano de
formação Geral, Lei 7044/82.
Inseridos na proposta do programa EJA – Educação de Jovens e Adultos com currículo
composto por Tempo Formativo correspondente ao 1° e 2° segmentos do Ensino Fundamental e
por Eixos Temáticos e Áreas de Conhecimento contemplando uma Base Nacional Comum e uma
parte diversificada articuladas com os saberes e conhecimentos da vida cidadã.
Atualmente, a Escola conta com um quadro de 65 professores, e quase na sua totalidade
com qualificação na sua disciplina de atuação. Essa é uma das características do nosso corpo
docente: qualidade para aplicar sua prática pedagógica.
Contamos ainda com um acervo rico de suporte para aprendizagem dos nossos educando:
laboratório de ciências, laboratório de informática com acesso a Internet e cadastro NTE,
biblioteca e sala de multimeios.
Tudo isso faz parte do nosso universo escolar para enriquecer o nosso processo de
ensino-aprendizagem, acreditando que juntos podemos formar cidadãos capazes, críticos e
conscientes de seu papel na sociedade.
5. ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
Da Diretoria:
A diretoria é constituída pelo Diretor e Vice-Diretor, cujas investiduras decorrem de atos
do Poder Público Estadual.
Diretora: ROSANGELA OLIVEIRA FARIAS
Vice-Diretora – Matutino: MARIA JORGINA RIBEIRO BRAZ
Vice-Diretora – Vespertino: ZISLANDIA ALVES PEREIRA
Vice-Diretora – Noturno: JUCIENE DIAS DA LUZ
Da Secretaria:
O cargo de Secretário Escolar será exercido por pessoal qualificado, investido no cargo
por designação da SEC, de acordo com a legislação vigente.
Secretária Escolar: EMILIA MARIA DOS SANTOS FERREIRA
Da Gestão Democrática:
A Gestão Democrática e participativa tem por finalidade possibilitar maior autonomia da
Unidade Escolar, na forma estabelecida na LDB e no Regimento Escolar através dos órgãos
colegiados: Colegiado Escolar, Caixa Escolar, Conselho de Classe e órgãos auxiliares especiais,
a saber: Grêmio Estudantil.
- A preparação básica para o trabalho deverá estar presente tanto na base nacional
comum, como na parte diversificada.
- O Ensino Médio, atendido a Formação Geral, incluído a preparação para o trabalho,
poderá preparar para o exercício de profissões técnicas, por articulação com a educação
profissional, mantida a independência entre os cursos.
- Os estudos concluídos no Ensino Médio, tanto na base nacional comum quanto na parte
diversificada, poderão ser aproveitados para a obtenção de uma habilitação profissional, em
6. cursos realizados concomitantemente ou sequencialmente, até o limite 25% (vinte e cinco por
cento) do tempo mínimo legalmente estabelecido como carga horária para o Ensino Médio.
- Estudos estritamente profissionalizantes, independentemente de serem feitos no mesmo
estabelecimento ou outra escola ou instituição de forma concomitante ou posterior ao Ensino
Médio, deverão ser realizados em carga horária adicional ás 2.400 horas mínimas prevista na lei.
- Caberá, respectivamente, aos órgãos normativos e executivos dos sistemas de ensino, o
estabelecimento de normas complementares e políticas educacionais, considerando as
peculiaridades regionais ou locais, observadas as disposições destas diretrizes.
- Os órgãos normativos dos sistemas de ensino deverão regulamentar o aproveitamento
de estudos realizados e conhecimentos constituídos, tanto na experiência escolar, como na extra
Escolar.
Ensino Médio – na sua parte diversificada
Em março de 2010, foi implantada na parte diversificada, do currículo nesta Unidade
Escolar, Redação e Língua Inglesa Moderna nas três séries, onde o individuo obtém a
informação (adquire, codifica, armazena) e usa-a posteriormente, generalizando-a ampliando-a a
outras novas situações.
Ensino Fundamental – Na sua parte diversificada: Eixos temáticos
Portaria N° 1.128/2010
Reorganização Curricular das Escolas da Educação Básica da Rede Pública Estadual.
O SECRETÁRIO DA EDUCAÇÃO DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas
atribuições, e considerando:
- A necessidade de realizar ajustes na organização curricular da escola de educação básica
(ensinos fundamental e médio), tendo em vista os dados levantados pelo Programa Escola 10, no
que tange às adequações dos componentes curriculares da parte diversificada.
- A premente necessidade de realizar modificações na organização curricular da escola de
educação básica (ensinos fundamental e médio), tendo em vista a consolidação das
aprendizagens da base nacional comum.
RESOLVE
7. Art. 2° - Considerar que as indicações para a organização da parte diversificada do
currículo da educação básica devem estar apoiadas no Anexo II da Portaria N° 1.285/2000,
publicada do DOE em 28 de janeiro de 2000, exceto Educação Ambiental, que não condiz com o
§ 1° do Art. 10 da Lei n°. 9.795/99, não se traduzindo, todavia, as citadas indicações em
componentes curriculares de cunho profissionalizante.
Art. 5° - O currículo da educação básica da rede pública de escolas estaduais será
constituído à luz das Diretrizes Curriculares Nacionais em vigência.
§ 1° - Para a escola de ensino fundamental, reitera-se a Resolução CNE/CES N°. 2/98,
destacando-se que as áreas de conhecimento ali mencionadas devem enfatizar a correlação entre
as disciplinas formais destas áreas com a vida cidadã, por intermédio dos nexos transversais
entre estas ditas disciplinas e os campos da saúde, sexualidade, vida familiar e social, meio
ambiente, trabalho, ciência e tecnologia, cultura e linguagens.
Nota:
1. Na Parte Diversificada, os docentes serão destinados aos Eixos Temáticos; os
focos sobre os quais são materializadas as atividades didáticas destes citados Eixos são
produtos de orientação das escolas e, no caso de haver mais de um deles, será necessária
a avaliação sobre qual (is) Eixo (s) deixará (ao) de ser oferecidos. Os Focos impressos
nesta matriz se constituem apenas em exemplos possíveis, com exceção de Língua
Estrangeira Moderna. Caberá, portanto, à Unidade Escolar definir os focos respectivos de
cada Eixo.
2. Educação Religiosa é um componente desdobrado em atividades a ser
desenvolvida em dias específicos, previstos no Projeto Político Pedagógico, sem
notas/conceitos para efeito de promoção, a ser realizado de forma a assegurar o respeito à
diversidade cultural religiosa do Brasil.
3. Arte tem sua dimensão cultural e se propõe a valorizar as possibilidades criadoras
e discutir a inserção da arte na sociedade como elemento dinamizador da cultura.
4. Estudos transversais apontados no Projeto Político Pedagógico, especificados nas
disciplinas correspondentes e nas devidas unidades didáticas, sobre as temáticas:
a) Estudos transversais sobre a temática da Lei N°. 11.645/2008 – Educação das
Relações Étnico-raciais.
b) Estudos transversais sobre a temática da Lei N°. 9.795/99 – Educação Ambiental
no Sistema Educacional.
8. c) Estudos transversais sobre a temática do Plano Nacional de Educação em Direitos
Humanos.
Os objetivos gerais desse programa estão fundamentos em princípios indicadores que são:
- Motivação para a tarefa
- Favorecer o desenvolvimento, pelo da abstração dos diferentes processos e estratégias
cognitivas.
- Favorecer o desenvolvimento de uma motivação intrínseca.
- Favorecer o desenvolvimento do pensamento reflexivo-insight.
- Possibilitar o desenvolvimento pelo aluno de uma auto-imagem afetiva, superando a
passividade.
Metodologia Aplicada
Todo trabalho pedagógico na sala de aula deve ser desenvolvido com o intuito de
envolver o aluno em um processo de educação permanente, proporcionando-lhe a capacidade de
aprender a aprender numa dimensão de vida pessoal, social e profissional.
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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL
Ao cumprimento da tarefa que nos propomos, que é educar com qualidade, sentimos
nossas forças que se concentram no relacionamento interpessoal de boa qualidade entre
professores, diretores, alunos e funcionários.
Sem fugir à regra da situação atual em que se apresenta a escola pública, frente aos
problemas da realidade brasileira por falta de um projeto político da sociedade e dos
governantes, o COLÉGIO ESTADUAL MOYSÉS BOHANA apresenta problemas de natureza
pedagógica, administrativa e financeira, que não são apenas de responsabilidade da escola, e sim
de todo segmento social, devendo cada um assumir sua parcela de responsabilidade para garantir
a finalidade do processo educativo.
A escola oferece à sua clientela, oriundos de classe média baixa, residentes no próprio
bairro e bairros periféricos adjacentes, o Ensino Fundamental de 5ª à 8ª série regular e EJA
(turno: Noturno) e Ensino Médio do 1° ao 3° ano, funcionando nos três turnos.
Pontuamos alguns dos problemas que têm sido priorizados ao longo desse período,
através de ações de combate na tentativa de pelo menos minimizá-los:
- evasão escolar – no geral as estatísticas nos revelam índices gerais de 20%, o que
certamente pode ser atribuído ao cansaço dos alunos trabalhadores, aos conteúdos e
metodologias que não atende as expectativas dos alunos. Por outro lado, alunos que retornam
após longo período de ausência, os deixa em desvantagem quanto a aprendizagem, pois esta se
dá de forma mais lenta, deixando-os ansiosos e inseguros, o que facilmente provoca a evasão
escolar.
Quanto ao 1° ano (Noturno) atribuímos a evasão ao fato que alunos oriundos do EJA,
chegam com sérias dificuldades de aprendizagem, decorrentes da defasagem conteúdo-série,
também percebemos, nesta clientela um sério quadro de analfabetismo.
10. Os mecanismos que a escola utiliza para minimizar a evasão são as aulas praticas nos
laboratórios, aulas extraclasse como: visita a centros culturais, apresentação de teatro, etc.
- inclusão – nossa escola está engajada no projeto de salas multifuncionais para atingir
jovens da Zona Sul portadores de alguma deficiência.
Professores foram e estão sendo capacitados para atender a educação inclusiva. Como:
cursos de Braile, libras, etc.
- indisciplina – sério problema a ser enfrentado, sobretudo no turno vespertino onde se
concentra a clientela de 5ª e 6ª série, crianças e jovens adolescentes;
- coordenação pedagógica – falta de apoio técnico pedagógico no acompanhamento das
ações pedagógicas nos três turnos;
- falta de parceria da família – a ausência da família no comprometimento com a presença
do aluno na escola e no acompanhamento do desempenho escolar.
A Unidade Escolar vem utilizando alguns mecanismos para minimizar a evasão escolar e
ampliar a participação da família na escola.
É oportuno ressaltar que se faz necessária mobilização e empenho de todos na seleção das
ações. Assim, como, suprir as necessidades no tocante à alimentação, transporte, alocação de
Recursos Humanos no pedagógico e de apoio, revisão dos recursos financeiros de manutenção
da Unidade Escolar, considerando as reais necessidades quanto aos materiais e serviços
indispensáveis à gestão das ações pedagógicas, por parte do governo estadual.
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3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O Colégio Estadual Moysés Bohana tem por missão assegurar um ensino de qualidade,
garantindo o ingresso e a permanência dos alunos na escola, formando cidadãos críticos, capazes
de exceder às expectativas da UEE, do desempenho das conquistas pessoais e na transformação
da sociedade. Esta missão será realizada de forma eficaz, segura e responsável com a mais alta
qualidade, respeitando os alunos, pais, comunidade, equipe da escola e o interesse público.
Com o interesse de educar alunos para o novo milênio, aproximando o que ensina na sala
de aula do mundo tal como ele é nos dias atuais é de fundamental importância definir a filosofia
que vai explicitar a prática da UEE junto à comunidade escolar:
“A partir de certas interpretações pedagógicas dos estudos mais recentes sobre a
psicologia infantil e a psicologia do desenvolvimento em uma concepção
alternativa, apresentada em geral como “progressista” ou “centrada no aluno”.
Assim nesta concepção alternativa, entende-se que a Educação Escolar Ideal não
é a que transmite os saberes constituídos e legitimados socialmente, mas, sim, a
que garante algumas condições ideais para que os alunos desenvolva as suas
potencialidades e capacidades cognitivas, afetivas, sociais e de aprendizagem”.
(Cezar Coll)
“A escola precisa se transformar em um sistema onde a essência não é mais um
percurso predestinado, mas que saceia em desequilíbrios, interações e
transformações”.
(Rabelo, 1998)
“O processo de vida social, político e econômico é condicionado pelo modo de
produção de vida material. São as condições materiais que foram à base da
12. sociedade, da sua construção, das suas regras, idéias e valores. São os conflitos
inteiros desta realidade que provocam mudanças que ocorrem de forma dialética”.
(Rego, 1944)
“O desenvolvimento e a aprendizagem estão inter-relacionados desde o
nascimento”...
(Vygotsky)
“... É interagindo com o Outro e com o construtor da humanidade que o aluno vai
aprendendo a ser gente... que vai se “gentificando””.
(Paulo Freire)
“... O curso noturno é a expressão das desigualdades da sociedade, mas ao mesmo
tempo é a alternativa de separação dessas desigualdades”.
(Marília Sposito)
“... O aluno é um sujeito que aprende a partir de suas próprias ações sobre os
objetos do mundo e constrói suas categorias de pensamento ao mesmo tempo que
organiza seu mundo”.
(Emília Ferreiro, 1985)
”Conhecimento o aluno adulto já traz. E o seu conhecimento é ampliado nas
relações. Conhecimento é tudo que o ser humano pode assimilar através das trocas
de experiências e da convivência com o meio”.
(Extraído: Relato de experiências – Professora Francisca Reis –
Escola Agostinho de Deus – IAT – dez. 1933).
Tomando como referência o principio da diversidade, e refletindo sobre a Lei 10.639/03,
que institui a obrigatoriedade do ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e a Lei
11.645/08, que inclui no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade também da
temática História e Cultura Indígena. Também permeadas pelo principio da diversidade,
destacamos aqui a Resolução n° 2, de 11 de setembro de 2001 que institui Diretrizes Nacionais
para a Educação Especial na Educação Básica, e a Resolução CNE/CEB n° 1, de 5 de julho de
2000 que estabelece as diretrizes curriculares nacionais para a educação de jovens e adultos.
13. (Formação de Gestores Escolares, Módulo 3, p.16)
Devemos enfatizar e valorizar algo que está esquecido por muitos: nossa ancestralidade
africana. É necessário que articulemos dados sobre a intensa participação africana na elaboração
da sociedade brasileira com a ininterrupta tarefa de combate ao racismo e as praticas
discriminatórias a que estão sujeitos diariamente milhares de africanos e afro-descendentes
espalhados pelo mundo.
Em uma perspectiva geral e jurídica da questão, não se pode ignorar a Lei 10639/03, que
torna obrigatório o ensino da História da África nas escolas. Por fim, existe um caráter
formativo/intelectual e as contribuições para o entendimento e construção do Patrimônio
Histórico-Cultural da humanidade.
De acordo a dispõe da Lei N°. 11.788, de 25 de setembro de 2008, sobre o estágio de
estudantes; altera a redação do art. 428 da Constituição das Leis do Trabalho – CLT, aprovada
pelo Decreto – Lei n° 5.452, de 1° de maio de 1943, e a Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de
1996; revoga as Leis n°s 6.494 de 7 de dezembro de 1977, e 8.859, de 23 de março de 1994, o
parágrafo único do art. 82 da Lei n° 9.394 de 20 de dezembro de 1996, e o art. 6° da Medida
Provisória n° 2.164-41, de 24 de agosto de 2001: e dá outras providências.
Art. 1° Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de
trabalho, que visa á preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam
freqüentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de
ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade
profissional da educação de jovens e adultos.
(Presidente da República)
O Estágio não obrigatório faz parte das atividades pedagógicas do Colégio Estadual
Moysés Bohana, pois visa o aprendizado de competências, objetivando o desenvolvimento do
educando para a vida cidadã e para o trabalho.
Serão observados, também, os princípios da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional – Lei N° 9394, de 20 de dezembro de 1996 – e os Parâmetros Curriculares Nacionais
proposto pelo MEC. Estes instrumentos serão utilizados para direcionar e fundamentar a prática
pedagógica.
14. De acordo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n° 9.394/96), Seção IV
– Do Ensino Médio, Art. 36. O currículo do Ensino Médio observará o disposto na Seção I deste
Capitulo e as seguintes diretrizes:
IV – serão incluídas a Filosofia e a Sociologia como disciplinas obrigatórias em todas as
séries do Ensino Médio. (Incluído pela Lei n°. 11.684 de 2008).
§1° Os conteúdos, as metodologias e as formas de avaliação serão organizados de tal
forma que ao final do Ensino Médio o educando demonstre:
I – domínio dos princípios científicos e tecnológicos que presidem a produção moderna;
II – conhecimento das formas contemporâneas de linguagem.
A partir dos novos ordenamentos legais, para o ano letivo de 2009, será implantado
2h/aulas de cada uma das disciplinas, Filosofia e Sociologia, na 1ª série do Ensino Médio; A
mesma carga horária das referidas disciplinas será implantada em 2010 na 3ª série do Ensino
Médio.
Esses pontos importantes passam fundamentalmente pela pratica do professor que
consiste em trazer á tona uma unidade social que precisa ser percebida como fator diferencial do
cotidiano educacional.
Os sistemas sociais, políticos, econômicos, educacionais, não podem mais se fechar em si
mesmo. Assim para se alcançar o sucesso da aprendizagem é necessário que a prática em sala de
aula esteja de acordo com este contexto.
Portanto, da Escola enquanto instituição espera-se um compromisso de educar os seus
alunos de acordo com os conceitos do desenvolvimento bio-psico-social, sem, contudo
desvalorizar o conhecimento que o aluno já traz do seu cotidiano, pois é através desse
conhecimento que o individuo pode modificar o meio em que vive. Nessa perspectiva alguns
pontos essenciais devem ser abordados:
Papel do professor: O sujeito ensinante interage na busca da concretização de alguns
níveis de práxis pedagógica, pois o professor é o indivíduo central na reflexão na busca de
conteúdos significativos que leva os alunos a uma aprendizagem real e funcional. O professor
enquanto mediador da aprendizagem deve veicular os conteúdos refletindo sobre:
a) O que ensinar?
15. b) Quando ensinar?
c) Como ensinar?
d) Para que ensinar?
Assim, segundo Cezar Coll, o professor te, diante de si uma complexa tarefa, que não se
restringe apenas ao aspecto formativo de âmbito da sala de aula, mas que inclui aspectos de
gestão e de manejo de relações humanas no contexto da escola.
Compreendendo que a função do professor consiste em apresentar e prestar as ajudas ás
necessidades de cada aluno, para realizar esta tarefa eles precisam de teorias que forneçam
subsídios e instrumentos de análises e reflexão sobre a prática, sobre como se aprende e como se
ensina. Essas teorias podem e devem enriquecer infinitamente com contribuições acerca de como
interferem (diferentes tipos de conteúdos, formas de agrupamentos diversificados, características
da disciplina, contextos culturais contrastantes,...) mas que funcionam como catalisador geral de
algumas perguntas básicas que se coloca a todos os professores:
a) O que os alunos aprendem?
b) Como aprendem?
c) Quando aprendem?
d) Por que e para que aprendem?
Enfoques Didáticos:
Os processos que ocorrem nas salas de aula são complexos. Para que ocorra
aprendizagem em níveis elevados de qualidade, necessário se faz que a UEE junto á
Coordenação Pedagógica e ao professor busquem elementos que possibilitem a reflexão sobre a
prática educativa, de modo a levar a uma compreensão maior dos processos que nela intervêm e
a conseqüente avaliação sobre pertinência educativa. Articulando a integração entre professores,
disciplina e área curricular. Nesse sentido, alguns critérios são valiosos:
a) O planejamento das atividades centrado nas necessidades do aluno e nos pré-
requisitos para cada série visando uma boa terminalidade do curso, beneficiando-se
para o campo de trabalho e a continuidade dos estudos superiores.
b) O desenvolvimento das atividades deve-se processar de modo prazeroso,
despertando o interesse do aluno pelos conteúdos que estão sendo estudados
observando-se gradativo desenvolvimento, domínio e raciocínio sobre o assunto em
questão.
16. c) A avaliação do ensino-aprendizagem – o professor e o aluno devem conhecer a
dinâmica da apropriação do conhecimento, os níveis de desenvolvimento e o domínio
do conteúdo referente ás áreas de conhecimento, os indicadores de desempenho, para
que esta se processe através de uma reflexão consciente, que permita auto-avaliação
de ambos os participantes do processo de ensino-aprendizagem.
Relação: Família – Escola – Comunidade: é fundamental que os pais se envolvam no
processo educacional de seus filhos, participando do dia-a-dia da aprendizagem, estimulando-os
ao prazer de freqüentarem a Escola, dando segurança emocional, demonstrando que os filhos são
importantes para a família e a para a sociedade: isto fará com que o filho-aluno sinta-se seguro e
desenvolva a potencialidade de aprender a aprender.
O processo de sistematização de Ensino da Unidade Escolar requer reflexão, vontade do
fazer acontecer, pesquisar, entrecruzamento da teoria com a práxis pedagógica, com objetividade
e determinação.
Este documento traduz uma caminhada teórica resultante da coerência, experiência
pedagógica, reflexão filosófica e precisão científica.
Colegiado Escolar:
Este documento fortalece a gestão democrática, na perspectiva de avançarmos na
concretização dos princípios e diretrizes constitucionais da gestão democrática, no que diz
respeito à participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.
A construção dessa prática possibilita mudanças no processo de gestão da escola, pois a
tomada de decisões prioriza o trabalho participativo nos aspectos pedagógicos, administrativos e
financeiro, objetivando assegurar a efetividade no alcance das metas estabelecidas do projeto
político-pedagógico da escola.
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PROPOSTA CURRICULAR
Respaldado nas Resoluções de n.° 02/98 do CNE e na Resolução de n.° 03 de 23/06/98,
emanada da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação e de conformidade
com os artigos 26, 35, 36 da Lei 9.394 de 20/12/96 e considerando que ambas as Resoluções
instituem as diretrizes curriculares nacionais para o Ensino Fundamental e para o Ensino Médio,
aqui estão indicados os componentes curriculares através das grades (anexas) aprovadas por
Egrégio Conselho Estadual de Educação.
A Lei 7.044/82 que substituiu a profissionalização obrigatória instituída por uma
legislação anterior e a resolução CEE – BA. 1.299/84 que surgiu para organizar o sistema baiano
e os princípios de preparação para o trabalho, respaldam esta nossa proposta curricular que,
pretendendo preparar sua clientela para o mundo do trabalho, está preparando em síntese, para
viver na sociedade de hoje e encontrar os caminhos de sua transformação.
Em síntese, a pretensão da nossa proposta curricular a nível de 1° e 2° graus, é a seguinte:
Desenvolver uma formação humana e cristã que responda aos anseios de realização
pessoal do jovem e as necessidades de encontrar o verdadeiro sentido da vida;
Aprofundar e consolidar os conhecimentos adquiridos em todo o nosso ensino
preparando o educando a ser capaz de adaptar-se com mais flexibilidade a novas
condições de ocupação profissional e aperfeiçoamentos posteriores;
Proporcionar ao educando a forma necessária ao desenvolvimento de suas
potencialidades como trabalho e para o exercício consciente da cidadania, buscando
influir na construção de uma sociedade democrática.
O estudo dos componentes curriculares, seja no núcleo comum, seja na parte
diversificada, busca proporcionar ao alunado a compreensão da sociedade, a leitura correta dos
fenômenos sócio-econômicos e culturais, a partir de um posicionamento critico e centrado na
visão do mundo, defendida pelo cristianismo. Desse modo, tais conteúdos estão voltados, com
18. maior ênfase, para a preparação do jovem para o trabalho, propondo situações que desenvolvam
a busca de informações numa sociedade em constantes transformações, sintetizando os
elementos teóricos à prática, construindo assim, o jovem com o professor, o seu próprio
conhecimento.
Por outro lado, a escola como um todo exige do alunado uma série de valores e de
comportamento imprescindíveis à integração no mundo do trabalho, tais como responsabilidade,
assiduidade, pontualidade, o cuidado e a atenção com a apresentação das tarefas, na criatividade,
organização, disciplina, entre outros.
A nossa proposta curricular tem uma avaliação permanente, seja através de reuniões,
relatórios, formulários vários, assim como outros instrumentos específicos, elaborados pelo setor
técnico-pedagógico. Os conselhos docente e de classe são também instâncias onde a avaliação se
processa, avaliação essa centrada nos objetivos propostos que obedecem, em sua concepção e em
sua operacionalização, a legislação em vigor.
Em referência às diretrizes curriculares do Ensino Fundamental, estamos trabalhando em
perfeita harmonia e consonância com a Resolução do CNE 02/98, estabelecendo principalmente:
Os princípios de autonomia, responsabilidade, solidariedade e respeito ao bem
comum;
Consciente valorização dos direitos e deveres da cidadania e o respeito à ordem
democrática;
Estimular o conhecimento da identidade pessoal dos alunos, professores e outros
profissionais diretamente envolvidos na proposta pedagógica;
Aceitar de forma clara e indiscutível que as experiências de vida de todos os
envolvidos no ambiente escolar, expressa nas múltiplas formas de diálogo certamente
contribuirão para a constituição de uma identidade afirmativa e persistente,
protagonizando ações autônomas e solidárias relacionadas aos valores da vida cidadã;
Garantir a igualdade de acesso a uma base nacional comum, unificada, assim, uma
legitimidade, unidade e qualidade da ação pedagógica a nível nacional;
O processo de ensino-aprendizagem está voltado para as relações com a
comunidade local, regional e planetária, visando a interação entre a educação
fundamental e a vida cidadã; os conhecimentos e os valores adquiridos constituem a
identidade como cidadãos, capazes de serem protagonistas de ações;
19. Todo nosso trabalho é realizado em clima de cooperação entre diretores, equipes
docentes, visando condições favoráveis de execução, avaliação e aperfeiçoamento, de
uso adequado do espaço físico, do horário e calendários escolares, na forma dos
artigos 12 a 14 da Lei 9.394 de 20/12/1996.
Temos procurado adequar-nos à base comum nacional, sobretudo na parte diversificada,
visando estabelecer uma verdadeira relação entre a educação fundamental, visando entre muitos
aspectos: saúde, sexualidade, vida familiar e social, meio ambiente, trabalho, ciência e
tecnologia, cultura e linguagens; e por outro lado as mais significativas áreas de conhecimento:
Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, Geografia, História, Física, Química, Educação
Religiosa na forma do artigo 33 da Lei 9.394 de 20 de dezembro de 1996.
As diretrizes curriculares, quer do Ensino Fundamental, quer do Ensino Médio, estão
inseridas na Lei 9.394 de 20 de dezembro de 1996, constituindo-se num conjunto de definições
doutrinárias sobre os principais fundamentos e procedimentos a serem observados na
organização pedagógica e curricular da Unidade Escolar, em atendimento ao que manda a lei,
com objetivo de vincular a educação com o mundo do trabalho e a prática social, consolidando,
assim, a preparação para o exercício da cidadania e proporcionando ao mesmo tempo o incentivo
para o trabalho.
A organização curricular da escola Estadual Moysés Bohana deverá ser orientada pelos
valores apresentados na Lei 9.394, a saber:
Os fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, do respeito
ao bem comum e a ordem democrática;
Valores que fortaleçam os vínculos de família, os laços de solidariedade humana e
ainda os de tolerância recíproca.
É por demais importante salientar que a prática administrativa e pedagógica implantada
neste Estabelecimento de Ensino, assim como as formas de convivência, a organização
curricular, os sistemas de ensino e aprendizagem e as formas de avaliação, estão sempre em
coerência com os princípios estéticos, políticos e éticos.
Por outro lado, procuramos adotar a prática da política da igualdade, tendo como ponto
de partida o reconhecimento dos direitos e deveres da cidadania, buscando a prática da igualdade
no acesso aos bens sociais e culturais, o respeito ao bem comum, total responsabilidade no
20. âmbito público e privado, o combate a toda e qualquer forma discriminatória e o respeito aos
princípios do Estado de Direito.
A nossa proposta pedagógica, bem como o currículo, se reveste de competências básicas,
conteúdos e formas de tratamento dos mesmos amparados pelas leis e resoluções vigentes tanto
no Ensino Fundamental, quanto no Ensino Médio, visando de forma sistemática.
O desenvolvimento da capacidade de aprender e continuar aprendendo, da autonomia
intelectual e do pensamento critico e ainda de adaptar-se com flexibilidade a nova
condição de ocupação ou aperfeiçoamento.
Constituição no uso de língua portuguesa, das línguas estrangeiras e outras
linguagens contemporâneas como instrumento de comunicação e como processo de
constituição de conhecimento e de exercício de cidadania.
Competência no uso de língua portuguesa, das línguas estrangeiras e outras
linguagens contemporâneas como instrumentos de comunicação e como processo de
constituição de conhecimento e de exercício de cidadania.
Para que possamos atingir com plenitude as finalidades do Ensino Fundamental e do
Ensino Médio e nosso Estabelecimento de Ensino, procuramos organizar nosso currículo sempre
consciente de:
Ter ciência que os conteúdos não são fins em si mesmos, porém meios básicos para
constituir competências cognitivas ou sociais, priorizando-as sobre as informações;
Ter presente que as linguagens são indispensáveis para a constituição de
conhecimentos e competências;
Adotar metodologias diversificadas de ensino que venham estimular a construção do
conhecimento, a mobilização do raciocínio, a experimentação, a solução de
problemas e competência outras de caráter cognitivos superiores;
Reconhecer que as situações de aprendizagem possam também provocar sentimentos,
requerendo daí o trabalho de afinidade com o aluno.
O nosso estabelecimento fará articulações e parcerias entre as instituições públicas e
privadas, visando à preparação geral para o trabalho, admitindo uma organização integrada dos
anos finais do Ensino Fundamental com o Ensino Médio:
21. Fomentaremos a diversificação de programas de estudos disponíveis, estimulando
alternativas, a partir de uma base comum, de acordo com as características do alunado
e as demandas do meio social, admitidas as opções feitas pelos próprios alunos,
sempre que possível técnica e financeiramente;
Os nossos sistemas de avaliação estão pautados nos valores apresentados na Lei
9.394 de 20/12/1996 e Resoluções Vigentes do Conselho Nacional de Educação
(CNE) e do conselho Estadual de Educação da Bahia (CEE-BA), visando acompanhar
os resultados da diversificação, tendo como referências às competências básicas a
serem alcançadas e a legislação do ensino;
Criação ainda de mecanismos que garantam a liberdade e a responsabilidade do
Estabelecimento, na reformulação ou elaboração das propostas pedagógicas, evitando,
assim, que as instâncias centrais do sistema de ensino burocratizem e ritualizem o que
no espírito da lei deva ser de iniciativa da própria escola em si.
Na observância da interdisciplinaridade partimos do principio de que todo
conhecimento terá que ter uma profunda e permanente afinidade com outros
conhecimentos, podendo ser de questionamento, de negação de complementação, etc.
O ensino deverá ir além da descrição, procurando constituir nos alunos as
capacidades de analisar, explicar, prever e intervir a aqueles objetivos que são mais
facilmente alcançáveis se as disciplinas integradas em áreas de conhecimento,
puderem contribuir, cada uma em sua especificidade, para o estudo comum de
problemas concretos ou para desenvolvimento de projetos de investigação ou ação.
Temos pleno conhecimento que a aprendizagem é decisiva para o pleno
desenvolvimento dos alunos: assim, esperamos que cada disciplina contribua de modo
singular, facilitando aos alunos um desenvolvimento intelectual, social e afetivo mais
completo e integrado;
A responsabilidade da escola é significativa na construção da identidade que
integram conhecimentos, competências e valores, permitindo o exercício pleno da
cidadania e a inserção flexível de modo do trabalho;
Na situação de ensino aprendizagem, o conhecimento é transposto da situação em
que foi criado ou produzido, devendo ser relacionado com prática ou experiência do
aluno a fim de que possa adquirir significado;
22. A relação entre a teoria e a pratica requer concretização cada vez maior dos
conteúdos curriculares em situações mais próximas e familiares dos alunos,
incluindo-se também as do trabalho e do exercício da cidadania;
Toda base nacional comum dos currículos do Ensino Fundamental e Médio será
organizada em áreas de conhecimento, a saber:
I – Linguagem, Códigos e suas tecnologias, objetivando a constituição de
competências e habilidades que permitem ao educando:
Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens como meios
de organização cognitiva pela constituição de significados, expressão, comunicação e
informação;
Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas
manifestações específicas;
Analisar, interpretar e aplicar os recursos expressivos das linguagens, relacionando
textos com seus contextos, mediante a natureza, função, organização, estrutura das
manifestações, de acordo com as condições de produção e recepção;
Compreender, e usar a língua portuguesa como língua materna, geradora de
significação e integradora da organização do mundo e da própria indentidade;
Conhecer e usar as línguas estrangeiras e modernas como instrumento de acesso às
informações e a outra culturas e grupos sociais;
Entender os princípios das tecnologias da comunicação e da informação associá-las
aos conhecimentos científicos, às linguagens que lhe dão suporte e aos problemas que
se propõem solucionar;
Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na escola, no trabalho e em
outros contextos relevantes para sua vida.
II – As Ciências da Natureza, a Matemática e suas Tecnologias, objetivando a
constituição de habilidades e competências que venham permitir ao educando:
Compreender as ciências como construção humana, entendendo como elas se
desenvolvem por acumulação, continuidade ou ruptura de paradigmas, relacionando o
desenvolvimento cientifico com a transformação da sociedade;
Entender e aplicar métodos e procedimentos próprios das ciências naturais;
23. Identificar variáveis relevantes e selecionar os procedimentos necessários para a
produção, análise e interpretação de resultados de processos ou experimentos
científicos e tecnológicos;
Compreender o caráter aleatório e não determinístico dos fenômenos naturais e
sociais, utilizando os instrumentos adequados para medidas, determinação de
amostras e cálculo de probabilidades;
Analisar qualitativamente dados quantitativos representados graficamente ou
relacionados a contextos sócio-econômicos, científicos ou cotidianos;
Procurar entender o impacto das tecnologias associadas às ciências naturais em sua
vida pessoal, nos processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e na
vida social;
Sempre que possível aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais na escola
e em outros contextos relevantes da vida;
Na compreensão dos conceitos, procedimentos e estratégias matemáticas, aplicá-las
a situações diversas no contexto das ciências, da tecnologia e demais atividades
humanas.
III – As Ciências Humanas e suas Tecnologias, objetivando a constituição e
competências e habilidades que venham a permitir ao educando:
A compreensão dos elementos cognitivos, afetivos, sociais e culturais que
constituem a própria identidade e a dos demais;
Compreender a sociedade, sua gênese, a transformação, os inúmeros fatores que
nela intervém, como agente social, processos sociais e como orientadores da dinâmica
dos diferentes grupos de indivíduos;
Compreender o desenvolvimento da sociedade como processo de ocupação de
espaços físicos e as relações da vida humana em seus múltiplos desdobramentos
políticos sociais, culturais, econômicos e humanos;
Traduzir os conhecimentos sobre a pessoa, a sociedade, a economia, as práticas
sociais e culturais em condutas de indagação, análise diante de situações novas;
problemas ou questões da vida pessoal, social, política, econômico, cultural;
Entender os princípios das tecnologias associadas ao conhecimento do indivíduo, da
sociedade e da cultura, entre os quais as do planejamento, organização, fortalecimento
do trabalho e da equipe;
24. Aplicar as tecnologias das ciências humanas e sociais na escola, no trabalho e em
outros contextos relevantes para sua vida.
Tratando-se especificamente do Ensino Médio, a base nacional comum dos currículos
do Ensino Médio deverá contemplar três áreas do conhecimento, com tratamento
metodológico que evidencie a interdisciplinaridade e sua contextualização para:
Educação Física e Arte, como componentes curriculares obrigatórios;
Conhecimento de Filosofia e Sociologia necessária ao exercício da cidadania;
Na base nacional comum e na parte diversificada terá que ser observado que: a
parte diversificada deverá ser integrada à base nacional comum, por contextualização,
complementação, diversificada, enriquecimento, desdobramento, entre outras formas
de integração;
A base nacional comum deverá compreender, pelo menos 75% (setenta e cinco
por cento) do tempo mínimo de 2.400 (duas mil e quatrocentas) horas estabelecido
por carga horária para o Ensino Médio. Além de carga mínima de 2.400 horas, as
escolas terão em sua proposta pedagógica, liberdade de distinção entre a base
nacional comum e a parte diversificada.
A Língua moderna, tanto a obrigatória como as optativas, serão incluídas no
cômputo da carga horária diversificada.
25. SERVIÇO PÚBLICO ESTADUAL
Secretaria da Educação e Cultura do Estado da Bahia
COLÉGIO ESTADUAL MOYSÉS BOHANA
Port. N.° 159 D.O. 12 e 13/01/91
Eixo Principal, S/N - HERNANE SÁ – Fone/Fax (0xx73) 3632-1793
ue69221@hotmail.com
CEP 45656-520 ILHÉUS - BAHIA
Proposta de Avaliação
O papel da escola, hoje, deve ser o de oferecer oportunidades para que os alunos
adquiram competências e habilidades no uso e produção do conhecimento para enfrentamento de
desafios e busca de soluções.
Estamos num momento de profundas transformações, no sistema educacional brasileiro,
daí a necessidade que o processo ensino-aprendizagem reflita sob forma regimental, as diretrizes
emanadas da SEC, com base na nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n°.
9394/96) que estabelece os seguintes critérios:
Avaliação contínua de estudos do desempenho do aluno, com predominância dos
aspectos qualitativos;
Possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar;
Possibilidade de avanços progressivos mediante verificação de aprendizagem;
Aproveitamento de estudos já realizados, com sucesso;
Estudos de recuperação sistemáticos e paralelos, enquanto reorientação;
Aplicação de instrumentos de avaliação que garantam a prevalência dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos;
Aproveitamento diversificado em diferentes situações de aprendizagem;
Melhoria do rendimento escolar, como a ressignificação da dependência.
Com base neste referencial legal que a nova LDB apresenta, na fundamentação teórica
desta proposta e no conhecimento da nossa realidade sócio-econômico e culturas destacamos
alguns princípios que devemos adotar com vistas a uma avaliação reflexiva, crítica e
emancipatória.
1° Princípio: Valorizar a avaliação diagnóstica a partir da verificação do presente para
programar o futuro, ou seja, analisa-se as condições de determinada prática (de uma realidade) a
26. fim de verificar quais são as alterações necessárias para que esta realidade se construa numa
direção desejada e explicita.
2° Princípio: Considerar avaliação como processo contínuo, onde a aprendizagem se dá a
partir da intervenção mediadora do professor em que o mesmo acompanha passo a passo o
caminhar de seus alunos, diagnosticando suas dificuldades e sua natureza para então replanejar
seu fazer pedagógico.
3° Princípio: Promover o desenvolvimento pleno do aluno fazê-lo aprender, a realizar e
desenvolver conhecimentos significativos que o ajudarão na formação como cidadão.
4° Princípio: Socializar com os alunos e os pais os critérios de avaliação que serão
adotados pela escola. O educando deve saber o que vai ser exigido dele e não vincular na reunião
a entrega de notas. Essas reuniões devem ser momentos de interação entre escola e a família, de
formação dos pais.
5° Princípio: Realizar avaliação sócio-afetiva (valores, atitudes, relacionamento,
criatividade etc.), mas sem vinculá-la à nota.
6° Princípio: Não vincular questão de indisciplina com notas e avaliações.
7° Princípio: Alterar a postura diante dos resultados de avaliação, pois, o que se espera de
uma perspectiva transformadora é que os resultados constituam parte de um diagnóstico e que, a
partir dessa análise da realidade, sejam tomadas decisões sobre o que fazer para superar os
problemas constatados: perceber a necessidade do aluno e intervir na realidade para ajudar a
superá-la.
8° Princípio: Estabelecer critérios para organização e funcionamento dos conselhos de
classe (ver proposta da SEC).
9° Princípio: Redimensionar o valor atribuído à “prova”. Considerando que a mesma
provoca uma raptura com o processo ensino-aprendizagem, enfatiza demasiadamente a nota e
acaba servindo apenas para classificar o aluno, não tendo uma repercussão na dinâmica de
trabalho em sala de aula.
10° Princípio: Levar em conta não apenas o que foi aprendido na sala de aula, mas tudo
aquilo que está sendo construído pelos alunos em diversas instâncias e a partir de outras
mediações.
27. OBJETIVOS DA UNIDADE ESCOLAR
- Possibilitar a reflexão crítica sobre a prática pedagógica da escola, no sentido de
reformular seu curso com vistas à melhoria do ensino;
- Criar mecanismos de avaliação permanente, no sentido, da correção das distorções e
melhoria da qualidade de ensino;
- Integração entre os professores, disciplinas a áreas curriculares.
- Propiciar um conjunto de práticas com o propósito de contribuir para que os alunos se
apropriem, de maneira crítica e construtiva, de conteúdos sociais e culturais, considerados
essenciais ao desenvolvimento individual e social;
- Valorizar a pluralidade do patrimônio sócio-cultural brasileiro, posicionando-se contra
qualquer discriminação baseada em diferenças culturais, de classe social, crenças, sexo, raças e
outras características individuais e sociais;
- Favorecer ao aluno um desenvolvimento ajustado de si mesmo e o sentimento de
confiança em suas capacidades: afetiva, física, cognitiva, ética, estética, de inter-relação pessoal
e de inserção social, para agir com perseverança na busca do conhecimento e no exercício da
cidadania;
- Possibilitar a interação entre a comunidade familiar e a comunidade escolar a fim de
garantir um melhor desempenho do aluno com base no apoio dos pais ou responsáveis;
- Conceber a avaliação como um elemento de reflexão contínua da prática, de criação de
novos instrumentos de trabalho, de retomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou
reconhecidos como adequados para o processo de aprendizagem individual dos seus alunos ou de
todo o grupo.
28. METAS DA UNIDADE ESCOLAR
1. Garantir em 100% a efetividade do processo ensino-aprendizagem no ano de 2010;
2. Melhorar a qualidade do trabalho docente em 90% diminuindo a repetência e aprovando
com qualidade;
3. Criar estratégias para garantir a permanência de 90% dos alunos matriculados em 2010;
4. Fomentar em 100% o hábito de leitura e escrita como instrumento para adquirir
conhecimento;
5. Assegurar o desenvolvimento e aplicação da gestão escolar em 100% durante o ano de
2010;
6. Integrar a família na participação da vida escolar do aluno em 60% no decorrer do ano de
2010.
29. SERVIÇO PÚBLICO ESTADUAL
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ACOMPANHAMENTO, CONTROLE E AVALIAÇÃO DO PROJETO
A avaliação, controle e acompanhamento das ações e metas constantes neste projeto, não
deverá se distanciar dos aspectos da aprendizagem nivelada (N), aproximada (A), da distanciada
(D), da ação diagnostica, processual/contínua, da acumulativa e da participativa e emancipatória
e da avaliação do processo ensino-aprendizagem como um todo harmônico, considerando-se
aprovado o aluno que obtiver média 5,0 (cinco); com todos os direitos assegurados pelo
Regimento Escolar que é respaldado na Lei n.° 9.394/96, Atos e Resoluções Estaduais e
Federais.
A avaliação do projeto terá momentos específicos de verificação que serão trabalhados
através de levantamentos estatísticos bimestrais do rendimento dos alunos por disciplina, de
entrada e saída dos professores da Unidade Escolar e do levantamento mensal da freqüência do
professor e do aluno.
O acompanhamento da execução desse projeto será constante e se fará através de análise
nas reuniões semanais das Acs quando se utilizará gráficos comparativos do desenvolvimento
das ações nos aos anteriores, reuniões do Corpo técnico-pedagógico-administrativo, com
apreciação do Colegiado Escolar, pais, alunos e comunidade escolar durante o ano em curso. No
encerramento do ano letivo a UEE terá a oportunidade de apresentar os resultados dos anos
letivos anteriores através de gráficos comparativos e os resultados do ano findo.
30. SERVIÇO PÚBLICO ESTADUAL
Secretaria da Educação e Cultura do Estado da Bahia
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Escola Moysés Bohana inserida no contexto educacional vigente tem o propósito de
colocar sempre a educação de qualidade como o centro de um grande debate pelo
reconhecimento de sua importância como Escola Pública.
Desta forma, enfrenta os desafios constantes no processo de educar transformando
informações em conhecimento frente às exigências e as necessidades do mundo moderno; assim
buscamos através da construção do Projeto Pedagógico, refletir sobre a prática pedagógica, e a
partir das dificuldades encontradas delinear ações e buscar coletivamente soluções e resultados,
os melhores possíveis.
Na elaboração coletiva desse projeto reacendeu-se as expectativas de soluções viáveis
firmadas no resgate, permanência e conquista de uma cidadania consciente, crítica, construtiva,
buscando no espaço público as realizações conscientes dos seus objetivos como verdadeiros
cidadãos.
A Escola realmente está comprometida com o redirecionamento do ensino, portanto é
necessário um Projeto Educativo Pedagógico que complete a reivindicação em torno da
participação de todos, para a conquista da sua autonomia, através do fazer pedagógico de
qualidade.