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GEOINDICADORES PARA AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS
DE CONFORTO TÉRMICO NO ESPAÇO URBANO COMO SUBSÍDIO AO
PLANEJAMENTO URBANO
RESUMO
Os Geoindicadores permitem transmitir de maneira sintética a informação tornando
perceptível a qualidade ambiental do espaço urbano. Este artigo apresenta um estudo de
caso da área central de São Paulo com o objetivo de avaliar as condições ambientais
associadas ao conforto térmico urbano. A aplicação de técnicas do SIG (Sistema de
Informações Geográficas) e do sensoriamento remoto são utilizados para a geração de
mapas temáticos e análise espacial dos atributos hipsometria, superfície de corpos
d’água; orientação das vias, temperaturas de superfície (desenho da ilha de calor da área
central) e uso e ocupação do solo. A técnica de Nucci (1999) é empregada para
avaliação desses atributos. A representatividade dos geoindicadores propostos e a
utilização do SIG demonstram ser bastante úteis aos tomadores de decisão para
avaliação da qualidade ambiental e estudos de projetos de intervenções urbanísticas.
1 INTRODUÇÃO
A qualidade do ambiente urbano é cada vez mais um fator importante para os cidadãos,
em virtude da crescente taxa de urbanização e da percentagem de população urbana nos
últimos séculos. Diversos programas internacionais, como a Agenda 21, Habitat,
Cidades Saudáveis e Cidades Sustentáveis, estabelecem a importância de indicadores
para a avaliação da qualidade ambiental em zonas urbanas.
O município de São Paulo com seu Plano Diretor Estratégico (PDE) aprovado pela Lei
13.430 de 23 de setembro de 2002, mostra que todas as políticas públicas de uso e
ocupação do solo estão integradas às variáveis ambientais. Em seu artigo 185, por
Mônica Kofler Freitas; Magda Adelaide Lombardo
exemplo, menciona-se a formação de ilhas de calor associado ao uso e ocupação do
solo, no entanto, poucos estudos têm sido feito a respeito. O SIG (Sistema de
Informações Geográfica) aliado a diversas técnicas e ao uso de tecnologias avançadas,
faz perfeitamente este papel de integração das diversas variáveis tornando-se bastante
versátil ao planejamento urbano. Entretanto, não é o que se vê ainda hoje de forma
efetiva nas administrações públicas.
Mas para a adoção de estratégias urbanísticas, estas devem estar apropriadas aos
diferentes setores da cidade, objetivando levar variados padrões de urbanização e a
modelos de edificações bioclimáticas voltados a qualidade ambiental em regiões
tropicais. A pesquisa de GIVONI (1998) reforça esta questão citando a importância da
prática do desenho urbano e implantação dos espaços públicos com vegetação e que
estas são bastante exploradas e efetivas tanto no nível governamental como na esfera da
participação privada em países como a Europa e EUA. Um bom exemplo é mostrado no
trabalho publicado de KATZSCHNER (2002), no qual os Planos Estratégicos da
Alemanha são desenvolvidos por bairros através da representação cartográfica,
definindo áreas apropriadas para o adensamento com verticalização, sendo as áreas
verdes localizadas em função do mapeamento das condicionantes geoecológicas, da
circulação do ar e da intensidade de ilhas de calor.
3 GEOINDICADORES URBANOS
O tema qualidade ambiental é bastante complexo, pois neles estão contidos muitos
fatores que podem ser considerados subjetivos, uma vez que leva em conta a percepção
do especialista ou da comunidade interessada em relação ao seu ambiente. O seu
objetivo é auxiliar os tomadores de decisões em políticas setoriais e promover ações
adaptativas e mitigadoras locais. São medidas usadas para comparar regiões ou bairros e
avaliar as condições ambientais em relação às metas desejadas. Existem várias técnicas
e métodos que auxiliam no diagnóstico das condições ambientais, como exemplo, a
aplicação da MADSA®, que adota uma escala para valoração de cada Fator Crítico,
onde a relação entre as categorias tem um significado importante, segundo a
classificação: 1-Péssimo; 2-Ruim; 3-Regular; 4-Bom; 5-Excelente. A Leadership in
Energy and Environmental Design - LEED é um método muito utilizado nas cidades
dos Estados Unidos para certificar a qualidade ambiental (LEED, 2007).
Já o termo geoindicadores é bastante usado em métodos e procedimentos de
monitoramento da superfície ou próximo da superfície de fenômenos que variam ao
longo de um período. É uma medida ou um valor derivado dessa medida que contem
informações sobre padrões em relação ao Estado do ambiente, em atividades antrópicas,
que afetam ou são afetadas pelo meio, ou sobre relações entre variáveis (LEED, 2007).
O conceito de geoindicadores é bastante usado nas áreas de Geomorfologia, Geologia,
Geoquímica, Geofísica, Hidrologia. A novidade está em utilizá-lo em outras áreas em
um formato útil aos profissionais de planejamento urbano, como uma tentativa de
agrupá-los em uma estrutura interdisciplinar (BERGER, 1997). Tavares et al (2007)
enfatiza que a escolha de geoindicadores é de acordo com cada característica do
ambiente analisado. Para Berger (1997) apud Tavares et al (2007) os geoindicadores são
medidas que avaliam a condição atual do meio, qual a causa, qual o efeito e
implicações.
O presente trabalho se detém na aplicação do SIG com o propósito de propor
geoindicadores para avaliação da qualidade ambiental na zona central da cidade de São
Paulo.
4 ESTUDO DE CASO: ÁREA CENTRAL DE SÃO PAULO
A área central da cidade de São Paulo proporciona elementos que caracterizam a
formação do desenho da ilha de calor de forma bastante perceptível. A pesquisa de
Lombardo (1985) evidencia a interação da vegetação e dos espaços edificados
determinando um mapa de temperaturas de superfície, caracterizando assim o fenômeno
de ilhas de calor.
A Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente da cidade de São Paulo, aplicou o
modelo GEO-Global Environment Outlook iniciado pelo PNUMA, onde dados da
imagem do infravermelho termal LANDSAT-7 ETM+ (03/09/1999-passagem às 10h da
manhã), permitiu a representação espacial do desenho da ilha de calor na área central de
São Paulo como exemplo do fenômeno. (GEO CIDADE DE SÃO PAULO, 2004).
Outras pesquisas como a de Lopez apud Tarifa & Azevedo (2001), citam que as
temperaturas máximas absolutas ultrapassam 360
C e são mais freqüente na área central,
chegando ao ápice às 14h definidas pelo fundo de vale (dados da CETESB no período
entre 1983 a 1992). Salvi Sakamoto apud Tarifa & Azevedo (2001) utilizaram técnicas
de medidas relacionadas à “Configuração do Céu” demonstrando que temperaturas mais
elevadas coletadas às 10h da manhã, são superiores a 29,60
C, associadas à localização
da várzea e proximidade de vias de tráfego intenso e contínuo (dados de campo de
01/11/1986 e 18/07/1987).
Hoje o centro é resultado da ocupação e das atividades que vem ocorrendo ao longo dos
anos, de 1940 até os dias atuais, resultante de uma série de intervenções e
investimentos. Em 1965 foi o marco de grandes obras, sucessão de intervenções viárias,
após balizar em grande medida a própria construção da centralidade dominante no
núcleo histórico e em seguida apoiar a ampliação para o centro novo, o que tornou um
fator determinante nas últimas décadas para a crise do centro principal (NAKANO apud
EMURB, 2007). A base de dados disponibilizada pela SEMPLA/PMSP contém dados
cadastrais referentes as áreas construídas de 2000 a 2005, área de terreno, quadras em
cada distrito.
Dada a complexidade e magnitude do objeto de estudo, o caráter fragmentário dos
dados e informações referente à ilha de calor na zona central de São Paulo, o alcance
teórico e metodológico do trabalho se torna limitado, o que exigiria um extenso
levantamento de campo e integração de dados históricos do centro.
Os distritos analisados da área central são: BV = Bela Vista; BM = Belém; BR = Brás;
CA = Cambuci; CO = Consolação; LI = liberdade; MO = Mooca; PA = Pari; RE =
República; SC = Santa Cecília; SE = Sé.
Os atributos adotados baseiam-se na informação do desenho da ilha de calor, copa
arbórea, uso do solo, tipologia das edificações, orientação das vias, superfície de corpos
d’água, porosidade e hipsometria. Os mapas temáticos foram gerados no SIG a partir do
mosaico de imagens de satélite do sensor IKONOS II (faixa espectral pancromática,
resolução de 1 m, datas: 20/08/2000 a 19/07/2004), embora se tenha distorções nas
imagens de satélite com a base cartográfica, foi possível realizar as análises devido as
correções necessárias no SIG. A metodologia de NUCCI (1996) serviu como base para
a avaliação da qualidade ambiental referente a pontuações dada a cada atributo
escolhido, estabelecendo-se uma escala de valores (de A (melhor) para D (pior)) para a
Qualidade Ambiental. Com base nessa proposição, estabelecem-se quatro classes de
pontuações para cada atributo considerado: 4 - muito favorável; 2 - favorável; 3 - pouco
favorável; e 1 - desfavorável. Para melhor análise espacial dos dados, foi utilizado o
software ArcGis 9.2, permitindo a criação dos mapas temáticos para cada atributo.
Todos os dados são normalizados através de índices em porcentagem ao invés de
utilizar os valores absolutos. As particularidades dos aspectos de ocupação foram
levantadas através da interpretação e cruzamento dos dados de hipsometria, isotermas,
estrutura viária, vegetação e edificação.
4.1 Geoindicadores Urbano-Ambiental
4.1.1 Desenho Representativo do Fenômeno da Ilha de Calor na Área Central
A Tabela 1 e Figura 1 apresentam as faixas das isotermas de temperatura de superfície
entre 27,500
C até 30,500
C. As temperaturas mais elevadas, entre 30,0 0
C a 33,0 0
C
localizam-se distribuídas nos distritos de Belém (BM), Brás (BS), Mooca (MO) e Pari
(PA). E as menores temperaturas de superfície encontram-se distribuídas nos distritos
de Bela Vista (BV), Consolação (CO), e Santa Cecília (SC), entre 27,50
C a 28,50
C.
Tabela 1 Avaliação Qualitativa para Desenho da Ilha de Calor
Faixa Isoterma BV BM BR BS CA CO LI MO PA RE SC SE
27,50 - 28,500
4 4 4
28,5 - 29,500
3 3
29,50 - 30, 500
2 2 2
> 30,500
1 1 1 1
Fig. 1 Mapa de do Desenho da Ilha de Calor na Zona Central de São Paulo
4.1.2 Copa Arbórea
A vegetação arbórea é um dos importantes parâmetros para qualificar os distritos em
termos de condições de conforto térmico urbano. O indicador que relaciona a taxa
arbórea foi calculado em função da área de copa arbórea no espaço público e privado,
em quatro intervalos (%). A Tabela 2 apresenta a avaliação qualitativa para cada
distrito.
Tabela 2 Avaliação Qualitativa para Presença da Copa Arbórea
Copa Arbórea (%) BV BM BR BS CA CO LI MO PA RE SC SE
> 12,60 % 4
6,44 - 9,52 % 3 3 3 3
3,25 - 6,44 % 2 2 2 2
0,27 - 3,25 % 1 1 1
A Figura 2 mostra o mapa de distâncias das copas arbóreas em cada distrito, pelo
método de distâncias euclidianas, estabelecendo intervalos de distância da vegetação
entre 0-100, 100-200, 200-300, e >300. Verificou-se que, os distritos de Brás, Belém,
Mooca e Pari possuem áreas escassas de arvores, ou seja, somente acima de trezentos
metros de percurso encontram-se copas arbóreas, caracterizando assim áreas menos
favoráveis as condições de conforto térmico. Dentre os distritos, o Brás se destaca como
escassez de arborização.
Fig. 2 Mapa de Distâncias da Copa Arbórea
4.1.3 Uso do Solo
O índice de área construída por usos em cada distrito foi calculado a partir da base de
dados do cadastro imobiliário da prefeitura municipal, em função do uso por área
construída por metragem quadrada. O critério qualitativo foi definido de acordo com as
predominâncias por zonas encontradas em cada distrito, em quatro intervalos (%). Veja
a classificação na Tabela 3.
Tabela 3 Avaliação Qualitativa para a Predominância de Usos
Uso do Solo (%) BV BM BR BS CA CO LI MO PA RE SC SE
CS c/>% Residencial Vertical
CS c/>% Residencial Horizontal 3 3 3 3 3
> % Comercial e Serviços Verticais 2 2 2 2 2 2 2
CS c/>% Indústrias
4.1.4 Tipologia da Edificação
Adotou-se para o cálculo do índice da tipologia construtiva (verticalidade e
horizontalidade) com base nos dados da SEMPLA/PMSP: Esta análise auxiliou
verificar predominâncias de tipologia vertical e horizontal de forma quantitativa. São
aplicados pontuações para a condição ambiental para cada distrito de acordo com os
quatro intervalos em %, Tabela 4.
Tabela 4 Avaliação Qualitativa da Tipologias das Edificações
Tipologias das Edificações (%) BV BM BR BS CA CO LI MO PA RE SC SE
> % construção alta Espaçada 4 4 4 4
> % Construção Baixa Espaçada 3 3
> % Construção Alta Concentrada
> % Construção Baixa Concentrada 1 1 1 1 1 1
A Figura 3 mostra o mapa de distribuição dos prédios altos, presença de corpos d’água e
das grandes áreas ocupadas por depósitos e indústrias nos distritos.
Fig. 3 Mapa de Tipologia de Uso e Ocupação do Solo Atual
4.1.5 Orientação das Vias – Ventos Predominantes
De acordo com as estações da CETESB nos locais, analisaram-se dados de 1980 a 2004.
Adotou-se como direção predominante dos ventos o Quadrante SE para a carta de
direção dos ventos predominantes na região, Figura 4. A melhor ventilação nas vias
quando estas estão paralelas à direção dos ventos predominantes no verão durante o
período da tarde. Entretanto, é imprescindível estudar com mais detalhe através de
medições locais, pois a ventilação pode variar em função do volume edificado. A
Tabela 5 apresenta a avaliação qualitativa para este indicador.
Tabela 5 Avaliação Qualitativa para Orientação das Vias por ventos
predominantes
Orientação das Vias (%) BV BM BR BS CA CO LI MO PA RE SC SE
>40 % 4 4 4 4 4 4 4 4
30,0 - 40,0 % 3 3
20,0 - 30,0 % 2 2
0,0 - 20,0 %
Fig. 4 Mapa de Orientação dos Ventos Predominantes
4.1.6 Superfícies dos Corpos d’água
O Rio Tamanduateí é o principal afluente do Rio Tietê e encontra-se na zona central
(Distrito de Bom Retiro) e zona Leste do Município. Este possui terraços planos a sub-
planos e uma planície de inundação relativamente pequena orientados no sentido
Sudeste-Noroeste, coincidentes com a direção predominante dos ventos em São Paulo.
O divisor de águas entre o Rio Pinheiros e o Tamanduateí, é denominado por Espigão
Central, apresentado altitudes entre 720 a 780 metros, apresentando uma morfologia do
sítio urbano convergente (AB’SÁBER, 2007). A ligação do Tietê com o Tamanduateí
teria um papel essencial no clima urbano se houvesse um corredor de maciço de
vegetação ao longo destes, porém as maiorias das várzeas estão degradadas ou ocupadas
por construção. A Tabela 6 apresenta a avaliação por faixas.
Tabela 6 Avaliação Qualitativa para Superfície de Corpos d’água
Superfície Corpos d’água (%) BV BM BR BS CA CO LI MO PA RE SC SE
> 4,00 % 4
2,81 - 4,00 %
1,41 - 2,80 % 2 2 2
0,00 - 1,40 % 1 1 1 1 1 1 1 1
4.1.7 Porosidade
O índice de porosidade define os espaços livres não construídos em cada distrito, em
quatro intervalos (%) calculados no ArcGis (Tabela 7). O distrito da Sé se destaca por
apresentar maior porcentagem de espaços livres, devido ao vale do Anhangabaú, o largo
de São Bento e seus jardins entremeados por passeios, banco e jardins.
Tabela 7 Avaliação Qualitativa para Porosidade
Porosidade (%) BV BM BR BS CA CO LI MO PA RE SC SE
44,58 - 50,58 4 4
38,57 - 44,57 3
32,55 - 38,56 2 2 2
26,53 - 32,54 1 1 1 1 1 1
4.1.8 Hipsometria
Adotou-se a observação da variação altimétrica do relevo da área (hipsometria), a carta
de hipsometria foi gerada a partir das curvas de nível existente ao logo da base
cartográfica e analisado no ArcGis as faixas predominantes para cada distrito
compreendidas entre as cotas 786 m a 742 m, subdivididas em quatro intervalos (%)
(Tabela 8). Os condicionantes naturais, situadas nas vertentes oeste do distrito da
Consolação e Bela Vista, menos plana, favoreceram o processo de ocupação e
verticalização de padrão mais alto.
Tabela 8 Avaliação Qualitativa para Hipsometria
Hipsometria (%) BV BM BR BS CA CO LI MO PA RE SC SE
> 786 m 4 4
764 – 786 m 3 3
742 - 764 m
720 - 742 m 1 1 1 1 1 1 1 1
4.2 Avaliação Qualitativa dos Geoindicadores
Os resultados obtidos para a área central encontram-se representados na Tabela 9. De
acordo com a totalização de pontuação encontrada para cada distrito foi calculado o
grau de importância de contribuição para a qualidade de conforto térmico, sendo: A
(64,00 - 72,00%) – para melhor condição; B (56,00 - 63,00%) – satisfatória; C (47,00 -
55,00%) – pouco satisfatória; D (37,50 - 46,00%) – pior condição (Tabela 9).
Tabela 9 Avaliação das Condições Ambientais de Conforto Térmico nos Distritos
Distritos da Área Central
BV BM BR BS CA CO LI MO PA RE SC SE
Total Pontuação 23 14 18 12 13 23 20 13 16 19 20 17
Percentual de
Participação (%)
71,8 43,7 56,2 37,5 40,6 71,8 62,5 40,6 50,0 59,3 62,5 53,1
Avaliação A D C D D A B D C B B B
Segundo o grau de importância, os distritos, Bela Vista (BV) e Consolação (CO),
apresentaram Melhores condições ambientais de conforto térmico urbano, na categoria
A, faixa acima de 70% na categoria Favorável e Muito Favorável os atributos: copa
arbórea, hipsometria, tipologia das edificações (altura), orientação das vias e
temperatura de superfície bem menor. Os distritos Belém, Brás, Cambuci e Mooca
ficaram contidos na categoria D, com piores condições resultantes de escassa vegetação
arbórea, poucos espaços verdes e praças públicas, padrão de edificação horizontal, sem
recuos laterais e frontais, a presença de galpões e depósitos industriais subutilizados e
áreas degradadas. Já os distritos relacionados à categoria C, Bom Retiro e Pari,
apresentaram como pontuações pouco favoráveis: a temperatura de superfície, tipologia
das edificações horizontais e hipsometria. Já na categoria B: República, Santa Cecília,
Sé e Liberdade, faixa de 60% de atributos Favoráveis: a temperatura de superfície,
vegetação, orientação das vias e tipologia das edificações.
5 CONCLUSÃO
Os resultados aqui apresentados, muito embora limitados em função do curto período de
um ano, sugerem que a avaliação da qualidade ambiental através de geoindicadores
pode fornecer respostas balizadoras às políticas públicas que venham contribuir para
uma melhoria constante. Após a avaliação através de geoindicadores, a utilização de
cenários ambientais futuros podem ser utilizadas apontando áreas que devam ser
preservadas ou utilizadas com grandes restrições. No entanto, para a proposição de
geoindicadores de qualquer natureza, é necessária uma análise temporal das imagens de
satélite e complementação com dados meteorológicos e qualidade do ar para melhor
avaliação dos mesmos. A ausência de monitoramento de dados e da integração dos
mesmos restringe a ação integradora do planejamento urbano. Infelizmente a pesquisa
cientifica se depara com esses entraves, o que demanda um espaço maior de tempo e
maior conscientização das autoridades públicas quanto à importância de trabalhar-se
com indicadores subsidiando os tomadores de decisões.
6 AGRADECIMENTOS
A FAPESP – Fundação de Amparo a Pesquisa no Estado de São Paulo; SVMA –
Secretaria do Verde e Meio Ambiente e SEMPLA – Secretaria Municipal de
Planejamento da Cidade de São Paulo.
7 REFERÊNCIAS
AB’SÁBER, AZIZ N. (2007) Geomorfologia do Sítio Urbano de São Paulo. Cotia,
SP: Ateliê Editorial.
BERGER, A. R. (1996) The Geoindicator Concept and its Application: An
introduction. In: BERGER, A. R.; IAMS W. J. Geoindicators: Assessing rapid
environmental changes in earth systems. Balkema, Rotterdam. Cap 1, p. 1-14.
EMPRESA MUNICIPAL DE URBANIZAÇÃO – EMURB. (2004) Caminhos para o
centro: estratégias de desenvolvimento para a região central de São Paulo /fotografia de
Cristiano Mascaro - São Paulo.
GIVONI, B. (1998) Climate Considerations in Building and Urban Design. John
Wiley & Sons, INC..
KATZSCHNER, L. (2002) Thermal Comfort Mapping end Zonning. Designing Open
Spaces in The Urban Environment: A Bioclimatic Approach. In: RUROS:
Rediscovering The Urban Realm and Open Spaces, 22-26.
LEED (Leadership in Energy and Environmental Design). (2007) LEED for
Neighborhood Developments Rating System, US Green Building Council.
Disponível em http://www.usgbc.org/, acessado em 15/08/2007.
LOMBARDO, M. (1985) A Ilhas de Calor nas Metrópoles: o caso de São Paulo. São
Paulo: HUCITEC.
NUCCI, J.C. (1996) Qualidade ambiental e adensamento: um estudo de planejamento
da paisagem do Distrito de Santa Cecília (Município de São Paulo). (Tese de Doutorado
em Geografia Física) F.F.L.C.H. - USP, São Paulo.
SALVI SAKAMOTO APUD TARIFA, J. R., AZEVEDO, T. R. (2001) Os Climas na
Cidade de São Paulo: Teoria e Prática. São Paulo: Pró-Reitoria de cultura e
Extensão. Universidade de São Paulo: Laboratório de climatologia/FFCLH/USP.
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Geoindicadores urbanos avaliam conforto térmico

  • 1. GEOINDICADORES PARA AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS DE CONFORTO TÉRMICO NO ESPAÇO URBANO COMO SUBSÍDIO AO PLANEJAMENTO URBANO RESUMO Os Geoindicadores permitem transmitir de maneira sintética a informação tornando perceptível a qualidade ambiental do espaço urbano. Este artigo apresenta um estudo de caso da área central de São Paulo com o objetivo de avaliar as condições ambientais associadas ao conforto térmico urbano. A aplicação de técnicas do SIG (Sistema de Informações Geográficas) e do sensoriamento remoto são utilizados para a geração de mapas temáticos e análise espacial dos atributos hipsometria, superfície de corpos d’água; orientação das vias, temperaturas de superfície (desenho da ilha de calor da área central) e uso e ocupação do solo. A técnica de Nucci (1999) é empregada para avaliação desses atributos. A representatividade dos geoindicadores propostos e a utilização do SIG demonstram ser bastante úteis aos tomadores de decisão para avaliação da qualidade ambiental e estudos de projetos de intervenções urbanísticas. 1 INTRODUÇÃO A qualidade do ambiente urbano é cada vez mais um fator importante para os cidadãos, em virtude da crescente taxa de urbanização e da percentagem de população urbana nos últimos séculos. Diversos programas internacionais, como a Agenda 21, Habitat, Cidades Saudáveis e Cidades Sustentáveis, estabelecem a importância de indicadores para a avaliação da qualidade ambiental em zonas urbanas. O município de São Paulo com seu Plano Diretor Estratégico (PDE) aprovado pela Lei 13.430 de 23 de setembro de 2002, mostra que todas as políticas públicas de uso e ocupação do solo estão integradas às variáveis ambientais. Em seu artigo 185, por Mônica Kofler Freitas; Magda Adelaide Lombardo
  • 2. exemplo, menciona-se a formação de ilhas de calor associado ao uso e ocupação do solo, no entanto, poucos estudos têm sido feito a respeito. O SIG (Sistema de Informações Geográfica) aliado a diversas técnicas e ao uso de tecnologias avançadas, faz perfeitamente este papel de integração das diversas variáveis tornando-se bastante versátil ao planejamento urbano. Entretanto, não é o que se vê ainda hoje de forma efetiva nas administrações públicas. Mas para a adoção de estratégias urbanísticas, estas devem estar apropriadas aos diferentes setores da cidade, objetivando levar variados padrões de urbanização e a modelos de edificações bioclimáticas voltados a qualidade ambiental em regiões tropicais. A pesquisa de GIVONI (1998) reforça esta questão citando a importância da prática do desenho urbano e implantação dos espaços públicos com vegetação e que estas são bastante exploradas e efetivas tanto no nível governamental como na esfera da participação privada em países como a Europa e EUA. Um bom exemplo é mostrado no trabalho publicado de KATZSCHNER (2002), no qual os Planos Estratégicos da Alemanha são desenvolvidos por bairros através da representação cartográfica, definindo áreas apropriadas para o adensamento com verticalização, sendo as áreas verdes localizadas em função do mapeamento das condicionantes geoecológicas, da circulação do ar e da intensidade de ilhas de calor. 3 GEOINDICADORES URBANOS O tema qualidade ambiental é bastante complexo, pois neles estão contidos muitos fatores que podem ser considerados subjetivos, uma vez que leva em conta a percepção do especialista ou da comunidade interessada em relação ao seu ambiente. O seu objetivo é auxiliar os tomadores de decisões em políticas setoriais e promover ações adaptativas e mitigadoras locais. São medidas usadas para comparar regiões ou bairros e avaliar as condições ambientais em relação às metas desejadas. Existem várias técnicas e métodos que auxiliam no diagnóstico das condições ambientais, como exemplo, a aplicação da MADSA®, que adota uma escala para valoração de cada Fator Crítico, onde a relação entre as categorias tem um significado importante, segundo a classificação: 1-Péssimo; 2-Ruim; 3-Regular; 4-Bom; 5-Excelente. A Leadership in Energy and Environmental Design - LEED é um método muito utilizado nas cidades dos Estados Unidos para certificar a qualidade ambiental (LEED, 2007). Já o termo geoindicadores é bastante usado em métodos e procedimentos de monitoramento da superfície ou próximo da superfície de fenômenos que variam ao longo de um período. É uma medida ou um valor derivado dessa medida que contem informações sobre padrões em relação ao Estado do ambiente, em atividades antrópicas, que afetam ou são afetadas pelo meio, ou sobre relações entre variáveis (LEED, 2007). O conceito de geoindicadores é bastante usado nas áreas de Geomorfologia, Geologia, Geoquímica, Geofísica, Hidrologia. A novidade está em utilizá-lo em outras áreas em um formato útil aos profissionais de planejamento urbano, como uma tentativa de agrupá-los em uma estrutura interdisciplinar (BERGER, 1997). Tavares et al (2007) enfatiza que a escolha de geoindicadores é de acordo com cada característica do ambiente analisado. Para Berger (1997) apud Tavares et al (2007) os geoindicadores são medidas que avaliam a condição atual do meio, qual a causa, qual o efeito e implicações.
  • 3. O presente trabalho se detém na aplicação do SIG com o propósito de propor geoindicadores para avaliação da qualidade ambiental na zona central da cidade de São Paulo. 4 ESTUDO DE CASO: ÁREA CENTRAL DE SÃO PAULO A área central da cidade de São Paulo proporciona elementos que caracterizam a formação do desenho da ilha de calor de forma bastante perceptível. A pesquisa de Lombardo (1985) evidencia a interação da vegetação e dos espaços edificados determinando um mapa de temperaturas de superfície, caracterizando assim o fenômeno de ilhas de calor. A Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente da cidade de São Paulo, aplicou o modelo GEO-Global Environment Outlook iniciado pelo PNUMA, onde dados da imagem do infravermelho termal LANDSAT-7 ETM+ (03/09/1999-passagem às 10h da manhã), permitiu a representação espacial do desenho da ilha de calor na área central de São Paulo como exemplo do fenômeno. (GEO CIDADE DE SÃO PAULO, 2004). Outras pesquisas como a de Lopez apud Tarifa & Azevedo (2001), citam que as temperaturas máximas absolutas ultrapassam 360 C e são mais freqüente na área central, chegando ao ápice às 14h definidas pelo fundo de vale (dados da CETESB no período entre 1983 a 1992). Salvi Sakamoto apud Tarifa & Azevedo (2001) utilizaram técnicas de medidas relacionadas à “Configuração do Céu” demonstrando que temperaturas mais elevadas coletadas às 10h da manhã, são superiores a 29,60 C, associadas à localização da várzea e proximidade de vias de tráfego intenso e contínuo (dados de campo de 01/11/1986 e 18/07/1987). Hoje o centro é resultado da ocupação e das atividades que vem ocorrendo ao longo dos anos, de 1940 até os dias atuais, resultante de uma série de intervenções e investimentos. Em 1965 foi o marco de grandes obras, sucessão de intervenções viárias, após balizar em grande medida a própria construção da centralidade dominante no núcleo histórico e em seguida apoiar a ampliação para o centro novo, o que tornou um fator determinante nas últimas décadas para a crise do centro principal (NAKANO apud EMURB, 2007). A base de dados disponibilizada pela SEMPLA/PMSP contém dados cadastrais referentes as áreas construídas de 2000 a 2005, área de terreno, quadras em cada distrito. Dada a complexidade e magnitude do objeto de estudo, o caráter fragmentário dos dados e informações referente à ilha de calor na zona central de São Paulo, o alcance teórico e metodológico do trabalho se torna limitado, o que exigiria um extenso levantamento de campo e integração de dados históricos do centro. Os distritos analisados da área central são: BV = Bela Vista; BM = Belém; BR = Brás; CA = Cambuci; CO = Consolação; LI = liberdade; MO = Mooca; PA = Pari; RE = República; SC = Santa Cecília; SE = Sé. Os atributos adotados baseiam-se na informação do desenho da ilha de calor, copa arbórea, uso do solo, tipologia das edificações, orientação das vias, superfície de corpos d’água, porosidade e hipsometria. Os mapas temáticos foram gerados no SIG a partir do
  • 4. mosaico de imagens de satélite do sensor IKONOS II (faixa espectral pancromática, resolução de 1 m, datas: 20/08/2000 a 19/07/2004), embora se tenha distorções nas imagens de satélite com a base cartográfica, foi possível realizar as análises devido as correções necessárias no SIG. A metodologia de NUCCI (1996) serviu como base para a avaliação da qualidade ambiental referente a pontuações dada a cada atributo escolhido, estabelecendo-se uma escala de valores (de A (melhor) para D (pior)) para a Qualidade Ambiental. Com base nessa proposição, estabelecem-se quatro classes de pontuações para cada atributo considerado: 4 - muito favorável; 2 - favorável; 3 - pouco favorável; e 1 - desfavorável. Para melhor análise espacial dos dados, foi utilizado o software ArcGis 9.2, permitindo a criação dos mapas temáticos para cada atributo. Todos os dados são normalizados através de índices em porcentagem ao invés de utilizar os valores absolutos. As particularidades dos aspectos de ocupação foram levantadas através da interpretação e cruzamento dos dados de hipsometria, isotermas, estrutura viária, vegetação e edificação. 4.1 Geoindicadores Urbano-Ambiental 4.1.1 Desenho Representativo do Fenômeno da Ilha de Calor na Área Central A Tabela 1 e Figura 1 apresentam as faixas das isotermas de temperatura de superfície entre 27,500 C até 30,500 C. As temperaturas mais elevadas, entre 30,0 0 C a 33,0 0 C localizam-se distribuídas nos distritos de Belém (BM), Brás (BS), Mooca (MO) e Pari (PA). E as menores temperaturas de superfície encontram-se distribuídas nos distritos de Bela Vista (BV), Consolação (CO), e Santa Cecília (SC), entre 27,50 C a 28,50 C. Tabela 1 Avaliação Qualitativa para Desenho da Ilha de Calor Faixa Isoterma BV BM BR BS CA CO LI MO PA RE SC SE 27,50 - 28,500 4 4 4 28,5 - 29,500 3 3 29,50 - 30, 500 2 2 2 > 30,500 1 1 1 1
  • 5. Fig. 1 Mapa de do Desenho da Ilha de Calor na Zona Central de São Paulo 4.1.2 Copa Arbórea A vegetação arbórea é um dos importantes parâmetros para qualificar os distritos em termos de condições de conforto térmico urbano. O indicador que relaciona a taxa arbórea foi calculado em função da área de copa arbórea no espaço público e privado, em quatro intervalos (%). A Tabela 2 apresenta a avaliação qualitativa para cada distrito. Tabela 2 Avaliação Qualitativa para Presença da Copa Arbórea Copa Arbórea (%) BV BM BR BS CA CO LI MO PA RE SC SE > 12,60 % 4 6,44 - 9,52 % 3 3 3 3 3,25 - 6,44 % 2 2 2 2 0,27 - 3,25 % 1 1 1 A Figura 2 mostra o mapa de distâncias das copas arbóreas em cada distrito, pelo método de distâncias euclidianas, estabelecendo intervalos de distância da vegetação entre 0-100, 100-200, 200-300, e >300. Verificou-se que, os distritos de Brás, Belém,
  • 6. Mooca e Pari possuem áreas escassas de arvores, ou seja, somente acima de trezentos metros de percurso encontram-se copas arbóreas, caracterizando assim áreas menos favoráveis as condições de conforto térmico. Dentre os distritos, o Brás se destaca como escassez de arborização. Fig. 2 Mapa de Distâncias da Copa Arbórea 4.1.3 Uso do Solo O índice de área construída por usos em cada distrito foi calculado a partir da base de dados do cadastro imobiliário da prefeitura municipal, em função do uso por área construída por metragem quadrada. O critério qualitativo foi definido de acordo com as predominâncias por zonas encontradas em cada distrito, em quatro intervalos (%). Veja a classificação na Tabela 3. Tabela 3 Avaliação Qualitativa para a Predominância de Usos Uso do Solo (%) BV BM BR BS CA CO LI MO PA RE SC SE CS c/>% Residencial Vertical CS c/>% Residencial Horizontal 3 3 3 3 3 > % Comercial e Serviços Verticais 2 2 2 2 2 2 2 CS c/>% Indústrias
  • 7. 4.1.4 Tipologia da Edificação Adotou-se para o cálculo do índice da tipologia construtiva (verticalidade e horizontalidade) com base nos dados da SEMPLA/PMSP: Esta análise auxiliou verificar predominâncias de tipologia vertical e horizontal de forma quantitativa. São aplicados pontuações para a condição ambiental para cada distrito de acordo com os quatro intervalos em %, Tabela 4. Tabela 4 Avaliação Qualitativa da Tipologias das Edificações Tipologias das Edificações (%) BV BM BR BS CA CO LI MO PA RE SC SE > % construção alta Espaçada 4 4 4 4 > % Construção Baixa Espaçada 3 3 > % Construção Alta Concentrada > % Construção Baixa Concentrada 1 1 1 1 1 1 A Figura 3 mostra o mapa de distribuição dos prédios altos, presença de corpos d’água e das grandes áreas ocupadas por depósitos e indústrias nos distritos. Fig. 3 Mapa de Tipologia de Uso e Ocupação do Solo Atual
  • 8. 4.1.5 Orientação das Vias – Ventos Predominantes De acordo com as estações da CETESB nos locais, analisaram-se dados de 1980 a 2004. Adotou-se como direção predominante dos ventos o Quadrante SE para a carta de direção dos ventos predominantes na região, Figura 4. A melhor ventilação nas vias quando estas estão paralelas à direção dos ventos predominantes no verão durante o período da tarde. Entretanto, é imprescindível estudar com mais detalhe através de medições locais, pois a ventilação pode variar em função do volume edificado. A Tabela 5 apresenta a avaliação qualitativa para este indicador. Tabela 5 Avaliação Qualitativa para Orientação das Vias por ventos predominantes Orientação das Vias (%) BV BM BR BS CA CO LI MO PA RE SC SE >40 % 4 4 4 4 4 4 4 4 30,0 - 40,0 % 3 3 20,0 - 30,0 % 2 2 0,0 - 20,0 % Fig. 4 Mapa de Orientação dos Ventos Predominantes
  • 9. 4.1.6 Superfícies dos Corpos d’água O Rio Tamanduateí é o principal afluente do Rio Tietê e encontra-se na zona central (Distrito de Bom Retiro) e zona Leste do Município. Este possui terraços planos a sub- planos e uma planície de inundação relativamente pequena orientados no sentido Sudeste-Noroeste, coincidentes com a direção predominante dos ventos em São Paulo. O divisor de águas entre o Rio Pinheiros e o Tamanduateí, é denominado por Espigão Central, apresentado altitudes entre 720 a 780 metros, apresentando uma morfologia do sítio urbano convergente (AB’SÁBER, 2007). A ligação do Tietê com o Tamanduateí teria um papel essencial no clima urbano se houvesse um corredor de maciço de vegetação ao longo destes, porém as maiorias das várzeas estão degradadas ou ocupadas por construção. A Tabela 6 apresenta a avaliação por faixas. Tabela 6 Avaliação Qualitativa para Superfície de Corpos d’água Superfície Corpos d’água (%) BV BM BR BS CA CO LI MO PA RE SC SE > 4,00 % 4 2,81 - 4,00 % 1,41 - 2,80 % 2 2 2 0,00 - 1,40 % 1 1 1 1 1 1 1 1 4.1.7 Porosidade O índice de porosidade define os espaços livres não construídos em cada distrito, em quatro intervalos (%) calculados no ArcGis (Tabela 7). O distrito da Sé se destaca por apresentar maior porcentagem de espaços livres, devido ao vale do Anhangabaú, o largo de São Bento e seus jardins entremeados por passeios, banco e jardins. Tabela 7 Avaliação Qualitativa para Porosidade Porosidade (%) BV BM BR BS CA CO LI MO PA RE SC SE 44,58 - 50,58 4 4 38,57 - 44,57 3 32,55 - 38,56 2 2 2 26,53 - 32,54 1 1 1 1 1 1 4.1.8 Hipsometria Adotou-se a observação da variação altimétrica do relevo da área (hipsometria), a carta de hipsometria foi gerada a partir das curvas de nível existente ao logo da base cartográfica e analisado no ArcGis as faixas predominantes para cada distrito compreendidas entre as cotas 786 m a 742 m, subdivididas em quatro intervalos (%) (Tabela 8). Os condicionantes naturais, situadas nas vertentes oeste do distrito da Consolação e Bela Vista, menos plana, favoreceram o processo de ocupação e verticalização de padrão mais alto.
  • 10. Tabela 8 Avaliação Qualitativa para Hipsometria Hipsometria (%) BV BM BR BS CA CO LI MO PA RE SC SE > 786 m 4 4 764 – 786 m 3 3 742 - 764 m 720 - 742 m 1 1 1 1 1 1 1 1 4.2 Avaliação Qualitativa dos Geoindicadores Os resultados obtidos para a área central encontram-se representados na Tabela 9. De acordo com a totalização de pontuação encontrada para cada distrito foi calculado o grau de importância de contribuição para a qualidade de conforto térmico, sendo: A (64,00 - 72,00%) – para melhor condição; B (56,00 - 63,00%) – satisfatória; C (47,00 - 55,00%) – pouco satisfatória; D (37,50 - 46,00%) – pior condição (Tabela 9). Tabela 9 Avaliação das Condições Ambientais de Conforto Térmico nos Distritos Distritos da Área Central BV BM BR BS CA CO LI MO PA RE SC SE Total Pontuação 23 14 18 12 13 23 20 13 16 19 20 17 Percentual de Participação (%) 71,8 43,7 56,2 37,5 40,6 71,8 62,5 40,6 50,0 59,3 62,5 53,1 Avaliação A D C D D A B D C B B B Segundo o grau de importância, os distritos, Bela Vista (BV) e Consolação (CO), apresentaram Melhores condições ambientais de conforto térmico urbano, na categoria A, faixa acima de 70% na categoria Favorável e Muito Favorável os atributos: copa arbórea, hipsometria, tipologia das edificações (altura), orientação das vias e temperatura de superfície bem menor. Os distritos Belém, Brás, Cambuci e Mooca ficaram contidos na categoria D, com piores condições resultantes de escassa vegetação arbórea, poucos espaços verdes e praças públicas, padrão de edificação horizontal, sem recuos laterais e frontais, a presença de galpões e depósitos industriais subutilizados e áreas degradadas. Já os distritos relacionados à categoria C, Bom Retiro e Pari, apresentaram como pontuações pouco favoráveis: a temperatura de superfície, tipologia das edificações horizontais e hipsometria. Já na categoria B: República, Santa Cecília, Sé e Liberdade, faixa de 60% de atributos Favoráveis: a temperatura de superfície, vegetação, orientação das vias e tipologia das edificações. 5 CONCLUSÃO Os resultados aqui apresentados, muito embora limitados em função do curto período de um ano, sugerem que a avaliação da qualidade ambiental através de geoindicadores pode fornecer respostas balizadoras às políticas públicas que venham contribuir para
  • 11. uma melhoria constante. Após a avaliação através de geoindicadores, a utilização de cenários ambientais futuros podem ser utilizadas apontando áreas que devam ser preservadas ou utilizadas com grandes restrições. No entanto, para a proposição de geoindicadores de qualquer natureza, é necessária uma análise temporal das imagens de satélite e complementação com dados meteorológicos e qualidade do ar para melhor avaliação dos mesmos. A ausência de monitoramento de dados e da integração dos mesmos restringe a ação integradora do planejamento urbano. Infelizmente a pesquisa cientifica se depara com esses entraves, o que demanda um espaço maior de tempo e maior conscientização das autoridades públicas quanto à importância de trabalhar-se com indicadores subsidiando os tomadores de decisões. 6 AGRADECIMENTOS A FAPESP – Fundação de Amparo a Pesquisa no Estado de São Paulo; SVMA – Secretaria do Verde e Meio Ambiente e SEMPLA – Secretaria Municipal de Planejamento da Cidade de São Paulo. 7 REFERÊNCIAS AB’SÁBER, AZIZ N. (2007) Geomorfologia do Sítio Urbano de São Paulo. Cotia, SP: Ateliê Editorial. BERGER, A. R. (1996) The Geoindicator Concept and its Application: An introduction. In: BERGER, A. R.; IAMS W. J. Geoindicators: Assessing rapid environmental changes in earth systems. Balkema, Rotterdam. Cap 1, p. 1-14. EMPRESA MUNICIPAL DE URBANIZAÇÃO – EMURB. (2004) Caminhos para o centro: estratégias de desenvolvimento para a região central de São Paulo /fotografia de Cristiano Mascaro - São Paulo. GIVONI, B. (1998) Climate Considerations in Building and Urban Design. John Wiley & Sons, INC.. KATZSCHNER, L. (2002) Thermal Comfort Mapping end Zonning. Designing Open Spaces in The Urban Environment: A Bioclimatic Approach. In: RUROS: Rediscovering The Urban Realm and Open Spaces, 22-26. LEED (Leadership in Energy and Environmental Design). (2007) LEED for Neighborhood Developments Rating System, US Green Building Council. Disponível em http://www.usgbc.org/, acessado em 15/08/2007. LOMBARDO, M. (1985) A Ilhas de Calor nas Metrópoles: o caso de São Paulo. São Paulo: HUCITEC.
  • 12. NUCCI, J.C. (1996) Qualidade ambiental e adensamento: um estudo de planejamento da paisagem do Distrito de Santa Cecília (Município de São Paulo). (Tese de Doutorado em Geografia Física) F.F.L.C.H. - USP, São Paulo. SALVI SAKAMOTO APUD TARIFA, J. R., AZEVEDO, T. R. (2001) Os Climas na Cidade de São Paulo: Teoria e Prática. São Paulo: Pró-Reitoria de cultura e Extensão. Universidade de São Paulo: Laboratório de climatologia/FFCLH/USP. Este trabalho está licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial- Vedada a Criação de Obras Derivadas 2.5 Brasil. Para ver uma cópia desta licença, visite http:// creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/2.5/br/ ou envie uma carta para Creative Commons, 171 Second Street, Suite 300, San Francisco, California 94105, USA.