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Centro Universitário UNA
MBA Comunicação Digital e Mídias Sociais

Admilson Veloso da Silva1

GEOMARKETING DIGITAL: análise sobre as mudanças no comportamento do
consumidor a partir do uso de GPS em aplicativos para check-in

Belo Horizonte
2013

1

MBA em Comunicação Digital e Mídias Sociais pelo Centro Universitário UNA, jornalista e analista de mídias
sociais. Contato: milsonveloso@hotmail.com
Admilson Veloso da Silva

GEOMARKETIN DIGITAL: análise sobre as mudanças no comportamento do
consumidor a partir do uso de GPS em aplicativos para check-in

Artigo apresentado como requisito de
avaliação do curso MBA em Comunicação
Digital e Mídias Sociais do Centro
Universitário UNA para obtenção do título de
especialista pós-graduado.

Professor orientador: Dirceu Belém.

Belo Horizonte
2013
Resumo
A utilização de dispositivos móveis tem transformado não apenas a forma como nos
comunicamos enquanto pessoas, mas também a maneira como as empresas se comunicam
conosco. Ao mesmo tempo, as novas tecnologias oferecem uma série de recursos, como o
Sistema de Posicionamento Global (GPS) associado a aplicativos, permitindo aos usuários
gerar sua geolocalização. Essa mesma inovação produz um banco com dados que pode
direcionar o marketing feito para o meio digital. O presente estudo se propõe a analisar as
implicações trazidas pelo comportamento do internauta que faz check-in por meios desses
aplicativos e quais as possibilidades que surgem com o fenômeno para o geomarketing.

Palavras-chave: Geomarketing, Aplicativos, Marketing Digital, Mobile Marketing,
Comunicação Digital

Abstract
The use of mobile devices has transformed not only the way we communicate as individuals
but also the way businesses communicate with us. At the same time, new technologies offer a
number of features such as the Global Positioning System (GPS) associated with applications,
allowing users to generate your map. This same innovation produces a database with data that
can drive marketing done for the digital medium. The present study aims to analyze the
implications brought by the behavior of the Internet users that make check-in using these
applications and what are the possibilities that come with the phenomenon for geomarketing.
Keywords: Geomarketing, Apps, Digital Marketing, Mobile Marketing, Digital
Communication
SUMÁRIO
1 – INTRODUÇÃO..................................................................................................................3
2 – METODOLOGIA...............................................................................................................3
3 – O MARKETING E SUAS TRANSFORMAÇÕES AO LONGO DOS ANOS.............4
4 – GEOMARKETING COMO ESTRATÉGIA DE CONCORRÊNCIA...........................6
5 – MARKETING DIGITAL: A INTERNET E SUAS POSSIBILIDADES.....................7
6 – O MOBILE EM CENA PARA MUDAR OS NEGÓCIOS.............................................8
7 – MOBILE MARKETING E M-COMMERCE...................................................................9
8 – APLICATIVOS COM GPS PARA DISPOSITIVOS MÓVEIS...................................10
9 – PESQUISA COM INTERNAUTAS SOBRE CHECK-IN EM APLICATIVOS........12
10 – MARKETING EM APLICATIVOS............................................................................14
11 – CONSIDERAÇÕES FINAIS E CONCLUSÃO..........................................................15
12 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................16
13 – REFERÊNCIAS DA INTERNET................................................................................17
3

1 - INTRODUÇÃO

As novas tecnologias, a exemplo dos computadores portáteis e smartphones, transformaram a
forma como os seres humanos se comunicam. O impacto dessas mudanças é refletido em
questões sociais, políticas e econômicas, tanto em níveis locais quanto em escala global. O
advento das redes sociais levou para a Internet muitos dos comportamentos existentes na
sociedade tradicional. Ao mesmo tempo, o aprimoramento dessas ferramentas, a criação de
aplicativos que facilitam o dia a dia e outras invenções também afetam as relações empresaconsumidor.
É neste cenário que o uso da tecnologia do Sistema de Posicionamento Global (GPS, na sigla
em inglês), associada aos aplicativos, transportam os clientes para dentro das organizações no
mundo digital. Mas o que esse fenômeno representa no comportamento do consumidor?
Quais são as mudanças que esse fenômeno provoca no geomarketing e no marketing digital?

2 - METODOLOGIA

O processo de desenvolvimento da pesquisa foi dividido em cinco etapas para facilitar o
estudo: pesquisa e análise bibliográfica do tema em estudo; levantamento de conteúdo e dados
sobre aplicativos que utilizam GPS e check-in no mundo digital; pesquisa quantitativa e não
probabilística sobre check-in a partir de aplicativos que usam GPS; análise do material e
redação do artigo. A primeira seção reúne a bibliografia que trata dos principais temas
estudados. A partir daí, é feita uma análise do material e elaborado um referencial teórico para
embasar as próximas fases.
A segunda seção compreende o levantamento de dados sobre o uso de aplicativos e
dispositivos móveis no Brasil. A terceira, apresenta uma pesquisa com consumidores sobre o
uso de aplicativos com GPS para check-in e o comportamento desse público. Os
levantamentos foram virtuais, por meio de formulário do Google Drive. A penúltima seção
traz a análise do material, aplicando as teorias estudadas, para verificação do problema
levantado pela pesquisa. Na última, são feitas as considerações finais e conclusão do estudo.
4

3 – O MARKETING E SUAS TRANSFORMAÇÕES AO LONGO DOS ANOS

O marketing sempre foi usado como uma estratégia para as empresas conquistarem a atenção
dos consumidores para seus produtos e, consequentemente, aumentar as vendas. Desde o
começo, porém, essa ferramenta vem passando por mudanças. Durante a Revolução
Industrial, período considerado por Kotler (2010), como o início do marketing, a atenção era
voltada para os produtos. O autor cita Henry Ford como exemplo, ao dizer que os produtos da
época eram básicos e concebidos para servir ao mercado de massa.
Para os pesquisadores Kotler e Levy (apud Cobra e Brezzo, 2010), o marketing tinha como
função manter o contato da organização com seus consumidores, investigar suas necessidades,
desenvolver produtos que cobrem essas necessidades, desenhar a forma de distribuí-los e
construir um programa de comunicação para expressar os propósitos da organização.
Posteriormente, com o crescimento dos meios de comunicação e o desenvolvimento da
tecnologia da informação, o marketing se tornou mais complexo. As transformações
refletiram o comportamento do consumidor, que passou a ter mais opções de produtos para
escolher e conteúdo sobre quais são os melhores. Nessa era, as campanhas começaram a ser
direcionadas para os clientes, na tentativa de conquistar seus corações e mentes.
A terceira fase apontada por Kotler (2010) na evolução do marketing se refere ao período
atual. De acordo com o autor, hoje é preciso não apenas valorizar o consumidor, colocando-o
como centro da atenção ao elaborar estratégias de vendas. Ele revisou a própria teoria para
adequar os conceitos elaborados na década de 1960 à nova realidade.
Para conquistar o cliente, segundo o pesquisador, as empresas necessitam trabalhar valores
que satisfaçam a demanda do público quanto a uma mudança em escala global de
comportamento social, a exemplo de conceitos de sustentabilidade agregados aos produtos e
marcas.
Confira na Tabela 1 abaixo os três períodos - descritos por Kotler (2010) como Marketing 1.0,
Marketing 2.0 e Marketing 3.0 - e suas principais características:
5

Tabela 1 – Os três períodos do Marketing, segundo Kotler (2010)

Assim como Kotler, Godin (2000) divide a história do marketing. Porém, ele considera
apenas duas partes: o Marketing de Interrupção e o Marketing de Permissão. Segundo o autor,
a primeira fase diz respeito a todo o período e estratégias em que o consumidor precisava ser
interrompido na sua atividade para receber a informação sobre o produto.
Ele cita a televisão como exemplo, que para a programação no intuito de transmitir a
publicidade. Essa interrupção não era uma escolha do cliente, que se sentia obrigado a
consumir o conteúdo no intervalo. O mesmo acontece com revistas e jornais, ao incluir no
meio das notícias páginas para os anúncios.
Em contraponto a esse modelo, apontado como ultrapassado por Godin (2000), surge a
possibilidade de um marketing mais direto, personalizado, ao que ele denomina de Marketing
de Permissão. Nesta nova etapa, potencializada pela Internet e novos meios de comunicação,
o espectador não é apenas um receptor do conteúdo produzido para o público de massa.
Segundo o pesquisador, há uma mudança na relação das empresas com os consumidores,
tornando-a mais íntima. A transformação faz com que a publicidade apresente mensagens
com um tom mais pessoal. O “Marketing de Permissão transforma os estranhos em amigos e
os amigos em clientes”, explica.
6

4 – GEOMARKETING COMO ESTRATÉGIA DE CONCORRÊNCIA

A área de geomarketing inclui diversas características da prática tradicional, porém, com sua
base na utilização de data e informações referentes à geolocalização do cliente. Também
conhecida como marketing geográfico, a disciplina pode ser aplicada no planejamento de
estratégia para definir aspectos de Produto, Preço, Promoção e, especialmente, Praça. Por
meio dela, é possível entender melhor a realidade do consumidor e, consequentemente,
determinar a forma como ele será abordado pela empresa.
Segundo Cobra e Brezzo (2010), o geomarketing tem uma utilidade especial de facilitar a
segmentação do mercado, pois oferece variáveis econômicas, sociais e demográficas, além da
localização. Os autores afirmam que ele seria como uma fusão da pesquisa de mercados com
a cartografia digital. Essa união permite que a informação sobre os consumidores e o mercado
sejam localizadas em um mapa GIS (Sistema Geográfico de Informação, do inglês
Geograpchical Information System), para criar uma representação visual do mercado.
Para o funcionamento do geomarketing, Cobra e Brezzo (2010) explicam que são necessários
três elementos básicos: software cartográfico, base de dados e dados cartográficos digitais. A
partir deles, pode-se levantar informações que auxiliarão na sua estruturação e
direcionamento.
Os pesquisadores ainda apontam seis objetivos principais para a disciplina, sendo eles:
analisar e localizar clientes; definir e identificar o público-alvo das campanhas; desenhar e
avaliar o canal de distribuição; definir a dimensão do mercado; determinar a localização de
filiais, depósitos e centros de abastecimento; indicar percursos para facilitar a logística e
reduzir custos.
Diferentemente do que os estudiosos acima acreditam, Cliquet (2006) critica o fato de o
geomarketing simplificar demais e até mesmo mascarar a complexidade do comportamento
do consumidor, deixando de levar em consideração características e dados relevantes para o
entendimento do público.
Segundo ele, a disponibilidade de bases de dados, que são muitas vezes sucintas, contendo
apenas dados sócio-demográficos e endereços, não é suficiente para entender essa questão.
“Parece, portanto, necessário desenvolver uma abordagem fiel a comercialização do espaço, a
7

fim de melhorar a tomada de decisão, seja no local de ou na gestão dos elementos do mix de
marketing” (CLIQUET, 2006).

5 – MARKETING DIGITAL: A INTERNET E SUAS POSSIBILIDADES

O marketing foi uma das áreas que ganhou novas características a partir do desenvolvimento
das Tecnologias da Informação e Comunicação (conhecidas pela sigla TICs). Outras
particularidades e demandas surgiram no cenário dominado por computadores, tablets,
smartphones e outros dispositivos. Com o advento desse novo mercado, os profissionais
precisaram descobrir formas de transmitir o conteúdo no mundo virtual, dando origem ao
Marketing Digital ou Marketing de Internet, como nomeiam Cobra e Brezzo (2010).

Os dois autores identificam o começo desse formato na década de 1990, mas afirmam que ele
só ganhou maior impulso nos anos 2000. Para eles, o novo modelo pode ser definido como
uma variação que combina os princípios convencionais de marketing com as facilidades
interativas da Web. “O propósito é comercializar produtos e serviços através de um conjunto
de ações coordenadas pelas Internet” (COBRA e BREZZO, 2010).

Os estudiosos identificam cinco agentes econômicos dessa fase, chamada por eles de
Sociedade da Informação, que representam os impactos das tecnologias criadas nas últimas
décadas: 1) o conhecimento se torna a chave da nova economia; 2) crescem as atividades
virtuais; 3) Interconexão econômica; 4) ampliação e microssegmentação de mercados ao
mesmo tempo; e 5) desaparecimento das distâncias geográficas.

As transformações fizeram com que os consumidores se tornassem mais exigentes. Agora, por
exemplo, eles exigem uma resposta mais rápida para as suas demandas e um atendimento
personalizado, criando desafios para o marketing. Kotler, Kartajaya e Setiawan (2010),
também fazem a situação do mercado ao comportamento das pessoas.

A transformação social trouxe impactos para esses públicos e para o marketing. Para eles, a
nova onda de tecnologia se tornou o principal motor para o nascimento do que chamam de
8

Marketing 3.0. Nesta era, o consumidor não quer mais apenas consumir, mas também
interagir e produzir conteúdo.

Dentre as configurações do marketing surgido com as TICs, está a participação do cliente
como influenciador de decisões na Internet. Um blog, as contas em redes sociais como
Facebook e Twitter ou um canal de vídeo no YouTube funcionam como disseminadores de
opinião. “A influência que a publicidade corporativa tem em moldar o comportamento de
compra vai diminuir consequentemente”, avaliam os especialistas.
Essa mudança na postura do público também é destacada por Chris Anderson (2006) no
clássico sobre o tema, “A Cauda Longa”:
Junto com a fragmentação dos mercados está chegando a fragmentação do
marketing. Um padrão para todos os anúncios em meios de transmissão já não
influenciam os consumidores que não estão vendo aquela mídia ou respondendo a
mensagens que não são realmente destinadas a eles. Na inversão de poder que tem
acompanhado a ascensão dos usuários – dirigidos pela Web – indivíduos são mais
confiáveis, instituições, menos – as mensagens mais eficazes vêm dos amigos. Nada
vence o boca-a-boca e, como vimos, a Web é o maior amplificador que o mundo já
viu (ANDERSON, 2010).

Apesar disso, algumas iniciativas podem ser tomadas no intuito de aproveitar os benefícios da
Web. Há empresas que criam e administram seus perfis nas mídias sociais como canais de
relacionamento com o público, patrocinam postagens em blogs populares das suas áreas ou
simplesmente fazem publicidade no meio digital. A melhor forma de vender para essas
pessoas da “Cauda Longa”, na visão de Anderson (2006), é procurar saber quem as influencia
na rede e focar as energias nesses pontos específicos. “Isso começa com o ‘fazer menos’ em
mensagens (falar) e praticar mais a escuta”, aconselha.

6 – O MOBILE EM CENA PARA MUDAR OS NEGÓCIOS

Mais brasileiros estão usando celulares e com recursos multimídias. Uma pesquisa realizada
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base na avaliação dos dados
levantados entre 2005 e 2011 pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD)
mostra que já são 115,4 milhões proprietários dos aparelhos no Brasil. Outra apuração, desta
9

vez realizada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), indica que o país tinha
245,2 milhões de celulares em janeiro de 2012. Além disso, os números apontam que são
mais de 50,8 milhões de acessos à Internet por meio de terminais 3G, com a banda larga
móvel.
Indo ao encontro dessas informações, um estudo feito pelo instituto norte-americano Nielsen
no primeiro semestre de 2012, entrevistando mil pessoas acima dos 16 anos, aponta que
existem mais dispositivos com acesso à Web do que aqueles sem a tecnologia no Brasil. Na
época, 36% dos brasileiros utilizavam smartphones e outros 21% tinham aparelhos com
multimídia – incluindo Internet - na contramão dos 44% com poucos recursos.
A utilização da Web a partir dos dispositivos móveis também influencia as características
sobre o comportamento do consumidor. É o que avalia Dodge e Kitchin (2000) e Harpold
(1999) em análise feita por Brunn, Cutter e Harrington (2004), ao citar que a introdução da
conexão mobile amplifica as complexidades das geografias digitais contemporâneas:
Essas tecnologias permitem um tipo de interação completamente novo, seja a
comunicação “boca-a-boca” ou os novos usos do ambiente construído, fundindo o
acesso a informação e comunicações instantâneas em todo o mundo por meios
portátil e pessoal. Estamos nos tornando indivíduos digitais únicos e poderosos
dentro de sociedades digitais múltiplas (BRUNN, CUTTER e HARRINGTON,
2004).

Enquanto caminhamos para nos tornar uma sociedade ainda mais conectada, seja por meio de
computadores, laptops, tablets ou celulares, o marketing também evolui para acompanhar
esse movimento. Entende-se que ele precisa estar nos lugares e aparelhos que os
consumidores utilizam e, mais importante, conhecer o seu comportamento para se adequar às
suas expectativas e exigências.

7 – MOBILE MARKETING E M-COMMERCE

Nos primeiros anos, lá pela década de 80, sua função principal era realizar chamadas
telefônicas com uma mobilidade maior para o usuário. Depois, o celular passou a oferecer a
possibilidade de envio de mensagens curtas de texto (na sigla SMS, do inglês Short Message
Service), aos poucos foi evoluindo, permitiu a transmissão de dados multimídia (MMS,
10

Multimedia Message Service) e, nos anos 2000, veio uma revolução: a transmissão de dados e
o acesso à Internet.
O desenvolvimento dos telefones celulares foi seguido pelo marketing e pelo comércio
eletrônico nessas plataformas – denominado de m-commerce -, que se adaptou às novas
tecnologias agregadas aos aparelhos. Na contemporaneidade, as possibilidades são ampliadas
pela descoberta ou invenção e incorporação de funcionalidades aos dispositivos, a exemplo do
sistema de posicionamento global (GPS).
O pesquisador Mahesh S. Raisinghani (2004) indicou, há quase uma década, que enquanto a
Internet já se tornou uma forma legitimada de comércio que transformou o jeito como o
mundo faz negócios, esse processo estava prestes a mudar novamente pelos dispositivos
portáteis que utilizam a rede sem fio para conexão.
Apesar dos avanços nos últimos anos, Raisinghani (2004) alerta sobre as dificuldades na
infraestrutura, ainda encontradas em alguns pontos, como a baixa velocidade e a qualidade
questionável da Internet ofertada pelas operadoras para esses aparelhos no Brasil. Contudo, o
mercado permitido por meio dos telefones móveis é amplo e de crescimento rápido:
A comunicação móvel está se tornando uma necessidade essencial para os
indivíduos e empresas nas suas ações diárias. Utilizando o comércio mobile, as
organizações podem oferecer serviços aos consumidores que são facilmente
acessados nos dispositivos móveis a qualquer hora e em qualquer lugar
(RAISINGHANI, 2004).

Nesse sentido, percebe-se um vasto campo a ser explorado pelo mercado do marketing, para
chegar aos corações e “mãos” dos internautas de celulares. Enviar SMS foi uma estratégia
utilizada no começo e, hoje, os profissionais já têm acesso a uma série de novas
funcionalidades para atrair a atenção do usuário. Dentre elas, está a veiculação do marketing
em aplicativos, objeto deste estudo.

8 – APLICATIVOS COM GPS PARA DISPOSITIVOS MÓVEIS

Os aplicativos para dispositivos móveis são um formato de software desenvolvido
especificamente para rodar nessas plataformas. Associados a outras funcionalidades dos
11

aparelhos, como o acesso à Internet ou ao Sistema de Posicionamento Global (GPS), eles
permitem que o usuário tenha à mão dados e informações externas ao equipamento.
Enquanto alguns dos aplicativos já vêm instalados, outros podem ser baixados em lojas
virtuais, como a App Store e o Google Play, gratuitamente ou pagos. Eles podem ser
adaptados para os sistemas Android (Google) e iOS (Apple), ou somente para um.
Atualmente, o desenvolvimento e comércio desses produtos tem sido tema de debates no
Brasil e ainda não há dados concretos do setor sobre o crescimento desse mercado.
Por meio do recurso de GPS, os aplicativos conseguem levantar dados geográficos e
compartilhar informações dos usuários sobre o geoposicionamento. Uma das opções, em boa
parte deles, é cadastrar e selecionar estabelecimentos em uma área para marcar como visitado
(check-in). Porém, também é possível localizar outras pessoas na mesma região e
compartilhar conteúdo.
O pesquisador Jake Rutter (2012) infere, ao analisar sites que utilizam esses recursos, que os
“aplicativos baseados na geolocalização estão começando a ganhar mais popularidade”. Isso
ocorre devido à praticidade que o internauta tem, por exemplo, em verificar quais são os
restaurantes em determinada parte da cidade e quais as recomendações que os outros clientes
deixaram ao passar pelo estabelecimento.
Em certos casos, os empresários desenvolvem aplicativos próprios para cada comércio, com o
intuito de facilitar a relação com o consumidor. Bares costumam oferecer o cardápio e outros
detalhes do atendimento nessas bases. Em lugares onde a cultura tecnológica já está mais
absorvida pela sociedade, como em São Francisco, nos Estados Unidos, há comércios que
permitem ao público realizar todo o processo de compra pelo dispositivo, até mesmo o
pagamento.
Pode-se então definir, a partir das observações apresentadas, que há dois modelos de
aplicativos: os desenvolvidos pelas empresas para o relacionamento com o cliente e aqueles
externos, geralmente integrados às redes sociais, que utilizam a geolocalização. Dentre os
milhares de aplicativos disponíveis nas lojas virtuais, os com esses recursos e mais populares
no Brasil são o Foursquare, o Instagram, o Waze (dados de tráfego e trânsito) e alguns para
relacionamentos, como o Tinder e o Grindr (voltado para o público gay). Cada um dos
produtos tem características e funcionalidades específicas, mas todos processam os dados
geográficos para dar respostas aos usuários.
12

A utilização desses softwares com mapas inteligentes, segundo Dodge and Kitchin (2000) e
Harpold (1999), a partir da análise de Brunn, Cutter, e Harrington (2004), tende a se
direcionar para um mundo centrado na localização dos indivíduos e com o intuito de saciar
seus interesses, a exemplo do que já vem ocorrendo. Contudo, os autores alertam para as
implicações éticas e de privacidade que surgem paralelamente.
Brunn, Cutter, e Harrington (2004) - ao estudarem a relação da geografia com a tecnologia -,
fazem um alerta sobre o que chamam de “sombra de dados” e afirmam que o fenômeno está
passando por mudanças enquanto se torna mobile (referência à geração dos dados por
dispositivos móveis), contínua através do tempo e do espaço, mais duradoura e acessível:
A habilidade de determinar a localidade de indivíduos o tempo todo via Sistemas de
Posicionamento Global (GPS) baratos e precisos, e de sistemas de monitoramento
sem fios, se tornará comum nos próximos anos. Haverá significativas implicações
para a natureza da privacidade individual. Convencionalmente, coordenadas de
localização para uma pessoa eram registradas, até então, apenas esporadicamente em
suas sombras de dados em certos pontos de interação, como ao utilizar o cartão de
crédito. Até o momento, poucas pessoas pensaram nas consequências do fato de seus
movimentos através do espaço serem monitorados por telefones móveis e
registrados pela companhia telefônica (BRUNN, CUTTER e HARRINGTON,
2004).

Os autores afirmam que as mesmas tecnologias sem fio que nos proporcionam uma maior
flexibilidade na construção de nossas “geografias diárias individuais” também estão
simultaneamente provendo os meios para o nosso acompanhamento em uma escala que não
existia até então, o que precisa ser discutido, pois se refere à privacidade das pessoas.

9 – PESQUISA COM INTERNAUTAS SOBRE CHECK-IN EM APLICATIVOS

A pesquisa foi realizada nos meses de junho, julho e agosto de 2013 por meio do Google
Drive e divulgada por meio do Facebook e Twitter, convidando os usuários a responderem
um questionário composto por 14 perguntas. O intuito do levantamento foi obter informações
junto aos usuários sobre a utilização dos aplicativos com GPS para check-in, principalmente
em Belo Horizonte e Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).
Ao todo, foram registradas 164 respostas dos internautas. Desse total, 131 afirmaram que já
utilizam os aplicativos, o que corresponde a 80%, e 33% ainda não são usuários. O perfil do
13

público é composto de 55% de mulheres e 45% de homens, e a maioria tem entre 21 e 25 anos
(59%) e de 26 a 30 anos (28%). Os maiores de 30 correspondem a 7% e os menores de 20
anos a 6%.
A parcela dos entrevistados que vive em Belo Horizonte é de 68%, na RMBH de 18%, em
outras cidades de Minas é de 12% e outros estados 2% e 1% em outros países. Sobre a
ocupação, boa parte é estudante (44%), seguido de trabalhador com carteira assinada (35),
empregado com contrato (7%), autônomo (7%), desempregado (5%), concursado (2%) ou
outros (1%).
A partir dessas informações, podemos seguir para uma apresentação e análise dos números
referentes à utilização dos aplicativos. Apresentamos quatro opções aos internautas para que
respondesse qual deles era usado com mais frequência para check-in: Facebook obteve 55%,
Foursquare 25% e Instagram 14%, sendo que outros aplicativos representam 5%. A questão
buscou avaliar qual era a primeira opção ao fazer o check-in, já que tanto o Instagram quanto
o Foursquare permitem que a pessoa compartilhe o conteúdo também no Facebook.
Procurou-se saber qual a porcentagem do público que costuma fazer check-in em
estabelecimentos comerciais. Boa parte tem esse comportamento com frequência (24%) ou
pelo menos às vezes (56%), enquanto 20% não apresenta tal atitude. Quando questionados
sobre os tipos de lugares nos quais costumam fazer o check-in, 51% dos entrevistados
responderam que optam por bares e restaurantes, 14% shoppings e cinemas, 7% escolas e
universidades, 3% academias e clubes, e 25% por outros locais – igrejas, comércios,
residência, trabalho.
Em relação ao tipo de conteúdo preferido para o texto que acompanha a postagem, o público
afirmou que em 62% dos casos apenas diz onde está (neutro), 32% recomenda o local para os
amigos (positivo) e 5% utiliza os aplicativos para reclamar sobre algo (negativo). Ao fazerem
check-in, as pessoas têm o hábito de incluir alguma foto na postagem às vezes (45%) ou
sempre (26%), contra 24% que evitam ilustrar com imagem a ação ou nunca o faz (5%).
Apesar do alto índice de utilização desses aplicativos, 45% dos internautas que responderam à
pesquisa consideram que não é seguro divulgar o lugar onde está na Internet por meio de
check-in. Outros 29% acreditam que não há problema e 26% nunca pensaram sobre esse fator.
14

10 – MARKETING EM APLICATIVOS

Durante a pesquisa, buscou-se saber a opinião dos entrevistados sobre o marketing e a
publicidade nos dispositivos móveis. Ao serem questionados se gostam quando alguma marca
oferece produto ou serviços em aplicativos ou nas redes sociais, 45% apontaram que sim,
outra parte de 45% disseram que não e 10% responderam que o fato nunca ocorreu com eles.
Pode-se observar na Figura 1 abaixo, sobre o interesse do público de ver nos aplicativos
produtos e serviços de suas localidades, que mais da metade indicou que gostaria (54%),
enquanto 29% marcaram a opção talvez e 18% não se interessam.

Figura 1 – Pesquisa sobre marketing em aplicativos

Sobre os fatores que poderiam motivá-los a efetuar uma compra a partir dos aplicativos,
aparecem a confiança no aplicativo (23%), praticidade da compra virtual (21%),
conhecimento ou credibilidade da marca (17%), rapidez para realizar a compra (11%),
proximidade com a localidade (2%) e impulso (2%). Para 4% outros fatores seriam
motivadores e 20% não se sentem atraídos em compras desse tipo.
15

11 – CONSIDERAÇÕES FINAIS E CONCLUSÃO

A partir do levantamento e estudo das teorias sobre o tema, que ainda é recente e requer mais
discussão, além da análise dos dados obtidos com a pesquisa junto aos internautas, podemos
perceber que o mobile marketing é uma área em expansão e com grandes possibilidades a
serem exploradas. Os consumidores que têm dispositivos móveis estão se tornando habituados
ao uso de aplicativos com GPS e apresentam um comportamento de divulgar os lugares que
frequentam. Essas características podem ser exploradas pelas empresas para definir estratégias
no sentido de alcançar esses potenciais clientes.
Como foi apontada pelos entrevistados, a utilização de dados sobre geolocalização para
direcionar o marketing pode ter um resultado positivo, já que os usuários estão interessados
em conhecer as opções de serviços e produtos das suas regiões por meio desses dispositivos.
Contudo, é preciso uma atenção à forma como as ações serão feitas, avaliando quais
aplicativos são adequados a cada tipo de produto, pois existe uma parcela de consumidores
que não gostam dessa publicidade.
Percebe-se, a partir dos estudos referenciados ao longo deste trabalho, que o marketing digital
pode ser beneficiado pelo Geomarketing, pois o público está propenso a consumir por meio
dos aplicativos. Além disso, aqueles que apresentam a falta de motivação para fazê-lo
poderiam ser estimulados pelas campanhas direcionadas ao mobile marketing.
Por fim, pode-se inferir que, com a popularização das novas tecnologias, nasce um formato de
marketing com capacidade de crescimento, chamado de geomarketing digital. Tal modelo se
caracteriza pela utilização dos dados gerados a partir dos check-ins em aplicativos e redes
sociais com GPS para direcionar ações de Marketing. Entretanto, este é um campo que ainda
merece ser estudado de forma mais aprofundada.
16

12 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDERSON, Chris. The Long Tail: Why the Future of Business is Selling Less of More. EUA:
Hyperion e-book, 2008.
BRUN, CUTTER S.L., e HARRINGTON J.W. Geography and Technology. Holanda:
Kluwer Academic Publishers, 2004.
COBRA, Marcos e BREZZO, Roberto. O Novo Marketing. Rio de Janeiro: Editora Campus, 2010.
CLIQUET, Gérard. Geomarketing: Methods and Strategies in Spatial Marketing. Estados
Unidos: ISTE, 2006.
GODIN, Seth. Marketing de permissão. Rio de Janeiro: Editora Campus, 2000.
KOTLER, Philip. Administração de marketing. São Paulo: Prentice Hall, 2000.
KOTLER, Philip; KARTAJAYA, Hermawan; SETIAWAN, Iwan. Marketing 3.0: From Products
to Customers to the Human Spirit. Estados Unidos: John Wiley and Sons Inc., 2010.
REISINGHANI, Mahesh S. Wireless Communications and Mobile Commerce. EUA: IRM
Press, 2004.
RUTTER, Jake. Smashing jQuery: Interatividade Avançada com JavaScript. Porto Alegre:
Editora Bookman, 2012.

13

-

REFERÊNCIAS

DA

INTERNET

IBGE: uso de celular e internet cresceu mais de 100% no Brasil em seis anos. Disponível
em http://www.tecmundo.com.br/brasil/39797-ibge-uso-de-celular-e-internet-cresceu-maisde-100-no-brasil-em-seis-anos.htm#ixzz2m0VPQt00 Consultado em 23 de outubro de 2013.
Número de celulares no Brasil chega a 245,2 milhões. Disponível em
http://www.brasileconomico.ig.com.br/noticias/numero-de-celulares-no-brasil-chega-a-2452milhoes_113201.html Consultado em 27 de setembro de 2013.
Celulares com internet já são maioria no Brasil, mostra pesquisa. Disponível em
http://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2013/02/celulares-com-internet-ja-sao-maioriano-brasil-mostra-pesquisa.html Consultado em 15 de outubro de 2013.

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Análise do comportamento do consumidor com uso de GPS em aplicativos

  • 1. Centro Universitário UNA MBA Comunicação Digital e Mídias Sociais Admilson Veloso da Silva1 GEOMARKETING DIGITAL: análise sobre as mudanças no comportamento do consumidor a partir do uso de GPS em aplicativos para check-in Belo Horizonte 2013 1 MBA em Comunicação Digital e Mídias Sociais pelo Centro Universitário UNA, jornalista e analista de mídias sociais. Contato: milsonveloso@hotmail.com
  • 2. Admilson Veloso da Silva GEOMARKETIN DIGITAL: análise sobre as mudanças no comportamento do consumidor a partir do uso de GPS em aplicativos para check-in Artigo apresentado como requisito de avaliação do curso MBA em Comunicação Digital e Mídias Sociais do Centro Universitário UNA para obtenção do título de especialista pós-graduado. Professor orientador: Dirceu Belém. Belo Horizonte 2013
  • 3. Resumo A utilização de dispositivos móveis tem transformado não apenas a forma como nos comunicamos enquanto pessoas, mas também a maneira como as empresas se comunicam conosco. Ao mesmo tempo, as novas tecnologias oferecem uma série de recursos, como o Sistema de Posicionamento Global (GPS) associado a aplicativos, permitindo aos usuários gerar sua geolocalização. Essa mesma inovação produz um banco com dados que pode direcionar o marketing feito para o meio digital. O presente estudo se propõe a analisar as implicações trazidas pelo comportamento do internauta que faz check-in por meios desses aplicativos e quais as possibilidades que surgem com o fenômeno para o geomarketing. Palavras-chave: Geomarketing, Aplicativos, Marketing Digital, Mobile Marketing, Comunicação Digital Abstract The use of mobile devices has transformed not only the way we communicate as individuals but also the way businesses communicate with us. At the same time, new technologies offer a number of features such as the Global Positioning System (GPS) associated with applications, allowing users to generate your map. This same innovation produces a database with data that can drive marketing done for the digital medium. The present study aims to analyze the implications brought by the behavior of the Internet users that make check-in using these applications and what are the possibilities that come with the phenomenon for geomarketing. Keywords: Geomarketing, Apps, Digital Marketing, Mobile Marketing, Digital Communication
  • 4. SUMÁRIO 1 – INTRODUÇÃO..................................................................................................................3 2 – METODOLOGIA...............................................................................................................3 3 – O MARKETING E SUAS TRANSFORMAÇÕES AO LONGO DOS ANOS.............4 4 – GEOMARKETING COMO ESTRATÉGIA DE CONCORRÊNCIA...........................6 5 – MARKETING DIGITAL: A INTERNET E SUAS POSSIBILIDADES.....................7 6 – O MOBILE EM CENA PARA MUDAR OS NEGÓCIOS.............................................8 7 – MOBILE MARKETING E M-COMMERCE...................................................................9 8 – APLICATIVOS COM GPS PARA DISPOSITIVOS MÓVEIS...................................10 9 – PESQUISA COM INTERNAUTAS SOBRE CHECK-IN EM APLICATIVOS........12 10 – MARKETING EM APLICATIVOS............................................................................14 11 – CONSIDERAÇÕES FINAIS E CONCLUSÃO..........................................................15 12 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................16 13 – REFERÊNCIAS DA INTERNET................................................................................17
  • 5. 3 1 - INTRODUÇÃO As novas tecnologias, a exemplo dos computadores portáteis e smartphones, transformaram a forma como os seres humanos se comunicam. O impacto dessas mudanças é refletido em questões sociais, políticas e econômicas, tanto em níveis locais quanto em escala global. O advento das redes sociais levou para a Internet muitos dos comportamentos existentes na sociedade tradicional. Ao mesmo tempo, o aprimoramento dessas ferramentas, a criação de aplicativos que facilitam o dia a dia e outras invenções também afetam as relações empresaconsumidor. É neste cenário que o uso da tecnologia do Sistema de Posicionamento Global (GPS, na sigla em inglês), associada aos aplicativos, transportam os clientes para dentro das organizações no mundo digital. Mas o que esse fenômeno representa no comportamento do consumidor? Quais são as mudanças que esse fenômeno provoca no geomarketing e no marketing digital? 2 - METODOLOGIA O processo de desenvolvimento da pesquisa foi dividido em cinco etapas para facilitar o estudo: pesquisa e análise bibliográfica do tema em estudo; levantamento de conteúdo e dados sobre aplicativos que utilizam GPS e check-in no mundo digital; pesquisa quantitativa e não probabilística sobre check-in a partir de aplicativos que usam GPS; análise do material e redação do artigo. A primeira seção reúne a bibliografia que trata dos principais temas estudados. A partir daí, é feita uma análise do material e elaborado um referencial teórico para embasar as próximas fases. A segunda seção compreende o levantamento de dados sobre o uso de aplicativos e dispositivos móveis no Brasil. A terceira, apresenta uma pesquisa com consumidores sobre o uso de aplicativos com GPS para check-in e o comportamento desse público. Os levantamentos foram virtuais, por meio de formulário do Google Drive. A penúltima seção traz a análise do material, aplicando as teorias estudadas, para verificação do problema levantado pela pesquisa. Na última, são feitas as considerações finais e conclusão do estudo.
  • 6. 4 3 – O MARKETING E SUAS TRANSFORMAÇÕES AO LONGO DOS ANOS O marketing sempre foi usado como uma estratégia para as empresas conquistarem a atenção dos consumidores para seus produtos e, consequentemente, aumentar as vendas. Desde o começo, porém, essa ferramenta vem passando por mudanças. Durante a Revolução Industrial, período considerado por Kotler (2010), como o início do marketing, a atenção era voltada para os produtos. O autor cita Henry Ford como exemplo, ao dizer que os produtos da época eram básicos e concebidos para servir ao mercado de massa. Para os pesquisadores Kotler e Levy (apud Cobra e Brezzo, 2010), o marketing tinha como função manter o contato da organização com seus consumidores, investigar suas necessidades, desenvolver produtos que cobrem essas necessidades, desenhar a forma de distribuí-los e construir um programa de comunicação para expressar os propósitos da organização. Posteriormente, com o crescimento dos meios de comunicação e o desenvolvimento da tecnologia da informação, o marketing se tornou mais complexo. As transformações refletiram o comportamento do consumidor, que passou a ter mais opções de produtos para escolher e conteúdo sobre quais são os melhores. Nessa era, as campanhas começaram a ser direcionadas para os clientes, na tentativa de conquistar seus corações e mentes. A terceira fase apontada por Kotler (2010) na evolução do marketing se refere ao período atual. De acordo com o autor, hoje é preciso não apenas valorizar o consumidor, colocando-o como centro da atenção ao elaborar estratégias de vendas. Ele revisou a própria teoria para adequar os conceitos elaborados na década de 1960 à nova realidade. Para conquistar o cliente, segundo o pesquisador, as empresas necessitam trabalhar valores que satisfaçam a demanda do público quanto a uma mudança em escala global de comportamento social, a exemplo de conceitos de sustentabilidade agregados aos produtos e marcas. Confira na Tabela 1 abaixo os três períodos - descritos por Kotler (2010) como Marketing 1.0, Marketing 2.0 e Marketing 3.0 - e suas principais características:
  • 7. 5 Tabela 1 – Os três períodos do Marketing, segundo Kotler (2010) Assim como Kotler, Godin (2000) divide a história do marketing. Porém, ele considera apenas duas partes: o Marketing de Interrupção e o Marketing de Permissão. Segundo o autor, a primeira fase diz respeito a todo o período e estratégias em que o consumidor precisava ser interrompido na sua atividade para receber a informação sobre o produto. Ele cita a televisão como exemplo, que para a programação no intuito de transmitir a publicidade. Essa interrupção não era uma escolha do cliente, que se sentia obrigado a consumir o conteúdo no intervalo. O mesmo acontece com revistas e jornais, ao incluir no meio das notícias páginas para os anúncios. Em contraponto a esse modelo, apontado como ultrapassado por Godin (2000), surge a possibilidade de um marketing mais direto, personalizado, ao que ele denomina de Marketing de Permissão. Nesta nova etapa, potencializada pela Internet e novos meios de comunicação, o espectador não é apenas um receptor do conteúdo produzido para o público de massa. Segundo o pesquisador, há uma mudança na relação das empresas com os consumidores, tornando-a mais íntima. A transformação faz com que a publicidade apresente mensagens com um tom mais pessoal. O “Marketing de Permissão transforma os estranhos em amigos e os amigos em clientes”, explica.
  • 8. 6 4 – GEOMARKETING COMO ESTRATÉGIA DE CONCORRÊNCIA A área de geomarketing inclui diversas características da prática tradicional, porém, com sua base na utilização de data e informações referentes à geolocalização do cliente. Também conhecida como marketing geográfico, a disciplina pode ser aplicada no planejamento de estratégia para definir aspectos de Produto, Preço, Promoção e, especialmente, Praça. Por meio dela, é possível entender melhor a realidade do consumidor e, consequentemente, determinar a forma como ele será abordado pela empresa. Segundo Cobra e Brezzo (2010), o geomarketing tem uma utilidade especial de facilitar a segmentação do mercado, pois oferece variáveis econômicas, sociais e demográficas, além da localização. Os autores afirmam que ele seria como uma fusão da pesquisa de mercados com a cartografia digital. Essa união permite que a informação sobre os consumidores e o mercado sejam localizadas em um mapa GIS (Sistema Geográfico de Informação, do inglês Geograpchical Information System), para criar uma representação visual do mercado. Para o funcionamento do geomarketing, Cobra e Brezzo (2010) explicam que são necessários três elementos básicos: software cartográfico, base de dados e dados cartográficos digitais. A partir deles, pode-se levantar informações que auxiliarão na sua estruturação e direcionamento. Os pesquisadores ainda apontam seis objetivos principais para a disciplina, sendo eles: analisar e localizar clientes; definir e identificar o público-alvo das campanhas; desenhar e avaliar o canal de distribuição; definir a dimensão do mercado; determinar a localização de filiais, depósitos e centros de abastecimento; indicar percursos para facilitar a logística e reduzir custos. Diferentemente do que os estudiosos acima acreditam, Cliquet (2006) critica o fato de o geomarketing simplificar demais e até mesmo mascarar a complexidade do comportamento do consumidor, deixando de levar em consideração características e dados relevantes para o entendimento do público. Segundo ele, a disponibilidade de bases de dados, que são muitas vezes sucintas, contendo apenas dados sócio-demográficos e endereços, não é suficiente para entender essa questão. “Parece, portanto, necessário desenvolver uma abordagem fiel a comercialização do espaço, a
  • 9. 7 fim de melhorar a tomada de decisão, seja no local de ou na gestão dos elementos do mix de marketing” (CLIQUET, 2006). 5 – MARKETING DIGITAL: A INTERNET E SUAS POSSIBILIDADES O marketing foi uma das áreas que ganhou novas características a partir do desenvolvimento das Tecnologias da Informação e Comunicação (conhecidas pela sigla TICs). Outras particularidades e demandas surgiram no cenário dominado por computadores, tablets, smartphones e outros dispositivos. Com o advento desse novo mercado, os profissionais precisaram descobrir formas de transmitir o conteúdo no mundo virtual, dando origem ao Marketing Digital ou Marketing de Internet, como nomeiam Cobra e Brezzo (2010). Os dois autores identificam o começo desse formato na década de 1990, mas afirmam que ele só ganhou maior impulso nos anos 2000. Para eles, o novo modelo pode ser definido como uma variação que combina os princípios convencionais de marketing com as facilidades interativas da Web. “O propósito é comercializar produtos e serviços através de um conjunto de ações coordenadas pelas Internet” (COBRA e BREZZO, 2010). Os estudiosos identificam cinco agentes econômicos dessa fase, chamada por eles de Sociedade da Informação, que representam os impactos das tecnologias criadas nas últimas décadas: 1) o conhecimento se torna a chave da nova economia; 2) crescem as atividades virtuais; 3) Interconexão econômica; 4) ampliação e microssegmentação de mercados ao mesmo tempo; e 5) desaparecimento das distâncias geográficas. As transformações fizeram com que os consumidores se tornassem mais exigentes. Agora, por exemplo, eles exigem uma resposta mais rápida para as suas demandas e um atendimento personalizado, criando desafios para o marketing. Kotler, Kartajaya e Setiawan (2010), também fazem a situação do mercado ao comportamento das pessoas. A transformação social trouxe impactos para esses públicos e para o marketing. Para eles, a nova onda de tecnologia se tornou o principal motor para o nascimento do que chamam de
  • 10. 8 Marketing 3.0. Nesta era, o consumidor não quer mais apenas consumir, mas também interagir e produzir conteúdo. Dentre as configurações do marketing surgido com as TICs, está a participação do cliente como influenciador de decisões na Internet. Um blog, as contas em redes sociais como Facebook e Twitter ou um canal de vídeo no YouTube funcionam como disseminadores de opinião. “A influência que a publicidade corporativa tem em moldar o comportamento de compra vai diminuir consequentemente”, avaliam os especialistas. Essa mudança na postura do público também é destacada por Chris Anderson (2006) no clássico sobre o tema, “A Cauda Longa”: Junto com a fragmentação dos mercados está chegando a fragmentação do marketing. Um padrão para todos os anúncios em meios de transmissão já não influenciam os consumidores que não estão vendo aquela mídia ou respondendo a mensagens que não são realmente destinadas a eles. Na inversão de poder que tem acompanhado a ascensão dos usuários – dirigidos pela Web – indivíduos são mais confiáveis, instituições, menos – as mensagens mais eficazes vêm dos amigos. Nada vence o boca-a-boca e, como vimos, a Web é o maior amplificador que o mundo já viu (ANDERSON, 2010). Apesar disso, algumas iniciativas podem ser tomadas no intuito de aproveitar os benefícios da Web. Há empresas que criam e administram seus perfis nas mídias sociais como canais de relacionamento com o público, patrocinam postagens em blogs populares das suas áreas ou simplesmente fazem publicidade no meio digital. A melhor forma de vender para essas pessoas da “Cauda Longa”, na visão de Anderson (2006), é procurar saber quem as influencia na rede e focar as energias nesses pontos específicos. “Isso começa com o ‘fazer menos’ em mensagens (falar) e praticar mais a escuta”, aconselha. 6 – O MOBILE EM CENA PARA MUDAR OS NEGÓCIOS Mais brasileiros estão usando celulares e com recursos multimídias. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base na avaliação dos dados levantados entre 2005 e 2011 pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) mostra que já são 115,4 milhões proprietários dos aparelhos no Brasil. Outra apuração, desta
  • 11. 9 vez realizada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), indica que o país tinha 245,2 milhões de celulares em janeiro de 2012. Além disso, os números apontam que são mais de 50,8 milhões de acessos à Internet por meio de terminais 3G, com a banda larga móvel. Indo ao encontro dessas informações, um estudo feito pelo instituto norte-americano Nielsen no primeiro semestre de 2012, entrevistando mil pessoas acima dos 16 anos, aponta que existem mais dispositivos com acesso à Web do que aqueles sem a tecnologia no Brasil. Na época, 36% dos brasileiros utilizavam smartphones e outros 21% tinham aparelhos com multimídia – incluindo Internet - na contramão dos 44% com poucos recursos. A utilização da Web a partir dos dispositivos móveis também influencia as características sobre o comportamento do consumidor. É o que avalia Dodge e Kitchin (2000) e Harpold (1999) em análise feita por Brunn, Cutter e Harrington (2004), ao citar que a introdução da conexão mobile amplifica as complexidades das geografias digitais contemporâneas: Essas tecnologias permitem um tipo de interação completamente novo, seja a comunicação “boca-a-boca” ou os novos usos do ambiente construído, fundindo o acesso a informação e comunicações instantâneas em todo o mundo por meios portátil e pessoal. Estamos nos tornando indivíduos digitais únicos e poderosos dentro de sociedades digitais múltiplas (BRUNN, CUTTER e HARRINGTON, 2004). Enquanto caminhamos para nos tornar uma sociedade ainda mais conectada, seja por meio de computadores, laptops, tablets ou celulares, o marketing também evolui para acompanhar esse movimento. Entende-se que ele precisa estar nos lugares e aparelhos que os consumidores utilizam e, mais importante, conhecer o seu comportamento para se adequar às suas expectativas e exigências. 7 – MOBILE MARKETING E M-COMMERCE Nos primeiros anos, lá pela década de 80, sua função principal era realizar chamadas telefônicas com uma mobilidade maior para o usuário. Depois, o celular passou a oferecer a possibilidade de envio de mensagens curtas de texto (na sigla SMS, do inglês Short Message Service), aos poucos foi evoluindo, permitiu a transmissão de dados multimídia (MMS,
  • 12. 10 Multimedia Message Service) e, nos anos 2000, veio uma revolução: a transmissão de dados e o acesso à Internet. O desenvolvimento dos telefones celulares foi seguido pelo marketing e pelo comércio eletrônico nessas plataformas – denominado de m-commerce -, que se adaptou às novas tecnologias agregadas aos aparelhos. Na contemporaneidade, as possibilidades são ampliadas pela descoberta ou invenção e incorporação de funcionalidades aos dispositivos, a exemplo do sistema de posicionamento global (GPS). O pesquisador Mahesh S. Raisinghani (2004) indicou, há quase uma década, que enquanto a Internet já se tornou uma forma legitimada de comércio que transformou o jeito como o mundo faz negócios, esse processo estava prestes a mudar novamente pelos dispositivos portáteis que utilizam a rede sem fio para conexão. Apesar dos avanços nos últimos anos, Raisinghani (2004) alerta sobre as dificuldades na infraestrutura, ainda encontradas em alguns pontos, como a baixa velocidade e a qualidade questionável da Internet ofertada pelas operadoras para esses aparelhos no Brasil. Contudo, o mercado permitido por meio dos telefones móveis é amplo e de crescimento rápido: A comunicação móvel está se tornando uma necessidade essencial para os indivíduos e empresas nas suas ações diárias. Utilizando o comércio mobile, as organizações podem oferecer serviços aos consumidores que são facilmente acessados nos dispositivos móveis a qualquer hora e em qualquer lugar (RAISINGHANI, 2004). Nesse sentido, percebe-se um vasto campo a ser explorado pelo mercado do marketing, para chegar aos corações e “mãos” dos internautas de celulares. Enviar SMS foi uma estratégia utilizada no começo e, hoje, os profissionais já têm acesso a uma série de novas funcionalidades para atrair a atenção do usuário. Dentre elas, está a veiculação do marketing em aplicativos, objeto deste estudo. 8 – APLICATIVOS COM GPS PARA DISPOSITIVOS MÓVEIS Os aplicativos para dispositivos móveis são um formato de software desenvolvido especificamente para rodar nessas plataformas. Associados a outras funcionalidades dos
  • 13. 11 aparelhos, como o acesso à Internet ou ao Sistema de Posicionamento Global (GPS), eles permitem que o usuário tenha à mão dados e informações externas ao equipamento. Enquanto alguns dos aplicativos já vêm instalados, outros podem ser baixados em lojas virtuais, como a App Store e o Google Play, gratuitamente ou pagos. Eles podem ser adaptados para os sistemas Android (Google) e iOS (Apple), ou somente para um. Atualmente, o desenvolvimento e comércio desses produtos tem sido tema de debates no Brasil e ainda não há dados concretos do setor sobre o crescimento desse mercado. Por meio do recurso de GPS, os aplicativos conseguem levantar dados geográficos e compartilhar informações dos usuários sobre o geoposicionamento. Uma das opções, em boa parte deles, é cadastrar e selecionar estabelecimentos em uma área para marcar como visitado (check-in). Porém, também é possível localizar outras pessoas na mesma região e compartilhar conteúdo. O pesquisador Jake Rutter (2012) infere, ao analisar sites que utilizam esses recursos, que os “aplicativos baseados na geolocalização estão começando a ganhar mais popularidade”. Isso ocorre devido à praticidade que o internauta tem, por exemplo, em verificar quais são os restaurantes em determinada parte da cidade e quais as recomendações que os outros clientes deixaram ao passar pelo estabelecimento. Em certos casos, os empresários desenvolvem aplicativos próprios para cada comércio, com o intuito de facilitar a relação com o consumidor. Bares costumam oferecer o cardápio e outros detalhes do atendimento nessas bases. Em lugares onde a cultura tecnológica já está mais absorvida pela sociedade, como em São Francisco, nos Estados Unidos, há comércios que permitem ao público realizar todo o processo de compra pelo dispositivo, até mesmo o pagamento. Pode-se então definir, a partir das observações apresentadas, que há dois modelos de aplicativos: os desenvolvidos pelas empresas para o relacionamento com o cliente e aqueles externos, geralmente integrados às redes sociais, que utilizam a geolocalização. Dentre os milhares de aplicativos disponíveis nas lojas virtuais, os com esses recursos e mais populares no Brasil são o Foursquare, o Instagram, o Waze (dados de tráfego e trânsito) e alguns para relacionamentos, como o Tinder e o Grindr (voltado para o público gay). Cada um dos produtos tem características e funcionalidades específicas, mas todos processam os dados geográficos para dar respostas aos usuários.
  • 14. 12 A utilização desses softwares com mapas inteligentes, segundo Dodge and Kitchin (2000) e Harpold (1999), a partir da análise de Brunn, Cutter, e Harrington (2004), tende a se direcionar para um mundo centrado na localização dos indivíduos e com o intuito de saciar seus interesses, a exemplo do que já vem ocorrendo. Contudo, os autores alertam para as implicações éticas e de privacidade que surgem paralelamente. Brunn, Cutter, e Harrington (2004) - ao estudarem a relação da geografia com a tecnologia -, fazem um alerta sobre o que chamam de “sombra de dados” e afirmam que o fenômeno está passando por mudanças enquanto se torna mobile (referência à geração dos dados por dispositivos móveis), contínua através do tempo e do espaço, mais duradoura e acessível: A habilidade de determinar a localidade de indivíduos o tempo todo via Sistemas de Posicionamento Global (GPS) baratos e precisos, e de sistemas de monitoramento sem fios, se tornará comum nos próximos anos. Haverá significativas implicações para a natureza da privacidade individual. Convencionalmente, coordenadas de localização para uma pessoa eram registradas, até então, apenas esporadicamente em suas sombras de dados em certos pontos de interação, como ao utilizar o cartão de crédito. Até o momento, poucas pessoas pensaram nas consequências do fato de seus movimentos através do espaço serem monitorados por telefones móveis e registrados pela companhia telefônica (BRUNN, CUTTER e HARRINGTON, 2004). Os autores afirmam que as mesmas tecnologias sem fio que nos proporcionam uma maior flexibilidade na construção de nossas “geografias diárias individuais” também estão simultaneamente provendo os meios para o nosso acompanhamento em uma escala que não existia até então, o que precisa ser discutido, pois se refere à privacidade das pessoas. 9 – PESQUISA COM INTERNAUTAS SOBRE CHECK-IN EM APLICATIVOS A pesquisa foi realizada nos meses de junho, julho e agosto de 2013 por meio do Google Drive e divulgada por meio do Facebook e Twitter, convidando os usuários a responderem um questionário composto por 14 perguntas. O intuito do levantamento foi obter informações junto aos usuários sobre a utilização dos aplicativos com GPS para check-in, principalmente em Belo Horizonte e Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Ao todo, foram registradas 164 respostas dos internautas. Desse total, 131 afirmaram que já utilizam os aplicativos, o que corresponde a 80%, e 33% ainda não são usuários. O perfil do
  • 15. 13 público é composto de 55% de mulheres e 45% de homens, e a maioria tem entre 21 e 25 anos (59%) e de 26 a 30 anos (28%). Os maiores de 30 correspondem a 7% e os menores de 20 anos a 6%. A parcela dos entrevistados que vive em Belo Horizonte é de 68%, na RMBH de 18%, em outras cidades de Minas é de 12% e outros estados 2% e 1% em outros países. Sobre a ocupação, boa parte é estudante (44%), seguido de trabalhador com carteira assinada (35), empregado com contrato (7%), autônomo (7%), desempregado (5%), concursado (2%) ou outros (1%). A partir dessas informações, podemos seguir para uma apresentação e análise dos números referentes à utilização dos aplicativos. Apresentamos quatro opções aos internautas para que respondesse qual deles era usado com mais frequência para check-in: Facebook obteve 55%, Foursquare 25% e Instagram 14%, sendo que outros aplicativos representam 5%. A questão buscou avaliar qual era a primeira opção ao fazer o check-in, já que tanto o Instagram quanto o Foursquare permitem que a pessoa compartilhe o conteúdo também no Facebook. Procurou-se saber qual a porcentagem do público que costuma fazer check-in em estabelecimentos comerciais. Boa parte tem esse comportamento com frequência (24%) ou pelo menos às vezes (56%), enquanto 20% não apresenta tal atitude. Quando questionados sobre os tipos de lugares nos quais costumam fazer o check-in, 51% dos entrevistados responderam que optam por bares e restaurantes, 14% shoppings e cinemas, 7% escolas e universidades, 3% academias e clubes, e 25% por outros locais – igrejas, comércios, residência, trabalho. Em relação ao tipo de conteúdo preferido para o texto que acompanha a postagem, o público afirmou que em 62% dos casos apenas diz onde está (neutro), 32% recomenda o local para os amigos (positivo) e 5% utiliza os aplicativos para reclamar sobre algo (negativo). Ao fazerem check-in, as pessoas têm o hábito de incluir alguma foto na postagem às vezes (45%) ou sempre (26%), contra 24% que evitam ilustrar com imagem a ação ou nunca o faz (5%). Apesar do alto índice de utilização desses aplicativos, 45% dos internautas que responderam à pesquisa consideram que não é seguro divulgar o lugar onde está na Internet por meio de check-in. Outros 29% acreditam que não há problema e 26% nunca pensaram sobre esse fator.
  • 16. 14 10 – MARKETING EM APLICATIVOS Durante a pesquisa, buscou-se saber a opinião dos entrevistados sobre o marketing e a publicidade nos dispositivos móveis. Ao serem questionados se gostam quando alguma marca oferece produto ou serviços em aplicativos ou nas redes sociais, 45% apontaram que sim, outra parte de 45% disseram que não e 10% responderam que o fato nunca ocorreu com eles. Pode-se observar na Figura 1 abaixo, sobre o interesse do público de ver nos aplicativos produtos e serviços de suas localidades, que mais da metade indicou que gostaria (54%), enquanto 29% marcaram a opção talvez e 18% não se interessam. Figura 1 – Pesquisa sobre marketing em aplicativos Sobre os fatores que poderiam motivá-los a efetuar uma compra a partir dos aplicativos, aparecem a confiança no aplicativo (23%), praticidade da compra virtual (21%), conhecimento ou credibilidade da marca (17%), rapidez para realizar a compra (11%), proximidade com a localidade (2%) e impulso (2%). Para 4% outros fatores seriam motivadores e 20% não se sentem atraídos em compras desse tipo.
  • 17. 15 11 – CONSIDERAÇÕES FINAIS E CONCLUSÃO A partir do levantamento e estudo das teorias sobre o tema, que ainda é recente e requer mais discussão, além da análise dos dados obtidos com a pesquisa junto aos internautas, podemos perceber que o mobile marketing é uma área em expansão e com grandes possibilidades a serem exploradas. Os consumidores que têm dispositivos móveis estão se tornando habituados ao uso de aplicativos com GPS e apresentam um comportamento de divulgar os lugares que frequentam. Essas características podem ser exploradas pelas empresas para definir estratégias no sentido de alcançar esses potenciais clientes. Como foi apontada pelos entrevistados, a utilização de dados sobre geolocalização para direcionar o marketing pode ter um resultado positivo, já que os usuários estão interessados em conhecer as opções de serviços e produtos das suas regiões por meio desses dispositivos. Contudo, é preciso uma atenção à forma como as ações serão feitas, avaliando quais aplicativos são adequados a cada tipo de produto, pois existe uma parcela de consumidores que não gostam dessa publicidade. Percebe-se, a partir dos estudos referenciados ao longo deste trabalho, que o marketing digital pode ser beneficiado pelo Geomarketing, pois o público está propenso a consumir por meio dos aplicativos. Além disso, aqueles que apresentam a falta de motivação para fazê-lo poderiam ser estimulados pelas campanhas direcionadas ao mobile marketing. Por fim, pode-se inferir que, com a popularização das novas tecnologias, nasce um formato de marketing com capacidade de crescimento, chamado de geomarketing digital. Tal modelo se caracteriza pela utilização dos dados gerados a partir dos check-ins em aplicativos e redes sociais com GPS para direcionar ações de Marketing. Entretanto, este é um campo que ainda merece ser estudado de forma mais aprofundada.
  • 18. 16 12 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDERSON, Chris. The Long Tail: Why the Future of Business is Selling Less of More. EUA: Hyperion e-book, 2008. BRUN, CUTTER S.L., e HARRINGTON J.W. Geography and Technology. Holanda: Kluwer Academic Publishers, 2004. COBRA, Marcos e BREZZO, Roberto. O Novo Marketing. Rio de Janeiro: Editora Campus, 2010. CLIQUET, Gérard. Geomarketing: Methods and Strategies in Spatial Marketing. Estados Unidos: ISTE, 2006. GODIN, Seth. Marketing de permissão. Rio de Janeiro: Editora Campus, 2000. KOTLER, Philip. Administração de marketing. São Paulo: Prentice Hall, 2000. KOTLER, Philip; KARTAJAYA, Hermawan; SETIAWAN, Iwan. Marketing 3.0: From Products to Customers to the Human Spirit. Estados Unidos: John Wiley and Sons Inc., 2010. REISINGHANI, Mahesh S. Wireless Communications and Mobile Commerce. EUA: IRM Press, 2004. RUTTER, Jake. Smashing jQuery: Interatividade Avançada com JavaScript. Porto Alegre: Editora Bookman, 2012. 13 - REFERÊNCIAS DA INTERNET IBGE: uso de celular e internet cresceu mais de 100% no Brasil em seis anos. Disponível em http://www.tecmundo.com.br/brasil/39797-ibge-uso-de-celular-e-internet-cresceu-maisde-100-no-brasil-em-seis-anos.htm#ixzz2m0VPQt00 Consultado em 23 de outubro de 2013. Número de celulares no Brasil chega a 245,2 milhões. Disponível em http://www.brasileconomico.ig.com.br/noticias/numero-de-celulares-no-brasil-chega-a-2452milhoes_113201.html Consultado em 27 de setembro de 2013. Celulares com internet já são maioria no Brasil, mostra pesquisa. Disponível em http://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2013/02/celulares-com-internet-ja-sao-maioriano-brasil-mostra-pesquisa.html Consultado em 15 de outubro de 2013.