O documento discute a aplicação do marketing digital no design de interfaces móveis de aplicativos. Apresenta uma revisão bibliográfica sobre o tema, definindo marketing digital e analisando sua importância no mercado mobile. Também aborda a usabilidade e experiência do usuário como fundamentais no projeto de interfaces para dispositivos móveis.
O mkt digital aplicado no design de interfaces móveis de apps
1.
2. FACULDADE ESTÁCIO DE BELÉM
CURSO DE MBA EM COMUNICAÇÃO E MARKETING EM MÍDIAS DIGITAIS
ALVARO TRIANO DA SILVA
O MARKETING DIGITALAPLICADO NO DESIGN DE INTERFACES MÓVEIS DE
APPS.
BELÉM – PA
2019
3. FACULDADE ESTÁCIO DE BELÉM
CURSO DE MBA EM COMUNICAÇÃO E MARKETING EM MÍDIAS DIGITAIS
ALVARO TRIANO DA SILVA
O MARKETING DIGITALAPLICADO NO DESIGN DE INTERFACES MÓVEIS DE
APPS.
Artigo apresentado ao curso de Pós-graduação em
Comunicação e Marketing em Mídias Digitais como
requisito de avaliação para obtenção do grau de
Especialista em Comunicação e Marketing em Mídias
Digitais.
Orientador: Msc. José Fonteles
BELÉM – PA
2019
4. FACULDADE ESTÁCIO DE BELÉM
CURSO DE MBA EM COMUNICAÇÃO E MARKETING EM MÍDIAS DIGITAIS
ALVARO TRIANO DA SILVA
O MARKETING DIGITALAPLICADO NO DESIGN DE INTERFACES MÓVEIS DE
APPS.
Este Artigo foi julgado adequado para a obtenção do Grau de Especialista em Comunicação e
Marketing em Mídias Digitais, e aprovado na sua forma final pela Faculdade Estácio de
Belém.
Data:____/____/____
Nota:_____________
_____________________________________
Prof. MSc. José Fonteles
Orientador e Avaliador – Estácio
BELÉM – PA
2019
5. Autorização para Publicação Eletrônica de Trabalhos Acadêmicos
Na qualidade de titular dos direitos autorais do trabalho citado, em consonância com a
Lei nº 9610/98, autorizo a Faculdade Estácio de Belém a disponibilizar gratuitamente em sua
Biblioteca Digital, e por meios eletrônicos, em particular pela Internet, extrair cópia sem
ressarcimento dos direitos autorais, o referido documento de minha autoria, para leitura,
impressão e/ou download, conforme permissão concedida. nononononnononononnonononono
6. 6
O MARKETING DIGITALAPLICADO NO DESIGN DE INTERFACES MÓVEIS DE
APPS.
Alvaro TRIANO da silva1
José FONTELES2
MBA em Comunicação e Marketing em Mídias Digitais. Faculdade Estácio de Belém. Av.
Gov. José Malcher, 1148, Nazaré – CEP 66055-260. Belém, PA
Endereço Eletrônico: trianokadosh@yahoo.com.br, jose.fonteles@estacio.br
RESUMO – O objetivo deste artigo é fazer uma análise conceitual das interfaces móveis.
Realizou-se uma pesquisa bibliográfica do referente objeto de estudo em um período
estabelecido. Essa pesquisa foi apurada e analisada dentro do conceito de marketing digital e
conclui-se que a base dos apps segue um padrão mercadológico estabelecido pelo design.
Palavras-chave: Marketing Digital. Apps. Design. Interfaces. UI. UX.
THE DIGITAL MARKETING APPLIED IN THE DESIGN OF APPS MOBILE INTERFACES.
ABSTRACT - The purpose of this article is to make a conceptual analysis of the mobile
interfaces. A bibliographical research was carried out on the referent object of study in an
established period. This research was analyzed and analyzed within the concept of digital
marketing and it is concluded that the base of the applications follows a marketing standard
established by the design.
Keywords: Digital Marketing. Apps. Design. Interfaces. UI. UX.
1. INTRODUÇÃO
A evolução tecnológica e a difusão da internet foram uma das principais formas de
popularização do acesso via interfaces móveis de apps. A banda larga móvel e tecnologias
como 3G, 4G (recentemente) e WiFi facilitaram a popularização dos celulares e modificaram
o comportamento do consumidor, que passou a ficar mais tempo conectado (online) e
consumindo o maior número de apps (aplicativos).
Segundo a Appfigures Insights, empresa de análise de mercado de apps, só no ano de
2017 houve um aumento de lançamentos de apps para a plataforma Android (Google) e iOS
(Apple). Foram mais de 17 mil aplicativos lançados primeiro para iOS e depois para Android,
isso demonstra que o iOS ainda é a plataforma preferida dos desenvolvedores, que utilizam-se
do marketing digital para criar suas aplicações e disponibilizar nas lojas virtuais das duas
empresas.
1
Esp. em Design, Computação Gráfica e Multimídia, ESTÁCIO 2015.
2
Mestre em Tecnologias da Inteligência e Design Digital, PUC-SP 2013.
7. 7
Antes de falarmos em marketing digital se faz necessário, primeiramente, a definição
do que é marketing. Segundo Kotler (2003), marketing é atividade humana dirigida para
satisfazer necessidades e desejos por meio de troca. Marketing nada mais é do que uma
ciência que estuda o mercado, voltado para satisfazer as necessidades e desejos humanos,
levando em consideração o seu público-alvo.
Podemos destacar a troca como uma forma de transação para satisfazer necessidades e
desejos do seu público-alvo, onde necessidades se referem às exigências humanas básicas e
desejos às necessidades direcionadas ou dirigidas a produtos específicos. O público-alvo
define quem queremos atingir com a aplicação do marketing, nesse caso, pessoas classificadas
pela faixa etária, sexo, classe social, grau de instrução, profissão etc.
Dentro deste contexto, o marketing digital nada mais é do que o próprio marketing
aplicado em meios ou plataformas digitais. Mesmo que utilize a estratégia digital em algum
componente do marketing mix (produto, preço, praça, promoção), a definição de marketing
digital em seu sentido etimológico está incorreto.
Como diz Gabriel (2010, p.105):
Dessa forma, só há sentido em falar em marketing digital se todas as tecnologias e
plataformas usadas nas ações forem digitais. Ainda assim, o termo marketing digital
não é totalmente adequado nem nesse caso, pois o digital tende a permear todas as
plataformas futuras, tornando-se tão transparente quanto a eletricidade é hoje para
nós. (…) Assim, marketing digital não existe, o que existe é marketing e o seu
planejamento estratégico é que determinará que plataformas e tecnologias serão
usadas – digitais ou não.
O termo marketing digital será empregado no presente artigo como base para o
desenvolvimento das aplicações e interfaces digitais. Não nos propomos a levar a fundo a
conceituação, mas apenas os subsídios para chegar até os aplicativos móveis e seu desenho
projetual.
Levaremos em consideração o marketing e seu planejamento estratégico digital
aplicado no desenvolvimento de apps. O projeto de pesquisa busca englobar o estudo da
prototipagem de aplicativos móveis e sua aplicabilidade.
O objetivo geral deste trabalho tende a analisar a construção do aplicativo, partindo do
seu desenho estrutural, ou seja, o layout. Não faz parte da linha de pesquisa a elaboração
conceitual ou física de um app. Cabe ao presente artigo, apenas, a análise da base conceitual
da elaboração de um projeto visual, voltado para a plataforma digital que embasa o design e o
marketing por trás do projeto.
8. 8
No procedimento metodológico será adotada uma pesquisa bibliográfica de caráter
exploratória e qualitativa. A coleta de dados será feita de forma documental indireta,
explorando no objeto de estudo fontes secundárias para a construção teórica do artigo.
2. A IMPORTÂNCIA DO MARKETING DIGITAL NO MERCADO MOBILE
Já vimos que as estratégias de marketing usadas no ambiente digital são, popularmente,
chamadas de marketing digital. E essas ações são importantes para o cenário mercadológico
como um todo. Para Kotler et al (2017) o marketing digital não pretende substituir o
marketing tradicional, pelo contrário, ambos devem coexistir com papéis permutáveis ao
longo do caminho do consumidor.
O mercado mobile ou mobile marketing tem seu peso dentro do mercado digital, pois,
o ser humano é móvel e nômade por natureza, e atentar para esse mercado é de extrema
importância não só para os desenvolvedores de apps, como também para todos os
profissionais do ramo da comunicação e marketing.
A mobilidade é uma das principais tendências digitais e sociais e, portanto, uma das
principais tendências de marketing também. O ser humano é móvel e nômade por
natureza, e as tecnologias que favorecem a mobilidade tendem a ser abraçadas pelo
mercado. (GABRIEL, MARTHA, 2010, p. 277)
Essa evolução do marketing digital no cenário mobile se dá de forma global, mas se
formos usar um filtro, veremos que em nosso país, desde a década de 90, tivemos um avanço
de como as pessoas consomem todo o tipo de cultura, entretenimento e notícias na palma da
mão. Os celulares foram e são uma das maiores invenções do século XX, apesar de que
mobilidade não se trata, apenas, de celulares, se refere também a outros dispositivos portáteis
como tablets, notebooks, consoles de games, e-books readers etc.
Quando falamos de celulares, nos referimos a smartphones3
e toda sua conjuntura
dentro dessa convergência tecnológica que para Jenkins (2009) se tornaram peças
fundamentais nas estratégias de marketing e no processo de convergência de mídias.
Segundo Gabriel (2010, p. 277):
O acesso à internet por meio de dispositivos e coisas além de computadores deve ser
cada vez maior, trazendo a ubiquidade computacional e de conexão – internet das
coisas.
3
Telefone ou celular inteligente - Aparelhos mobile que apresentam multifuncionalidades próximas de um
computador, além de acesso a internet por wi-fi, 3G ou 4G, GPS, tela sensível ao toque (touch screen), troca de
e-mails, grande capacidade de armazenamento e aplicativos.
9. 9
Nesse sentido, o celular é um dos primeiros dispositivos a integrar a internet das
coisas, participando dos mais diversos tipos de conexões entre aparelhos, aparelhos
e internet, internet e aparelhos, e assim por diante.
Além disso, o avanço tecnológico contínuo nos dispositivos móveis oferecendo cada
vez mais funcionalidades, somando ao crescimento da banda larga móvel ubíqua,
tende a alavancar o consumo de conteúdos móveis de games, música e vídeo.
O principal protagonista do mercado mobile é o celular, devido toda sua evolução que
passou dos famosos “tijolões” – celulares da primeira geração – até os inteligentes de hoje.
Essa evolução não foi apenas física, o sistema também evoluiu. Os softwares se tornaram
mais robustos e potentes, contribuindo para o desenvolvimento de diversas ferramentas
digitais.
Os smartphones foram a porta de entrada dos aplicativos móveis, programas
computacionais específicos que vêm crescendo de forma exponencial a cada ano. Esses apps
passam por todo um processo de produção, desde o desenvolvimento do código
(programação), até as ações de marketing que vão nortear toda a construção e lançamento do
produto nas plataformas digitais.
É o marketing digital quem vai direcionar a melhor forma de conduzir as etapas no
desenvolvimento de um produto, e no caso do mercado mobile, se torna uma poderosa
ferramenta para impulsionar as estratégias. Se pegarmos os 4 Ps teremos a definição do
produto, o preço pelo qual o mesmo será vendido, o local em que será disponibilizado e a
forma como será promovido para o público-alvo.
Assim, a base de qualquer estratégia de marketing está em se determinar qual o
melhor composto de marketing (produto/preço/praça/promoção) para alcançar
determinado objetivo com o público-alvo. Portanto, os 4 Ps são determinados em
função do público-alvo, dos objetivos de marketing e da análise do ambiente (macro
e micro) em que se pretende atuar.
Por meio do mix de marketing, a empresa introduz o produto no mercado, dá
conhecimento de sua existência aos compradores potenciais e induz os
consumidores a dar preferência à compra do seu produto em detrimento do produto
dos concorrentes. (GABRIEL, MARTHA, 2010, p. 43)
Daí sua importância como força propulsora do mercado mobile, pois é através do
marketing que um produto ou serviço ganha forma visível ao seu consumidor. Não é somente
ter uma boa divulgação de lançamento (site, redes sociais), um bom nome, uma boa marca ou
um bom layout, o composto de marketing precisa entrar em cena para consolidar as
estratégias e ações que vão levar o sucesso da empreitada em um cenário tão competitivo,
onde o diferencial é a palavra-chave.
10. 10
3. USABILIDADE EM INTERFACES MÓVEIS
Quando se fala em marketing aplicado no design de interfaces móveis de apps é
fundamental ter em mente o conceito de usabilidade. Projetar uma tela para aplicações mobile
requer um cuidado especial, já que, o espaço de trabalho é menor quando comparado a um
desktop (computador de mesa), e tudo deve ser simplificado para a melhor experiência de
quem vai usar. Logo, a Usabilidade nada mais é do que a forma como as pessoas (usuário)
utilizam determinado produto ou serviço. Esse termo tem sido ampliado e ganhado uma nova
roupagem, nos dias atuais é conhecido como UX (User Experience)4
.
No final dos anos 1990, Usabilidade e Design Centrado no Usuário (UCD) eram os
termos mais usados para descrever as iniciativas de design que pensavam no usuário.
E havia essencialmente dois “profissionais” focados em tornar os sites mais
utilizáveis: Usabilidade (assegurando-se de que as coisas eram desenvolvidas de
modo a permitir às pessoas as utilizarem com sucesso) e Arquitetura da Informação
(assegurando-se de que o conteúdo estivesse organizado de tal forma que as pessoas
encontrassem o que procuravam).
O termo que se ouve hoje em dia é User Experience Design, ou apenas User
Experience (UXD ou UX, abreviadamente), e há talvez uma dúzia de especialidades
envolvidas, como o Design Interativo, Design de Interface, Design Visual e Gestão
de Conteúdo – e, é claro, Usabilidade e Arquitetura da Informação – tudo sob o
guarda –chuva da UX.
Uma diferença entre Design Centrado no Usuário e User Experience Design é o
escopo. UCD foca no desenvolvimento do produto correto e em assegurar de que ele
é utilizável. UX reúne as necessidades dos usuários em todos os estágios do ciclo de
vida do produtor. (KRUG, STEVE, 2014, p. 181)
Nas palavras de Ghisi e Albuquerque et al (2016, p.56):
UX é a sigla para user experience (experiência do usuário, em português). Esse é um
conceito que fala da percepção (positiva ou não) das pessoas ao interagirem com
determinada marca ou produto. Uma boa experiência do usuário reflete não apenas
uma necessidade sendo totalmente resolvida mas também uma sensação de extrema
satisfação ao utilizar determinada solução. Na prática, UX se refere a produtos úteis
e extremamente fáceis de entender e utilizar que, além disso, geram prazer de uso
nos clientes.
A experiência do usuário é um termo mais abrangente que dispõe não só da
usabilidade como conhecemos, mas também de outra terminologia, UI Design (User Interface
Design) 5
. Design de interface do usuário é a área visível, relacionada com a parte gráfica do
projeto (desenho) e que estuda o meio pelo qual uma pessoa interage ou controla um
dispositivo, software ou aplicativo. Em alguns casos relaciona-se com o design de interação,
4
Experiência do usuário.
5
Design de interface do usuário.
11. 11
pois essa relação ocorre por meio de elementos que forneçam ações entre o dispositivo e o
usuário, como por exemplo, em um site ou apps temos: botões, links, menus e qualquer outro
elemento que permita uma interação entre o dispositivo e o usuário, isso otimiza o
funcionamento.
Para Rogers, Sharp e Preece (2013) é o design de produtos que fornecem suporte às
atividades relacionadas ao cotidiano das pessoas, em outras palavras o design de interação
nada mais é do que criar experiências que melhorem e estendam a maneira como as pessoas
trabalham, se comunicam e interagem. Para melhor compreensão, o UX engloba o design
visual (gráfico) + design de interação = UI, arquitetura da informação, usabilidade, pesquisas
com usuários e estratégias de conteúdo.
Todo esse arcabouço de disciplinas serve como fundamento para a construção de
interfaces móveis, pois assim como o marketing digital, vão ajudar na concepção do produto e
a sua melhor utilização por parte do consumidor final.
Na visão de Nielsen et al (2014, p.14):
Hoje, a experiência do usuário no dispositivo móvel está certamente ficando melhor
porque mais e mais sites criaram versões otimizadas para dispositivos móveis, e os
projetistas agora têm melhor entendimento do que funciona na tela pequena. (...) Os
usuários estão mais familiarizados com seus telefones. Desde 2009, o cenário da
mobilidade mudou significativamente.
Todo esse avanço tem aberto espaço para o desenvolvimento de apps, usando conceitos
como UX e a própria usabilidade para criar aplicativos mais amigáveis ao público.
4. INICIANDO O DESIGN PARAAPPS MÓVEIS
O seu aplicativo é a sua maior ferramenta de marketing, portanto, o marketing digital
alinhado com as técnicas de UX e UI design devem caminhar para a entrega de um produto de
excelência no final de todo o processo de desenvolvimento. Não é só o código que deve ser
levado a sério na construção, o design e toda sua fundamentação técnica e teórica são
relevantes para a finalização do produto digital.
A programação e o design devem trabalhar juntos para oferecer a melhor experiência
possível ao usuário do app, sempre lembrando que o espaço para desenvolver a interface é
menor, ou seja, a tela é pequena.
Para ter um site ou app móvel bem-sucedido, a diretriz óbvia é projetar para a tela
pequena. Infelizmente, alguns projetistas não fazem isso, e continuamos vendo
12. 12
usuários lutando para tocar em áreas minúsculas que são muito menores do que seus
dedos . A síndrome do “dedo gordo” estará conosco ainda por muitos anos.
O segundo ponto é mais conceitual e mais difícil de ser aceito por algumas pessoas:
para um dispositivo com tela pequena, você precisa limitar a quantidade de recursos
àqueles que têm maior importância para o caso do usuário móvel. (NIELSEN,
JAKOB et al, 2014, p. 52)
Existem 3 termos muito usados em todo o projeto de apps, são eles: agradabilidade,
aprendabilidade e inesquecibilidade.
Krug (2014, p.154) explica agradabilidade como:
Aplicativos agradáveis normalmente resultam do casamento de uma ideia acerca de
algo que as pessoas realmente adorariam ter como fazer, mas não imaginam que seja
possível, com uma ideia fresca sobre como usar novas tecnologias para executar o
que pretendem.
Agregar agradabilidade em aplicativos mobile se tornou incrivelmente importante
devido à competividade do mercado de aplicativos. Fazer algo simplesmente bom
não basta para criar um hit; você tem de fazer algo incrível. Agradabilidade é meio
que um acréscimo ao design centrado no usuário.
Segundo Krug (2014) aprendabilidade é a facilidade com que o usuário se familiariza
no aprendizado e navegação de um app, usando recursos instrutivos ou não. E a
inesquecibilidade é a lembrança que o usuário tem ao usar um aplicativo pela primeira vez,
repetindo o processo de navegação nas vezes seguintes, sem ter que aprender tudo novamente.
Inesquecibilidade pode ser um fator decisivo a indicar se as pessoas adotarão o
aplicativo para uso regular. Normalmente, quando você compra ou baixa um
aplicativo, pretende gastar algum tempo dedicando-se a descobrir como usá-lo. Mas,
se você tiver de gastar esse mesmo tempo toda a próxima vez, a experiência se
tornará insatisfatória. A menos que você esteja muito impressionado pelo que ele faz,
há uma boa chance de que o abandone – que é o destino de muitos aplicativos.
(KRUG, STEVE, 2014, p. 157)
Esses termos serão o guia teórico durante a construção do aplicativo, que também
necessita de toda a parte física da interface.
Partindo para os padrões de design, temos a base da orientação na tela que são os
padrões primários de navegação. Depois da tela de abertura ou inicialização do app, será o
menu principal que estabelecerá toda a orientação e direcionamento nas telas da aplicação.
Sabemos que a boa navegação, assim como o bom design é invisível, logo, apps com uma boa
navegabilidade são simplesmente intuitivos, além de facilitar a realização de qualquer tarefa.
13. 13
Para Neil (2012) seguir padrões de design comuns para a navegação é o fator
primordial para o usuário localizar e usar os recursos disponíveis no aplicativo. Essa boa
interação se deve, principalmente, a distribuição dos recursos visuais através do menu.
O menu principal pode ser dividido em 4 grandes áreas: menu de lista, abas, galeria e
megamenu, fora isso ainda existe a possibilidade do menu secundário em cada tela ativa.
Um bom app não é constituído apenas de menus, existem outras telas de interação
como login, buscadores, formulários, mensagem de erro, além dos botões de chamada de ação,
barra de ferramentas entre outros. Não é objeto de análise do artigo se aprofundar em questões
técnicas provenientes da elaboração de aplicativos móveis, portanto, citamos o básico que
deve ser levado em conta na construção inicial.
É sabido que o design da interface é o escopo de todo o projeto de uma aplicação
digital, no entanto, precisamos ressaltar a importância da primeira impressão do aplicativo em
uma plataforma de comercialização como Apple Store ou Google Play. Para que o app tenha
destaque, o mesmo precisa se diferenciar diante da concorrência, nesse caso, o ícone e as
imagens de tela tem a sua devida importância no projeto.
O ícone e as imagens das telas frequentemente são os primeiros elementos visuais
que os usuários veem na App Store quando avaliam um aplicativo. Uma má primeira
impressão pode prejudicar as vendas e provocar comentários negativos, portanto,
fazer um ajuste fino no desenho do seu aplicativo é um componente crítico para o
sucesso. (WOOLDRIDGE, DAVE; SCHNEIDER, MICHAEL, 2012, p.59)
O ícone do aplicativo é o primeiro estímulo visual que ele tem a oferecer na
plataforma de venda. Os consumidores veem primeiro esse ícone que pode vir combinado
com o nome do app. Geralmente o ícone é o logotipo da aplicação e deve ser tratado com
muita seriedade, porque o mesmo pode evoluir e se tornar a marca do negócio. É nesta etapa
que entra o Branding6
.
Para chegar no Branding delonga todo um processo de concepção do produto,
passando pela ideia inicial, design, programação, etapas de produção e testes (versão beta e
definitiva), publicidade e marketing, até chegar em sua publicação digital. É a gestão da
marca que vai garantir a rotatividade do produto em sua forma mais inovadora, mantendo uma
identidade de marca consistente diante da concorrência.
6
É a gestão de uma marca. Todo o trabalho realizado com o objetivo de tornar a sua marca mais conhecida, mais
desejada, mais positiva na mente e no coração dos seus consumidores. Envolve desde a concepção da marca até
as ações cotidianas de marketing da empresa.
14. 14
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Não sabemos mais viver sem o uso de aplicativos, interagir com esses produtos
digitais já faz parte do dia a dia de todo aquele que possui um celular inteligente. Esse é um
ramo em constante crescimento, e por isso, o número de especialistas, programadores e
desenvolvedores de aplicações têm crescido. Desenvolver um aplicativo demanda toda uma
gama de profissionais e um processo detalhado das etapas de produção, assim como, diversas
disciplinas que servirão de base para a criação do app. Pensar no usuário desde a ideia inicial
do projeto é fundamental para o sucesso da criação.
Dentro desse contexto, o marketing aplicado em ambientes digitais reforça as
estratégias de concepção e lançamento do produto, uma vez que vai trabalhar junto com
outras áreas do conhecimento como design, programação e publicidade. Essas áreas se
relacionam para conceber um produto multifacetado que possua características que satisfaçam
o seu público. Criar desejos ou satisfazer necessidades e desejos por meio da troca é o que faz
do marketing uma ciência tão importante no desenvolvimento de um produto. Ainda mais
combinado com a crescente proliferação de tecnologias e plataformas digitais, oferecendo um
cenário fértil para as mais diversificadas ações mercadológicas.
Trabalhar com o digital é a profissão do futuro, entretanto, projetar para plataformas
digitais não é uma tarefa fácil, requer muito estudo, dedicação e concentração em querer fazer
o melhor. Além de precisar dominar diversas áreas do conhecimento para aplicar e gerar um
resultado positivo.
O marketing digital aplicado no design de interfaces móveis de apps é uma ferramenta
estratégica e metodológica que agrega valor, mas requer certo cuidado na gestão de todas as
etapas de produção, que não são poucas, só assim poderá se obter um retorno sobre o
investimento.
15. 15
REFERÊNCIAS
GABRIEL, Martha. Marketing na Era Digital: conceitos, plataformas e estratégias.
São Paulo: Novatec, 2010.
GHISI, Júlia; ALBUQUERQUE, Priscilla et al. Guia Prático das Novas
Ferramentas Comerciais: da construção da marca ao atendimento do consumidor.
Porto Alegre: Bookman, 2016.
JENKINS, Henry. Cultura da Convergência. 2ª Ed. São Paulo: Aleph, 2009.
KOTLER, Philip. Administração de Marketing. 10ª Ed. São Paulo: Prentice Hall,
2003.
KOTLER, Philip et al. Marketing 4.0: do tradicional ao digital. Rio de Janeiro:
Sextante, 2017.
KRUG, Steve. Não me Faça Pensar: uma abordagem de bom senso à usabilidade
na web e mobile. Rio de Janeiro: Alta Books, 2014.
NEIL, Theresa. Padrões de Design para Aplicativos Móveis. São Paulo: Novatec,
2012.
NIELSEN, Jakob et al. Usabilidade Móvel. 1ª Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.
ROGERS, Yvonne; SHARP, Helen; PREECE, Jenny. Design de Interação: além da
interação humano-computador. 3ª Ed. São Paulo: Bookman, 2013
WOOLDRIDGE, Dave; SCHNEIDER, Michael. O Negócio de Apps para iPhone e
iPad: criando e comercializando aplicativos de sucesso. Rio de Janeiro: Elsevier,
2012.