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COMO EU ENTENDO
O EVANGELHO SEGUNDO
O ESPIRITISMO
Valentim Neto – 2014
Mudança de expressões:
vale.aga@hotmail.com
Marli Aparecida Hergersheimer
Trabalhos para explanações do Evangelho
mapda@hotmail.com.br
ALLAN KARDEC
Contendo a explicação dos ensinamentos morais de Jesus, o Cristo, sua concordância com o Es-
piritismo e sua aplicação às diversas posições da vida.
Não há fé inabalável senão aquela que pode encarar a razão face a face, em todas as épocas da
Humanidade.
2
ÍNDICE
PREFÁCIO 7
INTRODUÇÃO 8 - 21
Objetivo desta obra - Autoridade da Doutrina Espírita - Controle universal do ensinamento dos
Espíritos - Notícias históricas - Sócrates e Platão, precursores da ideia Cristã e do Espiritismo.
CAPÍTULO I 22 - 48
EU NÃO VIM DESTRUIR A LEI
As três revelações: Moisés; Jesus, o Cristo; o Espiritismo - Aliança da ciência e da religião - Ins-
truções dos Espíritos: A era nova. (9 explanações)
CAPÍTULO II 49 – 63
MEU REINO NÃO É DESTE MUNDO
A vida futura - A realeza de Jesus, o Cristo - O ponto de vista - Instruções dos Espíritos: uma re-
aleza terrena. (5 explanações)
CAPÍTULO III 64 - 84
HÁ MUITAS MORADAS NA CASA DO PAI
Diferentes estados dos Espíritos na erraticidade - Diferentes categorias de mundos habitados -
Destinação da Terra. Causa dos tormentos terrestres - Instruções dos Espíritos: Mundos adianta-
dos e mundos atrasados - Mundos de expiação e de provas - Mundos regeneradores - Progressão
dos mundos. (5 explanações)
CAPÍTULO IV 85 - 113
NINGUÉM PODE VER O REINO DE DEUS SE NÃO NASCER DE NOVO
Ressurreição e reencarnação - Laços de família fortalecidos pela reencarnação e quebrados pela
unicidade da existência - Instruções dos Espíritos: Limite da encarnação - Necessidade da encar-
nação - A encarnação é um castigo? (7 explanações)
CAPÍTULO V 114 - 177
BEM-AVENTURADOS OS AFLITOS
Justiça das aflições - Causas atuais das aflições - Causas anteriores das aflições - Esquecimento
do passado - Motivos de resignação - O suicídio e a loucura - Instruções dos Espíritos: Correto e
errado sofrer. A doença e o remédio - A felicidade plena não é deste mundo - Perda de pessoas
amadas - Desencarnes prematuros - Se fosse um humano correto teria desencarnado - Os tormen-
tos voluntários - A infelicidade real - A melancolia - Provas voluntárias - O verdadeiro cilício -
Deve-se pôr termo às provas do próximo? - É permitido abreviar a vida física de um doente que
agoniza sem esperança de cura? - Sacrifício da própria vida física - Proveito dos tormentos para
os outros. (16 explanações)
CAPÍTULO VI 178 - 194
O CRISTO CONSOLADOR
O jugo leve - Consolador prometido - Instruções dos Espíritos: Advento do Espírito de Verdade.
3
(6 explanações)
CAPÍTULO VII 195 - 220
BEM-AVENTURADOS OS SINGELOS DE ESPÍRITO
O que é preciso entender por singelos de Espírito - Todo aquele que se eleva, será rebaixado -
Conhecimentos ocultos aos sabichões e aos orgulhosos - Instruções dos Espíritos: O orgulho e a
humildade - Missão do humano culto na Terra. (7 explanações)
CAPÍTULO VIII 221 - 248
BEM-AVENTURADOS AQUELES QUE TÊM PURO O CORAÇÃO
Deixai vir a mim as criancinhas - Erro por pensamentos - Adultério - Verdadeira pureza. Mãos
não lavadas - Escândalos. Se vossa mão é um motivo de escândalo, cortai-a. - Instruções dos
Espíritos: Deixai vir a mim as criancinhas - Bem-aventurados aqueles que têm os olhos fechados.
(7 explanações)
CAPÍTULO IX 249 - 269
BEM-AVENTURADOS AQUELES QUE SÃO BRANDOS E PACÍFICOS
Injúrias e violências - Instruções dos Espíritos: A afabilidade e a doçura - A paciência - Obedi-
ência e resignação - O ódio 1. (6 explanações)
CAPÍTULO X 270 - 306
BEM-AVENTURADOS AQUELES QUE SÃO MISERICORDIOSOS
Perdoar pela Lei de Deus - Reconciliar-se com os adversários - O sacrifício mais agradável pela
Lei de Deus - A árvore e o galho no olho - Não julgueis a fim de que não sejais julgados. Aquele
que estiver sem erro, atire a primeira pedra - Instruções dos Espíritos: Perdão dos erros - A in-
dulgência - É permitido repreender os outros; observar as imperfeições dos outros; divulgar o er-
ro dos outros? (11 explanações)
CAPÍTULO XI 307 - 339
AMAR AO PRÓXIMO COMO A SI MESMO
O maior mandamento. Fazer aos outros o que quereríamos que os outros nos fizessem. Parábola
dos credores e dos devedores - Dai a César o que é de César - Instruções dos Espíritos: A Lei de
amor - O egoísmo - A fé e a caridade - Caridade para com os humanos em erro - Deve-se expor a
própria vida por um humano em erro? (10 explanações)
CAPÍTULO XII 340 - 373
AMAI OS VOSSOS ADVERSÁRIOS
Pagar o errado com o certo - Os adversários desencarnados - Se alguém vos fere um lado da fa-
ce; apresentai-lhe também o outro - Instruções dos Espíritos: A vingança - O ódio 2 - O duelo ou
brigas. (10 explanações)
CAPÍTULO XIII 374 - 427
QUE A VOSSA MÃO ESQUERDA NÃO SAIBA O QUE DÁ A VOSSA MÃO DIREITA
Fazer o certo sem ostentação - Os infortúnios ocultos - O óbolo da viúva - Convidar os pobres e
os estropiados - Servir sem esperar retribuição - Instruções dos Espíritos: A caridade material e a
caridade espiritual- A beneficência - A piedade - Os órfãos - Benefícios pagos com a ingratidão -
Beneficência exclusiva. (14 explanações)
4
CAPÍTULO XIV 428 - 443
HONRAI A VOSSO PAI E A VOSSA MÃE
Piedade filial - Quem é minha mãe e quem são meus irmãos? - O parentesco corporal e o paren-
tesco espiritual - Instruções dos Espíritos. A ingratidão dos filhos e os laços de família. (4 ex-
planações)
CAPÍTULO XV 444 - 460
FORA DA CARIDADE NÃO HÁ ELEVAÇÃO
O que é preciso para se elevar. Parábola do correto Samaritano - O maior mandamento - Neces-
sidade da caridade segundo Paulo - Fora da igreja não há elevação - Fora da Verdade não há ele-
vação - Instruções dos Espíritos: Fora da Caridade não há elevação. (5 explanações)
CAPÍTULO XVI 461 - 505
NÃO SE PODE SERVIR A DOIS DEUSES
Elevação dos ricos - Guardar-se da avareza - Jesus, o Cristo na casa de Zaqueu - Parábola do rico
em erro - Parábola dos talentos - Utilidade providencial da fortuna - Provas da riqueza e da misé-
ria - Desigualdade das riquezas - Instruções dos Espíritos: A verdadeira propriedade - Emprego
da fortuna - Desprendimento dos bens terrestres - Transmissão da fortuna. (13 explanações)
CAPÍTULO XVII 506 - 539
SEDE PERFEITOS
Caracteres da perfeição - O humano correto - Os corretos Espíritas - Parábola do Semeador - Ins-
truções dos Espíritos: O dever - A virtude - Os adiantados e os atrasados - O humano no mundo -
Cuidar do corpo físico e do Espírito. (10 explanações)
CAPÍTULO XVIII 540 - 559
MUITOS OS CHAMADOS E POUCOS OS ESCOLHIDOS
Parábola do festim de núpcias - A porta estreita - Nem todos os que dizem: Senhor! Senhor! en-
trarão no reino dos céus- Muito se pedirá àquele que muito recebeu - Instruções dos Espíritos:
Dar-se-á àquele que tem - Reconhece-se o Espírita pelas suas obras. (6 explanações)
CAPÍTULO XIX 560 - 576
A FÉ TRANSPORTA MONTANHAS
Poder da fé - A fé religiosa - Condição da fé inabalável - Parábola da figueira seca - Instruções
dos Espíritos: A fé, mãe da esperança e da caridade - A fé divina e a fé humana. (5 explanações)
CAPÍTULO XX 577 - 584
OS TRABALHADORES DA ÚLTIMA HORA
Instruções dos Espíritos: Os últimos serão os primeiros - Missão dos Espíritas - Os obreiros do
Senhor. (2 explanações)
CAPÍTULO XXI 585 - 591
HAVERÁ FALSOS MESSIAS E FALSOS PROFETAS
Conhece-se a árvore pelo fruto - Missão dos profetas - Prodígios dos falsos profetas - Não acre-
diteis em todos os Espíritos - Instruções dos Espíritos: Os falsos profetas - Caracteres do verda-
5
deiro profeta - Os falsos profetas da erraticidade - Jeremias e os falsos profetas.
CAPÍTULO XXII 592 - 593
NÃO SEPAREIS O QUE A LEI DE DEUS JUNTOU
Indissolubilidade do casamento - O divórcio.
CAPÍTULO XXIII 594 - 601
MORAL ESTRANHA
Quem não amar menos ao seu pai e sua mãe - Abandonar pai, mãe e filhos - Deixai aos mortos o
cuidado de enterrar seus mortos - Não vim trazer a paz, mas a divisão. (1 explanação)
CAPÍTULO XXIV 602 - 607
NÃO COLOQUE A SUA LUZ EMBAIXO DA MESA
Luz embaixo da mesa - Porque Jesus, o Cristo, fala por parábolas - Não vades aos Gentios - Os
sãos não têm necessidade de médico - Coragem da fé - Carregar a cruz - Quem quiser salvar a
vida material, perdê-la-á espiritualmente.
CAPÍTULO XXV 608 - 611
BUSCAI E ACHAREIS
Ajude-se pela Lei de Deus - Observai os pássaros do céu - Não vos inquieteis pela posse do ouro
CAPÍTULO XXVI 612 - 614
DAI GRATUITAMENTE O QUE RECEBESTES GRATUITAMENTE
Dom de curar - Preces pagas - Vendedores expulsos do templo - Mediunidade gratuita.
CAPÍTULO XXVII 615 - 622
PEDI E OBTEREIS
Qualidades da prece - Eficácia da prece - Ação da prece - Transmissão do pensamento - Preces
inteligíveis - Da prece pelos desencarnados e pelos Espíritos perturbados - Instruções dos Espíri-
tos: maneira de orar - Alegria da prece.
CAPÍTULO XXVIII 623 - 653
COLETÂNEA DE PRECES ESPÍRITAS
Preâmbulo
I - PRECES GERAIS
Oração dominical desenvolvida - Reuniões Espíritas - Pelos médiuns.
II - PRECES PARA SI MESMO
Aos Espíritos guardiães e aos Espíritos protetores - Para afastar os Espíritos em erro - Para pedir
a correção de um erro - Para pedir a força de resistir a um desejo errado - Ação de agradecimento
pela vitória obtida sobre um desejo errado - Para pedir um conselho - Nas aflições da vida encar-
nada - Ação de agradecimento por um favor obtido - Ato de submissão e de resignação - Num
perigo iminente - Ação de agradecimento depois de ter escapado de um perigo - No momento de
dormir - Na previsão do desencarne próximo.
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III - PRECES PELOS OUTROS
Por alguém que esteja em aflição - Ação de graças por um benefício concedido aos outros - Por
nossos adversários e pelos que nos querem errado - Ação de graças pelo benefício concedido aos
nossos adversários - Pelos adversários do Espiritismo - Por uma criança que acaba de nascer -
Por um humano agonizante.
IV - PRECES POR AQUELES QUE NÃO ESTÃO MAIS ENCARNADOS
Por um irmão que acaba de desencarnar - Pelas pessoas a quem tivemos afeição - Pelos Espíritos
em erro, que pedem preces - Por um adversário desencarnado - Por um irmão em erro, perturba-
do - Por um irmão em erro, atormentado - Pelos Espíritos em erro, arrependidos - Pelos Espíri-
tos em erro, endurecidos.
V - PRECES PELOS DOENTES E PELOS OBSIDIADOS
Pelos doentes - Pelos obsidiados.
7
PREFÁCIO
Os Espíritos evoluídos, que são as virtudes do mundo espiritual, ‘como uma imensa multidão
que se movimenta desde que receberam as instruções devidas’, espalham-se sobre toda a Terra.
Semelhantes às estrelas cadentes, vêm iluminar o caminho para os que enxergam e abrir os olhos
aos que não enxergam.
Eu vos digo, em verdade, são chegados os tempos em que todas as coisas devem ser restabeleci-
das em seu sentido verdadeiro para dissipar as dúvidas, confundir os orgulhosos e destacar os
justos.
As grandes vozes do mundo espiritual ressoam como o som da trombeta, e os coros dos Espíritos
se reúnem. Humanos, nós vos convidamos ao concerto divino. Que vossas mãos tomem a lira;
que vossas vozes se unam, e que num hino sagrado se estendam e vibrem de uma extremidade a
outra do Universo.
Humanos, irmãos a quem amamos, estamos junto de vós. Amai-vos também uns aos outros, e di-
zei do fundo do vosso coração, fazendo as vontades do Pai Celestial: “Senhor! Senhor!” e pode-
reis entrar no reino espiritual.
O Espírito de Verdade
NOTA. - A instrução acima, transmitida por via mediúnica, resume a uma só vez o verdadeiro
caráter do Espiritismo e o objetivo desta obra. Por isso, ela está colocada aqui como prefácio.
(O principal objetivo do Espiritismo é EDUCAR o ser humano. Mas a verdadeira educação consiste em co-
nhecimento e moral. Esses dois valores somente são possíveis de se conseguir quando a educação é realizada
com fundamento na RAZÃO. A razão plena exige a aplicação do livre arbítrio. Portanto, a educação só é
conseguida se o educador não alterar a psique do educando. O pretenso educador deve ter conhecimento e
moral, ser equilibrado ao ponto de ‘nunca’ se impacientar, e deve ter ‘sempre’ em mente que, o valor pri-
mordial é o ESPIRITUAL, tomando muito cuidado para não ‘tentar impor’ a ninguém os seus ‘grandes valo-
res’ materiais!)
8
INTRODUÇÃO
I - OBJETIVO DESTA OBRA
Podem dividir-se as matérias contidas nos Evangelhos em cinco partes: os atos comuns da vida
de Jesus, o Cristo, os milagres, as profecias, as palavras que serviram para o estabelecimento dos
dogmas das igrejas e o ensinamento moral. Se as quatro primeiras partes foram objeto de contro-
vérsias, a última - o ensinamento moral - manteve-se inatacável. Diante desse código divino a
própria incredulidade se inclina. É o terreno onde todas as religiões podem se reencontrar, a ban-
deira sob a qual todos podem se abrigar, quaisquer que sejam suas crenças, porque jamais foi ob-
jeto de disputas religiosas, sempre e por toda parte levantadas pelas questões de dogma. Aliás,
discutindo-as, as seitas encontrariam aí seus próprios erros, porque a maioria está mais interessa-
da na parte mística do que na parte moral, que exige a reforma de si mesmo. Para cada ser huma-
no, é uma regra de conduta abrangendo todas as circunstâncias da vida física, privada ou pública,
o princípio de todas as relações sociais fundadas sobre a mais rigorosa justiça. É, enfim, e acima
de tudo, o caminho infalível da felicidade esperada, um canto do véu levantado sobre a vida futu-
ra. É esta parte o objeto exclusivo desta obra.
Todo o mundo admira a moral evangélica. Cada um proclama-lhe a sublimidade e a necessidade,
mas muitos o fazem confiantes sobre o que dela ouviram dizer, ou sobre a fé originada de alguns
ensinamentos ‘que se tornaram proverbiais’. Mas poucos a conhecem a fundo, menos ainda a
compreendem e conhecem suas consequências. A razão disso está, em grande parte, na dificul-
dade que apresenta a leitura do Evangelho, difícil de entender para a maioria das pessoas. A for-
ma alegórica, o misticismo – ‘oculto ou escondido’ - intencional da linguagem, fazem com que a
maioria o leia para decorar e por dever, como leem as preces sem as compreender, quer dizer, in-
frutiferamente. Os preceitos de moral colocados aqui e ali, misturados na massa de outras narra-
ções, passam desapercebidos. Torna-se, então, impossível compreender-lhe o conjunto, e fazê-lo
objeto de leitura e de meditação em separado.
Foram feitos, é verdade, tratados de moral evangélica, mas a adaptação ao estilo literário moder-
no rouba-lhes a simplicidade primitiva que lhes dá, ao mesmo tempo, o encanto e a autenticida-
de. Ocorre o mesmo com os ensinos principais isolados, reduzidos à sua mais simples expressão
das palavras. Não são mais, então, que historietas, que perdem uma parte do seu valor e do seu
interesse, pela ausência dos acessórios e das circunstâncias nas quais foram dadas.
Para evitar esses inconvenientes, reunimos nesta obra as lições que podem constituir, propria-
mente falando, um código de moral universal, sem distinção de religião. Nas lições, conservamos
tudo o que era útil ao desenvolvimento do pensamento, não eliminando senão as coisas estranhas
ao assunto. Por outro lado, respeitamos ao máximo a tradução comum, assim como a divisão por
versículos. Mas em lugar de nos prender a uma ordem de acontecimentos, impossível e sem van-
tagem real em semelhante assunto, as lições foram agrupadas e classificadas metodicamente se-
gundo sua natureza, de maneira que elas se deduzam – sejam entendidas -, tanto quanto possível,
umas em função das outras. A chamada dos números de ordem dos capítulos e dos versículos
permite recorrer à classificação comum, julgando-se oportuno.
Não haveria aí senão um trabalho material que, por si só, não teria sido senão de uma utilidade
secundária: o essencial era pô-lo ao alcance de todos, pela explicação das passagens de difíceis
entendimentos, e o desenvolvimento de todas as consequências, tendo em vista a aplicação às di-
ferentes posições da vida física e em relação com a vida espiritual. Foi o que tentamos fazer com
a ajuda dos corretos Espíritos que nos assistem.
Muitos pontos da Bíblia - do Velho e do Novo testamento -, e dos autores religiosos em geral,
não são fáceis de entender, muitos mesmo parecem irracionais, pela falta de uma chave para
compreender-lhe o verdadeiro sentido. Essa chave está inteiramente no Espiritismo, como já se
9
convenceram aqueles que o estudaram seriamente, e como ainda o reconhecerão melhor mais
tarde, os que continuarem a estudá-lo. O conhecimento similar ao Espiritismo encontra-se por
toda parte na Antiguidade e em todas as épocas da Humanidade. Por toda parte, se encontram
seus vestígios nos escritos, nas crenças e sobre os monumentos. É por isso que, se ele abre hori-
zontes novos para o futuro, derrama luz não menos viva sobre os mistérios do passado.
Como complemento de cada ensino, ajuntamos algumas instruções escolhidas entre as que foram
ditadas pelos Espíritos, em diversos países, e por intermédio de diferentes médiuns. Se essas ins-
truções tivessem saído de uma fonte única, elas teriam sofrido uma influência pessoal ou do
meio social, ao passo que a diversidade de origens prova que os Espíritos dão seus ensinamentos
por toda parte, e que não há ninguém privilegiado a esse respeito (1).
(1) - Poderíamos, sem dúvida, dar sobre cada assunto um maior número de comunicações obtidas numa multidão de outras cidades, nos
lares e centros Espíritas, além das que citamos. Mas quisemos, antes de tudo, evitar a monotonia das repetições inúteis, e limitar nossa
escolha às que, pelo fundo e pela forma, entrassem mais especialmente no quadro desta obra, reservando para as publicações ulteriores
aquelas que não puderam achar lugar aqui.
Esta obra é para uso de todos. Cada um nela pode achar os meios de conformar sua conduta à
moral de Jesus, o Cristo. Os Espíritas nela encontrarão, por outro lado, as aplicações que lhes
concernem mais especialmente. Graças às comunicações estabelecidas, de hoje em diante de um
modo permanente, entre os humanos e o mundo espiritual, a lei evangélica, ensinada a todas as
nações pelos próprios Espíritos, não será mais letra morta, porque cada um a compreenderá, e se-
rá incessantemente solicitado em praticá-la pelos conselhos dos seus guias espirituais. As instru-
ções dos Espíritos são verdadeiramente as vozes do Mundo espiritual que, vêm esclarecer os
humanos e convidá-los à prática do Evangelho.
Quanto aos médiuns que receberam as comunicações, deixamos de citar os nomes. Para a maio-
ria, não foram designados a seu pedido e, por conseguinte, não convinha fazer exceções. Aliás,
os nomes dos médiuns não teriam acrescido nenhum valor à obra dos Espíritos. Não seria, pois,
senão uma satisfação do amor próprio, à qual os médiuns verdadeiramente sérios não se prendem
de modo algum, pois compreendem que seu papel, sendo passivo, o valor das comunicações não
realça em nada seu mérito pessoal. Seria falso se envaidecer de um trabalho de inteligência ao
qual não se presta senão um concurso passivo.
(Apesar de Kardec destacar o enfoque ‘moral’ dos ensinos de Jesus, o Cristo, e neles fundamentar este Evan-
gelho, ainda hoje nós, espíritas, na sua maioria, não nos livramos de ‘observar’ e ‘julgar’ aos irmãos pelo va-
lor material, as ‘aparências’!)
10
II - AUTORIDADE DA DOUTRINA ESPÍRITA
CONTROLE UNIVERSAL DO ENSINAMENTO DOS ESPÍRITOS
Se a Doutrina Espírita fosse um ensinamento puramente humano, ela não teria por garantia senão
as luzes daquele que a tivesse revelado. Ora, ninguém neste mundo teria a pretensão fundada de
possuir só para si a verdade absoluta. Se os Espíritos que a revelaram tivessem se manifestado a
um único humano, nada lhe garantiria a origem, porque seria preciso crer sobre a palavra em
quem dissesse ter recebido seus ensinamentos. Admitindo uma perfeita sinceridade da sua parte,
quando muito, poderia convencer as pessoas do seu meio. Poderia ter seus seguidores, mas não
chegaria jamais a reunir a todos. Pela Lei de Deus a nova revelação chegou aos humanos por
uma via mais rápida e mais autêntica. E os Espíritos foram levá-la de um polo a outro, manifes-
tando-se por toda parte, sem dar a ninguém o privilégio exclusivo de ouvir sua palavra. Um hu-
mano pode ser enganado, pode enganar a si mesmo, mas isso não ocorreria quando milhões ve-
em e ouvem a mesma coisa: é uma garantia para cada um e para todos. Aliás, pode-se fazer de-
saparecer um humano, mas não se pode fazer desaparecerem as massas. Podem-se queimar os li-
vros, mas não se podem queimar os Espíritos. Ora, queimem-se todos os livros, e a fonte da Dou-
trina não seria, por isso, menos inesgotável, pelo fato mesmo de que ela não está na Terra, mas
surge de toda parte e cada um a pode receber. Na falta dos humanos para propagá-la, haverão
sempre os Espíritos, que alcançam todo o mundo e que ninguém pode proibir.
São, pois, os próprios Espíritos, em realidade, que fazem a propaganda, com a ajuda dos inume-
ráveis médiuns que eles ‘despertam’ de todos os lados. Se tivesse havido um intérprete único,
por mais favorecido que fosse, o Espiritismo seria pouco conhecido. O próprio intérprete, a qual-
quer classe socioeconômica que pertencesse, teria sido objeto de prevenções da parte de muitas
pessoas. Todas as nações não o teriam aceitado, ao passo que os Espíritos se comunicando por
toda a parte, a todos os povos, a todas as seitas e a todos os partidos, são aceitos por todos. O Es-
piritismo não tem nacionalidade, está fora de todos os cultos particulares e não foi imposto por
nenhuma classe social, uma vez que cada um pode receber instruções de seus parentes e de seus
amigos de além-túmulo. Era preciso que fosse assim para que se pudessem chamar todos os hu-
manos à fraternidade. Se não tivesse se colocado sobre um terreno neutro, ele teria mantido as
discussões ao invés de apaziguá-las.
Esta universalidade no ensinamento dos Espíritos faz a força do Espiritismo, e é também a causa
da sua propagação tão rápida. Ao passo que a voz de um único humano, mesmo com o socorro
da imprensa, empregaria séculos antes de chegar ao ouvido de todos, eis que milhares de vozes
se fazem ouvir simultaneamente sobre todos os pontos da Terra, para proclamar os mesmos prin-
cípios, e transmiti-los aos mais incultos como aos mais cultos, a fim de que ninguém seja deser-
dado. É uma vantagem da qual não gozou nenhuma das religiões que aí estão. Como, pois, o Es-
piritismo é uma verdade, ele não teme nem a errada vontade dos humanos, nem as revoluções
morais, nem as comoções físicas do globo, porque nenhuma dessas coisas pode atingir os Espíri-
tos.
Mas esta não é a única vantagem que resulta dessa posição excepcional. O Espiritismo aí encon-
tra uma garantia poderosa contra as disputas que poderiam levantar, seja pela ambição de alguns,
seja pelas contradições de certos Espíritos não equilibrados. Essas contradições são, seguramen-
te, um obstáculo, mas que levam em si o remédio ao lado da doença.
Sabe-se que os Espíritos, em consequência da diferença que existe em seus estágios evolutivos,
estão longe de, individualmente, estarem na posse de toda a verdade. Que não é dado a todos pe-
netrar certos conhecimentos. Que seu saber é proporcional à sua depuração moral. Que os Espíri-
tos iniciantes não sabem mais que os humanos, e menos que certos humanos. Que há entre eles,
como entre estes últimos, presunçosos e falso-sábios, que creem saber o que não sabem e siste-
máticos que tomam suas ideias pela verdade. Enfim, que os Espíritos corretos, aqueles que estão
11
completamente desmaterializados, são os únicos despojados das ideias e preconceitos terrestres.
Mas sabe-se também que os Espíritos ‘prepotentes’ não têm escrúpulos em se abrigarem sob
nomes que tomam emprestado, para fazerem aceitar suas mentiras. Disso resulta que - para tudo
o que está fora do ensinamento exclusivamente moral -, as revelações obtidas por um médium
têm um caráter todo individual, com autenticidade relativa e elas devem ser consideradas como
opiniões pessoais de tal ou tal Espírito, e seria imprudência aceitá-las e divulgá-las levianamente
como verdades absolutas.
O primeiro controle é, sem dúvida, o da razão, ao qual é preciso submeter, sem exceção, tudo o
que vem dos Espíritos. Toda teoria que contraria o bom senso, à lógica rigorosa e os dados posi-
tivos que se possui, com qualquer nome respeitável que esteja assinada, deve ser rejeitada. Mas
esse controle é incompleto em muitos casos, em consequência da insuficiência de conhecimento
de certas pessoas, e da tendência de muitos em tomar seu próprio julgamento por único juiz da
verdade. Em semelhante caso, que fazem os humanos que não têm em si mesmos uma confiança
absoluta? Eles tomam o conselho de maior número, e a opinião da maioria é seu guia. Assim de-
ve ser com respeito ao ensinamento dos Espíritos, que nos fornecem, eles mesmos, os meios de
controle.
A concordância no ensinamento dos Espíritos é, pois, o melhor controle. Mas é preciso, ainda,
que ela ocorra em certas condições. A menos segura de todas é quando o próprio médium inter-
roga vários Espíritos sobre um ponto duvidoso. É bem evidente que, se está sob o império de
uma obsessão ou se relaciona com um Espírito ‘prepotente’, esse Espírito pode lhe dizer a mes-
ma coisa sob nomes diferentes. Não há uma garantia suficiente na conformidade que se pode ob-
ter pelos médiuns de um único Centro, porque eles podem sofrer a mesma influência. A garantia
única, séria do ensinamento dos Espíritos, está na concordância que existe entre as revelações
feitas espontaneamente, por intermédio de um grande número de médiuns, estranhos uns aos ou-
tros, e em diversos lugares.
Concebe-se que não se trata aqui de comunicações relativas a interesses secundários, mas das
que se prendem aos próprios princípios da Doutrina. A experiência prova que, quando um ensino
novo deve receber sua solução, ele é ensinado espontaneamente sobre diferentes pontos ao mes-
mo tempo, e de maneira idêntica, se não quanto à forma, pelo menos quanto ao fundo. Se, pois,
interessa a um Espírito formular um sistema errado, baseado sobre suas próprias ideias, e fora da
verdade, pode-se estar certo que esse sistema ficará preso nesse círculo, e cairá diante da unani-
midade das instruções dadas por toda parte, aqui e além, como já se tem disso vários exemplos.
Foi esta unanimidade que fez cair todos os sistemas parciais, errados e que despontaram na ori-
gem do Espiritismo, quando cada um explicava os fenômenos à sua maneira. Isto ocorreu antes
que se conhecessem as leis que regem as relações do mundo visível e do mundo invisível.
Tal é a base sobre a qual nos apoiamos quando formulamos um princípio da Doutrina. Não é
porque está de acordo com as nossas ideias que o damos como verdadeiro. Não nos colocamos,
de modo algum, como juiz supremo da verdade, e não dizemos a ninguém: “crede em tal coisa,
porque nós vo-la dizemos”. Nossa opinião não é, aos nossos próprios olhos, senão uma opinião
pessoal que pode ser justa ou falsa, porque não somos mais infalíveis que algum outro irmão.
Não é porque um princípio nos é ensinado que ele é para nós a verdade, mas porque se verificou
sua concordância.
Na nossa posição, recebendo as comunicações de quase mil Centros Espíritas, disseminados so-
bre os diversos pontos do globo, estamos em condições de ver os princípios sobre os quais essa
concordância se estabelece. É esta observação que nos tem guiado até hoje, e é, igualmente, a
que nos guiará nos novos campos a que o Espiritismo está chamado a explorar. É assim que, es-
tudando atentamente as comunicações chegadas de diversas partes, tanto daqui como do exterior,
reconhecemos, na natureza toda especial das revelações, que há uma tendência para entrar em
um novo caminho, e que é chegado o momento de dar um passo à frente. Essas revelações, por
vezes feitas com palavras veladas, frequentemente, passaram desapercebidas para muitos daque-
les que as obtiveram. Muitos outros acreditaram tê-las com exclusividade. Tomadas isoladamen-
te, para nós seriam sem valor. Só a coincidência lhes dá a verdade. Depois, quando é chegado o
momento de liberá-las à luz da publicidade, cada um, então se lembra de ter recebido instruções
no mesmo sentido. É este o movimento geral que observamos, que estudamos, com a assistência
12
dos nossos guias espirituais, e que nos ajuda a julgar da oportunidade para fazermos uma coisa
ou dela nos esquecermos.
Este controle universal é uma garantia para a unidade do Espiritismo, e anulará todas as teorias
contraditórias. É nele que se fundará o critério da verdade. O que faz o sucesso da Doutrina for-
mulada em O Livro dos Espíritos e em O Livro dos Médiuns, foi que, por toda parte, cada um
pôde receber diretamente dos Espíritos a confirmação do que eles contém. Se, de todas as partes,
os Espíritos tivessem vindo contradizê-los, esses livros não teriam, depois de tanto tempo, supor-
tado a sorte de todas as ideias fantásticas. O próprio apoio da imprensa não os teria salvo do es-
quecimento, ao passo que, sem esse apoio, tiveram um caminho rápido, porque tiveram o apoio
dos Espíritos, cuja correta vontade compensou, em muito, a errada vontade dos humanos. Assim
o será com todas as ideias emanadas dos Espíritos ou de humanos que não puderem suportar a
prova deste controle, do qual ninguém pode contestar o poder.
Suponhamos, pois, que alegrasse a certos Espíritos ditar, sob um título qualquer, um livro em
sentido contrário. Suponhamos mesmo que, numa intenção hostil, e com objetivo de desacreditar
a Doutrina, a cobiça arrumasse comunicações mentirosas. Que influência poderiam ter esses es-
critos se são desmentidos, de todos os lados, pelos Espíritos? É do apoio destes últimos que seria
preciso se assegurar, antes de lançar um sistema em seu nome. Do sistema de um só ao de todos,
há a distância da unidade ao infinito. Que podem mesmo todos os argumentos dos que são con-
trários, sobre a opinião das massas, quando milhões de vozes amigas, partidas do espaço, vêm de
todos os cantos do Universo, e no seio de cada família os desmentem vivamente? Os fatos ocor-
ridos, sob esse aspecto, já não confirmaram a teoria? Em que se tornaram todas aquelas publica-
ções que deviam, supostamente, aniquilar o Espiritismo? Qual aquela que apenas lhe deteve a
marcha? Até hoje, não se tinha encarado a questão sob este ponto de vista, um dos mais graves,
sem dúvida. Cada um contou consigo mesmo, mas sem contar com o apoio dos Espíritos.
O princípio da concordância é, ainda, uma garantia contra as alterações que poderiam infligir ao
Espiritismo. Muitas seitas gostariam de se apoderar dele em proveito próprio, e acomodá-lo à sua
maneira. Quem tentasse desviá-lo do seu objetivo providencial, fracassaria, pela simples razão de
que os Espíritos, pela universalidade de seu ensinamento, farão cair toda modificação que se a-
faste da verdade.
Resulta de tudo isso uma verdade fundamental: é que quem quisesse se colocar contra a corrente
de ideias, estabelecidas e sancionadas, poderia causar uma pequena perturbação local e momen-
tânea, mas jamais dominar o conjunto, mesmo no presente, e ainda menos no futuro.
Disso resulta mais: que as instruções dadas pelos Espíritos sobre os pontos da Doutrina ainda não
elucidados não seriam lei, porquanto ficariam isoladas. Que elas não devem, por conseguinte, ser
aceitas senão com todas as reservas e a título de informação.
Daí a necessidade de se ter, na sua publicação, a maior prudência, e, no caso em que se acredi-
tasse dever publicá-las, importaria não as apresentar senão como opiniões individuais, mais ou
menos prováveis, mas, tendo, em todos os casos, necessidade de confirmação. É esta confirma-
ção que se precisa alcançar antes de apresentar um princípio como verdade absoluta, se não se
quer ser acusado de leviandade ou de credulidade irrefletida.
Os Espíritos corretos procedem, nas suas revelações, com uma extrema sabedoria. Eles não a-
bordam as grandes questões da Doutrina senão gradualmente, à medida que a inteligência já tem
conhecimentos e moral para compreender verdades de uma ordem mais elevada, e que as cir-
cunstâncias são propícias para a emissão de uma ideia nova. É por isso que, desde o princípio,
eles não disseram tudo. E não disseram tudo ainda hoje, não cedendo jamais à impaciência de
pessoas apressadas, que não aprendem e nem fazem, mas querem colher os frutos antes de ama-
durecidos. Seria, pois, supérfluo querer antecipar o tempo assinalado para cada coisa pela Lei de
Deus, porque então, os Espíritos corretos recusariam positivamente se manifestarem. Mas os Es-
píritos ‘prepotentes’, pouco se incomodando com a verdade, respondem a tudo. É por essa razão
que, sobre todas as questões prematuras, há sempre respostas contraditórias.
Os princípios acima não são o resultado de uma teoria pessoal, mas a consequência inevitável
das condições nas quais os Espíritos se manifestam. É evidente que, se um Espírito diz uma coisa
de um lado, enquanto que milhões de Espíritos dizem o contrário de outro lado, a presunção da
verdade não pode estar com aquele que está só, ou quase só em sua opinião. Ora, pretender ter
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razão sozinho contra todos, seria tão ilógico da parte de um Espírito, como da parte dos huma-
nos. Os Espíritos corretos, se não se sentem suficientemente esclarecidos sobre uma questão, não
a decidem jamais de um modo absoluto. Eles declaram não tratá-la senão sob seu ponto de vista,
e aconselham esperar sua confirmação.
Por grande, bela e justa que seja uma ideia, é impossível que ela reúna, desde o princípio, todas
as opiniões. Os conflitos resultantes dela são a consequência inevitável do movimento que se o-
pera. São mesmo necessários para melhor fazer ressaltar a verdade, e é útil que eles ocorram no
princípio para que as ideias falsas sejam mais prontamente desgastadas. Os Espíritas que nisso
concebessem alguns temores devem estar, pois, tranquilizados. Todas as pretensões isoladas cai-
rão, pela força das coisas, diante do grande e poderoso critério do controle universal.
Não é à opinião de um Espírito ou humano que se deverá prender-se, mas à voz unânime dos Es-
píritos. Não é um humano, não mais nós que outro, que fundará a ortodoxia Espírita. Não é, tam-
pouco, um Espírito vindo se impor a quem quer que seja. É a universalidade dos Espíritos se co-
municando sobre toda a Terra de acordo com a Lei de Deus. Aí está o caráter essencial e verda-
deiro da Doutrina Espírita, sua força e sua autoridade. A Lei de Deus só pode ser assentada sobre
uma base inabalável, por isso não repousa sobre a cabeça frágil de um único Espírito ou humano.
É diante desse poderoso conjunto de Espíritos corretos, que não reconhece nem os "ensinos se-
cretos", nem as rivalidades invejosas, nem as seitas, nem as nações, que virão desmoronar todas
as oposições, todas as ambições, todas as pretensões à supremacia individual. Que nós mesmos
nos destruiríamos se quiséssemos substituir esses ensinos soberanos pelas nossas próprias ideias.
Só ele decidirá todas as questões duvidosas, fará calar as dissidências, e dará razão, a quem esti-
ver certo. Diante desse imponente acordo de todas as vozes do mundo espiritual, que pode a opi-
nião de um humano ou de um Espírito? Menos que a gota d’água que se confunde no oceano,
menos que a voz da criança, abafada pela tempestade.
A opinião universal, eis, pois, o juiz supremo, aquele que pronuncia a última palavra: ela se for-
ma de todas as opiniões individuais. Se uma delas é verdadeira, não tem senão seu peso parcial
na balança. Se é falsa, não pode se impor sobre todas as outras. Nesse imenso conjunto, as indi-
vidualidades se apagam, e está aí um novo revés para o orgulho humano.
Esse conjunto harmonioso já se desenha. Ora, este nosso tempo não passará sem que resplandeça
com todo o seu brilho, de maneira a eliminar todas as incertezas. Porque até lá vozes poderosas
terão recebido missão de se fazerem ouvir para reunir os humanos sob a mesma bandeira, desde
que o campo esteja suficientemente lavrado – estudado e aplicado -. A espera disso, aquele que
flutuasse entre dois sistemas contrários poderia observar em que sentido se forma a opinião ge-
ral: é o indício certo do sentido no qual se pronuncia a maioria dos Espíritos sobre os diversos
pontos onde eles se comuniquem. É um sinal não menos certo daquele dos dois sistemas que
dominará.
(Devemos fixar bem que, a ‘opinião geral’, ou seja a maioria absoluta dos Espíritos, sempre será aquela em
que a ‘razão moral’ permanece impoluta.)
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III - NOTÍCIAS HISTÓRICAS
Para compreender certas passagens dos Evangelhos, é necessário conhecer o significado de vá-
rias palavras que nele são empregadas, e que caracterizam os costumes e denominações da soci-
edade judaica dessa época. Essas palavras, não tendo para nós o mesmo sentido, frequentemente
foram erradamente interpretadas, e por isso mesmo deixaram uma espécie de dúvida. A compre-
ensão do que significam explica, por outro lado, o sentido verdadeiro de certos ensinos que pare-
cem estranhos à primeira vista.
SAMARITANOS. Depois da separação das dez tribos, Samaria tornou-se a capital do reino dis-
sidente de Israel. Destruída e reconstruída por várias vezes, ela foi, sob os Romanos, a sede da
Samaria, uma das quatro divisões da Palestina. Herodes, dito o Grande, a embelezou, com suntu-
osos monumentos, e, para agradar Augusto, deu-lhe o nome de Augusta, que em grego quer dizer
Sébaste.
Os Samaritanos estiveram, quase sempre, em guerra com os reis de Judá. Um ódio profundo, da-
tando da separação das tribos, perpetuou-se entre os dois reinos, que afastavam todas as relações
recíprocas. Os Samaritanos, para tornar a separação mais profunda e não ter que ir a Jerusalém
na celebração das festas religiosas, construíram um templo particular, e adotaram certas refor-
mas. Eles não admitiam senão o Pentateuco contendo a lei de Moisés, rejeitando todos os livros
que lhe foram adicionados depois. Seus livros religiosos eram escritos em caracteres hebreus an-
tigos. Aos olhos dos Judeus ortodoxos, eles eram errados, e, por isso mesmo, desprezados, amal-
diçoados e perseguidos. O antagonismo dos dois reinos tinha, pois, por único princípio a diver-
gência das opiniões religiosas, embora suas crenças tivessem a mesma origem. Eram os Protes-
tantes daquela época.
Encontram-se, ainda hoje, Samaritanos em algumas regiões do Levante, particularmente em Na-
plouse e Jafta. Eles observam a lei de Moisés com mais rigor que os outros Judeus, e não fazem
aliança senão entre eles.
NAZARENOS. Nome dado, na antiga lei, aos Judeus que faziam voto, seja por toda a vida físi-
ca, seja por um tempo, de conservar certa pureza. Eles se obrigavam à castidade, à abstinência de
álcool e à conservação da sua cabeleira. Sansão, Samuel e João Batista eram Nazarenos. Mais
tarde, os Judeus deram esse nome aos primeiros cristãos, por alusão a Jesus de Nazaré.
Este foi também o nome de uma seita dos primeiros séculos da era cristã que, da mesma forma
que os Ebionitas, dos quais ela adotava certos princípios, misturava as práticas do mosaísmo com
os dogmas cristãos. Essa seita desapareceu no quarto século.
PUBLICANOS. Assim se chamavam, na antiga Roma, os cavaleiros cobradores das taxas pú-
blicas, encarregados do recolhimento dos impostos e das rendas de toda natureza, seja na própria
Roma, seja em outras partes do Império. Eles eram iguais aos cobradores de impostos gerais do
antigo regime na França, e tais como existem ainda em certas regiões. Os riscos que eles corriam
faziam fechar os olhos sobre certas riquezas que, frequentemente, adquiriam, e que, em muitos,
eram o produto de arbitrariedades e de benefícios escandalosos. O nome de publicano se esten-
deu mais tarde a todos aqueles que tinham a administração do dinheiro público e aos agentes su-
balternos. Hoje, esta palavra se toma em outro sentido para designar os financistas e agentes de
negócios pouco escrupulosos. Diz-se algumas vezes: "Ávido como um publicano, rico como um
publicano", para uma fortuna de origem desonesta.
Da dominação romana, foi o imposto o que os Judeus menos aceitaram e o que lhes causava
maior irritação, dando origem a várias revoltas e transformando-se numa questão religiosa, por-
que o olhavam como contrário à lei judaica. Formou-se mesmo um partido poderoso à frente do
qual estava certo Judas, dito o Gaulonita, que tinha por princípio a recusa do imposto. Os Judeus
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tinham, pois, horror ao imposto e, por consequência, a todos aqueles que estavam encarregados
de recebê-lo. Daí sua aversão pelos publicanos de todas as categorias, entre os quais poderiam se
encontrar pessoas muito estimáveis, mas que, devido à sua função, eram desprezadas, assim co-
mo aqueles que com eles conviviam, e que eram confundidos na mesma reprovação. Os Judeus
mais importantes acreditavam se comprometerem, com a lei judaica, ao ter com eles relações de
amizade.
Os PORTAGEIROS eram os cobradores de baixa categoria, encarregados principalmente da ar-
recadação dos direitos à entrada nas cidades. Suas funções correspondiam aproximadamente às
dos guardas alfandegários e dos recebedores de barreira. Eles passavam pelo mesmo repúdio a-
plicado aos publicanos em geral. É por essa razão que, no Evangelho, encontra-se, frequente-
mente, o nome de publicano, ou portageiro, como sendo de gente de errada vida. Essa qualifica-
ção não implicava na de debochados e de pessoas de honra duvidosa. Era um termo de desprezo,
sinônimo de pessoas de errada companhia, indignas de conviverem com pessoas que seguiam a
lei judaica.
FARISEUS (do Hebreu Parasch, divisão, separação). A tradição formava uma parte importante
da teologia judaica. Ela consistia na coletânea das interpretações sucessivas dadas sobre o senti-
do das Escrituras – velho testamento -, e que se tornavam artigos de dogma. Era, entre os douto-
res da lei, objeto de intermináveis discussões, o mais frequentemente sobre simples questões de
palavras ou de forma, no gênero das disputas teológicas e das sutilezas da escolástica da Idade
Média. Daí nascerem diferentes seitas que pretendiam ter, cada uma, o monopólio da verdade, e,
como acontece quase sempre, detestando-se politicamente umas às outras.
Entre essas seitas, a mais influente era a dos Fariseus, que teve por chefe Hillel, doutor da lei, ju-
deu nascido na Babilônia, fundador de uma escola célebre onde se ensinava que a fé não era de-
vida senão às Escrituras. Sua origem remonta aos anos 180 ou 200 antes de Jesus, o Cristo. Os
Fariseus foram perseguidos em diversas épocas, notadamente sob Hircânio, soberano pontífice e
rei dos Judeus, Aristóbulo e Alexandre, rei da Síria. Entretanto, este último tendo lhes restituído
suas honras e seus bens, eles recuperaram seu poder que conservaram até a ruína de Jerusalém,
no ano 70 da era cristã, época na qual seu nome desapareceu em consequência da dispersão dos
Judeus.
Os Fariseus tomavam parte ativa nas controvérsias religiosas. Servis observadores das práticas
exteriores do culto e das cerimônias, cheios de um zelo ardente em aumentar os seus seguidores,
adversários dos inovadores, eles aparentavam uma grande severidade de princípios. Mas, sob as
aparências de uma devoção meticulosa, escondiam costumes dissolutos, muito orgulho, e, acima
de tudo, uma paixão excessiva de dominação. A religião era para eles antes um meio de subir do
que o objeto de uma fé sincera. Eles não tinham senão as aparências e a ostentação da virtude.
Mas, com isso, exerciam uma grande influência sobre o povo, aos olhos do qual passavam por
puros personagens. Por isso, eram muito poderosos em Jerusalém.
Acreditavam, ou pelo menos faziam profissão de crer, na Providência, na imortalidade do Espíri-
to, na eternidade das penas e na ressurreição dos mortos. Jesus, o Cristo, que estimava, antes de
tudo, a simplicidade e as qualidades de coração, que preferia na lei o espírito que vivifica à letra
que mata, se aplicou durante toda a sua missão, a lhes desmascarar a hipocrisia, e, por conse-
guinte, fez deles adversários obstinados. Por isso, aliaram-se aos chefes dos sacerdotes para le-
vantar o povo contra ele e crucificá-lo.
ESCRIBAS. Nome dado, no princípio, aos secretários dos reis de Judá, ou a certos oficiais dos
exércitos judeus. Mais tarde, esta designação foi aplicada especialmente aos doutores da lei que,
ensinavam a lei de Moisés e a interpretavam ao povo. Eles estavam de acordo com os Fariseus,
dos quais partilhavam os princípios e a antipatia contra os inovadores. Por isso, Jesus, o Cristo,
os confunde na mesma reprovação.
SINAGOGA (do grego Sunagogue, assembleia, congregação). Não havia na Judéia senão um
único templo, o de Salomão, em Jerusalém, onde se celebravam as grandes cerimônias do culto.
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Os judeus para aí seguiam todos os anos em peregrinação, para as principais festas, tais como as
da Páscoa, da Dedicação e dos Tabernáculos. Foi nessas ocasiões que, para lá, Jesus, o Cristo,
fez várias viagens. As outras cidades não tinham templos, mas sinagogas, edifícios onde os ju-
deus se reuniam aos sábados para fazer preces públicas, sob a direção dos anciãos, dos escribas
ou doutores da lei. Faziam-se aí, também, leituras tiradas dos livros religiosos que eram explica-
das e comentadas. Cada um podia nelas tomar parte e, por isso, Jesus, o Cristo, sem ser sacerdo-
te, ensinava nas sinagogas, nos dias de sábado. Depois da ruína de Jerusalém e da dispersão dos
judeus, as sinagogas nas cidades que eles habitavam, serviam-lhes de templos para a celebração
do culto.
SADUCEUS. Seita judia que se formou por volta do ano 248 a.C.; assim chamada em razão de
Sadoc, seu fundador. Os Saduceus não acreditavam nem na imortalidade do Espírito, nem na res-
surreição, nem nos Espíritos. Entretanto, eles acreditavam em Deus, mas não esperando nada de-
pois da morte, não o servindo senão com o objetivo de recompensas temporais, ao que, segundo
eles, se limitava sua providência. Também a satisfação dos sentidos era, a seus olhos, o objetivo
essencial da vida. Quanto às Escrituras, eles se prendiam ao texto da lei antiga, não admitindo
nem a tradição, nem nenhuma interpretação. Colocavam as boas obras e a execução pura e sim-
ples da lei, acima das práticas exteriores do culto. Eram, como se vê, os materialistas, os deístas
e os sensualistas da época. Esta seita era pouco numerosa, mas contava com personalidades im-
portantes, e tornou-se um partido político constantemente em oposição aos Fariseus.
ESSÊNIOS ou ESSEUS, seita judia fundada por volta do ano 150 a.C., ao tempo dos Macabeus,
e cujos membros, que habitavam espécies de monastérios, formavam entre eles uma espécie de
associação moral e religiosa. Distinguiam-se pelos costumes brandos e virtudes austeras, ensina-
vam o amor a Deus e ao próximo, a imortalidade do Espírito, e acreditavam na ressurreição. Vi-
viam no celibato, condenavam a servidão e a guerra, tinham seus bens em comum, e se entrega-
vam à agricultura. Em oposição aos Saduceus sensuais que negavam a imortalidade, aos Fariseus
rígidos para as práticas exteriores, e nos quais a virtude não era senão aparente, eles não toma-
vam nenhuma parte nas querelas que dividiam essas duas seitas. Seu gênero de vida se aproxi-
mava ao dos primeiros cristãos, e os princípios de moral que professavam fizeram algumas pes-
soas pensarem que Jesus, o Cristo, fez parte dessa seita antes do início de sua missão pública. O
que é certo, é que ele deve tê-la conhecido, mas nada prova que a ela se filiou, e tudo o que se
escreveu a este respeito é hipotético (1).
(1) O desencarne de Jesus, o Cristo, supostamente escrito por um irmão essênio, é um livro completamente falso, escrito com o objetivo
de servir a uma opinião, e que encerra, em si mesmo, a prova da sua origem moderna.
TERAPEUTAS (do grego thérapeutaï de thérapeueïn, servir, cuidar. Quer dizer, servidores de
Deus ou curandeiros). Seita de judeus ao tempo de Jesus, o Cristo, estabelecidos principalmente
em Alexandria, no Egito. Tinham uma grande semelhança com os Essênios, dos quais professa-
vam os princípios. Como estes últimos, eles se entregavam à prática de todas as virtudes. Sua a-
limentação era de uma extrema frugalidade. Devotados ao celibato, à contemplação e à vida soli-
tária, formavam uma verdadeira ordem religiosa. Fílon, filósofo judeu platônico de Alexandria,
foi o primeiro que falou dos Terapeutas. Considerou-os uma seita do judaísmo. Eusébio, Jerôni-
mo e outros pais da igreja católica pensavam que eram cristãos. Fossem judeus ou cristãos, é e-
vidente que, da mesma forma que os Essênios, eles formam o traço de união entre o judaísmo e o
Cristianismo.
(Essa parte foi para recordarmos de como nós éramos àquela época. Será que mudamos?)
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IV. SÓCRATES E PLATÃO
PRECURSORES DA IDEIA CRISTÃ E DO ESPIRITISMO
Do fato de que Jesus, o Cristo, deve ter conhecido a seita dos Essênios, seria errado concluir que
dela hauriu sua Doutrina, e que, se tivesse vivido em outro meio, teria professado outros princí-
pios. As grandes ideias não surgem nunca de uma hora para outra. As que têm por base a verda-
de, têm sempre os iniciadores que lhe preparam parcialmente os caminhos. Depois, quando os
tempos são chegados, o mundo espiritual envia um Espírito com a missão de resumir, coordenar
e completar esses elementos espalhados, e formar-lhes um corpo. Deste modo, a ideia não che-
gando de repente, encontra humanos plenamente dispostos a aceitá-la. Assim ocorreu com a i-
deia cristã, que foi iniciada vários séculos antes de Jesus, o Cristo, e dos Essênios, e da qual Só-
crates e Platão foram os principais divulgadores.
Sócrates, da mesma forma que Jesus, o Cristo, nada escreveu, ou pelo menos não deixou nenhum
escrito. Foi condenado tal qual um criminoso, vítima do fanatismo dos governantes, por ter dis-
cordado das crenças tradicionais, e colocado a virtude real acima da hipocrisia e da falsidade das
formas, numa palavra, por ter combatido os preconceitos religiosos. Foi acusado pelos ‘fariseus
gregos’ de corromper o povo pelos seus ensinamentos, de corromper a juventude, proclamando o
dogma da unicidade de Deus, da imortalidade do Espírito e da vida futura. Da mesma forma, a-
inda, que não conhecemos a Doutrina de Jesus, o Cristo, senão pelos escritos dos seus discípulos,
não conhecemos a Filosofia de Sócrates senão pelos escritos do seu discípulo Platão. Cremos útil
resumir aqui os seus pontos principais para mostrar sua concordância com os princípios do Cris-
tianismo.
Àqueles que considerassem esse paralelo como uma profanação, e pretendessem que não poderia
haver paridade entre o escrito de um filosofo e a Doutrina de Jesus, o Cristo, responderemos que,
a Filosofia de Sócrates não era pagã, uma vez que tinha por objetivo combater o paganismo.
Que a Doutrina de Jesus, o Cristo, muito mais pura que a de Sócrates, nada tem a perder com a
comparação. Que a grandeza da missão divina de Jesus, o Cristo, com isso não seria diminuída.
Que, aliás, está na História e que não pode ser abafada. O humano atingiu um ponto em que a luz
irradia, por si mesma, mesmo debaixo da mesa. Ele está maduro para encará-la. Tanto pior para
aqueles que não ousam abrir os olhos. O tempo é chegado de examinar as coisas amplamente e
do alto, e não mais pelo ponto de vista mesquinho e estreito dos interesses de seitas e de castas.
Estas citações provarão, por outro lado, que, se Sócrates e Platão pressentiram a ideia cristã, en-
contram-se igualmente em suas Filosofias os princípios fundamentais do Espiritismo.
RESUMO DA DOUTRINA DE SÓCRATES E DE PLATÃO
- I - O humano é um Espírito encarnado. Antes da sua encarnação, ele existia unido aos ti-
pos primordiais, às ideias do verdadeiro, do correto e do belo. Deles se separa em se encar-
nando e, recordando seu passado, está mais ou menos atormentado pelo desejo de a eles re-
tornar.
Não se pode enunciar mais claramente a distinção e a independência do princípio inteligente e do
princípio material. Por outro lado, é a Doutrina da pré-existência do Espírito, da vaga intuição
que ele conserva de outro mundo ao qual aspira, de sua sobrevivência ao corpo físico, de sua saí-
da do mundo espiritual para se encarnar, e de sua reentrada no mesmo mundo depois do desen-
carne. É, enfim, o germe da Doutrina dos "Anjos decaídos".
- II - O Espírito se extravia e se perturba quando se serve do corpo físico para considerar
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qualquer objeto. Tem tonturas como se estivesse bêbado, porque se liga a coisas que são,
por sua natureza, sujeitas a mudanças. Ao passo que, quando contempla sua própria essên-
cia, ele se dirige para o que é puro, eterno, imortal e, sendo da mesma natureza, fica aí li-
gado tanto tempo quanto o possa. Então suas preocupações cessam porque está unido ao
que é imutável, e esse estado do Espírito é o que se chama a sabedoria.
Assim também se ilude o humano que considera as coisas de baixo, terra a terra, do ponto de vis-
ta material. Para apreciá-las com justeza, é preciso vê-las de cima, quer dizer, do ponto de vista
espiritual. O verdadeiro sábio, pois, deve, de algum modo, isolar o Espírito do corpo físico, para
ver com os ‘olhos’ do Espírito. É o que ensina o Espiritismo.
(Sabedoria é sinônimo de conhecimento moralizado!)
- III - Enquanto tenhamos nosso corpo físico, e o Espírito se encontre mergulhado nessa
materialidade, jamais conseguiremos o objetivo dos nossos desejos: a verdade. Com efeito,
o corpo físico nos cria mil obstáculos pela necessidade que temos de cuidá-lo. Ademais, ele
nos enche de desejos, de apetites, de temores, de mil quimeras e de mil tolices, de maneira
que, com ele, é impossível ser consciente um instante. Mas, se não é possível nada conhecer
com pureza enquanto o Espírito está unido ao corpo físico, é preciso de duas coisas uma: ou
que não se conheça jamais a verdade ou que se venha a conhecê-la depois do desencarne.
Livres da loucura do corpo físico, então, conversaremos, é a esperança, com Espíritos i-
gualmente livres, e conheceremos por nós mesmos a essência de todas as coisas. Por isso, os
verdadeiros sábios se exercitam para desencarnar e o desencarne não lhes parece de ne-
nhum modo temível.
Eis aí o princípio das faculdades do Espírito, obscurecidos por intermédio dos órgãos corporais
físicos, e da expansão dessas faculdades depois do desencarne. Mas não se trata aqui senão de
Espíritos corretos. Não ocorre o mesmo com os Espíritos perturbados.
- IV - O Espírito perturbado, nesse estado, está entorpecido e é arrebatado de novo para o
mundo material, pelo horror daquilo que é invisível e imaterial, ele anda, então, diz-se, ao
redor dos cemitérios e dos túmulos, perto dos quais viu, por vezes, fantasmas tenebrosos,
como devem ser as imagens dos Espíritos que deixaram o corpo físico em estado de pertur-
bação, e guardam alguma coisa da forma material, o que faz com que o ‘olhar’, espiritual,
possa percebê-los. Esses são os Espíritos dos perturbados, que são forçados a perambula-
rem nesses lugares, onde carregam as dívidas da sua vida anterior, e onde continuam a an-
dar, até que os apetites referentes à vida material, que se deram, conduzam-nos a um corpo
físico. E, então, eles retomam, sem dúvida, os mesmos costumes que, durante sua vida ante-
rior, foram o objeto de suas predileções.
Não só o princípio da reencarnação está aí claramente exposto, mas o estado dos Espíritos que
estão ainda sob o domínio da matéria, está descrito tal como o Espiritismo o mostra nas evoca-
ções. Há mais: está dito que a reencarnação num corpo material é uma consequência da pertur-
bação do Espírito, enquanto que os Espíritos puros estão livres dela. O Espiritismo não diz outra
coisa. Acrescenta, apenas que, o Espírito que tomou corretas resoluções quando desencarnado, e
que tem conhecimentos e moral adquiridos, leva, em reencarnando, menos erros, mais de virtu-
des, e mais de ideias intuitivas que não tivera em sua anterior existência. E que, assim cada exis-
tência marca para ele o progresso intelectual, em conhecimentos e moral.
- V - Depois do nosso desencarne, o gênio, (daimôn, ‘demônio’) que nos fora designado du-
rante nossa vida encarnada, nos conduz para um lugar onde se reúnem todos aqueles que
devem ser conduzidos ao Hades, para aí serem julgados. Os Espíritos, depois de terem
permanecido no Hades, o tempo necessário, são reconduzidos a esta vida física em numero-
sos e longos períodos.
É a Doutrina dos "Anjos da guarda" ou Espíritos protetores, e das reencarnações sucessivas, de-
pois de intervalos mais ou menos longos de desencarnações.
- VI - Os demônios, enchem o espaço que separa o céu da Terra. São o laço que une o
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Grande Todo consigo mesmo. A DIVINDADE, NÃO ENTRANDO JAMAIS EM COMU-
NICAÇÃO DIRETA COM O HUMANO, é por intermédio dos demônios, que os deuses se
relacionam e conversam com ele, esteja acordado ou esteja dormindo.
A palavra daimôn, que deu origem a demônio, não era tomada no errado sentido na antiguidade,
como entre os modernos. Não se dizia exclusivamente dos seres em erro, mas de todos os Espíri-
tos em geral, entre os quais distinguiam-se os Espíritos corretos, chamados deuses, e os Espíritos
em erro, perturbados, ou demônios propriamente ditos, que se comunicavam diretamente com os
humanos. O Espiritismo diz também que os Espíritos povoam o espaço. Que Deus não se comu-
nica com os humanos, e que os Espíritos puros são os encarregados de aplicarem Sua Lei. Que os
Espíritos se comunicam com os humanos, estando acordados ou dormindo. Substituí a palavra
"demônio" pela palavra "Espírito" e tereis a Doutrina Espírita. Colocai a palavra "Anjo" e tereis
a Doutrina Cristã.
- VII - A preocupação constante do filósofo, (tal como o compreendiam Sócrates e Platão) é
tomar o maior cuidado com o Espírito, menos por esta vida, que não é senão um instante,
do que em vista da eternidade. Se o Espírito é imortal, não é mais sábio viver com vistas à
eternidade?
O Cristianismo e o Espiritismo ensinam a mesma coisa.
- VIII - Se o Espírito é imaterial, depois desta vida material, ele deve seguir para um mun-
do igualmente invisível e imaterial, da mesma forma que o corpo físico, em se decompondo,
retorna à matéria bruta. Importa somente distinguir bem o Espírito correto, verdadeira-
mente imaterial, que se nutre, como Deus, de conhecimento e de moral, do Espírito pertur-
bado, manchado de impurezas materiais que o impedem de se elevar até o divino, e o retêm
nos lugares de sua morada terrestre.
Sócrates e Platão, como se vê, compreendiam perfeitamente os diferentes graus de desmateriali-
zação do Espírito. Eles insistem sobre a diferença de situação que resulta para ele sua pureza
maior ou menor. O que eles diziam por intuição, o Espiritismo o prova por numerosos exemplos
que coloca sob nossos olhos.
- IX - Se o desencarne fosse a dissolução total do humano, seria um grande lucro para os
errados, depois do seu desencarne, estarem livres, ao mesmo tempo, de seus corpos físicos,
de seu Espírito e dos seus vícios. Aquele que ornou o Espírito, não de um enfeite estranho,
mas do que lhe é próprio, só este poderá esperar tranquilamente a hora da sua partida pa-
ra o outro mundo.
Em outros termos, é dizer que o materialismo, que proclama o nada depois do desencarne, seria a
anulação de toda responsabilidade moral ulterior, e, por consequência, um excitante ao erro. Que
o erro tem tudo a ganhar com o nada: que só o humano que se despojou de seus vícios e se enri-
queceu de virtudes pode esperar tranquilamente o despertar na outra vida. O Espiritismo nos
mostra, pelos exemplos que coloca diariamente sob nossos olhos, quanto é penosa para o errôneo
a passagem de uma vida para a outra e a entrada na vida espiritual.
- X - O corpo físico conserva os vestígios bem marcados dos cuidados que com ele se tomou,
ou dos acidentes que experimentou. Ocorre o mesmo com o Espírito. Quando ele está des-
pojado do corpo físico, carrega os traços evidentes do seu caráter, de suas afeições e as
marcas que cada ato da sua vida lhe deixou. Assim, a maior infelicidade que possa atingir o
humano, é a de ir para o outro mundo com o Espírito carregado de erros. Tu vês, Callicles,
que nem tu, nem Pólus, nem Górgias, não saberíeis provar que se deve levar uma outra vi-
da que nos será mais útil quando estivermos lá no outro mundo. De tantas opiniões diver-
sas, a única que permanece inabalável, é a que vale mais receber que cometer uma injustiça
e que, antes de todas as coisas, deve-se aplicar, não em parecer humano correto, mas a sê-
lo. (Diálogos de Sócrates com seus discípulos, na sua prisão).
Aqui se encontra este outro ponto capital, confirmado hoje pela experiência, de que o Espírito
perturbado conserva as ideias, as tendências, o caráter e as paixões que tinha na Terra. Este ensi-
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namento: "vale mais receber que cometer uma injustiça", não é toda cristã? É o mesmo pensa-
mento que Jesus, o Cristo, exprime por este ensinamento: “Se alguém vos bate sobre um lado da
face, estendei-lhe ainda o outro lado”.
- XI - De duas coisas uma: ou o desencarne é uma destruição absoluta, ou ele é a passagem
de um Espírito para outro lugar. Se tudo deve se exterminar, o desencarne será como uma
dessas raras noites que passamos sem sonho e sem nenhuma consciência de nós mesmos.
Mas se o desencarne não é senão uma mudança de morada, a passagem para um lugar on-
de os desencarnados devem se reunir, que felicidade nele reencontrar aqueles a quem se
conheceu! Meu maior prazer seria o de examinar de perto os habitantes dessa morada, e de
aí distinguir, como aqui, aqueles que são sábios daqueles que creem sê-lo e não o são. Mas é
hora de nos deixarmos, eu para desencarnar, vós para viver. (Sócrates a seus juízes).
Segundo acredita Sócrates, os humanos que viveram na Terra, se reencontram depois do desen-
carne e se reconhecem. O Espiritismo no-los mostra continuando as relações que tiveram, de tal
sorte que o desencarne não é nem uma interrupção, nem uma cessação da vida espiritual, mas
uma transformação, sem interrupção da existência espiritual.
Tivessem Sócrates e Platão conhecido os ensinamentos que Jesus, o Cristo, daria quinhentos a-
nos mais tarde, e os que os Espíritos dão atualmente, e não haveriam de falar de outra forma.
Nisso não há nada que deve surpreender, se se considera que as grandes verdades são eternas, e
que os Espíritos as deveram conhecer antes de virem encarnar, para onde as trouxeram. Que Só-
crates, Platão e os grandes filósofos de seu tempo puderam estar mais tarde entre aqueles que se-
cundaram Jesus, o Cristo, na sua divina missão, e que foram escolhidos precisamente porque ti-
nham, mais que os outros, a compreensão de seus sublimes ensinamentos. Que eles podem, en-
fim, hoje, fazer parte da plêiade de Espíritos encarregados de virem ensinar aos humanos as
mesmas verdades.
XII - Não é preciso nunca retribuir injustiça por injustiça, nem fazer o errado a ninguém,
qualquer seja o erro que se nos tenham feito. Poucas pessoas, entretanto, admitirão este
princípio, e as pessoas que estão divididas não devem senão se desprezar umas às outras.
Não está aí o princípio da caridade, que nos ensina a não retribuir o erro com o erro, e de perdoar
aos adversários?
XIII - É pelos frutos que se reconhece a árvore. É preciso qualificar cada ação segundo o
que ela produz: chamá-la errada quando dela provém o erro, correta quando dela nasce o
certo.
Este ensinamento “É pelos frutos que se reconhece a árvore” se encontra textualmente repetida
várias vezes no Evangelho.
XIV - A riqueza é um grande perigo. Todo humano que ama a riqueza não ama nem a si,
nem o que está em si, mas a uma coisa que lhe é ainda mais estranha que aquela que está
em si.
Equivale a ‘Não se pode amar a Deus e a Mamon’. Não se podem igualar os valores espirituais
com os materiais!
XV - As mais belas orações e os mais belos sacrifícios agradam menos a Divindade que um
Espírito virtuoso que se esforça por assemelhar-se a ela. Seria uma coisa grave se os deuses
tivessem mais consideração para com as nossas oferendas que pelo Espírito. Por esse meio,
os mais culpáveis poderiam se lhes tornarem favoráveis. Mas não, não há de verdadeira-
mente justo e sábio senão aqueles que, por suas palavras e pelos seus atos, desempenhem-se
do que devem aos deuses e aos humanos.
O ‘reino dos céus’ não se atinge por ofertas materiais aos ‘deuses’! Só com o amor total, em de-
dicação e pureza!
XVI - Chamo humano vicioso a esse amante vulgar que ama o corpo físico antes que o Es-
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pírito. O amor está por toda parte na Natureza, que nos convida a exercitar nossa inteli-
gência. É encontrado até nos movimentos dos astros. É o amor que orna a Natureza de seus
ricos tapetes. Ele se enfeita e fixa sua morada lá onde encontra flores e perfumes. É ainda o
amor que dá a paz aos humanos, a calma ao mar, o silêncio aos ventos e o sono à dor.
O amor, que deve unir os humanos por um laço fraternal, é uma consequência dessa teoria de
Platão sobre o amor universal como lei natural. Sócrates, tendo dito que “o amor não é um deus
nem um mortal, mas um grande demônio”, quer dizer, um grande Espírito presidindo ao amor
universal, esta afirmação lhe foi, sobretudo, imputada como crime.
XVII - A virtude não se pode ensinar, ela vem por um dom de Deus àqueles que a possuem.
É aproximadamente a Doutrina cristã sobre a graça. Mas, se a virtude é um dom de Deus, é um
favor, que se pode pedir, porque ela não é concedida a todo o mundo. Por outro lado, se é um
dom, ela é sem mérito para aquele que a possui. O Espiritismo é mais explícito. Ele diz que a-
quele que possui a virtude a desenvolve por seus esforços em existências sucessivas, em se des-
pojando, pouco a pouco, das suas imperfeições. A graça é a força da qual a Lei de Deus favorece
todo humano de boa vontade, para se despojar do erro e para fazer o certo.
XVIII - É uma disposição natural, a cada um de nós, se aperceber bem menos dos nossos
defeitos que dos de outrem.
No Evangelho ensina: “Vedes o galho no olho do vosso vizinho, e não vedes a árvore que está no
vosso”.
XIX - Se os médicos fracassam na maioria das doenças, é que tratam o corpo físico sem o
Espírito, e que, o todo não estando em bom estado, é impossível que a parte se porte bem.
O Espiritismo dá a chave das relações que existem entre o Espírito e o corpo físico, e prova que
há reação incessante de um sobre o outro. Ele abre, assim, um novo caminho à ciência e, em lhe
mostrando a verdadeira causa de certas doenças, lhe dá os meios de combatê-las. Quando a ci-
ência se inteirar da ação do elemento espiritual no mundo material, fracassará com menos fre-
quência.
XX - Todos os humanos, a começar desde a infância, fazem muito mais erros do que acer-
tos.
Estas palavras de Sócrates tocam a grave questão da predominância do erro na Terra, questão in-
solúvel sem o conhecimento da pluralidade dos mundos e da destinação da Terra, onde não habi-
ta senão uma pequena fração da Humanidade. Só o Espiritismo lhe dá a solução.
XXI - Há sabedoria em não crer saber aquilo que tu não sabes.
Isto vai endereçado às pessoas que criticam aquilo de que, frequentemente, não sabem a primeira
palavra. Platão completa esse pensamento de Sócrates, dizendo: "Experimentemos primeiro
torná-los, se isto é possível, mais honestos em palavras, senão, não nos preocupemos com
eles, e não procuremos senão a verdade. Esforcemo-nos em nos instruir, mas não nos inju-
riemos". É assim que devem agir os Espíritas com respeito aos seus contraditores, de correta ou
errada fé. Revivesse Platão hoje, e encontraria as coisas aproximadamente como no seu tempo, e
poderia ter a mesma linguagem. Sócrates também encontraria pessoas para zombarem de sua
crença nos Espíritos, e tratá-lo de louco, assim como a seu discípulo Platão.
Foi por ter professado esses princípios que Sócrates foi primeiro ridicularizado, depois acusado
de impiedade, e condenado a beber cicuta (veneno). Tanto isso é certo que as grandes verdades
novas, levantando contra si os interesses e os preconceitos que machucam, não podem se estabe-
lecer sem luta e sem fazer mártires.
(Há mais de 2500, dois mil e quinhentos, anos já tínhamos ‘mensageiros’ a nos avisarem das verdades espiri-
tuais. É uma pena que essas verdades atrapalhavam nossas ambições materiais, nossos planos de poder e de
mando, nossa posição social e política. Assim sendo não nos foi difícil, dada a nossa posição, acabar com todos
esses ‘mensageiros’. Mas, a VERDADE flui através dos ‘poros’ das montanhas de mentiras, montanhas essas
com que ‘escondemos’, de nós mesmos, aquelas verdades. Agora elas aparecem, mais uma vez, pela Doutrina
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dos Espíritos, será que vamos, novamente, enterrá-la?)
CAPÍTULO I
EU NÃO VIM DESTRUIR A LEI
As três revelações: Moisés; Jesus, o Cristo; o Espiritismo.
Aliança da ciência e da religião - Instruções dos Espíritos: A era nova.
1. Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas. Eu não vim destruí-los, mas dar-lhes cum-
primento. Porque eu vos digo em verdade que o céu e a Terra não passarão, antes que tudo o que
está na Lei de Deus não seja cumprido perfeitamente, até um único jota e um só ponto. (Mateus, cap.
V, v. 17, 18 ).
MOISÉS
2. Há duas partes distintas na lei mosaica: a lei promulgada sobre o monte Sinai, os dez manda-
mentos, e a lei civil ou disciplinar, estabelecida por Moisés. Uma é invariável, a outra se refere
aos costumes e ao caráter daquele povo, e se modifica com o tempo.
A lei está formulada nos dez mandamentos seguintes:
I - Eu sou o Senhor, vosso Deus, que vos tirei do Egito, da casa de servidão. Não tereis outros
deuses estrangeiros diante de mim. Não fareis imagem talhada, nem nenhuma figura de tudo o
que está no alto, no mundo espiritual, e embaixo, na Terra, nem de tudo o que está nas águas sob
a terra. Não os adorareis, nem lhes rendereis culto principal.
II - Não digais em vão o nome do Senhor vosso Deus.
III - Lembrai-vos do respeito ao sétimo dia.
IV - Honrai o vosso pai, e a vossa mãe, a fim de viverdes longo tempo na terra, que o Senhor
vosso Deus vos dará.
V - Não matareis.
VI - Não cometereis adultério.
VII - Não furtareis.
VIII - Não prestareis falso testemunho contra o vosso próximo.
IX - Não desejareis a mulher do vosso próximo.
X - Não desejareis a casa do vosso próximo, nem seu servidor, nem sua serva, nem seu boi, nem
seu asno, nem nenhuma de todas as coisas que lhe pertencem.
Esta lei é de todos os tempos e de todos os países, e tem, por isso mesmo, um caráter divino. To-
das as outras são leis estabelecidas por Moisés, obrigado a manter, pelo temor, um povo natu-
ralmente turbulento e indisciplinado, no qual tinha que combater os abusos enraizados e os pre-
conceitos aprendidos na servidão do Egito. Para dar autoridade às suas leis, ele deveu atribuir-
lhes origem divina, assim como o fizeram todos os legisladores de povos primitivos. A autorida-
de do ser humano deveria se apoiar sobre a autoridade de um deus. Mas só a ideia de um deus
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terrível poderia impressionar humanos incultos, nos quais o senso moral e o sentimento de uma
delicada justiça eram ainda pouco desenvolvidos. É bem evidente que, aquele que tinha colocado
em seus mandamentos: “Tu não matarás; tu não farás erro ao teu próximo”, não poderia se con-
tradizer fazendo delas um dever de extermínio. As leis mosaicas, propriamente ditas, tinham,
pois, um caráter essencialmente transitório.
(Observar que, apenas dois enfoques apresenta os Dez mandamentos: Reconhecimento do Deus único e ins-
truções disciplinadoras! Jesus, o Cristo, vai sintetizá-las assim: Amar a Deus e amar ao próximo. O amor é o
caminho moralizador!)
JESUS, O CRISTO
3. Jesus, o Cristo, não veio destruir a lei, ou seja, a Lei de Deus. Ele veio cumpri-la, quer dizer,
explicá-la, dar-lhe seu verdadeiro sentido, e apropriá-la ao grau de adiantamento dos humanos.
Por isso, se encontra nessa Lei o princípio dos deveres para com Deus e para com o próximo,
que constituem a base de sua Doutrina, a que chamamos Cristã. Quanto às leis de Moisés, pro-
priamente ditas, ele as modificou profundamente, seja quanto ao modo de fazer, seja quanto ao
modo de entender. Combateu constantemente o abuso das práticas exteriores e as falsas interpre-
tações, e não poderia fazê-las passar uma reforma mais radical do que as reduzindo a estas pala-
vras: “Amar a Deus acima de todas as coisas, e ao próximo como a si mesmo”, e dizendo: está aí
toda a lei e os profetas.
Por estas palavras: “O céu e a Terra não passarão, antes que tudo seja cumprido até um único jo-
ta”, Jesus, o Cristo, quis dizer que seria preciso que a Lei de Deus recebesse seu cumprimento,
isto é, que fosse praticada em toda a Terra, em toda a sua pureza, com todos os seus desenvolvi-
mentos e todas as suas consequências. Porque de que serviria ter estabelecido essa Lei, se ela de-
vesse permanecer como privilégio de alguns humanos ou mesmo de um único povo? Todos os
humanos, sendo filhos de Deus, são, sem distinção, o objeto da mesma Lei.
4. Mas o papel de Jesus, o Cristo, não foi simplesmente o de um legislador moralista, sem outra
autoridade que a sua palavra. Ele veio cumprir as profecias que haviam anunciado sua vinda. Sua
autoridade decorria da pureza desse Espírito e de sua missão divina. Veio ensinar aos humanos
que a verdadeira vida não está na Terra, mas no mundo espiritual. Ensinar-lhes o caminho que
para lá conduz, os meios de se respeitar a Lei de Deus, e os prevenir sobre a marcha das coisas
futuras para o cumprimento dos destinos humanos. Entretanto, não disse tudo, e sobre muitos
pontos se limitou a depositar a semente de verdades que ele próprio declara não poderiam ser
compreendidas naquela época. Falou de tudo, mas em exemplos por histórias - parábolas -. Para
compreender o sentido ‘simbólico’ de certas palavras ou das histórias, seria preciso que novas
ideias e novos conhecimentos viessem dar o entendimento, e essas ideias e conhecimentos não
poderiam vir antes de certo grau de elevação espiritual. A ciência deveria contribuir poderosa-
mente para o aparecimento e o desenvolvimento das ideias e conhecimentos. Seria preciso, pois,
dar à ciência o tempo de progredir.
(Portanto, deveria vir, antes, o conhecimento, para nos propiciar a razão e, assim, passaríamos a crescer mo-
ralmente. Essa a razão de, primeiro destruímos e, depois reconstruímos, mas já é tempo de trilharmos pelo
caminho correto, portanto, sem destruir!)
O ESPIRITISMO
5. O Espiritismo é a nova ciência que vem revelar aos humanos a existência e a natureza do
mundo espiritual, e suas relações com o mundo material. O Espiritismo nos mostra o mundo es-
piritual, não mais como uma coisa sobrenatural e ‘escondida’, mas, ao contrário, como uma das
forças vivas e incessantemente ativas da Criação, como a fonte de uma multidão de fenômenos
incompreendidos, até então estendidos, por essa razão, ao domínio do fantástico e do maravilho-
so. É a essas relações que Jesus, o Cristo, se refere indiretamente, em muitas circunstâncias, e é
por isso que muitas coisas que ele disse permaneceram sem serem compreendidas ou foram erra-
damente interpretadas - a maioria por interesses materiais -. O Espiritismo é a luz, com a ajuda
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da qual; tudo clareia e se explica com facilidade.
6. A lei do Antigo Testamento está personificada em Moisés. A do Novo Testamento está perso-
nificada em Jesus, o Cristo. O Espiritismo é a terceira revelação da Lei de Deus, mas não está
personificada em nenhuma pessoa, porque o Espiritismo é o produto de ensinamento dado, não
por uma pessoa, mas pelos Espíritos, que são as ‘vozes’ do mundo espiritual, sobre todos os pon-
tos da Terra, e por uma multidão inumerável de intermediários - os médiuns -, de algum modo, é
um ato coletivo compreendendo o conjunto dos seres do mundo espiritual, vindo cada um trazer
aos humanos o tributo das suas luzes, para fazê-los conhecer esse mundo espiritual e a vida que
nele os espera.
7. Da mesma forma que Jesus, o Cristo, disse: “Eu não vim destruir a Lei, mas dar-lhe cumpri-
mento", o Espiritismo diz igualmente: “Eu não vim destruir a lei cristã, mas cumpri-la”. O Espi-
ritismo não ensina nada de contrário ao que Jesus, o Cristo, ensinou, mas desenvolve, completa e
explica, em termos claros para todo o mundo, o que não foi dito senão sob a forma ‘simbólica’ -
escondida -. O Espiritismo vem cumprir, nos tempos do Consolador, o que Jesus, o Cristo, anun-
ciou, e preparar o cumprimento das coisas futuras. É, pois, obra de Jesus, o Cristo, que preside,
como igualmente anunciou, a regeneração que se opera, e prepara o reino de Deus na Terra.
( A razão através da educação, pela verdade de conhecimentos e realização moralizante.)
ALIANÇA DA CIÊNCIA E DA RELIGIÃO
8. A ciência e a religião são os dois caminhos da cultura humana. Um revela as leis do mundo
material e o outro as leis do mundo moral. Mas, qualquer um deles, tendo o mesmo princípio que
é Deus, não podem ser contrários. Se eles são a negação um do outro, um obrigatoriamente é er-
rado e a outro certo, porque Deus nunca destruiria Sua própria obra. A oposição que se acredita-
va ver entre esses dois caminhos de cultura prende-se a um defeito de observação e a muito de
egoísmo e vaidade de uma parte e da outra. Daí o conflito de onde nasceram a incredulidade e a
intolerância de uns para com os outros.
Os tempos são chegados em que os ensinamentos de Jesus, o Cristo, devem receber novas luzes.
Em que o véu ‘simbólico’, lançado sobre algumas partes desse ensinamento, deve ser tirado. Em
que a ciência, deixando de ser exclusivamente materialista, deve inteirar-se do elemento espiritu-
al, e em que a religião, parando de ignorar as leis orgânicas e imutáveis da matéria, assim, essas
duas forças, - ciência e religião ou Conhecimento e Moral -, apoiando-se uma sobre a outra, e
andando juntas, se prestarão um mútuo apoio.
A ciência e a religião ainda não puderam se entender, porque, cada uma examinando as coisas
sob seu ponto de vista exclusivo, se atacam mutuamente. Seria preciso alguma coisa para preen-
cher o vazio que as separava, um traço de união que as aproximasse. Esse traço de união está no
conhecimento das leis que regem o mundo espiritual e suas relações com o mundo material, leis
tão imutáveis como as que regem o movimento dos astros e a existência dos seres. Essas rela-
ções, uma vez constatadas pela experiência, uma luz nova se fez: a fé se dirigiu à razão, a razão
não encontrou nada de ilógico na fé, e o materialismo ficou desmascarado. Mas nisso, como em
todas as coisas, há pessoas que permanecem para trás, até que sejam arrastadas pela correnteza
geral que as forçará a seguir sem que possam resistir-lhe. É melhor a ela se abandonarem. É toda
uma revolução moral que se opera neste momento e trabalho dos Espíritos. Depois de elaborada
durante mais de vinte séculos, ela se aproxima do seu cumprimento, e vai marcar uma era nova
na Humanidade. As consequências dessa revolução são fáceis de prever. Deve trazer, nas rela-
ções sociais, inevitáveis modificações, às quais não está no poder de ninguém se opor, porque es-
tão nos desígnios da Lei de Deus e resultam da lei do progresso, que é uma das Leis de Deus.
(A religião, se atendo aos valores materiais, por pura conveniência ao seu ‘poder material’, se perdeu na
montanha de mentiras. A ciência, tornando-se positivista, matou os ‘mitos’ da religião. Portanto, a ciência
provou que a história da religião era falsa, mas esta não quer abandonar suas fontes de lucro e poder materi-
ais. O Espiritismo veio para recolocar a ‘religião espiritual’ no seu verdadeiro lugar, o de ensinar aos huma-
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nos o ‘caminho’ da verdade espiritual e os ‘transitórios’ valores materiais. A luta que vemos é realizada pela
‘religião materialista’ contra o Espiritismo e a ciência!)
INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS
A ERA NOVA
9. Deus é único, e Moisés, o Espírito enviado pela Lei de Deus em missão para O fazer conhecer,
não somente ao povo hebreu, mas ainda aos outros povos. O povo hebreu foi o instrumento de
que a Lei de Deus se serviu para fazer a revelação por Moisés e pelos profetas. Os problemas da
vida desse povo eram destinados a impressionar a todos e, recebendo por Moisés esses conheci-
mentos, deviam reconhecer o Deus único, divulgando-o a todos os humanos. Os mandamentos
da lei, anunciados por Moisés, trazem a semente da mais ampla moral cristã. Os comentários da
Bíblia limitavam-lhe o sentido, porque, postos em prática em toda a sua pureza, ela não teria si-
do, então, pelo estágio evolutivo da época, compreendida. Mas nem por isso, os dez mandamen-
tos da lei deixaram de permanecer como o início brilhante, como o farol que deveria iluminar a
Humanidade no caminho que haveria de percorrer.
A moral ensinada por Moisés era apropriada ao estado de adiantamento no qual se encontravam
os povos que ela devia regenerar, e esses povos, iniciantes quanto ao aperfeiçoamento Espiritual,
não teriam compreendido como se pode adorar a Deus de outro modo, a não ser pelos holocaus-
tos, e nem como se podia perdoar a um adversário. Sua manifestação inteligente, notável do pon-
to de vista da matéria, e mesmo sob o das artes e das ciências, era muito atrasada em moralidade,
e não se teriam disciplinado pela aplicação de uma religião inteiramente espiritual. Era-lhes pre-
ciso uma religião semimaterial, tal qual lhe oferecia, então, a religião judaica. Assim, os holo-
caustos falavam aos seus sentidos, enquanto que a ideia de Deus falava ao Espírito.
Jesus, o Cristo, foi o iniciador da moral mais pura e mais sublime: a moral cristã que deve reno-
var o mundo, aproximar os humanos e irmaná-los. Que deve fazer jorrar de todos os corações
humanos a caridade e o amor ao próximo, e criar entre todos os humanos uma solidariedade co-
mum. De uma moral, enfim, que deve transformar a Terra, e dela fazer uma morada para Espíri-
tos melhores aos que a habitam hoje. É a lei do progresso, à qual a Natureza está submetida, que
se cumpre, e o Espiritismo é a conhecimento pelo qual a Lei de Deus se serve para fazer avançar
a Humanidade.
Estamos nos ‘tempos’ em que as ideias morais devem se desenvolver para cumprir os progressos
que estão na Lei de Deus. As ideias morais devem seguir o mesmo caminho que as ideias de li-
berdade percorreram, e que delas eram preparadoras. Mas é preciso saber que esse desenvolvi-
mento se fará com muitas dificuldades. Sim, elas têm necessidade, para atingir a maturidade, de
abalos e de discussões, a fim de que atraiam a atenção das massas. Uma vez fixada a atenção, a
beleza e a pureza da moral impressionarão todos os Espíritos, e eles se interessarão por uma ci-
ência que lhes dê a chave da vida futura e lhes indica o caminho da felicidade eterna. Foi Moisés
quem abriu o caminho. Jesus, o Cristo, continuou a obra, e o Espiritismo a concluirá.
(Um Espírito Israelita, Mulhouse, 1861).
(Sua manifestação inteligente, notável do ponto de vista da matéria, e mesmo sob o das artes e das ciências, era mui-
to atrasada em moralidade, e não se teriam disciplinado pela aplicação de uma religião inteiramente espiritual.
É importante lembrar que a citação refere-se aos humanos de três mil – 3000 – anos atrás! Mas, se observar-
mos bem, ela se aplica clara e naturalmente aos humanos atuais. Vamos e voltamos, mas muito pouco melho-
ramos moralmente.
Estamos nos ‘tempos’ em que as ideias morais devem se desenvolver para cumprir os progressos que estão na Lei de
Deus.
Embora a comunicação seja de cento e cincoenta – 150 – anos atrás e, aparentemente, pioramos em morali-
dade, devemos nos lembrar do aviso messiânico: ‘É necessário que o erro cresça...’. O joio deve sobressair-se
ao trigo, pois assim ficará mais visível e, em consequência, mais fácil de ser medido e ceifado na colheita! O
joio viça no trigal, mas se crescer ‘demais’ afoga o trigo e, sem este, ‘morrerá’ por falta de alimento!)
10. Um dia, Deus, pela Sua Lei de caridade inesgotável, permitiu ao humano sentir a verdade
dissipar a escuridão. Esse dia foi a vinda de Jesus, o Cristo. Depois da luz viva, a escuridão vol-
tou. O mundo, depois das alternativas de escuridão e de luz, se perturbou de novo. Então, à se-
melhança dos profetas do Antigo Testamento, os Espíritos se põem a falar e a vos advertir: o
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mundo foi abalado em suas bases. A verdade triunfará, sede firmes!
O Espiritismo é de ordem divina, uma vez que repousa sobre as próprias leis divinas, e crede que
tudo o que é de ordem divina tem um objetivo grande e útil. Vosso mundo se perturbava. A ciên-
cia, desenvolvida no esquecimento do que é de ordem moral, em tudo vos conduzindo ao bem-
estar puramente material, atendia aos interesses dos Espíritos em erro. Vós o sabeis, cristãos, os
sentimentos e a moral devem caminhar unidos à ciência. O reino de Jesus, o Cristo, após mais de
vinte séculos, e apesar do sacrifício de tantos mártires, ainda não chegou. Cristãos, retornai ao
Mestre que quer vos ensinar. Tudo é fácil àquele que crê e que ama. O amor enche-o de uma ale-
gria indescritível. Sim, meus filhos, o mundo está abalado. Os Espíritos corretos dizem isso,
sempre, a todos vocês. Estejam atentos ao vento precursor da tempestade, a fim de não serdes
derrubados. Quer dizer, preparai-vos, e não vos assemelheis às virgens estouvadas que foram a-
panhadas de surpresa à chegada do esposo.
A transformação que se prepara é antes moral que material, os Espíritos corretos, mensageiros
divinos, os instruem para a fé, a fim de que todos vós, obreiros esclarecidos e ardentes, façais
ouvir vossa humilde voz. Porque vós sois o grão de areia, mas sem grãos de areia não haveria
montanhas. Assim, pois, que estas palavras: “nós somos pequenos”, não tenha mais sentido para
vós. A cada um sua missão, a cada um seu trabalho. A formiga não constrói o edifício da sua re-
pública e os animaizinhos imperceptíveis não erguem os continentes? A nova caminhada come-
çou. Sois apóstolos da paz universal e não de uma guerra, Bernardos modernos, olhai e marchai
em frente: a lei dos mundos é a lei do progresso.
(Fénelon, Poitiers, 1861).
(A transformação que se prepara é antes moral que material, os Espíritos corretos, mensageiros divinos, os instruem
para a fé, a fim de que todos vós, obreiros esclarecidos e ardentes, façais ouvir vossa humilde voz. Porque vós sois o
grão de areia, mas sem grãos de areia não haveria montanhas.
Os estudantes da Doutrina dos Espíritos, quando ‘obreiros esclarecidos e ardentes’, são os propagadores da
fé raciocinada, pequeninos exemplos, mas ‘gigantes’ na verdade eterna...)
11. Agostinho é um dos maiores divulgadores do Espiritismo. Ele se manifesta espiritualmente
quase que por toda parte. A razão disso encontramos na vida desse grande filósofo cristão, aos
quais a cristandade deve seus mais sólidos alicerces. Como muitos, foi tirado do erro mais pro-
fundo, pelo esplendor da verdade. Quando, em meio aos seus erros, sentiu espiritualmente essa
vibração estranha que o chamava para si mesmo, e lhe fez compreender que a felicidade estava
em outro lugar e não nos prazeres mundanos. Quando, enfim, sobre sua estrada de Damasco
também ouviu uma voz pura lhe exclamar: Saulo, Saulo, por que me persegues? Ele exclamou:
Meu Deus! Meu Deus! Perdoai-me, eu creio, eu sou cristão! Depois, então, tornou-se um dos
mais firmes sustentáculos do Evangelho. Podem-se ler, nas confissões notáveis que nos deixou
esse eminente Espírito, as palavras, ao mesmo tempo, características e proféticas, que pronun-
ciou depois de ter perdido Mônica: "Eu estou convencido de que minha mãe voltará a me visitar
e me dar conselhos, revelando-me o que nos espera na vida futura". Que ensinamento nessas pa-
lavras, e que previsão brilhante da futura Doutrina! É por isso que, hoje, vendo chegada a hora
para a divulgação da verdade que ele havia pressentido outrora, se fez dela o ardente propagador,
e se multiplica, por assim dizer, para responder a todos aqueles que, espiritualmente, o chamam.
(Erasto, discípulo de Paulo, Paris, 1863).
NOTA: Agostinho vem, pois, destruir aquilo que edificou? Seguramente que não. Mas, como tantos outros, ele vê com os olhos do Espírito o
que não via como humano. Seu Espírito liberto entrevê novas claridades e compreende o que não compreendia antes. Novas ideias lhe revela-
ram o verdadeiro sentido de certas palavras. Na Terra, julgava as coisas segundo os conhecimentos que possuía, mas, quando uma nova luz
se fez para ele, pode julgá-las mais corretamente. Foi assim que mudou de ideia sobre sua crença concernente aos Espíritos íncubos e súcu-
bos, sobre o anátema que havia lançado contra a teoria dos antípodas. Agora que o Cristianismo lhe aparece em toda a sua pureza, pode ele,
sobre certos pontos, pensar diferentemente do que quando encarnado, sem deixar de ser o apóstolo cristão. Pode, sem renegar a sua fé, fazer-
se o propagador do Espiritismo, porque nele vê o cumprimento das predições. Proclamando-o, hoje, não faz senão nos conduzir a uma inter-
pretação mais correta e mais lógica das comunicações espirituais. Assim ocorre com outros Espíritos que se encontram em igual posição.
(Íncubos - segundo uma antiga superstição, demônio masculino que abusava das mulheres durante o sono, fato a que se atribuíam os maus
sonhos e pesadelos. Súcubos - Demônio a quem outrora se atribuíam os pesadelos e que, segundo a crença antiga, assumia forma feminina,
para ter cópula carnal com um homem adormecido. Antípodas - tudo que existe tem seu contrário.)
(Nós temos o costume, bem arraigado, de dar destaque aos nomes. Se for apresentada uma bomba com o no-
me de ‘tribombástica letal’ poderemos ficar impressionados. Mas se, ao detonar, essa bomba se revelar uma
‘bombinha’ de festa junina, teremos a certeza que o nome era uma mentira. Assim devemos analisar as co-
municações espirituais assinadas por nomes famosos! Devemos verificar o conteúdo!)
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EXPLANAÇÕES
01 - ITENS 1 e 2
Ouvimos a lição do Evangelho, o grande legado que Nosso Senhor Jesus Cristo deixou aos hu-
manos para continuarem sua evolução.
Este primeiro capítulo do Evangelho vem mostrar o início do conhecimento de Deus ao povo
Hebreu, trazendo-lhes a ideia do Deus único.
O missionário enviado pelo Mundo Espiritual foi Moisés, com a finalidade de orientar e guiar o
povo Hebreu.
Há duas partes distintas na lei mosaica: a Lei de Deus e a lei civil ou disciplinar.
Moisés devendo legislar para um povo rude, e ainda muito próximo da barbárie, teve que institu-
ir leis humanas severas, tal como a do olho por olho e dente por dente, a fim de conter-lhes o ím-
peto. Para que esse povo temesse as leis mostrou a eles um Deus terrível, que devia impressionar
seres humanos ignorantes, pois tinham, no sentido atual, pouco senso de moral ou sentimento de
justiça.
Estas leis foram criadas para uma etapa da vida dos seres humanos. Não eram leis eternas. Foram
leis para fazer os seres humanos começarem a raciocinar e se prepararem para entenderem a lei
Divina.
Todo progresso no mundo deve ser sequencial, visando a evolução.
Foram instituídas primeiramente as leis mosaicas, para que os seres humanos começassem a o-
bedecer e a se disciplinar, porque nada pode existir sem ordem e sem limites.
Vocês já pensaram; se não existissem horários e limites, o que seria a vida na Terra? Uma com-
pleta desordem!
Por isso, no passar das encarnações, o ser humano vem tomando consciência das suas responsa-
bilidades, para que, a cada dia, tenha oportunidade de evoluir.
Junto às leis disciplinares veio a lei Divina; que são os dez mandamentos. Esta sim é uma lei in-
variável, que ontem, hoje e por todo o sempre permanece.
O primeiro mandamento que é; "Amar a Deus sobre todas as coisas", resume todos os outros,
porque se amarmos a Deus sobre todas as coisas, estaremos amando o nosso próximo e estare-
mos amando toda a criação Divina.
Nós somos criação de Deus. O Universo é criação de Deus. Enfim; tudo o que existe é criação de
Deus.
As leis Divinas começaram a acordar o ser humano do sono da ignorância da existência de Deus;
um Deus único.
O aprimoramento do raciocínio inteligente, com o uso do conhecimento e da moral, é a base da
evolução espiritual, portanto; dos indivíduos e dos povos.
Hoje não há necessidade plena da aplicação da lei mosaica para que os seres humanos aprendam
as leis Divinas.
O conhecimento, a oportunidade, está ao alcance de todos que desejam procurar o Pai, e como
todo pai ama seu filho; Ele está eternamente de braços abertos para nos receber. Temos milhares
de livros ao nosso dispor, irmãos dispostos a falar do Evangelho, portas abertas para transmitir a
palavra Divina.
Hoje o ensino do Evangelho está mais claro, as palavras mais compreensivas, as lições mais lím-
pidas. Tudo isto foi evolução, e quanto mais nos aprimorarmos nos estudos do conhecimento das
leis Divinas, mais evoluiremos, burilando-nos espiritualmente.
Nós já saímos da barbárie; pelas leis mosaicas, e agora temos o conhecimento da grandiosidade
da obra de Deus, o conhecimento da vida espiritual, sabemos que somos filhos de Deus e que a
nossa evolução espiritual só depende de nós.
Sabemos que é indispensável conhecer o certo, para que os ensinamentos corretos aperfeiçoem a
nossa vida íntima.
28
Sentimos necessidade de crescer espiritualmente, necessidade de paz, de amor.
Hoje temos o conhecimento do amor, exposto a todos nós por Jesus Cristo. O amor é a luz da e-
ternidade, que nunca se apagará.
No maravilhoso teatro da evolução universal, o ser humano é um valioso colaborador na obra
material de Deus; na Terra e no Espaço, por isso, todos os que têm o conhecimento do Evange-
lho, devem procurar ajudar os irmãos que necessitam do conhecimento; do esclarecimento espiri-
tual que sobrevive a tudo. Quando estamos esclarecendo a um irmão encarnado, este esclareci-
mento está chegando a vários irmãos desencarnados.
O objetivo do ser humano na Terra é o da sua própria renovação. Espiritualmente; viemos para
aprender, refletir e melhorar pelo trabalho que dignifica.
A renovação do ser humano, sob o ponto de vista moral e intelectual, sem dúvida é difícil, porém
é realizável. É indispensável somente que disponha de boa vontade. O Evangelho e o Espiritis-
mo aí estão, dispostos a ajudar.
A estrada é difícil e o caminho é longo, repleto de espinhos, pedras, obstáculos e limitações, po-
rém a meta é alcançável. É preciso persistência. O resto virá no curso da longa viagem.
Já vimos, na primeira parte do capítulo I do Evangelho, que as leis mosaicas foram divididas em
duas partes: leis disciplinares, criadas por Moisés para as necessidades daquele povo, naquela
época, e leis Divinas - que são os dez mandamentos -. Estas leis foram o grande início da evolu-
ção espiritual do ser humano.
Deus, nosso Pai eternamente bondoso, para que evoluíssemos mais um estágio, depois de Moi-
sés, nos envia um nosso grande irmão, seu filho - Jesus Cristo.
Jesus, nosso Mestre, veio depois de Moisés, quando estávamos mais preparados para receber a
semente do amor e da nova moral. Foi necessário primeiro o amadurecimento da disciplina, nas
leis de Moisés, para que a semente moral pudesse germinar.
Jesus nasceu numa simples manjedoura, entre pacíficos animais e singelos pastores. No momen-
to do seu nascimento, já nos dava exemplo de humildade, Ele “o enviado Divino” que veio para
instruir moralmente os seres humanos, em vez de nascer num palácio, nasce numa singela estre-
baria!
Com Jesus Cristo inicia-se a preparação espiritual para novo estágio da humanidade. Pelo seu
nascimento entre os seres humanos, ocorreu uma comunhão direta do Mundo espiritual com o
Mundo físico. Admiráveis revelações perfumam os Espíritos encarnados e o "Grande Enviado"
oferece aos seres humanos a sublimidade do Seu amor, da Sua sabedoria e da Sua misericórdia.
Jesus, utilizando simples alpercatas, percorreu estradas palestinenses, para levar a boa nova aos
seres humanos; sempre misericordioso e humilde. Em suas andanças curou leprosos e fez andar
os coxos, cegos enxergarem e sempre repetia "A tua fé te curou", assinalando, assim, o valor es-
piritual, mostrando, ao ser humano, a grandeza do amor e da fé. Ensinando que os tesouros de
Deus estavam no coração.
Com Jesus abre-se um manancial de esperanças. A humanidade na manjedoura, no Tabor e no
calvário, sente as manifestações da vida celeste, sublimada, e com toda a sua grandiosa espiritua-
lidade.
Nos seus majestosos exemplos e suas palavras sábias, Jesus Cristo legou à humanidade um ma-
nancial inesgotável de ensinamentos - O Evangelho. Na verdade, o Evangelho representa a sú-
mula de todas as filosofias, que objetivam aprimorar as qualidades morais do Espírito, nortean-
do-lhe a vida e as aspirações.
O advento de Jesus, na face da Terra, representou a demonstração do amor incomensurável de
Deus pelas suas criaturas e a personificação de Sua bondade infinita.
Muitas raças e povos da Terra desconhecem a doutrina maravilhosa que está contida no Evange-
lho, embora todos os seres humanos tenham recebido, nas mais remotas plagas de nosso planeta,
as irradiações do Espírito misericordioso de Jesus Cristo, através das palavras de inumeráveis
missionários que o antecederam no afã de iluminar os horizontes do mundo.
O Evangelho de Jesus ainda encontrará, por algum tempo, a resistência obstinada dos seres hu-
manos errôneos. A errada fé, a ignorância, o obscurantismo, a venda de benesses e o império da
força conspiram contra o Evangelho, mas chegarão os tempos em que sua ascendência será reco-
nhecida pelos povos de todas as nações.
Como eu entendo   o evangelho segundo o espiritismo (valentim hergersheimer neto e marli aparecida hergersheimer)
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  • 1. 1 COMO EU ENTENDO O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO Valentim Neto – 2014 Mudança de expressões: vale.aga@hotmail.com Marli Aparecida Hergersheimer Trabalhos para explanações do Evangelho mapda@hotmail.com.br ALLAN KARDEC Contendo a explicação dos ensinamentos morais de Jesus, o Cristo, sua concordância com o Es- piritismo e sua aplicação às diversas posições da vida. Não há fé inabalável senão aquela que pode encarar a razão face a face, em todas as épocas da Humanidade.
  • 2. 2 ÍNDICE PREFÁCIO 7 INTRODUÇÃO 8 - 21 Objetivo desta obra - Autoridade da Doutrina Espírita - Controle universal do ensinamento dos Espíritos - Notícias históricas - Sócrates e Platão, precursores da ideia Cristã e do Espiritismo. CAPÍTULO I 22 - 48 EU NÃO VIM DESTRUIR A LEI As três revelações: Moisés; Jesus, o Cristo; o Espiritismo - Aliança da ciência e da religião - Ins- truções dos Espíritos: A era nova. (9 explanações) CAPÍTULO II 49 – 63 MEU REINO NÃO É DESTE MUNDO A vida futura - A realeza de Jesus, o Cristo - O ponto de vista - Instruções dos Espíritos: uma re- aleza terrena. (5 explanações) CAPÍTULO III 64 - 84 HÁ MUITAS MORADAS NA CASA DO PAI Diferentes estados dos Espíritos na erraticidade - Diferentes categorias de mundos habitados - Destinação da Terra. Causa dos tormentos terrestres - Instruções dos Espíritos: Mundos adianta- dos e mundos atrasados - Mundos de expiação e de provas - Mundos regeneradores - Progressão dos mundos. (5 explanações) CAPÍTULO IV 85 - 113 NINGUÉM PODE VER O REINO DE DEUS SE NÃO NASCER DE NOVO Ressurreição e reencarnação - Laços de família fortalecidos pela reencarnação e quebrados pela unicidade da existência - Instruções dos Espíritos: Limite da encarnação - Necessidade da encar- nação - A encarnação é um castigo? (7 explanações) CAPÍTULO V 114 - 177 BEM-AVENTURADOS OS AFLITOS Justiça das aflições - Causas atuais das aflições - Causas anteriores das aflições - Esquecimento do passado - Motivos de resignação - O suicídio e a loucura - Instruções dos Espíritos: Correto e errado sofrer. A doença e o remédio - A felicidade plena não é deste mundo - Perda de pessoas amadas - Desencarnes prematuros - Se fosse um humano correto teria desencarnado - Os tormen- tos voluntários - A infelicidade real - A melancolia - Provas voluntárias - O verdadeiro cilício - Deve-se pôr termo às provas do próximo? - É permitido abreviar a vida física de um doente que agoniza sem esperança de cura? - Sacrifício da própria vida física - Proveito dos tormentos para os outros. (16 explanações) CAPÍTULO VI 178 - 194 O CRISTO CONSOLADOR O jugo leve - Consolador prometido - Instruções dos Espíritos: Advento do Espírito de Verdade.
  • 3. 3 (6 explanações) CAPÍTULO VII 195 - 220 BEM-AVENTURADOS OS SINGELOS DE ESPÍRITO O que é preciso entender por singelos de Espírito - Todo aquele que se eleva, será rebaixado - Conhecimentos ocultos aos sabichões e aos orgulhosos - Instruções dos Espíritos: O orgulho e a humildade - Missão do humano culto na Terra. (7 explanações) CAPÍTULO VIII 221 - 248 BEM-AVENTURADOS AQUELES QUE TÊM PURO O CORAÇÃO Deixai vir a mim as criancinhas - Erro por pensamentos - Adultério - Verdadeira pureza. Mãos não lavadas - Escândalos. Se vossa mão é um motivo de escândalo, cortai-a. - Instruções dos Espíritos: Deixai vir a mim as criancinhas - Bem-aventurados aqueles que têm os olhos fechados. (7 explanações) CAPÍTULO IX 249 - 269 BEM-AVENTURADOS AQUELES QUE SÃO BRANDOS E PACÍFICOS Injúrias e violências - Instruções dos Espíritos: A afabilidade e a doçura - A paciência - Obedi- ência e resignação - O ódio 1. (6 explanações) CAPÍTULO X 270 - 306 BEM-AVENTURADOS AQUELES QUE SÃO MISERICORDIOSOS Perdoar pela Lei de Deus - Reconciliar-se com os adversários - O sacrifício mais agradável pela Lei de Deus - A árvore e o galho no olho - Não julgueis a fim de que não sejais julgados. Aquele que estiver sem erro, atire a primeira pedra - Instruções dos Espíritos: Perdão dos erros - A in- dulgência - É permitido repreender os outros; observar as imperfeições dos outros; divulgar o er- ro dos outros? (11 explanações) CAPÍTULO XI 307 - 339 AMAR AO PRÓXIMO COMO A SI MESMO O maior mandamento. Fazer aos outros o que quereríamos que os outros nos fizessem. Parábola dos credores e dos devedores - Dai a César o que é de César - Instruções dos Espíritos: A Lei de amor - O egoísmo - A fé e a caridade - Caridade para com os humanos em erro - Deve-se expor a própria vida por um humano em erro? (10 explanações) CAPÍTULO XII 340 - 373 AMAI OS VOSSOS ADVERSÁRIOS Pagar o errado com o certo - Os adversários desencarnados - Se alguém vos fere um lado da fa- ce; apresentai-lhe também o outro - Instruções dos Espíritos: A vingança - O ódio 2 - O duelo ou brigas. (10 explanações) CAPÍTULO XIII 374 - 427 QUE A VOSSA MÃO ESQUERDA NÃO SAIBA O QUE DÁ A VOSSA MÃO DIREITA Fazer o certo sem ostentação - Os infortúnios ocultos - O óbolo da viúva - Convidar os pobres e os estropiados - Servir sem esperar retribuição - Instruções dos Espíritos: A caridade material e a caridade espiritual- A beneficência - A piedade - Os órfãos - Benefícios pagos com a ingratidão - Beneficência exclusiva. (14 explanações)
  • 4. 4 CAPÍTULO XIV 428 - 443 HONRAI A VOSSO PAI E A VOSSA MÃE Piedade filial - Quem é minha mãe e quem são meus irmãos? - O parentesco corporal e o paren- tesco espiritual - Instruções dos Espíritos. A ingratidão dos filhos e os laços de família. (4 ex- planações) CAPÍTULO XV 444 - 460 FORA DA CARIDADE NÃO HÁ ELEVAÇÃO O que é preciso para se elevar. Parábola do correto Samaritano - O maior mandamento - Neces- sidade da caridade segundo Paulo - Fora da igreja não há elevação - Fora da Verdade não há ele- vação - Instruções dos Espíritos: Fora da Caridade não há elevação. (5 explanações) CAPÍTULO XVI 461 - 505 NÃO SE PODE SERVIR A DOIS DEUSES Elevação dos ricos - Guardar-se da avareza - Jesus, o Cristo na casa de Zaqueu - Parábola do rico em erro - Parábola dos talentos - Utilidade providencial da fortuna - Provas da riqueza e da misé- ria - Desigualdade das riquezas - Instruções dos Espíritos: A verdadeira propriedade - Emprego da fortuna - Desprendimento dos bens terrestres - Transmissão da fortuna. (13 explanações) CAPÍTULO XVII 506 - 539 SEDE PERFEITOS Caracteres da perfeição - O humano correto - Os corretos Espíritas - Parábola do Semeador - Ins- truções dos Espíritos: O dever - A virtude - Os adiantados e os atrasados - O humano no mundo - Cuidar do corpo físico e do Espírito. (10 explanações) CAPÍTULO XVIII 540 - 559 MUITOS OS CHAMADOS E POUCOS OS ESCOLHIDOS Parábola do festim de núpcias - A porta estreita - Nem todos os que dizem: Senhor! Senhor! en- trarão no reino dos céus- Muito se pedirá àquele que muito recebeu - Instruções dos Espíritos: Dar-se-á àquele que tem - Reconhece-se o Espírita pelas suas obras. (6 explanações) CAPÍTULO XIX 560 - 576 A FÉ TRANSPORTA MONTANHAS Poder da fé - A fé religiosa - Condição da fé inabalável - Parábola da figueira seca - Instruções dos Espíritos: A fé, mãe da esperança e da caridade - A fé divina e a fé humana. (5 explanações) CAPÍTULO XX 577 - 584 OS TRABALHADORES DA ÚLTIMA HORA Instruções dos Espíritos: Os últimos serão os primeiros - Missão dos Espíritas - Os obreiros do Senhor. (2 explanações) CAPÍTULO XXI 585 - 591 HAVERÁ FALSOS MESSIAS E FALSOS PROFETAS Conhece-se a árvore pelo fruto - Missão dos profetas - Prodígios dos falsos profetas - Não acre- diteis em todos os Espíritos - Instruções dos Espíritos: Os falsos profetas - Caracteres do verda-
  • 5. 5 deiro profeta - Os falsos profetas da erraticidade - Jeremias e os falsos profetas. CAPÍTULO XXII 592 - 593 NÃO SEPAREIS O QUE A LEI DE DEUS JUNTOU Indissolubilidade do casamento - O divórcio. CAPÍTULO XXIII 594 - 601 MORAL ESTRANHA Quem não amar menos ao seu pai e sua mãe - Abandonar pai, mãe e filhos - Deixai aos mortos o cuidado de enterrar seus mortos - Não vim trazer a paz, mas a divisão. (1 explanação) CAPÍTULO XXIV 602 - 607 NÃO COLOQUE A SUA LUZ EMBAIXO DA MESA Luz embaixo da mesa - Porque Jesus, o Cristo, fala por parábolas - Não vades aos Gentios - Os sãos não têm necessidade de médico - Coragem da fé - Carregar a cruz - Quem quiser salvar a vida material, perdê-la-á espiritualmente. CAPÍTULO XXV 608 - 611 BUSCAI E ACHAREIS Ajude-se pela Lei de Deus - Observai os pássaros do céu - Não vos inquieteis pela posse do ouro CAPÍTULO XXVI 612 - 614 DAI GRATUITAMENTE O QUE RECEBESTES GRATUITAMENTE Dom de curar - Preces pagas - Vendedores expulsos do templo - Mediunidade gratuita. CAPÍTULO XXVII 615 - 622 PEDI E OBTEREIS Qualidades da prece - Eficácia da prece - Ação da prece - Transmissão do pensamento - Preces inteligíveis - Da prece pelos desencarnados e pelos Espíritos perturbados - Instruções dos Espíri- tos: maneira de orar - Alegria da prece. CAPÍTULO XXVIII 623 - 653 COLETÂNEA DE PRECES ESPÍRITAS Preâmbulo I - PRECES GERAIS Oração dominical desenvolvida - Reuniões Espíritas - Pelos médiuns. II - PRECES PARA SI MESMO Aos Espíritos guardiães e aos Espíritos protetores - Para afastar os Espíritos em erro - Para pedir a correção de um erro - Para pedir a força de resistir a um desejo errado - Ação de agradecimento pela vitória obtida sobre um desejo errado - Para pedir um conselho - Nas aflições da vida encar- nada - Ação de agradecimento por um favor obtido - Ato de submissão e de resignação - Num perigo iminente - Ação de agradecimento depois de ter escapado de um perigo - No momento de dormir - Na previsão do desencarne próximo.
  • 6. 6 III - PRECES PELOS OUTROS Por alguém que esteja em aflição - Ação de graças por um benefício concedido aos outros - Por nossos adversários e pelos que nos querem errado - Ação de graças pelo benefício concedido aos nossos adversários - Pelos adversários do Espiritismo - Por uma criança que acaba de nascer - Por um humano agonizante. IV - PRECES POR AQUELES QUE NÃO ESTÃO MAIS ENCARNADOS Por um irmão que acaba de desencarnar - Pelas pessoas a quem tivemos afeição - Pelos Espíritos em erro, que pedem preces - Por um adversário desencarnado - Por um irmão em erro, perturba- do - Por um irmão em erro, atormentado - Pelos Espíritos em erro, arrependidos - Pelos Espíri- tos em erro, endurecidos. V - PRECES PELOS DOENTES E PELOS OBSIDIADOS Pelos doentes - Pelos obsidiados.
  • 7. 7 PREFÁCIO Os Espíritos evoluídos, que são as virtudes do mundo espiritual, ‘como uma imensa multidão que se movimenta desde que receberam as instruções devidas’, espalham-se sobre toda a Terra. Semelhantes às estrelas cadentes, vêm iluminar o caminho para os que enxergam e abrir os olhos aos que não enxergam. Eu vos digo, em verdade, são chegados os tempos em que todas as coisas devem ser restabeleci- das em seu sentido verdadeiro para dissipar as dúvidas, confundir os orgulhosos e destacar os justos. As grandes vozes do mundo espiritual ressoam como o som da trombeta, e os coros dos Espíritos se reúnem. Humanos, nós vos convidamos ao concerto divino. Que vossas mãos tomem a lira; que vossas vozes se unam, e que num hino sagrado se estendam e vibrem de uma extremidade a outra do Universo. Humanos, irmãos a quem amamos, estamos junto de vós. Amai-vos também uns aos outros, e di- zei do fundo do vosso coração, fazendo as vontades do Pai Celestial: “Senhor! Senhor!” e pode- reis entrar no reino espiritual. O Espírito de Verdade NOTA. - A instrução acima, transmitida por via mediúnica, resume a uma só vez o verdadeiro caráter do Espiritismo e o objetivo desta obra. Por isso, ela está colocada aqui como prefácio. (O principal objetivo do Espiritismo é EDUCAR o ser humano. Mas a verdadeira educação consiste em co- nhecimento e moral. Esses dois valores somente são possíveis de se conseguir quando a educação é realizada com fundamento na RAZÃO. A razão plena exige a aplicação do livre arbítrio. Portanto, a educação só é conseguida se o educador não alterar a psique do educando. O pretenso educador deve ter conhecimento e moral, ser equilibrado ao ponto de ‘nunca’ se impacientar, e deve ter ‘sempre’ em mente que, o valor pri- mordial é o ESPIRITUAL, tomando muito cuidado para não ‘tentar impor’ a ninguém os seus ‘grandes valo- res’ materiais!)
  • 8. 8 INTRODUÇÃO I - OBJETIVO DESTA OBRA Podem dividir-se as matérias contidas nos Evangelhos em cinco partes: os atos comuns da vida de Jesus, o Cristo, os milagres, as profecias, as palavras que serviram para o estabelecimento dos dogmas das igrejas e o ensinamento moral. Se as quatro primeiras partes foram objeto de contro- vérsias, a última - o ensinamento moral - manteve-se inatacável. Diante desse código divino a própria incredulidade se inclina. É o terreno onde todas as religiões podem se reencontrar, a ban- deira sob a qual todos podem se abrigar, quaisquer que sejam suas crenças, porque jamais foi ob- jeto de disputas religiosas, sempre e por toda parte levantadas pelas questões de dogma. Aliás, discutindo-as, as seitas encontrariam aí seus próprios erros, porque a maioria está mais interessa- da na parte mística do que na parte moral, que exige a reforma de si mesmo. Para cada ser huma- no, é uma regra de conduta abrangendo todas as circunstâncias da vida física, privada ou pública, o princípio de todas as relações sociais fundadas sobre a mais rigorosa justiça. É, enfim, e acima de tudo, o caminho infalível da felicidade esperada, um canto do véu levantado sobre a vida futu- ra. É esta parte o objeto exclusivo desta obra. Todo o mundo admira a moral evangélica. Cada um proclama-lhe a sublimidade e a necessidade, mas muitos o fazem confiantes sobre o que dela ouviram dizer, ou sobre a fé originada de alguns ensinamentos ‘que se tornaram proverbiais’. Mas poucos a conhecem a fundo, menos ainda a compreendem e conhecem suas consequências. A razão disso está, em grande parte, na dificul- dade que apresenta a leitura do Evangelho, difícil de entender para a maioria das pessoas. A for- ma alegórica, o misticismo – ‘oculto ou escondido’ - intencional da linguagem, fazem com que a maioria o leia para decorar e por dever, como leem as preces sem as compreender, quer dizer, in- frutiferamente. Os preceitos de moral colocados aqui e ali, misturados na massa de outras narra- ções, passam desapercebidos. Torna-se, então, impossível compreender-lhe o conjunto, e fazê-lo objeto de leitura e de meditação em separado. Foram feitos, é verdade, tratados de moral evangélica, mas a adaptação ao estilo literário moder- no rouba-lhes a simplicidade primitiva que lhes dá, ao mesmo tempo, o encanto e a autenticida- de. Ocorre o mesmo com os ensinos principais isolados, reduzidos à sua mais simples expressão das palavras. Não são mais, então, que historietas, que perdem uma parte do seu valor e do seu interesse, pela ausência dos acessórios e das circunstâncias nas quais foram dadas. Para evitar esses inconvenientes, reunimos nesta obra as lições que podem constituir, propria- mente falando, um código de moral universal, sem distinção de religião. Nas lições, conservamos tudo o que era útil ao desenvolvimento do pensamento, não eliminando senão as coisas estranhas ao assunto. Por outro lado, respeitamos ao máximo a tradução comum, assim como a divisão por versículos. Mas em lugar de nos prender a uma ordem de acontecimentos, impossível e sem van- tagem real em semelhante assunto, as lições foram agrupadas e classificadas metodicamente se- gundo sua natureza, de maneira que elas se deduzam – sejam entendidas -, tanto quanto possível, umas em função das outras. A chamada dos números de ordem dos capítulos e dos versículos permite recorrer à classificação comum, julgando-se oportuno. Não haveria aí senão um trabalho material que, por si só, não teria sido senão de uma utilidade secundária: o essencial era pô-lo ao alcance de todos, pela explicação das passagens de difíceis entendimentos, e o desenvolvimento de todas as consequências, tendo em vista a aplicação às di- ferentes posições da vida física e em relação com a vida espiritual. Foi o que tentamos fazer com a ajuda dos corretos Espíritos que nos assistem. Muitos pontos da Bíblia - do Velho e do Novo testamento -, e dos autores religiosos em geral, não são fáceis de entender, muitos mesmo parecem irracionais, pela falta de uma chave para compreender-lhe o verdadeiro sentido. Essa chave está inteiramente no Espiritismo, como já se
  • 9. 9 convenceram aqueles que o estudaram seriamente, e como ainda o reconhecerão melhor mais tarde, os que continuarem a estudá-lo. O conhecimento similar ao Espiritismo encontra-se por toda parte na Antiguidade e em todas as épocas da Humanidade. Por toda parte, se encontram seus vestígios nos escritos, nas crenças e sobre os monumentos. É por isso que, se ele abre hori- zontes novos para o futuro, derrama luz não menos viva sobre os mistérios do passado. Como complemento de cada ensino, ajuntamos algumas instruções escolhidas entre as que foram ditadas pelos Espíritos, em diversos países, e por intermédio de diferentes médiuns. Se essas ins- truções tivessem saído de uma fonte única, elas teriam sofrido uma influência pessoal ou do meio social, ao passo que a diversidade de origens prova que os Espíritos dão seus ensinamentos por toda parte, e que não há ninguém privilegiado a esse respeito (1). (1) - Poderíamos, sem dúvida, dar sobre cada assunto um maior número de comunicações obtidas numa multidão de outras cidades, nos lares e centros Espíritas, além das que citamos. Mas quisemos, antes de tudo, evitar a monotonia das repetições inúteis, e limitar nossa escolha às que, pelo fundo e pela forma, entrassem mais especialmente no quadro desta obra, reservando para as publicações ulteriores aquelas que não puderam achar lugar aqui. Esta obra é para uso de todos. Cada um nela pode achar os meios de conformar sua conduta à moral de Jesus, o Cristo. Os Espíritas nela encontrarão, por outro lado, as aplicações que lhes concernem mais especialmente. Graças às comunicações estabelecidas, de hoje em diante de um modo permanente, entre os humanos e o mundo espiritual, a lei evangélica, ensinada a todas as nações pelos próprios Espíritos, não será mais letra morta, porque cada um a compreenderá, e se- rá incessantemente solicitado em praticá-la pelos conselhos dos seus guias espirituais. As instru- ções dos Espíritos são verdadeiramente as vozes do Mundo espiritual que, vêm esclarecer os humanos e convidá-los à prática do Evangelho. Quanto aos médiuns que receberam as comunicações, deixamos de citar os nomes. Para a maio- ria, não foram designados a seu pedido e, por conseguinte, não convinha fazer exceções. Aliás, os nomes dos médiuns não teriam acrescido nenhum valor à obra dos Espíritos. Não seria, pois, senão uma satisfação do amor próprio, à qual os médiuns verdadeiramente sérios não se prendem de modo algum, pois compreendem que seu papel, sendo passivo, o valor das comunicações não realça em nada seu mérito pessoal. Seria falso se envaidecer de um trabalho de inteligência ao qual não se presta senão um concurso passivo. (Apesar de Kardec destacar o enfoque ‘moral’ dos ensinos de Jesus, o Cristo, e neles fundamentar este Evan- gelho, ainda hoje nós, espíritas, na sua maioria, não nos livramos de ‘observar’ e ‘julgar’ aos irmãos pelo va- lor material, as ‘aparências’!)
  • 10. 10 II - AUTORIDADE DA DOUTRINA ESPÍRITA CONTROLE UNIVERSAL DO ENSINAMENTO DOS ESPÍRITOS Se a Doutrina Espírita fosse um ensinamento puramente humano, ela não teria por garantia senão as luzes daquele que a tivesse revelado. Ora, ninguém neste mundo teria a pretensão fundada de possuir só para si a verdade absoluta. Se os Espíritos que a revelaram tivessem se manifestado a um único humano, nada lhe garantiria a origem, porque seria preciso crer sobre a palavra em quem dissesse ter recebido seus ensinamentos. Admitindo uma perfeita sinceridade da sua parte, quando muito, poderia convencer as pessoas do seu meio. Poderia ter seus seguidores, mas não chegaria jamais a reunir a todos. Pela Lei de Deus a nova revelação chegou aos humanos por uma via mais rápida e mais autêntica. E os Espíritos foram levá-la de um polo a outro, manifes- tando-se por toda parte, sem dar a ninguém o privilégio exclusivo de ouvir sua palavra. Um hu- mano pode ser enganado, pode enganar a si mesmo, mas isso não ocorreria quando milhões ve- em e ouvem a mesma coisa: é uma garantia para cada um e para todos. Aliás, pode-se fazer de- saparecer um humano, mas não se pode fazer desaparecerem as massas. Podem-se queimar os li- vros, mas não se podem queimar os Espíritos. Ora, queimem-se todos os livros, e a fonte da Dou- trina não seria, por isso, menos inesgotável, pelo fato mesmo de que ela não está na Terra, mas surge de toda parte e cada um a pode receber. Na falta dos humanos para propagá-la, haverão sempre os Espíritos, que alcançam todo o mundo e que ninguém pode proibir. São, pois, os próprios Espíritos, em realidade, que fazem a propaganda, com a ajuda dos inume- ráveis médiuns que eles ‘despertam’ de todos os lados. Se tivesse havido um intérprete único, por mais favorecido que fosse, o Espiritismo seria pouco conhecido. O próprio intérprete, a qual- quer classe socioeconômica que pertencesse, teria sido objeto de prevenções da parte de muitas pessoas. Todas as nações não o teriam aceitado, ao passo que os Espíritos se comunicando por toda a parte, a todos os povos, a todas as seitas e a todos os partidos, são aceitos por todos. O Es- piritismo não tem nacionalidade, está fora de todos os cultos particulares e não foi imposto por nenhuma classe social, uma vez que cada um pode receber instruções de seus parentes e de seus amigos de além-túmulo. Era preciso que fosse assim para que se pudessem chamar todos os hu- manos à fraternidade. Se não tivesse se colocado sobre um terreno neutro, ele teria mantido as discussões ao invés de apaziguá-las. Esta universalidade no ensinamento dos Espíritos faz a força do Espiritismo, e é também a causa da sua propagação tão rápida. Ao passo que a voz de um único humano, mesmo com o socorro da imprensa, empregaria séculos antes de chegar ao ouvido de todos, eis que milhares de vozes se fazem ouvir simultaneamente sobre todos os pontos da Terra, para proclamar os mesmos prin- cípios, e transmiti-los aos mais incultos como aos mais cultos, a fim de que ninguém seja deser- dado. É uma vantagem da qual não gozou nenhuma das religiões que aí estão. Como, pois, o Es- piritismo é uma verdade, ele não teme nem a errada vontade dos humanos, nem as revoluções morais, nem as comoções físicas do globo, porque nenhuma dessas coisas pode atingir os Espíri- tos. Mas esta não é a única vantagem que resulta dessa posição excepcional. O Espiritismo aí encon- tra uma garantia poderosa contra as disputas que poderiam levantar, seja pela ambição de alguns, seja pelas contradições de certos Espíritos não equilibrados. Essas contradições são, seguramen- te, um obstáculo, mas que levam em si o remédio ao lado da doença. Sabe-se que os Espíritos, em consequência da diferença que existe em seus estágios evolutivos, estão longe de, individualmente, estarem na posse de toda a verdade. Que não é dado a todos pe- netrar certos conhecimentos. Que seu saber é proporcional à sua depuração moral. Que os Espíri- tos iniciantes não sabem mais que os humanos, e menos que certos humanos. Que há entre eles, como entre estes últimos, presunçosos e falso-sábios, que creem saber o que não sabem e siste- máticos que tomam suas ideias pela verdade. Enfim, que os Espíritos corretos, aqueles que estão
  • 11. 11 completamente desmaterializados, são os únicos despojados das ideias e preconceitos terrestres. Mas sabe-se também que os Espíritos ‘prepotentes’ não têm escrúpulos em se abrigarem sob nomes que tomam emprestado, para fazerem aceitar suas mentiras. Disso resulta que - para tudo o que está fora do ensinamento exclusivamente moral -, as revelações obtidas por um médium têm um caráter todo individual, com autenticidade relativa e elas devem ser consideradas como opiniões pessoais de tal ou tal Espírito, e seria imprudência aceitá-las e divulgá-las levianamente como verdades absolutas. O primeiro controle é, sem dúvida, o da razão, ao qual é preciso submeter, sem exceção, tudo o que vem dos Espíritos. Toda teoria que contraria o bom senso, à lógica rigorosa e os dados posi- tivos que se possui, com qualquer nome respeitável que esteja assinada, deve ser rejeitada. Mas esse controle é incompleto em muitos casos, em consequência da insuficiência de conhecimento de certas pessoas, e da tendência de muitos em tomar seu próprio julgamento por único juiz da verdade. Em semelhante caso, que fazem os humanos que não têm em si mesmos uma confiança absoluta? Eles tomam o conselho de maior número, e a opinião da maioria é seu guia. Assim de- ve ser com respeito ao ensinamento dos Espíritos, que nos fornecem, eles mesmos, os meios de controle. A concordância no ensinamento dos Espíritos é, pois, o melhor controle. Mas é preciso, ainda, que ela ocorra em certas condições. A menos segura de todas é quando o próprio médium inter- roga vários Espíritos sobre um ponto duvidoso. É bem evidente que, se está sob o império de uma obsessão ou se relaciona com um Espírito ‘prepotente’, esse Espírito pode lhe dizer a mes- ma coisa sob nomes diferentes. Não há uma garantia suficiente na conformidade que se pode ob- ter pelos médiuns de um único Centro, porque eles podem sofrer a mesma influência. A garantia única, séria do ensinamento dos Espíritos, está na concordância que existe entre as revelações feitas espontaneamente, por intermédio de um grande número de médiuns, estranhos uns aos ou- tros, e em diversos lugares. Concebe-se que não se trata aqui de comunicações relativas a interesses secundários, mas das que se prendem aos próprios princípios da Doutrina. A experiência prova que, quando um ensino novo deve receber sua solução, ele é ensinado espontaneamente sobre diferentes pontos ao mes- mo tempo, e de maneira idêntica, se não quanto à forma, pelo menos quanto ao fundo. Se, pois, interessa a um Espírito formular um sistema errado, baseado sobre suas próprias ideias, e fora da verdade, pode-se estar certo que esse sistema ficará preso nesse círculo, e cairá diante da unani- midade das instruções dadas por toda parte, aqui e além, como já se tem disso vários exemplos. Foi esta unanimidade que fez cair todos os sistemas parciais, errados e que despontaram na ori- gem do Espiritismo, quando cada um explicava os fenômenos à sua maneira. Isto ocorreu antes que se conhecessem as leis que regem as relações do mundo visível e do mundo invisível. Tal é a base sobre a qual nos apoiamos quando formulamos um princípio da Doutrina. Não é porque está de acordo com as nossas ideias que o damos como verdadeiro. Não nos colocamos, de modo algum, como juiz supremo da verdade, e não dizemos a ninguém: “crede em tal coisa, porque nós vo-la dizemos”. Nossa opinião não é, aos nossos próprios olhos, senão uma opinião pessoal que pode ser justa ou falsa, porque não somos mais infalíveis que algum outro irmão. Não é porque um princípio nos é ensinado que ele é para nós a verdade, mas porque se verificou sua concordância. Na nossa posição, recebendo as comunicações de quase mil Centros Espíritas, disseminados so- bre os diversos pontos do globo, estamos em condições de ver os princípios sobre os quais essa concordância se estabelece. É esta observação que nos tem guiado até hoje, e é, igualmente, a que nos guiará nos novos campos a que o Espiritismo está chamado a explorar. É assim que, es- tudando atentamente as comunicações chegadas de diversas partes, tanto daqui como do exterior, reconhecemos, na natureza toda especial das revelações, que há uma tendência para entrar em um novo caminho, e que é chegado o momento de dar um passo à frente. Essas revelações, por vezes feitas com palavras veladas, frequentemente, passaram desapercebidas para muitos daque- les que as obtiveram. Muitos outros acreditaram tê-las com exclusividade. Tomadas isoladamen- te, para nós seriam sem valor. Só a coincidência lhes dá a verdade. Depois, quando é chegado o momento de liberá-las à luz da publicidade, cada um, então se lembra de ter recebido instruções no mesmo sentido. É este o movimento geral que observamos, que estudamos, com a assistência
  • 12. 12 dos nossos guias espirituais, e que nos ajuda a julgar da oportunidade para fazermos uma coisa ou dela nos esquecermos. Este controle universal é uma garantia para a unidade do Espiritismo, e anulará todas as teorias contraditórias. É nele que se fundará o critério da verdade. O que faz o sucesso da Doutrina for- mulada em O Livro dos Espíritos e em O Livro dos Médiuns, foi que, por toda parte, cada um pôde receber diretamente dos Espíritos a confirmação do que eles contém. Se, de todas as partes, os Espíritos tivessem vindo contradizê-los, esses livros não teriam, depois de tanto tempo, supor- tado a sorte de todas as ideias fantásticas. O próprio apoio da imprensa não os teria salvo do es- quecimento, ao passo que, sem esse apoio, tiveram um caminho rápido, porque tiveram o apoio dos Espíritos, cuja correta vontade compensou, em muito, a errada vontade dos humanos. Assim o será com todas as ideias emanadas dos Espíritos ou de humanos que não puderem suportar a prova deste controle, do qual ninguém pode contestar o poder. Suponhamos, pois, que alegrasse a certos Espíritos ditar, sob um título qualquer, um livro em sentido contrário. Suponhamos mesmo que, numa intenção hostil, e com objetivo de desacreditar a Doutrina, a cobiça arrumasse comunicações mentirosas. Que influência poderiam ter esses es- critos se são desmentidos, de todos os lados, pelos Espíritos? É do apoio destes últimos que seria preciso se assegurar, antes de lançar um sistema em seu nome. Do sistema de um só ao de todos, há a distância da unidade ao infinito. Que podem mesmo todos os argumentos dos que são con- trários, sobre a opinião das massas, quando milhões de vozes amigas, partidas do espaço, vêm de todos os cantos do Universo, e no seio de cada família os desmentem vivamente? Os fatos ocor- ridos, sob esse aspecto, já não confirmaram a teoria? Em que se tornaram todas aquelas publica- ções que deviam, supostamente, aniquilar o Espiritismo? Qual aquela que apenas lhe deteve a marcha? Até hoje, não se tinha encarado a questão sob este ponto de vista, um dos mais graves, sem dúvida. Cada um contou consigo mesmo, mas sem contar com o apoio dos Espíritos. O princípio da concordância é, ainda, uma garantia contra as alterações que poderiam infligir ao Espiritismo. Muitas seitas gostariam de se apoderar dele em proveito próprio, e acomodá-lo à sua maneira. Quem tentasse desviá-lo do seu objetivo providencial, fracassaria, pela simples razão de que os Espíritos, pela universalidade de seu ensinamento, farão cair toda modificação que se a- faste da verdade. Resulta de tudo isso uma verdade fundamental: é que quem quisesse se colocar contra a corrente de ideias, estabelecidas e sancionadas, poderia causar uma pequena perturbação local e momen- tânea, mas jamais dominar o conjunto, mesmo no presente, e ainda menos no futuro. Disso resulta mais: que as instruções dadas pelos Espíritos sobre os pontos da Doutrina ainda não elucidados não seriam lei, porquanto ficariam isoladas. Que elas não devem, por conseguinte, ser aceitas senão com todas as reservas e a título de informação. Daí a necessidade de se ter, na sua publicação, a maior prudência, e, no caso em que se acredi- tasse dever publicá-las, importaria não as apresentar senão como opiniões individuais, mais ou menos prováveis, mas, tendo, em todos os casos, necessidade de confirmação. É esta confirma- ção que se precisa alcançar antes de apresentar um princípio como verdade absoluta, se não se quer ser acusado de leviandade ou de credulidade irrefletida. Os Espíritos corretos procedem, nas suas revelações, com uma extrema sabedoria. Eles não a- bordam as grandes questões da Doutrina senão gradualmente, à medida que a inteligência já tem conhecimentos e moral para compreender verdades de uma ordem mais elevada, e que as cir- cunstâncias são propícias para a emissão de uma ideia nova. É por isso que, desde o princípio, eles não disseram tudo. E não disseram tudo ainda hoje, não cedendo jamais à impaciência de pessoas apressadas, que não aprendem e nem fazem, mas querem colher os frutos antes de ama- durecidos. Seria, pois, supérfluo querer antecipar o tempo assinalado para cada coisa pela Lei de Deus, porque então, os Espíritos corretos recusariam positivamente se manifestarem. Mas os Es- píritos ‘prepotentes’, pouco se incomodando com a verdade, respondem a tudo. É por essa razão que, sobre todas as questões prematuras, há sempre respostas contraditórias. Os princípios acima não são o resultado de uma teoria pessoal, mas a consequência inevitável das condições nas quais os Espíritos se manifestam. É evidente que, se um Espírito diz uma coisa de um lado, enquanto que milhões de Espíritos dizem o contrário de outro lado, a presunção da verdade não pode estar com aquele que está só, ou quase só em sua opinião. Ora, pretender ter
  • 13. 13 razão sozinho contra todos, seria tão ilógico da parte de um Espírito, como da parte dos huma- nos. Os Espíritos corretos, se não se sentem suficientemente esclarecidos sobre uma questão, não a decidem jamais de um modo absoluto. Eles declaram não tratá-la senão sob seu ponto de vista, e aconselham esperar sua confirmação. Por grande, bela e justa que seja uma ideia, é impossível que ela reúna, desde o princípio, todas as opiniões. Os conflitos resultantes dela são a consequência inevitável do movimento que se o- pera. São mesmo necessários para melhor fazer ressaltar a verdade, e é útil que eles ocorram no princípio para que as ideias falsas sejam mais prontamente desgastadas. Os Espíritas que nisso concebessem alguns temores devem estar, pois, tranquilizados. Todas as pretensões isoladas cai- rão, pela força das coisas, diante do grande e poderoso critério do controle universal. Não é à opinião de um Espírito ou humano que se deverá prender-se, mas à voz unânime dos Es- píritos. Não é um humano, não mais nós que outro, que fundará a ortodoxia Espírita. Não é, tam- pouco, um Espírito vindo se impor a quem quer que seja. É a universalidade dos Espíritos se co- municando sobre toda a Terra de acordo com a Lei de Deus. Aí está o caráter essencial e verda- deiro da Doutrina Espírita, sua força e sua autoridade. A Lei de Deus só pode ser assentada sobre uma base inabalável, por isso não repousa sobre a cabeça frágil de um único Espírito ou humano. É diante desse poderoso conjunto de Espíritos corretos, que não reconhece nem os "ensinos se- cretos", nem as rivalidades invejosas, nem as seitas, nem as nações, que virão desmoronar todas as oposições, todas as ambições, todas as pretensões à supremacia individual. Que nós mesmos nos destruiríamos se quiséssemos substituir esses ensinos soberanos pelas nossas próprias ideias. Só ele decidirá todas as questões duvidosas, fará calar as dissidências, e dará razão, a quem esti- ver certo. Diante desse imponente acordo de todas as vozes do mundo espiritual, que pode a opi- nião de um humano ou de um Espírito? Menos que a gota d’água que se confunde no oceano, menos que a voz da criança, abafada pela tempestade. A opinião universal, eis, pois, o juiz supremo, aquele que pronuncia a última palavra: ela se for- ma de todas as opiniões individuais. Se uma delas é verdadeira, não tem senão seu peso parcial na balança. Se é falsa, não pode se impor sobre todas as outras. Nesse imenso conjunto, as indi- vidualidades se apagam, e está aí um novo revés para o orgulho humano. Esse conjunto harmonioso já se desenha. Ora, este nosso tempo não passará sem que resplandeça com todo o seu brilho, de maneira a eliminar todas as incertezas. Porque até lá vozes poderosas terão recebido missão de se fazerem ouvir para reunir os humanos sob a mesma bandeira, desde que o campo esteja suficientemente lavrado – estudado e aplicado -. A espera disso, aquele que flutuasse entre dois sistemas contrários poderia observar em que sentido se forma a opinião ge- ral: é o indício certo do sentido no qual se pronuncia a maioria dos Espíritos sobre os diversos pontos onde eles se comuniquem. É um sinal não menos certo daquele dos dois sistemas que dominará. (Devemos fixar bem que, a ‘opinião geral’, ou seja a maioria absoluta dos Espíritos, sempre será aquela em que a ‘razão moral’ permanece impoluta.)
  • 14. 14 III - NOTÍCIAS HISTÓRICAS Para compreender certas passagens dos Evangelhos, é necessário conhecer o significado de vá- rias palavras que nele são empregadas, e que caracterizam os costumes e denominações da soci- edade judaica dessa época. Essas palavras, não tendo para nós o mesmo sentido, frequentemente foram erradamente interpretadas, e por isso mesmo deixaram uma espécie de dúvida. A compre- ensão do que significam explica, por outro lado, o sentido verdadeiro de certos ensinos que pare- cem estranhos à primeira vista. SAMARITANOS. Depois da separação das dez tribos, Samaria tornou-se a capital do reino dis- sidente de Israel. Destruída e reconstruída por várias vezes, ela foi, sob os Romanos, a sede da Samaria, uma das quatro divisões da Palestina. Herodes, dito o Grande, a embelezou, com suntu- osos monumentos, e, para agradar Augusto, deu-lhe o nome de Augusta, que em grego quer dizer Sébaste. Os Samaritanos estiveram, quase sempre, em guerra com os reis de Judá. Um ódio profundo, da- tando da separação das tribos, perpetuou-se entre os dois reinos, que afastavam todas as relações recíprocas. Os Samaritanos, para tornar a separação mais profunda e não ter que ir a Jerusalém na celebração das festas religiosas, construíram um templo particular, e adotaram certas refor- mas. Eles não admitiam senão o Pentateuco contendo a lei de Moisés, rejeitando todos os livros que lhe foram adicionados depois. Seus livros religiosos eram escritos em caracteres hebreus an- tigos. Aos olhos dos Judeus ortodoxos, eles eram errados, e, por isso mesmo, desprezados, amal- diçoados e perseguidos. O antagonismo dos dois reinos tinha, pois, por único princípio a diver- gência das opiniões religiosas, embora suas crenças tivessem a mesma origem. Eram os Protes- tantes daquela época. Encontram-se, ainda hoje, Samaritanos em algumas regiões do Levante, particularmente em Na- plouse e Jafta. Eles observam a lei de Moisés com mais rigor que os outros Judeus, e não fazem aliança senão entre eles. NAZARENOS. Nome dado, na antiga lei, aos Judeus que faziam voto, seja por toda a vida físi- ca, seja por um tempo, de conservar certa pureza. Eles se obrigavam à castidade, à abstinência de álcool e à conservação da sua cabeleira. Sansão, Samuel e João Batista eram Nazarenos. Mais tarde, os Judeus deram esse nome aos primeiros cristãos, por alusão a Jesus de Nazaré. Este foi também o nome de uma seita dos primeiros séculos da era cristã que, da mesma forma que os Ebionitas, dos quais ela adotava certos princípios, misturava as práticas do mosaísmo com os dogmas cristãos. Essa seita desapareceu no quarto século. PUBLICANOS. Assim se chamavam, na antiga Roma, os cavaleiros cobradores das taxas pú- blicas, encarregados do recolhimento dos impostos e das rendas de toda natureza, seja na própria Roma, seja em outras partes do Império. Eles eram iguais aos cobradores de impostos gerais do antigo regime na França, e tais como existem ainda em certas regiões. Os riscos que eles corriam faziam fechar os olhos sobre certas riquezas que, frequentemente, adquiriam, e que, em muitos, eram o produto de arbitrariedades e de benefícios escandalosos. O nome de publicano se esten- deu mais tarde a todos aqueles que tinham a administração do dinheiro público e aos agentes su- balternos. Hoje, esta palavra se toma em outro sentido para designar os financistas e agentes de negócios pouco escrupulosos. Diz-se algumas vezes: "Ávido como um publicano, rico como um publicano", para uma fortuna de origem desonesta. Da dominação romana, foi o imposto o que os Judeus menos aceitaram e o que lhes causava maior irritação, dando origem a várias revoltas e transformando-se numa questão religiosa, por- que o olhavam como contrário à lei judaica. Formou-se mesmo um partido poderoso à frente do qual estava certo Judas, dito o Gaulonita, que tinha por princípio a recusa do imposto. Os Judeus
  • 15. 15 tinham, pois, horror ao imposto e, por consequência, a todos aqueles que estavam encarregados de recebê-lo. Daí sua aversão pelos publicanos de todas as categorias, entre os quais poderiam se encontrar pessoas muito estimáveis, mas que, devido à sua função, eram desprezadas, assim co- mo aqueles que com eles conviviam, e que eram confundidos na mesma reprovação. Os Judeus mais importantes acreditavam se comprometerem, com a lei judaica, ao ter com eles relações de amizade. Os PORTAGEIROS eram os cobradores de baixa categoria, encarregados principalmente da ar- recadação dos direitos à entrada nas cidades. Suas funções correspondiam aproximadamente às dos guardas alfandegários e dos recebedores de barreira. Eles passavam pelo mesmo repúdio a- plicado aos publicanos em geral. É por essa razão que, no Evangelho, encontra-se, frequente- mente, o nome de publicano, ou portageiro, como sendo de gente de errada vida. Essa qualifica- ção não implicava na de debochados e de pessoas de honra duvidosa. Era um termo de desprezo, sinônimo de pessoas de errada companhia, indignas de conviverem com pessoas que seguiam a lei judaica. FARISEUS (do Hebreu Parasch, divisão, separação). A tradição formava uma parte importante da teologia judaica. Ela consistia na coletânea das interpretações sucessivas dadas sobre o senti- do das Escrituras – velho testamento -, e que se tornavam artigos de dogma. Era, entre os douto- res da lei, objeto de intermináveis discussões, o mais frequentemente sobre simples questões de palavras ou de forma, no gênero das disputas teológicas e das sutilezas da escolástica da Idade Média. Daí nascerem diferentes seitas que pretendiam ter, cada uma, o monopólio da verdade, e, como acontece quase sempre, detestando-se politicamente umas às outras. Entre essas seitas, a mais influente era a dos Fariseus, que teve por chefe Hillel, doutor da lei, ju- deu nascido na Babilônia, fundador de uma escola célebre onde se ensinava que a fé não era de- vida senão às Escrituras. Sua origem remonta aos anos 180 ou 200 antes de Jesus, o Cristo. Os Fariseus foram perseguidos em diversas épocas, notadamente sob Hircânio, soberano pontífice e rei dos Judeus, Aristóbulo e Alexandre, rei da Síria. Entretanto, este último tendo lhes restituído suas honras e seus bens, eles recuperaram seu poder que conservaram até a ruína de Jerusalém, no ano 70 da era cristã, época na qual seu nome desapareceu em consequência da dispersão dos Judeus. Os Fariseus tomavam parte ativa nas controvérsias religiosas. Servis observadores das práticas exteriores do culto e das cerimônias, cheios de um zelo ardente em aumentar os seus seguidores, adversários dos inovadores, eles aparentavam uma grande severidade de princípios. Mas, sob as aparências de uma devoção meticulosa, escondiam costumes dissolutos, muito orgulho, e, acima de tudo, uma paixão excessiva de dominação. A religião era para eles antes um meio de subir do que o objeto de uma fé sincera. Eles não tinham senão as aparências e a ostentação da virtude. Mas, com isso, exerciam uma grande influência sobre o povo, aos olhos do qual passavam por puros personagens. Por isso, eram muito poderosos em Jerusalém. Acreditavam, ou pelo menos faziam profissão de crer, na Providência, na imortalidade do Espíri- to, na eternidade das penas e na ressurreição dos mortos. Jesus, o Cristo, que estimava, antes de tudo, a simplicidade e as qualidades de coração, que preferia na lei o espírito que vivifica à letra que mata, se aplicou durante toda a sua missão, a lhes desmascarar a hipocrisia, e, por conse- guinte, fez deles adversários obstinados. Por isso, aliaram-se aos chefes dos sacerdotes para le- vantar o povo contra ele e crucificá-lo. ESCRIBAS. Nome dado, no princípio, aos secretários dos reis de Judá, ou a certos oficiais dos exércitos judeus. Mais tarde, esta designação foi aplicada especialmente aos doutores da lei que, ensinavam a lei de Moisés e a interpretavam ao povo. Eles estavam de acordo com os Fariseus, dos quais partilhavam os princípios e a antipatia contra os inovadores. Por isso, Jesus, o Cristo, os confunde na mesma reprovação. SINAGOGA (do grego Sunagogue, assembleia, congregação). Não havia na Judéia senão um único templo, o de Salomão, em Jerusalém, onde se celebravam as grandes cerimônias do culto.
  • 16. 16 Os judeus para aí seguiam todos os anos em peregrinação, para as principais festas, tais como as da Páscoa, da Dedicação e dos Tabernáculos. Foi nessas ocasiões que, para lá, Jesus, o Cristo, fez várias viagens. As outras cidades não tinham templos, mas sinagogas, edifícios onde os ju- deus se reuniam aos sábados para fazer preces públicas, sob a direção dos anciãos, dos escribas ou doutores da lei. Faziam-se aí, também, leituras tiradas dos livros religiosos que eram explica- das e comentadas. Cada um podia nelas tomar parte e, por isso, Jesus, o Cristo, sem ser sacerdo- te, ensinava nas sinagogas, nos dias de sábado. Depois da ruína de Jerusalém e da dispersão dos judeus, as sinagogas nas cidades que eles habitavam, serviam-lhes de templos para a celebração do culto. SADUCEUS. Seita judia que se formou por volta do ano 248 a.C.; assim chamada em razão de Sadoc, seu fundador. Os Saduceus não acreditavam nem na imortalidade do Espírito, nem na res- surreição, nem nos Espíritos. Entretanto, eles acreditavam em Deus, mas não esperando nada de- pois da morte, não o servindo senão com o objetivo de recompensas temporais, ao que, segundo eles, se limitava sua providência. Também a satisfação dos sentidos era, a seus olhos, o objetivo essencial da vida. Quanto às Escrituras, eles se prendiam ao texto da lei antiga, não admitindo nem a tradição, nem nenhuma interpretação. Colocavam as boas obras e a execução pura e sim- ples da lei, acima das práticas exteriores do culto. Eram, como se vê, os materialistas, os deístas e os sensualistas da época. Esta seita era pouco numerosa, mas contava com personalidades im- portantes, e tornou-se um partido político constantemente em oposição aos Fariseus. ESSÊNIOS ou ESSEUS, seita judia fundada por volta do ano 150 a.C., ao tempo dos Macabeus, e cujos membros, que habitavam espécies de monastérios, formavam entre eles uma espécie de associação moral e religiosa. Distinguiam-se pelos costumes brandos e virtudes austeras, ensina- vam o amor a Deus e ao próximo, a imortalidade do Espírito, e acreditavam na ressurreição. Vi- viam no celibato, condenavam a servidão e a guerra, tinham seus bens em comum, e se entrega- vam à agricultura. Em oposição aos Saduceus sensuais que negavam a imortalidade, aos Fariseus rígidos para as práticas exteriores, e nos quais a virtude não era senão aparente, eles não toma- vam nenhuma parte nas querelas que dividiam essas duas seitas. Seu gênero de vida se aproxi- mava ao dos primeiros cristãos, e os princípios de moral que professavam fizeram algumas pes- soas pensarem que Jesus, o Cristo, fez parte dessa seita antes do início de sua missão pública. O que é certo, é que ele deve tê-la conhecido, mas nada prova que a ela se filiou, e tudo o que se escreveu a este respeito é hipotético (1). (1) O desencarne de Jesus, o Cristo, supostamente escrito por um irmão essênio, é um livro completamente falso, escrito com o objetivo de servir a uma opinião, e que encerra, em si mesmo, a prova da sua origem moderna. TERAPEUTAS (do grego thérapeutaï de thérapeueïn, servir, cuidar. Quer dizer, servidores de Deus ou curandeiros). Seita de judeus ao tempo de Jesus, o Cristo, estabelecidos principalmente em Alexandria, no Egito. Tinham uma grande semelhança com os Essênios, dos quais professa- vam os princípios. Como estes últimos, eles se entregavam à prática de todas as virtudes. Sua a- limentação era de uma extrema frugalidade. Devotados ao celibato, à contemplação e à vida soli- tária, formavam uma verdadeira ordem religiosa. Fílon, filósofo judeu platônico de Alexandria, foi o primeiro que falou dos Terapeutas. Considerou-os uma seita do judaísmo. Eusébio, Jerôni- mo e outros pais da igreja católica pensavam que eram cristãos. Fossem judeus ou cristãos, é e- vidente que, da mesma forma que os Essênios, eles formam o traço de união entre o judaísmo e o Cristianismo. (Essa parte foi para recordarmos de como nós éramos àquela época. Será que mudamos?)
  • 17. 17 IV. SÓCRATES E PLATÃO PRECURSORES DA IDEIA CRISTÃ E DO ESPIRITISMO Do fato de que Jesus, o Cristo, deve ter conhecido a seita dos Essênios, seria errado concluir que dela hauriu sua Doutrina, e que, se tivesse vivido em outro meio, teria professado outros princí- pios. As grandes ideias não surgem nunca de uma hora para outra. As que têm por base a verda- de, têm sempre os iniciadores que lhe preparam parcialmente os caminhos. Depois, quando os tempos são chegados, o mundo espiritual envia um Espírito com a missão de resumir, coordenar e completar esses elementos espalhados, e formar-lhes um corpo. Deste modo, a ideia não che- gando de repente, encontra humanos plenamente dispostos a aceitá-la. Assim ocorreu com a i- deia cristã, que foi iniciada vários séculos antes de Jesus, o Cristo, e dos Essênios, e da qual Só- crates e Platão foram os principais divulgadores. Sócrates, da mesma forma que Jesus, o Cristo, nada escreveu, ou pelo menos não deixou nenhum escrito. Foi condenado tal qual um criminoso, vítima do fanatismo dos governantes, por ter dis- cordado das crenças tradicionais, e colocado a virtude real acima da hipocrisia e da falsidade das formas, numa palavra, por ter combatido os preconceitos religiosos. Foi acusado pelos ‘fariseus gregos’ de corromper o povo pelos seus ensinamentos, de corromper a juventude, proclamando o dogma da unicidade de Deus, da imortalidade do Espírito e da vida futura. Da mesma forma, a- inda, que não conhecemos a Doutrina de Jesus, o Cristo, senão pelos escritos dos seus discípulos, não conhecemos a Filosofia de Sócrates senão pelos escritos do seu discípulo Platão. Cremos útil resumir aqui os seus pontos principais para mostrar sua concordância com os princípios do Cris- tianismo. Àqueles que considerassem esse paralelo como uma profanação, e pretendessem que não poderia haver paridade entre o escrito de um filosofo e a Doutrina de Jesus, o Cristo, responderemos que, a Filosofia de Sócrates não era pagã, uma vez que tinha por objetivo combater o paganismo. Que a Doutrina de Jesus, o Cristo, muito mais pura que a de Sócrates, nada tem a perder com a comparação. Que a grandeza da missão divina de Jesus, o Cristo, com isso não seria diminuída. Que, aliás, está na História e que não pode ser abafada. O humano atingiu um ponto em que a luz irradia, por si mesma, mesmo debaixo da mesa. Ele está maduro para encará-la. Tanto pior para aqueles que não ousam abrir os olhos. O tempo é chegado de examinar as coisas amplamente e do alto, e não mais pelo ponto de vista mesquinho e estreito dos interesses de seitas e de castas. Estas citações provarão, por outro lado, que, se Sócrates e Platão pressentiram a ideia cristã, en- contram-se igualmente em suas Filosofias os princípios fundamentais do Espiritismo. RESUMO DA DOUTRINA DE SÓCRATES E DE PLATÃO - I - O humano é um Espírito encarnado. Antes da sua encarnação, ele existia unido aos ti- pos primordiais, às ideias do verdadeiro, do correto e do belo. Deles se separa em se encar- nando e, recordando seu passado, está mais ou menos atormentado pelo desejo de a eles re- tornar. Não se pode enunciar mais claramente a distinção e a independência do princípio inteligente e do princípio material. Por outro lado, é a Doutrina da pré-existência do Espírito, da vaga intuição que ele conserva de outro mundo ao qual aspira, de sua sobrevivência ao corpo físico, de sua saí- da do mundo espiritual para se encarnar, e de sua reentrada no mesmo mundo depois do desen- carne. É, enfim, o germe da Doutrina dos "Anjos decaídos". - II - O Espírito se extravia e se perturba quando se serve do corpo físico para considerar
  • 18. 18 qualquer objeto. Tem tonturas como se estivesse bêbado, porque se liga a coisas que são, por sua natureza, sujeitas a mudanças. Ao passo que, quando contempla sua própria essên- cia, ele se dirige para o que é puro, eterno, imortal e, sendo da mesma natureza, fica aí li- gado tanto tempo quanto o possa. Então suas preocupações cessam porque está unido ao que é imutável, e esse estado do Espírito é o que se chama a sabedoria. Assim também se ilude o humano que considera as coisas de baixo, terra a terra, do ponto de vis- ta material. Para apreciá-las com justeza, é preciso vê-las de cima, quer dizer, do ponto de vista espiritual. O verdadeiro sábio, pois, deve, de algum modo, isolar o Espírito do corpo físico, para ver com os ‘olhos’ do Espírito. É o que ensina o Espiritismo. (Sabedoria é sinônimo de conhecimento moralizado!) - III - Enquanto tenhamos nosso corpo físico, e o Espírito se encontre mergulhado nessa materialidade, jamais conseguiremos o objetivo dos nossos desejos: a verdade. Com efeito, o corpo físico nos cria mil obstáculos pela necessidade que temos de cuidá-lo. Ademais, ele nos enche de desejos, de apetites, de temores, de mil quimeras e de mil tolices, de maneira que, com ele, é impossível ser consciente um instante. Mas, se não é possível nada conhecer com pureza enquanto o Espírito está unido ao corpo físico, é preciso de duas coisas uma: ou que não se conheça jamais a verdade ou que se venha a conhecê-la depois do desencarne. Livres da loucura do corpo físico, então, conversaremos, é a esperança, com Espíritos i- gualmente livres, e conheceremos por nós mesmos a essência de todas as coisas. Por isso, os verdadeiros sábios se exercitam para desencarnar e o desencarne não lhes parece de ne- nhum modo temível. Eis aí o princípio das faculdades do Espírito, obscurecidos por intermédio dos órgãos corporais físicos, e da expansão dessas faculdades depois do desencarne. Mas não se trata aqui senão de Espíritos corretos. Não ocorre o mesmo com os Espíritos perturbados. - IV - O Espírito perturbado, nesse estado, está entorpecido e é arrebatado de novo para o mundo material, pelo horror daquilo que é invisível e imaterial, ele anda, então, diz-se, ao redor dos cemitérios e dos túmulos, perto dos quais viu, por vezes, fantasmas tenebrosos, como devem ser as imagens dos Espíritos que deixaram o corpo físico em estado de pertur- bação, e guardam alguma coisa da forma material, o que faz com que o ‘olhar’, espiritual, possa percebê-los. Esses são os Espíritos dos perturbados, que são forçados a perambula- rem nesses lugares, onde carregam as dívidas da sua vida anterior, e onde continuam a an- dar, até que os apetites referentes à vida material, que se deram, conduzam-nos a um corpo físico. E, então, eles retomam, sem dúvida, os mesmos costumes que, durante sua vida ante- rior, foram o objeto de suas predileções. Não só o princípio da reencarnação está aí claramente exposto, mas o estado dos Espíritos que estão ainda sob o domínio da matéria, está descrito tal como o Espiritismo o mostra nas evoca- ções. Há mais: está dito que a reencarnação num corpo material é uma consequência da pertur- bação do Espírito, enquanto que os Espíritos puros estão livres dela. O Espiritismo não diz outra coisa. Acrescenta, apenas que, o Espírito que tomou corretas resoluções quando desencarnado, e que tem conhecimentos e moral adquiridos, leva, em reencarnando, menos erros, mais de virtu- des, e mais de ideias intuitivas que não tivera em sua anterior existência. E que, assim cada exis- tência marca para ele o progresso intelectual, em conhecimentos e moral. - V - Depois do nosso desencarne, o gênio, (daimôn, ‘demônio’) que nos fora designado du- rante nossa vida encarnada, nos conduz para um lugar onde se reúnem todos aqueles que devem ser conduzidos ao Hades, para aí serem julgados. Os Espíritos, depois de terem permanecido no Hades, o tempo necessário, são reconduzidos a esta vida física em numero- sos e longos períodos. É a Doutrina dos "Anjos da guarda" ou Espíritos protetores, e das reencarnações sucessivas, de- pois de intervalos mais ou menos longos de desencarnações. - VI - Os demônios, enchem o espaço que separa o céu da Terra. São o laço que une o
  • 19. 19 Grande Todo consigo mesmo. A DIVINDADE, NÃO ENTRANDO JAMAIS EM COMU- NICAÇÃO DIRETA COM O HUMANO, é por intermédio dos demônios, que os deuses se relacionam e conversam com ele, esteja acordado ou esteja dormindo. A palavra daimôn, que deu origem a demônio, não era tomada no errado sentido na antiguidade, como entre os modernos. Não se dizia exclusivamente dos seres em erro, mas de todos os Espíri- tos em geral, entre os quais distinguiam-se os Espíritos corretos, chamados deuses, e os Espíritos em erro, perturbados, ou demônios propriamente ditos, que se comunicavam diretamente com os humanos. O Espiritismo diz também que os Espíritos povoam o espaço. Que Deus não se comu- nica com os humanos, e que os Espíritos puros são os encarregados de aplicarem Sua Lei. Que os Espíritos se comunicam com os humanos, estando acordados ou dormindo. Substituí a palavra "demônio" pela palavra "Espírito" e tereis a Doutrina Espírita. Colocai a palavra "Anjo" e tereis a Doutrina Cristã. - VII - A preocupação constante do filósofo, (tal como o compreendiam Sócrates e Platão) é tomar o maior cuidado com o Espírito, menos por esta vida, que não é senão um instante, do que em vista da eternidade. Se o Espírito é imortal, não é mais sábio viver com vistas à eternidade? O Cristianismo e o Espiritismo ensinam a mesma coisa. - VIII - Se o Espírito é imaterial, depois desta vida material, ele deve seguir para um mun- do igualmente invisível e imaterial, da mesma forma que o corpo físico, em se decompondo, retorna à matéria bruta. Importa somente distinguir bem o Espírito correto, verdadeira- mente imaterial, que se nutre, como Deus, de conhecimento e de moral, do Espírito pertur- bado, manchado de impurezas materiais que o impedem de se elevar até o divino, e o retêm nos lugares de sua morada terrestre. Sócrates e Platão, como se vê, compreendiam perfeitamente os diferentes graus de desmateriali- zação do Espírito. Eles insistem sobre a diferença de situação que resulta para ele sua pureza maior ou menor. O que eles diziam por intuição, o Espiritismo o prova por numerosos exemplos que coloca sob nossos olhos. - IX - Se o desencarne fosse a dissolução total do humano, seria um grande lucro para os errados, depois do seu desencarne, estarem livres, ao mesmo tempo, de seus corpos físicos, de seu Espírito e dos seus vícios. Aquele que ornou o Espírito, não de um enfeite estranho, mas do que lhe é próprio, só este poderá esperar tranquilamente a hora da sua partida pa- ra o outro mundo. Em outros termos, é dizer que o materialismo, que proclama o nada depois do desencarne, seria a anulação de toda responsabilidade moral ulterior, e, por consequência, um excitante ao erro. Que o erro tem tudo a ganhar com o nada: que só o humano que se despojou de seus vícios e se enri- queceu de virtudes pode esperar tranquilamente o despertar na outra vida. O Espiritismo nos mostra, pelos exemplos que coloca diariamente sob nossos olhos, quanto é penosa para o errôneo a passagem de uma vida para a outra e a entrada na vida espiritual. - X - O corpo físico conserva os vestígios bem marcados dos cuidados que com ele se tomou, ou dos acidentes que experimentou. Ocorre o mesmo com o Espírito. Quando ele está des- pojado do corpo físico, carrega os traços evidentes do seu caráter, de suas afeições e as marcas que cada ato da sua vida lhe deixou. Assim, a maior infelicidade que possa atingir o humano, é a de ir para o outro mundo com o Espírito carregado de erros. Tu vês, Callicles, que nem tu, nem Pólus, nem Górgias, não saberíeis provar que se deve levar uma outra vi- da que nos será mais útil quando estivermos lá no outro mundo. De tantas opiniões diver- sas, a única que permanece inabalável, é a que vale mais receber que cometer uma injustiça e que, antes de todas as coisas, deve-se aplicar, não em parecer humano correto, mas a sê- lo. (Diálogos de Sócrates com seus discípulos, na sua prisão). Aqui se encontra este outro ponto capital, confirmado hoje pela experiência, de que o Espírito perturbado conserva as ideias, as tendências, o caráter e as paixões que tinha na Terra. Este ensi-
  • 20. 20 namento: "vale mais receber que cometer uma injustiça", não é toda cristã? É o mesmo pensa- mento que Jesus, o Cristo, exprime por este ensinamento: “Se alguém vos bate sobre um lado da face, estendei-lhe ainda o outro lado”. - XI - De duas coisas uma: ou o desencarne é uma destruição absoluta, ou ele é a passagem de um Espírito para outro lugar. Se tudo deve se exterminar, o desencarne será como uma dessas raras noites que passamos sem sonho e sem nenhuma consciência de nós mesmos. Mas se o desencarne não é senão uma mudança de morada, a passagem para um lugar on- de os desencarnados devem se reunir, que felicidade nele reencontrar aqueles a quem se conheceu! Meu maior prazer seria o de examinar de perto os habitantes dessa morada, e de aí distinguir, como aqui, aqueles que são sábios daqueles que creem sê-lo e não o são. Mas é hora de nos deixarmos, eu para desencarnar, vós para viver. (Sócrates a seus juízes). Segundo acredita Sócrates, os humanos que viveram na Terra, se reencontram depois do desen- carne e se reconhecem. O Espiritismo no-los mostra continuando as relações que tiveram, de tal sorte que o desencarne não é nem uma interrupção, nem uma cessação da vida espiritual, mas uma transformação, sem interrupção da existência espiritual. Tivessem Sócrates e Platão conhecido os ensinamentos que Jesus, o Cristo, daria quinhentos a- nos mais tarde, e os que os Espíritos dão atualmente, e não haveriam de falar de outra forma. Nisso não há nada que deve surpreender, se se considera que as grandes verdades são eternas, e que os Espíritos as deveram conhecer antes de virem encarnar, para onde as trouxeram. Que Só- crates, Platão e os grandes filósofos de seu tempo puderam estar mais tarde entre aqueles que se- cundaram Jesus, o Cristo, na sua divina missão, e que foram escolhidos precisamente porque ti- nham, mais que os outros, a compreensão de seus sublimes ensinamentos. Que eles podem, en- fim, hoje, fazer parte da plêiade de Espíritos encarregados de virem ensinar aos humanos as mesmas verdades. XII - Não é preciso nunca retribuir injustiça por injustiça, nem fazer o errado a ninguém, qualquer seja o erro que se nos tenham feito. Poucas pessoas, entretanto, admitirão este princípio, e as pessoas que estão divididas não devem senão se desprezar umas às outras. Não está aí o princípio da caridade, que nos ensina a não retribuir o erro com o erro, e de perdoar aos adversários? XIII - É pelos frutos que se reconhece a árvore. É preciso qualificar cada ação segundo o que ela produz: chamá-la errada quando dela provém o erro, correta quando dela nasce o certo. Este ensinamento “É pelos frutos que se reconhece a árvore” se encontra textualmente repetida várias vezes no Evangelho. XIV - A riqueza é um grande perigo. Todo humano que ama a riqueza não ama nem a si, nem o que está em si, mas a uma coisa que lhe é ainda mais estranha que aquela que está em si. Equivale a ‘Não se pode amar a Deus e a Mamon’. Não se podem igualar os valores espirituais com os materiais! XV - As mais belas orações e os mais belos sacrifícios agradam menos a Divindade que um Espírito virtuoso que se esforça por assemelhar-se a ela. Seria uma coisa grave se os deuses tivessem mais consideração para com as nossas oferendas que pelo Espírito. Por esse meio, os mais culpáveis poderiam se lhes tornarem favoráveis. Mas não, não há de verdadeira- mente justo e sábio senão aqueles que, por suas palavras e pelos seus atos, desempenhem-se do que devem aos deuses e aos humanos. O ‘reino dos céus’ não se atinge por ofertas materiais aos ‘deuses’! Só com o amor total, em de- dicação e pureza! XVI - Chamo humano vicioso a esse amante vulgar que ama o corpo físico antes que o Es-
  • 21. 21 pírito. O amor está por toda parte na Natureza, que nos convida a exercitar nossa inteli- gência. É encontrado até nos movimentos dos astros. É o amor que orna a Natureza de seus ricos tapetes. Ele se enfeita e fixa sua morada lá onde encontra flores e perfumes. É ainda o amor que dá a paz aos humanos, a calma ao mar, o silêncio aos ventos e o sono à dor. O amor, que deve unir os humanos por um laço fraternal, é uma consequência dessa teoria de Platão sobre o amor universal como lei natural. Sócrates, tendo dito que “o amor não é um deus nem um mortal, mas um grande demônio”, quer dizer, um grande Espírito presidindo ao amor universal, esta afirmação lhe foi, sobretudo, imputada como crime. XVII - A virtude não se pode ensinar, ela vem por um dom de Deus àqueles que a possuem. É aproximadamente a Doutrina cristã sobre a graça. Mas, se a virtude é um dom de Deus, é um favor, que se pode pedir, porque ela não é concedida a todo o mundo. Por outro lado, se é um dom, ela é sem mérito para aquele que a possui. O Espiritismo é mais explícito. Ele diz que a- quele que possui a virtude a desenvolve por seus esforços em existências sucessivas, em se des- pojando, pouco a pouco, das suas imperfeições. A graça é a força da qual a Lei de Deus favorece todo humano de boa vontade, para se despojar do erro e para fazer o certo. XVIII - É uma disposição natural, a cada um de nós, se aperceber bem menos dos nossos defeitos que dos de outrem. No Evangelho ensina: “Vedes o galho no olho do vosso vizinho, e não vedes a árvore que está no vosso”. XIX - Se os médicos fracassam na maioria das doenças, é que tratam o corpo físico sem o Espírito, e que, o todo não estando em bom estado, é impossível que a parte se porte bem. O Espiritismo dá a chave das relações que existem entre o Espírito e o corpo físico, e prova que há reação incessante de um sobre o outro. Ele abre, assim, um novo caminho à ciência e, em lhe mostrando a verdadeira causa de certas doenças, lhe dá os meios de combatê-las. Quando a ci- ência se inteirar da ação do elemento espiritual no mundo material, fracassará com menos fre- quência. XX - Todos os humanos, a começar desde a infância, fazem muito mais erros do que acer- tos. Estas palavras de Sócrates tocam a grave questão da predominância do erro na Terra, questão in- solúvel sem o conhecimento da pluralidade dos mundos e da destinação da Terra, onde não habi- ta senão uma pequena fração da Humanidade. Só o Espiritismo lhe dá a solução. XXI - Há sabedoria em não crer saber aquilo que tu não sabes. Isto vai endereçado às pessoas que criticam aquilo de que, frequentemente, não sabem a primeira palavra. Platão completa esse pensamento de Sócrates, dizendo: "Experimentemos primeiro torná-los, se isto é possível, mais honestos em palavras, senão, não nos preocupemos com eles, e não procuremos senão a verdade. Esforcemo-nos em nos instruir, mas não nos inju- riemos". É assim que devem agir os Espíritas com respeito aos seus contraditores, de correta ou errada fé. Revivesse Platão hoje, e encontraria as coisas aproximadamente como no seu tempo, e poderia ter a mesma linguagem. Sócrates também encontraria pessoas para zombarem de sua crença nos Espíritos, e tratá-lo de louco, assim como a seu discípulo Platão. Foi por ter professado esses princípios que Sócrates foi primeiro ridicularizado, depois acusado de impiedade, e condenado a beber cicuta (veneno). Tanto isso é certo que as grandes verdades novas, levantando contra si os interesses e os preconceitos que machucam, não podem se estabe- lecer sem luta e sem fazer mártires. (Há mais de 2500, dois mil e quinhentos, anos já tínhamos ‘mensageiros’ a nos avisarem das verdades espiri- tuais. É uma pena que essas verdades atrapalhavam nossas ambições materiais, nossos planos de poder e de mando, nossa posição social e política. Assim sendo não nos foi difícil, dada a nossa posição, acabar com todos esses ‘mensageiros’. Mas, a VERDADE flui através dos ‘poros’ das montanhas de mentiras, montanhas essas com que ‘escondemos’, de nós mesmos, aquelas verdades. Agora elas aparecem, mais uma vez, pela Doutrina
  • 22. 22 dos Espíritos, será que vamos, novamente, enterrá-la?) CAPÍTULO I EU NÃO VIM DESTRUIR A LEI As três revelações: Moisés; Jesus, o Cristo; o Espiritismo. Aliança da ciência e da religião - Instruções dos Espíritos: A era nova. 1. Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas. Eu não vim destruí-los, mas dar-lhes cum- primento. Porque eu vos digo em verdade que o céu e a Terra não passarão, antes que tudo o que está na Lei de Deus não seja cumprido perfeitamente, até um único jota e um só ponto. (Mateus, cap. V, v. 17, 18 ). MOISÉS 2. Há duas partes distintas na lei mosaica: a lei promulgada sobre o monte Sinai, os dez manda- mentos, e a lei civil ou disciplinar, estabelecida por Moisés. Uma é invariável, a outra se refere aos costumes e ao caráter daquele povo, e se modifica com o tempo. A lei está formulada nos dez mandamentos seguintes: I - Eu sou o Senhor, vosso Deus, que vos tirei do Egito, da casa de servidão. Não tereis outros deuses estrangeiros diante de mim. Não fareis imagem talhada, nem nenhuma figura de tudo o que está no alto, no mundo espiritual, e embaixo, na Terra, nem de tudo o que está nas águas sob a terra. Não os adorareis, nem lhes rendereis culto principal. II - Não digais em vão o nome do Senhor vosso Deus. III - Lembrai-vos do respeito ao sétimo dia. IV - Honrai o vosso pai, e a vossa mãe, a fim de viverdes longo tempo na terra, que o Senhor vosso Deus vos dará. V - Não matareis. VI - Não cometereis adultério. VII - Não furtareis. VIII - Não prestareis falso testemunho contra o vosso próximo. IX - Não desejareis a mulher do vosso próximo. X - Não desejareis a casa do vosso próximo, nem seu servidor, nem sua serva, nem seu boi, nem seu asno, nem nenhuma de todas as coisas que lhe pertencem. Esta lei é de todos os tempos e de todos os países, e tem, por isso mesmo, um caráter divino. To- das as outras são leis estabelecidas por Moisés, obrigado a manter, pelo temor, um povo natu- ralmente turbulento e indisciplinado, no qual tinha que combater os abusos enraizados e os pre- conceitos aprendidos na servidão do Egito. Para dar autoridade às suas leis, ele deveu atribuir- lhes origem divina, assim como o fizeram todos os legisladores de povos primitivos. A autorida- de do ser humano deveria se apoiar sobre a autoridade de um deus. Mas só a ideia de um deus
  • 23. 23 terrível poderia impressionar humanos incultos, nos quais o senso moral e o sentimento de uma delicada justiça eram ainda pouco desenvolvidos. É bem evidente que, aquele que tinha colocado em seus mandamentos: “Tu não matarás; tu não farás erro ao teu próximo”, não poderia se con- tradizer fazendo delas um dever de extermínio. As leis mosaicas, propriamente ditas, tinham, pois, um caráter essencialmente transitório. (Observar que, apenas dois enfoques apresenta os Dez mandamentos: Reconhecimento do Deus único e ins- truções disciplinadoras! Jesus, o Cristo, vai sintetizá-las assim: Amar a Deus e amar ao próximo. O amor é o caminho moralizador!) JESUS, O CRISTO 3. Jesus, o Cristo, não veio destruir a lei, ou seja, a Lei de Deus. Ele veio cumpri-la, quer dizer, explicá-la, dar-lhe seu verdadeiro sentido, e apropriá-la ao grau de adiantamento dos humanos. Por isso, se encontra nessa Lei o princípio dos deveres para com Deus e para com o próximo, que constituem a base de sua Doutrina, a que chamamos Cristã. Quanto às leis de Moisés, pro- priamente ditas, ele as modificou profundamente, seja quanto ao modo de fazer, seja quanto ao modo de entender. Combateu constantemente o abuso das práticas exteriores e as falsas interpre- tações, e não poderia fazê-las passar uma reforma mais radical do que as reduzindo a estas pala- vras: “Amar a Deus acima de todas as coisas, e ao próximo como a si mesmo”, e dizendo: está aí toda a lei e os profetas. Por estas palavras: “O céu e a Terra não passarão, antes que tudo seja cumprido até um único jo- ta”, Jesus, o Cristo, quis dizer que seria preciso que a Lei de Deus recebesse seu cumprimento, isto é, que fosse praticada em toda a Terra, em toda a sua pureza, com todos os seus desenvolvi- mentos e todas as suas consequências. Porque de que serviria ter estabelecido essa Lei, se ela de- vesse permanecer como privilégio de alguns humanos ou mesmo de um único povo? Todos os humanos, sendo filhos de Deus, são, sem distinção, o objeto da mesma Lei. 4. Mas o papel de Jesus, o Cristo, não foi simplesmente o de um legislador moralista, sem outra autoridade que a sua palavra. Ele veio cumprir as profecias que haviam anunciado sua vinda. Sua autoridade decorria da pureza desse Espírito e de sua missão divina. Veio ensinar aos humanos que a verdadeira vida não está na Terra, mas no mundo espiritual. Ensinar-lhes o caminho que para lá conduz, os meios de se respeitar a Lei de Deus, e os prevenir sobre a marcha das coisas futuras para o cumprimento dos destinos humanos. Entretanto, não disse tudo, e sobre muitos pontos se limitou a depositar a semente de verdades que ele próprio declara não poderiam ser compreendidas naquela época. Falou de tudo, mas em exemplos por histórias - parábolas -. Para compreender o sentido ‘simbólico’ de certas palavras ou das histórias, seria preciso que novas ideias e novos conhecimentos viessem dar o entendimento, e essas ideias e conhecimentos não poderiam vir antes de certo grau de elevação espiritual. A ciência deveria contribuir poderosa- mente para o aparecimento e o desenvolvimento das ideias e conhecimentos. Seria preciso, pois, dar à ciência o tempo de progredir. (Portanto, deveria vir, antes, o conhecimento, para nos propiciar a razão e, assim, passaríamos a crescer mo- ralmente. Essa a razão de, primeiro destruímos e, depois reconstruímos, mas já é tempo de trilharmos pelo caminho correto, portanto, sem destruir!) O ESPIRITISMO 5. O Espiritismo é a nova ciência que vem revelar aos humanos a existência e a natureza do mundo espiritual, e suas relações com o mundo material. O Espiritismo nos mostra o mundo es- piritual, não mais como uma coisa sobrenatural e ‘escondida’, mas, ao contrário, como uma das forças vivas e incessantemente ativas da Criação, como a fonte de uma multidão de fenômenos incompreendidos, até então estendidos, por essa razão, ao domínio do fantástico e do maravilho- so. É a essas relações que Jesus, o Cristo, se refere indiretamente, em muitas circunstâncias, e é por isso que muitas coisas que ele disse permaneceram sem serem compreendidas ou foram erra- damente interpretadas - a maioria por interesses materiais -. O Espiritismo é a luz, com a ajuda
  • 24. 24 da qual; tudo clareia e se explica com facilidade. 6. A lei do Antigo Testamento está personificada em Moisés. A do Novo Testamento está perso- nificada em Jesus, o Cristo. O Espiritismo é a terceira revelação da Lei de Deus, mas não está personificada em nenhuma pessoa, porque o Espiritismo é o produto de ensinamento dado, não por uma pessoa, mas pelos Espíritos, que são as ‘vozes’ do mundo espiritual, sobre todos os pon- tos da Terra, e por uma multidão inumerável de intermediários - os médiuns -, de algum modo, é um ato coletivo compreendendo o conjunto dos seres do mundo espiritual, vindo cada um trazer aos humanos o tributo das suas luzes, para fazê-los conhecer esse mundo espiritual e a vida que nele os espera. 7. Da mesma forma que Jesus, o Cristo, disse: “Eu não vim destruir a Lei, mas dar-lhe cumpri- mento", o Espiritismo diz igualmente: “Eu não vim destruir a lei cristã, mas cumpri-la”. O Espi- ritismo não ensina nada de contrário ao que Jesus, o Cristo, ensinou, mas desenvolve, completa e explica, em termos claros para todo o mundo, o que não foi dito senão sob a forma ‘simbólica’ - escondida -. O Espiritismo vem cumprir, nos tempos do Consolador, o que Jesus, o Cristo, anun- ciou, e preparar o cumprimento das coisas futuras. É, pois, obra de Jesus, o Cristo, que preside, como igualmente anunciou, a regeneração que se opera, e prepara o reino de Deus na Terra. ( A razão através da educação, pela verdade de conhecimentos e realização moralizante.) ALIANÇA DA CIÊNCIA E DA RELIGIÃO 8. A ciência e a religião são os dois caminhos da cultura humana. Um revela as leis do mundo material e o outro as leis do mundo moral. Mas, qualquer um deles, tendo o mesmo princípio que é Deus, não podem ser contrários. Se eles são a negação um do outro, um obrigatoriamente é er- rado e a outro certo, porque Deus nunca destruiria Sua própria obra. A oposição que se acredita- va ver entre esses dois caminhos de cultura prende-se a um defeito de observação e a muito de egoísmo e vaidade de uma parte e da outra. Daí o conflito de onde nasceram a incredulidade e a intolerância de uns para com os outros. Os tempos são chegados em que os ensinamentos de Jesus, o Cristo, devem receber novas luzes. Em que o véu ‘simbólico’, lançado sobre algumas partes desse ensinamento, deve ser tirado. Em que a ciência, deixando de ser exclusivamente materialista, deve inteirar-se do elemento espiritu- al, e em que a religião, parando de ignorar as leis orgânicas e imutáveis da matéria, assim, essas duas forças, - ciência e religião ou Conhecimento e Moral -, apoiando-se uma sobre a outra, e andando juntas, se prestarão um mútuo apoio. A ciência e a religião ainda não puderam se entender, porque, cada uma examinando as coisas sob seu ponto de vista exclusivo, se atacam mutuamente. Seria preciso alguma coisa para preen- cher o vazio que as separava, um traço de união que as aproximasse. Esse traço de união está no conhecimento das leis que regem o mundo espiritual e suas relações com o mundo material, leis tão imutáveis como as que regem o movimento dos astros e a existência dos seres. Essas rela- ções, uma vez constatadas pela experiência, uma luz nova se fez: a fé se dirigiu à razão, a razão não encontrou nada de ilógico na fé, e o materialismo ficou desmascarado. Mas nisso, como em todas as coisas, há pessoas que permanecem para trás, até que sejam arrastadas pela correnteza geral que as forçará a seguir sem que possam resistir-lhe. É melhor a ela se abandonarem. É toda uma revolução moral que se opera neste momento e trabalho dos Espíritos. Depois de elaborada durante mais de vinte séculos, ela se aproxima do seu cumprimento, e vai marcar uma era nova na Humanidade. As consequências dessa revolução são fáceis de prever. Deve trazer, nas rela- ções sociais, inevitáveis modificações, às quais não está no poder de ninguém se opor, porque es- tão nos desígnios da Lei de Deus e resultam da lei do progresso, que é uma das Leis de Deus. (A religião, se atendo aos valores materiais, por pura conveniência ao seu ‘poder material’, se perdeu na montanha de mentiras. A ciência, tornando-se positivista, matou os ‘mitos’ da religião. Portanto, a ciência provou que a história da religião era falsa, mas esta não quer abandonar suas fontes de lucro e poder materi- ais. O Espiritismo veio para recolocar a ‘religião espiritual’ no seu verdadeiro lugar, o de ensinar aos huma-
  • 25. 25 nos o ‘caminho’ da verdade espiritual e os ‘transitórios’ valores materiais. A luta que vemos é realizada pela ‘religião materialista’ contra o Espiritismo e a ciência!) INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS A ERA NOVA 9. Deus é único, e Moisés, o Espírito enviado pela Lei de Deus em missão para O fazer conhecer, não somente ao povo hebreu, mas ainda aos outros povos. O povo hebreu foi o instrumento de que a Lei de Deus se serviu para fazer a revelação por Moisés e pelos profetas. Os problemas da vida desse povo eram destinados a impressionar a todos e, recebendo por Moisés esses conheci- mentos, deviam reconhecer o Deus único, divulgando-o a todos os humanos. Os mandamentos da lei, anunciados por Moisés, trazem a semente da mais ampla moral cristã. Os comentários da Bíblia limitavam-lhe o sentido, porque, postos em prática em toda a sua pureza, ela não teria si- do, então, pelo estágio evolutivo da época, compreendida. Mas nem por isso, os dez mandamen- tos da lei deixaram de permanecer como o início brilhante, como o farol que deveria iluminar a Humanidade no caminho que haveria de percorrer. A moral ensinada por Moisés era apropriada ao estado de adiantamento no qual se encontravam os povos que ela devia regenerar, e esses povos, iniciantes quanto ao aperfeiçoamento Espiritual, não teriam compreendido como se pode adorar a Deus de outro modo, a não ser pelos holocaus- tos, e nem como se podia perdoar a um adversário. Sua manifestação inteligente, notável do pon- to de vista da matéria, e mesmo sob o das artes e das ciências, era muito atrasada em moralidade, e não se teriam disciplinado pela aplicação de uma religião inteiramente espiritual. Era-lhes pre- ciso uma religião semimaterial, tal qual lhe oferecia, então, a religião judaica. Assim, os holo- caustos falavam aos seus sentidos, enquanto que a ideia de Deus falava ao Espírito. Jesus, o Cristo, foi o iniciador da moral mais pura e mais sublime: a moral cristã que deve reno- var o mundo, aproximar os humanos e irmaná-los. Que deve fazer jorrar de todos os corações humanos a caridade e o amor ao próximo, e criar entre todos os humanos uma solidariedade co- mum. De uma moral, enfim, que deve transformar a Terra, e dela fazer uma morada para Espíri- tos melhores aos que a habitam hoje. É a lei do progresso, à qual a Natureza está submetida, que se cumpre, e o Espiritismo é a conhecimento pelo qual a Lei de Deus se serve para fazer avançar a Humanidade. Estamos nos ‘tempos’ em que as ideias morais devem se desenvolver para cumprir os progressos que estão na Lei de Deus. As ideias morais devem seguir o mesmo caminho que as ideias de li- berdade percorreram, e que delas eram preparadoras. Mas é preciso saber que esse desenvolvi- mento se fará com muitas dificuldades. Sim, elas têm necessidade, para atingir a maturidade, de abalos e de discussões, a fim de que atraiam a atenção das massas. Uma vez fixada a atenção, a beleza e a pureza da moral impressionarão todos os Espíritos, e eles se interessarão por uma ci- ência que lhes dê a chave da vida futura e lhes indica o caminho da felicidade eterna. Foi Moisés quem abriu o caminho. Jesus, o Cristo, continuou a obra, e o Espiritismo a concluirá. (Um Espírito Israelita, Mulhouse, 1861). (Sua manifestação inteligente, notável do ponto de vista da matéria, e mesmo sob o das artes e das ciências, era mui- to atrasada em moralidade, e não se teriam disciplinado pela aplicação de uma religião inteiramente espiritual. É importante lembrar que a citação refere-se aos humanos de três mil – 3000 – anos atrás! Mas, se observar- mos bem, ela se aplica clara e naturalmente aos humanos atuais. Vamos e voltamos, mas muito pouco melho- ramos moralmente. Estamos nos ‘tempos’ em que as ideias morais devem se desenvolver para cumprir os progressos que estão na Lei de Deus. Embora a comunicação seja de cento e cincoenta – 150 – anos atrás e, aparentemente, pioramos em morali- dade, devemos nos lembrar do aviso messiânico: ‘É necessário que o erro cresça...’. O joio deve sobressair-se ao trigo, pois assim ficará mais visível e, em consequência, mais fácil de ser medido e ceifado na colheita! O joio viça no trigal, mas se crescer ‘demais’ afoga o trigo e, sem este, ‘morrerá’ por falta de alimento!) 10. Um dia, Deus, pela Sua Lei de caridade inesgotável, permitiu ao humano sentir a verdade dissipar a escuridão. Esse dia foi a vinda de Jesus, o Cristo. Depois da luz viva, a escuridão vol- tou. O mundo, depois das alternativas de escuridão e de luz, se perturbou de novo. Então, à se- melhança dos profetas do Antigo Testamento, os Espíritos se põem a falar e a vos advertir: o
  • 26. 26 mundo foi abalado em suas bases. A verdade triunfará, sede firmes! O Espiritismo é de ordem divina, uma vez que repousa sobre as próprias leis divinas, e crede que tudo o que é de ordem divina tem um objetivo grande e útil. Vosso mundo se perturbava. A ciên- cia, desenvolvida no esquecimento do que é de ordem moral, em tudo vos conduzindo ao bem- estar puramente material, atendia aos interesses dos Espíritos em erro. Vós o sabeis, cristãos, os sentimentos e a moral devem caminhar unidos à ciência. O reino de Jesus, o Cristo, após mais de vinte séculos, e apesar do sacrifício de tantos mártires, ainda não chegou. Cristãos, retornai ao Mestre que quer vos ensinar. Tudo é fácil àquele que crê e que ama. O amor enche-o de uma ale- gria indescritível. Sim, meus filhos, o mundo está abalado. Os Espíritos corretos dizem isso, sempre, a todos vocês. Estejam atentos ao vento precursor da tempestade, a fim de não serdes derrubados. Quer dizer, preparai-vos, e não vos assemelheis às virgens estouvadas que foram a- panhadas de surpresa à chegada do esposo. A transformação que se prepara é antes moral que material, os Espíritos corretos, mensageiros divinos, os instruem para a fé, a fim de que todos vós, obreiros esclarecidos e ardentes, façais ouvir vossa humilde voz. Porque vós sois o grão de areia, mas sem grãos de areia não haveria montanhas. Assim, pois, que estas palavras: “nós somos pequenos”, não tenha mais sentido para vós. A cada um sua missão, a cada um seu trabalho. A formiga não constrói o edifício da sua re- pública e os animaizinhos imperceptíveis não erguem os continentes? A nova caminhada come- çou. Sois apóstolos da paz universal e não de uma guerra, Bernardos modernos, olhai e marchai em frente: a lei dos mundos é a lei do progresso. (Fénelon, Poitiers, 1861). (A transformação que se prepara é antes moral que material, os Espíritos corretos, mensageiros divinos, os instruem para a fé, a fim de que todos vós, obreiros esclarecidos e ardentes, façais ouvir vossa humilde voz. Porque vós sois o grão de areia, mas sem grãos de areia não haveria montanhas. Os estudantes da Doutrina dos Espíritos, quando ‘obreiros esclarecidos e ardentes’, são os propagadores da fé raciocinada, pequeninos exemplos, mas ‘gigantes’ na verdade eterna...) 11. Agostinho é um dos maiores divulgadores do Espiritismo. Ele se manifesta espiritualmente quase que por toda parte. A razão disso encontramos na vida desse grande filósofo cristão, aos quais a cristandade deve seus mais sólidos alicerces. Como muitos, foi tirado do erro mais pro- fundo, pelo esplendor da verdade. Quando, em meio aos seus erros, sentiu espiritualmente essa vibração estranha que o chamava para si mesmo, e lhe fez compreender que a felicidade estava em outro lugar e não nos prazeres mundanos. Quando, enfim, sobre sua estrada de Damasco também ouviu uma voz pura lhe exclamar: Saulo, Saulo, por que me persegues? Ele exclamou: Meu Deus! Meu Deus! Perdoai-me, eu creio, eu sou cristão! Depois, então, tornou-se um dos mais firmes sustentáculos do Evangelho. Podem-se ler, nas confissões notáveis que nos deixou esse eminente Espírito, as palavras, ao mesmo tempo, características e proféticas, que pronun- ciou depois de ter perdido Mônica: "Eu estou convencido de que minha mãe voltará a me visitar e me dar conselhos, revelando-me o que nos espera na vida futura". Que ensinamento nessas pa- lavras, e que previsão brilhante da futura Doutrina! É por isso que, hoje, vendo chegada a hora para a divulgação da verdade que ele havia pressentido outrora, se fez dela o ardente propagador, e se multiplica, por assim dizer, para responder a todos aqueles que, espiritualmente, o chamam. (Erasto, discípulo de Paulo, Paris, 1863). NOTA: Agostinho vem, pois, destruir aquilo que edificou? Seguramente que não. Mas, como tantos outros, ele vê com os olhos do Espírito o que não via como humano. Seu Espírito liberto entrevê novas claridades e compreende o que não compreendia antes. Novas ideias lhe revela- ram o verdadeiro sentido de certas palavras. Na Terra, julgava as coisas segundo os conhecimentos que possuía, mas, quando uma nova luz se fez para ele, pode julgá-las mais corretamente. Foi assim que mudou de ideia sobre sua crença concernente aos Espíritos íncubos e súcu- bos, sobre o anátema que havia lançado contra a teoria dos antípodas. Agora que o Cristianismo lhe aparece em toda a sua pureza, pode ele, sobre certos pontos, pensar diferentemente do que quando encarnado, sem deixar de ser o apóstolo cristão. Pode, sem renegar a sua fé, fazer- se o propagador do Espiritismo, porque nele vê o cumprimento das predições. Proclamando-o, hoje, não faz senão nos conduzir a uma inter- pretação mais correta e mais lógica das comunicações espirituais. Assim ocorre com outros Espíritos que se encontram em igual posição. (Íncubos - segundo uma antiga superstição, demônio masculino que abusava das mulheres durante o sono, fato a que se atribuíam os maus sonhos e pesadelos. Súcubos - Demônio a quem outrora se atribuíam os pesadelos e que, segundo a crença antiga, assumia forma feminina, para ter cópula carnal com um homem adormecido. Antípodas - tudo que existe tem seu contrário.) (Nós temos o costume, bem arraigado, de dar destaque aos nomes. Se for apresentada uma bomba com o no- me de ‘tribombástica letal’ poderemos ficar impressionados. Mas se, ao detonar, essa bomba se revelar uma ‘bombinha’ de festa junina, teremos a certeza que o nome era uma mentira. Assim devemos analisar as co- municações espirituais assinadas por nomes famosos! Devemos verificar o conteúdo!)
  • 27. 27 EXPLANAÇÕES 01 - ITENS 1 e 2 Ouvimos a lição do Evangelho, o grande legado que Nosso Senhor Jesus Cristo deixou aos hu- manos para continuarem sua evolução. Este primeiro capítulo do Evangelho vem mostrar o início do conhecimento de Deus ao povo Hebreu, trazendo-lhes a ideia do Deus único. O missionário enviado pelo Mundo Espiritual foi Moisés, com a finalidade de orientar e guiar o povo Hebreu. Há duas partes distintas na lei mosaica: a Lei de Deus e a lei civil ou disciplinar. Moisés devendo legislar para um povo rude, e ainda muito próximo da barbárie, teve que institu- ir leis humanas severas, tal como a do olho por olho e dente por dente, a fim de conter-lhes o ím- peto. Para que esse povo temesse as leis mostrou a eles um Deus terrível, que devia impressionar seres humanos ignorantes, pois tinham, no sentido atual, pouco senso de moral ou sentimento de justiça. Estas leis foram criadas para uma etapa da vida dos seres humanos. Não eram leis eternas. Foram leis para fazer os seres humanos começarem a raciocinar e se prepararem para entenderem a lei Divina. Todo progresso no mundo deve ser sequencial, visando a evolução. Foram instituídas primeiramente as leis mosaicas, para que os seres humanos começassem a o- bedecer e a se disciplinar, porque nada pode existir sem ordem e sem limites. Vocês já pensaram; se não existissem horários e limites, o que seria a vida na Terra? Uma com- pleta desordem! Por isso, no passar das encarnações, o ser humano vem tomando consciência das suas responsa- bilidades, para que, a cada dia, tenha oportunidade de evoluir. Junto às leis disciplinares veio a lei Divina; que são os dez mandamentos. Esta sim é uma lei in- variável, que ontem, hoje e por todo o sempre permanece. O primeiro mandamento que é; "Amar a Deus sobre todas as coisas", resume todos os outros, porque se amarmos a Deus sobre todas as coisas, estaremos amando o nosso próximo e estare- mos amando toda a criação Divina. Nós somos criação de Deus. O Universo é criação de Deus. Enfim; tudo o que existe é criação de Deus. As leis Divinas começaram a acordar o ser humano do sono da ignorância da existência de Deus; um Deus único. O aprimoramento do raciocínio inteligente, com o uso do conhecimento e da moral, é a base da evolução espiritual, portanto; dos indivíduos e dos povos. Hoje não há necessidade plena da aplicação da lei mosaica para que os seres humanos aprendam as leis Divinas. O conhecimento, a oportunidade, está ao alcance de todos que desejam procurar o Pai, e como todo pai ama seu filho; Ele está eternamente de braços abertos para nos receber. Temos milhares de livros ao nosso dispor, irmãos dispostos a falar do Evangelho, portas abertas para transmitir a palavra Divina. Hoje o ensino do Evangelho está mais claro, as palavras mais compreensivas, as lições mais lím- pidas. Tudo isto foi evolução, e quanto mais nos aprimorarmos nos estudos do conhecimento das leis Divinas, mais evoluiremos, burilando-nos espiritualmente. Nós já saímos da barbárie; pelas leis mosaicas, e agora temos o conhecimento da grandiosidade da obra de Deus, o conhecimento da vida espiritual, sabemos que somos filhos de Deus e que a nossa evolução espiritual só depende de nós. Sabemos que é indispensável conhecer o certo, para que os ensinamentos corretos aperfeiçoem a nossa vida íntima.
  • 28. 28 Sentimos necessidade de crescer espiritualmente, necessidade de paz, de amor. Hoje temos o conhecimento do amor, exposto a todos nós por Jesus Cristo. O amor é a luz da e- ternidade, que nunca se apagará. No maravilhoso teatro da evolução universal, o ser humano é um valioso colaborador na obra material de Deus; na Terra e no Espaço, por isso, todos os que têm o conhecimento do Evange- lho, devem procurar ajudar os irmãos que necessitam do conhecimento; do esclarecimento espiri- tual que sobrevive a tudo. Quando estamos esclarecendo a um irmão encarnado, este esclareci- mento está chegando a vários irmãos desencarnados. O objetivo do ser humano na Terra é o da sua própria renovação. Espiritualmente; viemos para aprender, refletir e melhorar pelo trabalho que dignifica. A renovação do ser humano, sob o ponto de vista moral e intelectual, sem dúvida é difícil, porém é realizável. É indispensável somente que disponha de boa vontade. O Evangelho e o Espiritis- mo aí estão, dispostos a ajudar. A estrada é difícil e o caminho é longo, repleto de espinhos, pedras, obstáculos e limitações, po- rém a meta é alcançável. É preciso persistência. O resto virá no curso da longa viagem. Já vimos, na primeira parte do capítulo I do Evangelho, que as leis mosaicas foram divididas em duas partes: leis disciplinares, criadas por Moisés para as necessidades daquele povo, naquela época, e leis Divinas - que são os dez mandamentos -. Estas leis foram o grande início da evolu- ção espiritual do ser humano. Deus, nosso Pai eternamente bondoso, para que evoluíssemos mais um estágio, depois de Moi- sés, nos envia um nosso grande irmão, seu filho - Jesus Cristo. Jesus, nosso Mestre, veio depois de Moisés, quando estávamos mais preparados para receber a semente do amor e da nova moral. Foi necessário primeiro o amadurecimento da disciplina, nas leis de Moisés, para que a semente moral pudesse germinar. Jesus nasceu numa simples manjedoura, entre pacíficos animais e singelos pastores. No momen- to do seu nascimento, já nos dava exemplo de humildade, Ele “o enviado Divino” que veio para instruir moralmente os seres humanos, em vez de nascer num palácio, nasce numa singela estre- baria! Com Jesus Cristo inicia-se a preparação espiritual para novo estágio da humanidade. Pelo seu nascimento entre os seres humanos, ocorreu uma comunhão direta do Mundo espiritual com o Mundo físico. Admiráveis revelações perfumam os Espíritos encarnados e o "Grande Enviado" oferece aos seres humanos a sublimidade do Seu amor, da Sua sabedoria e da Sua misericórdia. Jesus, utilizando simples alpercatas, percorreu estradas palestinenses, para levar a boa nova aos seres humanos; sempre misericordioso e humilde. Em suas andanças curou leprosos e fez andar os coxos, cegos enxergarem e sempre repetia "A tua fé te curou", assinalando, assim, o valor es- piritual, mostrando, ao ser humano, a grandeza do amor e da fé. Ensinando que os tesouros de Deus estavam no coração. Com Jesus abre-se um manancial de esperanças. A humanidade na manjedoura, no Tabor e no calvário, sente as manifestações da vida celeste, sublimada, e com toda a sua grandiosa espiritua- lidade. Nos seus majestosos exemplos e suas palavras sábias, Jesus Cristo legou à humanidade um ma- nancial inesgotável de ensinamentos - O Evangelho. Na verdade, o Evangelho representa a sú- mula de todas as filosofias, que objetivam aprimorar as qualidades morais do Espírito, nortean- do-lhe a vida e as aspirações. O advento de Jesus, na face da Terra, representou a demonstração do amor incomensurável de Deus pelas suas criaturas e a personificação de Sua bondade infinita. Muitas raças e povos da Terra desconhecem a doutrina maravilhosa que está contida no Evange- lho, embora todos os seres humanos tenham recebido, nas mais remotas plagas de nosso planeta, as irradiações do Espírito misericordioso de Jesus Cristo, através das palavras de inumeráveis missionários que o antecederam no afã de iluminar os horizontes do mundo. O Evangelho de Jesus ainda encontrará, por algum tempo, a resistência obstinada dos seres hu- manos errôneos. A errada fé, a ignorância, o obscurantismo, a venda de benesses e o império da força conspiram contra o Evangelho, mas chegarão os tempos em que sua ascendência será reco- nhecida pelos povos de todas as nações.