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Baixar para ler offline
1.ano
o
Passo a
passo
Hora da
leitura
893546 01_Frontispicio 07/02/19 10:38 Page 1
2
O desenvolvimento das competências da leitura e da escrita pressupõe,
muitas vezes, uma aprendizagem lenta e custosa. Antes de começar este
período, as crianças devem desfrutar as leituras que os adultos realizam
em voz alta — um estímulo que as ajuda a superar as dificuldades encon-
tradas no processo de leitura.
Os contos constituem o primeiro contacto de carácter literário dos
alunos com a língua. Além disso, transmitem conhecimentos ao apresentar
situações e conflitos que as personagens têm de resolver e ajudam a
desenvolver a imaginação, a curiosidade e o pensamento; isto é, os contos
transmitem cultura. Se conseguirmos que os alunos desfrutem a audição e
a compreensão de contos, estaremos a fomentar o hábito da leitura e a
despertar a sua curiosidade pela língua escrita.
O caderno Hora da Leitura apresenta um conjunto de pequenos contos
ilustrados para explorar na «hora da leitura», dando resposta às orientações
do Plano Nacional de Leitura, que têm como objectivo principal motivar os
alunos para esta prática.
Existe um processo gradual de familiarização dos alunos com a escrita,
pelo que o primeiro conto é apresentado em letra manuscrita e os res-
tantes em letra de imprensa.
Apresentação
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3
Índice
O PIRATA E A PRINCESA 4
Miniatura 8
História da bicicleta verde 9
O papagaio 10
A tomada 11
As letras que se escaparam 12
Os bons vizinhos 13
Uma notícia curiosa 14
A Primavera 15
O príncipe e o comerciante 16
História do rato na loja 17
O fantástico cavalo de madeira 18
Os chocolates 19
HISTÓRIA Página
O gato Dário 20
O Outono 21
Alice no país das maravilhas 22
O Polegarzinho 23
A raposa e a cegonha 24
O rouxinol 25
Gulliver no país dos anões 26
O campo na cidade 27
A vaca Caaa 28
Os primeiros animais domésticos 29
O dia de anos da minha mamã 30
A mochila da Margarida 31
Um dia na praia 32
HISTÓRIA Página
893546 02-03_Apresentacao 07/02/19 10:42 Page 3
4
O PIRATA E A PRINCESA
H∞´å muito§, muito§ ano§, $contaμ $o§ |pirata§, $q† $h´å |uμ $™esourØ
¢escondidØ nå mis™erioså |ilhå $∂a§ |palμeira§.
Nå $ßegundå-$ƒÆirå, $Ø |piratå P‰ernå $∂ P∞a† $cˇegou $`å |ilhå. F£eΩ $buraco§
$aquı ¢ $alı $coμ $å $suå |p´å, ma§ nãØ ¢encontro† |umå $s´ø møÆdå $∂ $ourØ.
N∞å |™erçå-$ƒÆirå |πelå manh˜å, $quandØ $olhavå $Ø ma®, vi† $q† $ß
$aproximavå nuμ $barcØ $å |prin©eså L∞ucíliå.
— B∞on§ dia§, |piratå P‰ernå $∂ P∞a†. V∞iμ $buscar $Ø |™esourØ ¢escondidØ.
— B∞on§ dia§, L∞ucíliå. S‰ $quiße®e§, |po∂emo§ |trabalha® |junto§
¢ $®eparti® $Ø |™esourØ $quandØ $Ø ¢encontrarmo§ — $disß $Ø |piratå.
893546 04-32_Historias 07/02/19 10:43 Page 4
5
— P∞a®e©-μ |uμ $boμ $acordø — $®espon∂e† $å |prin©eså.
N∞å $quartå-$ƒÆirå ¢escavaraμ ¢ ¢escavaraμ $ßeμ ¢encontra® $Ø |™esourØ.
C∞omØ |tinhaμ $foμ, $∂ecidiraμ $coμe® $algun§ $coco§, ma§ $Ø |piratå P‰ernå
$∂ P∞a† nãØ $sabiå |t®epa® $ৠ|palμeira§.
— N∞ãØ |™ |p®eocuπe§, ¢e† ¢ensinØ-|™ — $disß L∞ucíliå, $dandØ |umå $ajudå.
O∞§ $doi§ $di√Ærtiraμ-$ß $subindØ ¢ $∂es©endØ $da§ |palμeira§ ¢ $coμendØ
$coco§.
N∞å $quintå-$ƒÆirå voltaraμ $å |procura® $Ø |™esourØ. A∞Ø $cˇega® $å noi™,
$Ø |piratå $olho† $a§ ¢est®ela§ $coμ $å $suå $lu¬etå.
— C∞omØ $ß $chamå $aq†elå $q† $brilhå |tantØ? — |πergunto†-$lˇ
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P‰ernå $∂ P∞a† ¢ensino†-$lˇ $Ø noμ $∂ muita§ ¢est®ela§ ¢ $conto†-$lˇ
$história§ $sob® ¢ela§. Junto§ $∂esfrutaraμ $Ø $©é† ¢est®eladØ.
893546 04-32_Historias 07/02/19 10:43 Page 5
6
N∞Ø $sábadØ voltaraμ $å ¢escava® $coμ $a§ |p᧠$ßeμ ¢encontra®
$Ø |™esourØ. D£epoi§ $dØ |janta®, P£ernå $∂ P∞a† $canto† $linda§ $©anç˜øƧ
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— Q∞† voΩ |tãØ $bonitå $q† |™en§! — $disß-$lˇ L∞ucíliå. — Gostavå $q†
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$å |prin©eså $foı $busca® $o§ $livro§ $q† |tinhå |trazidØ nØ $barcØ ¢ $coμeço†
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893546 04-32_Historias 07/02/19 10:43 Page 6
7
N∞Ø $domingØ, L∞ucíliå  P‰ernå $∂ P∞a† nãØ voltaraμ $å |procura®
$Ø |™esourØ. D£ecidiraμ fica® nå |ilhå, |porq† $ß |tinhaμ $apaixonadØ.
— T£emo§ $a§ ¢est®ela§, $a§ |palμeira§, $o§ μeu§ $livro§ ¢ a§ |tua§ $©anç˜øƧ
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— N∞˜aØ |p®ecisamo§ $∂ møÆda§ $∂ $ourØ |parå $ße® $ƒÆliΩe§ — $ac®es©ento†
$Ø |piratå.
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8
Chamam-me Miniatura porque sou pequena. Porque apenas alcanço
a mesa e tenho sempre de subir a uma cadeira para ir à janela.
Os meus irmãos são muito altos!
Eles cresceram muito e podem chegar à marmelada do armário mais
alto da despensa.
Eu não. Eu tenho sempre de pedir ajuda.
Às vezes, os meus irmãos tropeçam em mim quando corro na rua.
«Qualquer dia pisamos-te», dizem-me.
Quero crescer já para que não me pisem.
E sobretudo para chegar à marmelada.
Conto pelos dedos os anos que tenho. Todos numa mão.
Estive a pensar, e acho que vou comer sempre a sopa, a carne
e a salada. Assim, hei-de crescer num instante.
Miniatura
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9
História da bicicleta verde
Certo dia, uma menina quis pintar a sua bicicleta
e escolheu a cor verde. A menina gostava muito do verde.
Mas o irmão mais velho disse-lhe:
— Nunca vi uma bicicleta de cor verde. É melhor que a pintes
de vermelho, ficará mais bonita.
A menina também gostava do vermelho. Por isso também se veste
de vermelho e se pôs a pintar a bicicleta dessa cor.
Mas uma menina disse-lhe:
— Toda a gente tem uma bicicleta vermelha! Porque não a pintas
de azul?
A menina pensou bem, e pintou a bicicleta de azul.
Mas um rapaz seu vizinho disse-lhe:
— Azul? Que cor tão escura! O amarelo é mais alegre!
E a menina pensou também que o amarelo era mais alegre, e foi
buscar o amarelo.
Por fim, o irmão mais velho voltou:
— Eu disse-te para a pintares de vermelho! Vermelho, escolhe
o vermelho!
Então, a menina fartou-se de rir e foi buscar a cor verde e pintou
a bicicleta de verde, de cor verde como a erva.
E não ligou patavina ao que os outros disseram!
URSULA WÖLFEL
Vinte e Oito Histórias de Rir (Adaptado)
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10
O menino de cabelo ruivo e de camisa às riscas brancas e azuis
chegou a casa com um pedaço de cartão que encontrou no parque.
Aquele menino chamava-se António, mas todos lhe chamavam Toni.
O Toni entrou em casa e fechou-se no quarto. Foi buscar uma tesoura
e papel às cores, e passou toda a tarde a trabalhar.
Cortava e colava; colava e tornava a cortar. O Toni já estava
a acabar de fazer o papagaio. Então, a mãe chamou-o para ir jantar.
— Quando acabarmos de jantar, mostras-me o papagaio. Gosto muito
de papagaios — disse o pai.
O Toni esperou impaciente pelo fim do jantar. Depois, correu para
o seu quarto e trouxe o papagaio. Sentiu-se muito orgulhoso quando
o seu pai disse:
— Bom trabalho, Toni. É um papagaio muito bonito. Quando
o terminares, iremos ao parque para o pôr a voar.
O papagaio
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11
A tomada
Sou uma tomada feliz. Deste sítio, no mais baixo da parede, divirto-me
a olhar para os pés que andam pela casa e as diferentes maneiras que
têm de andar. É como no cinema!
Vejam só as coisas que faço funcionar! Cada dia vejo algo de novo,
há muitos aparelhos que funcionam através de mim.
Mas tenho um segredo: dentro de mim há uma força muito potente.
Chama-se corrente eléctrica e pode ser perigosíssima.
Graças à corrente eléctrica podem funcionar muitos
electrodomésticos: rádios, televisores, gira-discos…
Felizmente existem as pilhas, que me ajudam um pouco!
Cada vez que se aproxima alguém e liga a ficha, sinto muita
curiosidade. Que se passará? A Joana seca o cabelo, o aspirador corre
pelo chão, como se fosse um barco terrestre, o Carlos põe o rádio com
o volume no máximo…
Mas, quando se aproximam de mim crianças, sinto por dentro um
medo terrível.
Elas também querem brincar comigo. Às vezes tocam-me.
Então, a força que tenho dentro, a corrente eléctrica, dá-lhes uma
sacudidela tremenda. Se a sacudidela for muito forte, pode fazer parar
o coração…
E eu não quero que isso aconteça!
GINSI LUARENGHI
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12
Num domingo de um mês qualquer, de um ano
qualquer, o Jota disse ao Pê:
— Estou cansado de tantas palavras e de tantas letras.
Vens comigo dar uma volta?
E os dois saíram do abecedário de mãos dadas.
Já estavam fartos de estar sempre nos livros, nos
quadros, nas folhas dos cadernos, nos cartazes publicitários... Queriam
ver a cidade. Queriam andar pelas ruas. Queriam brincar
nos parques…
Quando as outras letras se aperceberam do espaço vazio deixado
no abecedário, exaltaram-se muito e gritaram:
— Que desfaçatez! Que falta de profissionalismo!
E viam o Jota e o Pê muito contentes a divertirem-se no jardim.
Sentiram inveja e decidiram ir ter com eles.
As letras que se escaparam
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13
Os bons vizinhos
Na casa viviam um cão, um gato e um rato.
O criado dava todos os dias três ossos ao cão.
A criada dava todos os dias três sardinhas ao gato.
Ao rato ninguém dava de comer. E, por isso, procurava
como podia os seus três pedacitos de queijo.
Quando o rato saía, o gato corria atrás dele. Ao ouvir
tanta algazarra, o cão começava a correr atrás do gato.
E passavam todo o dia a correr, o gato atrás do rato
e o cão atrás do gato.
Até que um dia disse o cão:
— Como somos vizinhos, vamos viver como bons amigos.
— Eu quero comer o rato — disse o gato.
E o cão respondeu-lhe:
— Todos os dias te trazem três sardinhas. Assim,
não precisas de comer o rato.
Desde aquele dia, os três amigos vivem como bons
vizinhos.
O criado dá três ossos ao cão.
A criada dá três sardinhas ao gato.
O cão e o gato procuram os seus três pedacinhos de queijo
para o rato.
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14
Carlos retirou de uma caixa um aparelho de rádio portátil e ligou-o.
Uma música alegre ouviu-se no quarto. Os dois meninos cantavam
ao mesmo tempo que o rádio tocava.
Uns minutos mais tarde, a música parou de vez.
— Que se passa? O rádio avariou?
— Penso que não...
Naquele momento, ouviu-se a voz de um locutor, que dizia:
— Senhoras e senhores, interrompemos a nossa emissão musical
para vos comunicar que, há aproximadamente uma hora, caiu na nossa
cidade um meteorito. Como sabem, os meteoritos são fragmentos
de planetas e de outros corpos celestes. Podemos adiantar-vos
que não houve vítimas nem danos materiais. O meteorito caiu numa
esplanada, mas estava vazia. Esperamos, em breve, dar-vos mais
notícias. Podem continuar a ouvir o nosso programa musical...
Os dois meninos apagaram o rádio e disseram ao mesmo tempo:
— Vamos ver o meteorito!
Uma notícia curiosa
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15
A Primavera
Quando chega a Primavera, todo o campo se enche de flores:
margaridas, papoilas, malmequeres, etc.
Com a Primavera, as papoilas aparecem em metade dos trigais.
Lembram manchas de cor vermelha sobre o verde dos campos.
Na Primavera, os morangueiros começam a dar os seus saborosos
frutos.
As andorinhas regressam de grandes viagens e, atarefadas,
começam a construir os seus ninhos com barro e palha debaixo
dos beirais dos telhados.
Nesses ninhos põem de três a seis ovos, dos quais nascerão
as suas crias.
Na Primavera, também as borboletas dão belíssimas cores
ao campo.
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16
— Bom dia — disse o principezinho.
— Bom dia — disse o comerciante.
Era um comerciante de pílulas aperfeiçoadas para acalmar a sede.
Engolindo uma por semana, não há necessidade de beber.
— Porque vendes tu isso? — perguntou o principezinho.
— É uma grande economia de tempo. Os cálculos foram feitos
por peritos. Poupa-se cinquenta e três minutos por semana.
— E o que se faz desses cinquenta e três minutos?
— Faz-se o que se quer…
«Eu — disse o principezinho para consigo — se tivesse cinquenta
e três minutos para gastar, o que fazia era dirigir-me devagarinho para
uma fonte…»
ANTOINE DE SAINT-EXUPÉRY
O Principezinho
O príncipe e o comerciante
893546 04-32_Historias 07/02/19 10:43 Page 16
17
Uma vez, um rato entrou numa loja durante a noite. Cheirou todas as
coisas boas que havia por ali: manteiga, toucinho, salsichas, queijo,
pão, pastéis, chocolate, maçãs, nozes e cenouras frescas.
A primeira coisa que fez foi sentar-se nas suas patitas traseiras,
mexer o rabito no ar e assobiar de contente. A questão era: por onde
deveria começar?
Decidiu roer um pacote de manteiga, mas, por um lado, o toucinho
cheirava tão bem e, por outro, o queijo cheirava tão bem!
Decidiu começar por roer o queijo, mas, por um lado, a salsicha
cheirava tão bem e, por outro, o chocolate cheirava tão bem!
Decidiu roer o chocolate, mas, por um lado, os pastéis cheiravam
tão bem e, por outro, a manteiga cheirava tão bem!
O pobre ratinho corria de um lado para o outro. Não sabia por onde
devia começar a roer. E com tudo isto estava a fazer-se dia,
e as pessoas entraram na loja. Expulsaram logo o ratito. E foi assim
que o ratinho disse aos outros ratos:
— Não volto mais à loja. Quando começamos a comer, põem-te fora.
URSULA WÖLFEL
Vinte e Oito Histórias de Rir
História do rato na loja
893546 04-32_Historias 07/02/19 10:43 Page 17
18
A Beatriz e o Paulo estavam a brincar em casa, quando ela disse:
— Lembras-te daquele fantástico cavalo que vimos na loja? Pois está
em minha casa.
— Deram-to? — perguntou o Paulo.
— Não. Veio ele mesmo. Ontem, quando te foste embora, voltei para
vê-lo outra vez. Estive a olhar para ele um bocadinho e, quando me vim
embora, reparei que ele me seguia. Veio atrás de mim, entrou em casa
e ficou junto à janela.
— E como é que pode isso acontecer? — voltou a perguntar o Paulo.
— Já te disse que é um cavalo fantástico.
ANGELA IONESCU
(Adaptado)
O fantástico cavalo de madeira
893546 04-32_Historias 07/02/19 10:43 Page 18
19
Os chocolates
A mãe tinha comprado um pacote de chocolates e deu-o ao Paulo.
— Paulo, como já és um menino crescido, podes guardar o pacote
de chocolates. Mas tem muito cuidado: não os comas todos de uma
só vez.
Quando chegou a hora do jantar, o Paulo disse:
— Não tenho fome esta noite, mamã…
— Não tens fome? Diz lá, quantos chocolates comeste?
— Todos, mamã.
— Todos? — disse a mãe preocupada, pois o Paulo tinha sido
sempre um menino muito obediente. — Não te tinha dito para não
os comeres todos de uma só vez?
— Eu não os comi de uma só vez, mamã — respondeu o Paulo com
cara de inocente. — Meti-os na boca um depois do outro, não todos
de uma vez: como tu me tinhas dito!
O Paulo dizia a verdade. A culpa era da sua mãe, que não se tinha
explicado bem. E ela admitiu-o com sinceridade. Às vezes, os adultos
explicam-se mal.
— Lamento, Paulo — disse a mãe. — Eu queria dizer que tinhas
de comer apenas alguns chocolates e deixar outros para amanhã
e mais uns poucos para depois de amanhã…
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20
O gato Dário
É de noite. A cidade brilha, iluminada pelas luzes de todas as lojas;
de todas as casas…
Três gatos contemplam do cimo de um telhado o grande espectáculo.
Um chama-se Fifi e diz:
— As luzes de que mais gosto são as azuis.
O outro chama-se Lulu e diz:
— Eu gosto mais daquelas vermelhas. As que acendem e apagam.
O outro gato chama-se Dário:
— A luz de que eu gosto mais é a luz da Lua.
Lulu e Fifi gozam com ele.
— O que estás para aí a dizer, Dário? A luz da Lua é a mais feia!
De repente, alguma coisa acontece na cidade. Todas as luzes se
apagam. Há uma avaria.
Lá no alto, a Lua afasta as nuvens que lhe tapam a cara.
A luz da Lua cai sobre a cidade; cai sobre os três gatos do telhado;
sobre a água do lago…
O gato Dário sorri e pergunta:
— Qual é a luz mais bonita?
Fifi e Lulu protestam. Não gostam que o Dário tenha razão.
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21
O Outono
No Outono, fazem-se as vindimas.
A muitas árvores, como a figueira, a amendoeira, o álamo… caem-lhes
as folhas no Outono.
Por outro lado, a outras árvores, como a palmeira, o eucalipto,
o pinheiro… caem-lhes muito poucas folhas.
No Outono, o castanheiro dá-nos os seus frutos: as castanhas.
Depois, o castanheiro fica despido: todas as suas folhas caem.
Adeus, castanheiro!
Até ao próximo ano!
No Outono, os ouriços começam a ficar com frio. Por isso, retiram-se
para a sua toca. Aí ficarão a dormir até que chegue o bom tempo.
No Outono, os patos, as cegonhas, as andorinhas… emigram para
terras quentes. Voam milhares e milhares de quilómetros!
Quando chegar a Primavera, voltarão aos locais que abandonaram no
Outono.
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22
A Alice estava sentada num banco do jardim,
quando de repente viu um coelho que dizia:
— Meu Deus! Vou chegar atrasado! — E afastou-se
rapidamente.
A Alice achou estranho ao ver que o coelho usava relógio e falava;
levantou-se e seguiu-o. Entrou atrás dele numa caverna que acabava
numa porta. Mas a porta era tão pequena que a Alice não conseguiu
atravessá-la. A menina teve muita pena por não poder entrar, porque, no
outro lado, via-se um lindo jardim.
Então, a Alice viu em cima de uma mesa uma garrafa que tinha um
cartão que dizia: «Bebe-me.» Bebeu metade da garrafa e, de repente,
começou a ficar muito pequena, tão pequena como um gatinho.
— Que alegria — disse a Alice. — Agora já posso entrar no jardim!
No entanto, a chave da porta estava em cima da mesa e, como
estava tão pequena, não podia alcançá-la.
Então viu um bolo que dizia: «Come-me». A menina comeu
um pedaço e, de repente, começou a crescer, e ficou tão grande como
um gigante. Começou a chorar, e as suas lágrimas eram tão grandes
que se formou um enorme charco no chão. […]
De repente: Bang!!! A Alice acordou. Tudo tinha sido um sonho.
Alice no país das maravilhas
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23
O Polegarzinho
Era uma vez um menino tão pequeno que parecia um polegar;
por isso toda a gente lhe chamava Polegarzinho. Polegarzinho era o filho
mais novo de uma família de lenhadores muito pobres.
Um dia, Polegarzinho e os seus irmãos perderam-se no bosque.
Depois de muito andar, chegaram a uma casa muito grande
e velha. Bateram à porta:
— Tam-tam! Abram, por favor, temos frio!
A porta abriu-se e apareceu um homem grande, muito grande, tão
grande como uma montanha. Tinha um aspecto feroz. Aquele homem
era o ogre Golão. O Polegarzinho, como era tão pequeno, só conseguia
ver as enormes botas de sete léguas do ogre. De repente, o ogre Golão
agarrou os sete irmãos com uma mão. Gritava e ria, dizendo:
— Que refeição tão boa para o meu dia de anos!
Mas, nessa mesma noite, enquanto o ogre dormia, o Polegarzinho
tirou-lhe as botas de sete léguas. Depois, o Polegarzinho libertou
os seus irmãos e meteram-se todos juntos nas botas de sete léguas;
assim, num instante, chegaram a casa, onde os seus pais os
receberam com grande alegria.
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24
A raposa e a cegonha
A raposa foi um dia buscar a cegonha e, muito amável, disse-lhe assim:
— Irmã cegonha, penso que devíamos reforçar a nossa amizade.
Aceitarias vir amanhã comer a minha casa?
— Com certeza — respondeu a cegonha, muito contente.
No dia seguinte, a raposa levou a sua amiga até à mesa, onde nada
faltava. A cegonha observou que a comida, umas saborosas papas de
milho, estava servida nuns pratos muito planos, que davam pouco jeito
ao seu longo bico.
— Gostava de devolver-te o convite — disse a cegonha. — Queres
almoçar comigo?
A raposa aceitou muito agradada e acompanhou a cegonha à sua casa.
A comida era realmente apetitosa: um guisado que cheirava tão bem,
que a raposa ficou com água na boca. Só que estava servido
em frascos altos e com o pescoço estreito. A cegonha podia alcançar
muito facilmente com o seu longo bico os pedaços de carne, mas
a raposa, por mais que deitasse a língua de fora, não conseguia chegar
ao manjar.
— Não gostas de partidas, irmã raposa? Pois cá se fazem, cá se
pagam.
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25
O rouxinol
O rouxinol é uma das aves com o canto mais bonito.
E não canta apenas durante o dia; também canta à noite.
Mas não é fácil ouvir o canto nocturno do rouxinol.
É uma ave muito tímida e prefere não ser vista.
A sua plumagem pardacenta ajuda-o a confundir-se com as folhas
das árvores.
Os seus ovos também são pardos. Assim é difícil vê-los.
Os rouxinóis fazem os seus ninhos nos ramos baixos das árvores;
utilizam folhas e pequenos ramos entrelaçados.
893546 04-32_Historias 07/02/19 10:43 Page 25
26
Há muitos, muitos anos, havia um homem chamado Gulliver
que estava sempre a pensar em fazer viagens.
Um dia, Gulliver embarcou num navio que se dirigia para os mares
do Sul. Uma noite desencadeou-se uma forte tempestade. O barco
chocou contra umas rochas e Gulliver caiu à água. Nadou durante muito
tempo, até que alcançou uma praia.
Saiu do mar completamente esgotado e adormeceu de imediato.
Na manhã seguinte, não conseguiu levantar-se. Os seus cabelos
estavam fortemente presos ao chão através de estacas.
Depois de muitos esforços, conseguiu olhar para um lado e viu, com
grande surpresa, que estava rodeado por uma multidão de anõezinhos.
Gulliver compreendeu que tinha chegado ao país de Liliput, habitado
por homenzinhos mais pequenos que um dedo.
Gulliver no país dos anões
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27
O campo na cidade
O Carlos era um menino que vivia numa grande cidade.
Todas as manhãs, quando ia para a escola, imaginava que caminhava
pelo campo. Em vez de postes eléctricos, via árvores cheias de ninhos.
E aos semáforos imaginava-os como montes onde vivia todo o género
de animaizinhos.
Quando o Carlos andava pelas avenidas, sonhava que passeava
por veredas através do campo. E, se atravessava a rua, pensava
que estava a atravessar um rio caudaloso.
Na sua turma, o Carlos era quem mais sabia de plantas e de
animais: sabia distinguir entre um olmo e um choupo e reconhecer
as pegadas de uma ovelha ou as de uma mula. Porque o Carlos amava
a Natureza.
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28
A história que te vou contar é a de uma vaca que se chamava Caaa
e não Estrelinha, Manchinhas ou Caretas, como é habitual. […]
Caaa não sabia fazer nada. Porque era uma vaca. Apenas sabia
comer, lamber-se e mugir. Nem sequer dormia bem. Porque ultimamente
andava nervosa. O seu maior desejo era ser famosa. […]
O dia mais excitante na vida da vaca Caaa foi quando o Júlio, o seu
dono, foi ordenhá-la, e em vez de leite saiu batido de morango.
O Júlio não sabia o que pensar. Nem todas as vacas davam o mesmo
leite. Cada vaca tinha o seu leite particular, mas nunca tinha visto uma
vaca dar batido de morango.
Quando, à tarde, o Júlio ordenhava a sua vaca, ouvia aproximar-se
os gritos das crianças da aldeia, nervosas de entusiasmo.
— Júlio! Júlio! Podemos entrar?
O Júlio levantava a cabeça e dizia-lhes:
— Não, ainda não.
E todos, de copos na mão, esperavam
que o Júlio acabasse de ordenhar a Caaa.
«Agora sou realmente a vaca mais
famosa que jamais existiu!», pensava
a Caaa.
— O mínimo que estes meninos podem fazer
é pedir ao presidente da Junta que dê o meu nome a uma rua
da aldeia. […]
O Júlio e a sua vaca ficaram famosos. Saíram nos jornais, na rádio
e apareceram na televisão. […] E por unanimidade deram à rua
da escola o nome da vaca.
Rua da vaca Caaa (habitante da aldeia).
A vaca Caaa
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29
Os primeiros animais domésticos
Há muitos milhares de anos, todos os animais eram
selvagens.
Os homens caçavam e as mulheres ficavam nas cabanas
a assar a carne.
O cão selvagem cheirou a carne assada e disse à mulher:
— Dá-me um pouco dessa carne que cheira tão bem.
A mulher respondeu-lhe:
— Dou-te toda a carne que quiseres. Mas tens de deixar de ser
selvagem. Ajudarás a caçar e guardarás a nossa casa.
O cão aceitou e ficou na cabana a comer a carne.
Depois, a mulher começou a secar a erva perto da fogueira. Com
essa erva ia fazer o telhado da cabana. O cavalo selvagem cheirou
a erva e disse à mulher:
— Dá-me um pouco dessa erva que cheira tão bem.
A mulher respondeu-lhe:
— Dou-te toda a erva que quiseres. Mas tens de deixar de ser
selvagem. Vais ajudar-nos e levar-nos sobre ti sempre que o queiramos.
O cavalo aceitou e ficou junto da cabana a comer palha.
O caçador, ao chegar, disse:
— O que fazem aqui o cão selvagem e o cavalo selvagem?
A mulher respondeu-lhe:
— Estes animais já não são selvagens. O cão vai ajudar-te a caçar
e o cavalo vai levar-te a todo o lado.
E o caçador sentou-se junto à fogueira, muito satisfeito com
a inteligência da sua companheira.
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30
É o dia de anos da minha mamã e vou comprar-lhe um presente, como
faço, desde o ano passado, porque antes era muito pequeno.
Tirei as moedas que tinha no meu mealheiro. Felizmente tinha
muitas, porque, por acaso, a mamã ontem deu-me dinheiro. Eu já sabia
qual era o presente que lhe ia oferecer: flores para colocar no grande
jarrão azul da sala, um ramo muito, muito grande.
Na escola estava muito impaciente pelo fim da aula para poder ir
comprar o presente.
Para não perder as minhas moedas, meti a mão no bolso durante
o tempo todo, mesmo para jogar futebol no recreio, mas, como não sou
o guarda-redes, não teve muita importância.
O guarda-redes era o Alcides, um rapaz que é muito gordo e que
adora comer.
«O que se passa contigo? Porque estás a correr só com uma mão?»,
perguntou-me.
Quando lhe expliquei que era porque ia comprar flores para a minha
mamã, disse-me que teria preferido alguma coisa para comer —
um bolo — rebuçados ou salpicão. Mas, como o presente não era para
ele, não lhe dei atenção e marquei-lhe um golo.
Ganhámos por 44 a 32.
O dia de anos da minha mamã
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31
A mochila da Margarida
A Margarida, ainda meio a dormir, levantou-se da cama. Este é o pior
momento do dia para a Margarida. Foi à casa de banho e tomou um
duche. Tomou o pequeno-almoço e começou a preparar a mochila; tinha
de colocar lá os livros, os lápis de cor, uma maçã, os cadernos,
os berlindes… A mochila estava tão cheia que não se podia fechar.
Finalmente, a Margarida saiu a correr de casa porque já era tarde
para ir para a escola. Queria chegar lá o mais depressa possível.
Correu pela rua, tropeçou numa pedra, meteu os pés em todas as poças
de água. Entrou no autocarro e começou a procurar o dinheiro para pagar
o bilhete.
«Que difícil é tirar o dinheiro da mochila!», pensou, desesperada.
Alguns berlindes coloridos caíram ao chão e fugiram para debaixo
das botas do revisor, que quase perdeu o equilíbrio.
No interior do autocarro aconteceram, então, coisas muito estranhas.
Uma senhora muito elegante agarrou-se ao pescoço do motorista a gritar:
— Ratos! Está tudo cheio de ratos coloridos!
— Não são ratos; são elefantes — disse um senhor a empurrar
com o pé um dos animaizinhos de plástico que tinham caído
da mochila da Margarida.
— Acalmem-se, que eu estou aqui! — gritou o revisor.
Por fim, chegaram à paragem!
A Margarida saiu do autocarro, e o motorista e o revisor suspiraram
de alívio.
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32
O Miguel começou com o seu balde e a sua pá a fazer um castelo de
areia, como tantas outras vezes.
Pouco depois, aproximaram-se duas meninas, a Adélia e a Joana,
que se puseram a ajudar. A seguir, uns rapazes mais crescidos
juntaram-se ao Miguel, à Adélia e à Joana. Já eram sete a fazer
um castelo!
De repente, não se sabe porquê, centenas de pessoas, adultos
e jovens, de todos os pontos da praia, aproximaram-se do castelo
que o Miguel tinha começado a fazer.
Uns faziam os caminhos e o fosso; outros faziam as muralhas,
as torres e as ameias… Todos fizeram na areia da praia o que sempre
tinham imaginado sobre os castelos antigos!
E conseguiram fazer um castelo muito grande, perfeito. Parecia um
castelo verdadeiro.
Um dia na praia
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William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
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Livro hora da leitura santillana

  • 1. 1.ano o Passo a passo Hora da leitura 893546 01_Frontispicio 07/02/19 10:38 Page 1
  • 2. 2 O desenvolvimento das competências da leitura e da escrita pressupõe, muitas vezes, uma aprendizagem lenta e custosa. Antes de começar este período, as crianças devem desfrutar as leituras que os adultos realizam em voz alta — um estímulo que as ajuda a superar as dificuldades encon- tradas no processo de leitura. Os contos constituem o primeiro contacto de carácter literário dos alunos com a língua. Além disso, transmitem conhecimentos ao apresentar situações e conflitos que as personagens têm de resolver e ajudam a desenvolver a imaginação, a curiosidade e o pensamento; isto é, os contos transmitem cultura. Se conseguirmos que os alunos desfrutem a audição e a compreensão de contos, estaremos a fomentar o hábito da leitura e a despertar a sua curiosidade pela língua escrita. O caderno Hora da Leitura apresenta um conjunto de pequenos contos ilustrados para explorar na «hora da leitura», dando resposta às orientações do Plano Nacional de Leitura, que têm como objectivo principal motivar os alunos para esta prática. Existe um processo gradual de familiarização dos alunos com a escrita, pelo que o primeiro conto é apresentado em letra manuscrita e os res- tantes em letra de imprensa. Apresentação 893546 02-03_Apresentacao 07/02/19 10:42 Page 2
  • 3. 3 Índice O PIRATA E A PRINCESA 4 Miniatura 8 História da bicicleta verde 9 O papagaio 10 A tomada 11 As letras que se escaparam 12 Os bons vizinhos 13 Uma notícia curiosa 14 A Primavera 15 O príncipe e o comerciante 16 História do rato na loja 17 O fantástico cavalo de madeira 18 Os chocolates 19 HISTÓRIA Página O gato Dário 20 O Outono 21 Alice no país das maravilhas 22 O Polegarzinho 23 A raposa e a cegonha 24 O rouxinol 25 Gulliver no país dos anões 26 O campo na cidade 27 A vaca Caaa 28 Os primeiros animais domésticos 29 O dia de anos da minha mamã 30 A mochila da Margarida 31 Um dia na praia 32 HISTÓRIA Página 893546 02-03_Apresentacao 07/02/19 10:42 Page 3
  • 4. 4 O PIRATA E A PRINCESA H∞´å muito§, muito§ ano§, $contaμ $o§ |pirata§, $q† $h´å |uμ $™esourØ ¢escondidØ nå mis™erioså |ilhå $∂a§ |palμeira§. Nå $ßegundå-$ƒÆirå, $Ø |piratå P‰ernå $∂ P∞a† $cˇegou $`å |ilhå. F£eΩ $buraco§ $aquı ¢ $alı $coμ $å $suå |p´å, ma§ nãØ ¢encontro† |umå $s´ø møÆdå $∂ $ourØ. N∞å |™erçå-$ƒÆirå |πelå manh˜å, $quandØ $olhavå $Ø ma®, vi† $q† $ß $aproximavå nuμ $barcØ $å |prin©eså L∞ucíliå. — B∞on§ dia§, |piratå P‰ernå $∂ P∞a†. V∞iμ $buscar $Ø |™esourØ ¢escondidØ. — B∞on§ dia§, L∞ucíliå. S‰ $quiße®e§, |po∂emo§ |trabalha® |junto§ ¢ $®eparti® $Ø |™esourØ $quandØ $Ø ¢encontrarmo§ — $disß $Ø |piratå. 893546 04-32_Historias 07/02/19 10:43 Page 4
  • 5. 5 — P∞a®e©-μ |uμ $boμ $acordø — $®espon∂e† $å |prin©eså. N∞å $quartå-$ƒÆirå ¢escavaraμ ¢ ¢escavaraμ $ßeμ ¢encontra® $Ø |™esourØ. C∞omØ |tinhaμ $foμ, $∂ecidiraμ $coμe® $algun§ $coco§, ma§ $Ø |piratå P‰ernå $∂ P∞a† nãØ $sabiå |t®epa® $ৠ|palμeira§. — N∞ãØ |™ |p®eocuπe§, ¢e† ¢ensinØ-|™ — $disß L∞ucíliå, $dandØ |umå $ajudå. O∞§ $doi§ $di√Ærtiraμ-$ß $subindØ ¢ $∂es©endØ $da§ |palμeira§ ¢ $coμendØ $coco§. N∞å $quintå-$ƒÆirå voltaraμ $å |procura® $Ø |™esourØ. A∞Ø $cˇega® $å noi™, $Ø |piratå $olho† $a§ ¢est®ela§ $coμ $å $suå $lu¬etå. — C∞omØ $ß $chamå $aq†elå $q† $brilhå |tantØ? — |πergunto†-$lˇ $å |prin©eså. P‰ernå $∂ P∞a† ¢ensino†-$lˇ $Ø noμ $∂ muita§ ¢est®ela§ ¢ $conto†-$lˇ $história§ $sob® ¢ela§. Junto§ $∂esfrutaraμ $Ø $©é† ¢est®eladØ. 893546 04-32_Historias 07/02/19 10:43 Page 5
  • 6. 6 N∞Ø $sábadØ voltaraμ $å ¢escava® $coμ $a§ |p᧠$ßeμ ¢encontra® $Ø |™esourØ. D£epoi§ $dØ |janta®, P£ernå $∂ P∞a† $canto† $linda§ $©anç˜øƧ $∂ |pirata§. — Q∞† voΩ |tãØ $bonitå $q† |™en§! — $disß-$lˇ L∞ucíliå. — Gostavå $q† μ ¢ensinasße§ $a§ |tua§ $©anç˜øƧ. E |passaraμ $gran∂ |par™ $då noi™ $å $ri® ¢ $å $canta®. N∞å $ßextå-$ƒÆirå |procuraraμ $∂ novØ $Ø |™esourØ. D£epoi§ $∂ $lanchar, $å |prin©eså $foı $busca® $o§ $livro§ $q† |tinhå |trazidØ nØ $barcØ ¢ $coμeço† $å $‘ˆ-$lo§ ¢eμ voΩ $altå. — P∞o® $favo®, $‘ˆ $outrå √ÆΩ ¢esß |tãØ $di√ÆrtidØ $dØ $d†en∂ |ir®equıetØ — |πedi†-$lˇ P‰ernå $∂ P∞a†. E |passaraμ $å |tar∂ ¢encantado§ $coμ $o§ $conto§ $∂ L∞ucíliå. 893546 04-32_Historias 07/02/19 10:43 Page 6
  • 7. 7 N∞Ø $domingØ, L∞ucíliå  P‰ernå $∂ P∞a† nãØ voltaraμ $å |procura® $Ø |™esourØ. D£ecidiraμ fica® nå |ilhå, |porq† $ß |tinhaμ $apaixonadØ. — T£emo§ $a§ ¢est®ela§, $a§ |palμeira§, $o§ μeu§ $livro§ ¢ a§ |tua§ $©anç˜øƧ |parå no§ $di√Ærtirmo§ — $disß $å |prin©eså. — N∞˜aØ |p®ecisamo§ $∂ møÆda§ $∂ $ourØ |parå $ße® $ƒÆliΩe§ — $ac®es©ento† $Ø |piratå. 893546 04-32_Historias 07/02/19 10:43 Page 7
  • 8. 8 Chamam-me Miniatura porque sou pequena. Porque apenas alcanço a mesa e tenho sempre de subir a uma cadeira para ir à janela. Os meus irmãos são muito altos! Eles cresceram muito e podem chegar à marmelada do armário mais alto da despensa. Eu não. Eu tenho sempre de pedir ajuda. Às vezes, os meus irmãos tropeçam em mim quando corro na rua. «Qualquer dia pisamos-te», dizem-me. Quero crescer já para que não me pisem. E sobretudo para chegar à marmelada. Conto pelos dedos os anos que tenho. Todos numa mão. Estive a pensar, e acho que vou comer sempre a sopa, a carne e a salada. Assim, hei-de crescer num instante. Miniatura 893546 04-32_Historias 07/02/19 10:43 Page 8
  • 9. 9 História da bicicleta verde Certo dia, uma menina quis pintar a sua bicicleta e escolheu a cor verde. A menina gostava muito do verde. Mas o irmão mais velho disse-lhe: — Nunca vi uma bicicleta de cor verde. É melhor que a pintes de vermelho, ficará mais bonita. A menina também gostava do vermelho. Por isso também se veste de vermelho e se pôs a pintar a bicicleta dessa cor. Mas uma menina disse-lhe: — Toda a gente tem uma bicicleta vermelha! Porque não a pintas de azul? A menina pensou bem, e pintou a bicicleta de azul. Mas um rapaz seu vizinho disse-lhe: — Azul? Que cor tão escura! O amarelo é mais alegre! E a menina pensou também que o amarelo era mais alegre, e foi buscar o amarelo. Por fim, o irmão mais velho voltou: — Eu disse-te para a pintares de vermelho! Vermelho, escolhe o vermelho! Então, a menina fartou-se de rir e foi buscar a cor verde e pintou a bicicleta de verde, de cor verde como a erva. E não ligou patavina ao que os outros disseram! URSULA WÖLFEL Vinte e Oito Histórias de Rir (Adaptado) 893546 04-32_Historias 07/02/19 10:43 Page 9
  • 10. 10 O menino de cabelo ruivo e de camisa às riscas brancas e azuis chegou a casa com um pedaço de cartão que encontrou no parque. Aquele menino chamava-se António, mas todos lhe chamavam Toni. O Toni entrou em casa e fechou-se no quarto. Foi buscar uma tesoura e papel às cores, e passou toda a tarde a trabalhar. Cortava e colava; colava e tornava a cortar. O Toni já estava a acabar de fazer o papagaio. Então, a mãe chamou-o para ir jantar. — Quando acabarmos de jantar, mostras-me o papagaio. Gosto muito de papagaios — disse o pai. O Toni esperou impaciente pelo fim do jantar. Depois, correu para o seu quarto e trouxe o papagaio. Sentiu-se muito orgulhoso quando o seu pai disse: — Bom trabalho, Toni. É um papagaio muito bonito. Quando o terminares, iremos ao parque para o pôr a voar. O papagaio 893546 04-32_Historias 07/02/19 10:43 Page 10
  • 11. 11 A tomada Sou uma tomada feliz. Deste sítio, no mais baixo da parede, divirto-me a olhar para os pés que andam pela casa e as diferentes maneiras que têm de andar. É como no cinema! Vejam só as coisas que faço funcionar! Cada dia vejo algo de novo, há muitos aparelhos que funcionam através de mim. Mas tenho um segredo: dentro de mim há uma força muito potente. Chama-se corrente eléctrica e pode ser perigosíssima. Graças à corrente eléctrica podem funcionar muitos electrodomésticos: rádios, televisores, gira-discos… Felizmente existem as pilhas, que me ajudam um pouco! Cada vez que se aproxima alguém e liga a ficha, sinto muita curiosidade. Que se passará? A Joana seca o cabelo, o aspirador corre pelo chão, como se fosse um barco terrestre, o Carlos põe o rádio com o volume no máximo… Mas, quando se aproximam de mim crianças, sinto por dentro um medo terrível. Elas também querem brincar comigo. Às vezes tocam-me. Então, a força que tenho dentro, a corrente eléctrica, dá-lhes uma sacudidela tremenda. Se a sacudidela for muito forte, pode fazer parar o coração… E eu não quero que isso aconteça! GINSI LUARENGHI 893546 04-32_Historias 07/02/19 10:43 Page 11
  • 12. 12 Num domingo de um mês qualquer, de um ano qualquer, o Jota disse ao Pê: — Estou cansado de tantas palavras e de tantas letras. Vens comigo dar uma volta? E os dois saíram do abecedário de mãos dadas. Já estavam fartos de estar sempre nos livros, nos quadros, nas folhas dos cadernos, nos cartazes publicitários... Queriam ver a cidade. Queriam andar pelas ruas. Queriam brincar nos parques… Quando as outras letras se aperceberam do espaço vazio deixado no abecedário, exaltaram-se muito e gritaram: — Que desfaçatez! Que falta de profissionalismo! E viam o Jota e o Pê muito contentes a divertirem-se no jardim. Sentiram inveja e decidiram ir ter com eles. As letras que se escaparam 893546 04-32_Historias 07/02/19 10:43 Page 12
  • 13. 13 Os bons vizinhos Na casa viviam um cão, um gato e um rato. O criado dava todos os dias três ossos ao cão. A criada dava todos os dias três sardinhas ao gato. Ao rato ninguém dava de comer. E, por isso, procurava como podia os seus três pedacitos de queijo. Quando o rato saía, o gato corria atrás dele. Ao ouvir tanta algazarra, o cão começava a correr atrás do gato. E passavam todo o dia a correr, o gato atrás do rato e o cão atrás do gato. Até que um dia disse o cão: — Como somos vizinhos, vamos viver como bons amigos. — Eu quero comer o rato — disse o gato. E o cão respondeu-lhe: — Todos os dias te trazem três sardinhas. Assim, não precisas de comer o rato. Desde aquele dia, os três amigos vivem como bons vizinhos. O criado dá três ossos ao cão. A criada dá três sardinhas ao gato. O cão e o gato procuram os seus três pedacinhos de queijo para o rato. 893546 04-32_Historias 07/02/19 10:43 Page 13
  • 14. 14 Carlos retirou de uma caixa um aparelho de rádio portátil e ligou-o. Uma música alegre ouviu-se no quarto. Os dois meninos cantavam ao mesmo tempo que o rádio tocava. Uns minutos mais tarde, a música parou de vez. — Que se passa? O rádio avariou? — Penso que não... Naquele momento, ouviu-se a voz de um locutor, que dizia: — Senhoras e senhores, interrompemos a nossa emissão musical para vos comunicar que, há aproximadamente uma hora, caiu na nossa cidade um meteorito. Como sabem, os meteoritos são fragmentos de planetas e de outros corpos celestes. Podemos adiantar-vos que não houve vítimas nem danos materiais. O meteorito caiu numa esplanada, mas estava vazia. Esperamos, em breve, dar-vos mais notícias. Podem continuar a ouvir o nosso programa musical... Os dois meninos apagaram o rádio e disseram ao mesmo tempo: — Vamos ver o meteorito! Uma notícia curiosa 893546 04-32_Historias 07/02/19 10:43 Page 14
  • 15. 15 A Primavera Quando chega a Primavera, todo o campo se enche de flores: margaridas, papoilas, malmequeres, etc. Com a Primavera, as papoilas aparecem em metade dos trigais. Lembram manchas de cor vermelha sobre o verde dos campos. Na Primavera, os morangueiros começam a dar os seus saborosos frutos. As andorinhas regressam de grandes viagens e, atarefadas, começam a construir os seus ninhos com barro e palha debaixo dos beirais dos telhados. Nesses ninhos põem de três a seis ovos, dos quais nascerão as suas crias. Na Primavera, também as borboletas dão belíssimas cores ao campo. 893546 04-32_Historias 07/02/19 10:43 Page 15
  • 16. 16 — Bom dia — disse o principezinho. — Bom dia — disse o comerciante. Era um comerciante de pílulas aperfeiçoadas para acalmar a sede. Engolindo uma por semana, não há necessidade de beber. — Porque vendes tu isso? — perguntou o principezinho. — É uma grande economia de tempo. Os cálculos foram feitos por peritos. Poupa-se cinquenta e três minutos por semana. — E o que se faz desses cinquenta e três minutos? — Faz-se o que se quer… «Eu — disse o principezinho para consigo — se tivesse cinquenta e três minutos para gastar, o que fazia era dirigir-me devagarinho para uma fonte…» ANTOINE DE SAINT-EXUPÉRY O Principezinho O príncipe e o comerciante 893546 04-32_Historias 07/02/19 10:43 Page 16
  • 17. 17 Uma vez, um rato entrou numa loja durante a noite. Cheirou todas as coisas boas que havia por ali: manteiga, toucinho, salsichas, queijo, pão, pastéis, chocolate, maçãs, nozes e cenouras frescas. A primeira coisa que fez foi sentar-se nas suas patitas traseiras, mexer o rabito no ar e assobiar de contente. A questão era: por onde deveria começar? Decidiu roer um pacote de manteiga, mas, por um lado, o toucinho cheirava tão bem e, por outro, o queijo cheirava tão bem! Decidiu começar por roer o queijo, mas, por um lado, a salsicha cheirava tão bem e, por outro, o chocolate cheirava tão bem! Decidiu roer o chocolate, mas, por um lado, os pastéis cheiravam tão bem e, por outro, a manteiga cheirava tão bem! O pobre ratinho corria de um lado para o outro. Não sabia por onde devia começar a roer. E com tudo isto estava a fazer-se dia, e as pessoas entraram na loja. Expulsaram logo o ratito. E foi assim que o ratinho disse aos outros ratos: — Não volto mais à loja. Quando começamos a comer, põem-te fora. URSULA WÖLFEL Vinte e Oito Histórias de Rir História do rato na loja 893546 04-32_Historias 07/02/19 10:43 Page 17
  • 18. 18 A Beatriz e o Paulo estavam a brincar em casa, quando ela disse: — Lembras-te daquele fantástico cavalo que vimos na loja? Pois está em minha casa. — Deram-to? — perguntou o Paulo. — Não. Veio ele mesmo. Ontem, quando te foste embora, voltei para vê-lo outra vez. Estive a olhar para ele um bocadinho e, quando me vim embora, reparei que ele me seguia. Veio atrás de mim, entrou em casa e ficou junto à janela. — E como é que pode isso acontecer? — voltou a perguntar o Paulo. — Já te disse que é um cavalo fantástico. ANGELA IONESCU (Adaptado) O fantástico cavalo de madeira 893546 04-32_Historias 07/02/19 10:43 Page 18
  • 19. 19 Os chocolates A mãe tinha comprado um pacote de chocolates e deu-o ao Paulo. — Paulo, como já és um menino crescido, podes guardar o pacote de chocolates. Mas tem muito cuidado: não os comas todos de uma só vez. Quando chegou a hora do jantar, o Paulo disse: — Não tenho fome esta noite, mamã… — Não tens fome? Diz lá, quantos chocolates comeste? — Todos, mamã. — Todos? — disse a mãe preocupada, pois o Paulo tinha sido sempre um menino muito obediente. — Não te tinha dito para não os comeres todos de uma só vez? — Eu não os comi de uma só vez, mamã — respondeu o Paulo com cara de inocente. — Meti-os na boca um depois do outro, não todos de uma vez: como tu me tinhas dito! O Paulo dizia a verdade. A culpa era da sua mãe, que não se tinha explicado bem. E ela admitiu-o com sinceridade. Às vezes, os adultos explicam-se mal. — Lamento, Paulo — disse a mãe. — Eu queria dizer que tinhas de comer apenas alguns chocolates e deixar outros para amanhã e mais uns poucos para depois de amanhã… 893546 04-32_Historias 07/02/19 10:43 Page 19
  • 20. 20 O gato Dário É de noite. A cidade brilha, iluminada pelas luzes de todas as lojas; de todas as casas… Três gatos contemplam do cimo de um telhado o grande espectáculo. Um chama-se Fifi e diz: — As luzes de que mais gosto são as azuis. O outro chama-se Lulu e diz: — Eu gosto mais daquelas vermelhas. As que acendem e apagam. O outro gato chama-se Dário: — A luz de que eu gosto mais é a luz da Lua. Lulu e Fifi gozam com ele. — O que estás para aí a dizer, Dário? A luz da Lua é a mais feia! De repente, alguma coisa acontece na cidade. Todas as luzes se apagam. Há uma avaria. Lá no alto, a Lua afasta as nuvens que lhe tapam a cara. A luz da Lua cai sobre a cidade; cai sobre os três gatos do telhado; sobre a água do lago… O gato Dário sorri e pergunta: — Qual é a luz mais bonita? Fifi e Lulu protestam. Não gostam que o Dário tenha razão. 893546 04-32_Historias 07/02/19 10:43 Page 20
  • 21. 21 O Outono No Outono, fazem-se as vindimas. A muitas árvores, como a figueira, a amendoeira, o álamo… caem-lhes as folhas no Outono. Por outro lado, a outras árvores, como a palmeira, o eucalipto, o pinheiro… caem-lhes muito poucas folhas. No Outono, o castanheiro dá-nos os seus frutos: as castanhas. Depois, o castanheiro fica despido: todas as suas folhas caem. Adeus, castanheiro! Até ao próximo ano! No Outono, os ouriços começam a ficar com frio. Por isso, retiram-se para a sua toca. Aí ficarão a dormir até que chegue o bom tempo. No Outono, os patos, as cegonhas, as andorinhas… emigram para terras quentes. Voam milhares e milhares de quilómetros! Quando chegar a Primavera, voltarão aos locais que abandonaram no Outono. 893546 04-32_Historias 07/02/19 10:43 Page 21
  • 22. 22 A Alice estava sentada num banco do jardim, quando de repente viu um coelho que dizia: — Meu Deus! Vou chegar atrasado! — E afastou-se rapidamente. A Alice achou estranho ao ver que o coelho usava relógio e falava; levantou-se e seguiu-o. Entrou atrás dele numa caverna que acabava numa porta. Mas a porta era tão pequena que a Alice não conseguiu atravessá-la. A menina teve muita pena por não poder entrar, porque, no outro lado, via-se um lindo jardim. Então, a Alice viu em cima de uma mesa uma garrafa que tinha um cartão que dizia: «Bebe-me.» Bebeu metade da garrafa e, de repente, começou a ficar muito pequena, tão pequena como um gatinho. — Que alegria — disse a Alice. — Agora já posso entrar no jardim! No entanto, a chave da porta estava em cima da mesa e, como estava tão pequena, não podia alcançá-la. Então viu um bolo que dizia: «Come-me». A menina comeu um pedaço e, de repente, começou a crescer, e ficou tão grande como um gigante. Começou a chorar, e as suas lágrimas eram tão grandes que se formou um enorme charco no chão. […] De repente: Bang!!! A Alice acordou. Tudo tinha sido um sonho. Alice no país das maravilhas 893546 04-32_Historias 07/02/19 10:43 Page 22
  • 23. 23 O Polegarzinho Era uma vez um menino tão pequeno que parecia um polegar; por isso toda a gente lhe chamava Polegarzinho. Polegarzinho era o filho mais novo de uma família de lenhadores muito pobres. Um dia, Polegarzinho e os seus irmãos perderam-se no bosque. Depois de muito andar, chegaram a uma casa muito grande e velha. Bateram à porta: — Tam-tam! Abram, por favor, temos frio! A porta abriu-se e apareceu um homem grande, muito grande, tão grande como uma montanha. Tinha um aspecto feroz. Aquele homem era o ogre Golão. O Polegarzinho, como era tão pequeno, só conseguia ver as enormes botas de sete léguas do ogre. De repente, o ogre Golão agarrou os sete irmãos com uma mão. Gritava e ria, dizendo: — Que refeição tão boa para o meu dia de anos! Mas, nessa mesma noite, enquanto o ogre dormia, o Polegarzinho tirou-lhe as botas de sete léguas. Depois, o Polegarzinho libertou os seus irmãos e meteram-se todos juntos nas botas de sete léguas; assim, num instante, chegaram a casa, onde os seus pais os receberam com grande alegria. 893546 04-32_Historias 07/02/19 10:43 Page 23
  • 24. 24 A raposa e a cegonha A raposa foi um dia buscar a cegonha e, muito amável, disse-lhe assim: — Irmã cegonha, penso que devíamos reforçar a nossa amizade. Aceitarias vir amanhã comer a minha casa? — Com certeza — respondeu a cegonha, muito contente. No dia seguinte, a raposa levou a sua amiga até à mesa, onde nada faltava. A cegonha observou que a comida, umas saborosas papas de milho, estava servida nuns pratos muito planos, que davam pouco jeito ao seu longo bico. — Gostava de devolver-te o convite — disse a cegonha. — Queres almoçar comigo? A raposa aceitou muito agradada e acompanhou a cegonha à sua casa. A comida era realmente apetitosa: um guisado que cheirava tão bem, que a raposa ficou com água na boca. Só que estava servido em frascos altos e com o pescoço estreito. A cegonha podia alcançar muito facilmente com o seu longo bico os pedaços de carne, mas a raposa, por mais que deitasse a língua de fora, não conseguia chegar ao manjar. — Não gostas de partidas, irmã raposa? Pois cá se fazem, cá se pagam. 893546 04-32_Historias 07/02/19 10:43 Page 24
  • 25. 25 O rouxinol O rouxinol é uma das aves com o canto mais bonito. E não canta apenas durante o dia; também canta à noite. Mas não é fácil ouvir o canto nocturno do rouxinol. É uma ave muito tímida e prefere não ser vista. A sua plumagem pardacenta ajuda-o a confundir-se com as folhas das árvores. Os seus ovos também são pardos. Assim é difícil vê-los. Os rouxinóis fazem os seus ninhos nos ramos baixos das árvores; utilizam folhas e pequenos ramos entrelaçados. 893546 04-32_Historias 07/02/19 10:43 Page 25
  • 26. 26 Há muitos, muitos anos, havia um homem chamado Gulliver que estava sempre a pensar em fazer viagens. Um dia, Gulliver embarcou num navio que se dirigia para os mares do Sul. Uma noite desencadeou-se uma forte tempestade. O barco chocou contra umas rochas e Gulliver caiu à água. Nadou durante muito tempo, até que alcançou uma praia. Saiu do mar completamente esgotado e adormeceu de imediato. Na manhã seguinte, não conseguiu levantar-se. Os seus cabelos estavam fortemente presos ao chão através de estacas. Depois de muitos esforços, conseguiu olhar para um lado e viu, com grande surpresa, que estava rodeado por uma multidão de anõezinhos. Gulliver compreendeu que tinha chegado ao país de Liliput, habitado por homenzinhos mais pequenos que um dedo. Gulliver no país dos anões 893546 04-32_Historias 07/02/19 10:43 Page 26
  • 27. 27 O campo na cidade O Carlos era um menino que vivia numa grande cidade. Todas as manhãs, quando ia para a escola, imaginava que caminhava pelo campo. Em vez de postes eléctricos, via árvores cheias de ninhos. E aos semáforos imaginava-os como montes onde vivia todo o género de animaizinhos. Quando o Carlos andava pelas avenidas, sonhava que passeava por veredas através do campo. E, se atravessava a rua, pensava que estava a atravessar um rio caudaloso. Na sua turma, o Carlos era quem mais sabia de plantas e de animais: sabia distinguir entre um olmo e um choupo e reconhecer as pegadas de uma ovelha ou as de uma mula. Porque o Carlos amava a Natureza. 893546 04-32_Historias 07/02/19 10:43 Page 27
  • 28. 28 A história que te vou contar é a de uma vaca que se chamava Caaa e não Estrelinha, Manchinhas ou Caretas, como é habitual. […] Caaa não sabia fazer nada. Porque era uma vaca. Apenas sabia comer, lamber-se e mugir. Nem sequer dormia bem. Porque ultimamente andava nervosa. O seu maior desejo era ser famosa. […] O dia mais excitante na vida da vaca Caaa foi quando o Júlio, o seu dono, foi ordenhá-la, e em vez de leite saiu batido de morango. O Júlio não sabia o que pensar. Nem todas as vacas davam o mesmo leite. Cada vaca tinha o seu leite particular, mas nunca tinha visto uma vaca dar batido de morango. Quando, à tarde, o Júlio ordenhava a sua vaca, ouvia aproximar-se os gritos das crianças da aldeia, nervosas de entusiasmo. — Júlio! Júlio! Podemos entrar? O Júlio levantava a cabeça e dizia-lhes: — Não, ainda não. E todos, de copos na mão, esperavam que o Júlio acabasse de ordenhar a Caaa. «Agora sou realmente a vaca mais famosa que jamais existiu!», pensava a Caaa. — O mínimo que estes meninos podem fazer é pedir ao presidente da Junta que dê o meu nome a uma rua da aldeia. […] O Júlio e a sua vaca ficaram famosos. Saíram nos jornais, na rádio e apareceram na televisão. […] E por unanimidade deram à rua da escola o nome da vaca. Rua da vaca Caaa (habitante da aldeia). A vaca Caaa 893546 04-32_Historias 07/02/19 10:43 Page 28
  • 29. 29 Os primeiros animais domésticos Há muitos milhares de anos, todos os animais eram selvagens. Os homens caçavam e as mulheres ficavam nas cabanas a assar a carne. O cão selvagem cheirou a carne assada e disse à mulher: — Dá-me um pouco dessa carne que cheira tão bem. A mulher respondeu-lhe: — Dou-te toda a carne que quiseres. Mas tens de deixar de ser selvagem. Ajudarás a caçar e guardarás a nossa casa. O cão aceitou e ficou na cabana a comer a carne. Depois, a mulher começou a secar a erva perto da fogueira. Com essa erva ia fazer o telhado da cabana. O cavalo selvagem cheirou a erva e disse à mulher: — Dá-me um pouco dessa erva que cheira tão bem. A mulher respondeu-lhe: — Dou-te toda a erva que quiseres. Mas tens de deixar de ser selvagem. Vais ajudar-nos e levar-nos sobre ti sempre que o queiramos. O cavalo aceitou e ficou junto da cabana a comer palha. O caçador, ao chegar, disse: — O que fazem aqui o cão selvagem e o cavalo selvagem? A mulher respondeu-lhe: — Estes animais já não são selvagens. O cão vai ajudar-te a caçar e o cavalo vai levar-te a todo o lado. E o caçador sentou-se junto à fogueira, muito satisfeito com a inteligência da sua companheira. 893546 04-32_Historias 07/02/19 10:43 Page 29
  • 30. 30 É o dia de anos da minha mamã e vou comprar-lhe um presente, como faço, desde o ano passado, porque antes era muito pequeno. Tirei as moedas que tinha no meu mealheiro. Felizmente tinha muitas, porque, por acaso, a mamã ontem deu-me dinheiro. Eu já sabia qual era o presente que lhe ia oferecer: flores para colocar no grande jarrão azul da sala, um ramo muito, muito grande. Na escola estava muito impaciente pelo fim da aula para poder ir comprar o presente. Para não perder as minhas moedas, meti a mão no bolso durante o tempo todo, mesmo para jogar futebol no recreio, mas, como não sou o guarda-redes, não teve muita importância. O guarda-redes era o Alcides, um rapaz que é muito gordo e que adora comer. «O que se passa contigo? Porque estás a correr só com uma mão?», perguntou-me. Quando lhe expliquei que era porque ia comprar flores para a minha mamã, disse-me que teria preferido alguma coisa para comer — um bolo — rebuçados ou salpicão. Mas, como o presente não era para ele, não lhe dei atenção e marquei-lhe um golo. Ganhámos por 44 a 32. O dia de anos da minha mamã 893546 04-32_Historias 07/02/19 10:43 Page 30
  • 31. 31 A mochila da Margarida A Margarida, ainda meio a dormir, levantou-se da cama. Este é o pior momento do dia para a Margarida. Foi à casa de banho e tomou um duche. Tomou o pequeno-almoço e começou a preparar a mochila; tinha de colocar lá os livros, os lápis de cor, uma maçã, os cadernos, os berlindes… A mochila estava tão cheia que não se podia fechar. Finalmente, a Margarida saiu a correr de casa porque já era tarde para ir para a escola. Queria chegar lá o mais depressa possível. Correu pela rua, tropeçou numa pedra, meteu os pés em todas as poças de água. Entrou no autocarro e começou a procurar o dinheiro para pagar o bilhete. «Que difícil é tirar o dinheiro da mochila!», pensou, desesperada. Alguns berlindes coloridos caíram ao chão e fugiram para debaixo das botas do revisor, que quase perdeu o equilíbrio. No interior do autocarro aconteceram, então, coisas muito estranhas. Uma senhora muito elegante agarrou-se ao pescoço do motorista a gritar: — Ratos! Está tudo cheio de ratos coloridos! — Não são ratos; são elefantes — disse um senhor a empurrar com o pé um dos animaizinhos de plástico que tinham caído da mochila da Margarida. — Acalmem-se, que eu estou aqui! — gritou o revisor. Por fim, chegaram à paragem! A Margarida saiu do autocarro, e o motorista e o revisor suspiraram de alívio. 893546 04-32_Historias 07/02/19 10:43 Page 31
  • 32. 32 O Miguel começou com o seu balde e a sua pá a fazer um castelo de areia, como tantas outras vezes. Pouco depois, aproximaram-se duas meninas, a Adélia e a Joana, que se puseram a ajudar. A seguir, uns rapazes mais crescidos juntaram-se ao Miguel, à Adélia e à Joana. Já eram sete a fazer um castelo! De repente, não se sabe porquê, centenas de pessoas, adultos e jovens, de todos os pontos da praia, aproximaram-se do castelo que o Miguel tinha começado a fazer. Uns faziam os caminhos e o fosso; outros faziam as muralhas, as torres e as ameias… Todos fizeram na areia da praia o que sempre tinham imaginado sobre os castelos antigos! E conseguiram fazer um castelo muito grande, perfeito. Parecia um castelo verdadeiro. Um dia na praia 893546 04-32_Historias 07/02/19 10:43 Page 32