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Aula Academia do Autismo
Marcos do desenvolvimento de fala e linguagem, o que fazer quando a fala não vem.
Valéria Santos
• Valeria Santos
Fonoaudióloga pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MINAS); Pós-graduação em
Transtorno do Espectro Autista TEA pela Child Behavior Institute of Miami (CBI of Miami); pós graduada em
Neurociências – pela UFMG. Qualificação profissional em Uso terapêutico de Tecnologias Assistivas: direitos das
pessoas com deficiência e ampliação da comunicação”, pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). E
formação em Core Words pelo Center for Literacy and Disability Studies, a unit in the Allied Health Sciences
Department at the University of North Carolina at Chapel Hill.
O que você vai aprender hoje:
• Marcos do desenvolvimentos de fala e linguagem
• E sinais de TEA desde os 04 meses aos 5 anos.
• O que fazer quando a fala não vem
• Mitos da CAA
• E estratégias para estimular a fala e linguagem em crianças
com TEA
o
FALA LINGUAGEM COMUNICAÇÃO
FALA
• A fala é o canal que viabiliza a expressão da linguagem e corresponde à
realização motora da linguagem. Em outras palavras, a linguagem significa trocar
informações (receber e transmitir) de forma efetiva, enquanto que a fala refere-se
basicamente à maneira de articular os sons na palavra.
LINGUAGEM
é o sistema simbólico usado para representar os significados em
uma cultura, abrangendo seis componentes:
o Fonologia (sons da língua),
o Prosódia (entonação),
o Sintaxe (organização das palavras na frase),
o Morfologia (formação e classificação das palavras),
o Semântica (vocabulário)
o Pragmática (uso da linguagem).
COMUNICAÇÃO
Comunicação é o processo complexo onde ocorre a troca de
informações por meio de combinações verbais (fala e
linguagem) e não-verbais (expressões faciais, postura, gestos,
olhar e linguagem corporal).
Desenvolvimento de Fala e Linguagem
O A 6 MESES
- Vocalizações (repetições de vogais e sons guturais) não linguísticas. Essas produções têm
pouca influência da língua-mãe.
- Sorriso reflexo.
- Movimentos corporais bruscos ou acorda ao ouvir estímulo sonoro.
-Aquieta-se com a voz da mãe.
- Procura fonte sonora com movimentos oculares.
- A fase de lalação aparece por volta dos 3 a 4 meses e se distingue por sua fonação lúdica. A
criança sente prazer em balbuciar (brincar com os órgãos fono-articulatórios).
AOS 6 MESES DE IDADE:
Não tenta pegar objetos que estão próximos
Não demonstra afeto por pessoas familiares
Não responde à sons emitidos próximos a ele
Não emite pequenas vocalizações
Não sorri ou dá risadas ou expressões alegres
6 A 9 MESES
As vocalizações começam a adquirir algumas características de linguagem, ou seja,
entonação, ritmo e inicia-se a modulação de ressonância.
Começa a voltar à cabeça em direção a um som lateral e próximo.
Pré-conversação. A criança vocaliza principalmente durante os intervalos em que é deixada livre pelo
adulto, e também encurta suas vocalizações para dar lugar às respostas do adulto.
Responde quando chamada.
Repete sons para escutá-los.
• AOS 9 MESES DE IDADE:
• Não senta, mesmo com auxílio
• Não balbucia
• Não reconhece o próprio nome
• Não reconhece pessoas familiares
• Não olha para onde você aponta
• Não passa os brinquedos de uma mão para outra
• Não demonstra reciprocidade
• Não responde às tentativas de interação
• Perdeu habilidades que já possuía
9 a 12 meses
- Localiza diretamente a fonte sonora para baixo.
- Reage paralisando a atividade quando a mãe fala "não".
- Vocaliza na presença de música.
Compreende algumas palavras familiares, por ex.: “mamãe, “papai”, “nenꔓ.
- Compreende ordens simples, por ex.: "bate palmas" e dar "tchau".
- Vocalizações mais precisas e melhor controladas quanto à altura tonal e à intensidade. Agrupa
sons e sílabas repetidas a vontade.
Pede, recebe objetos e oferece-os de volta.
Usa gestos indicativos.
Surge a primeira palavra, muitas vezes não inteligível.
• AOS 12 MESES DE IDADE:
• Não faz contato visual
• Não engatinha
• Não fica em pé, quando segurado
• Não procura objetos que vê sendo escondidos
• Não fala palavras como ―papai ou ―mamãe
• Não entende comandos como ―mandar tchau
• Não aponta para objetos Perdeu habilidades que já possuía
12 A 18 MESES
Surgem as primeiras palavras funcionais que, em geral, se dá um prolongamento semântico, por ex.: chama "cachorro" a todos
os animais.
Crescimento quantitativo de compreensão e produção de palavras.
Localiza fonte sonora indiretamente para cima.
Gosta de música.
Compreende verbos que representam ações concretas (dá, acabou, quer).
Identifica objetos familiares através de nomeação.
Identifica parte do corpo em si mesma.
Utiliza-se de palavra-frase (usa uma palavra que corresponde a um enunciado completo).
Repete palavras familiares.
Tenta contar.
• AOS 18 MESES DE IDADE:
Não anda
Não fala pelo menos seis palavras
Não aprende novas palavras
Não expressa o que quer
Não aponta para mostrar algo
Não se importa se o cuidador se afasta ou se aproxima
Não copia comportamentos
18 A 24 MESES
- Surgimento de frases de dois elementos.
- Localiza fonte sonora em todas as direções.
Presta atenção e compreende histórias.
- Identifica parte do corpo no outro.
- Inicia o uso de frases simples.
Usa gesto representante.
- Usa o próprio nome.
AOS 2 ANOS DE IDADE:
• Não fala frases com duas palavras,
• que não sejam imitação (exemplo: quero água)
• Não copia ações ou palavras
• Não segue instruções simples
• Não anda de forma equilibrada
• Não entende o que fazer com utensílios comuns como colher,
telefone, escova de cabelo.
2 A 3 ANOS
Iniciam-se sequências de três elementos, por ex.: "nenê come pão" (fala telegráfica).
Aponta gravura de objeto familiar descrito por seu uso.
Identifica objetos familiares pelo nome e uso.
Aponta cores primárias quando nomeadas (vermelho, azul, amarelo...)
Compreende o "Onde?" "Como?"
Pergunta o que?
Nomeia ações representadas por figuras.
Refere-se a si mesmo na 3ª pessoa.
Combina objetos semelhantes.
Constitui frase gramatical simples (com verbos, preposições, adjetivos e advérbio de lugar).
• AOS 3 ANOS DE IDADE:
• Cai muito ao andar
• Fala muito pobre ou incompreensível
• Não compreende comandos simples
• Não consegue brincar de ―faz de conta
• Não consegue brincar com brinquedos simples (Exemplo:
quebra-cabeça, Lego)
• Não há interesse em brincar com outras criança
Por volta dos 4 anos
Manter uma conversa.
Conseguir lembrar situações passadas e contar histórias simples, por exemplo, o que fez na
escola, o que comeu, quem encontrou na rua, etc.
Gostar de brincar em grupo, de imitar personagens e brincar de faz-de-conta.
Conseguir contar histórias como narrador.
Aumenta a complexidade das regras dos jogos.
• AOS 4 ANOS DE IDADE:
• Não brinca com outras crianças
• Interage com poucas pessoas
• Resiste em trocar de roupas
• Não aprende histórias de ―faz de conta
• Dificuldades na fala
• Não entende comandos simples
• Não usa pronomes ―você‖ e ―eu‖ corretamente Tem dificuldade
em rabiscar um desenho.
AOS 5 ANOS
A criança deve ser capaz de pronunciar, de forma adequada, todos os fonemas.
Os diálogos e as histórias são contados com detalhes, com noção de tempero e espaço.
Ter noção temporal. Ex: amanhã, ontem, hoje, antes, depois, dias da semana, manhã, tarde,
noite, primeiro, segundo, terceiro...
Identificar letras do próprio nome.
Conhecer os números.
Manter uma conversa.
Falar as palavras corretamente.
Gostar dos amigos e de brincar de faz de conta. Ex: super-herói.
Interessar-se pela leitura e escrita.
Contar histórias com mais detalhes
• AOS 5 ANOS DE IDADE:
• Não demonstra variedade de emoções
• Pouco ativo Se distrai facilmente
• Não interage com as pessoas
• Não conversa sobre atividades ou experiências diárias vividas
• Não consegue falar o próprio nome completo
• Não consegue jogar ou praticar uma variedade de atividade
• O que fazer quando a fala não vem!
Mas afinal o que é comunicação
Suplementar e/ou alternativa ?
✓Comunicação Suplementar e/ou Alternativa, refere-se a toda forma de
comunicação que apoia, complementa e/ou suplementa a fala.
✓ Comunicação Alternativa é uma área da pesquisa e prática CLINICA e
EDUCACIONAL que se propõe a compensar (temporária ou permanentemente)
uma incapacidade ou deficiência do indivíduo com necessidades complexas de
comunicação.
American Speech-Language Hearing Association
Considerações especiais sobre CAA e
TEA
• Principal meio de comunicação
• Ferramenta de aprendizagem de linguagem visual
• Ferramenta para apoiar o surgimento da comunicação para
crianças com inteligibilidade comprometida
• Apoiar a compreensão da linguagem
• Diminuir comportamentos inadequados relacionados a
comunicação
MITOS SOBRE A CAA
1. A CAA é o “último recurso” na
intervenção fala-linguagem
2. A CAA prejudica ou impede o
desenvolvimento da Linguagem
3. As crianças precisam ter um certo
conjunto de competências cognitivas ou
de linguagem para serem capazes de
se beneficiar da CAA
4. As crianças devem ter uma certa
idade para se beneficiarem da CAA
5. É necessário que as crianças utilizem
técnicas de CAA de baixa tecnologia
antes de utilizarem as técnicas de CAA
de alta tecnologia
O que dizem as pesquisas:
• As crianças com déficits severos na comunicação e que fazem somente a
terapia da fala permanecem, muitas vezes, anos sem um meio de
comunicação eficiente.
• A criança que não é capaz de se comunicar de uma maneira eficiente
corre um grande risco de ter dificuldades cognitivas, sociais, emocionais e
comportamentais (Berry, 1987; Silverman, 1980).
• Não há pré-requisitos cognitivos ou de outra espécie que sejam
necessários para uma criança poder usar a CAA.
(Kangas & Lloyd, 1988, Beukelman e Mirenda, 2005).
• As crianças com déficits cognitivos severos são capazes de
aprender e de se beneficiar da CAA
(Beukelman & Mirenda, 1992; Romski & Sevcik, 2005; Kangas & Lloyd, 1988; Silverman, 1980).
• A aceitação de um usuário da CAA pelos colegas aumenta
significantemente com a inclusão e participação ativa em atividades
regulares relacionadas à escola.
(Beck & Dennis, 1996; Blockberger, Armstrong, O’Connor, & Freeman, 1993).
• As crianças que utilizam a CAA mostraram melhorias no
comportamento, na atenção, na independência, na
autoconfiança, na participação em sala de aula, no progresso
acadêmico e nas interações sociais
(Abrahamsen, Romski, & Sevcik, 1989; Silverman, 1980; Van Tatenhove, 1987).
• A introdução da CAA está correlacionada com a melhoria da
fala natural em muitos casos
(Berry, 1987; Daniels, 1994; Romski & Sevcik, 1993; Konstantareas, 1984; Silverman, 1980, Cress et. al, 2003).
• Schlosser e Wendt (2008)
revisou 76 estudos
• a maioria dos estudos reportou um aumento na produção da
fala com o uso da CAA concluiu que a CAA não impede a
produção da fala em crianças com autismo.
Stansberry-Brusnan e Collet-Klingenberg (2010)
05 Estratégias Para estimular a linguagem
em crianças com Autismo
1. INCENTIVE O JOGO E A INTERAÇÃO
As crianças aprendem brincando, e isso inclui a linguagem! Durante a interação, posicione-se de
frete para a criança, próximo ao nível dos olhos, para facilitar a compreensão e para que a criança
veja sua boca articulando os sons.
2.IMITE A CRIANÇA
Imite os sons e brincadeiras da criança, isso irá encorajar mais vocalizações. E incentive a criança a
imitar você
3.FOCA NA COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL
Gestos, contato visual e movimentos corporais podem construir uma base para a linguagem.
Incentive a criança modelando e respondendo a esses comportamentos.
4.USE A COMUNICAÇÃO AUMENTATIVA ALTERNATIVA
Os sistemas de Comunicação Aumentativa Alternativa e os suportes visuais podem fazer mais do que
substituir a fala, eles pode promover o seu desenvolvimento.
5.DÊ TEMPO E ESPAÇO PARA A CRIANÇA SE COMUNICAR
É muito importante dar a criança oportunidades de se comunicar, mesmo que ela ainda não esteja
falando. Quando fizer uma pergunta, faça uma pausa com expectativa olhando para a criança, e
responda a qualquer comportamento comunicativo.

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Marco do desenvolvimento.pdf

  • 1. Aula Academia do Autismo Marcos do desenvolvimento de fala e linguagem, o que fazer quando a fala não vem. Valéria Santos
  • 2. • Valeria Santos Fonoaudióloga pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MINAS); Pós-graduação em Transtorno do Espectro Autista TEA pela Child Behavior Institute of Miami (CBI of Miami); pós graduada em Neurociências – pela UFMG. Qualificação profissional em Uso terapêutico de Tecnologias Assistivas: direitos das pessoas com deficiência e ampliação da comunicação”, pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). E formação em Core Words pelo Center for Literacy and Disability Studies, a unit in the Allied Health Sciences Department at the University of North Carolina at Chapel Hill.
  • 3. O que você vai aprender hoje: • Marcos do desenvolvimentos de fala e linguagem • E sinais de TEA desde os 04 meses aos 5 anos. • O que fazer quando a fala não vem • Mitos da CAA • E estratégias para estimular a fala e linguagem em crianças com TEA
  • 5. FALA • A fala é o canal que viabiliza a expressão da linguagem e corresponde à realização motora da linguagem. Em outras palavras, a linguagem significa trocar informações (receber e transmitir) de forma efetiva, enquanto que a fala refere-se basicamente à maneira de articular os sons na palavra.
  • 6. LINGUAGEM é o sistema simbólico usado para representar os significados em uma cultura, abrangendo seis componentes: o Fonologia (sons da língua), o Prosódia (entonação), o Sintaxe (organização das palavras na frase), o Morfologia (formação e classificação das palavras), o Semântica (vocabulário) o Pragmática (uso da linguagem).
  • 7. COMUNICAÇÃO Comunicação é o processo complexo onde ocorre a troca de informações por meio de combinações verbais (fala e linguagem) e não-verbais (expressões faciais, postura, gestos, olhar e linguagem corporal).
  • 9. O A 6 MESES - Vocalizações (repetições de vogais e sons guturais) não linguísticas. Essas produções têm pouca influência da língua-mãe. - Sorriso reflexo. - Movimentos corporais bruscos ou acorda ao ouvir estímulo sonoro. -Aquieta-se com a voz da mãe. - Procura fonte sonora com movimentos oculares. - A fase de lalação aparece por volta dos 3 a 4 meses e se distingue por sua fonação lúdica. A criança sente prazer em balbuciar (brincar com os órgãos fono-articulatórios).
  • 10. AOS 6 MESES DE IDADE: Não tenta pegar objetos que estão próximos Não demonstra afeto por pessoas familiares Não responde à sons emitidos próximos a ele Não emite pequenas vocalizações Não sorri ou dá risadas ou expressões alegres
  • 11. 6 A 9 MESES As vocalizações começam a adquirir algumas características de linguagem, ou seja, entonação, ritmo e inicia-se a modulação de ressonância. Começa a voltar à cabeça em direção a um som lateral e próximo. Pré-conversação. A criança vocaliza principalmente durante os intervalos em que é deixada livre pelo adulto, e também encurta suas vocalizações para dar lugar às respostas do adulto. Responde quando chamada. Repete sons para escutá-los.
  • 12. • AOS 9 MESES DE IDADE: • Não senta, mesmo com auxílio • Não balbucia • Não reconhece o próprio nome • Não reconhece pessoas familiares • Não olha para onde você aponta • Não passa os brinquedos de uma mão para outra • Não demonstra reciprocidade • Não responde às tentativas de interação • Perdeu habilidades que já possuía
  • 13. 9 a 12 meses - Localiza diretamente a fonte sonora para baixo. - Reage paralisando a atividade quando a mãe fala "não". - Vocaliza na presença de música. Compreende algumas palavras familiares, por ex.: “mamãe, “papai”, “nenꔓ. - Compreende ordens simples, por ex.: "bate palmas" e dar "tchau". - Vocalizações mais precisas e melhor controladas quanto à altura tonal e à intensidade. Agrupa sons e sílabas repetidas a vontade. Pede, recebe objetos e oferece-os de volta. Usa gestos indicativos. Surge a primeira palavra, muitas vezes não inteligível.
  • 14. • AOS 12 MESES DE IDADE: • Não faz contato visual • Não engatinha • Não fica em pé, quando segurado • Não procura objetos que vê sendo escondidos • Não fala palavras como ―papai ou ―mamãe • Não entende comandos como ―mandar tchau • Não aponta para objetos Perdeu habilidades que já possuía
  • 15. 12 A 18 MESES Surgem as primeiras palavras funcionais que, em geral, se dá um prolongamento semântico, por ex.: chama "cachorro" a todos os animais. Crescimento quantitativo de compreensão e produção de palavras. Localiza fonte sonora indiretamente para cima. Gosta de música. Compreende verbos que representam ações concretas (dá, acabou, quer). Identifica objetos familiares através de nomeação. Identifica parte do corpo em si mesma. Utiliza-se de palavra-frase (usa uma palavra que corresponde a um enunciado completo). Repete palavras familiares. Tenta contar.
  • 16. • AOS 18 MESES DE IDADE: Não anda Não fala pelo menos seis palavras Não aprende novas palavras Não expressa o que quer Não aponta para mostrar algo Não se importa se o cuidador se afasta ou se aproxima Não copia comportamentos
  • 17. 18 A 24 MESES - Surgimento de frases de dois elementos. - Localiza fonte sonora em todas as direções. Presta atenção e compreende histórias. - Identifica parte do corpo no outro. - Inicia o uso de frases simples. Usa gesto representante. - Usa o próprio nome.
  • 18. AOS 2 ANOS DE IDADE: • Não fala frases com duas palavras, • que não sejam imitação (exemplo: quero água) • Não copia ações ou palavras • Não segue instruções simples • Não anda de forma equilibrada • Não entende o que fazer com utensílios comuns como colher, telefone, escova de cabelo.
  • 19. 2 A 3 ANOS Iniciam-se sequências de três elementos, por ex.: "nenê come pão" (fala telegráfica). Aponta gravura de objeto familiar descrito por seu uso. Identifica objetos familiares pelo nome e uso. Aponta cores primárias quando nomeadas (vermelho, azul, amarelo...) Compreende o "Onde?" "Como?" Pergunta o que? Nomeia ações representadas por figuras. Refere-se a si mesmo na 3ª pessoa. Combina objetos semelhantes. Constitui frase gramatical simples (com verbos, preposições, adjetivos e advérbio de lugar).
  • 20. • AOS 3 ANOS DE IDADE: • Cai muito ao andar • Fala muito pobre ou incompreensível • Não compreende comandos simples • Não consegue brincar de ―faz de conta • Não consegue brincar com brinquedos simples (Exemplo: quebra-cabeça, Lego) • Não há interesse em brincar com outras criança
  • 21. Por volta dos 4 anos Manter uma conversa. Conseguir lembrar situações passadas e contar histórias simples, por exemplo, o que fez na escola, o que comeu, quem encontrou na rua, etc. Gostar de brincar em grupo, de imitar personagens e brincar de faz-de-conta. Conseguir contar histórias como narrador. Aumenta a complexidade das regras dos jogos.
  • 22. • AOS 4 ANOS DE IDADE: • Não brinca com outras crianças • Interage com poucas pessoas • Resiste em trocar de roupas • Não aprende histórias de ―faz de conta • Dificuldades na fala • Não entende comandos simples • Não usa pronomes ―você‖ e ―eu‖ corretamente Tem dificuldade em rabiscar um desenho.
  • 23. AOS 5 ANOS A criança deve ser capaz de pronunciar, de forma adequada, todos os fonemas. Os diálogos e as histórias são contados com detalhes, com noção de tempero e espaço. Ter noção temporal. Ex: amanhã, ontem, hoje, antes, depois, dias da semana, manhã, tarde, noite, primeiro, segundo, terceiro... Identificar letras do próprio nome. Conhecer os números. Manter uma conversa. Falar as palavras corretamente. Gostar dos amigos e de brincar de faz de conta. Ex: super-herói. Interessar-se pela leitura e escrita. Contar histórias com mais detalhes
  • 24. • AOS 5 ANOS DE IDADE: • Não demonstra variedade de emoções • Pouco ativo Se distrai facilmente • Não interage com as pessoas • Não conversa sobre atividades ou experiências diárias vividas • Não consegue falar o próprio nome completo • Não consegue jogar ou praticar uma variedade de atividade
  • 25. • O que fazer quando a fala não vem!
  • 26. Mas afinal o que é comunicação Suplementar e/ou alternativa ? ✓Comunicação Suplementar e/ou Alternativa, refere-se a toda forma de comunicação que apoia, complementa e/ou suplementa a fala. ✓ Comunicação Alternativa é uma área da pesquisa e prática CLINICA e EDUCACIONAL que se propõe a compensar (temporária ou permanentemente) uma incapacidade ou deficiência do indivíduo com necessidades complexas de comunicação. American Speech-Language Hearing Association
  • 27. Considerações especiais sobre CAA e TEA • Principal meio de comunicação • Ferramenta de aprendizagem de linguagem visual • Ferramenta para apoiar o surgimento da comunicação para crianças com inteligibilidade comprometida • Apoiar a compreensão da linguagem • Diminuir comportamentos inadequados relacionados a comunicação
  • 28. MITOS SOBRE A CAA 1. A CAA é o “último recurso” na intervenção fala-linguagem 2. A CAA prejudica ou impede o desenvolvimento da Linguagem 3. As crianças precisam ter um certo conjunto de competências cognitivas ou de linguagem para serem capazes de se beneficiar da CAA 4. As crianças devem ter uma certa idade para se beneficiarem da CAA 5. É necessário que as crianças utilizem técnicas de CAA de baixa tecnologia antes de utilizarem as técnicas de CAA de alta tecnologia
  • 29. O que dizem as pesquisas: • As crianças com déficits severos na comunicação e que fazem somente a terapia da fala permanecem, muitas vezes, anos sem um meio de comunicação eficiente. • A criança que não é capaz de se comunicar de uma maneira eficiente corre um grande risco de ter dificuldades cognitivas, sociais, emocionais e comportamentais (Berry, 1987; Silverman, 1980).
  • 30. • Não há pré-requisitos cognitivos ou de outra espécie que sejam necessários para uma criança poder usar a CAA. (Kangas & Lloyd, 1988, Beukelman e Mirenda, 2005). • As crianças com déficits cognitivos severos são capazes de aprender e de se beneficiar da CAA (Beukelman & Mirenda, 1992; Romski & Sevcik, 2005; Kangas & Lloyd, 1988; Silverman, 1980). • A aceitação de um usuário da CAA pelos colegas aumenta significantemente com a inclusão e participação ativa em atividades regulares relacionadas à escola. (Beck & Dennis, 1996; Blockberger, Armstrong, O’Connor, & Freeman, 1993).
  • 31. • As crianças que utilizam a CAA mostraram melhorias no comportamento, na atenção, na independência, na autoconfiança, na participação em sala de aula, no progresso acadêmico e nas interações sociais (Abrahamsen, Romski, & Sevcik, 1989; Silverman, 1980; Van Tatenhove, 1987). • A introdução da CAA está correlacionada com a melhoria da fala natural em muitos casos (Berry, 1987; Daniels, 1994; Romski & Sevcik, 1993; Konstantareas, 1984; Silverman, 1980, Cress et. al, 2003).
  • 32. • Schlosser e Wendt (2008) revisou 76 estudos • a maioria dos estudos reportou um aumento na produção da fala com o uso da CAA concluiu que a CAA não impede a produção da fala em crianças com autismo. Stansberry-Brusnan e Collet-Klingenberg (2010)
  • 33. 05 Estratégias Para estimular a linguagem em crianças com Autismo 1. INCENTIVE O JOGO E A INTERAÇÃO As crianças aprendem brincando, e isso inclui a linguagem! Durante a interação, posicione-se de frete para a criança, próximo ao nível dos olhos, para facilitar a compreensão e para que a criança veja sua boca articulando os sons. 2.IMITE A CRIANÇA Imite os sons e brincadeiras da criança, isso irá encorajar mais vocalizações. E incentive a criança a imitar você
  • 34. 3.FOCA NA COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL Gestos, contato visual e movimentos corporais podem construir uma base para a linguagem. Incentive a criança modelando e respondendo a esses comportamentos. 4.USE A COMUNICAÇÃO AUMENTATIVA ALTERNATIVA Os sistemas de Comunicação Aumentativa Alternativa e os suportes visuais podem fazer mais do que substituir a fala, eles pode promover o seu desenvolvimento. 5.DÊ TEMPO E ESPAÇO PARA A CRIANÇA SE COMUNICAR É muito importante dar a criança oportunidades de se comunicar, mesmo que ela ainda não esteja falando. Quando fizer uma pergunta, faça uma pausa com expectativa olhando para a criança, e responda a qualquer comportamento comunicativo.