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SUMÁRIO
1 ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE................................................ 4
1.1 Embriologia da pele..................................................................... 5
1.2 Funções da pele.......................................................................... 6
1.3 Camadas da pele ...................................................................... 10
2 FISIOLOGIA DA PELE Á PARTIR DE SUAS FUNÇÕES................ 24
2.1 Proteção física........................................................................... 24
2.2 Como órgão imunitário .............................................................. 25
2.3 Funções metabólicas................................................................. 25
2.4 Como órgão dos sentidos.......................................................... 25
2.5 Regulação da temperatura corporal .......................................... 25
3 FISIOLOGIA E TIPOS DE PELE. .................................................... 26
3.1 Tipos de pele mais comuns....................................................... 27
4 BIOQUÍMICA DA PELE ................................................................... 28
4.1 Composição química das camadas da pele.............................. 29
4.2 Microbiota cutânea normal ........................................................ 32
5 ANEXOS CUTÂNEOS ..................................................................... 32
5.1 Estruturas dos anexos cutâneos ............................................... 33
5.2 Aparelho pilossebáceo .............................................................. 37
5.3 Pelos ......................................................................................... 39
5.4 Unhas........................................................................................ 46
6 INERVAÇÃO.................................................................................... 48
7 BIOQUIMICA DOS ANEXOS CUTÂNEOS...................................... 49
7.1 Composição aproximada da secreção de glândulas sudoríparas:
50
7.2 Glândulas sebáceas.................................................................. 50
7.3 Unhas........................................................................................ 51
8 QUERATINIZAÇÃO ......................................................................... 51
9 MECANISMOS QUE CONTROLAM A HIDRATAÇÃO E
LUBRIFICAÇÃO CUTÂNEA............................................................................. 52
BIBLIOGRAFIA...................................................................................... 53
1 ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE
Fonte: pt.depositphotos.com
A pele ou cútis é o manto de revestimento do organismo, indispensável à
vida e que isola os componentes orgânicos do meio exterior. Embora a pele
desempenhe diversas funções vitais de comunicação e controle que garantem a
homeostase do organismo, por muitos anos este órgão foi considerado apenas
uma barreira contra agentes externos.
A pele representa mais de 15% do peso corpóreo. Toda a sua superfície
é constituída por sulcos e saliências, particularmente acentuadas nas regiões
palmoplantares e nas extremidades dos dedos, onde sua disposição é
absolutamente individual e peculiar, permitindo não somente sua utilização na
identificação dos indivíduos por meio da datiloscopia, como também a diagnose
de enfermidades genéticas, pelas impressões palmoplantares, os chamados
dermatóglifos.
A terminologia tecido é interpretada equivocadamente, como sinônimo de
pele ou tegumento, com frequência.
Tecido é o agrupamento de células semelhantes, que executam funções
específicas e em comum, e podem ser divididos em tecido epitelial, tecido
conjuntivo, tecido muscular e tecido nervoso.
Pele ou tegumento, por sua vez é um órgão, composto por um agregado
de tecidos, que funcionam em conjunto. A epiderme e a derme constituem as
principais camadas tegumentares, além das estruturas anexas (unhas, pelos e
glândulas), que auxiliam no exercício de suas funções. Estes componentes
formam o sistema tegumentar.
1.1 Embriologia da pele
Fonte: pt.slideshare.net
Embriologicamente, a pele deriva dos folhetos ectodérmicos e
mesodérmicos. As estruturas epiteliais, a epiderme, os folículos pilossebáceos,
as glândulas apócrinas e écrinas e as unhas derivam do ectoderma.
Os nervos e os melanócitos originam-se do neuroectoderma, já as fibras
colágenas e elásticas, os vasos sanguíneos, os músculos e o tecido adiposo
provêm do mesoderma.
No embrião de três semanas, a epiderme é constituída por uma única
camada de células, morfologicamente indiferenciadas, cuja reprodução resulta
em aumento do número de camadas e na formação dos anexos cutâneos.
Além disso, ocorre invasão dessa estrutura por células originadas da
crista neural, os melanócitos, que originarão o sistema pigmentar da pele. O
início da formação do aparelho pilossebáceo ocorre na 9ª semana de vida
embrionária. As glândulas sudoríparas écrinas formam-se, inicialmente, nas
regiões palmoplantares, em torno da 14ª semana do embrião. A derme e o tecido
subcutâneo iniciam-se por um material mixomatoso desprovido de fibras.
As primeiras estruturas fibrilares surgem do segundo ao quarto mês de
vida fetal. Os primeiros vasos sanguíneos aparecem em torno do terceiro mês e
as primeiras estruturas nervosas, a partir da 5a semana de vida fetal.
Quanto aos melanócitos, são evidenciáveis na epiderme em torno da 11a
semana do desenvolvimento embrionário, tornando-se numerosos entre a 12a e
a 14a semanas. Os precursores dos melanócitos denominam-se melanoblastos
e derivam da crista neural.
Em relação às unhas, os primeiros elementos da matriz ungueal são
detectados no dorso dos dedos do embrião por ocasião da 10a semana de vida.
1.2 Funções da pele
Graças à arquitetura e às propriedades físicas, químicas e biológicas de
suas várias estruturas, a pele, como membrana envolvente e isolante, é um
órgão que pode executar múltiplas funções.
Função Descrição
Proteção
Constitui a barreira de proteção à penetração
de agentes externos de qualquer natureza e, ao
mesmo tempo, impede perdas de água,
eletrólitos e outras substâncias do meio interno
Proteção imunológica
A pele, graças à presença de células
imunologicamente ativas, é um órgão de
grande atividade imunológica, onde atuam
intensamente os componentes da imunidade
humoral e celular.
Termo regulação
Graças à sudorese, constrição e dilatação da
rede vascular cutânea, a pele processa o
controle homeostático da temperatura
orgânica.
Percepção
Por meio da complexa e especializada rede
nervosa cutânea, a pele é o órgão receptor
sensitivo do calor, do frio, da dor e do tato.
Secreção
 A secreção sebácea é importante para a
manutenção eutrófica (manutenção de uma
nutrição adequada) da própria pele,
particularmente da camada córnea, evitando
a perda de água.
 Além disso, o sebo tem propriedades
antimicrobianas e contém substâncias
precursoras da vitamina D.
 Quanto às glândulas sudoríparas, a
eliminação de restos metabólicos não tem
valor como função excretora.
Essas funções gerais da pele dependerão da participação de seus vários
componentes por meio de suas propriedades, ainda incompletamente
conhecidas. Assim, na função protetora da pele, a camada córnea tem
importância relevante, constituindo-se em interfase entre o organismo e o meio
ambiente, graças às suas várias propriedades:
 Impermeabilidade relativa à água e eletrólitos: ao evitar perdas hídricas e
eletrolíticas, bem como ao limitar a penetração de substâncias exógenas.
 Resistência relativa a agentes danosos corrosivos: alta impedância
elétrica (resistência elétrica), que restringe a passagem de corrente
elétrica pela pele.
 Superfície relativamente seca: retarda a proliferação de microrganismos.
 Quimicamente: representa uma membrana limitadora à passagem de
moléculas.
 Outra função da pele: termoregulação
Quanto à termorregulação, é exercida, fundamentalmente, pelos sistemas
vascular e sudoríparo da pele. Como interface entre o organismo e o meio
externo, a pele desempenha um papel passivo nas trocas calóricas, mas, por
meio das unidades sudoríparas écrinas e da rede vascular cutânea, interfere de
modo ativo na regulação térmica.
As glândulas sudoríparas fornecem o revestimento cutâneo de água que,
por evaporação, esfria a superfície corpórea, e, os vasos sanguíneos, pela
dilatação ou constrição, ampliam ou diminuem o fluxo sanguíneo periférico,
permitindo maior ou menor dissipação calórica.
Um aumento de 0,5°C na temperatura corpórea determina impulsos
hipotalâmicos que, por meio das fibras colinérgicas do sistema nervoso
simpático, estimulam as glândulas sudoríparas écrinas de todo o corpo.
O aquecimento regional da pele promove também sudorese local,
admitindo-se, nesse caso, ação térmica direta sobre a glândula sudorípara, sem
participação hipotalâmica.
Outra função da pele: secreção
Em relação às funções secretoras da pele, os produtos metabólicos
eliminados pela sudorese não têm qualquer importância como função excretora.
Quanto às glândulas sebáceas, seu desenvolvimento e atividade dependem,
essencialmente, de fatores humorais, particularmente androgênios.
O produto da secreção das glândulas sebáceas, o sebo, constitui, com
os lipídeos da queratinização, o filme lipídico da superfície cutânea. Esse
complexo de lipídeos é composto por:
- Triglicerídeo - Diglicerídeo
- Ácidos graxos - Ésteres
- Esqualeno - Esteróis
No sebo recém-secretado, não existem ácidos graxos livres, os quais
surgem intrafolicularmente por ação de lipases bacterianas. O verdadeiro
significado fisiológico do sebo permanece ainda desconhecido no homem. Nos
animais, promovendo aderência dos pelos, é um fator a mais no isolamento
térmico, além do que, pelas suas propriedades odoríferas, exerce função de
atração sexual.
Tais funções são irrelevantes no homem, mas outras têm sido atribuídas
ao sebo, embora não existam provas da importância desses mecanismos na
homeostase humana:
 Barreira de proteção;
 Emulsificação de substâncias;
 Atividade antimicrobiana, antibacteriana e antifúngica;
 Precursor da vitamina D.
As secreções sebáceas e sudorais constituem as fases adiposa e oleosa
da emulsão que recobre a superfície cutânea. O pH médio normal da pele situa-
se entre 5,4 e 5,6, com variações topográficas.
Já áreas intertriginosas apresentam pH maior que o habitual.
Entre as secreções da superfície cutânea, existe, no recém-nascido,
o chamado “vérnix caseoso”, que é constituído por secreção sebácea,
células epiteliais descamadas e lanugo desprendido da superfície
corpórea. Sua principal função é a lubrificação da superfície corpórea
do feto, para facilitar sua passagem por meio do canal do parto, o que
explicaria seu desaparecimento após o nascimento, por não mais ser
necessária a função a que se destina.
Além das suas funções vitais, as propriedades físico-químico-
biológicas da pele permitem, pela capacidade de absorção dela, a administração
percutânea de medicamentos, um processo que se dá por:
Orifícios adanexiais Permitem a passagem de substâncias de
baixo coeficiente de permeabilidade e de
moléculas grandes.
Espaços intercelulares da
camada córnea
Via de penetração de água e álcoois de
peso molecular baixo.
Células corneificadas
(diretamente)
Quando ocorrem aumento da hidratação da
pele, aumento da temperatura cutânea e
exposição a solventes de lipídeos.
Áreas intertriginosas: é
um termo usado para
definir uma área existente
entre duas áreas da pele,
que podem tocar e
causar atrito entre
si. Exemplos : axila ,
fossas nasais região
anogenital.
1.3 Camadas da pele
Fonte: peleemdia.com.br
 Epiderme
A epiderme é avascular, formada por epitélio estratificado, disposto em
quatro ou cinco camadas, que se ligam firmemente umas nas outras. Fina, porém
resistente, sua espessura varia entre 0,007 a 0,12 mm. Com exceção das
camadas mais profundas, é constituída por células mortas.
É a camada externa, que vemos quando olhamos no espelho. Tem como
principal função a proteção do organismo. Como impede a entrada de
microrganismos, e se regenera, podemos comparar a epiderme a uma armadura
biológica de nosso corpo.
A camada mais profunda da epiderme é o estrato basal, que produz
constantemente novas células pela divisão celular. Essas são também
responsáveis pela constante regeneração de nossa pele, por meio de novas
células sendo empurradas gradualmente para cima, em direção à superfície,
levando em torno de sete dias para alcançar esse ponto e, desse modo, se
tornando parte da proteção externa do corpo.
Fonte: VAN DE GRAAFF, K. M. Anatomia Humana. Barueri: Manole, 2003.
 Camadas da Epiderme
Camada Basal (ou germinativa):
É formada por uma única camada de células-tronco, que pode apresentar
formato colunar ou cuboide. e passa por mitose certas vezes com uma das
células resultantes contribuindo para o estrato remanescente da epiderme.
Estas células estão envolvidas numa produção inicial de tonofilamentos,
e alguns dos tonofilamentos estão ligados aos hemidesmossomas que fixam a
base da epiderme na derme.
Os tonofilamentos formados não estão apenas ligados aos diversos
dermossomas que compõem a estrutura de fixação primária de uma célula na
outra na epiderme, eles também originam corpos de pré-queratina ou placas que
amadurecem na queratina das células de outros estratos.
A camada basal é a camada mais profunda da epiderme que faz contato
direto com a derme. É formada por uma única fileira de células prismáticas, onde
ocorre intensa divisão celular, ou seja, à medida que se multiplicam, as novas
vão empurrando as mais antigas em direção à superfície, de modo a que estas
passem a pertencer a outras camadas.
Nesse processo as células partem da camada basal e vão sendo
deslocadas para a periferia até a camada córnea, num período de 21 a 28 dias.
Único estrato de células, em contato direto com a derme, que possui
quatro diferentes espécies de células:
Fonte: br.pinterest.com
Queratinócitos:
Os queratinócitos, também conhecidos como ceratinócitos, são as células
mais numerosas da epiderme. São células de origem ectodérmica que realizam
a produção de queratina.
Os queratinócitos são formados na camada mais profunda da epiderme a
partir de células cilíndricas que sofrem contínua atividade mitótica. Quando
formadas, estas células são empurradas sucessivamente para camadas mais
superficiais em decorrência da produção de novas células.
À medida que ganham camadas superiores, as células sintetizam
queratina no seu citoplasma. Para que um queratinócito da camada basal atinja
a camada córnea, são necessários 21 a 28 dias, e para que esta mesma célula
se desprenda da camada córnea, são necessários mais 15 dias
 Produtores da queratina, proteína responsável pelo fortalecimento e
impermeabilidade da pele.
 Mais numerosas na epiderme, sofrem processo de queratinizarão.
 Descamam na superfície da epiderme.
 Precisam ser renovadas através da atividade mitótica (camada basal).
 As células novas são empurradas para a superfície (acumulam
filamentos de queratina).
 As células morrem e são descamadas por volta de 20 a 30 dias.
Fonte: anatpat.unicamp.br
Melanócitos:
Os melanócitos são células arredondadas localizadas principalmente na
camada basal da epiderme, responsáveis pela produção de melanina, um dos
pigmentos que determinam a coloração da pele.
Os melanócitos são originados a partir das cristas neurais, que migram de
seus locais originais para a epiderme, onde se interpõem por entre os
queratinócitos basais. Ao contrário dos queratinócitos, os melanócitos não se
multiplicam.
A cor da pele resulta de múltiplos fatores, e os mais importantes são o
conteúdo de melanina e de caroteno, a quantidade de capilares na derme e a
cor do sangue que corre nesses capilares. A quantidade de melanócitos não
varia em relação às raças, portanto, as diferenças raciais de pigmentação não
dependem do número, mas sim da capacidade funcional dos melanócitos.
 Células situadas nas camadas basal e espinhosa, células com
formato circulares a colunares.
 Produtores de melanina, pigmento que ao ser fagocitado pelos
queratinócitos atribuem cor à pele, além de proteger as células contra
os raios solares.
 A tirosinase produzida pelo REG (Retículo Endoplasmático Granular)
é acumulada em grânulos chamados melanossomos, onde ela se
converte em melanina.
 Tirosinase ativada pela luz UV.
Células de Merkel
As células de Merkel são consideradas mediadoras da sensação do tato.
Estas células são encontradas em regiões da pele sem pelos, como
extremidades distais dos dedos, lábios, gengivas e também na bainha externa
do folículo piloso.
As células de Merkel possuem forma alargada contendo grânulos
neurossecretores no citoplasma, localizam-se isoladamente um pouco acima da
camada basal da epiderme. Da mesma forma que os melanócitos, as células de
Merkel são originadas das cristas neurais e se localizam entre os queratinócitos
da camada basal.
Fonte: dermatologiarosario.com.ar
Células de Langerhans:
As células de Langerhans são células de origem mesodérmicas, muito
ramificadas, que exercem um importante papel protetor na pele. Podem ser
encontradas em qualquer camada da epiderme, porém, são mais frequentes na
camada espinhosa.
Possuem grande capacidade fagocitária e ativação de linfócitos T, atuam
na indução de rejeição aos enxertos e reações imunológicas do tipo
hipersensibilidade retardadas.
Com exceção das células de Langerhans, as células desta camada
sofrem mitose constantemente, para repor as células mortas da epiderme.
Fonte: dermatopatologiaparainiciantes.blogspot.com
Camada Espinhosa:
Localizada acima da camada basal e formada por várias camadas, é
composta por queratinócitos em formatos de poliedros, que se unem através de
desmossomos, filamentos semelhantes a espinhos.
No espaço entre as células, há o glicocálix, substância que serve de meio
condutor de substâncias hidrossolúveis do meio externo para o interno. As
células com desmossomos e prolongamentos, ajudam a mantê-las bem unidas,
o que lhes confere aparência espinhosa.
As células de Langerhans se encontram espalhadas pela camada e
ajudam a detectar agentes invasores, enviando alerta ao sistema imunológico
para defender o corpo.
Fonte: www.infoescola.com
Camada Granulosa:
Composta por poucas camadas de células achatadas, que possuem
grânulos contendo queratomalina, precursora da queratina, e grânulos
lamelares, que impermeabilizam as células, como prevenção à perda de água.
Célula de Paget:
São células
epiteliais
glandulares
neoplásicas.
Fonte: pt.slideshare.net
Camada Córnea:
Composta por células com núcleos bem reduzidos ou anucleadas. Possui
em torno de 30 estratos de células achatadas e mortas, semelhantes a escamas.
A queratinização ou cornificação é o processo que transforma os queratinócitos
em células córneas, achatadas e secas.
Este processo é importante para a função protetora da pele. Em média,
este processo dura de 26 a 28 dias, após, as células mortas se desprendem e
esfoliam, para que células novas das camadas mais profundas as substituam.
Assim, a pele encontra-se em constante renovação.
Fonte: dermatopatologiaparainiciantes
Camada Lúcida:
A camada lúcida é constituída por uma fina camada de células achatadas,
cujos núcleos celulares apresentam sinais de degeneração e existem poucas
organelas citoplasmáticas.
Estas células estão parcialmente preenchidas por queratina e sobre elas
existe uma cobertura glicolipídica que, juntamente com a queratina, torna a
membrana plasmática impermeável a fluidos. Nem todas as regiões do corpo
possuem esta camada que existe mais comumente nas regiões palmoplantares.
Fonte: equalisveterinaria.com.br
 Derme
Fonte: coladaweb.com
A derme é a segunda camada da pele, mais profunda e espessa é
vascularizada, constituída principalmente por tecido conjuntivo, como o colágeno
e as fibras elásticas. Tais substâncias presentes na composição da derme
tornam a pele resistente e elástica. Além disso, as fibras elásticas e o colágeno
são organizados em padrões definidos no interior da derme, de maneira a
produzir linhas de tensão na pele, garantindo seus tônus.
Entre a epiderme e a derme, há uma área de transição, denominada
membrana basal, que as une firmemente. Os hemossideromas localizados
inferiormente nos queratinócitos e melanócitos permitem que a membrana se
fixe à epiderme, enquanto sua face inferior se fixa à derme através das fibrilas
de ancoragem da derme papilar.
A derme se subdivide em duas camadas, uma mais superficial, a camada
papilar e uma mais profunda, a camada reticular.
 Camadas da derme
Camada papilar:
Ocupa cerca de um quinto da derme, e apresenta projeções, as papilas,
que vão em direção à epiderme. Ela fica em contato com a epiderme, e é formada
por tecido conjuntivo frouxo
Fonte: pt.slideshare.net
Camada reticular:
Constituída por tecido conjuntivo denso não modelado, possuindo,
portanto, grande quantidade de fibras, que se dispõem de forma mais densa. Isto
confere a capacidade de distensão à pele.
Fonte: slideplayer.com.br
Diferente da epiderme, a derme é vascularizada. Esta rede vascular supre
a camada viva da epiderme, a camada basal que está em constante processo
de mitose, e estruturas como os folículos pilosos e glândulas.
Na derme também está presente a inervação da pele, composta por
nervos e terminações nervosas, que conferem à pele a sensibilidade a pressão,
temperatura, prurido, dor e tato. O sistema nervoso autônomo é responsável pela
inervação motora da derme, e age nos músculos eretores do pêlo e contraem as
células do músculo liso dos vasos.
Também, atua na manutenção e regulação da temperatura corporal e
pressão arterial. Através da inervação da pele, ocorre a vasoconstricção, que
impede a circulação do sangue nas arteríolas próximas à superfície, de forma a
dificultar a perda de calor; ou a vasodilatação, que permite a livre circulação
sanguínea na derme. Ainda com a finalidade de regular a temperatura, estruturas
denominadas glomos, estão presentes nas pontas dos dedos, região central da
face e orelhas. Estas estruturas são anastomoses entre vênulas e arteríolas, que
se contraem para regular o fluxo periférico do sangue.
 Estrutura da derme
A derme compreende um verdadeiro gel, rico em mucopolissacarídeos (a
substância fundamental) e material fibrilar de três tipos: fibras colágenas; fibras
elásticas; e fibras reticulares. De espessura variável ao longo do organismo,
desde 1 até 4 mm, a derme compõe-se de três porções – a papilar, a perianexial
e a reticular:
Derme papilar – constitui uma camada pouco espessa de fibras
colágenas finas, fibras elásticas, numerosos fibroblastos e abundante substância
fundamental, formando as papilas dérmicas, que se amoldam aos cones
epiteliais da epiderme.
Derme perianexial – estruturalmente idêntica à derme papilar, dispõe-se,
porém, em torno dos anexos. Compõe, com a derme papilar, a unidade
anatômica denominada derme adventicial.
Derme reticular – compreende o restante da derme, sendo sua porção
mais espessa, que se estende até o subcutâneo. É composta por feixes
colágenos mais espessos, dispostos, em sua maior parte, paralelamente à
epiderme. Há, proporcionalmente, menor quantidade de fibroblastos e de
substância fundamental em relação à derme adventicial.
Fonte: angelicabeauty.blogspot.com
A substância fundamental é composta, essencialmente, por
mucopolissacarídeos, dos quais os hialuronidatos e condroitinsulfatos são os
mais importantes.
Esse gel viscoso participa na resistência mecânica da pele às
compressões e aos estiramentos.
 Fibras colágenas: compreendem 95% do tecido conectivo da derme. O
colágeno da derme é composto por tipos diferentes de fibras – do tipo I
até o tipo XIII.
 Fibras elásticas: são microfibrilas que, na derme papilar, orientam-se
perpendicularmente à epiderme; e, na derme reticular, mostram-se mais
espessas e dispostas paralelamente à epiderme. É peculiar à espécie
humana a grande quantidade de fibras elásticas na pele. O sistema
elástico da pele compreende os seguintes tipos de fibras elásticas:
Tipos de fibra Descrição
Fibras oxitalânicas São as mais superficiais e dispõem-se
perpendicularmente à junção
dermoepidérmica, estendendo-se até o
limite entre a derme papilar e a reticular.
Fibras eulaunínicas Ocupam posição intermediária na derme,
conectando as fibras oxitalânicas da derme
superficial com as fibras elásticas da derme
reticular.
Fibras elásticas
maduras
Contêm cerca de 90% de elastina e ocupam
a derme reticular.
As fibras elásticas mais superficiais estão
envolvidas na ligação entre epiderme e
derme e as mais profundas, pelo seu maior
teor de elastina, na absorção dos choques e
das distensões que se produzem na pele.
A derme aloja as estruturas anexiais da pele, as glândulas sudoríparas
écrinas e apócrinas, os folículos pilossebáceos e o músculo eretor do pelo. Nela,
encontram-se, ainda, suas células próprias, fibroblastos, histiócitos, mastócitos,
células mesenquimais indiferenciadas e as células de origem sanguínea,
leucócitos e plasmócitos. Em quantidades variáveis, também apresenta vasos
sanguíneos, linfáticos e estruturas nervosas
 Hipoderme
A hipoderme é uma tela subcutânea, que une a derme aos tecidos e
órgãos subjacentes. Apesar de sua estreita relação funcional com a pele, não é
considerada parte constituinte da pele/sistema tegumentar.
Composta por células adiposas, age como isolante térmico, e reserva
calórica. Em determinadas regiões do corpo, protege contra traumas, atuando
como amortecedor. A quantidade de tecido adiposo na camada da hipoderme
pode variar, dependendo da região do corpo, da idade e sexo.
Fonte: sogab.com.br
2 FISIOLOGIA DA PELE Á PARTIR DE SUAS FUNÇÕES
A pele é um órgão muito mais complexo do que aparenta. A sua função
principal é a proteção do organismo das ameaças externas físicas. No entanto,
ela tem também funções imunitárias. É o principal órgão da regulação do calor,
protegendo contra a desidratação. Tem também funções nervosas, constituindo
o sentido do tato e metabólicas, como a produção da vitamina D.
2.1 Proteção física
A epiderme secreta proteínas e lipídeos (a principal proteína é a queratina)
que protegem contra a invasão por parasitas e a injúria mecânica e o atrito.
Também é fundamental o tecido conjuntivo da derme, no qual os fibrócitos
depositam proteínas fibrilares com propriedades de resistência à tração e
elasticidade, como o colágeno e a elastina. A melanina produzida pelos seus
melanócitos protege contra a radiação, principalmente UV. Sua quantidade
aumentada produz o bronzeamento da pele.
2.2 Como órgão imunitário
A pele é um órgão importante do sistema imunitário. Ela abriga diversos
tipos de leucócitos. Há linfócitos que regulam a resposta imunitária e
desenvolvem respostas específicas; células apresentadoras de antígeno
(células de Langerhans) que recolhem moléculas estranhas (possíveis
invasores) que levam para os gânglios linfáticos onde as apresentam aos
linfócitos CD4+; mastócitos envolvidos em reações alérgicas e luta contra
parasitas
2.3 Funções metabólicas
As funções metabólicas da pele são importantes. É lá que é fabricada,
numa reação dependente da luz solar, a vitamina D, uma vitamina essencial para
o metabolismo do cálcio e, portanto, na formação/manutenção saudável dos
ossos.
2.4 Como órgão dos sentidos
Finalmente, a pele também é um órgão sensorial, constituindo o sentido
do tato. Ela apresenta numerosas terminações nervosas, algumas livres, outras
com comunicação com órgãos sensoriais especializados, como células de
Merckel, folículos pilosos. A pele tem capacidade de detectar sinais que criam
as percepções da temperatura, movimento, pressão e dor. É um órgão
importante na função sexual.
2.5 Regulação da temperatura corporal
A pele também é o principal órgão da regulação da temperatura corporal
através de diversos mecanismos:
– Os vasos sanguíneos subcutâneos contraem-se com o frio e dilatam-se
com o calor, de modo a minimizar ou maximizar as perdas de calor.
– Os folículos pilosos têm músculos que produzem a sua ereção com o
frio (pele de galinha”), aprisionando bolhas de ar estático junto à pele que retarda
as trocas de calor um mecanismo mais eficaz nos nossos antepassados mais
peludos.
– As glândulas sudoríparas secretam líquido aquoso cuja evaporação
diminui a temperatura superficial do corpo.
– A presença de tecido adiposo (gordura) subcutâneo protege contra o
frio uma vez que a gordura é má condutora de calor.
3 FISIOLOGIA E TIPOS DE PELE.
Fonte: isic.net.br
Apesar de todas as peles parecerem semelhantes do ponto de vista
anatômico, funcional e bioquímico, existem grandes variações entre elas.
Os principais fatores determinantes do tipo de pele são:
A quantidade de água: que influencia a elasticidade
A quantidade de lipídeos: que influencia a nutrição e a suavidade
O nível de sensibilidade (que influencia a resistência da pele).
3.1 Tipos de pele mais comuns
Pele normal ou eudérmica: tem superfície lisa, flexível, lubrificada e
umedecida, apresenta poros pouco visíveis e aspecto rosado. Há um equilíbrio
entre o conteúdo hídrico e o conteúdo lipídico, que resulta em uma pele sem
imperfeições e com um nível adequado de sensibilidade. Nesse tipo de pele, o
aparecimento de rugas é variável e estas são mais intensas na região dos olhos.
Pele seca ou alípica: devido a fatores genéticos, hormonais ou
ambientais, como vento ou radiação solar, esse tipo de pele apresenta secreção
sebácea insuficiente, tem poros praticamente invisíveis e nenhuma
luminosidade, além de a pele ser áspera e sem flexibilidade. É uma pele sensível
e, não raro, apresenta manchas avermelhadas. Tem maior tendência ao
aparecimento de rugas. Uma pele extremamente seca pode descamar,
principalmente nas costas da mão e no lado exterior dos braços, dos antebraços
e das pernas.
Pele oleosa ou graxa: por causa do aumento da secreção sebácea, esse
tipo de pele apresenta aspecto lustroso ou engordurado, poros dilatados, textura
mais espessa e tendência a formar acnes e comedões. A oleosidade é variável,
sendo causada pela hiperatividade das glândulas sebáceas, que produzem mais
sebo do que o necessário em decorrência de fatores hormonais (puberdade e
alterações hormonais) ou externos, como estresse, o uso de determinados
medicamentos e exposição ao calor ou à umidade excessiva. Apresenta menor
tendência ao aparecimento de rugas e de linhas de expressão
Pele mista: é uma combinação de pele oleosa na zona central do rosto e
pele seca nas bochechas. Apresenta normalmente poros dilatados no nariz, na
testa e no mento, tendo uma oleosidade mais intensa com tendência a formar
cravos nessa área (zona T). Na região das bochechas, há pele normal ou seca,
com aparecimento de rugas variável.
Pele sensível: Tem pouca oleosidade e, por isso, adquire aparência
áspera e com tendência à formação de rugas. Outra característica da pele
sensível é a irritabilidade: elas são muito sensíveis às mudanças climáticas e ao
uso de cosméticos. Normalmente, desenvolvem vermelhidão, ardor, prurido e
manchas além de também serem muito propensas à descamação.
De um modo geral as peles claras têm mais tendência a apresentar
sensibilidade.
4 BIOQUÍMICA DA PELE
O elemento mais importante da composição química da pele é a água,
com um valor de cerca de 70%, que se distribui diferentemente nas diversas
camadas da pele, sendo a hipoderme a mais hidratada.
As substâncias de natureza proteica representam 27,5% dos constituintes
químicos da pele, com:
Aminoácidos:
-Cistina - Desmosina
-Hidroxiprolina - Isodesmosina
-Prolina -Tirosina
-Valina
Proteínas:
-Elastina -Colagéno
-Melanina -Queratina
-Querato-Hialina -Enzimas
Outros constituintes azotados (nitrogênio):
- Ácidos nucleicos - Glicoproteínas
-Ácido hialurónico - Ureia
Os lípidos, são constituintes muito importantes:
Simples: ácidos gordos, colesterol, esqualeno
Complexos: ceramidas, fosfolípidos, esfingolípidos
De reserva: triglicéridos
Os glúcidos, oses, como a glucose e os ósidos, caso do glucogénio são,
essencialmente, elementos fornecedores de energia.
Dos sais minerais, sempre presentes, destacamos como principais
-Sódio -Potássio
-Cálcio -Magnésio
-Zinco -Ferro
-Manganésio -Fósforo
-Enxofre -Iodo.
4.1 Composição química das camadas da pele
 70% de água (10% - camada córnea);
 Proteínas (elaboradas na epiderme);
 Eletrólitos (cloreto de sódio, potássio e magnésio)
A epiderme é constituída de um epitélio multiestratificado (4 camadas
celulares distintas) composto por células de Malpighi (germinativas) que
apresentam atividades específicas em suas diferentes camadas e o estrato
córneo.
Fonte: ebah.com.br
Estrato Córneo: é a camada mais superficial, composta por células mortas
(corneócitos), repletas de queratina. Possui substância cerosa (colesterol,
aminoácidos, polipeptídeos, derivados lipídicos), produtos de degradação
núcleo-citoplasmática, hidratos de carbono e proteínas celulares, aminoácidos,
açúcares, ácido úrico e água.
Estrato Granuloso: composto por queratohialina (proteína refletora da luz e
que dá opacidade à pele). São células vivas.
Estrato Espinhoso: encontram-se os desmossomas, estruturas responsáveis
pela estabilidade da epiderme contra distorções mecânicas e os queratinócitos,
células fundamentais para a coloração da pele. Possui camadas de
queratinócitos (queratinização) e camadas profundas (grânulos de melanina).
Glicogênio (funções metabólicas e reprodução de células epidérmicas).
Estrato Basal: onde ocorre a síntese de lipídios e de proteínas
(queratinização). Divisão celular ativa com deslocamento de células para a
superfície.
 Derme
Nutre a epiderme, composta por tecido fibroso (proteínas fibrosas,
colágeno, elastina e ácido hialurônico).
Composição química:
Substância fundamental: mucopolissacarídeos ou glicídeos complexos e
ácidos urônicos.
Componentes lipídicos: ésteres de colesterol, ácidos graxos livres,
colesterol livre e fosfolipídios.
Colágeno: responsável pela elasticidade da pele. Contém 95% de
hidroxiprolina. Armazena e libera água (pH, temperatura e concentração iônica
do meio circulante).
Elastina: 2% do peso seco da pele humana. Elasticidade (hidratação).
Função: sustentar a epiderme.
Importância biológica da derme:
Possui propriedades hidrofílicas do colágeno e mucopolissacarídeos da
substância fundamental, é responsável pela capacidade de armazenar e ceder
rapidamente água.
 Hipoderme – Tecido Subcutâneo
É a camada mais profunda da pele. A hiporderme antes considerada como
uma terceira camada da pele, hoje é considerada como tecido subcutâneo.
Composição:
-Fibras colágenas -Células adiposas
-Triglicérides -Colesterol
-Vitaminas -Água
-Folículos pilosos -Glândulas
Função:
-Protege contra traumatismo, os vasos e os nervos
-Isolante térmico
-Turgidez da pele
-Função protetora dos órgãos internos.
4.2 Microbiota cutânea normal
Microbiota transitória: microorganismo não proliferativo.
Microbiota permanente: pequeno número de germes que se multiplicam
sobre a pele.
 Compreendem:
- Micrococos (condutos excretores das glândulas sebáceas, não
patógenos);
- Propionibacterium acnes (cresce na profundidade do folículo piloso);
- Difteróides (não patógenos);
- Fungos lopofílicos (P. ovale* e P. orbiculare**);
- P. ovale (couro cabeludo, conduto auditivo externo, rosto)
** P. orbiculares (mesma localização).
5 ANEXOS CUTÂNEOS
São estruturas derivadas do ectoderma, como pelos, unhas, glândulas
sebáceas e sudoríparas, que se fixam na derme, através de uma
invaginação na epiderme.
A complexidade estrutural da pele, constituída por grande
diversidade de células, com especificidades funcionais, confere a
capacidade de executar:
 Funções metabólicas e de proteção contra agentes
nocivos químicos, físicos ou biológicos;
 Regulação da temperatura;
 Síntese de vitamina D;
 Percepção sensorial;
 Possibilita a identificação de pessoas, características
faciais e cor da pele;
 Comunicação, através de expressões faciais e emissão de sinais
emocionais;
Ectorderma: é a
camada exterior de um
embrião em
desenvolvimento. Ela
forma-se durante a
gastrulação, no estágio
em que o sistema
digestório primitivo está
se formando. As outras
duas são a mesoderme
e a endoderme.
 Papel importante no processo de cicatrização de feridas;
 Manifestação de sinais que indicam o estado clínico da pessoa;
 Sofre modificações ao longo do desenvolvimento, sua aparência
difere entre as faixas etárias, são influenciadas pelos hábitos de
vida, ambiente e cultura.
5.1 Estruturas dos anexos cutâneos
Fonte: pt.slideshare.net
 Glândulas sudoríparas écrinas
Fonte: atlasdocorpohumano.com
As glândulas sudoríparas écrinas encontram-se dispersas por toda a pele,
mas em maior quantidade nas regiões palmoplantares e axilas. São glândulas
tubulares que desembocam na superfície por meio da epiderme e compõem-se
de três segmentos:
Porção secretora
A porção secretora localiza-se na junção dermo-hipodérmica ou na porção
inferior da derme. A porção secretora das glândulas écrinas é formada por
células grandes, cilíndricas, de citoplasma claro, levemente basófilo.
Nos cortes habituais, essas células dispõem-se em ácinos, que mostram,
na periferia, células pequenas fusiformes – as células mioepiteliais –, em torno
das quais existe uma membrana hialina e que, pelo seu poder contrátil, seriam
responsáveis pela expulsão da secreção sudoral.
Conduto sudoríparo-intradérmico
A porção intradérmica do conduto sudoríparo é formada por duas
camadas de células epiteliais pequenas, cuboides, intensamente basófilas.
Conduto sudoríparo-intraepidérmico.
A porção intraepidérmica do conduto sudoríparo é composta de uma
única camada celular de revestimento e uma ou mais camadas de células
epiteliais que compõem a bainha peridutal.
O orifício da glândula sudorípara, poro ou acrosiríngio, apresenta-se
rodeado por um anel de queratina. As glândulas écrinas são inervadas por fibras
simpáticas pós-ganglionares não mielinizadas.
Fisiologicamente, porém, são regidas por mediadores parassimpáticos,
ainda que respondam em menor grau a mediadores simpatomiméticos. Portanto,
drogas parassimpatomiméticas como acetilcolina, acetilbetametilcolina e
pilocarpina estimulam a sudorese, e drogas parassimpatolíticas, como atropina,
inibem-na.
A secreção sudoral écrina é incolor, inodora, hipotônica, composta de
99% de água e solutos encontrados no plasma, além de conter, em
concentrações menores, especialmente sódio, cloretos, potássio, ureia,
proteínas, lipídeos, aminoácidos, cálcio, fósforo e ferro. Em condições adversas
de temperatura, a sudorese pode atingir a produção de 10 a 12 litros em 24
horas.
 Glândulas apócrinas
Fonte: atlasdocorpohumano.com
Por sua própria embriogênese, a partir da invaginação formadora do
folículo piloso, as glândulas apócrinas desembocam, em geral, nos folículos
pilossebáceos, e não diretamente na superfície epidérmica.
As glândulas apócrinas distribuem-se em axila, área perimamilar e região
anogenital e, ainda, modificadamente, no conduto auditivo externo, constituindo
as glândulas ceruminosas; nas pálpebras, formando as glândulas de Moll; e, na
mama, constituindo as glândulas mamárias.
As glândulas apócrinas são tubulares e compostas de uma porção
secretora e uma porção ductal. A luz da porção secretora das glândulas
apócrinas é ampla, cerca de 200 vezes a das glândulas écrinas e, como estas,
também apresenta células mioepiteliais.
A porção ductal
É composta de duas camadas de células epiteliais, não dispondo, porém,
de cutícula eosinófila, como ocorre com as glândulas sudoríparas écrinas. As
glândulas apócrinas secretam pequenas quantidades de secreção de aspecto
leitoso, a intervalos longos de tempo.
A secreção apócrina
Contém proteínas, açúcares, amônia, ácidos graxos e, às vezes,
cromógenos, como o indozil, podendo-se explicar, desse modo, certos casos de
cromidrose.
Admite-se que o odor produzido pela secreção apócrina decorre da ação
de bactérias, próprias das regiões topográficas povoadas pelas glândulas
sebáceas, sobre as secreções, resultando em produtos secundários odoríferos.
O verdadeiro significado funcional da secreção apócrina no homem é
desconhecido, admitindo-se que represente alguma função sexual vestigial,
desde que surge apenas na puberdade.
5.2 Aparelho pilossebáceo
Fonte: www.ebah.com.br
 Glândulas sebáceas
Fonte: mundoeducacao.bol.uol.com.br
As glândulas sebáceas estão presentes em toda a pele, à exceção das
regiões palmoplantares. Desembocam sempre no folículo pilossebáceo, com ou
sem pelo. O tamanho das glândulas sebáceas é, em geral, inversamente
proporcional às dimensões do pelo presente no folículo correspondente. Assim,
as maiores glândulas sebáceas são encontradas nas regiões onde o sistema
piloso é menos desenvolvido, por exemplo, fronte e nariz.
Excepcionalmente, as glândulas sebáceas localizam-se
heterotopicamente na mucosa bucal e no lábio, constituindo os chamados
grânulos de Fordyce.
Fonte: twgram.me
As glândulas sebáceas são compostas de vários lóbulos; cada um deles
apresenta, perifericamente, uma camada de células cúbicas basófilas, as células
germinativas, e, centralmente, células de abundante citoplasma com uma
delicada rede de malhas repleta de gordura, na qual predominam os glicerídeos
neutros e, por esse motivo, não são birrefringentes à polaroscopia.
A secreção das glândulas sebáceas
A secreção é do tipo holócrino e o produto de sua atividade é o sebo
(sebum). Ativadas pelos androgênios, as glândulas sebáceas independem de
estimulação nervosa. Por esse motivo, são moderadamente desenvolvidas no
recém-nascido, por ação dos androgênios maternos, passivamente transferidos.
Fonte: apelequehabitoblog.blogspot.com
Esgotados os androgênios adquiridos passivamente, as glândulas
sebáceas entram em acentuada regressão, somente se desenvolvendo
novamente na puberdade, por ação dos androgênios de origem testicular,
ovariana e suprarrenal.
5.3 Pelos
Fonte: chinelada.com
Os pelos sãs estruturas filiformes, constituídas por células queratinizadas
produzidas pelos folículos pilosos. Existem dois tipos de pelos:
Fetal ou lanugo: é a pilosidade fina e clara, idêntica aos pelos pouco
desenvolvidos do adulto e denominada vellus.
Terminal: corresponde ao pelo espesso e pigmentado, que compreende
os cabelos, a barba, a pilosidade pubiana e axilar.
Os pelos compõem-se de uma parte livre, a haste, e uma porção
intradérmica, a raiz. Anexam-se ao folículo piloso:
 Superiormente: Glândula sebácea
 Inferiormente: músculo eretor do pelo
 E em certas regiões corpóreas, o ducto excretor de uma glândula
apócrina que desemboca no folículo, acima da glândula sebácea.
Fonte: HABIF,2005.
 Folículo piloso
Fonte: sandro.com.br
Compreende as seguintes porções:
O infundíbulo: situado entre o óstio e o ponto de inserção da glândula
sebácea.
O acrotríquio: a porção intraepidérmica do folículo.
O istmo: entre a abertura da glândula sebácea no folículo e o ponto de
inserção do músculo eretor do pelo.
O segmento inferior: a porção restante, situada abaixo do músculo
eretor. Nessa porção mais inferior do folículo piloso, encontra-se uma expansão,
o bulbo piloso.
Fonte: spacobshair.blogspot.com
Bulbo piloso: Contém a matriz do pelo, onde se introduz a papila,
uma pequena estrutura conectiva, ricamente vascularizada e inervada.
De permeio às células matrizes, encontram-se melanócitos ativos. A
maior parte da atividade mitótica do pelo se dá na metade inferior do bulbo.
Fonte: fashionbubbles.com
Bainha radicular interna: compreende a cutícula da bainha, a camada de
Huxley (mais interna) e a camada de Henle (mais externa). Essas camadas, após
sua queratinização completa, desintegram-se ao alcançar o istmo e, neste
mesmo nível, a bainha radicular externa inicia sua queratinização.
A bainha radicular externa alonga-se desde a epiderme até as porções
laterais do bulbo piloso, diminuindo progressivamente de espessura da
superfície até a profundidade. Externamente a essa bainha, dispõe-se uma
membrana delgada homogênea e eosinófila, denominada camada vítrea ou
basal.
Fonte: angelicabeauty.blogspot.com
A haste do pelo propriamente dita é composta pela cutícula externa, pelo
córtex e pela medula, que, no pelo humano, é descontínua ou até ausente, como
no lanugo e no velus.
A camada cortical é composta de queratinócitos fortemente
compactados, enquanto, na medular, os queratinócitos se agregam mais
frouxamente. As células da cutícula do pelo imbricam-se fortemente com a
cutícula da bainha radicular interna, resultando firme adesão do pelo.
O componente principal do pelo é a queratina e participam de sua
estrutura cerca de vinte aminoácidos, sendo particularmente importantes a
cisteína, a arginina e a citrulina, encontrada exclusivamente nos pelos humanos.
Os pela são estruturas muito resistentes, flexíveis e elásticos, alongando-
se 20 a 30% quando secos e até 100% quando embebidos em água. Os pelos
não crescem continuamente, havendo alternâncias de fases de crescimento e
repouso, que constituem o ciclo do pelo.
Ciclo do pelo
FASE DESCRIÇÃO
ANÁGENA (FASE DO
CRESCIMENTO)
 Caracteriza-se por intensa
atividade mitótica da matriz e na
qual o pelo se apresenta na
máxima expressão estrutural.
 Sua duração é de 2 a 5 anos, no
couro cabeludo.
CATÁGENA
 Fase na qual os folículos regridem
a 1/3 de suas dimensões
anteriores.
 Interrompe-se a melanogênese na
matriz e a proliferação celular
diminui até cessar. As células da
porção superior do bulbo
continuam, ainda, sua
diferenciação à haste do pelo, que
fica constituída somente do córtex
e da membrana radicular interna
até que o bulbo se reduza a uma
coluna desorganizada de células.
 A extremidade do pelo assume a
forma de clava, constituindo o pelo
em clava, aderido, ainda, por
retalhos de queratina ao saco
folicular.
 A fase catágena dura cerca de 3 a
4 semanas.
TELÓGENA
 Desprendimento do pelo, que, no
couro cabeludo, tem cerca de três
meses de duração.
 Os folículos mostram-se
completamente quiescentes,
reduzidos à metade ou menos do
tamanho normal e há uma
desvinculação completa entre a
papila dérmica e o pelo em
eliminação.
Fonte: naomaispelo.com.br
Quando se analisa o couro cabeludo, as seguintes proporções entre os
cabelos, nas suas várias fases, são encontradas:
 85% na fase anágena.
 14% na fase telógena.
 1% na fase catágena.
Esses percentuais compõem o tricograma normal do couro cabeludo.
Admitindo-se 100 a 150 mil folículos no couro cabeludo, e, tendo em conta que
cerca de 10% deles estão em fase telógena, por aproximadamente 100 dias,
alguns autores consideram normal a eliminação média de até 100 fios de cabelo
por dia.
Quanto ao crescimento, as médias, por dia, são de 0,4 mm, na região do
vértex, e 0,35 mm, nas têmporas, sendo que os cabelos das mulheres crescem
mais rapidamente.
Os fatores reguladores do ciclo piloso são desconhecidos, admitindo-se a
influência de condições intrínsecas ao folículo e a fatores sistêmicos,
nutricionais, emocionais e, especialmente, hormonais – androgênios em
particular.
Do ponto de vista funcional, os pelos servem como defesa nas áreas
orificiais – narinas, conduto auditivo, olhos – e, no couro cabeludo, atuam
como proteção aos raios ultravioleta.
Nas áreas intertriginosas, reduzem o atrito e, finalmente, por sua
abundante inervação, fazem parte do aparelho sensorial cutâneo. Na
protuberância da bainha externa do pelo, abaixo da inserção da glândula
sebácea, localizam-se as células-tronco epidérmicas, que também se
dispõem em agrupamentos no epitélio interfolicular.
5.4 Unhas
Fonte: auladeanatomia.com
Áreas
intertriginosas: uma
área em duas áreas
da pele que podem
tocar ou esfregar
juntas.
Uma unha tem quatro partes:
 Posterior ou raiz: Localizada sob a dobra da pele.
 Lâmina: Aderente ao leito ungueal na sua porção inferior.
 Dobras laterais: borda livre.
 Raiz ou matriz ungueal: uma área semilunar de células epiteliais
proliferativas, parcialmente vedada pela dobra ungueal posterior e
visível, parcialmente, em área mais clara, chamada lúnula.
A dobra ungueal posterior apresenta um prolongamento da camada
córnea que recobre a porção proximal da unha, a cutícula e, abaixo desta, o
eponíquio, que adere à lâmina ungueal.
Estas estruturas são importantes porque podem ser destacadas das
unhas por processos inflamatórios. Há uma rica rede vascular, dependente de
duas artérias digitais, para a nutrição da matriz ungueal.
A espessura das unhas varia de 0,5 a 0,75 mm. Seu crescimento é de
cerca de 0,1 mm por dia nos quirodáctilos, sendo mais lento nas dos
pododáctilos.
A lâmina ungueal é formada, fundamentalmente, pela matriz ungueal, mas
há participação secundária do leito ungueal nesse processo. O crescimento
ungueal sofre variações individuais e é influenciado por doenças sistêmicas e
fatores locais. Deformidades nas unhas podem, assim, representar lesões da
matriz ungueal que ocorreram até três meses antes das alterações ungueais.
Fonte: cookie.com.br Fonte: pikview.com
6 INERVAÇÃO
Os nervos sensitivos, que sempre são mielinizados, em algumas regiões
corpóreas como palmas, plantas, lábios e genitais, formam órgãos terminais
específicos, os corpúsculos de Vater-Pacini, os corpúsculos táteis de Meissner,
os corpúsculos de Krause, os meniscos de Merkel-Ranvier e os corpúsculos de
Ruffini.
 Corpúsculos de Vater-Pacini: localizam-se, especialmente, nas
regiões palmoplantares e são específicos para a sensibilidade à
pressão.
 Corpúsculos de Meissner: situam-se nas mãos e nos pés,
especialmente nas polpas dos dedos, ao nível da derme papilar.
São específicos para a sensibilidade tátil.
 Corpúsculos de Krause: também chamados órgãos nervosos
terminais-mucocutâneos, pois ocorrem nas áreas de transição
entre pele e mucosas. Encontram-se, portanto, na glande, no
prepúcio, no clitóris, nos lábios vulvares e, em menor quantidade,
no lábio, na língua, nas pálpebras e na pele perianal.
 Meniscos de Merkel-Ranvier: são plexos terminais de nervos de
posição subepidérmica, localizados especialmente nas polpas dos
dedos.
 Corpúsculos de Ruffini: são formados por fibra nervosa que se
ramifica, permeando o colágeno, e relacionam-se à sensibilidade
térmica.
Outra estrutura nervosa com funções táteis é o disco pilar, estrutura
discoide rica em células de Merkel, de localização dermoepidérmica, nas
proximidades de folículos pilosos.
A inervação motora da pele é suprida pelo sistema nervoso autônomo,
cujas fibras, adrenérgicas, provocam contração das células musculares lisas das
paredes arteriolares (vasoconstrição), contraem o músculo eretor dos pelos,
ativam o corpúsculo glômico e as células mioepiteliais das glândulas apócrinas.
É importante salientar que as glândulas écrinas são inervadas por fibras
simpáticas, porém colinérgicas, o que é excepcional, uma vez que, via de regra,
as fibras simpáticas são adrenérgicas. Esse fato explica a sudorese pela
pilocarpina, droga parassimpatomimética, que estimula diretamente os efetores
colinérgicos da glândula sudorípara.
As glândulas apócrinas reagem a estímulo simpático e não
parassimpático, uma vez que são inervadas por fibras adrenérgicas, controladas
por centros simpáticos do sistema nervoso central.
7 BIOQUIMICA DOS ANEXOS CUTÂNEOS
Fonte: sobiologia.com.br
Pelos: Constituído por células queratinizadas (implantadas profundamente na
derme); Glândulas Sebáceas (unidade pilo-sebácea).
Glândulas Sudoríparas: são divididas em apócrinas e écrinas.
Écrinas: Presente nas superfícies (palma e planta dos pés). Regula equilíbrio
corporal térmico.
Apócrinas: Axilas, zona perigenital (controle hormonal).
7.1 Composição aproximada da secreção de glândulas sudoríparas:
Aminoácidos: 40,0% Glicosamina: 1,5%
Lactatos: 12,0% Fosfatos e cloretos: 18,5%
Uréia: 7,0% Açúcares: 8,0%
Amônia: 1,5% Peptídeos: 8,0%
Ac úrico: 1,5% Outros: 8,0%
Creatinina: 1,5%
7.2 Glândulas sebáceas
Flexibilidade, camada lubrificante para os pêlos e a pele.
Formações anexas ao folículo piloso;
Secretam o sebo que juntamente com a secreção sudoral lubrificam a pele;
Distribuídas por todo o corpo;
Exceção (palmas, planta dos pés, lábio inferior);
Parte média da derme, envolta de vasos sanguíneos (sem inervação);
São glândulas holócrinas (secreção se forma por desintegração total de suas
células).
 Composição aproximada da secreção sebácea humana:
Ácidos graxos livres: 28% - 30% Ésteres: 4 - 5%
Triglicérides: 25% - 32% Esqualeno: 4 - 5%
Ceras: 14% - 25% Outros hidrocarbonetos: 8 - 14 %
Colesterol: 4% – 5% Esteróides: 9 - 10 %
 Manto hidrolipídico da superfície cutânea:
- Triglicérides
- Colesterol
- Ceras
- Traços de fosfolipídeos.
 Fatores que influenciam no controle da secreção e excreção sebácea
-Fricções repetidas;
-Temperatura cutânea;
-Restrição calórica;
-Idade;
-Hormônios;
-Influência neurológica.
7.3 Unhas
Função protetora. São células queratinizadas constituídas de formações
epidérmicas córneas (dorso da 3ª falange dos dedos). Inicia-se na 20° semana.
 Composição química: rica em Co, Mn, Zn, Fe e Ca, fosfolipídios.
 Dureza: alto teor de enxofre
 Funções: Proteção da porção distal, facilitando movimentos finos,
capacitando a apreensão de pequenos objetos.
 Crescimento mais rápido: durante o dia, gravidez, mão direita, jovens,
unhas das mãos, 2°, 3° e 4° dedos, homens, psoríase, hipertireoídismo.
 Crescimento mais lento: à noite, recém-nascidos, mão esquerda,
idosos, unhas dos pés, inverno, polegar e 5° dedo, mulheres, imobilização
dos dedos, hipotireoidismo, desnutrição.
8 QUERATINIZAÇÃO
Fonte: ebah.com.br
- Processo no qual se formam as proteínas características do pêlo, unhas
e da epiderme;
- Oxidação (2 moléculas de cisteína) forma 1 molécula de cistina;
- Queratina (principal componente da capa córnea).
9 MECANISMOS QUE CONTROLAM A HIDRATAÇÃO E LUBRIFICAÇÃO
CUTÂNEA
- Flexibilidade e textura cutânea (grau de hidratação da capa córnea da
epiderme);
- Umidade ambiente baixa (capa córnea perde água);
- Umidade ambiente alta (capa córnea absorve água);
- Lipídeos (propriedades protetoras e amolecedoras);
- Lipídeos e suor (emulsão).
 Mecanismo de Umectação da Capa Córnea
- Manto lipídico da superfície cutânea (deduz-se que ele esteja em estado
de emulsão);
- A pele (funções fisiológicas) requer lipídeos e umectação;
- Quando se dissolvem os constituintes presentes na epiderme (fatores de
umectação natural - NMF) ocorre perda da flexibilidade cutânea.
 Composição dos NMF (Fator natural de umectação da pele)
- Aminoácidos Livres (glicina, serina, alanina, asparagina, ornitina,
citrulina, prolina, outros);
- Ácido pirrolidônico carboxílico;
- Uréia;
- Lactatos (sais sódico);
- Ácido Lático, glicosamina;
-Sódio; Potássio; Cálcio; Fosfatos; Cloretos; Citratos.
BIBLIOGRAFIA
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Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatologia. Fisiologia. On-line. Disponível
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Dermatopatologia. Histologia. On-line. Disponível em:
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KEDE, M.P.V.; SABATOVICH, O. (eds.). Dermatologia estética. 2.ed.rev.ampl.
São Paulo: Atheneu, 2009, p.3-7; 23-43
RIBEIRO, C. Cosmetologia. 2.ed. São Paulo: Pharmabooks Editora, 2010, p.
17-30; 78-94; 333-336.
SBD. Fototipos de pele. Disponível em
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SBD. Envelhecimento. Disponível em:
http://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-
problemas/envelhecimento/4/. Acesso em: 21 set.2018.
Azulay RD, Azulay DR. Dermatologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2006.
FARINATTI, P. D. T. V. Teorias biológicas do envelhecimento: do genético
ao estocástico. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 8, p. 129-138,
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  • 1.
  • 2. SUMÁRIO 1 ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE................................................ 4 1.1 Embriologia da pele..................................................................... 5 1.2 Funções da pele.......................................................................... 6 1.3 Camadas da pele ...................................................................... 10 2 FISIOLOGIA DA PELE Á PARTIR DE SUAS FUNÇÕES................ 24 2.1 Proteção física........................................................................... 24 2.2 Como órgão imunitário .............................................................. 25 2.3 Funções metabólicas................................................................. 25 2.4 Como órgão dos sentidos.......................................................... 25 2.5 Regulação da temperatura corporal .......................................... 25 3 FISIOLOGIA E TIPOS DE PELE. .................................................... 26 3.1 Tipos de pele mais comuns....................................................... 27 4 BIOQUÍMICA DA PELE ................................................................... 28 4.1 Composição química das camadas da pele.............................. 29 4.2 Microbiota cutânea normal ........................................................ 32 5 ANEXOS CUTÂNEOS ..................................................................... 32 5.1 Estruturas dos anexos cutâneos ............................................... 33 5.2 Aparelho pilossebáceo .............................................................. 37 5.3 Pelos ......................................................................................... 39 5.4 Unhas........................................................................................ 46 6 INERVAÇÃO.................................................................................... 48 7 BIOQUIMICA DOS ANEXOS CUTÂNEOS...................................... 49 7.1 Composição aproximada da secreção de glândulas sudoríparas: 50 7.2 Glândulas sebáceas.................................................................. 50
  • 3. 7.3 Unhas........................................................................................ 51 8 QUERATINIZAÇÃO ......................................................................... 51 9 MECANISMOS QUE CONTROLAM A HIDRATAÇÃO E LUBRIFICAÇÃO CUTÂNEA............................................................................. 52 BIBLIOGRAFIA...................................................................................... 53
  • 4. 1 ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE Fonte: pt.depositphotos.com A pele ou cútis é o manto de revestimento do organismo, indispensável à vida e que isola os componentes orgânicos do meio exterior. Embora a pele desempenhe diversas funções vitais de comunicação e controle que garantem a homeostase do organismo, por muitos anos este órgão foi considerado apenas uma barreira contra agentes externos. A pele representa mais de 15% do peso corpóreo. Toda a sua superfície é constituída por sulcos e saliências, particularmente acentuadas nas regiões palmoplantares e nas extremidades dos dedos, onde sua disposição é absolutamente individual e peculiar, permitindo não somente sua utilização na identificação dos indivíduos por meio da datiloscopia, como também a diagnose de enfermidades genéticas, pelas impressões palmoplantares, os chamados dermatóglifos. A terminologia tecido é interpretada equivocadamente, como sinônimo de pele ou tegumento, com frequência. Tecido é o agrupamento de células semelhantes, que executam funções específicas e em comum, e podem ser divididos em tecido epitelial, tecido conjuntivo, tecido muscular e tecido nervoso.
  • 5. Pele ou tegumento, por sua vez é um órgão, composto por um agregado de tecidos, que funcionam em conjunto. A epiderme e a derme constituem as principais camadas tegumentares, além das estruturas anexas (unhas, pelos e glândulas), que auxiliam no exercício de suas funções. Estes componentes formam o sistema tegumentar. 1.1 Embriologia da pele Fonte: pt.slideshare.net Embriologicamente, a pele deriva dos folhetos ectodérmicos e mesodérmicos. As estruturas epiteliais, a epiderme, os folículos pilossebáceos, as glândulas apócrinas e écrinas e as unhas derivam do ectoderma. Os nervos e os melanócitos originam-se do neuroectoderma, já as fibras colágenas e elásticas, os vasos sanguíneos, os músculos e o tecido adiposo provêm do mesoderma. No embrião de três semanas, a epiderme é constituída por uma única camada de células, morfologicamente indiferenciadas, cuja reprodução resulta em aumento do número de camadas e na formação dos anexos cutâneos. Além disso, ocorre invasão dessa estrutura por células originadas da crista neural, os melanócitos, que originarão o sistema pigmentar da pele. O
  • 6. início da formação do aparelho pilossebáceo ocorre na 9ª semana de vida embrionária. As glândulas sudoríparas écrinas formam-se, inicialmente, nas regiões palmoplantares, em torno da 14ª semana do embrião. A derme e o tecido subcutâneo iniciam-se por um material mixomatoso desprovido de fibras. As primeiras estruturas fibrilares surgem do segundo ao quarto mês de vida fetal. Os primeiros vasos sanguíneos aparecem em torno do terceiro mês e as primeiras estruturas nervosas, a partir da 5a semana de vida fetal. Quanto aos melanócitos, são evidenciáveis na epiderme em torno da 11a semana do desenvolvimento embrionário, tornando-se numerosos entre a 12a e a 14a semanas. Os precursores dos melanócitos denominam-se melanoblastos e derivam da crista neural. Em relação às unhas, os primeiros elementos da matriz ungueal são detectados no dorso dos dedos do embrião por ocasião da 10a semana de vida. 1.2 Funções da pele Graças à arquitetura e às propriedades físicas, químicas e biológicas de suas várias estruturas, a pele, como membrana envolvente e isolante, é um órgão que pode executar múltiplas funções. Função Descrição Proteção Constitui a barreira de proteção à penetração de agentes externos de qualquer natureza e, ao mesmo tempo, impede perdas de água, eletrólitos e outras substâncias do meio interno Proteção imunológica A pele, graças à presença de células imunologicamente ativas, é um órgão de grande atividade imunológica, onde atuam intensamente os componentes da imunidade humoral e celular. Termo regulação Graças à sudorese, constrição e dilatação da rede vascular cutânea, a pele processa o
  • 7. controle homeostático da temperatura orgânica. Percepção Por meio da complexa e especializada rede nervosa cutânea, a pele é o órgão receptor sensitivo do calor, do frio, da dor e do tato. Secreção  A secreção sebácea é importante para a manutenção eutrófica (manutenção de uma nutrição adequada) da própria pele, particularmente da camada córnea, evitando a perda de água.  Além disso, o sebo tem propriedades antimicrobianas e contém substâncias precursoras da vitamina D.  Quanto às glândulas sudoríparas, a eliminação de restos metabólicos não tem valor como função excretora. Essas funções gerais da pele dependerão da participação de seus vários componentes por meio de suas propriedades, ainda incompletamente conhecidas. Assim, na função protetora da pele, a camada córnea tem importância relevante, constituindo-se em interfase entre o organismo e o meio ambiente, graças às suas várias propriedades:  Impermeabilidade relativa à água e eletrólitos: ao evitar perdas hídricas e eletrolíticas, bem como ao limitar a penetração de substâncias exógenas.  Resistência relativa a agentes danosos corrosivos: alta impedância elétrica (resistência elétrica), que restringe a passagem de corrente elétrica pela pele.  Superfície relativamente seca: retarda a proliferação de microrganismos.  Quimicamente: representa uma membrana limitadora à passagem de moléculas.
  • 8.  Outra função da pele: termoregulação Quanto à termorregulação, é exercida, fundamentalmente, pelos sistemas vascular e sudoríparo da pele. Como interface entre o organismo e o meio externo, a pele desempenha um papel passivo nas trocas calóricas, mas, por meio das unidades sudoríparas écrinas e da rede vascular cutânea, interfere de modo ativo na regulação térmica. As glândulas sudoríparas fornecem o revestimento cutâneo de água que, por evaporação, esfria a superfície corpórea, e, os vasos sanguíneos, pela dilatação ou constrição, ampliam ou diminuem o fluxo sanguíneo periférico, permitindo maior ou menor dissipação calórica. Um aumento de 0,5°C na temperatura corpórea determina impulsos hipotalâmicos que, por meio das fibras colinérgicas do sistema nervoso simpático, estimulam as glândulas sudoríparas écrinas de todo o corpo. O aquecimento regional da pele promove também sudorese local, admitindo-se, nesse caso, ação térmica direta sobre a glândula sudorípara, sem participação hipotalâmica. Outra função da pele: secreção Em relação às funções secretoras da pele, os produtos metabólicos eliminados pela sudorese não têm qualquer importância como função excretora. Quanto às glândulas sebáceas, seu desenvolvimento e atividade dependem, essencialmente, de fatores humorais, particularmente androgênios. O produto da secreção das glândulas sebáceas, o sebo, constitui, com os lipídeos da queratinização, o filme lipídico da superfície cutânea. Esse complexo de lipídeos é composto por: - Triglicerídeo - Diglicerídeo - Ácidos graxos - Ésteres - Esqualeno - Esteróis No sebo recém-secretado, não existem ácidos graxos livres, os quais surgem intrafolicularmente por ação de lipases bacterianas. O verdadeiro significado fisiológico do sebo permanece ainda desconhecido no homem. Nos animais, promovendo aderência dos pelos, é um fator a mais no isolamento
  • 9. térmico, além do que, pelas suas propriedades odoríferas, exerce função de atração sexual. Tais funções são irrelevantes no homem, mas outras têm sido atribuídas ao sebo, embora não existam provas da importância desses mecanismos na homeostase humana:  Barreira de proteção;  Emulsificação de substâncias;  Atividade antimicrobiana, antibacteriana e antifúngica;  Precursor da vitamina D. As secreções sebáceas e sudorais constituem as fases adiposa e oleosa da emulsão que recobre a superfície cutânea. O pH médio normal da pele situa- se entre 5,4 e 5,6, com variações topográficas. Já áreas intertriginosas apresentam pH maior que o habitual. Entre as secreções da superfície cutânea, existe, no recém-nascido, o chamado “vérnix caseoso”, que é constituído por secreção sebácea, células epiteliais descamadas e lanugo desprendido da superfície corpórea. Sua principal função é a lubrificação da superfície corpórea do feto, para facilitar sua passagem por meio do canal do parto, o que explicaria seu desaparecimento após o nascimento, por não mais ser necessária a função a que se destina. Além das suas funções vitais, as propriedades físico-químico- biológicas da pele permitem, pela capacidade de absorção dela, a administração percutânea de medicamentos, um processo que se dá por: Orifícios adanexiais Permitem a passagem de substâncias de baixo coeficiente de permeabilidade e de moléculas grandes. Espaços intercelulares da camada córnea Via de penetração de água e álcoois de peso molecular baixo. Células corneificadas (diretamente) Quando ocorrem aumento da hidratação da pele, aumento da temperatura cutânea e exposição a solventes de lipídeos. Áreas intertriginosas: é um termo usado para definir uma área existente entre duas áreas da pele, que podem tocar e causar atrito entre si. Exemplos : axila , fossas nasais região anogenital.
  • 10. 1.3 Camadas da pele Fonte: peleemdia.com.br  Epiderme A epiderme é avascular, formada por epitélio estratificado, disposto em quatro ou cinco camadas, que se ligam firmemente umas nas outras. Fina, porém resistente, sua espessura varia entre 0,007 a 0,12 mm. Com exceção das camadas mais profundas, é constituída por células mortas. É a camada externa, que vemos quando olhamos no espelho. Tem como principal função a proteção do organismo. Como impede a entrada de microrganismos, e se regenera, podemos comparar a epiderme a uma armadura biológica de nosso corpo. A camada mais profunda da epiderme é o estrato basal, que produz constantemente novas células pela divisão celular. Essas são também responsáveis pela constante regeneração de nossa pele, por meio de novas células sendo empurradas gradualmente para cima, em direção à superfície, levando em torno de sete dias para alcançar esse ponto e, desse modo, se tornando parte da proteção externa do corpo.
  • 11. Fonte: VAN DE GRAAFF, K. M. Anatomia Humana. Barueri: Manole, 2003.  Camadas da Epiderme Camada Basal (ou germinativa): É formada por uma única camada de células-tronco, que pode apresentar formato colunar ou cuboide. e passa por mitose certas vezes com uma das células resultantes contribuindo para o estrato remanescente da epiderme. Estas células estão envolvidas numa produção inicial de tonofilamentos, e alguns dos tonofilamentos estão ligados aos hemidesmossomas que fixam a base da epiderme na derme. Os tonofilamentos formados não estão apenas ligados aos diversos dermossomas que compõem a estrutura de fixação primária de uma célula na outra na epiderme, eles também originam corpos de pré-queratina ou placas que amadurecem na queratina das células de outros estratos. A camada basal é a camada mais profunda da epiderme que faz contato direto com a derme. É formada por uma única fileira de células prismáticas, onde ocorre intensa divisão celular, ou seja, à medida que se multiplicam, as novas vão empurrando as mais antigas em direção à superfície, de modo a que estas passem a pertencer a outras camadas. Nesse processo as células partem da camada basal e vão sendo deslocadas para a periferia até a camada córnea, num período de 21 a 28 dias.
  • 12. Único estrato de células, em contato direto com a derme, que possui quatro diferentes espécies de células: Fonte: br.pinterest.com Queratinócitos: Os queratinócitos, também conhecidos como ceratinócitos, são as células mais numerosas da epiderme. São células de origem ectodérmica que realizam a produção de queratina. Os queratinócitos são formados na camada mais profunda da epiderme a partir de células cilíndricas que sofrem contínua atividade mitótica. Quando formadas, estas células são empurradas sucessivamente para camadas mais superficiais em decorrência da produção de novas células. À medida que ganham camadas superiores, as células sintetizam queratina no seu citoplasma. Para que um queratinócito da camada basal atinja a camada córnea, são necessários 21 a 28 dias, e para que esta mesma célula se desprenda da camada córnea, são necessários mais 15 dias  Produtores da queratina, proteína responsável pelo fortalecimento e impermeabilidade da pele.  Mais numerosas na epiderme, sofrem processo de queratinizarão.  Descamam na superfície da epiderme.  Precisam ser renovadas através da atividade mitótica (camada basal).
  • 13.  As células novas são empurradas para a superfície (acumulam filamentos de queratina).  As células morrem e são descamadas por volta de 20 a 30 dias. Fonte: anatpat.unicamp.br Melanócitos: Os melanócitos são células arredondadas localizadas principalmente na camada basal da epiderme, responsáveis pela produção de melanina, um dos pigmentos que determinam a coloração da pele. Os melanócitos são originados a partir das cristas neurais, que migram de seus locais originais para a epiderme, onde se interpõem por entre os queratinócitos basais. Ao contrário dos queratinócitos, os melanócitos não se multiplicam. A cor da pele resulta de múltiplos fatores, e os mais importantes são o conteúdo de melanina e de caroteno, a quantidade de capilares na derme e a cor do sangue que corre nesses capilares. A quantidade de melanócitos não varia em relação às raças, portanto, as diferenças raciais de pigmentação não dependem do número, mas sim da capacidade funcional dos melanócitos.
  • 14.  Células situadas nas camadas basal e espinhosa, células com formato circulares a colunares.  Produtores de melanina, pigmento que ao ser fagocitado pelos queratinócitos atribuem cor à pele, além de proteger as células contra os raios solares.  A tirosinase produzida pelo REG (Retículo Endoplasmático Granular) é acumulada em grânulos chamados melanossomos, onde ela se converte em melanina.  Tirosinase ativada pela luz UV. Células de Merkel As células de Merkel são consideradas mediadoras da sensação do tato. Estas células são encontradas em regiões da pele sem pelos, como extremidades distais dos dedos, lábios, gengivas e também na bainha externa do folículo piloso. As células de Merkel possuem forma alargada contendo grânulos neurossecretores no citoplasma, localizam-se isoladamente um pouco acima da camada basal da epiderme. Da mesma forma que os melanócitos, as células de Merkel são originadas das cristas neurais e se localizam entre os queratinócitos da camada basal.
  • 15. Fonte: dermatologiarosario.com.ar Células de Langerhans: As células de Langerhans são células de origem mesodérmicas, muito ramificadas, que exercem um importante papel protetor na pele. Podem ser encontradas em qualquer camada da epiderme, porém, são mais frequentes na camada espinhosa. Possuem grande capacidade fagocitária e ativação de linfócitos T, atuam na indução de rejeição aos enxertos e reações imunológicas do tipo hipersensibilidade retardadas. Com exceção das células de Langerhans, as células desta camada sofrem mitose constantemente, para repor as células mortas da epiderme. Fonte: dermatopatologiaparainiciantes.blogspot.com
  • 16. Camada Espinhosa: Localizada acima da camada basal e formada por várias camadas, é composta por queratinócitos em formatos de poliedros, que se unem através de desmossomos, filamentos semelhantes a espinhos. No espaço entre as células, há o glicocálix, substância que serve de meio condutor de substâncias hidrossolúveis do meio externo para o interno. As células com desmossomos e prolongamentos, ajudam a mantê-las bem unidas, o que lhes confere aparência espinhosa. As células de Langerhans se encontram espalhadas pela camada e ajudam a detectar agentes invasores, enviando alerta ao sistema imunológico para defender o corpo. Fonte: www.infoescola.com Camada Granulosa: Composta por poucas camadas de células achatadas, que possuem grânulos contendo queratomalina, precursora da queratina, e grânulos lamelares, que impermeabilizam as células, como prevenção à perda de água. Célula de Paget: São células epiteliais glandulares neoplásicas.
  • 17. Fonte: pt.slideshare.net Camada Córnea: Composta por células com núcleos bem reduzidos ou anucleadas. Possui em torno de 30 estratos de células achatadas e mortas, semelhantes a escamas. A queratinização ou cornificação é o processo que transforma os queratinócitos em células córneas, achatadas e secas. Este processo é importante para a função protetora da pele. Em média, este processo dura de 26 a 28 dias, após, as células mortas se desprendem e esfoliam, para que células novas das camadas mais profundas as substituam. Assim, a pele encontra-se em constante renovação. Fonte: dermatopatologiaparainiciantes
  • 18. Camada Lúcida: A camada lúcida é constituída por uma fina camada de células achatadas, cujos núcleos celulares apresentam sinais de degeneração e existem poucas organelas citoplasmáticas. Estas células estão parcialmente preenchidas por queratina e sobre elas existe uma cobertura glicolipídica que, juntamente com a queratina, torna a membrana plasmática impermeável a fluidos. Nem todas as regiões do corpo possuem esta camada que existe mais comumente nas regiões palmoplantares. Fonte: equalisveterinaria.com.br  Derme Fonte: coladaweb.com
  • 19. A derme é a segunda camada da pele, mais profunda e espessa é vascularizada, constituída principalmente por tecido conjuntivo, como o colágeno e as fibras elásticas. Tais substâncias presentes na composição da derme tornam a pele resistente e elástica. Além disso, as fibras elásticas e o colágeno são organizados em padrões definidos no interior da derme, de maneira a produzir linhas de tensão na pele, garantindo seus tônus. Entre a epiderme e a derme, há uma área de transição, denominada membrana basal, que as une firmemente. Os hemossideromas localizados inferiormente nos queratinócitos e melanócitos permitem que a membrana se fixe à epiderme, enquanto sua face inferior se fixa à derme através das fibrilas de ancoragem da derme papilar. A derme se subdivide em duas camadas, uma mais superficial, a camada papilar e uma mais profunda, a camada reticular.  Camadas da derme Camada papilar: Ocupa cerca de um quinto da derme, e apresenta projeções, as papilas, que vão em direção à epiderme. Ela fica em contato com a epiderme, e é formada por tecido conjuntivo frouxo Fonte: pt.slideshare.net
  • 20. Camada reticular: Constituída por tecido conjuntivo denso não modelado, possuindo, portanto, grande quantidade de fibras, que se dispõem de forma mais densa. Isto confere a capacidade de distensão à pele. Fonte: slideplayer.com.br Diferente da epiderme, a derme é vascularizada. Esta rede vascular supre a camada viva da epiderme, a camada basal que está em constante processo de mitose, e estruturas como os folículos pilosos e glândulas. Na derme também está presente a inervação da pele, composta por nervos e terminações nervosas, que conferem à pele a sensibilidade a pressão, temperatura, prurido, dor e tato. O sistema nervoso autônomo é responsável pela inervação motora da derme, e age nos músculos eretores do pêlo e contraem as células do músculo liso dos vasos. Também, atua na manutenção e regulação da temperatura corporal e pressão arterial. Através da inervação da pele, ocorre a vasoconstricção, que impede a circulação do sangue nas arteríolas próximas à superfície, de forma a dificultar a perda de calor; ou a vasodilatação, que permite a livre circulação sanguínea na derme. Ainda com a finalidade de regular a temperatura, estruturas denominadas glomos, estão presentes nas pontas dos dedos, região central da
  • 21. face e orelhas. Estas estruturas são anastomoses entre vênulas e arteríolas, que se contraem para regular o fluxo periférico do sangue.  Estrutura da derme A derme compreende um verdadeiro gel, rico em mucopolissacarídeos (a substância fundamental) e material fibrilar de três tipos: fibras colágenas; fibras elásticas; e fibras reticulares. De espessura variável ao longo do organismo, desde 1 até 4 mm, a derme compõe-se de três porções – a papilar, a perianexial e a reticular: Derme papilar – constitui uma camada pouco espessa de fibras colágenas finas, fibras elásticas, numerosos fibroblastos e abundante substância fundamental, formando as papilas dérmicas, que se amoldam aos cones epiteliais da epiderme. Derme perianexial – estruturalmente idêntica à derme papilar, dispõe-se, porém, em torno dos anexos. Compõe, com a derme papilar, a unidade anatômica denominada derme adventicial. Derme reticular – compreende o restante da derme, sendo sua porção mais espessa, que se estende até o subcutâneo. É composta por feixes colágenos mais espessos, dispostos, em sua maior parte, paralelamente à epiderme. Há, proporcionalmente, menor quantidade de fibroblastos e de substância fundamental em relação à derme adventicial.
  • 22. Fonte: angelicabeauty.blogspot.com A substância fundamental é composta, essencialmente, por mucopolissacarídeos, dos quais os hialuronidatos e condroitinsulfatos são os mais importantes. Esse gel viscoso participa na resistência mecânica da pele às compressões e aos estiramentos.  Fibras colágenas: compreendem 95% do tecido conectivo da derme. O colágeno da derme é composto por tipos diferentes de fibras – do tipo I até o tipo XIII.  Fibras elásticas: são microfibrilas que, na derme papilar, orientam-se perpendicularmente à epiderme; e, na derme reticular, mostram-se mais espessas e dispostas paralelamente à epiderme. É peculiar à espécie humana a grande quantidade de fibras elásticas na pele. O sistema elástico da pele compreende os seguintes tipos de fibras elásticas: Tipos de fibra Descrição Fibras oxitalânicas São as mais superficiais e dispõem-se perpendicularmente à junção dermoepidérmica, estendendo-se até o limite entre a derme papilar e a reticular.
  • 23. Fibras eulaunínicas Ocupam posição intermediária na derme, conectando as fibras oxitalânicas da derme superficial com as fibras elásticas da derme reticular. Fibras elásticas maduras Contêm cerca de 90% de elastina e ocupam a derme reticular. As fibras elásticas mais superficiais estão envolvidas na ligação entre epiderme e derme e as mais profundas, pelo seu maior teor de elastina, na absorção dos choques e das distensões que se produzem na pele. A derme aloja as estruturas anexiais da pele, as glândulas sudoríparas écrinas e apócrinas, os folículos pilossebáceos e o músculo eretor do pelo. Nela, encontram-se, ainda, suas células próprias, fibroblastos, histiócitos, mastócitos, células mesenquimais indiferenciadas e as células de origem sanguínea, leucócitos e plasmócitos. Em quantidades variáveis, também apresenta vasos sanguíneos, linfáticos e estruturas nervosas  Hipoderme A hipoderme é uma tela subcutânea, que une a derme aos tecidos e órgãos subjacentes. Apesar de sua estreita relação funcional com a pele, não é considerada parte constituinte da pele/sistema tegumentar. Composta por células adiposas, age como isolante térmico, e reserva calórica. Em determinadas regiões do corpo, protege contra traumas, atuando como amortecedor. A quantidade de tecido adiposo na camada da hipoderme pode variar, dependendo da região do corpo, da idade e sexo.
  • 24. Fonte: sogab.com.br 2 FISIOLOGIA DA PELE Á PARTIR DE SUAS FUNÇÕES A pele é um órgão muito mais complexo do que aparenta. A sua função principal é a proteção do organismo das ameaças externas físicas. No entanto, ela tem também funções imunitárias. É o principal órgão da regulação do calor, protegendo contra a desidratação. Tem também funções nervosas, constituindo o sentido do tato e metabólicas, como a produção da vitamina D. 2.1 Proteção física A epiderme secreta proteínas e lipídeos (a principal proteína é a queratina) que protegem contra a invasão por parasitas e a injúria mecânica e o atrito. Também é fundamental o tecido conjuntivo da derme, no qual os fibrócitos depositam proteínas fibrilares com propriedades de resistência à tração e elasticidade, como o colágeno e a elastina. A melanina produzida pelos seus melanócitos protege contra a radiação, principalmente UV. Sua quantidade aumentada produz o bronzeamento da pele.
  • 25. 2.2 Como órgão imunitário A pele é um órgão importante do sistema imunitário. Ela abriga diversos tipos de leucócitos. Há linfócitos que regulam a resposta imunitária e desenvolvem respostas específicas; células apresentadoras de antígeno (células de Langerhans) que recolhem moléculas estranhas (possíveis invasores) que levam para os gânglios linfáticos onde as apresentam aos linfócitos CD4+; mastócitos envolvidos em reações alérgicas e luta contra parasitas 2.3 Funções metabólicas As funções metabólicas da pele são importantes. É lá que é fabricada, numa reação dependente da luz solar, a vitamina D, uma vitamina essencial para o metabolismo do cálcio e, portanto, na formação/manutenção saudável dos ossos. 2.4 Como órgão dos sentidos Finalmente, a pele também é um órgão sensorial, constituindo o sentido do tato. Ela apresenta numerosas terminações nervosas, algumas livres, outras com comunicação com órgãos sensoriais especializados, como células de Merckel, folículos pilosos. A pele tem capacidade de detectar sinais que criam as percepções da temperatura, movimento, pressão e dor. É um órgão importante na função sexual. 2.5 Regulação da temperatura corporal A pele também é o principal órgão da regulação da temperatura corporal através de diversos mecanismos: – Os vasos sanguíneos subcutâneos contraem-se com o frio e dilatam-se com o calor, de modo a minimizar ou maximizar as perdas de calor.
  • 26. – Os folículos pilosos têm músculos que produzem a sua ereção com o frio (pele de galinha”), aprisionando bolhas de ar estático junto à pele que retarda as trocas de calor um mecanismo mais eficaz nos nossos antepassados mais peludos. – As glândulas sudoríparas secretam líquido aquoso cuja evaporação diminui a temperatura superficial do corpo. – A presença de tecido adiposo (gordura) subcutâneo protege contra o frio uma vez que a gordura é má condutora de calor. 3 FISIOLOGIA E TIPOS DE PELE. Fonte: isic.net.br Apesar de todas as peles parecerem semelhantes do ponto de vista anatômico, funcional e bioquímico, existem grandes variações entre elas. Os principais fatores determinantes do tipo de pele são: A quantidade de água: que influencia a elasticidade A quantidade de lipídeos: que influencia a nutrição e a suavidade O nível de sensibilidade (que influencia a resistência da pele).
  • 27. 3.1 Tipos de pele mais comuns Pele normal ou eudérmica: tem superfície lisa, flexível, lubrificada e umedecida, apresenta poros pouco visíveis e aspecto rosado. Há um equilíbrio entre o conteúdo hídrico e o conteúdo lipídico, que resulta em uma pele sem imperfeições e com um nível adequado de sensibilidade. Nesse tipo de pele, o aparecimento de rugas é variável e estas são mais intensas na região dos olhos. Pele seca ou alípica: devido a fatores genéticos, hormonais ou ambientais, como vento ou radiação solar, esse tipo de pele apresenta secreção sebácea insuficiente, tem poros praticamente invisíveis e nenhuma luminosidade, além de a pele ser áspera e sem flexibilidade. É uma pele sensível e, não raro, apresenta manchas avermelhadas. Tem maior tendência ao aparecimento de rugas. Uma pele extremamente seca pode descamar, principalmente nas costas da mão e no lado exterior dos braços, dos antebraços e das pernas. Pele oleosa ou graxa: por causa do aumento da secreção sebácea, esse tipo de pele apresenta aspecto lustroso ou engordurado, poros dilatados, textura mais espessa e tendência a formar acnes e comedões. A oleosidade é variável, sendo causada pela hiperatividade das glândulas sebáceas, que produzem mais sebo do que o necessário em decorrência de fatores hormonais (puberdade e alterações hormonais) ou externos, como estresse, o uso de determinados medicamentos e exposição ao calor ou à umidade excessiva. Apresenta menor tendência ao aparecimento de rugas e de linhas de expressão Pele mista: é uma combinação de pele oleosa na zona central do rosto e pele seca nas bochechas. Apresenta normalmente poros dilatados no nariz, na testa e no mento, tendo uma oleosidade mais intensa com tendência a formar cravos nessa área (zona T). Na região das bochechas, há pele normal ou seca, com aparecimento de rugas variável. Pele sensível: Tem pouca oleosidade e, por isso, adquire aparência áspera e com tendência à formação de rugas. Outra característica da pele sensível é a irritabilidade: elas são muito sensíveis às mudanças climáticas e ao uso de cosméticos. Normalmente, desenvolvem vermelhidão, ardor, prurido e manchas além de também serem muito propensas à descamação.
  • 28. De um modo geral as peles claras têm mais tendência a apresentar sensibilidade. 4 BIOQUÍMICA DA PELE O elemento mais importante da composição química da pele é a água, com um valor de cerca de 70%, que se distribui diferentemente nas diversas camadas da pele, sendo a hipoderme a mais hidratada. As substâncias de natureza proteica representam 27,5% dos constituintes químicos da pele, com: Aminoácidos: -Cistina - Desmosina -Hidroxiprolina - Isodesmosina -Prolina -Tirosina -Valina Proteínas: -Elastina -Colagéno -Melanina -Queratina -Querato-Hialina -Enzimas Outros constituintes azotados (nitrogênio): - Ácidos nucleicos - Glicoproteínas -Ácido hialurónico - Ureia Os lípidos, são constituintes muito importantes: Simples: ácidos gordos, colesterol, esqualeno Complexos: ceramidas, fosfolípidos, esfingolípidos De reserva: triglicéridos Os glúcidos, oses, como a glucose e os ósidos, caso do glucogénio são, essencialmente, elementos fornecedores de energia. Dos sais minerais, sempre presentes, destacamos como principais
  • 29. -Sódio -Potássio -Cálcio -Magnésio -Zinco -Ferro -Manganésio -Fósforo -Enxofre -Iodo. 4.1 Composição química das camadas da pele  70% de água (10% - camada córnea);  Proteínas (elaboradas na epiderme);  Eletrólitos (cloreto de sódio, potássio e magnésio) A epiderme é constituída de um epitélio multiestratificado (4 camadas celulares distintas) composto por células de Malpighi (germinativas) que apresentam atividades específicas em suas diferentes camadas e o estrato córneo. Fonte: ebah.com.br Estrato Córneo: é a camada mais superficial, composta por células mortas (corneócitos), repletas de queratina. Possui substância cerosa (colesterol, aminoácidos, polipeptídeos, derivados lipídicos), produtos de degradação
  • 30. núcleo-citoplasmática, hidratos de carbono e proteínas celulares, aminoácidos, açúcares, ácido úrico e água. Estrato Granuloso: composto por queratohialina (proteína refletora da luz e que dá opacidade à pele). São células vivas. Estrato Espinhoso: encontram-se os desmossomas, estruturas responsáveis pela estabilidade da epiderme contra distorções mecânicas e os queratinócitos, células fundamentais para a coloração da pele. Possui camadas de queratinócitos (queratinização) e camadas profundas (grânulos de melanina). Glicogênio (funções metabólicas e reprodução de células epidérmicas). Estrato Basal: onde ocorre a síntese de lipídios e de proteínas (queratinização). Divisão celular ativa com deslocamento de células para a superfície.  Derme Nutre a epiderme, composta por tecido fibroso (proteínas fibrosas, colágeno, elastina e ácido hialurônico). Composição química: Substância fundamental: mucopolissacarídeos ou glicídeos complexos e ácidos urônicos. Componentes lipídicos: ésteres de colesterol, ácidos graxos livres, colesterol livre e fosfolipídios. Colágeno: responsável pela elasticidade da pele. Contém 95% de hidroxiprolina. Armazena e libera água (pH, temperatura e concentração iônica do meio circulante). Elastina: 2% do peso seco da pele humana. Elasticidade (hidratação). Função: sustentar a epiderme.
  • 31. Importância biológica da derme: Possui propriedades hidrofílicas do colágeno e mucopolissacarídeos da substância fundamental, é responsável pela capacidade de armazenar e ceder rapidamente água.  Hipoderme – Tecido Subcutâneo É a camada mais profunda da pele. A hiporderme antes considerada como uma terceira camada da pele, hoje é considerada como tecido subcutâneo. Composição: -Fibras colágenas -Células adiposas -Triglicérides -Colesterol -Vitaminas -Água -Folículos pilosos -Glândulas Função: -Protege contra traumatismo, os vasos e os nervos -Isolante térmico -Turgidez da pele -Função protetora dos órgãos internos.
  • 32. 4.2 Microbiota cutânea normal Microbiota transitória: microorganismo não proliferativo. Microbiota permanente: pequeno número de germes que se multiplicam sobre a pele.  Compreendem: - Micrococos (condutos excretores das glândulas sebáceas, não patógenos); - Propionibacterium acnes (cresce na profundidade do folículo piloso); - Difteróides (não patógenos); - Fungos lopofílicos (P. ovale* e P. orbiculare**); - P. ovale (couro cabeludo, conduto auditivo externo, rosto) ** P. orbiculares (mesma localização). 5 ANEXOS CUTÂNEOS São estruturas derivadas do ectoderma, como pelos, unhas, glândulas sebáceas e sudoríparas, que se fixam na derme, através de uma invaginação na epiderme. A complexidade estrutural da pele, constituída por grande diversidade de células, com especificidades funcionais, confere a capacidade de executar:  Funções metabólicas e de proteção contra agentes nocivos químicos, físicos ou biológicos;  Regulação da temperatura;  Síntese de vitamina D;  Percepção sensorial;  Possibilita a identificação de pessoas, características faciais e cor da pele;  Comunicação, através de expressões faciais e emissão de sinais emocionais; Ectorderma: é a camada exterior de um embrião em desenvolvimento. Ela forma-se durante a gastrulação, no estágio em que o sistema digestório primitivo está se formando. As outras duas são a mesoderme e a endoderme.
  • 33.  Papel importante no processo de cicatrização de feridas;  Manifestação de sinais que indicam o estado clínico da pessoa;  Sofre modificações ao longo do desenvolvimento, sua aparência difere entre as faixas etárias, são influenciadas pelos hábitos de vida, ambiente e cultura. 5.1 Estruturas dos anexos cutâneos Fonte: pt.slideshare.net
  • 34.  Glândulas sudoríparas écrinas Fonte: atlasdocorpohumano.com As glândulas sudoríparas écrinas encontram-se dispersas por toda a pele, mas em maior quantidade nas regiões palmoplantares e axilas. São glândulas tubulares que desembocam na superfície por meio da epiderme e compõem-se de três segmentos: Porção secretora A porção secretora localiza-se na junção dermo-hipodérmica ou na porção inferior da derme. A porção secretora das glândulas écrinas é formada por células grandes, cilíndricas, de citoplasma claro, levemente basófilo. Nos cortes habituais, essas células dispõem-se em ácinos, que mostram, na periferia, células pequenas fusiformes – as células mioepiteliais –, em torno das quais existe uma membrana hialina e que, pelo seu poder contrátil, seriam responsáveis pela expulsão da secreção sudoral. Conduto sudoríparo-intradérmico A porção intradérmica do conduto sudoríparo é formada por duas camadas de células epiteliais pequenas, cuboides, intensamente basófilas.
  • 35. Conduto sudoríparo-intraepidérmico. A porção intraepidérmica do conduto sudoríparo é composta de uma única camada celular de revestimento e uma ou mais camadas de células epiteliais que compõem a bainha peridutal. O orifício da glândula sudorípara, poro ou acrosiríngio, apresenta-se rodeado por um anel de queratina. As glândulas écrinas são inervadas por fibras simpáticas pós-ganglionares não mielinizadas. Fisiologicamente, porém, são regidas por mediadores parassimpáticos, ainda que respondam em menor grau a mediadores simpatomiméticos. Portanto, drogas parassimpatomiméticas como acetilcolina, acetilbetametilcolina e pilocarpina estimulam a sudorese, e drogas parassimpatolíticas, como atropina, inibem-na. A secreção sudoral écrina é incolor, inodora, hipotônica, composta de 99% de água e solutos encontrados no plasma, além de conter, em concentrações menores, especialmente sódio, cloretos, potássio, ureia, proteínas, lipídeos, aminoácidos, cálcio, fósforo e ferro. Em condições adversas de temperatura, a sudorese pode atingir a produção de 10 a 12 litros em 24 horas.  Glândulas apócrinas Fonte: atlasdocorpohumano.com
  • 36. Por sua própria embriogênese, a partir da invaginação formadora do folículo piloso, as glândulas apócrinas desembocam, em geral, nos folículos pilossebáceos, e não diretamente na superfície epidérmica. As glândulas apócrinas distribuem-se em axila, área perimamilar e região anogenital e, ainda, modificadamente, no conduto auditivo externo, constituindo as glândulas ceruminosas; nas pálpebras, formando as glândulas de Moll; e, na mama, constituindo as glândulas mamárias. As glândulas apócrinas são tubulares e compostas de uma porção secretora e uma porção ductal. A luz da porção secretora das glândulas apócrinas é ampla, cerca de 200 vezes a das glândulas écrinas e, como estas, também apresenta células mioepiteliais. A porção ductal É composta de duas camadas de células epiteliais, não dispondo, porém, de cutícula eosinófila, como ocorre com as glândulas sudoríparas écrinas. As glândulas apócrinas secretam pequenas quantidades de secreção de aspecto leitoso, a intervalos longos de tempo. A secreção apócrina Contém proteínas, açúcares, amônia, ácidos graxos e, às vezes, cromógenos, como o indozil, podendo-se explicar, desse modo, certos casos de cromidrose. Admite-se que o odor produzido pela secreção apócrina decorre da ação de bactérias, próprias das regiões topográficas povoadas pelas glândulas sebáceas, sobre as secreções, resultando em produtos secundários odoríferos. O verdadeiro significado funcional da secreção apócrina no homem é desconhecido, admitindo-se que represente alguma função sexual vestigial, desde que surge apenas na puberdade.
  • 37. 5.2 Aparelho pilossebáceo Fonte: www.ebah.com.br  Glândulas sebáceas Fonte: mundoeducacao.bol.uol.com.br As glândulas sebáceas estão presentes em toda a pele, à exceção das regiões palmoplantares. Desembocam sempre no folículo pilossebáceo, com ou sem pelo. O tamanho das glândulas sebáceas é, em geral, inversamente
  • 38. proporcional às dimensões do pelo presente no folículo correspondente. Assim, as maiores glândulas sebáceas são encontradas nas regiões onde o sistema piloso é menos desenvolvido, por exemplo, fronte e nariz. Excepcionalmente, as glândulas sebáceas localizam-se heterotopicamente na mucosa bucal e no lábio, constituindo os chamados grânulos de Fordyce. Fonte: twgram.me As glândulas sebáceas são compostas de vários lóbulos; cada um deles apresenta, perifericamente, uma camada de células cúbicas basófilas, as células germinativas, e, centralmente, células de abundante citoplasma com uma delicada rede de malhas repleta de gordura, na qual predominam os glicerídeos neutros e, por esse motivo, não são birrefringentes à polaroscopia. A secreção das glândulas sebáceas A secreção é do tipo holócrino e o produto de sua atividade é o sebo (sebum). Ativadas pelos androgênios, as glândulas sebáceas independem de estimulação nervosa. Por esse motivo, são moderadamente desenvolvidas no recém-nascido, por ação dos androgênios maternos, passivamente transferidos.
  • 39. Fonte: apelequehabitoblog.blogspot.com Esgotados os androgênios adquiridos passivamente, as glândulas sebáceas entram em acentuada regressão, somente se desenvolvendo novamente na puberdade, por ação dos androgênios de origem testicular, ovariana e suprarrenal. 5.3 Pelos Fonte: chinelada.com
  • 40. Os pelos sãs estruturas filiformes, constituídas por células queratinizadas produzidas pelos folículos pilosos. Existem dois tipos de pelos: Fetal ou lanugo: é a pilosidade fina e clara, idêntica aos pelos pouco desenvolvidos do adulto e denominada vellus. Terminal: corresponde ao pelo espesso e pigmentado, que compreende os cabelos, a barba, a pilosidade pubiana e axilar. Os pelos compõem-se de uma parte livre, a haste, e uma porção intradérmica, a raiz. Anexam-se ao folículo piloso:  Superiormente: Glândula sebácea  Inferiormente: músculo eretor do pelo  E em certas regiões corpóreas, o ducto excretor de uma glândula apócrina que desemboca no folículo, acima da glândula sebácea. Fonte: HABIF,2005.
  • 41.  Folículo piloso Fonte: sandro.com.br Compreende as seguintes porções: O infundíbulo: situado entre o óstio e o ponto de inserção da glândula sebácea. O acrotríquio: a porção intraepidérmica do folículo. O istmo: entre a abertura da glândula sebácea no folículo e o ponto de inserção do músculo eretor do pelo. O segmento inferior: a porção restante, situada abaixo do músculo eretor. Nessa porção mais inferior do folículo piloso, encontra-se uma expansão, o bulbo piloso.
  • 42. Fonte: spacobshair.blogspot.com Bulbo piloso: Contém a matriz do pelo, onde se introduz a papila, uma pequena estrutura conectiva, ricamente vascularizada e inervada. De permeio às células matrizes, encontram-se melanócitos ativos. A maior parte da atividade mitótica do pelo se dá na metade inferior do bulbo. Fonte: fashionbubbles.com Bainha radicular interna: compreende a cutícula da bainha, a camada de Huxley (mais interna) e a camada de Henle (mais externa). Essas camadas, após
  • 43. sua queratinização completa, desintegram-se ao alcançar o istmo e, neste mesmo nível, a bainha radicular externa inicia sua queratinização. A bainha radicular externa alonga-se desde a epiderme até as porções laterais do bulbo piloso, diminuindo progressivamente de espessura da superfície até a profundidade. Externamente a essa bainha, dispõe-se uma membrana delgada homogênea e eosinófila, denominada camada vítrea ou basal. Fonte: angelicabeauty.blogspot.com A haste do pelo propriamente dita é composta pela cutícula externa, pelo córtex e pela medula, que, no pelo humano, é descontínua ou até ausente, como no lanugo e no velus. A camada cortical é composta de queratinócitos fortemente compactados, enquanto, na medular, os queratinócitos se agregam mais frouxamente. As células da cutícula do pelo imbricam-se fortemente com a cutícula da bainha radicular interna, resultando firme adesão do pelo. O componente principal do pelo é a queratina e participam de sua estrutura cerca de vinte aminoácidos, sendo particularmente importantes a cisteína, a arginina e a citrulina, encontrada exclusivamente nos pelos humanos. Os pela são estruturas muito resistentes, flexíveis e elásticos, alongando- se 20 a 30% quando secos e até 100% quando embebidos em água. Os pelos
  • 44. não crescem continuamente, havendo alternâncias de fases de crescimento e repouso, que constituem o ciclo do pelo. Ciclo do pelo FASE DESCRIÇÃO ANÁGENA (FASE DO CRESCIMENTO)  Caracteriza-se por intensa atividade mitótica da matriz e na qual o pelo se apresenta na máxima expressão estrutural.  Sua duração é de 2 a 5 anos, no couro cabeludo. CATÁGENA  Fase na qual os folículos regridem a 1/3 de suas dimensões anteriores.  Interrompe-se a melanogênese na matriz e a proliferação celular diminui até cessar. As células da porção superior do bulbo continuam, ainda, sua diferenciação à haste do pelo, que fica constituída somente do córtex e da membrana radicular interna até que o bulbo se reduza a uma coluna desorganizada de células.  A extremidade do pelo assume a forma de clava, constituindo o pelo em clava, aderido, ainda, por retalhos de queratina ao saco folicular.  A fase catágena dura cerca de 3 a 4 semanas.
  • 45. TELÓGENA  Desprendimento do pelo, que, no couro cabeludo, tem cerca de três meses de duração.  Os folículos mostram-se completamente quiescentes, reduzidos à metade ou menos do tamanho normal e há uma desvinculação completa entre a papila dérmica e o pelo em eliminação. Fonte: naomaispelo.com.br Quando se analisa o couro cabeludo, as seguintes proporções entre os cabelos, nas suas várias fases, são encontradas:  85% na fase anágena.  14% na fase telógena.  1% na fase catágena. Esses percentuais compõem o tricograma normal do couro cabeludo. Admitindo-se 100 a 150 mil folículos no couro cabeludo, e, tendo em conta que cerca de 10% deles estão em fase telógena, por aproximadamente 100 dias,
  • 46. alguns autores consideram normal a eliminação média de até 100 fios de cabelo por dia. Quanto ao crescimento, as médias, por dia, são de 0,4 mm, na região do vértex, e 0,35 mm, nas têmporas, sendo que os cabelos das mulheres crescem mais rapidamente. Os fatores reguladores do ciclo piloso são desconhecidos, admitindo-se a influência de condições intrínsecas ao folículo e a fatores sistêmicos, nutricionais, emocionais e, especialmente, hormonais – androgênios em particular. Do ponto de vista funcional, os pelos servem como defesa nas áreas orificiais – narinas, conduto auditivo, olhos – e, no couro cabeludo, atuam como proteção aos raios ultravioleta. Nas áreas intertriginosas, reduzem o atrito e, finalmente, por sua abundante inervação, fazem parte do aparelho sensorial cutâneo. Na protuberância da bainha externa do pelo, abaixo da inserção da glândula sebácea, localizam-se as células-tronco epidérmicas, que também se dispõem em agrupamentos no epitélio interfolicular. 5.4 Unhas Fonte: auladeanatomia.com Áreas intertriginosas: uma área em duas áreas da pele que podem tocar ou esfregar juntas.
  • 47. Uma unha tem quatro partes:  Posterior ou raiz: Localizada sob a dobra da pele.  Lâmina: Aderente ao leito ungueal na sua porção inferior.  Dobras laterais: borda livre.  Raiz ou matriz ungueal: uma área semilunar de células epiteliais proliferativas, parcialmente vedada pela dobra ungueal posterior e visível, parcialmente, em área mais clara, chamada lúnula. A dobra ungueal posterior apresenta um prolongamento da camada córnea que recobre a porção proximal da unha, a cutícula e, abaixo desta, o eponíquio, que adere à lâmina ungueal. Estas estruturas são importantes porque podem ser destacadas das unhas por processos inflamatórios. Há uma rica rede vascular, dependente de duas artérias digitais, para a nutrição da matriz ungueal. A espessura das unhas varia de 0,5 a 0,75 mm. Seu crescimento é de cerca de 0,1 mm por dia nos quirodáctilos, sendo mais lento nas dos pododáctilos. A lâmina ungueal é formada, fundamentalmente, pela matriz ungueal, mas há participação secundária do leito ungueal nesse processo. O crescimento ungueal sofre variações individuais e é influenciado por doenças sistêmicas e fatores locais. Deformidades nas unhas podem, assim, representar lesões da matriz ungueal que ocorreram até três meses antes das alterações ungueais. Fonte: cookie.com.br Fonte: pikview.com
  • 48. 6 INERVAÇÃO Os nervos sensitivos, que sempre são mielinizados, em algumas regiões corpóreas como palmas, plantas, lábios e genitais, formam órgãos terminais específicos, os corpúsculos de Vater-Pacini, os corpúsculos táteis de Meissner, os corpúsculos de Krause, os meniscos de Merkel-Ranvier e os corpúsculos de Ruffini.  Corpúsculos de Vater-Pacini: localizam-se, especialmente, nas regiões palmoplantares e são específicos para a sensibilidade à pressão.  Corpúsculos de Meissner: situam-se nas mãos e nos pés, especialmente nas polpas dos dedos, ao nível da derme papilar. São específicos para a sensibilidade tátil.  Corpúsculos de Krause: também chamados órgãos nervosos terminais-mucocutâneos, pois ocorrem nas áreas de transição entre pele e mucosas. Encontram-se, portanto, na glande, no prepúcio, no clitóris, nos lábios vulvares e, em menor quantidade, no lábio, na língua, nas pálpebras e na pele perianal.  Meniscos de Merkel-Ranvier: são plexos terminais de nervos de posição subepidérmica, localizados especialmente nas polpas dos dedos.  Corpúsculos de Ruffini: são formados por fibra nervosa que se ramifica, permeando o colágeno, e relacionam-se à sensibilidade térmica. Outra estrutura nervosa com funções táteis é o disco pilar, estrutura discoide rica em células de Merkel, de localização dermoepidérmica, nas proximidades de folículos pilosos. A inervação motora da pele é suprida pelo sistema nervoso autônomo, cujas fibras, adrenérgicas, provocam contração das células musculares lisas das paredes arteriolares (vasoconstrição), contraem o músculo eretor dos pelos, ativam o corpúsculo glômico e as células mioepiteliais das glândulas apócrinas.
  • 49. É importante salientar que as glândulas écrinas são inervadas por fibras simpáticas, porém colinérgicas, o que é excepcional, uma vez que, via de regra, as fibras simpáticas são adrenérgicas. Esse fato explica a sudorese pela pilocarpina, droga parassimpatomimética, que estimula diretamente os efetores colinérgicos da glândula sudorípara. As glândulas apócrinas reagem a estímulo simpático e não parassimpático, uma vez que são inervadas por fibras adrenérgicas, controladas por centros simpáticos do sistema nervoso central. 7 BIOQUIMICA DOS ANEXOS CUTÂNEOS Fonte: sobiologia.com.br Pelos: Constituído por células queratinizadas (implantadas profundamente na derme); Glândulas Sebáceas (unidade pilo-sebácea). Glândulas Sudoríparas: são divididas em apócrinas e écrinas. Écrinas: Presente nas superfícies (palma e planta dos pés). Regula equilíbrio corporal térmico. Apócrinas: Axilas, zona perigenital (controle hormonal).
  • 50. 7.1 Composição aproximada da secreção de glândulas sudoríparas: Aminoácidos: 40,0% Glicosamina: 1,5% Lactatos: 12,0% Fosfatos e cloretos: 18,5% Uréia: 7,0% Açúcares: 8,0% Amônia: 1,5% Peptídeos: 8,0% Ac úrico: 1,5% Outros: 8,0% Creatinina: 1,5% 7.2 Glândulas sebáceas Flexibilidade, camada lubrificante para os pêlos e a pele. Formações anexas ao folículo piloso; Secretam o sebo que juntamente com a secreção sudoral lubrificam a pele; Distribuídas por todo o corpo; Exceção (palmas, planta dos pés, lábio inferior); Parte média da derme, envolta de vasos sanguíneos (sem inervação); São glândulas holócrinas (secreção se forma por desintegração total de suas células).  Composição aproximada da secreção sebácea humana: Ácidos graxos livres: 28% - 30% Ésteres: 4 - 5% Triglicérides: 25% - 32% Esqualeno: 4 - 5% Ceras: 14% - 25% Outros hidrocarbonetos: 8 - 14 % Colesterol: 4% – 5% Esteróides: 9 - 10 %  Manto hidrolipídico da superfície cutânea: - Triglicérides - Colesterol - Ceras - Traços de fosfolipídeos.
  • 51.  Fatores que influenciam no controle da secreção e excreção sebácea -Fricções repetidas; -Temperatura cutânea; -Restrição calórica; -Idade; -Hormônios; -Influência neurológica. 7.3 Unhas Função protetora. São células queratinizadas constituídas de formações epidérmicas córneas (dorso da 3ª falange dos dedos). Inicia-se na 20° semana.  Composição química: rica em Co, Mn, Zn, Fe e Ca, fosfolipídios.  Dureza: alto teor de enxofre  Funções: Proteção da porção distal, facilitando movimentos finos, capacitando a apreensão de pequenos objetos.  Crescimento mais rápido: durante o dia, gravidez, mão direita, jovens, unhas das mãos, 2°, 3° e 4° dedos, homens, psoríase, hipertireoídismo.  Crescimento mais lento: à noite, recém-nascidos, mão esquerda, idosos, unhas dos pés, inverno, polegar e 5° dedo, mulheres, imobilização dos dedos, hipotireoidismo, desnutrição. 8 QUERATINIZAÇÃO Fonte: ebah.com.br
  • 52. - Processo no qual se formam as proteínas características do pêlo, unhas e da epiderme; - Oxidação (2 moléculas de cisteína) forma 1 molécula de cistina; - Queratina (principal componente da capa córnea). 9 MECANISMOS QUE CONTROLAM A HIDRATAÇÃO E LUBRIFICAÇÃO CUTÂNEA - Flexibilidade e textura cutânea (grau de hidratação da capa córnea da epiderme); - Umidade ambiente baixa (capa córnea perde água); - Umidade ambiente alta (capa córnea absorve água); - Lipídeos (propriedades protetoras e amolecedoras); - Lipídeos e suor (emulsão).  Mecanismo de Umectação da Capa Córnea - Manto lipídico da superfície cutânea (deduz-se que ele esteja em estado de emulsão); - A pele (funções fisiológicas) requer lipídeos e umectação; - Quando se dissolvem os constituintes presentes na epiderme (fatores de umectação natural - NMF) ocorre perda da flexibilidade cutânea.  Composição dos NMF (Fator natural de umectação da pele) - Aminoácidos Livres (glicina, serina, alanina, asparagina, ornitina, citrulina, prolina, outros); - Ácido pirrolidônico carboxílico; - Uréia; - Lactatos (sais sódico); - Ácido Lático, glicosamina; -Sódio; Potássio; Cálcio; Fosfatos; Cloretos; Citratos.
  • 53. BIBLIOGRAFIA JARVIS, C. Exame Físico e Avaliação de Saúde para Enfermagem. 6. ed. Tradução de Denise Costa Rodrigues. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. VAN DE GRAAFF, K. M. Anatomia Humana. Barueri: Manole, 2003. WYSOCKI, A. B. Anatomy and physiology of skin and soft tissue. In: BRYANT, R. A.; NIX, D. P. Acute & Chronic Wounds: current management concepts. 4th ed. St. Louis: Mosby Elsevier, 2012. Clinical Dermatology: A Color Guide to Diagnosis and Therapy. 6th Edition. eBook, Elsevier. 2016. WIKIPÉDIA. Ectoderme. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ectoderme. Acesso em: 18 set. 2018. Sampaio, S.A.P.; Rivitti, E.A. Dermatologia. 2ed. São Paulo. Artes Médicas, 2001. Cucé, L.C.; Festa, C. Manual de Dermatologia 2ed. Atheneu, 2001. GOOSENS, Janine. Beleza: um conjunto em harmonia. São Paulo: Harbra, 2004. JUNQUEIRA, L. C. U.; CARNEIRO, J. Histologia básica texto e atlas. 10ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatologica. Tipos de Pele. Disponível em:< http://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/cuidados/tipos-de-pele/>. Acesso em: 26 Set 2018. Fitzpatrick TB. Tratado de Dermatologia, 7a ed., Revinter, Rio de Janeiro. 2010 G. Beny M. Fisiologia da Pele. Cosm & Toil (Ed Port) 12(2):44-50, 2000. RIVITTI, SAMPAIO. Anatomia e Fisiologia. Disponível em http://srvd.grupoa.com.br/uploads/imagensExtra/legado/R/RIVITTI_Evandro/Ma nual_Dermato_Clinica_Rivitti_Sampaio/Lib/Cap_01.pdf. Acesso em 25 set. 2018
  • 54. Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatologia. Fisiologia. On-line. Disponível em: http://www.sbcd.org.br/pagina/1615. Acesso: 21 jun. 2018. Mota de Avelar Alchorne M, Milanez Morgado de Abreu MA. Aspectos dermatológicos da pele negra, Piel-Latinoamerica Libreria. On-Line. Disponível em: http://piel-l.org/libreria/item/1668. Acesso: 21 jun.2018. Dermatopatologia. Histologia. On-line. Disponível em: http://www.dermatopatologia.com/pele/histologia.asp. Acesso: 21 jun. 2018 KEDE, M.P.V.; SABATOVICH, O. (eds.). Dermatologia estética. 2.ed.rev.ampl. São Paulo: Atheneu, 2009, p.3-7; 23-43 RIBEIRO, C. Cosmetologia. 2.ed. São Paulo: Pharmabooks Editora, 2010, p. 17-30; 78-94; 333-336. SBD. Fototipos de pele. Disponível em http://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/cuidados/classificacao-dos-fototipos- de-pele/. Acesso em: 21 set.2018. SBD. Envelhecimento. Disponível em: http://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e- problemas/envelhecimento/4/. Acesso em: 21 set.2018. Azulay RD, Azulay DR. Dermatologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. FARINATTI, P. D. T. V. Teorias biológicas do envelhecimento: do genético ao estocástico. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 8, p. 129-138, 2002.