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Letramento e Alfabetização
Vídeo


“O que é letramento?”
Ler o mundo sempre precede ler a palavra,
  e ler a palavra implica continuamente ler o mundo...
Neste caminho, entretanto, nós podemos ir mais longe
e dizer que ler a palavra não precede meramente o ato
de ler o mundo, mas de uma certa forma de inscrevê-lo
ou reescrevê-lo, que é de transformá-lo por significados
                     de consciência,
 trabalho prático. Para mim, esse movimento é central
             para o processo de Letramento.

                   FREIRE, Paulo & MACEDO, Donaldo
 Alfabetização: leitura do mundo, leitura da palavra. Rio, Paz e Terra, 1987.
Como estes conceitos se
 aplicam à sala de aula?

        (Vejamos alguns exemplos)
Segundo o ponto de vista bakhtiniano, toda
   a enunciação é apenas uma fração de
   uma “corrente de comunicação verbal
              ininterrupta”.
Como situar nesta corrente os textos escritos por
      crianças em seus primeiros anos de
                  escolaridade?

Excluí-los desta corrente significaria assumir que o esforço
    da criança para escrever produz o perverso efeito de
  uma desterritorialização enunciativa: enquanto falantes,
      as crianças participariam do processo contínuo de
      produção de enunciados; enquanto aprendizes da
    escrita, face ao estranhamento próprio dos convívios
  iniciais,produziriam textos excluídos deste mesmo fluxo,
    como se fossem estrangeiros diante das palavras de
                      sua própria língua.
               Artigo: PALAVRAS ESCRITAS, INDÍCIOS DE PALAVRAS DITAS
                                                  João Wanderley Geraldi
O direito à palavra
  Vamos utilizar os seguintes textos (feitos por crianças) para reflexão:

Texto 1: A casa é bonita.
        A casa é do menino.
        A casa é do pai.
        A casa tem uma sala.
        A casa é amarela.

Texto 2: Era uma vez umpionho queroia ocabelo
        Dai um emninopinheto dapasou um umenino lipo
        Enei pionho ai pasou. Daí omenino pegoupionho da amunhér
  pegoupionho
        Dai todo mundosaiogritãdo todomundo pegou pionho
        Di até sofinho begoupionho.
A partir das considerações acerca dos
   textos lidos, o que é letramento?
Base pedagógica do Pacto

“Não se lê e se escreve “no vazio”. É preciso entender as
práticas culturais, ser capaz de construir conhecimentos e
   participar de modo ativo nos diferentes espaços de
      interlocução, defendendo princípios e valores”.

É preciso realizar a integração dos diferentes componentes
 curriculares (DE MANEIRA INTERDISCIPLINAR): língua
  portuguesa, artes, educação física, história, geografia,
matemática, ciências, no sentido de garantir o ensino da
            leitura, da escrita e da oralidade.
Assim, no PNAIC, quatro princípios centrais serão considerados ao longo
            do desenvolvimento do trabalho pedagógico:


1. O Sistema de Escrita Alfabética é complexo e exige um ensino
sistemático e problematizador;

2. O desenvolvimento das capacidades de leitura e de produção de textos
ocorre durante todo o processo de escolarização, mas deve ser iniciado
logo no início da Educação Básica, garantindo acesso precoce a gêneros
discursivos de circulação social e a situações de interação em que as
crianças se reconheçam como protagonistas de suas próprias histórias;

3. Conhecimentos oriundos das diferentes áreas de conhecimento podem
e devem ser apropriados pelas crianças, de modo que elas possam, ouvir,
falar, ler, escrever sobre temas diversos e agir na sociedade;

4. A ludicidade e o cuidado com as crianças são condições básicas nos
processos de ensino e de aprendizagem.
Vídeo

“O poder das palavras”
"... são as palavras as que cantam, as que sobem e baixam...
   Prosterno-me diante delas... Amo-as, uno-me a elas, persigo-as,
  mordo-as, derreto-as... Amo tanto as palavras... As inesperadas...
    As que avidamente a gente espera, espreita até que de repente
 caem... Vocábulos amados... Brilham como pedras coloridas, saltam
         como peixes de prata, são espuma, fio, metal, orvalho...
Persigo algumas palavras... São tão belas que quero colocá-las todas
em meu poema... Agarro-as no voo, quando vão zumbindo, e capturo-
      as, limpo-as, aparo-as, preparo-me diante do prato, sinto-as
cristalinas, vibrantes, ebúrneas, vegetais, oleosas, como frutas, como
 algas, como ágatas, como azeitonas... E então as revolvo, agito-as,
  bebo-as, sugo-as, trituro-as, adorno-as, liberto-as... Deixo-as como
   estalactites em meu poema; como pedacinhos de madeira polida,
  como carvão, como restos de naufrágio, presentes da onda... Tudo
                           está na palavra ..."

                      A palavra/Pablo Neruda
Tarefa de Casa
 Ler a entrevista “Ler é uma revolução cerebral”,
  de Stanilas Dehaene

 Registrar as impressões no portfólio

 Apresentar resultados na oficina seguinte

 Trazer uma poesia que o identifique com sua
  prática pedagógica

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  • 2.
  • 3. Vídeo “O que é letramento?”
  • 4. Ler o mundo sempre precede ler a palavra, e ler a palavra implica continuamente ler o mundo... Neste caminho, entretanto, nós podemos ir mais longe e dizer que ler a palavra não precede meramente o ato de ler o mundo, mas de uma certa forma de inscrevê-lo ou reescrevê-lo, que é de transformá-lo por significados de consciência, trabalho prático. Para mim, esse movimento é central para o processo de Letramento. FREIRE, Paulo & MACEDO, Donaldo Alfabetização: leitura do mundo, leitura da palavra. Rio, Paz e Terra, 1987.
  • 5. Como estes conceitos se aplicam à sala de aula? (Vejamos alguns exemplos)
  • 6. Segundo o ponto de vista bakhtiniano, toda a enunciação é apenas uma fração de uma “corrente de comunicação verbal ininterrupta”.
  • 7. Como situar nesta corrente os textos escritos por crianças em seus primeiros anos de escolaridade? Excluí-los desta corrente significaria assumir que o esforço da criança para escrever produz o perverso efeito de uma desterritorialização enunciativa: enquanto falantes, as crianças participariam do processo contínuo de produção de enunciados; enquanto aprendizes da escrita, face ao estranhamento próprio dos convívios iniciais,produziriam textos excluídos deste mesmo fluxo, como se fossem estrangeiros diante das palavras de sua própria língua. Artigo: PALAVRAS ESCRITAS, INDÍCIOS DE PALAVRAS DITAS João Wanderley Geraldi
  • 8. O direito à palavra Vamos utilizar os seguintes textos (feitos por crianças) para reflexão: Texto 1: A casa é bonita. A casa é do menino. A casa é do pai. A casa tem uma sala. A casa é amarela. Texto 2: Era uma vez umpionho queroia ocabelo Dai um emninopinheto dapasou um umenino lipo Enei pionho ai pasou. Daí omenino pegoupionho da amunhér pegoupionho Dai todo mundosaiogritãdo todomundo pegou pionho Di até sofinho begoupionho.
  • 9. A partir das considerações acerca dos textos lidos, o que é letramento?
  • 10. Base pedagógica do Pacto “Não se lê e se escreve “no vazio”. É preciso entender as práticas culturais, ser capaz de construir conhecimentos e participar de modo ativo nos diferentes espaços de interlocução, defendendo princípios e valores”. É preciso realizar a integração dos diferentes componentes curriculares (DE MANEIRA INTERDISCIPLINAR): língua portuguesa, artes, educação física, história, geografia, matemática, ciências, no sentido de garantir o ensino da leitura, da escrita e da oralidade.
  • 11. Assim, no PNAIC, quatro princípios centrais serão considerados ao longo do desenvolvimento do trabalho pedagógico: 1. O Sistema de Escrita Alfabética é complexo e exige um ensino sistemático e problematizador; 2. O desenvolvimento das capacidades de leitura e de produção de textos ocorre durante todo o processo de escolarização, mas deve ser iniciado logo no início da Educação Básica, garantindo acesso precoce a gêneros discursivos de circulação social e a situações de interação em que as crianças se reconheçam como protagonistas de suas próprias histórias; 3. Conhecimentos oriundos das diferentes áreas de conhecimento podem e devem ser apropriados pelas crianças, de modo que elas possam, ouvir, falar, ler, escrever sobre temas diversos e agir na sociedade; 4. A ludicidade e o cuidado com as crianças são condições básicas nos processos de ensino e de aprendizagem.
  • 12. Vídeo “O poder das palavras”
  • 13. "... são as palavras as que cantam, as que sobem e baixam... Prosterno-me diante delas... Amo-as, uno-me a elas, persigo-as, mordo-as, derreto-as... Amo tanto as palavras... As inesperadas... As que avidamente a gente espera, espreita até que de repente caem... Vocábulos amados... Brilham como pedras coloridas, saltam como peixes de prata, são espuma, fio, metal, orvalho... Persigo algumas palavras... São tão belas que quero colocá-las todas em meu poema... Agarro-as no voo, quando vão zumbindo, e capturo- as, limpo-as, aparo-as, preparo-me diante do prato, sinto-as cristalinas, vibrantes, ebúrneas, vegetais, oleosas, como frutas, como algas, como ágatas, como azeitonas... E então as revolvo, agito-as, bebo-as, sugo-as, trituro-as, adorno-as, liberto-as... Deixo-as como estalactites em meu poema; como pedacinhos de madeira polida, como carvão, como restos de naufrágio, presentes da onda... Tudo está na palavra ..." A palavra/Pablo Neruda
  • 14. Tarefa de Casa  Ler a entrevista “Ler é uma revolução cerebral”, de Stanilas Dehaene  Registrar as impressões no portfólio  Apresentar resultados na oficina seguinte  Trazer uma poesia que o identifique com sua prática pedagógica