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Farmacotécnica II
Óvulos e Supositórios
Graduação em Farmácia
Profa Licia Paula Schelbauer Borges
Conceito:
Os supositórios são formas
farmacêuticas sólidas de
ponto de fusão baixos, cuja
forma, superfície, volume e
consistência favorecem sua
administração por via retal,
uretra e vaginal.
Zaida M F Freitas
Farmacêutica – FF/UFRJ
Modo de ação dos supositórios
 Um supositório pode ter uma ação mecânica, local ou
sistêmica.
A. Ação mecânica: é devida ao despertar do reflexo da
defecação provocada pela presença de um corpo
estranho no reto.
Ex.: Supositório de glicerina
Hidrófila: atrai água na ampola retal (
terminação do intest. grosso)
provocando os movimentos peristálticos
 EFEITO LAXATIVO.
Zaida M F Freitas
Farmacêutica – FF/UFRJ
B. Ação local: pode ser uma ação anti-hemorroidal ou
ainda uma ação antiparasitária, como por exemplo,
contra oxiúros.
C. Ação sistêmica: o princípio ativo passa à circulação
geral.
Zaida M F Freitas
Farmacêutica – FF/UFRJ
Veias hemorroidais
superiores acesso à veia
porta  conduzindo os
fármacos. Fígado (Efeito
de 1a Passagem).
Figura 1 – Absorção por via retal
A mucosa retal 
superfície absorvente
limitada, apresenta
absorção = mucosa
do intestino delgado
Direto à
circulação
geral.
Zaida M F Freitas
Farmacêutica – FF/UFRJ
Existem numerosas anastomoses entre as veias
hemorroidais, e apenas a absorção nas veias muito
próximas ao reto ( inferiores e medias) evitaria a
passagem pelo fígado.
O supositório é empurrado na ampola retal por
contração dos músculos do esfíncter
Uma fração dos princípios ativos
administrados pela via retal passam pelo
fígado
Zaida M F Freitas
Farmacêutica – FF/UFRJ
RAZÕES DE USO
• Quando existem razões patológicas da mucosa gástrica ou por
irritação da mesma devido aos medicamentos.
• Quando se inativam os medicamentoss total ou parcialmente
devido aos sucos gástricos
• Quando os pacientes estão total ou parcialmente em coma.
• Quando existem problemas de ingestão do paciente, cirurgia no
trato bucal.
• Quando os medicamentos provocam náusea ou tem mal sabor
• Em pediatria e geriatria
Desvantagens:
• Inconveniente
• Lesão da mucosa
• Incômodo
• Expulsão
• Absorção irregular e incompleta
Excipientes
As qualidades de um excipiente devem ser:
1. Inocuidade e boa tolerância pela mucosa retal;
2. Devem possuir compatibilidade com os fármacos;
3. Consistência adequada: não devem ser mole demais
ou quebradiço;
4. Liberação rápida e total do princípio ativo no reto, por
fusão abaixo de 37oC ou por dissolução ou dispersão
no meio líquido da ampola retal;
5. Boa conservação.
Obtenção:
• Obtidos por solidificação ou compressão em
moldes de massa adequada, juntamente
com substâncias medicamentosa.
Tamanho e Peso Médio
Normalmente 3,3cm comprimento, são
cilíndricos, (com exceções).
• Formas: torpedo, projétil ou de pequeno
dedo.
• Peso:
• Lactentes  1g
• Crianças  1,5 a 2g
• Adultos  2 a 3g
Modelos e Formas
Formas
Características
superfície lisa,
- sem rugosidade e sem cristalização dos
fármacos
- aspecto homogêneo interno e externo
Tipos de Supositórios
• Supositório retal
• Supositório vaginal
• Supositório uretral
Temperatura corporal
• Temperatura axilar - Normal até 37,2ºC
• Temperatura bucal (boca) ou timpânica
(ouvido) - Normal até 37,5ºC
• Temperatura retal (ânus) - Normal até
38ºC
Excipientes para supositórios
• bases gordurosas ou oleosas
Manteiga de cacau.
Ácido esteárico
Manteiga de cacau
Bases Hidrossolúvel miscíveis
em água
• Bases de gelatina glicerinada
• Carbowax
• PEG
Indicação de terapia retal
• Fármaco que são inativados pelo suco
gástrico.
• Problemas de deglutição. Ex.: após
cirurgia da laringe.
• Medicamento de sabor desagradável.
• Pediatria: dificuldade de deglutir
comprimidos e líquidos.
Moldes
Calibração dos Moldes
Funde a base suficiente para 10 moldes
limpos e caso necessário lubrifique os
moldes.
Se a base é solúvel utiliza-se glicerina ou
PEG
Esfrie; desmolde.
Pese e obtenha o peso médio dos
supositórios
Método de Preparação
• Molde Manuais: Podem ser preparados
manualmente, mas requer muita
habilidade
• Fusão Colada: Nesta caso se funde a
base e acrescenta se o princípio ativo,
adiciona- se ao molde e deixe solidificar.
• Existem 2 métodos de fusão:
• Fusão completa: Onde os Principio Ativos
são pulverizados e adicionados lentamente
sobre agitação a base fundida e com
agitação e despejada sobre os moldes.
• Fusão Cremosa: Os P.A são pulverizados e
adicionados a base cremosa com agitação
até estado de semi sólido evitando assim a
separação ou sedimentação dos P.A.
Método de Elaboração
• Os P.A devem estar pulverizados.
• Geralmente o máximo que se pode
incorporar de sólido e 30% do peso do
supostório.
• Quando for inverter a base fundida nos
moldes, evitar a incorporação de ar.
• Respeitar o tempo de resfriamento (15 a
30minutos)
• Retirar o excesso de material utilizando
espátula.
• Os supositórios de PEG ou Glicerinados
devem ser protegidos da umidade por
serem higroscópicos.
• Deve ser calculado 10% de perda.
• Os moldes devem estar limpos e secos
• Não colocar os moldes no refrigerador
antes de colocar os supositórios
Liberação do Fármaco
Característica
Fármaco
Característica
Base
Velocidade
Liberação
Lipossolúvel Oleosa Lenta, pouca
Hidrossolúvel Oleosa Rápida
Lipossolúvel Hidrossolúvel Moderada
Hidrossolúvel Hidrossolúvel Rápida em
fusão
Óvulos
• São supositórios de uso vaginal.
Forma: Globulares, ovóides e Cônicos.
Peso variável : até 5g
Tratamento:
• Infecções.
• Restauração da mucosa.
• Contracepção
• Fármacos vinculados
• Antifúngicos
• Antibacteriano
• Estrogênios
• Espermicidas
Requisitos dos Óvulos
• Permitir liberação do fármaco e sua
distribuição regular
• Retenção do medicamento dentro da
vagina.
• Compatibilidade com outros fármacos
Cuidados de armazenamento
• Conserve o produto na embalagem original e à
temperatura ambiente (15ºC a 30ºC). Os
supositórios quando expostos a temperaturas
elevadas (superiores a 40ºC) fundem-se e, após
resfriamento, voltam a se solidificar, podendo
assumir forma diferente da usual, sem, contudo
alterar sua eficácia.
Prazo de validade
• O prazo de validade está impresso na embalagem
do produto. Não use medicamento com o prazo de
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Supositórios e Óvulos

  • 1. Farmacotécnica II Óvulos e Supositórios Graduação em Farmácia Profa Licia Paula Schelbauer Borges
  • 2. Conceito: Os supositórios são formas farmacêuticas sólidas de ponto de fusão baixos, cuja forma, superfície, volume e consistência favorecem sua administração por via retal, uretra e vaginal.
  • 3. Zaida M F Freitas Farmacêutica – FF/UFRJ Modo de ação dos supositórios  Um supositório pode ter uma ação mecânica, local ou sistêmica. A. Ação mecânica: é devida ao despertar do reflexo da defecação provocada pela presença de um corpo estranho no reto. Ex.: Supositório de glicerina Hidrófila: atrai água na ampola retal ( terminação do intest. grosso) provocando os movimentos peristálticos  EFEITO LAXATIVO.
  • 4. Zaida M F Freitas Farmacêutica – FF/UFRJ B. Ação local: pode ser uma ação anti-hemorroidal ou ainda uma ação antiparasitária, como por exemplo, contra oxiúros. C. Ação sistêmica: o princípio ativo passa à circulação geral.
  • 5. Zaida M F Freitas Farmacêutica – FF/UFRJ Veias hemorroidais superiores acesso à veia porta  conduzindo os fármacos. Fígado (Efeito de 1a Passagem). Figura 1 – Absorção por via retal A mucosa retal  superfície absorvente limitada, apresenta absorção = mucosa do intestino delgado Direto à circulação geral.
  • 6. Zaida M F Freitas Farmacêutica – FF/UFRJ Existem numerosas anastomoses entre as veias hemorroidais, e apenas a absorção nas veias muito próximas ao reto ( inferiores e medias) evitaria a passagem pelo fígado. O supositório é empurrado na ampola retal por contração dos músculos do esfíncter Uma fração dos princípios ativos administrados pela via retal passam pelo fígado
  • 7. Zaida M F Freitas Farmacêutica – FF/UFRJ RAZÕES DE USO • Quando existem razões patológicas da mucosa gástrica ou por irritação da mesma devido aos medicamentos. • Quando se inativam os medicamentoss total ou parcialmente devido aos sucos gástricos • Quando os pacientes estão total ou parcialmente em coma. • Quando existem problemas de ingestão do paciente, cirurgia no trato bucal. • Quando os medicamentos provocam náusea ou tem mal sabor • Em pediatria e geriatria
  • 8. Desvantagens: • Inconveniente • Lesão da mucosa • Incômodo • Expulsão • Absorção irregular e incompleta
  • 9. Excipientes As qualidades de um excipiente devem ser: 1. Inocuidade e boa tolerância pela mucosa retal; 2. Devem possuir compatibilidade com os fármacos; 3. Consistência adequada: não devem ser mole demais ou quebradiço; 4. Liberação rápida e total do princípio ativo no reto, por fusão abaixo de 37oC ou por dissolução ou dispersão no meio líquido da ampola retal; 5. Boa conservação.
  • 10. Obtenção: • Obtidos por solidificação ou compressão em moldes de massa adequada, juntamente com substâncias medicamentosa.
  • 11. Tamanho e Peso Médio Normalmente 3,3cm comprimento, são cilíndricos, (com exceções). • Formas: torpedo, projétil ou de pequeno dedo. • Peso: • Lactentes  1g • Crianças  1,5 a 2g • Adultos  2 a 3g
  • 14. Características superfície lisa, - sem rugosidade e sem cristalização dos fármacos - aspecto homogêneo interno e externo
  • 15. Tipos de Supositórios • Supositório retal • Supositório vaginal • Supositório uretral
  • 16. Temperatura corporal • Temperatura axilar - Normal até 37,2ºC • Temperatura bucal (boca) ou timpânica (ouvido) - Normal até 37,5ºC • Temperatura retal (ânus) - Normal até 38ºC
  • 17. Excipientes para supositórios • bases gordurosas ou oleosas Manteiga de cacau. Ácido esteárico
  • 19. Bases Hidrossolúvel miscíveis em água • Bases de gelatina glicerinada • Carbowax • PEG
  • 20. Indicação de terapia retal • Fármaco que são inativados pelo suco gástrico. • Problemas de deglutição. Ex.: após cirurgia da laringe. • Medicamento de sabor desagradável. • Pediatria: dificuldade de deglutir comprimidos e líquidos.
  • 22.
  • 23.
  • 24. Calibração dos Moldes Funde a base suficiente para 10 moldes limpos e caso necessário lubrifique os moldes. Se a base é solúvel utiliza-se glicerina ou PEG Esfrie; desmolde. Pese e obtenha o peso médio dos supositórios
  • 25. Método de Preparação • Molde Manuais: Podem ser preparados manualmente, mas requer muita habilidade • Fusão Colada: Nesta caso se funde a base e acrescenta se o princípio ativo, adiciona- se ao molde e deixe solidificar.
  • 26. • Existem 2 métodos de fusão: • Fusão completa: Onde os Principio Ativos são pulverizados e adicionados lentamente sobre agitação a base fundida e com agitação e despejada sobre os moldes. • Fusão Cremosa: Os P.A são pulverizados e adicionados a base cremosa com agitação até estado de semi sólido evitando assim a separação ou sedimentação dos P.A.
  • 27. Método de Elaboração • Os P.A devem estar pulverizados. • Geralmente o máximo que se pode incorporar de sólido e 30% do peso do supostório. • Quando for inverter a base fundida nos moldes, evitar a incorporação de ar. • Respeitar o tempo de resfriamento (15 a 30minutos)
  • 28. • Retirar o excesso de material utilizando espátula. • Os supositórios de PEG ou Glicerinados devem ser protegidos da umidade por serem higroscópicos. • Deve ser calculado 10% de perda. • Os moldes devem estar limpos e secos • Não colocar os moldes no refrigerador antes de colocar os supositórios
  • 29. Liberação do Fármaco Característica Fármaco Característica Base Velocidade Liberação Lipossolúvel Oleosa Lenta, pouca Hidrossolúvel Oleosa Rápida Lipossolúvel Hidrossolúvel Moderada Hidrossolúvel Hidrossolúvel Rápida em fusão
  • 30.
  • 31.
  • 32. Óvulos • São supositórios de uso vaginal. Forma: Globulares, ovóides e Cônicos. Peso variável : até 5g
  • 33. Tratamento: • Infecções. • Restauração da mucosa. • Contracepção • Fármacos vinculados • Antifúngicos • Antibacteriano • Estrogênios • Espermicidas
  • 34. Requisitos dos Óvulos • Permitir liberação do fármaco e sua distribuição regular • Retenção do medicamento dentro da vagina. • Compatibilidade com outros fármacos
  • 35.
  • 36.
  • 37. Cuidados de armazenamento • Conserve o produto na embalagem original e à temperatura ambiente (15ºC a 30ºC). Os supositórios quando expostos a temperaturas elevadas (superiores a 40ºC) fundem-se e, após resfriamento, voltam a se solidificar, podendo assumir forma diferente da usual, sem, contudo alterar sua eficácia. Prazo de validade • O prazo de validade está impresso na embalagem do produto. Não use medicamento com o prazo de validade vencido, pois, além de não obter o efeito desejado, você estará prejudicando sua saúde.