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Graduação em Farmácia
Prof.Esp.LICIA PAULA SCHELBAUER BORGES
Homeopatia
Conceitos
básicos da
Homeopatia:
• Droga: matéria prima de origem animal, vegetal, mineral
ou biológica constituída por um ou mais fármacos;
• Fármaco: Produto ou substância que, em contato ou
introduzida em um sistema biológico, modifica uma ou
mais de suas funções, com finalidade terapêutica ou
preventiva;
• Ponto de partida: tintura-mãe, droga ou fármaco,
utilizado como ponto inicial para obtenção das formas
farmacêuticas homeopáticas.
• Diluição homeopática: distribuição do soluto (droga) em
um solvente inerte, doses infinitesimais;
• Tintura-Mãe: preparação líquida, resultante da ação
dissolvente e/ou extrativa de um insumo inerte hidro
alcoólico sobre uma determinada droga. É identificada
pelo nome da planta, animal ou mineral do qual foi
preparado com a sigla TM.
• Insumo ativo: droga ou fármaco que se constitui no ponto de
partida para a preparação de medicamento.
Ex. TM Thuya;
Exemplar de Thuya officinalis;
• Insumo inerte: substância complementar de qualquer natureza,
sem propriedades farmacológicas ou terapêuticas e utilizada
como veículo ou excipiente, bem como material de outra origem
destinado ao acondicionamento de formas farmacêuticas.
Ex. álcool, água, sacarose, lactose, glóbulos etc.
• Sucussão: agitação vigorosa e ritmada após a diluição gerando a liberação de energia podendo ser de
forma mecânica ou manual;
• Trituração: consiste na redução do tamanho das partículas do fármaco por ação mecânica, com
lactose e com excipiente, em geral feita em gral de porcelana, para diluir e dinamizar o mesmo;
• Potência: Número de acordo com seu grau de diluição que representa a potência do medicamento,
isto é, o número de vezes em que o medicamento foi dinamizado;
• Dinamização: É o conjunto das operações aplicadas às formas farmacêuticas
derivadas: DILUIÇÃO + SUCUSSÃO (substâncias líquidas) ou DILUIÇÃO +
TRITURAÇÃO (substâncias sólidas), na concentração decrescente de insumos
ativos, resultando a potência do medicamento. O objetivo no processo de
dinamização é liberar e potencializar a energia existente na intimidade da matéria.
Atuando assim sem agredir, estimulando os mecanismos naturais de defesa
orgânica.
CLASSIFICAÇÃO DAS DINAMIZAÇÕES
• Tintura-mãe, TM, até CH 12 – Baixa;
• CH 13 até CH 199 – Média;
• CH 200 até CH 9.999 – Alta;
• CH 10.000 até CH 100.000.000 - Altíssima.
Classificação das Dinamizações
• Tintura-mãe, TM, até CH 12 – Baixa;
• CH 13 até CH 199 – Média;
• CH 200 até CH 9.999 – Alta;
• CH 10.000 até CH 100.000.000 - Altíssima.
REGRAS DE NOMENCLATURA
• Quando se emprega apenas uma espécie de um dado gênero é
facultado omitir a espécie, desde que isto não dê lugar a confusões:
– Lycopodium (Lycopodium clavatum);
– Bryonia (Bryonia alba);
– Ruta (Ruta graveolens);
– Tamarindus (Tamarindus indica);
* No caso de nome consagrado pela homeopatia, é facultado usar o
nome da espécie, omitindo-se o gênero:
– Belladonna (Atropa belladonna)
– Chamomilla (Matricaria chamomilla)
– Dulcamara (Solanum dulcamara)
Sinonímia
O emprego de sinônimos deve restringir-se aos constantes de obras
consagradas na literatura científica. Medicamentos apresentados com
denominação de sinônimos arbitrários, não constantes de tais obras, são
considerados medicamentos secretos. O uso do código, sigla, número e nome
arbitrário é proibido pela legislação farmacêutica brasileira.
Ex.:
• Arsenicum album = Metallum album;
• Calcarea carbonica = Calcarea ostrearum, Calcarea osthreica;
• Chamomilla = Matricaria;
• Ipeca ou Radix = Cephaelis ipecacuanha;
• Lycopodium = Muscus clavatus;
• Blatta orintalis = Periplaneta orientalis;
NOMES ABREVIADOS
• O emprego de nome abreviado do medicamento pode dar lugar à confusão na
inteligibilidade do receituário e na sua correta interpretação.
Ex.: Arsenic. sulf.
- Arsenicum sulfuratum flavum = Arsenic. sulf. flav = Sulfeto de arsênio = As2S3
- Arsenicum sulfuratum rubrum = Arsenic. sulf. rub. = Bissulfeto de arsênio = As2S2
Exemplos de notações corretas:
• Aconitum napellus ou Aconitum = Acon. ou Aconit.;
• Atropa belladona ou Belladona = Bell. ou Bellad.;
• Mercurius solubilis = Merc. Sol. ou Mercur. sol.;
• Mercurius sublimatus corrosivus = Merc. Corr.;
• Solanum dulcamara ou Dulcamara = Dulc. ou Dulcam.
• Exemplos vegetais de onde são extraídos alguns medicamentos
homeopáticos:
Atropa belladona L. Strychnos nux vomica L.
MEDICAMENTO HOMEOPÁTICO
• É o medicamento destinado a ser ministrado segundo o princípio
da similitude, obtido pelo método de diluições seguidas de
sucussões e/ou trituração sucessivas, com finalidade preventiva e
terapêutica.
ORIGEM DOS MEDICAMENTOS
HOMEOPÁTICOS:
• Reino Vegetal: derivados de
plantas: Ex. cebola (Alium cepa),
arnica (Arnica montana);
ORIGEM DOS MEDICAMENTOS
HOMEOPÁTICOS:
• Reino Mineral: são utilizadas
substâncias puras: Ex. ouro (Aurum
metallicum) e alguns sais orgânicos
e inorgânicos: Ex. cloreto de sódio
(Natrum muriaticum);
• Reino Animal: utilizamos animais
inteiros: Ex. abelha (Apis mellifica);
produtos ou secreções. Ex. veneno de
cascavel norte americana (Crotalus
horridus); Os opoterápicos se
enquadram neste reino, por serem
obtidos de glândulas, órgãos e tecidos
animais.
• Reino Fungi, Monera e Protista: são
substâncias provenientes de
produtos biológicos, organismos
vivos ou não e suas toxinas. São
representantes do Reino Fungi os
fungos, cogumelos e as leveduras, do
Reino Monera as bactérias e
cianobactérias e do Reino Protista os
protozoários e algas. Exs. Reino
Fungi: bovista (Lycoperdon bovista),
Reino Monera: Streptococcinum
(Streptococcus pyogenes) e Reino
Protista: Giardinum (Giardia
lamblia).
Origem dos medicamentos homeopáticos:
CATEGORIA DE MEDICAMENTOS HOMEOPÁTICOS
• Policrestos: são medicamentos homeopáticos utilizados
com bastante frequência na clinica médica homeopáticas;
• Semipolicrestos: são os medicamentos homeopáticos
que sua utilização não se dá com tanta frequência;
• Agudos: São preparados a partir de drogas que
proporcionam quadros agudos violentos durante o
experimento patogenético, são utilizados para aliviar
sintomas agudos;
CATEGORIA DE MEDICAMENTOS HOMEOPÁTICOS
• De fundo: Estão relacionados aos quadros crônicos,
de acordo com a instituição, temperamento e miasma;
• Complementares: Prescrição de dois ou mais
medicamentos para cobrir a totalidade dos sintomas
do doente;
CATEGORIA DE MEDICAMENTOS HOMEOPÁTICOS
• Antídotos: Medicamento ou substância capaz de
neutralizar os sintomas da agravação, provocados por
outros medicamentos;
• Placebo: É usado para interromper dependência
medicamentosa antes do uso do simillimum, para
satisfazer os impulsos dos hipocondríacos, nas provas
de cego e duplo-cego, durante o experimento
patogenético e nos agravamentos iniciais enquanto
aguarda-se o desenvolvimento de sintomas
secundários.
Veículos e Excipientes
VEÍCULOS E EXCIPIENTES
• Insumos inertes, utilizados para realizar as diluições, incorporar as
dinamizações e extrair os princípios ativos das drogas na elaboração
das tinturas homeopáticas, tem que atender às condições de pureza
exigidas pela farmacopeia homeopática brasileira;
• Água; Álcool; Glicerina;
• Lactose; Sacarose; Glóbulos inertes; Microglóbulos inertes;
• Comprimidos inertes; Tabletes inertes;
Diluições Alcoólicas:
Emprega-se o álcool nas mais diversas graduações para a elaboração
das tinturas e dinamizações homeopáticas.
• Etanol a 5% e 10%: para doses únicas e preparações infantis;
• Etanol a 20%: passagem da forma sólida (trituração) para a forma líquida;
• Etanol a 30%: dispensação de medicamentos homeopáticos em gotas;
• Etanol a 70%: é usado nas dinamizações intermediárias e na preparação de
glóbulos, comprimidos e tabletes;
• Etanol a 96%: é empregado na dinamização de medicamentos preparados na
escala cinquenta milesimal (proporção 1/50.000);
Prazo de validade das diluições alcoólicas:
• Água purificada: 24 horas;
• Etanol a 5%: 2 meses;
• Etanol a 20%: 6 meses;
• Etanol a 30%: 1 ano;
• Etanol a 70%: 5 anos;
PREPARO DAS DILUIÇÕES ALCOÓLICAS
• Alcoômetro de Gay Lussac (ºGL):
PREPARO DAS DILUIÇÕES ALCOÓLICAS
• As diluições alcoólicas serão obtidas a partir de etanol que deve conter: no
mínimo, 96,0% (V/V) e, no máximo, 99,9% (V/V) de Etanol ou Álcool etílico
(C2H5OH (PM = 46,07);
• A água pode ser obtida por: destilação, bi-destilação, deionização-filtração
esterilizante e osmose-reversa;
• O álcool utilizado como matéria-prima para produção de medicamentos é
o álcool de cereais, feito de milho, arroz etc e o álcool etílico hidratado ou
etanol (mais comumente utilizado);
Álcool etílico ou
Etanol;
Fórmula estrutural;
PREPARO DAS DILUIÇÕES ALCOÓLICAS
• Insumos Inertes em Homeopatia – Glóbulos, tabletes e álcool
ocupando 2/3 do frasco;
TINTURA-MÃE
• É a preparação líquida, resultante da ação dissolvente e/ou extrativa
de um insumo inerte hidro alcoólico sobre uma determinada droga;
Preparação da Tintura-Mãe de origem vegetal:
• Droga: vegetal fresco ou dessecado;
• Parte empregada: vegetal inteiro, parte ou secreção;
• Insumo Inerte: etanol em diferentes graduações em função do
resíduo sólido da droga utilizada na preparação.
TINTURA-MÃE
A graduação alcoólica deverá ser
especificada. De modo geral, deve
ser obedecida a seguinte orientação:
• Resíduo sólido até 25%, utilizar etanol
a 90% (p/p);
• Resíduo sólido entre 30% a 35%,
utilizar etanol a 80% (p/p);
• Resíduo sólido entre 40% a 50%,
utilizar etanol a 70% (p/p).
Preparação da Tintura-Mãe
Origem vegetal
• Processo de Maceração para vegetal fresco ou dessecado;
• Percolação para droga vegetal dessecada;
Origem animal
• Maceração;
CONSERVAÇÃO DA TINTURA-MÃE
• Recipiente de vidro âmbar, bem fechado, protegido do calor e da luz
direta.
• Prazo de validade: A ser determinado, caso a caso, porém, o mais usual
é a validade da tintura-mãe de até 5 anos. (Se a preparação estiver em
álcool 70%)
Métodos de Trituração e Maceração
A-) Trituração B-) Maceração
Método de Percolação
Frasco âmbar para conservação da TM
FORMAS FARMACÊUTICAS DERIVADAS
• São preparações oriundas de forma farmacêutica básica ou a própria
droga, representando desconcentrações obtidas através de diluições
seguidas de sucussões e/ou triturações sucessivas.
Exemplos de formas farmacêuticas:
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Graduação em Farmácia: Conceitos Básicos da Homeopatia

  • 1. Graduação em Farmácia Prof.Esp.LICIA PAULA SCHELBAUER BORGES Homeopatia
  • 2. Conceitos básicos da Homeopatia: • Droga: matéria prima de origem animal, vegetal, mineral ou biológica constituída por um ou mais fármacos; • Fármaco: Produto ou substância que, em contato ou introduzida em um sistema biológico, modifica uma ou mais de suas funções, com finalidade terapêutica ou preventiva; • Ponto de partida: tintura-mãe, droga ou fármaco, utilizado como ponto inicial para obtenção das formas farmacêuticas homeopáticas. • Diluição homeopática: distribuição do soluto (droga) em um solvente inerte, doses infinitesimais; • Tintura-Mãe: preparação líquida, resultante da ação dissolvente e/ou extrativa de um insumo inerte hidro alcoólico sobre uma determinada droga. É identificada pelo nome da planta, animal ou mineral do qual foi preparado com a sigla TM.
  • 3. • Insumo ativo: droga ou fármaco que se constitui no ponto de partida para a preparação de medicamento. Ex. TM Thuya; Exemplar de Thuya officinalis;
  • 4. • Insumo inerte: substância complementar de qualquer natureza, sem propriedades farmacológicas ou terapêuticas e utilizada como veículo ou excipiente, bem como material de outra origem destinado ao acondicionamento de formas farmacêuticas. Ex. álcool, água, sacarose, lactose, glóbulos etc.
  • 5. • Sucussão: agitação vigorosa e ritmada após a diluição gerando a liberação de energia podendo ser de forma mecânica ou manual; • Trituração: consiste na redução do tamanho das partículas do fármaco por ação mecânica, com lactose e com excipiente, em geral feita em gral de porcelana, para diluir e dinamizar o mesmo; • Potência: Número de acordo com seu grau de diluição que representa a potência do medicamento, isto é, o número de vezes em que o medicamento foi dinamizado;
  • 6. • Dinamização: É o conjunto das operações aplicadas às formas farmacêuticas derivadas: DILUIÇÃO + SUCUSSÃO (substâncias líquidas) ou DILUIÇÃO + TRITURAÇÃO (substâncias sólidas), na concentração decrescente de insumos ativos, resultando a potência do medicamento. O objetivo no processo de dinamização é liberar e potencializar a energia existente na intimidade da matéria. Atuando assim sem agredir, estimulando os mecanismos naturais de defesa orgânica. CLASSIFICAÇÃO DAS DINAMIZAÇÕES • Tintura-mãe, TM, até CH 12 – Baixa; • CH 13 até CH 199 – Média; • CH 200 até CH 9.999 – Alta; • CH 10.000 até CH 100.000.000 - Altíssima.
  • 7. Classificação das Dinamizações • Tintura-mãe, TM, até CH 12 – Baixa; • CH 13 até CH 199 – Média; • CH 200 até CH 9.999 – Alta; • CH 10.000 até CH 100.000.000 - Altíssima.
  • 8. REGRAS DE NOMENCLATURA • Quando se emprega apenas uma espécie de um dado gênero é facultado omitir a espécie, desde que isto não dê lugar a confusões: – Lycopodium (Lycopodium clavatum); – Bryonia (Bryonia alba); – Ruta (Ruta graveolens); – Tamarindus (Tamarindus indica); * No caso de nome consagrado pela homeopatia, é facultado usar o nome da espécie, omitindo-se o gênero: – Belladonna (Atropa belladonna) – Chamomilla (Matricaria chamomilla) – Dulcamara (Solanum dulcamara)
  • 9. Sinonímia O emprego de sinônimos deve restringir-se aos constantes de obras consagradas na literatura científica. Medicamentos apresentados com denominação de sinônimos arbitrários, não constantes de tais obras, são considerados medicamentos secretos. O uso do código, sigla, número e nome arbitrário é proibido pela legislação farmacêutica brasileira. Ex.: • Arsenicum album = Metallum album; • Calcarea carbonica = Calcarea ostrearum, Calcarea osthreica; • Chamomilla = Matricaria; • Ipeca ou Radix = Cephaelis ipecacuanha; • Lycopodium = Muscus clavatus; • Blatta orintalis = Periplaneta orientalis;
  • 10. NOMES ABREVIADOS • O emprego de nome abreviado do medicamento pode dar lugar à confusão na inteligibilidade do receituário e na sua correta interpretação. Ex.: Arsenic. sulf. - Arsenicum sulfuratum flavum = Arsenic. sulf. flav = Sulfeto de arsênio = As2S3 - Arsenicum sulfuratum rubrum = Arsenic. sulf. rub. = Bissulfeto de arsênio = As2S2 Exemplos de notações corretas: • Aconitum napellus ou Aconitum = Acon. ou Aconit.; • Atropa belladona ou Belladona = Bell. ou Bellad.; • Mercurius solubilis = Merc. Sol. ou Mercur. sol.; • Mercurius sublimatus corrosivus = Merc. Corr.; • Solanum dulcamara ou Dulcamara = Dulc. ou Dulcam.
  • 11. • Exemplos vegetais de onde são extraídos alguns medicamentos homeopáticos: Atropa belladona L. Strychnos nux vomica L.
  • 12. MEDICAMENTO HOMEOPÁTICO • É o medicamento destinado a ser ministrado segundo o princípio da similitude, obtido pelo método de diluições seguidas de sucussões e/ou trituração sucessivas, com finalidade preventiva e terapêutica.
  • 13. ORIGEM DOS MEDICAMENTOS HOMEOPÁTICOS: • Reino Vegetal: derivados de plantas: Ex. cebola (Alium cepa), arnica (Arnica montana);
  • 14. ORIGEM DOS MEDICAMENTOS HOMEOPÁTICOS: • Reino Mineral: são utilizadas substâncias puras: Ex. ouro (Aurum metallicum) e alguns sais orgânicos e inorgânicos: Ex. cloreto de sódio (Natrum muriaticum);
  • 15. • Reino Animal: utilizamos animais inteiros: Ex. abelha (Apis mellifica); produtos ou secreções. Ex. veneno de cascavel norte americana (Crotalus horridus); Os opoterápicos se enquadram neste reino, por serem obtidos de glândulas, órgãos e tecidos animais.
  • 16. • Reino Fungi, Monera e Protista: são substâncias provenientes de produtos biológicos, organismos vivos ou não e suas toxinas. São representantes do Reino Fungi os fungos, cogumelos e as leveduras, do Reino Monera as bactérias e cianobactérias e do Reino Protista os protozoários e algas. Exs. Reino Fungi: bovista (Lycoperdon bovista), Reino Monera: Streptococcinum (Streptococcus pyogenes) e Reino Protista: Giardinum (Giardia lamblia).
  • 17. Origem dos medicamentos homeopáticos:
  • 18. CATEGORIA DE MEDICAMENTOS HOMEOPÁTICOS • Policrestos: são medicamentos homeopáticos utilizados com bastante frequência na clinica médica homeopáticas; • Semipolicrestos: são os medicamentos homeopáticos que sua utilização não se dá com tanta frequência; • Agudos: São preparados a partir de drogas que proporcionam quadros agudos violentos durante o experimento patogenético, são utilizados para aliviar sintomas agudos;
  • 19. CATEGORIA DE MEDICAMENTOS HOMEOPÁTICOS • De fundo: Estão relacionados aos quadros crônicos, de acordo com a instituição, temperamento e miasma; • Complementares: Prescrição de dois ou mais medicamentos para cobrir a totalidade dos sintomas do doente;
  • 20. CATEGORIA DE MEDICAMENTOS HOMEOPÁTICOS • Antídotos: Medicamento ou substância capaz de neutralizar os sintomas da agravação, provocados por outros medicamentos; • Placebo: É usado para interromper dependência medicamentosa antes do uso do simillimum, para satisfazer os impulsos dos hipocondríacos, nas provas de cego e duplo-cego, durante o experimento patogenético e nos agravamentos iniciais enquanto aguarda-se o desenvolvimento de sintomas secundários.
  • 22. VEÍCULOS E EXCIPIENTES • Insumos inertes, utilizados para realizar as diluições, incorporar as dinamizações e extrair os princípios ativos das drogas na elaboração das tinturas homeopáticas, tem que atender às condições de pureza exigidas pela farmacopeia homeopática brasileira; • Água; Álcool; Glicerina; • Lactose; Sacarose; Glóbulos inertes; Microglóbulos inertes; • Comprimidos inertes; Tabletes inertes;
  • 23. Diluições Alcoólicas: Emprega-se o álcool nas mais diversas graduações para a elaboração das tinturas e dinamizações homeopáticas. • Etanol a 5% e 10%: para doses únicas e preparações infantis; • Etanol a 20%: passagem da forma sólida (trituração) para a forma líquida; • Etanol a 30%: dispensação de medicamentos homeopáticos em gotas; • Etanol a 70%: é usado nas dinamizações intermediárias e na preparação de glóbulos, comprimidos e tabletes; • Etanol a 96%: é empregado na dinamização de medicamentos preparados na escala cinquenta milesimal (proporção 1/50.000);
  • 24. Prazo de validade das diluições alcoólicas: • Água purificada: 24 horas; • Etanol a 5%: 2 meses; • Etanol a 20%: 6 meses; • Etanol a 30%: 1 ano; • Etanol a 70%: 5 anos;
  • 25. PREPARO DAS DILUIÇÕES ALCOÓLICAS • Alcoômetro de Gay Lussac (ºGL):
  • 26. PREPARO DAS DILUIÇÕES ALCOÓLICAS • As diluições alcoólicas serão obtidas a partir de etanol que deve conter: no mínimo, 96,0% (V/V) e, no máximo, 99,9% (V/V) de Etanol ou Álcool etílico (C2H5OH (PM = 46,07); • A água pode ser obtida por: destilação, bi-destilação, deionização-filtração esterilizante e osmose-reversa; • O álcool utilizado como matéria-prima para produção de medicamentos é o álcool de cereais, feito de milho, arroz etc e o álcool etílico hidratado ou etanol (mais comumente utilizado); Álcool etílico ou Etanol; Fórmula estrutural;
  • 27. PREPARO DAS DILUIÇÕES ALCOÓLICAS • Insumos Inertes em Homeopatia – Glóbulos, tabletes e álcool ocupando 2/3 do frasco;
  • 28. TINTURA-MÃE • É a preparação líquida, resultante da ação dissolvente e/ou extrativa de um insumo inerte hidro alcoólico sobre uma determinada droga; Preparação da Tintura-Mãe de origem vegetal: • Droga: vegetal fresco ou dessecado; • Parte empregada: vegetal inteiro, parte ou secreção; • Insumo Inerte: etanol em diferentes graduações em função do resíduo sólido da droga utilizada na preparação.
  • 29. TINTURA-MÃE A graduação alcoólica deverá ser especificada. De modo geral, deve ser obedecida a seguinte orientação: • Resíduo sólido até 25%, utilizar etanol a 90% (p/p); • Resíduo sólido entre 30% a 35%, utilizar etanol a 80% (p/p); • Resíduo sólido entre 40% a 50%, utilizar etanol a 70% (p/p).
  • 30. Preparação da Tintura-Mãe Origem vegetal • Processo de Maceração para vegetal fresco ou dessecado; • Percolação para droga vegetal dessecada; Origem animal • Maceração; CONSERVAÇÃO DA TINTURA-MÃE • Recipiente de vidro âmbar, bem fechado, protegido do calor e da luz direta. • Prazo de validade: A ser determinado, caso a caso, porém, o mais usual é a validade da tintura-mãe de até 5 anos. (Se a preparação estiver em álcool 70%)
  • 31. Métodos de Trituração e Maceração A-) Trituração B-) Maceração
  • 33. Frasco âmbar para conservação da TM
  • 34. FORMAS FARMACÊUTICAS DERIVADAS • São preparações oriundas de forma farmacêutica básica ou a própria droga, representando desconcentrações obtidas através de diluições seguidas de sucussões e/ou triturações sucessivas. Exemplos de formas farmacêuticas: