2. Contextualização
• Você já parou para pensar qual o papel
do farmacêutico na Sociedade?
• Como esse profissional contribui para à
saúde da população?
3. Antes do Uso
Durante o Uso
Medicamentos
de
qualidade
Medicamentos
acessíveis
Adequadamente
Prescritos/
Indicados
Adequadamente
dispensados
Informações
disponíveis
para utilização
Monitorização
da efetividade
Monitorização
da segurança
Necessidades da população relacionadas a Medicamentos
(Correr, 2011)
4. Assistência Farmacêutica – da gestão logística a gestão clínica
• O papel do farmacêutico por muito tempo ficou restrito a logística
Seleção Programação Aquisição
Armazenamento Distribuição Dispensação
6. • RDC-CFF 585 / 2013
• RDC-CFF 586 / 2013
• Lei 13021 / 2014
Transformam a forma de atuação do farmacêutico,
partindo das novas demandas sociais
Atribuições Clínicas do Farmacêutico
(CFF, 2013a; CFF, 2013b; BRASIL, 2014)
7. • Farmacêutico e farmácia passam a integrar a rede de atenção a saúde;
• Farmacêutico assume a postura de profissional de saúde responsável
por prevenir e resolver problemas da farmacoterapia – garantindo uma
farmacoterapia ideal
Farmacêutico deixa de ser o profissional apenas do MEDICAMENTO e passa
a ser o profissional do PACIENTE e do CUIDADO
Assistência Farmacêutica – da gestão logística a gestão clínica
(Correr, Otuki, 2013)
8. SEGURANÇA
- A farmacoterapia não produz novos problemas de saúde
- A farmacoterapia não agrava problemas de saúde pré-existentes
EFETIVIDADE
- O paciente apresenta a resposta esperada à medicação
- O regime posológico está adequado ao alcance das metas terapêuticas
ADESÃO TERAPÊUTICA
- O paciente compreende e é capaz de cumprir o regime posológico
- O paciente concorda e adere ao tratamento numa postura ativa
NECESSIDADE
- O paciente utiliza todos os medicamentos que necessita
- O paciente não utiliza nenhum medicamento desnecessário
Baseado nos estudos de Cipolle, Strand, Morley e Fernández-Llimós et al.
Farmacoterapia ideal
9. Centros de
especialidades
Unidades
Básicas de
Saúde
Unidades de
Pronto
Atendimento
Centros de
Atenção
psicossocial
Hospitais
Farmácias
Comunitárias
Farmácia do
CEAF
Redes de atenção à SaúdeTransições
• Transição demográfica
• Transição
epidemiológica
• Redes de Atenção à
Saúde
• Assistência Farmacêutica
(MENDES, 2009; MENDES, 2012)
11. Morbimortalidade relacionada a medicamentos
• Os medicamentos são considerados uma
estratégia terapêutica extremamente efetiva,
entretanto, seu uso também pode acarretar em
danos!
12. NÍVEIS DE PREVENÇÃO
PREVENÇÃO
TERCIÁRIA
PREVENÇÃO
SECUNDÁRIA
PREVENÇÃO
PRIMÁRIA
Educação
em Saúde
Identificação,
resolução e
prevenção de Erros
de Medicação
Identificação Precoce
e Intervenção
Imediata
PERÍODO PRÉ-PATOGÊNICO PERÍODO PATOGÊNICO
Processo de Seleção e
Administração da Farmacoterapia
Limitação do dano Reabilitação
Fatores do medicamento
Fatores do paciente
Fatores da equipe de saúde
CURSO DA MORBIMORTALIDADE CAUSADA POR MEDICAMENTOANTES DA UTILIZAÇÃO
Processo
Biofarmacêutico
Processo
Farmacocinético
Processo
Farmacodinâmico
Resultado
Terapêutico
Período de latência
Alteração Fisiológica
Sinais e Sintomas
Defeito ou Dano
Cronicidade
Morte
HORIZONTE CLÍNICO
Resultado
terapêutico ótimo
13. Danos ocasionados por medicamentos
Danos ocasionados
por medicamentos
Morbimortalidade
relacionada a
medicamentos
Hospitalizações
Óbitos
Urgência e
emergência
Custos
Reações adversas a
medicamentos
Overdoses
Erros de medicação
Interações medicamentosas
Medicamentos impróprios
Medicamentos desnecessários
Omissões terapêuticas
Reduções de dose
Não adesão
Falha terapêutica
(Souza, 2013; Souza et., 2014; Freitas, 2017)
14. Série histórica da taxa de mortalidade
Fonte:https://scielosp.org/article/csp/2018.v34n6/e00100917/#ModalFigf1
15. • A proporção de pacientes ambulatoriais que sofrem EAM é estimada
em 25% e a ocorrência é de 27 eventos para cada 100 pacientes;
• Ao menos 40% desses eventos são considerados evitáveis, ou passíveis de
prevenção.
• 6% das internações ocorrem por EAM;
• Até 40% estão sujeitos a EAM durante o internamento!
Morbimortalidade relacionada a medicamentos
(Souza, 2013; Souza et., 2014; Freitas, 2017)
16. Morbimortalidade relacionada a medicamentos
• Atualmente, existe uma grande diversidade de termos e definições ligadas à
segurança do paciente relacionada aos medicamentos, sendo os mais utilizados:
EAM
Intoxicações
medicamentosas
Erros de
Medicação
RAMPRM
RNM
Medicamento
Inapropriado
Medicamento
Desnecessário
Não AdesãoRedução Abrupta
da dose
Interações
medicamentosas
Falha terapêutica
(Souza, 2013; Souza et., 2014; Freitas, 2017)
17. Problemas Relacionados a Medicamentos
• O termo “problema relacionado a medicamento” (PRM) surgiu como
tentativa de descrever e classificar todos os problemas ocasionados pelo
uso, ou falta de uso, de medicamentos clinicamente necessários;
• De acordo com a OPAS - PRMs podem ser ocasionados por diferentes
causas, tais como: as relacionadas ao sistema de saúde, ao paciente e seus
aspectos biopsicosociais, aos profissionais de saúde e ao medicamento;
• Vários sistemas de classificação
• Granada – insere a terminologia RNM em 2007
• PI-DOC
• PAS
• PCNE
LIMITAÇÃO: terminologia adotada
exclusivamente por FARMACÊUTICOS
(Souza, 2013; Souza et., 2014)
18. Problemas Relacionados a Medicamentos
• Em ambulatório, estima-se que 70-90% dos pacientes vivenciam algum tipo de
problema, principalmente necessidade não atendida de medicamento,
subdosagem, baixa adesão e inefetividade terapêutica;
• Um estudo realizado com pacientes que faziam parte de um programa de
atenção farmacêutica em farmácias comunitárias e ambulatórias demonstrou
que 42% dos 5.136 pacientes entrevistados possuíam PRMs, sendo a maior
frequência detectada entre idosos.
(Souza, 2013; Souza et., 2014; Brasil, 2014; Souza, 2017)
19. Evento Adverso a Medicamento
• Evento adverso a medicamento (EAM) é definido como qualquer
injúria ou dano relacionado ao uso de medicamentos, ou sua falta em
caso de necessidade explícita;
• Pode resultar em diferentes desfechos, incluindo:
• agravamento de um problema de saúde existente
• ausência de melhora esperada no estado de saúde
• surgimento de uma nova patologia
• mudança de uma função orgânica
• resposta nociva devido ao uso de medicamentos
(Souza, 2013; Souza et., 2014)
20. Evento Adverso a Medicamento
• Os EAMs podem ser evitáveis (preveníveis) ou inevitáveis (não
preveníveis)
Evitáveis
Associados a erros de medicação e não
teriam ocorrido se o paciente tivesse
recebido padrões adequados de
assistência apropriada
Não Evitáveis
Geralmente associados às reações
adversas a medicamentos e não resultam
de erros, mas refletem o risco inerente aos
medicamentos
(Souza, 2013; Souza et., 2014)
21. Evento Adverso a Medicamento
• A incidência de internação devido à EAM varia de 5,0 a 5,8%. A
proporção de EAMs evitáveis é significativa, variando de 3,7% a
30,7%;
• As admissões ocasionadas por EAMs evitáveis são associadas a
problemas de:
• Prescrição (30,6%)
• Adesão (33,3%)
• Monitoramento do paciente (22,2%)
(Souza, 2013; Souza et., 2014)
22. APS & COMUNIDADE
HOSPITAL
SERVIÇOS DE
EMERGÊNCIA
14,6% (12,6 – 16,9%)
16,0 % (14,5 – 17,6%)
33,8% (32,1 – 35,5%)
0,7 % (0,6 – 0,7%)
3,1% (2,5 – 3,7%)
5,6 % (5,5 – 5,6%)
19,8 % (17,7 – 22,0%)
34,6% (31,6 – 37,8%)
EAM POR PONTO DE ATENÇÃO À SAÚDE E FAIXA ETÁRIA
0,7% (0,6 – 0,7%)
(Souza, 2013)
23. Erro de Medicação
• Erro de medicação (EM) inclui qualquer desvio dos padrões normais
de atendimento adequado para o momento da terapia
medicamentosa;
• Por definição, um erro de medicação é sempre evitável;
• Erros podem gerar ou não EAM (danos)
(Souza, 2013; Souza et., 2014)
24. Erro de Medicação
• Erros podem ocorrer nas diferentes etapas do processo de uso de
medicamentos:
• Prescrição
• Transcrição
• Dispensação
• Preparação
• Armazenamento
• Distribuição
• Administração
• Monitorização
(Souza, 2013; Souza et., 2014)
25. Erro de Medicação
• Dentro dos hospitais, EM e EAM são considerados importantes causas
de dano e óbito de pacientes;
• Os erros de medicação trazem também sérias consequências
econômicas às instituições de saúde:
• Estima se um gasto de aproximadamente US$ 4.700 por evento adverso de
medicamento evitável ou por volta de US$ 2,8 milhões, anualmente, em um
hospital de ensino com 700 leitos.
(Souza, 2013; Souza et., 2014)
26. Reação adversa a medicamento
• Reação adversa a medicamento (RAM) é definida como qualquer efeito prejudicial ou
indesejável, não intencional, resultante da administração de um medicamento em doses
normalmente utilizadas no homem para profilaxia, diagnóstico e tratamento:
• Podem provocar consequências desde pouca relevância clínica até prejuízos graves
como hospitalização, incapacitação ou morte;
• 5ª causa de MORTE nos hospitais americanos;
• 5-10% das admissões hospitalares;
• Mais prevalentes em idosos.
(Souza, 2013; Souza et., 2014)
27. APS & COMUNIDADE
HOSPITAL
SERVIÇOS DE
EMERGÊNCIA
6,7% (5,0 – 9,1%)
15,1% (4,8 – 38,4%)
9,6 % (3,1 – 26,5%)
2,2% (0,9 – 5,3%)
4,9 % (1,3 – 16,8%)
11,1 % (1,8 – 45,4%)
3,1% (1,2 – 7,4%)
RAM POR PONTO DE ATENÇÃO À SAÚDE E FAIXA ETÁRIA
2,4% (1,0 – 5,9%)
10,2% (3,2 – 28,0%)
13,5% (4,4 – 34,6%)
6,2% (0,5 – 46,9%)
(Souza, 2013)
28. Principais grupos farmacológicos envolvidos na MMRM
MMRM
Medicamentos que
atuam no SNC
Antineoplásicos e
Imunomoduladores
Medicamentos que
atuam no sistema
respiratório
Medicamentos
Anti-infecciosos
Medicamentos
cardiovasculares
(Souza, 2013)
29. 10 PRINCIPAIS FATORES DE RISCO QUE CONDICIONAM O
SURGIMENTO DE MMRM
Fator de risco Número de estudos
> 4 medicamentos 51
Presença de comorbidades 24
Idade > 65 anos 23
Gênero feminino 19
Uso de medicamentos que atuam no SNC 10
Uso de anti-infecciosos 10
Uso de medicamentos cardiovasculares 7
Uso de analgésicos 7
Presença de doença renal 5
Uso de medicamentos inapropriados 4
(Souza, 2013)
32. A área da Farmácia Clínica e o
modelo de prática do Cuidado
Farmacêutico
33. Holland RW, Nimmo CM. Transitions, part 1: beyond pharmaceutical care. Am J Health Syst Pharm. 1999 1;56(17):1758-64.
Farmácia Clínica e Atenção farmacêutica – Histórico
36. Histórico da Cuidado Farmacêutico e da Atenção Farmacêutica
1975
• (Mike
al et
al.)
1980
• (Brodi
e et
al.)
1990
• (Hepler &
Strand)
• Pharmac
eutical
care
1998
• (Stran,
Cipolle
e
Morley)
2001
• Atención
Farmacé
utica (ES)
2002
• Atençã
o
Farmac
êutica
(BR)
2013
• RDC
585,
586
(BR)
2014
• MS –
Cader
nos 1
a 4
2014
• Lei
130
21
2016
• CFF
–
Arc
abo
uço
37. Métodos clínicos de atenção farmacêutica
SOAP
Pharmacist's workup
of drug therapy
(PWDT)
Therapeutic Outcomes
Monitoring (TOM)
Método Dáder
38. Processo de Cuidado Farmacêutico do Paciente
• Revisão da
Farmacoterapia
• Identificação dos
Problemas presentes e
potenciais
• Definir Metas
Terapêuticas
• Intervenções
• Agendamento de Retorno
e Seguimento
• Dados Específicos do
Paciente
• História clínica
• História
de Medicação
• Resultados e Progresso do
Paciente
• Alcance das Metas
Terapêuticas
• Novos
Problemas
Realizar o
seguimento
individual do
paciente
Coletar e
organizar dados
do paciente
Identificar
problemas
relacionados à
farmacoterapia
Elaborar um
plano de cuidado
em conjunto com
o paciente
1
23
4
(Correr, Otuki, 2013)
39. (CFF, 2016)
Modelo lógico-conceitual dos serviços farmacêuticos
As atividades-fim referem-se àquelas
relativas à assistência direta ao paciente, à
família e à comunidade
41. Serviços Farmacêuticos diretamente destinados ao Paciente,
Família e Comunidade
Educação em saúde
Rastreamento em
saúde
Dispensação
especializada de
medicamentos
Manejo de
problemas de
saúde
autolimitados
Revisão da
farmacoterapia
Monitorização
terapêutica
Gestão da condição
de saúde
Acompanhamento
farmacoterapêutico
Conciliação
terapêutica
(CFF, 2016)
43. CURSO SERVIÇOS FARMACÊUTICOS DIRETAMENTE
DESTINADOS AO PACIENTE, FAMÍLIA E COMUNIDADE
Coordenação Pedagógica: Profª. Dra. Thais Teles de Souza
thaisteles.ufpb@gmail.com