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V I T Ó R I A , E S | T E R Ç A - F E I R A , 2 0 D E J U N H O D E 2 0 1 7
ESPECIALProjetodeMarketing
Umaescola
quepossa
formarpara
serfeliz>4
Pesquisa
revelaoque
estudantes
querem>3
Aplicativo
ajudaaluno
escolhera
profissão>6
CACÁ LIMA
SeminárioTribunadeEducaçãoEvento promovido pela Rede Tribuna reuniu autoridades e educadores com palestras
que abordaram as mudanças necessárias para uma nova educação.
AUTORIDADES, EDUCADORES E
ESTUDANTES lotaram o auditório da Casa
Aberta, em Vitória, para ouvir palestras
2 ATRIBUNA VITÓRIA, ES, TERÇA-FEIRA, 20 DE JUNHO DE 2017
Especial
Palestrantes apontam
novos caminhos para
a inovação nas escolas
durante seminário
promovido pela
Rede Tribuna
U
ma criança entra na creche
aos 6 meses e vai até os 17
anos para concluir a educa-
ção básica no Brasil. Só isso de-
monstra a importância que a esco-
la tem na vida de cada brasileiro.
No momento, o País atravessa
uma fase de repensar todo o pro-
cesso educativo, do Fundamental
ao Ensino Médio, com ações que
inovem o processo de ensino e
aprendizagem.
“Esse é o maior desafio no nosso
País. Fazer uma educação básica
CACÁ LIMA
UM TOTAL DE 1,8 MIL PARTICIPANTES, em sua maioria educadores e estudantes da área, participou da 15ª edição do Seminário Tribuna de Educação
PlanoNacional
criabasepara
escolasem
tempointegral
ExpedientePROJETODEMARKETINGCONTATOS: (27)3232-5945JORNALISTA RESPONSÁVEL: FabianaPizzaniEDIÇÃO E REPORTAGEM: KikinaSessaCOLABORAÇÃO: BrígidaValadares
Futuro
“Osemináriofoi
excelente, com
mensagens muito
importantes. A
fala do secretário
sobre no que se
pretende trans-
formar o Estado foi muito positi-
va,mostraqueagentetemfutu-
ro.Aspalestrasnosderamaces-
so a informações que ajudam o
nossotrabalhoecomopodemos
plantar um bom futuro.”
Denise Cadete, diretora do
Banco de Desenvolvimento do
Espírito Santo (Bandes)
O QUE ELES DIZEM
Debate
“Émuitoimpor-
tante que uma re-
de de comunica-
ção abra espaço
para discutir te-
mas como o futu-
ro do Ensino Mé-
dio e da educação como um to-
do. A educação é que vai salvar
essePaís.Então,aRedeTribuna
está no caminho certo, promo-
vendo esse debate, trazendo
gente qualificada para discutir
esse assunto.”
Benildo Denadai,
diretor técnico do Sebrae-ES
Referência
“Esse seminá-
rio passou a ser
uma marca na
área da educa-
ção, vocês estão
de parabéns. Se
nós investimos
emeducação,resolvemosopro-
blemadaviolência,dasaúde,da
política. O salão está repleto de
professores e alunos, é gratifi-
cante participar desse evento.”
Moacir Lellis, vice-presidente
do Sindicato das Empresas
Particulares de Ensino
(Sinepe-ES)
Conexão
“O seminário
tem uma conexão
com o trabalho
que o Sesi desen-
volve. Prepara-
mos cidadãos pa-
ra o empreende-
dorismo, o emprego de qualida-
de e a produtividade. Nossa ba-
se é preparar o indivíduo para a
vidaapartirdasuapotencialida-
de. Evento como esse reforça o
que nós pregamos e queremos
para a nossa sociedade.”
José Carlos Bergamim,
diretor do Sesi-ES
Qualidade
“A Rede Tribu-
na está de para-
béns pela 15a
edi-
ção desse evento
e a qualidade das
palestras con-
templadas na
programação. Fico muito feliz
com a oportunidade de partici-
par desse seminário, principal-
mente por esse tema ir tão de
encontro com o trabalho desen-
volvido no município da Serra.”
Márcia Lamas, vice-prefeita
e secretária de Educação
da Serra
O Plano Nacional de Educação,
que tornou-se lei em 2014, aponta
uma direção para a educação bra-
sileira. Apesar das metas contro-
versas, existem metas importantes
queorientamotrabalhodosgesto-
res e que estão sendo cumpridas,
como a base nacional comum cur-
ricular.
O secretário de Estado da Edu-
cação,HaroldoCorreaRocha,ava-
lia que a base traz uma visão que
vai marcar a educação brasileira,
que é a ideia da educação integral.
“A escola contemporânea tem
que desenvolver três blocos de
competências: cognitivas, comu-
nicativasesociaisepessoais.Issoé
uma inovação fundamental”, afir-
ma o secretário, lembrando que o
Brasilquerfazereducaçãointegral
em tempo integral.
Em 1960, a média de filhos das
famíliasbrasileiraserade6,3,eho-
je é 1,6. O IBGE indica que esse
percentual vai estabilizar em 1,5.
Esse dado aponta para uma redu-
ção no número de matrículas na
educação básica.
“A educação de tempo integral é
60%maiscaraqueadetempopar-
cial, mas acho que o País terá con-
dições de fazer isso com sustenta-
bilidade e acho que isso será fun-
damental para fazer a travessia de
uma educação que não é inclusiva,
que não tem alta performance, pa-
ra uma inclusiva, com alta perfor-
mance”, comenta Haroldo.
O secretário acredita que a edu-
cação em tempo integral vai trans-
formar a educação pública brasi-
leira e que será um modelo apro-
priado para o País.
“Desafioéeducaçãode
altaqualidadeparatodos”de alta qualidade e inclusiva. Uma
educação que não deixe tantos pa-
ra trás pelo abandono, pela repro-
vação, e nem deixe os que passam
com o nível de aprendizagem que
não é compatível com o mundo
atual”,disseosecretáriodeEstado
da Educação, Haroldo Correa Ro-
cha, na abertura do Seminário
Tribuna de Educação, realizado
na última quinta-feira, em Vitória.
Segundo o secretário, houve
uma fase recente no Brasil marca-
da por muitas experiências, mas
sem avaliar o que inovou e sem va-
lorizar as boas práticas. “Talvez a
educação brasileira seja a política
pública que mais tenha avaliação
de resultado”, comenta.
A expectativa dos jovens em re-
laçãoaoEnsinoMédiotambémfoi
abordada no evento, com a apre-
sentação de uma pesquisa realiza-
da pelo movimento Todos Pela
Educação.
O diretor de Marketing da Rede
Tribuna, Geraldo Schuller, lem-
brouqueestafoia15ªediçãodoSe-
minário Tribuna de Educação e
que por ter o poder de gerar trans-
formação, o tema é tão desafiador.
“Nossa contribuição, enquanto
rede de comunicação, é comparti-
lhar conteúdos que podem ser co-
locados em prática”, disse Schuller.
O seminário contou com a parti-
cipação de 1,8 mil inscritos e pa-
trocínio da ArcelorMittal, Garoto,
Sesi/Senai e apoio do Governo do
Espírito Santo.
RESULTADO
“
Uma educação que não
deixe tantos para trás
pelo abandono, pela
reprovação, e nem deixe
os que passam com nível
de aprendizagem que não
seja compatível
”Haroldo Correa Rocha, secretário da Educação
DIVULGAÇÃO
ENSINO focado em competências
VITÓRIA, ES, TERÇA-FEIRA, 20 DE JUNHO DE 2017 ATRIBUNA 3
Especial
JovensqueremmaissegurançaPesquisa mostra que
estudantes do Ensino
Médio desejam mais
segurança, boa
infraestrutura e
professores assíduos
CACÁ LIMA
CAROLINA
FERNANDES
apresentou
dados recentes
de pesquisa
O
s estudantes do Ensino Mé-
dio estão atentos aos valo-
res transmitidos pelas esco-
las brasileiras e à atuação docente.
Para eles, a escola ideal se preocu-
pa com a inclusão e assegura o mí-
nimo de infraestrutura para ga-
rantir uma educação de qualidade.
É o que revela a pesquisa “Repen-
sar o Ensino Médio”, iniciativa do
movimento Todos Pela Educação
e realizada pela Multifocus.
O estudo ouviu a opinião de 1551
jovensentre15e19anosedápistas
sobre o que deve estar no radar de
gestores, educadores e especialis-
tasemrelaçãoàspolíticaspúblicas
educacionais para a juventude.
A pesquisa foi apresentada aos
participantes do Seminário Tri-
buna de Educação 2017 pela co-
ordenadora de Relações Institu-
cionais do movimento Todos Pela
Educação, Carolina Fernandes.
Segundo Carolina, o objetivo é en-
tender o jovem de hoje e usar as
informações apuradas para ajudar
a mudar o que precisa ser mudado
no Ensino Médio.
Na percepção dos jovens entre-
vistados entre setembro e outubro
de 2016, segurança, atenção às
pessoascomdeficiência,professo-
res assíduos e boa infraestrutura
são, ao mesmo tempo, os itens de
maior importância e menor satis-
fação em relação a suas escolas.
“Mas os motivos de incômodo
não se restringem aos atributos
externos. Os estudantes também
apontam o próprio comprometi-
PESQUISA
EnsinoMédioparaquê?
Para a maioria dos jovens entrevis-
tadosqueestácursandooEnsinoMé-
dio(71,4%)aprincipalmotivaçãoées-
tar preparado para o vestibular.
O significado da etapa está mais
atrelado à passagem para a educação
superiordoqueàformaçãoparaavida
(10,2%) ou ao preparo básico para o
mundo do trabalho (16,6%).
Cursotécnico
Ainda que a maioria dos jovens en-
tendaoEnsinoMédiocomoumaponte
paraaeducaçãosuperior,grandeparte
vêcomimportânciaumaformaçãobá-
sica que prepare para a vida profissio-
nal – 77,6% dos estudantes atribuem
MOVIMENTO
Oqueé
OTodosPelaEducaçãoéumaorga-
nização social, sem fins lucrativos,
apartidária, que busca ajudar a me-
lhorar a qualidade da educação no
Brasil.Ajuventudeestáentreasques-
tões prioritárias da organização.
ALUNOS
ENXERGAM
o Ensino Médio
apenas como
uma ponte para
o ensino
superior,
tendo como
motivação se
preparar para o
vestibular
Felicidade
“Felicidade es-
tá muito relacio-
nada a servir ao
próximo, a vencer
os desafios, a su-
perar as adversi-
dades e aprender
acrescercomascontrariedades
que surgem ao longo da vida. A
excelência existencial consiste
emcomoseguirnocaminhoque
a gente percorre enquanto che-
ga ao lugar desejado.”
Juliana Gripa Botelho,
coordenadora de Marketing da
Imobiliária Universal
O QUE ELES DIZEM
Mudança
“A Tribuna nos
proporcionou
uma reflexão so-
bre educação e
seusdesafios,co-
mo transformar
os jovens pela
educaçãoetorná-losagentesde
mudançaparaumfuturomelhor.
OprofessorClóvisdeBarrosdeu
um show. Para a vida valer a pe-
na ser vivida precisamos dar o
nosso melhor, educando para o
amor, o respeito e a ética.”
Beatriz Brandão Venturini,
superintendente da Ademi-ES
Percepções
“Excelentes
fundamentos e
importantes per-
cepções a cerca
daimportânciada
participação dos
jovens no ensino.
As palestras ajudaram na refle-
xãosobreavida,profissão,valo-
res e anseios. Reforçaram ainda
a ideia de que devemos viver em
harmonia e lutar por um mundo
melhor.Aeducaçãoéaalavanca
dessa mudança.”
Fernando Cobe, diretor dos
colégios Cobe e Contec
Transformação
“Um dos princi-
pais indutores do
desenvolvimento
de um país é a
educação, então
é fantástica a ini-
ciativa e nós te-
mos que manter e desenvolver
outras como essa. A educação
está mudando para um conceito
não só de instrução, mas para
umprojetodevida.Poressemo-
tivo é tão importante esclarecer
o que está acontecendo.”
Renato Miguez de Menezes,
sócio da empresa startup Kuau
Reflexão
“Esse evento
nos coloca sem-
pre para refletir
sobre o que cada
um de nós pode
fazer pela educa-
ção.Nãoépensar
só no que o governo pode fazer,
ele nos leva a pensar sobre o
nosso papel. Falar em mudança
na maioria das vezes é da boca
prafora.Agir,mudarefazeração
pela educação de fato é coisa
que poucos fazem.”
Bartira Gomes de Almeida,
presidente do Instituto Ponte
grau de importância 9 ou 10 para ma-
térias dirigidas à formação profissio-
nal,técnicaeaconselhamento.
Além disso, 76,5% dos estudantes
aprovariamasubstituiçãodeumterço
dasmatériasdoEnsinoMédiopordis-
ciplinas técnicas à escolha do estu-
dante, caso a carga horária diária da
etapa fosse de 5 horas. A aceitação é
maior na região Nordeste (85,5%), e
menor na região Sul (44,6%).
Oqueesperamdos
professores?
De acordo com a pesquisa, os estu-
dantes do Ensino Médio consideram
como atributos importantes que os
professores demonstrem paixão pela
profissão, que não desistam diante
das dificuldades dos alunos e que co-
brem comprometimento dos alunos.
Carreiradocente
A pesquisa também investigou o in-
teresse dos jovens na carreira docen-
te. Embora 37,6% dos jovens já te-
nham pensado em ser professor,
23,5% disseram ter desistido da ideia.
Ogrupoquepretendeseguiracarreira
é relativamente maior na classe DE
(16,6%), justamente o grupo que re-
quer mais apoio à permanência na
universidade.
Diante desse importante potencial
de futuros professores, que poderiam
amenizar a falta crônica de docentes
no Brasil em algumas disciplinas,
compreender a desistência é funda-
mental. Os principais motivos asso-
ciadosàrejeiçãodaprofissãorefletem
aspectos relacionados à baixa valori-
zação que a sociedade brasileira atri-
buiaosprofessores.Deacordocomos
entrevistados, o pouco respeito dos
alunos (20,9%), o baixo salário inicial
(17,7%) e o pouco reconhecimento da
sociedade (14,2%) fazem com que a
carreira não seja uma opção.
mentoecomportamentonasaulas
como algo de alta relevância e bai-
xa satisfação em relação à escola,
indicando que entendem a educa-
ção como um compromisso de to-
dos da comunidade escolar”, disse
Carolina.
Os conteúdos curriculares e a
maneira como eles são ensinados
também surgiram como temáticas
relevantes para os jovens. Eles es-
tão pouco satisfeitos, por exemplo,
com as aulas de Língua Inglesa e o
uso da tecnologia em sala de aula,
o que pode indicar fragilidades no
currículo e na formação dos pro-
fessores de língua estrangeira,
bem como a falta de uma prepara-
çãodocenteparaasaladeaulaque
contemple a inserção de dispositi-
vos eletrônicos como ferramentas
de aprendizagem.
“
Os estudantes
apontam o
comportamento nas
aulas como algo de
alta relevância e
baixa satisfação
”Carolina Fernandes, palestrante
DIVULGAÇÃO
4 ATRIBUNA VITÓRIA, ES, TERÇA-FEIRA, 20 DE JUNHO DE 2017
Especial
Escolapode
formaraluno
paraserfeliz
Palestrante propôs
uma reflexão sobre
como a educação
escolar pode levar o
aluno a construir uma
convivência melhor
A
vida que vale a pena ser vi-
vida. Este foi o tema da pa-
lestra do professor doutor
Clóvis de Barros Filho na 15ª edi-
ção do Seminário Tribuna de
Educação. O palestrante abordou
de forma bem-humorada a impor-
tância que a escola tem na forma-
ção dos alunos.
“O que pretendemos de nossos
alunos?”, indagou o professor. O
espaço está aberto para uma gran-
dereflexão,disseele.“Sevocêquer
formaroseualunoparasedarbem
no mercado, a estratégia será mui-
to diferente da estratégia usada
àquele que respeita a convivência,
respeita valores de convivência e
não busca sucesso e a satisfação de
suas pretensões a qualquer preço.”
Formar um aluno para a felici-
dade pode não equivaler comple-
tamente a formar o aluno para o
sucesso e a obtenção dos troféus
que a sociedade tanto venera, ex-
plica o professor. “Por isso, talvez
seja melhor discutir o que quere-
mos fazer com nossos alunos para
que eles próprios possam cons-
truir as condições de alcançar os
resultados que dele esperamos. E
aí então fica mais fácil alcançar as
estratégias mais pertinentes.”
Falar sobre a vida que vale a pe-
na é certamente falar sobre o que
queremos com a nossa educação,
afirma Clóvis. “Ninguém dirá que
a escola deve formar para a triste-
za.Ninguémdiráqueaescoladeve
formarparaoódioeaintolerância.
Ninguém dirá que a escola deve
contribuir com uma sociedade de-
sonesta. Todos nós compartilha-
mos de um certo número de resul-
tados que a escola deve permitir
alcançar.”
É possível perceber que além da
educaçãoparaodesejo,aeducação
para o amor, a educação para a ale-
gria, disse o palestrante, “talvez te-
nhamos que algum dia perseguir a
educaçãoparaaconvivência,aque-
CACÁ LIMA
CLÓVIS DE BARROS FILHO: “Talvez tenhamos que algum dia perseguir a educação para a convivência”
TRECHOS DA PALESTRA
Vivebemaquelequefazfluir
Empurrandocomabarriga
“Muitas vezes somos levados a
acreditar que a vida é uma espécie de
pedágio a pagar para que algumas
responsabilidades sejam cumpridas.
Masninguém,muitomenosaqueles
que dizem que te amam, está autori-
zado a constranger você a uma vida
cronicamente triste. Uma vida empur-
rada com a barriga.”
LiçãodeJesus
“Nahoradedizerofilémignondavi-
da, Jesus nos dá a mais linda lição da
história da sabedoria. A vida valerá a
penaquandodedicadaaproporcionar
aalguémumsorrisoquesemvocênão
sorriria.
No lugar de acumular para si. No lu-
gar de acumular recursos materiais e
simbólicos. No lugar de perseguir a ri-
queza e a glória, vive bem aquele que
faz fluir. Aquele que oferece, propor-
ciona e entrega. Aquele que faz da ge-
nerosidadeummoteeseempenhapa-
ra que quem esteja ali, impactado por
ele, possa viver melhor graças a ele.”
Vidadedicadaaoaluno
“Uma vida dedicada ao outro. Para
quem tem filho pequeno em casa a li-
DIVULGAÇÃO
PROFESSOR dedicado aos alunos
Motivação
“É a segunda
vez que venho a
um seminário
realizadopelaRe-
deTribunae,des-
savez,oquemais
me motivou foi a
presença do filósofo Clóvis de
Barros.
Ele traz o ponto de vista sobre
a nossa realidade, rotina e como
podemos ficar motivados com
as nossas tarefas. Eu gostei
muito.”
Leonardo Amaral,
advogado
O QUE ELES DIZEM
Jovens
“As palestras
de hoje tocam em
um assunto sen-
s í v e l , q u e é a
questão de pen-
saraeducaçãodo
futuro, principal-
mente a dos jovens. Pensa-se
muito na preparação deles para
viver na sociedade, mas, ao
mesmo tempo, temos que pen-
sar no futuro de quem serão os
futuros educadores.”
César Cunha, professor de
Língua Brasileira de Sinais,
Tradução e Língua Portuguesa
Transformação
“Émuitoimpor-
tante saber o que
os alunos querem
da escola, porque
normalmente te-
mos aquele ensi-
notradicional,sa-
la de aula. Achei muito válido
trazer essa visão mais abran-
gente e aproximar aluno e pro-
fessor, falar da necessidade de
transformação para que os alu-
nos gostem e passem a ver essa
profissão como uma opção.”
Raquel Daiana,
estudante de Pedagogia
Contribuições
“Eu gostei de
ouvirfalarsobreo
interesse e a ini-
ciativa de pesqui-
sar o que os alu-
nos querem e es-
peram do ensino
e da escola. Nós, como futuros
pedagogos, temos muito a visão
de melhoria, mas não sabemos
às vezes como ou o que o aluno
espera. Esse seminário vem en-
riqueceressavontadeeotraba-
lho de mudar em sala de aula.”
Letícia Bichi,
estudante de Pedagogia
Outrolado
“Como estu-
dante acho im-
portante partici-
par de um evento
como esse por-
quetemosaopor-
tunidade de en-
xergar a educação de um outro
ponto.Quandoescutoprofissio-
nais falarem da importância de
se investir na formação de pro-
fessores, consigo ver a respon-
sabilidadedomeupapel.Saímos
daqui sabendo o que fazer.”
Raquel Madeira, estudante de
Letras/ Português
laquedeixaclaroacadaalunoedu-
candoquediagnosticaroqueéme-
lhor para todos é tarefa de todos.
Submeter seus apetites ao que é
melhorparatodoséumdeverético
e cívico inalienável”.
Para onde a educação deve nos
levar? À excelência, que é a educa-
ção para o pleno desabrochar para
anaturezadequemvivenasuaes-
pecificidade, na sua natureza pró-
pria, responde o professor. “Assim,
o respeito pelas inclinações, o res-
peitopeloscacoetes,orespeitope-
las pujanças específicas permitirá
que a escola possa entregar a cada
um a possibilidade de fazer suas
descobertas. Conhecer a si mesmo
eidentificarocaminhomaisprofí-
cuo para que naquela natureza se-
ja alcançada a excelência.”
Parceria
“A educação ainda não tem no
Brasil a importância que deveria
ter. Para reconstruir o País, a edu-
caçãoéapautanúmeroumporque
ela é condição para um futuro sus-
tentável para todo o resto. Mais do
queformargentecomdiploma,for-
mar cidadão é o que precisamos”,
disse o secretário de Estado de Di-
reitos Humanos, Júlio César Pom-
peu,umdosparticipantesdoSemi-
nário Tribuna de Educação. Júlio já
escreveu dois livros em parceria
com o professor doutor Clóvis de
Barros Filho.
LIVROS
ção é fácil de entender. E para quem é
professortambém.Umavidadedicada
aoaluno.Avidaparaoamor.Aeduca-
ção para uma vida no amor.
Uma educação para que possamos,
existindo e vivendo, impactar quem
estáanossavoltacomalegriaecoisas
boas.EisaíaeducaçãoqueJesusnos
propõe.”
Trabalho
“Você jamais voltará a chamar de
happy hour a hora em que o trabalho
acaba no dia em que você conhecer a
extensão do impacto bom que você
proporciona junto ao mundo.
Você não terá coragem de fechar as
portas diante de alguém que, confian-
doemvocê,atravessoulongasdistân-
cias esperando pela sua excelente
performance que poderia atenuar sua
dor e sua angústia.”
VITÓRIA, ES, TERÇA-FEIRA, 20 DE JUNHO DE 2017 ATRIBUNA 5
Especial
Parceriapara
melhorareducação
FIBRIA
GELOTECA DO PROJETO #ocupazilca faz parte das ações vencedoras do “Desafio Criativos da Escola” em 2016
Projetosbeneficiam47mil
pessoascomesporteearteO valor e a longevidade de uma
empresa estão ligados à sua capa-
cidade de contribuir para a evolu-
çãodasociedadeeseudesenvolvi-
mentosustentável.Éapartirdessa
premissa que a ArcelorMittal Tu-
barão tem construído um relacio-
namento com as comunidades da
região onde está inserida.
Por meio do investimento dire-
cionadoaaçõessociaisdesenvolvi-
das por instituições locais legais, a
ArcelorMittalTubarãotembusca-
do mobilizar projetos que promo-
vam o desenvolvimento e a quali-
dadedevidadascomunidades.
Incentivoparaque
colaboradorestude
Difundir a educação no am-
biente empresarial é uma atitude
que promove o desenvolvimento
profissional. Muitas empresas
criam oportunidades para que
seus funcionários voltem à sala
de aula. Um exemplo é o progra-
ma “Universidade Chocolates”,
criado em 2015 pela Chocolates
Garoto.
A iniciativa proporciona ao co-
laborador voltar à sala de aula e
buscar competitividade, melho-
rar o currículo e valorizar a car-
reira por meio de um curso pro-
fissionalizante em tecnologia de
chocolates. Já passaram pela
CHOCOLATES GAROTO
KLEBER SILVA CORREA, um dos formandos da Universidade Chocolates
KÁTIA CASTÃO: aprendizado
No ano passado, a empresa
apoiou 11 projetos sociais que be-
neficiaram diretamente quase 47
mil crianças, adolescentes, jovens
e adultos de Vitória, Serra e Vila
Velha, em atividades ligadas a es-
porte, cultura, educação, e orien-
tação profissional. Todo esse
apoio foi possível graças ao traba-
lho dos 181 voluntários, incluindo
empregados da empresa. Neste
ano, o número de projetos con-
templados subiu para 16 e os re-
sultados têm sido promissores.
“A verba para os investimentos
em projetos dessa natureza é in-
Universidade Chocolates 152
funcionários, que conciliam os
estudos em horários que não es-
tão trabalhando.
As aulas acontecem nas insta-
laçõesdafábrica,emumambien-
te estruturado com sala de aula e
laboratório. Com duração de três
meses, o curso é gratuito e acon-
tece em parceria com o Serviço
Nacional de Aprendizagem In-
dustrial (Senai). Ao final, os alu-
nos recebem a certificação reco-
nhecida pelo MEC.
O colaborador Kleber Silva
CorreaparticipoudaUniversida-
de Chocolates e contou como o
aprendizado mudou suas pers-
pectivas na vida profissional e
pessoal. “Participar da Universi-
dade Chocolates agregou muito
conhecimento no meu dia a dia.
Além disso, hoje trabalho com
muito mais segurança, em virtu-
de do conhecimento adquirido.
Aplico o que aprendi não somen-
te na empresa, mas também em
casa, no manuseio de alimentos e
produtos de higiene”.
A colaboradora Kátia Castão
disse que a oportunidade de par-
ticipar desse curso foi o mesmo
que ter colado grau na faculdade.
“O curso agregou muito valor à
minha vida profissional e pes-
soal. Aprendi muito a cuidar da
qualidade e segurança dos ali-
mentoseesseaprendizadoaplico
também em casa ”.
Programa quer
contribuir com a
melhoria da qualidade
da educação pública
em três municípios
capixabas
A
racruz, Conceição da Barra
e Montanha foram os três
municípios capixabas con-
templados este ano com o Progra-
ma Parceria Votorantim pela Edu-
cação (PVE). O objetivo é contri-
buir para a qualificação das práti-
cas de gestão educacional e esco-
lar, e com a mobilização social das
comunidades.NoEspíritoSanto,o
grupo é representado pela Fibria.
O primeiro dos quatro ciclos do
programa em Aracruz foi realiza-
do entre os dias 2 e 5 de maio e
contou com encontros de forma-
çãoereuniõescomdiretoresde30
escolas, gestores e técnicos da Se-
cretaria Municipal de Educação.
Também houve oficina com jo-
vens mobilizadores da região para
explicar o funcionamento do pro-
grama, e reunião com o Grupo de
Mobilização, que é formado por
representantes da comunidade.
O tema escolhido para ser tra-
balhado este ano com os gestores
em Aracruz é “Avaliação partici-
pativa para melhoria da aprendi-
zagem”. Já a estratégia de mobili-
zação focará o Fortalecimento do
ConselhoEscolar,alémdoDesafio
Criativos da Escola, concurso que
premiará projetos inovadores fei-
tos por jovens de 9 a 16 anos.
SegundoaconsultoradeSusten-
tabilidade da Fibria, Sandra Mar-
tins de Oliveira, o PVE 2017 traz
novidades em relação à edição de
2016. “O programa ganhou maior
abrangência este ano e terá um
fortalecimento na frente de mobi-
lização social junto aos Conselhos
-Escolas. Além disso, no final do
ano, será aplicada uma avaliação
participativa para melhor gestão
pedagógica e da aprendizagem,
com a participação da comunida-
de”, disse Sandra.
MOBILIZAÇÃO
Assim como no ano passado, na
frente de mobilização, crianças e
adolescentes serão sensibilizadas
a assumir o protagonismo do pro-
cesso de melhoria da qualidade da
educação.
Para isso, serão realizadas con-
sultas lúdicas nos municípios e o
concurso Desafio Criativos da Es-
cola, que premiará projetos inova-
dores liderados por jovens de 9 a
16 anos que, apoiados por seus
educadores, transformam escolas
e comunidades.
Por meio do engajamento e da
troca de ideias, eles devem buscar
soluções que sejam inovadoras e
que promovam o protagonismo
dos jovens. O projeto envolverá
não apenas escolas, mas diversas
instituições da comunidade.
corporadaedefinidanoorçamen-
to anual da empresa e os projetos
inscritos são avaliados por uma
comissãocompostaporrepresen-
tantes da sociedade e dos empre-
gados”, informa a gerente de Co-
municação e Imagem da Arcelor-
Mittal Tubarão, Herta Torres.
Ela explica que a missão da co-
missão é analisar as propostas
inscritaseescolherasquemelhor
se adequam aos critérios da em-
presa e às necessidades locais.
“Essa metodologia dá maior
transparência ao processo e rea-
firma o compromisso da Arcelor-
MittalTubarãocomacorrespon-
sabilidade.”
“A cada dois anos, a Arcelor-
Mittal Tubarão lança um edital
para interessados em participar
doprocessodeseleçãodasinicia-
tivas a serem apoiadas pela em-
presa. Podem concorrer projetos
com foco no desenvolvimento
comunitário, educação, saúde,
cultura e esporte, desenvolvidos
por instituições não-governa-
mentais, legalmente constituídas
há pelo menos dois anos. ”
A CAPOEIRA faz parte das atividades de interação dos projetos
ARCELORMITTAL TUBARÃO
6 ATRIBUNA VITÓRIA, ES, TERÇA-FEIRA, 20 DE JUNHO DE 2017
Especial
Escolas capixabas
utilizam tecnologia
inovadora para
trabalhar orientação
profissional com alunos
do Ensino Médio
SALESIANO
U
m dos momentos mais difí-
ceis para o estudante é
quandoelecheganoEnsino
Médio e caminha para a escolha
docursosuperior.Nestahora,uma
orientação profissional é reco-
mendadaparaosquetêmdúvidae
também para quem quer se co-
nhecer melhor e fazer uma esco-
lha afinada com suas aptidões.
Um aplicativo criado por uma
startup capixaba promete auxiliar
escolas e alunos nessa missão. Ba-
tizadodeKuau,aplataformaéfon-
te de informação sobre profissões
eajudaoaluno,pormeiodevídeos
com depoimentos de universitá-
rios e profissionais experientes em
suas áreas, a descobrir afinidades
com o que deseja trabalhar.
“O uso da ferramenta é gratuito
e pode ser feito por escolas públi-
casouparticulares.Nossoobjetivo
é ajudar os jovens a escolher a car-
Superação
“O seminário é
muito válido por
mostrar a visão
futuradoensinoe
esclarecerasmu-
dança que vamos
enfrentar. O edu-
cadorvaiterquesereciclareter
ajudadeoutrosmeiosparaensi-
nar. A pesquisa apresentada
mostrou a situação, a ideia de
que podemos fazer algo melhor.
Com certeza, ninguém vai sair
daqui do mesmo jeito.”
Gildete Silva de Jesus,
professora da rede estadual
O QUE ELES DIZEM
Felicidade
“Venhoaquase
todas edições e já
fico na expectati-
va para os próxi-
mos. No de hoje
tivemos acesso a
informações mui-
to importantes, através de pro-
fissionais competentes. A temá-
tica abordada reforçou a neces-
sidade da valorização dos pro-
fessores e também falou sobre
como a felicidade pode influen-
ciar nos resultados obtidos.”
Luiz Roberto Duarte,
servidor público
Enriquecedor
“O professor
Clóvis foi o que
mais me motivou
a estar aqui hoje.
O tema da felici-
dade e da ética e
todo esse aporte
acadêmico que ele traz, esses
exemplos do cotidiano, enrique-
cem muito todo meu aprendiza-
do. E, sobretudo, nos faz repen-
sar as nossas práticas e quais
são as partes boas da nossa ro-
tina.”
Amanda Marques da Costa,
estudante de Pedagogia
Temática
“Quando traze-
mos como tema a
educação, auto-
maticamente já
fazemos desse
evento algo muito
interessante,
porque abre-se um leque de in-
formação e conteúdos relevan-
tes,alémdecontribuirmuitopa-
ra a formação dos profissionais
e estudantes. A discussão da
Base Nacional Comum Curricu-
lar pelo secretário de Educação
foi muito esclarecedora.”
Antônio do Rosário, pedagogo
Práticas
“Gostei muito
dapesquisaapre-
sentada que res-
saltou a impor-
tância da opinião
e do engajamento
dos alunos no
ambiente escolar.
Além disso, reforçaram a ne-
cessidade de se associar práti-
casmaiscontemporâneascomo
método de ensino para tornar
maisinteressanteomomentode
educar.”
Roseane da Silva,
estudante de Pedagogia
reira de forma assertiva e melho-
rar o desempenho dos estudantes,
reduzindo, consequentemente, o
abandono de cursos no ensino su-
perior”, comenta o diretor execu-
tivo do Kuau, Gilber Machado.
Os alunos dessa faixa etária têm
mais atração pelo meio digital, ex-
plica o orientador educacional do
colégio Salesiano, Fabiano Rezen-
de. “Portanto, o Kuau nos permite,
de forma segura, auxiliar nesse
momento de escolha profissional.
Quando o aluno já sabe qual o cur-
so ou a área vai escolher isso o aju-
daaterfoconosestudoseasepre-
parar melhor.”
A ausência de programas voca-
cionais no ensino médio está entre
as razões que levam 49% dos alu-
nosqueingressamnoensinosupe-
rioranãoconcluirocurso.Esseda-
do é do Ministério da Educação.
Apenas8%dosestudantesdoensi-
nomédioparticipamdeprogramas
vocacionais. E o reflexo disso é
econômico, já que um aluno custa
emmédiaR$14milaoanonoensi-
no superior. Apenas no ano passa-
do foram perdidos quase R$ 1,5 bi-
lhão com o abandono dos cursos.
Na opinião da psicóloga Érica
Canal, o Kuau permite que a esco-
la acompanhe o envolvimento e a
evolução dos alunos, auxiliando os
que se mostram desmotivados
com o processo de escolha da car-
reira - o que pode repercutir na
saúde emocional e no desempe-
nho escolar do aluno.
Apesarderecente,oaplicativojá
estásendoutilizadoemmaisde20
escolas, beneficiando seis mil alu-
nos. Qualquer escola que queira
implantaraferramentaetrabalhar
com os estudantes pode entrar em
contato com a empresa pelo site
www.kuau.com.br e solicitar o
acesso gratuito.
Medicina
Estudante do 3° ano, Larissa
LaraSoaresRochafalacomoo
aplicativo ajudou na sua esco-
lha. “Desde o 1° ano eu estava
certa de que faria Medicina,
mas tive a famigerada ‘crise do
vestibulando’ e fiquei em dúvi-
da entre Medicina e Engenha-
ria Mecânica. Com o Kuau eu
assisti a depoimentos de alu-
nos dos cursos, de jovens pro-
fissionaisedeprofissionaisex-
perientes.Alémdisso,oaplica-
tivotemum‘termômetrodeafi-
nidade’, que mede o quanto eu
estou interessada em certo
curso.OKuaumeajudoumuito
eagorajádecidiquequeroMe-
dicina mesmo.”
ESCOLHA
Aplicativoparaajudar
alunoadecidirprofissão
O associativismo é uma prática
queestánabasedeorganizaçãoda
sociedade. Para que ele apresente
resultados é importante que as
instituições façam alguns deveres
de casa, e um deles é estudar.
Pensando nisso, há dois anos foi
inaugurada no Estado uma Escola
de Associativismo que oferece um
conjuntodeiniciativasqueestimu-
lam a educação e formação das as-
sociaçõeseadifusãodosprincípios
de eficiência e boa governança.
Apropostaéfomentaroassocia-
tivismo de alto nível, valorizando
os princípios de honestidade,
transparência e renovação.
De acordo com o diretor da es-
cola, o empresário Sérgio Rogério
deCastro,“asociedadeseorganiza
em associações e se elas estiverem
pautadasemprincípioséticosefo-
rem eficientes, isso fortalece a so-
ciedade civil e, como consequên-
cia, traz bem-estar para todos”.
No momento, o foco da escola é
o associativismo empresarial e o
apoio às associações que cuidam
dos hospitais filantrópicos.
Através de cursos, palestras e
conteúdo online, a escola disponi-
biliza informação e instrução
àqueles que buscam engajar suas
associações, melhorar os serviços
prestados e o retorno aos seus as-
sociados.
O conteúdo pode ser acessado
no website da escola (www.esco-
ladeassociativismo.com), que con-
témseismódulosdeestudo:Bene-
fícios de uma sede, A importância
da renovação para as associações,
Inovação no associativismo, Au-
mentando o número de associa-
dos, Desenvolvendo mercados por
meio das associações e Governan-
ça no associativismo.
O desafio, segundo o diretor, é
envolver cada vez mais associa-
ções. “Queremos estimular a pro-
fissionalização dessas entidades e
fortalecer as práticas associativis-
tas para que sejam mais eficazes
no alcance de seus objetivos.”
EscolafortaleceoassociativismoBEM-ESTAR
“
A sociedade se
organiza em
associações e, se elas
estiverem pautadas em
princípios éticos e forem
eficientes, isso fortalece a
sociedade civil e, como
consequência, traz bem-
estar para todos
”Sérgio Rogério de Castro, diretor da escola
DIVULGAÇÃO
VITÓRIA, ES, TERÇA-FEIRA, 20 DE JUNHO DE 2017 ATRIBUNA 7
Especial
Recursostecnológicos
parareforçarensino
Plataformas que
utilizam aplicativos
fazem parte do dia a dia
da escola e motivam
aluno a aprender de
forma mais eficiente
C
ada vez mais as ferramen-
tas tecnológicas com viés
pedagógico estão conquis-
tando espaço nas escolas. Apli-
cativos que unem imagens, tex-
tos, vídeos e gráficos são utiliza-
dos com a finalidade de tornar o
aprendizado mais atraente e
mais eficiente.
Os quase 12 mil alunos da rede
Sesi no Espírito Santo, por exem-
plo,sabembemoqueépodercon-
tar com recursos tecnológicos que
reforçam o ensino tanto na sala de
aula como fora da escola.
“O Sesi entende que o uso da
tecnologia é uma ferramenta fun-
damental dentro do processo de
ensino e aprendizagem. Desde o
Ensino Fundamental nós traze-
mos a proposta de trabalhar uma
educação mais tecnológica, com
aulas diversificadas e lúdicas, in-
centivando o uso de novas ferra-
mentas”,comenta agerentedaDi-
visão de Educação Básica do Sesi-
ES, Josefina Prezentino.
A rede Sesi tem investido em
plataformas adaptativas em suas
11 unidades escolares como forma
de melhorar a aprendizagem dos
alunos nos componentes curricu-
lares do ensino médio.
Dentre elas, uma faz sucesso
entre os estudantes porque iden-
tifica o perfil de conhecimento e
habilidades de cada aluno, pro-
põe planos de estudos indivi-
dualizados e fornece relatórios
técnicos e gerenciais sobre
seu desempenho e acompanha-
mento dos professores e gesto-
res educacionais.
Estudante do 3º ano do Ensino
Médio na unidade do Sesi de Jar-
dim da Penha, Jessica Souza Kubit
é uma das usuárias destas plata-
formas e elogia. “Ela cria um pro-
gramadeestudoindividual,basea-
do nas minhas maiores dificulda-
des. Isso é muito bom”, conta a
aluna.
Não basta apenas a escola ter a
ferramenta, afirma a gerente, mas
que o seu uso seja orientado e
acompanhadopeloprofessorepe-
la coordenação. “O aluno precisa
assimilar que o celular, tablet ou
computador são caminhos para
que ele acesse informações segu-
ras, que vão auxiliá-lo a compre-
ender melhor os conteúdos disci-
plinares.”
ASSESSORIA SESI-ES
Escolaformamãode
obraparaindústria
A vocação do Serviço Nacional
de Aprendizagem Industrial (Se-
nai) é formar mão de obra para
atender o setor industrial. No Es-
píritoSanto,oSenaiestápresente
há 65 anos e, nesse período,
1.316.872 pessoas foram matricu-
ladas na instituição e tiveram
acesso à educação profissional.
Com 11 unidades operacionais
e16unidadesmóveis,oSenaidis-
ponibiliza à comunidade em ge-
ral 13 cursos técnicos para atua-
ção nos diversos segmentos in-
dustriais do Estado, e outros 100
cursos de qualificação e 200 de
aperfeiçoamento.
Dentre os cursos técnicos ofe-
recidos estão o de Mecânica, Au-
tomação,SegurançadoTrabalho,
Eletrotécnica, Meio Ambiente,
Rede de Computadores, Vestuá-
rio e Logística. O período de ma-
trícula para os cursos técnicos
acontece duas vezes ao ano, em
dezembro e em julho.
De acordo com a gerente de
Educação Profissional do Senai-
ES,ZilkaTeixeiraaofertadecur-
sos ocorre conforme a demanda
das indústrias e, para tanto, a ins-
tituição faz uma pesquisa com o
setor que aponta as necessida-
des.
Umexemploqueilustraissoéa
criação do curso técnico em Re-
frigeração e Climatização e o de
Plástico, criados recentemente
paraatenderaessessetoreseque
são oferecidos na unidade do Se-
nai localizada na Serra.
A gerente aconselha que a pes-
soa interessada em estudar na
instituiçãofaçaantesumavisitaà
unidade escolar, “assim ela terá
oportunidade de conhecer nossa
estrutura e ver como os nossos
laboratórios são bem montados”.
Estudante de Automação, Wil-
liam Bermond escolheu fazer o
curso por conta da amplitude do
mercado de trabalho.
“O curso técnico é a entrada
para o mercado de trabalho e
nossa expectativa é de que, a par-
tir do ano que vem, surjam mui-
tas oportunidades para nós”,
conta o estudante.
KIKINA SESSA
WILLIAM Bermond: mercado
ROBÓTICA É UMA DAS DISCIPLINAS utilizada nas escolas do Sesi que ajuda a desenvolver habilidades
Dúvidas
“Na escola eu
faço uso de uma
plataforma que
cria um programa
de estudo indivi-
dual, baseado
nas minhas maio-
res dificuldades. Isso é muito
bom para mim e ajuda também
os professores, que podem sa-
nar minhas dúvidas. Outra pla-
taforma que eu uso é uma que
auxilianavocaçãoprofissionale
ainda faço pesquisas em sites.”
Jessica Souza Kubit, 16,
aluna do Ensino Médio
O QUE ELES DIZEM
Computador
“Utilizar esses
programas de
computador para
estudos me ajuda
muito. Eu utilizo
na escola e em
casa, no compu-
tador e também no celular. É
muito bom porque na hora que
surge a dúvida já é possível ter a
explicaçãoparaela.Euachome-
lhor fazer a leitura na tela do
computador. Para mim, parece
mais eficiente.”
João Pedro Mattos Malini, 17,
aluno do Ensino Médio
Raciocínio
“Desde a oitava
série tenho con-
tato com essa
educação tecno-
lógica, especial-
mente com a Ro-
bótica,quepermi-
tiu desenvolver meu raciocínio
lógico, melhorando minha capa-
cidade para resolver problemas,
trabalhar em equipe, e me ajuda
em outras disciplinas. Através
desse estudo, participei de tor-
neios e fui a lugares diferentes.”
Yuri Gonçalves Yago, 17,
aluno do Ensino Médio
Temadoeventoéimportante
A gerente de Implementação de
Projetos do Instituto Unibanco,
Maria Júlia Azevedo, participou
do Seminário Tribuna de Educa-
çãoereforçouqueocampotemá-
tico escolhido é importante.
“O Ensino Médio está sendo re-
formulado em decorrência de sua
situaçãoprecárianoBrasilinteiro.
Na última década, de cada 100
criançasqueentramnaeducação
básica,só54completamoEnsino
Médio. Então, estamos perdendo
umconjuntoenormedecriançase
jovensnomeiodocaminho,poris-
so esse tema é relevante.”
CACÁ LIMA
“
Desde o Ensino
Fundamental nós
trazemos a proposta de
trabalhar uma educação
mais tecnológica, com
aulas diversificadas
”Josefina Prezentino, gerente Sesi-ES
Referência
“Eu escolhi fazer um curso
técnico no Senai por ser uma
escola referência no Brasil. Eu
soube que havia vagas pelo
Pronatec e consegui entrar no
cursodeEletrotécnica.Ocurso
é maravilhoso e tem muita aula
prática. Depois eu quero tentar
fazer Engenharia Elétrica. O
mercado de trabalho é muito
exigente e precisamos estar
preparados.”
Loryn Coelho, 17 anos,
estudante de Eletrotécnica
KIKINA SESSA
OPORTUNIDADE
8 ATRIBUNA VITÓRIA, ES, TERÇA-FEIRA, 20 DE JUNHO DE 2017
Especial
Escola Viva apresenta
resultados que
mostram redução de
evasão escolar e uma
maior identificação
entre aluno e escola
U
m dos problemas nas tur-
mas do Ensino Médio é a
evasão escolar. Ou seja, é
grande o número de alunos que
abandonam a escola antes da con-
clusão. Mas esse cenário está mu-
dando nas escolas da rede pública
estadual que funcionam em regi-
me integral.
A maior autonomia dada ao alu-
no é apontada como um dos dife-
renciais que leva a Escola Viva à
evasão zero, diante do índice de
5,3% de abandono registrado no
Ensino Médio nas escolas de tem-
po parcial.
Implantada em 2015 no Estado,
a Escola Viva é de educação inte-
gral e conta com um currículo di-
versificado, com disciplinas obri-
gatórias como Português, Mate-
mática, Química, Física e também
eletivas, em que os estudantes es-
colhem de acordo com seu inte-
resse e aptidão.
“AEscolaVivaéaaçãomaisino-
vadoraquenóstemosnaeducação
no Espírito Santo. Ela traz no seu
currículo um conjunto de discipli-
nas, ferramentas e instrumentos
que permitem ao jovem uma edu-
cação integral”, disse o secretário
de Educação, Haroldo Rocha.
Atualmente, são mais de 10 mil
vagas ofertadas em 17 unidades
implantadas, em 15 municípios. A
Secretaria de Estado da Educação
prevêqueaté2018serão30unida-
des, com a oferta de 18 mil vagas.
REALIDADE
A escola Joaquim Beato, locali-
zada no bairro Planalto Serrano,
no município da Serra, é uma das
unidadesondeaeducaçãointegral
foi implantada. Essa nova realida-
de tem agradado a estudantes e
também professores.
“Quando eu li o projeto antes de
IVANNA FROTA, professora de Língua Portuguesa: “Esse é o modelo de escola onde o aluno realmente aprende”
Emoçõesnocurrículodoséculo21
“A sala de aula de hoje continua
exatamentecomoerahá200anos,
dos países ricos aos países pobres.
Faz sentido a escola continuar
dessa mesma forma?”, questionou
a presidente do Instituto Ayrton
Senna, Viviane Senna, numa pa-
lestra para gestores da rede públi-
ca de ensino de todo o Estado.
Diversos estudos indicam que o
desenvolvimentodecompetências
socioemocionais, como colabora-
ção e resiliência, é fundamental
para apoiar os estudantes com os
desafios da vida no século 21, além
de melhorar o desempenho esco-
lar, a vida profissional e pessoal.
O Espírito Santo planeja ser um
dos primeiros estados brasileiros a
incorporar o desenvolvimento so-
cioemocional de forma estrutura-
danarotinadasaladeaulanarede
pública estadual, com a assessoria
técnica do Instituto Ayrton Senna
na definição do currículo, seleção
das metodologias a serem utiliza-
das, programas de formação de
professores, entre outras ações.
No último dia 30, a Sedu e o Ins-
tituto Ayrton Senna assinaram um
termo de cooperação técnica, lan-
çando uma parceria pioneira no
Brasil. “Mais do que ensinar habi-
lidadesdeleitura,escritaecálculo,
a escola de hoje tem que ajudar os
alunos a aprenderem a lidar com o
outro, a conviver com pontos de
vista diferentes, a ter flexibilidade,
e serem colaborativos”, destacou
Viviane Senna.
Acolhimento
“Estudar em tempo inte-
gral para mim está sendo
uma novidade muito boa.
Num primeiro momento
pensei que eu não fosse
gostar, mas sinto que na Es-
colaVivaoacolhimentofeito
pelos professores e tutores nos faz sentir
uma família, encontrando apoio quando
precisamos.”
Hana Radaelle, 15 anos,
2º ano do Ensino Médio
O QUE ELES DIZEM
Responsável
“Eu passei por uma trans-
formaçãonaEscolaViva.No
anopassado,quandoentrei,
não levei a sério e acabei
saindo. Me arrependi e re-
torneiesteanocomopensa-
mentodeestudareestoufo-
cado no meu projeto de vida, que é fazer o
curso de Direito. Para isso, me tornei um
aluno mais responsável.”
Mayk Raphael Silva dos Santos,
15 anos, 8º ano
Projeto
“É sensacional ser aluna
da Escola Viva porque sei
queaquisempretereiapoio
e condições de realizar
meu projeto de vida, que é
fazerfaculdadedeDireitoe
um dia ser juíza. Já me
acostumei ao horário integral e é um in-
centivoamaisparaeumededicaraoses-
tudos.”
Hevyllyn Victória Silva Catrinque, 13
anos, 8º ano
Autonomia
“Na Escola Viva a gente é
protagonista e tem autono-
mia no que faz. A equipe re-
conhece o nosso trabalho e
isso nos inspira. Estando no
horário integral a gente usa
melhorotempoefazativida-
des extracurriculares. Como eu gosto de
escrever,façopartedaAcademiaEstudan-
til de Letras.”
João Alexandre Mendes Borges,
15 anos, 1º ano
OS NÚMEROS
2015ano da implementação
10milvagas ofertadas atualmente
EducaçãointegralreduzabandonoFOTOS: KIKINA SESSA
FLEXIBILIDADE
“
O grande desafio do
mundo hoje é
desenvolver nas pessoas a
capacidade de lidar com as
diferenças de pensamento,
aprender a ser e a conviver
”Viviane Senna, presidente do
Instituto Ayrton Senna
THIAGO COUTINHO - 30/05/2017
PactopelaAprendizagem
vaiequiparcreches
O Governo do Estado está viabi-
lizandoofinanciamentodeR$225
milhões, por meio do Banco Inte-
ramericano de Desenvolvimento
(BID), para que sejam construídas
eequipadas200crechesemdiver-
sosmunicípios,ampliandoaoferta
de 20 mil vagas. Um planejamento
já está sendo executado, paralela-
mente ao trabalho de adesão dos
municípiosaoPactopelaAprendi-
zagem no Espírito Santo (Paes),
para que possam ser otimizados
esses recursos.
A previsão é que, nos próximos
meses, o governo direcione R$ 40
milhões aos municípios, com re-
cursos próprios, para que sejam
construídas, inicialmente, 50 uni-
dades de Educação Infantil, abrin-
do aproximadamente 5 mil vagas.
“ComoPaesqueremosestabele-
cerumcampodecolaboraçãocom
os municípios com foco na melho-
ria da aprendizagem. O que pode-
mos observar é que há um desafio,
que está associado à expansão da
oferta de vagas para crianças de
zero a três anos. Queremos opor-
tunizar a abertura de vagas, em
tempo integral e parcial, depen-
dendo da demanda do município.
Se a gente não cuidar das fases ini-
ciais, não vamos chegar prepara-
dosnofuturo”,destacouosecretá-
rio de Estado da Educação, Harol-
do Rocha.
O secretário também ressaltou
que um estudo técnico será reali-
zado para apoiar os municípios a
implantarem as unidades de Edu-
caçãoInfantil,projetandotambém
a arquitetura e a engenharia das
creches.
participar do processo seletivo pa-
ra trabalhar na Escola Viva eu me
apaixonei, porque esse é o modelo
de escola onde o aluno realmente
vai aprender”, comenta a profes-
sora de Língua Portuguesa Ivanna
Frota.
“Eu participei do processo, fui
aprovada e vim. É um desafio por-
que o projeto é completamente di-
ferente da escola regular. A come-
çar pela tutoria. Na Escola Viva
nós também somos tutores dos
nossos alunos.”
Ivanna coordena a Academia
Estudantil de Letras da escola,
que conta com 32 alunos que des-
pertaram o interesse pela litera-
tura. “Tenho alunos que já estão
escrevendo poemas, contos, crô-
nicas.”

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Ensino Médio: jovens querem mais segurança e professores assíduos

  • 1. V I T Ó R I A , E S | T E R Ç A - F E I R A , 2 0 D E J U N H O D E 2 0 1 7 ESPECIALProjetodeMarketing Umaescola quepossa formarpara serfeliz>4 Pesquisa revelaoque estudantes querem>3 Aplicativo ajudaaluno escolhera profissão>6 CACÁ LIMA SeminárioTribunadeEducaçãoEvento promovido pela Rede Tribuna reuniu autoridades e educadores com palestras que abordaram as mudanças necessárias para uma nova educação. AUTORIDADES, EDUCADORES E ESTUDANTES lotaram o auditório da Casa Aberta, em Vitória, para ouvir palestras
  • 2. 2 ATRIBUNA VITÓRIA, ES, TERÇA-FEIRA, 20 DE JUNHO DE 2017 Especial Palestrantes apontam novos caminhos para a inovação nas escolas durante seminário promovido pela Rede Tribuna U ma criança entra na creche aos 6 meses e vai até os 17 anos para concluir a educa- ção básica no Brasil. Só isso de- monstra a importância que a esco- la tem na vida de cada brasileiro. No momento, o País atravessa uma fase de repensar todo o pro- cesso educativo, do Fundamental ao Ensino Médio, com ações que inovem o processo de ensino e aprendizagem. “Esse é o maior desafio no nosso País. Fazer uma educação básica CACÁ LIMA UM TOTAL DE 1,8 MIL PARTICIPANTES, em sua maioria educadores e estudantes da área, participou da 15ª edição do Seminário Tribuna de Educação PlanoNacional criabasepara escolasem tempointegral ExpedientePROJETODEMARKETINGCONTATOS: (27)3232-5945JORNALISTA RESPONSÁVEL: FabianaPizzaniEDIÇÃO E REPORTAGEM: KikinaSessaCOLABORAÇÃO: BrígidaValadares Futuro “Osemináriofoi excelente, com mensagens muito importantes. A fala do secretário sobre no que se pretende trans- formar o Estado foi muito positi- va,mostraqueagentetemfutu- ro.Aspalestrasnosderamaces- so a informações que ajudam o nossotrabalhoecomopodemos plantar um bom futuro.” Denise Cadete, diretora do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) O QUE ELES DIZEM Debate “Émuitoimpor- tante que uma re- de de comunica- ção abra espaço para discutir te- mas como o futu- ro do Ensino Mé- dio e da educação como um to- do. A educação é que vai salvar essePaís.Então,aRedeTribuna está no caminho certo, promo- vendo esse debate, trazendo gente qualificada para discutir esse assunto.” Benildo Denadai, diretor técnico do Sebrae-ES Referência “Esse seminá- rio passou a ser uma marca na área da educa- ção, vocês estão de parabéns. Se nós investimos emeducação,resolvemosopro- blemadaviolência,dasaúde,da política. O salão está repleto de professores e alunos, é gratifi- cante participar desse evento.” Moacir Lellis, vice-presidente do Sindicato das Empresas Particulares de Ensino (Sinepe-ES) Conexão “O seminário tem uma conexão com o trabalho que o Sesi desen- volve. Prepara- mos cidadãos pa- ra o empreende- dorismo, o emprego de qualida- de e a produtividade. Nossa ba- se é preparar o indivíduo para a vidaapartirdasuapotencialida- de. Evento como esse reforça o que nós pregamos e queremos para a nossa sociedade.” José Carlos Bergamim, diretor do Sesi-ES Qualidade “A Rede Tribu- na está de para- béns pela 15a edi- ção desse evento e a qualidade das palestras con- templadas na programação. Fico muito feliz com a oportunidade de partici- par desse seminário, principal- mente por esse tema ir tão de encontro com o trabalho desen- volvido no município da Serra.” Márcia Lamas, vice-prefeita e secretária de Educação da Serra O Plano Nacional de Educação, que tornou-se lei em 2014, aponta uma direção para a educação bra- sileira. Apesar das metas contro- versas, existem metas importantes queorientamotrabalhodosgesto- res e que estão sendo cumpridas, como a base nacional comum cur- ricular. O secretário de Estado da Edu- cação,HaroldoCorreaRocha,ava- lia que a base traz uma visão que vai marcar a educação brasileira, que é a ideia da educação integral. “A escola contemporânea tem que desenvolver três blocos de competências: cognitivas, comu- nicativasesociaisepessoais.Issoé uma inovação fundamental”, afir- ma o secretário, lembrando que o Brasilquerfazereducaçãointegral em tempo integral. Em 1960, a média de filhos das famíliasbrasileiraserade6,3,eho- je é 1,6. O IBGE indica que esse percentual vai estabilizar em 1,5. Esse dado aponta para uma redu- ção no número de matrículas na educação básica. “A educação de tempo integral é 60%maiscaraqueadetempopar- cial, mas acho que o País terá con- dições de fazer isso com sustenta- bilidade e acho que isso será fun- damental para fazer a travessia de uma educação que não é inclusiva, que não tem alta performance, pa- ra uma inclusiva, com alta perfor- mance”, comenta Haroldo. O secretário acredita que a edu- cação em tempo integral vai trans- formar a educação pública brasi- leira e que será um modelo apro- priado para o País. “Desafioéeducaçãode altaqualidadeparatodos”de alta qualidade e inclusiva. Uma educação que não deixe tantos pa- ra trás pelo abandono, pela repro- vação, e nem deixe os que passam com o nível de aprendizagem que não é compatível com o mundo atual”,disseosecretáriodeEstado da Educação, Haroldo Correa Ro- cha, na abertura do Seminário Tribuna de Educação, realizado na última quinta-feira, em Vitória. Segundo o secretário, houve uma fase recente no Brasil marca- da por muitas experiências, mas sem avaliar o que inovou e sem va- lorizar as boas práticas. “Talvez a educação brasileira seja a política pública que mais tenha avaliação de resultado”, comenta. A expectativa dos jovens em re- laçãoaoEnsinoMédiotambémfoi abordada no evento, com a apre- sentação de uma pesquisa realiza- da pelo movimento Todos Pela Educação. O diretor de Marketing da Rede Tribuna, Geraldo Schuller, lem- brouqueestafoia15ªediçãodoSe- minário Tribuna de Educação e que por ter o poder de gerar trans- formação, o tema é tão desafiador. “Nossa contribuição, enquanto rede de comunicação, é comparti- lhar conteúdos que podem ser co- locados em prática”, disse Schuller. O seminário contou com a parti- cipação de 1,8 mil inscritos e pa- trocínio da ArcelorMittal, Garoto, Sesi/Senai e apoio do Governo do Espírito Santo. RESULTADO “ Uma educação que não deixe tantos para trás pelo abandono, pela reprovação, e nem deixe os que passam com nível de aprendizagem que não seja compatível ”Haroldo Correa Rocha, secretário da Educação DIVULGAÇÃO ENSINO focado em competências
  • 3. VITÓRIA, ES, TERÇA-FEIRA, 20 DE JUNHO DE 2017 ATRIBUNA 3 Especial JovensqueremmaissegurançaPesquisa mostra que estudantes do Ensino Médio desejam mais segurança, boa infraestrutura e professores assíduos CACÁ LIMA CAROLINA FERNANDES apresentou dados recentes de pesquisa O s estudantes do Ensino Mé- dio estão atentos aos valo- res transmitidos pelas esco- las brasileiras e à atuação docente. Para eles, a escola ideal se preocu- pa com a inclusão e assegura o mí- nimo de infraestrutura para ga- rantir uma educação de qualidade. É o que revela a pesquisa “Repen- sar o Ensino Médio”, iniciativa do movimento Todos Pela Educação e realizada pela Multifocus. O estudo ouviu a opinião de 1551 jovensentre15e19anosedápistas sobre o que deve estar no radar de gestores, educadores e especialis- tasemrelaçãoàspolíticaspúblicas educacionais para a juventude. A pesquisa foi apresentada aos participantes do Seminário Tri- buna de Educação 2017 pela co- ordenadora de Relações Institu- cionais do movimento Todos Pela Educação, Carolina Fernandes. Segundo Carolina, o objetivo é en- tender o jovem de hoje e usar as informações apuradas para ajudar a mudar o que precisa ser mudado no Ensino Médio. Na percepção dos jovens entre- vistados entre setembro e outubro de 2016, segurança, atenção às pessoascomdeficiência,professo- res assíduos e boa infraestrutura são, ao mesmo tempo, os itens de maior importância e menor satis- fação em relação a suas escolas. “Mas os motivos de incômodo não se restringem aos atributos externos. Os estudantes também apontam o próprio comprometi- PESQUISA EnsinoMédioparaquê? Para a maioria dos jovens entrevis- tadosqueestácursandooEnsinoMé- dio(71,4%)aprincipalmotivaçãoées- tar preparado para o vestibular. O significado da etapa está mais atrelado à passagem para a educação superiordoqueàformaçãoparaavida (10,2%) ou ao preparo básico para o mundo do trabalho (16,6%). Cursotécnico Ainda que a maioria dos jovens en- tendaoEnsinoMédiocomoumaponte paraaeducaçãosuperior,grandeparte vêcomimportânciaumaformaçãobá- sica que prepare para a vida profissio- nal – 77,6% dos estudantes atribuem MOVIMENTO Oqueé OTodosPelaEducaçãoéumaorga- nização social, sem fins lucrativos, apartidária, que busca ajudar a me- lhorar a qualidade da educação no Brasil.Ajuventudeestáentreasques- tões prioritárias da organização. ALUNOS ENXERGAM o Ensino Médio apenas como uma ponte para o ensino superior, tendo como motivação se preparar para o vestibular Felicidade “Felicidade es- tá muito relacio- nada a servir ao próximo, a vencer os desafios, a su- perar as adversi- dades e aprender acrescercomascontrariedades que surgem ao longo da vida. A excelência existencial consiste emcomoseguirnocaminhoque a gente percorre enquanto che- ga ao lugar desejado.” Juliana Gripa Botelho, coordenadora de Marketing da Imobiliária Universal O QUE ELES DIZEM Mudança “A Tribuna nos proporcionou uma reflexão so- bre educação e seusdesafios,co- mo transformar os jovens pela educaçãoetorná-losagentesde mudançaparaumfuturomelhor. OprofessorClóvisdeBarrosdeu um show. Para a vida valer a pe- na ser vivida precisamos dar o nosso melhor, educando para o amor, o respeito e a ética.” Beatriz Brandão Venturini, superintendente da Ademi-ES Percepções “Excelentes fundamentos e importantes per- cepções a cerca daimportânciada participação dos jovens no ensino. As palestras ajudaram na refle- xãosobreavida,profissão,valo- res e anseios. Reforçaram ainda a ideia de que devemos viver em harmonia e lutar por um mundo melhor.Aeducaçãoéaalavanca dessa mudança.” Fernando Cobe, diretor dos colégios Cobe e Contec Transformação “Um dos princi- pais indutores do desenvolvimento de um país é a educação, então é fantástica a ini- ciativa e nós te- mos que manter e desenvolver outras como essa. A educação está mudando para um conceito não só de instrução, mas para umprojetodevida.Poressemo- tivo é tão importante esclarecer o que está acontecendo.” Renato Miguez de Menezes, sócio da empresa startup Kuau Reflexão “Esse evento nos coloca sem- pre para refletir sobre o que cada um de nós pode fazer pela educa- ção.Nãoépensar só no que o governo pode fazer, ele nos leva a pensar sobre o nosso papel. Falar em mudança na maioria das vezes é da boca prafora.Agir,mudarefazeração pela educação de fato é coisa que poucos fazem.” Bartira Gomes de Almeida, presidente do Instituto Ponte grau de importância 9 ou 10 para ma- térias dirigidas à formação profissio- nal,técnicaeaconselhamento. Além disso, 76,5% dos estudantes aprovariamasubstituiçãodeumterço dasmatériasdoEnsinoMédiopordis- ciplinas técnicas à escolha do estu- dante, caso a carga horária diária da etapa fosse de 5 horas. A aceitação é maior na região Nordeste (85,5%), e menor na região Sul (44,6%). Oqueesperamdos professores? De acordo com a pesquisa, os estu- dantes do Ensino Médio consideram como atributos importantes que os professores demonstrem paixão pela profissão, que não desistam diante das dificuldades dos alunos e que co- brem comprometimento dos alunos. Carreiradocente A pesquisa também investigou o in- teresse dos jovens na carreira docen- te. Embora 37,6% dos jovens já te- nham pensado em ser professor, 23,5% disseram ter desistido da ideia. Ogrupoquepretendeseguiracarreira é relativamente maior na classe DE (16,6%), justamente o grupo que re- quer mais apoio à permanência na universidade. Diante desse importante potencial de futuros professores, que poderiam amenizar a falta crônica de docentes no Brasil em algumas disciplinas, compreender a desistência é funda- mental. Os principais motivos asso- ciadosàrejeiçãodaprofissãorefletem aspectos relacionados à baixa valori- zação que a sociedade brasileira atri- buiaosprofessores.Deacordocomos entrevistados, o pouco respeito dos alunos (20,9%), o baixo salário inicial (17,7%) e o pouco reconhecimento da sociedade (14,2%) fazem com que a carreira não seja uma opção. mentoecomportamentonasaulas como algo de alta relevância e bai- xa satisfação em relação à escola, indicando que entendem a educa- ção como um compromisso de to- dos da comunidade escolar”, disse Carolina. Os conteúdos curriculares e a maneira como eles são ensinados também surgiram como temáticas relevantes para os jovens. Eles es- tão pouco satisfeitos, por exemplo, com as aulas de Língua Inglesa e o uso da tecnologia em sala de aula, o que pode indicar fragilidades no currículo e na formação dos pro- fessores de língua estrangeira, bem como a falta de uma prepara- çãodocenteparaasaladeaulaque contemple a inserção de dispositi- vos eletrônicos como ferramentas de aprendizagem. “ Os estudantes apontam o comportamento nas aulas como algo de alta relevância e baixa satisfação ”Carolina Fernandes, palestrante DIVULGAÇÃO
  • 4. 4 ATRIBUNA VITÓRIA, ES, TERÇA-FEIRA, 20 DE JUNHO DE 2017 Especial Escolapode formaraluno paraserfeliz Palestrante propôs uma reflexão sobre como a educação escolar pode levar o aluno a construir uma convivência melhor A vida que vale a pena ser vi- vida. Este foi o tema da pa- lestra do professor doutor Clóvis de Barros Filho na 15ª edi- ção do Seminário Tribuna de Educação. O palestrante abordou de forma bem-humorada a impor- tância que a escola tem na forma- ção dos alunos. “O que pretendemos de nossos alunos?”, indagou o professor. O espaço está aberto para uma gran- dereflexão,disseele.“Sevocêquer formaroseualunoparasedarbem no mercado, a estratégia será mui- to diferente da estratégia usada àquele que respeita a convivência, respeita valores de convivência e não busca sucesso e a satisfação de suas pretensões a qualquer preço.” Formar um aluno para a felici- dade pode não equivaler comple- tamente a formar o aluno para o sucesso e a obtenção dos troféus que a sociedade tanto venera, ex- plica o professor. “Por isso, talvez seja melhor discutir o que quere- mos fazer com nossos alunos para que eles próprios possam cons- truir as condições de alcançar os resultados que dele esperamos. E aí então fica mais fácil alcançar as estratégias mais pertinentes.” Falar sobre a vida que vale a pe- na é certamente falar sobre o que queremos com a nossa educação, afirma Clóvis. “Ninguém dirá que a escola deve formar para a triste- za.Ninguémdiráqueaescoladeve formarparaoódioeaintolerância. Ninguém dirá que a escola deve contribuir com uma sociedade de- sonesta. Todos nós compartilha- mos de um certo número de resul- tados que a escola deve permitir alcançar.” É possível perceber que além da educaçãoparaodesejo,aeducação para o amor, a educação para a ale- gria, disse o palestrante, “talvez te- nhamos que algum dia perseguir a educaçãoparaaconvivência,aque- CACÁ LIMA CLÓVIS DE BARROS FILHO: “Talvez tenhamos que algum dia perseguir a educação para a convivência” TRECHOS DA PALESTRA Vivebemaquelequefazfluir Empurrandocomabarriga “Muitas vezes somos levados a acreditar que a vida é uma espécie de pedágio a pagar para que algumas responsabilidades sejam cumpridas. Masninguém,muitomenosaqueles que dizem que te amam, está autori- zado a constranger você a uma vida cronicamente triste. Uma vida empur- rada com a barriga.” LiçãodeJesus “Nahoradedizerofilémignondavi- da, Jesus nos dá a mais linda lição da história da sabedoria. A vida valerá a penaquandodedicadaaproporcionar aalguémumsorrisoquesemvocênão sorriria. No lugar de acumular para si. No lu- gar de acumular recursos materiais e simbólicos. No lugar de perseguir a ri- queza e a glória, vive bem aquele que faz fluir. Aquele que oferece, propor- ciona e entrega. Aquele que faz da ge- nerosidadeummoteeseempenhapa- ra que quem esteja ali, impactado por ele, possa viver melhor graças a ele.” Vidadedicadaaoaluno “Uma vida dedicada ao outro. Para quem tem filho pequeno em casa a li- DIVULGAÇÃO PROFESSOR dedicado aos alunos Motivação “É a segunda vez que venho a um seminário realizadopelaRe- deTribunae,des- savez,oquemais me motivou foi a presença do filósofo Clóvis de Barros. Ele traz o ponto de vista sobre a nossa realidade, rotina e como podemos ficar motivados com as nossas tarefas. Eu gostei muito.” Leonardo Amaral, advogado O QUE ELES DIZEM Jovens “As palestras de hoje tocam em um assunto sen- s í v e l , q u e é a questão de pen- saraeducaçãodo futuro, principal- mente a dos jovens. Pensa-se muito na preparação deles para viver na sociedade, mas, ao mesmo tempo, temos que pen- sar no futuro de quem serão os futuros educadores.” César Cunha, professor de Língua Brasileira de Sinais, Tradução e Língua Portuguesa Transformação “Émuitoimpor- tante saber o que os alunos querem da escola, porque normalmente te- mos aquele ensi- notradicional,sa- la de aula. Achei muito válido trazer essa visão mais abran- gente e aproximar aluno e pro- fessor, falar da necessidade de transformação para que os alu- nos gostem e passem a ver essa profissão como uma opção.” Raquel Daiana, estudante de Pedagogia Contribuições “Eu gostei de ouvirfalarsobreo interesse e a ini- ciativa de pesqui- sar o que os alu- nos querem e es- peram do ensino e da escola. Nós, como futuros pedagogos, temos muito a visão de melhoria, mas não sabemos às vezes como ou o que o aluno espera. Esse seminário vem en- riqueceressavontadeeotraba- lho de mudar em sala de aula.” Letícia Bichi, estudante de Pedagogia Outrolado “Como estu- dante acho im- portante partici- par de um evento como esse por- quetemosaopor- tunidade de en- xergar a educação de um outro ponto.Quandoescutoprofissio- nais falarem da importância de se investir na formação de pro- fessores, consigo ver a respon- sabilidadedomeupapel.Saímos daqui sabendo o que fazer.” Raquel Madeira, estudante de Letras/ Português laquedeixaclaroacadaalunoedu- candoquediagnosticaroqueéme- lhor para todos é tarefa de todos. Submeter seus apetites ao que é melhorparatodoséumdeverético e cívico inalienável”. Para onde a educação deve nos levar? À excelência, que é a educa- ção para o pleno desabrochar para anaturezadequemvivenasuaes- pecificidade, na sua natureza pró- pria, responde o professor. “Assim, o respeito pelas inclinações, o res- peitopeloscacoetes,orespeitope- las pujanças específicas permitirá que a escola possa entregar a cada um a possibilidade de fazer suas descobertas. Conhecer a si mesmo eidentificarocaminhomaisprofí- cuo para que naquela natureza se- ja alcançada a excelência.” Parceria “A educação ainda não tem no Brasil a importância que deveria ter. Para reconstruir o País, a edu- caçãoéapautanúmeroumporque ela é condição para um futuro sus- tentável para todo o resto. Mais do queformargentecomdiploma,for- mar cidadão é o que precisamos”, disse o secretário de Estado de Di- reitos Humanos, Júlio César Pom- peu,umdosparticipantesdoSemi- nário Tribuna de Educação. Júlio já escreveu dois livros em parceria com o professor doutor Clóvis de Barros Filho. LIVROS ção é fácil de entender. E para quem é professortambém.Umavidadedicada aoaluno.Avidaparaoamor.Aeduca- ção para uma vida no amor. Uma educação para que possamos, existindo e vivendo, impactar quem estáanossavoltacomalegriaecoisas boas.EisaíaeducaçãoqueJesusnos propõe.” Trabalho “Você jamais voltará a chamar de happy hour a hora em que o trabalho acaba no dia em que você conhecer a extensão do impacto bom que você proporciona junto ao mundo. Você não terá coragem de fechar as portas diante de alguém que, confian- doemvocê,atravessoulongasdistân- cias esperando pela sua excelente performance que poderia atenuar sua dor e sua angústia.”
  • 5. VITÓRIA, ES, TERÇA-FEIRA, 20 DE JUNHO DE 2017 ATRIBUNA 5 Especial Parceriapara melhorareducação FIBRIA GELOTECA DO PROJETO #ocupazilca faz parte das ações vencedoras do “Desafio Criativos da Escola” em 2016 Projetosbeneficiam47mil pessoascomesporteearteO valor e a longevidade de uma empresa estão ligados à sua capa- cidade de contribuir para a evolu- çãodasociedadeeseudesenvolvi- mentosustentável.Éapartirdessa premissa que a ArcelorMittal Tu- barão tem construído um relacio- namento com as comunidades da região onde está inserida. Por meio do investimento dire- cionadoaaçõessociaisdesenvolvi- das por instituições locais legais, a ArcelorMittalTubarãotembusca- do mobilizar projetos que promo- vam o desenvolvimento e a quali- dadedevidadascomunidades. Incentivoparaque colaboradorestude Difundir a educação no am- biente empresarial é uma atitude que promove o desenvolvimento profissional. Muitas empresas criam oportunidades para que seus funcionários voltem à sala de aula. Um exemplo é o progra- ma “Universidade Chocolates”, criado em 2015 pela Chocolates Garoto. A iniciativa proporciona ao co- laborador voltar à sala de aula e buscar competitividade, melho- rar o currículo e valorizar a car- reira por meio de um curso pro- fissionalizante em tecnologia de chocolates. Já passaram pela CHOCOLATES GAROTO KLEBER SILVA CORREA, um dos formandos da Universidade Chocolates KÁTIA CASTÃO: aprendizado No ano passado, a empresa apoiou 11 projetos sociais que be- neficiaram diretamente quase 47 mil crianças, adolescentes, jovens e adultos de Vitória, Serra e Vila Velha, em atividades ligadas a es- porte, cultura, educação, e orien- tação profissional. Todo esse apoio foi possível graças ao traba- lho dos 181 voluntários, incluindo empregados da empresa. Neste ano, o número de projetos con- templados subiu para 16 e os re- sultados têm sido promissores. “A verba para os investimentos em projetos dessa natureza é in- Universidade Chocolates 152 funcionários, que conciliam os estudos em horários que não es- tão trabalhando. As aulas acontecem nas insta- laçõesdafábrica,emumambien- te estruturado com sala de aula e laboratório. Com duração de três meses, o curso é gratuito e acon- tece em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem In- dustrial (Senai). Ao final, os alu- nos recebem a certificação reco- nhecida pelo MEC. O colaborador Kleber Silva CorreaparticipoudaUniversida- de Chocolates e contou como o aprendizado mudou suas pers- pectivas na vida profissional e pessoal. “Participar da Universi- dade Chocolates agregou muito conhecimento no meu dia a dia. Além disso, hoje trabalho com muito mais segurança, em virtu- de do conhecimento adquirido. Aplico o que aprendi não somen- te na empresa, mas também em casa, no manuseio de alimentos e produtos de higiene”. A colaboradora Kátia Castão disse que a oportunidade de par- ticipar desse curso foi o mesmo que ter colado grau na faculdade. “O curso agregou muito valor à minha vida profissional e pes- soal. Aprendi muito a cuidar da qualidade e segurança dos ali- mentoseesseaprendizadoaplico também em casa ”. Programa quer contribuir com a melhoria da qualidade da educação pública em três municípios capixabas A racruz, Conceição da Barra e Montanha foram os três municípios capixabas con- templados este ano com o Progra- ma Parceria Votorantim pela Edu- cação (PVE). O objetivo é contri- buir para a qualificação das práti- cas de gestão educacional e esco- lar, e com a mobilização social das comunidades.NoEspíritoSanto,o grupo é representado pela Fibria. O primeiro dos quatro ciclos do programa em Aracruz foi realiza- do entre os dias 2 e 5 de maio e contou com encontros de forma- çãoereuniõescomdiretoresde30 escolas, gestores e técnicos da Se- cretaria Municipal de Educação. Também houve oficina com jo- vens mobilizadores da região para explicar o funcionamento do pro- grama, e reunião com o Grupo de Mobilização, que é formado por representantes da comunidade. O tema escolhido para ser tra- balhado este ano com os gestores em Aracruz é “Avaliação partici- pativa para melhoria da aprendi- zagem”. Já a estratégia de mobili- zação focará o Fortalecimento do ConselhoEscolar,alémdoDesafio Criativos da Escola, concurso que premiará projetos inovadores fei- tos por jovens de 9 a 16 anos. SegundoaconsultoradeSusten- tabilidade da Fibria, Sandra Mar- tins de Oliveira, o PVE 2017 traz novidades em relação à edição de 2016. “O programa ganhou maior abrangência este ano e terá um fortalecimento na frente de mobi- lização social junto aos Conselhos -Escolas. Além disso, no final do ano, será aplicada uma avaliação participativa para melhor gestão pedagógica e da aprendizagem, com a participação da comunida- de”, disse Sandra. MOBILIZAÇÃO Assim como no ano passado, na frente de mobilização, crianças e adolescentes serão sensibilizadas a assumir o protagonismo do pro- cesso de melhoria da qualidade da educação. Para isso, serão realizadas con- sultas lúdicas nos municípios e o concurso Desafio Criativos da Es- cola, que premiará projetos inova- dores liderados por jovens de 9 a 16 anos que, apoiados por seus educadores, transformam escolas e comunidades. Por meio do engajamento e da troca de ideias, eles devem buscar soluções que sejam inovadoras e que promovam o protagonismo dos jovens. O projeto envolverá não apenas escolas, mas diversas instituições da comunidade. corporadaedefinidanoorçamen- to anual da empresa e os projetos inscritos são avaliados por uma comissãocompostaporrepresen- tantes da sociedade e dos empre- gados”, informa a gerente de Co- municação e Imagem da Arcelor- Mittal Tubarão, Herta Torres. Ela explica que a missão da co- missão é analisar as propostas inscritaseescolherasquemelhor se adequam aos critérios da em- presa e às necessidades locais. “Essa metodologia dá maior transparência ao processo e rea- firma o compromisso da Arcelor- MittalTubarãocomacorrespon- sabilidade.” “A cada dois anos, a Arcelor- Mittal Tubarão lança um edital para interessados em participar doprocessodeseleçãodasinicia- tivas a serem apoiadas pela em- presa. Podem concorrer projetos com foco no desenvolvimento comunitário, educação, saúde, cultura e esporte, desenvolvidos por instituições não-governa- mentais, legalmente constituídas há pelo menos dois anos. ” A CAPOEIRA faz parte das atividades de interação dos projetos ARCELORMITTAL TUBARÃO
  • 6. 6 ATRIBUNA VITÓRIA, ES, TERÇA-FEIRA, 20 DE JUNHO DE 2017 Especial Escolas capixabas utilizam tecnologia inovadora para trabalhar orientação profissional com alunos do Ensino Médio SALESIANO U m dos momentos mais difí- ceis para o estudante é quandoelecheganoEnsino Médio e caminha para a escolha docursosuperior.Nestahora,uma orientação profissional é reco- mendadaparaosquetêmdúvidae também para quem quer se co- nhecer melhor e fazer uma esco- lha afinada com suas aptidões. Um aplicativo criado por uma startup capixaba promete auxiliar escolas e alunos nessa missão. Ba- tizadodeKuau,aplataformaéfon- te de informação sobre profissões eajudaoaluno,pormeiodevídeos com depoimentos de universitá- rios e profissionais experientes em suas áreas, a descobrir afinidades com o que deseja trabalhar. “O uso da ferramenta é gratuito e pode ser feito por escolas públi- casouparticulares.Nossoobjetivo é ajudar os jovens a escolher a car- Superação “O seminário é muito válido por mostrar a visão futuradoensinoe esclarecerasmu- dança que vamos enfrentar. O edu- cadorvaiterquesereciclareter ajudadeoutrosmeiosparaensi- nar. A pesquisa apresentada mostrou a situação, a ideia de que podemos fazer algo melhor. Com certeza, ninguém vai sair daqui do mesmo jeito.” Gildete Silva de Jesus, professora da rede estadual O QUE ELES DIZEM Felicidade “Venhoaquase todas edições e já fico na expectati- va para os próxi- mos. No de hoje tivemos acesso a informações mui- to importantes, através de pro- fissionais competentes. A temá- tica abordada reforçou a neces- sidade da valorização dos pro- fessores e também falou sobre como a felicidade pode influen- ciar nos resultados obtidos.” Luiz Roberto Duarte, servidor público Enriquecedor “O professor Clóvis foi o que mais me motivou a estar aqui hoje. O tema da felici- dade e da ética e todo esse aporte acadêmico que ele traz, esses exemplos do cotidiano, enrique- cem muito todo meu aprendiza- do. E, sobretudo, nos faz repen- sar as nossas práticas e quais são as partes boas da nossa ro- tina.” Amanda Marques da Costa, estudante de Pedagogia Temática “Quando traze- mos como tema a educação, auto- maticamente já fazemos desse evento algo muito interessante, porque abre-se um leque de in- formação e conteúdos relevan- tes,alémdecontribuirmuitopa- ra a formação dos profissionais e estudantes. A discussão da Base Nacional Comum Curricu- lar pelo secretário de Educação foi muito esclarecedora.” Antônio do Rosário, pedagogo Práticas “Gostei muito dapesquisaapre- sentada que res- saltou a impor- tância da opinião e do engajamento dos alunos no ambiente escolar. Além disso, reforçaram a ne- cessidade de se associar práti- casmaiscontemporâneascomo método de ensino para tornar maisinteressanteomomentode educar.” Roseane da Silva, estudante de Pedagogia reira de forma assertiva e melho- rar o desempenho dos estudantes, reduzindo, consequentemente, o abandono de cursos no ensino su- perior”, comenta o diretor execu- tivo do Kuau, Gilber Machado. Os alunos dessa faixa etária têm mais atração pelo meio digital, ex- plica o orientador educacional do colégio Salesiano, Fabiano Rezen- de. “Portanto, o Kuau nos permite, de forma segura, auxiliar nesse momento de escolha profissional. Quando o aluno já sabe qual o cur- so ou a área vai escolher isso o aju- daaterfoconosestudoseasepre- parar melhor.” A ausência de programas voca- cionais no ensino médio está entre as razões que levam 49% dos alu- nosqueingressamnoensinosupe- rioranãoconcluirocurso.Esseda- do é do Ministério da Educação. Apenas8%dosestudantesdoensi- nomédioparticipamdeprogramas vocacionais. E o reflexo disso é econômico, já que um aluno custa emmédiaR$14milaoanonoensi- no superior. Apenas no ano passa- do foram perdidos quase R$ 1,5 bi- lhão com o abandono dos cursos. Na opinião da psicóloga Érica Canal, o Kuau permite que a esco- la acompanhe o envolvimento e a evolução dos alunos, auxiliando os que se mostram desmotivados com o processo de escolha da car- reira - o que pode repercutir na saúde emocional e no desempe- nho escolar do aluno. Apesarderecente,oaplicativojá estásendoutilizadoemmaisde20 escolas, beneficiando seis mil alu- nos. Qualquer escola que queira implantaraferramentaetrabalhar com os estudantes pode entrar em contato com a empresa pelo site www.kuau.com.br e solicitar o acesso gratuito. Medicina Estudante do 3° ano, Larissa LaraSoaresRochafalacomoo aplicativo ajudou na sua esco- lha. “Desde o 1° ano eu estava certa de que faria Medicina, mas tive a famigerada ‘crise do vestibulando’ e fiquei em dúvi- da entre Medicina e Engenha- ria Mecânica. Com o Kuau eu assisti a depoimentos de alu- nos dos cursos, de jovens pro- fissionaisedeprofissionaisex- perientes.Alémdisso,oaplica- tivotemum‘termômetrodeafi- nidade’, que mede o quanto eu estou interessada em certo curso.OKuaumeajudoumuito eagorajádecidiquequeroMe- dicina mesmo.” ESCOLHA Aplicativoparaajudar alunoadecidirprofissão O associativismo é uma prática queestánabasedeorganizaçãoda sociedade. Para que ele apresente resultados é importante que as instituições façam alguns deveres de casa, e um deles é estudar. Pensando nisso, há dois anos foi inaugurada no Estado uma Escola de Associativismo que oferece um conjuntodeiniciativasqueestimu- lam a educação e formação das as- sociaçõeseadifusãodosprincípios de eficiência e boa governança. Apropostaéfomentaroassocia- tivismo de alto nível, valorizando os princípios de honestidade, transparência e renovação. De acordo com o diretor da es- cola, o empresário Sérgio Rogério deCastro,“asociedadeseorganiza em associações e se elas estiverem pautadasemprincípioséticosefo- rem eficientes, isso fortalece a so- ciedade civil e, como consequên- cia, traz bem-estar para todos”. No momento, o foco da escola é o associativismo empresarial e o apoio às associações que cuidam dos hospitais filantrópicos. Através de cursos, palestras e conteúdo online, a escola disponi- biliza informação e instrução àqueles que buscam engajar suas associações, melhorar os serviços prestados e o retorno aos seus as- sociados. O conteúdo pode ser acessado no website da escola (www.esco- ladeassociativismo.com), que con- témseismódulosdeestudo:Bene- fícios de uma sede, A importância da renovação para as associações, Inovação no associativismo, Au- mentando o número de associa- dos, Desenvolvendo mercados por meio das associações e Governan- ça no associativismo. O desafio, segundo o diretor, é envolver cada vez mais associa- ções. “Queremos estimular a pro- fissionalização dessas entidades e fortalecer as práticas associativis- tas para que sejam mais eficazes no alcance de seus objetivos.” EscolafortaleceoassociativismoBEM-ESTAR “ A sociedade se organiza em associações e, se elas estiverem pautadas em princípios éticos e forem eficientes, isso fortalece a sociedade civil e, como consequência, traz bem- estar para todos ”Sérgio Rogério de Castro, diretor da escola DIVULGAÇÃO
  • 7. VITÓRIA, ES, TERÇA-FEIRA, 20 DE JUNHO DE 2017 ATRIBUNA 7 Especial Recursostecnológicos parareforçarensino Plataformas que utilizam aplicativos fazem parte do dia a dia da escola e motivam aluno a aprender de forma mais eficiente C ada vez mais as ferramen- tas tecnológicas com viés pedagógico estão conquis- tando espaço nas escolas. Apli- cativos que unem imagens, tex- tos, vídeos e gráficos são utiliza- dos com a finalidade de tornar o aprendizado mais atraente e mais eficiente. Os quase 12 mil alunos da rede Sesi no Espírito Santo, por exem- plo,sabembemoqueépodercon- tar com recursos tecnológicos que reforçam o ensino tanto na sala de aula como fora da escola. “O Sesi entende que o uso da tecnologia é uma ferramenta fun- damental dentro do processo de ensino e aprendizagem. Desde o Ensino Fundamental nós traze- mos a proposta de trabalhar uma educação mais tecnológica, com aulas diversificadas e lúdicas, in- centivando o uso de novas ferra- mentas”,comenta agerentedaDi- visão de Educação Básica do Sesi- ES, Josefina Prezentino. A rede Sesi tem investido em plataformas adaptativas em suas 11 unidades escolares como forma de melhorar a aprendizagem dos alunos nos componentes curricu- lares do ensino médio. Dentre elas, uma faz sucesso entre os estudantes porque iden- tifica o perfil de conhecimento e habilidades de cada aluno, pro- põe planos de estudos indivi- dualizados e fornece relatórios técnicos e gerenciais sobre seu desempenho e acompanha- mento dos professores e gesto- res educacionais. Estudante do 3º ano do Ensino Médio na unidade do Sesi de Jar- dim da Penha, Jessica Souza Kubit é uma das usuárias destas plata- formas e elogia. “Ela cria um pro- gramadeestudoindividual,basea- do nas minhas maiores dificulda- des. Isso é muito bom”, conta a aluna. Não basta apenas a escola ter a ferramenta, afirma a gerente, mas que o seu uso seja orientado e acompanhadopeloprofessorepe- la coordenação. “O aluno precisa assimilar que o celular, tablet ou computador são caminhos para que ele acesse informações segu- ras, que vão auxiliá-lo a compre- ender melhor os conteúdos disci- plinares.” ASSESSORIA SESI-ES Escolaformamãode obraparaindústria A vocação do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Se- nai) é formar mão de obra para atender o setor industrial. No Es- píritoSanto,oSenaiestápresente há 65 anos e, nesse período, 1.316.872 pessoas foram matricu- ladas na instituição e tiveram acesso à educação profissional. Com 11 unidades operacionais e16unidadesmóveis,oSenaidis- ponibiliza à comunidade em ge- ral 13 cursos técnicos para atua- ção nos diversos segmentos in- dustriais do Estado, e outros 100 cursos de qualificação e 200 de aperfeiçoamento. Dentre os cursos técnicos ofe- recidos estão o de Mecânica, Au- tomação,SegurançadoTrabalho, Eletrotécnica, Meio Ambiente, Rede de Computadores, Vestuá- rio e Logística. O período de ma- trícula para os cursos técnicos acontece duas vezes ao ano, em dezembro e em julho. De acordo com a gerente de Educação Profissional do Senai- ES,ZilkaTeixeiraaofertadecur- sos ocorre conforme a demanda das indústrias e, para tanto, a ins- tituição faz uma pesquisa com o setor que aponta as necessida- des. Umexemploqueilustraissoéa criação do curso técnico em Re- frigeração e Climatização e o de Plástico, criados recentemente paraatenderaessessetoreseque são oferecidos na unidade do Se- nai localizada na Serra. A gerente aconselha que a pes- soa interessada em estudar na instituiçãofaçaantesumavisitaà unidade escolar, “assim ela terá oportunidade de conhecer nossa estrutura e ver como os nossos laboratórios são bem montados”. Estudante de Automação, Wil- liam Bermond escolheu fazer o curso por conta da amplitude do mercado de trabalho. “O curso técnico é a entrada para o mercado de trabalho e nossa expectativa é de que, a par- tir do ano que vem, surjam mui- tas oportunidades para nós”, conta o estudante. KIKINA SESSA WILLIAM Bermond: mercado ROBÓTICA É UMA DAS DISCIPLINAS utilizada nas escolas do Sesi que ajuda a desenvolver habilidades Dúvidas “Na escola eu faço uso de uma plataforma que cria um programa de estudo indivi- dual, baseado nas minhas maio- res dificuldades. Isso é muito bom para mim e ajuda também os professores, que podem sa- nar minhas dúvidas. Outra pla- taforma que eu uso é uma que auxilianavocaçãoprofissionale ainda faço pesquisas em sites.” Jessica Souza Kubit, 16, aluna do Ensino Médio O QUE ELES DIZEM Computador “Utilizar esses programas de computador para estudos me ajuda muito. Eu utilizo na escola e em casa, no compu- tador e também no celular. É muito bom porque na hora que surge a dúvida já é possível ter a explicaçãoparaela.Euachome- lhor fazer a leitura na tela do computador. Para mim, parece mais eficiente.” João Pedro Mattos Malini, 17, aluno do Ensino Médio Raciocínio “Desde a oitava série tenho con- tato com essa educação tecno- lógica, especial- mente com a Ro- bótica,quepermi- tiu desenvolver meu raciocínio lógico, melhorando minha capa- cidade para resolver problemas, trabalhar em equipe, e me ajuda em outras disciplinas. Através desse estudo, participei de tor- neios e fui a lugares diferentes.” Yuri Gonçalves Yago, 17, aluno do Ensino Médio Temadoeventoéimportante A gerente de Implementação de Projetos do Instituto Unibanco, Maria Júlia Azevedo, participou do Seminário Tribuna de Educa- çãoereforçouqueocampotemá- tico escolhido é importante. “O Ensino Médio está sendo re- formulado em decorrência de sua situaçãoprecárianoBrasilinteiro. Na última década, de cada 100 criançasqueentramnaeducação básica,só54completamoEnsino Médio. Então, estamos perdendo umconjuntoenormedecriançase jovensnomeiodocaminho,poris- so esse tema é relevante.” CACÁ LIMA “ Desde o Ensino Fundamental nós trazemos a proposta de trabalhar uma educação mais tecnológica, com aulas diversificadas ”Josefina Prezentino, gerente Sesi-ES Referência “Eu escolhi fazer um curso técnico no Senai por ser uma escola referência no Brasil. Eu soube que havia vagas pelo Pronatec e consegui entrar no cursodeEletrotécnica.Ocurso é maravilhoso e tem muita aula prática. Depois eu quero tentar fazer Engenharia Elétrica. O mercado de trabalho é muito exigente e precisamos estar preparados.” Loryn Coelho, 17 anos, estudante de Eletrotécnica KIKINA SESSA OPORTUNIDADE
  • 8. 8 ATRIBUNA VITÓRIA, ES, TERÇA-FEIRA, 20 DE JUNHO DE 2017 Especial Escola Viva apresenta resultados que mostram redução de evasão escolar e uma maior identificação entre aluno e escola U m dos problemas nas tur- mas do Ensino Médio é a evasão escolar. Ou seja, é grande o número de alunos que abandonam a escola antes da con- clusão. Mas esse cenário está mu- dando nas escolas da rede pública estadual que funcionam em regi- me integral. A maior autonomia dada ao alu- no é apontada como um dos dife- renciais que leva a Escola Viva à evasão zero, diante do índice de 5,3% de abandono registrado no Ensino Médio nas escolas de tem- po parcial. Implantada em 2015 no Estado, a Escola Viva é de educação inte- gral e conta com um currículo di- versificado, com disciplinas obri- gatórias como Português, Mate- mática, Química, Física e também eletivas, em que os estudantes es- colhem de acordo com seu inte- resse e aptidão. “AEscolaVivaéaaçãomaisino- vadoraquenóstemosnaeducação no Espírito Santo. Ela traz no seu currículo um conjunto de discipli- nas, ferramentas e instrumentos que permitem ao jovem uma edu- cação integral”, disse o secretário de Educação, Haroldo Rocha. Atualmente, são mais de 10 mil vagas ofertadas em 17 unidades implantadas, em 15 municípios. A Secretaria de Estado da Educação prevêqueaté2018serão30unida- des, com a oferta de 18 mil vagas. REALIDADE A escola Joaquim Beato, locali- zada no bairro Planalto Serrano, no município da Serra, é uma das unidadesondeaeducaçãointegral foi implantada. Essa nova realida- de tem agradado a estudantes e também professores. “Quando eu li o projeto antes de IVANNA FROTA, professora de Língua Portuguesa: “Esse é o modelo de escola onde o aluno realmente aprende” Emoçõesnocurrículodoséculo21 “A sala de aula de hoje continua exatamentecomoerahá200anos, dos países ricos aos países pobres. Faz sentido a escola continuar dessa mesma forma?”, questionou a presidente do Instituto Ayrton Senna, Viviane Senna, numa pa- lestra para gestores da rede públi- ca de ensino de todo o Estado. Diversos estudos indicam que o desenvolvimentodecompetências socioemocionais, como colabora- ção e resiliência, é fundamental para apoiar os estudantes com os desafios da vida no século 21, além de melhorar o desempenho esco- lar, a vida profissional e pessoal. O Espírito Santo planeja ser um dos primeiros estados brasileiros a incorporar o desenvolvimento so- cioemocional de forma estrutura- danarotinadasaladeaulanarede pública estadual, com a assessoria técnica do Instituto Ayrton Senna na definição do currículo, seleção das metodologias a serem utiliza- das, programas de formação de professores, entre outras ações. No último dia 30, a Sedu e o Ins- tituto Ayrton Senna assinaram um termo de cooperação técnica, lan- çando uma parceria pioneira no Brasil. “Mais do que ensinar habi- lidadesdeleitura,escritaecálculo, a escola de hoje tem que ajudar os alunos a aprenderem a lidar com o outro, a conviver com pontos de vista diferentes, a ter flexibilidade, e serem colaborativos”, destacou Viviane Senna. Acolhimento “Estudar em tempo inte- gral para mim está sendo uma novidade muito boa. Num primeiro momento pensei que eu não fosse gostar, mas sinto que na Es- colaVivaoacolhimentofeito pelos professores e tutores nos faz sentir uma família, encontrando apoio quando precisamos.” Hana Radaelle, 15 anos, 2º ano do Ensino Médio O QUE ELES DIZEM Responsável “Eu passei por uma trans- formaçãonaEscolaViva.No anopassado,quandoentrei, não levei a sério e acabei saindo. Me arrependi e re- torneiesteanocomopensa- mentodeestudareestoufo- cado no meu projeto de vida, que é fazer o curso de Direito. Para isso, me tornei um aluno mais responsável.” Mayk Raphael Silva dos Santos, 15 anos, 8º ano Projeto “É sensacional ser aluna da Escola Viva porque sei queaquisempretereiapoio e condições de realizar meu projeto de vida, que é fazerfaculdadedeDireitoe um dia ser juíza. Já me acostumei ao horário integral e é um in- centivoamaisparaeumededicaraoses- tudos.” Hevyllyn Victória Silva Catrinque, 13 anos, 8º ano Autonomia “Na Escola Viva a gente é protagonista e tem autono- mia no que faz. A equipe re- conhece o nosso trabalho e isso nos inspira. Estando no horário integral a gente usa melhorotempoefazativida- des extracurriculares. Como eu gosto de escrever,façopartedaAcademiaEstudan- til de Letras.” João Alexandre Mendes Borges, 15 anos, 1º ano OS NÚMEROS 2015ano da implementação 10milvagas ofertadas atualmente EducaçãointegralreduzabandonoFOTOS: KIKINA SESSA FLEXIBILIDADE “ O grande desafio do mundo hoje é desenvolver nas pessoas a capacidade de lidar com as diferenças de pensamento, aprender a ser e a conviver ”Viviane Senna, presidente do Instituto Ayrton Senna THIAGO COUTINHO - 30/05/2017 PactopelaAprendizagem vaiequiparcreches O Governo do Estado está viabi- lizandoofinanciamentodeR$225 milhões, por meio do Banco Inte- ramericano de Desenvolvimento (BID), para que sejam construídas eequipadas200crechesemdiver- sosmunicípios,ampliandoaoferta de 20 mil vagas. Um planejamento já está sendo executado, paralela- mente ao trabalho de adesão dos municípiosaoPactopelaAprendi- zagem no Espírito Santo (Paes), para que possam ser otimizados esses recursos. A previsão é que, nos próximos meses, o governo direcione R$ 40 milhões aos municípios, com re- cursos próprios, para que sejam construídas, inicialmente, 50 uni- dades de Educação Infantil, abrin- do aproximadamente 5 mil vagas. “ComoPaesqueremosestabele- cerumcampodecolaboraçãocom os municípios com foco na melho- ria da aprendizagem. O que pode- mos observar é que há um desafio, que está associado à expansão da oferta de vagas para crianças de zero a três anos. Queremos opor- tunizar a abertura de vagas, em tempo integral e parcial, depen- dendo da demanda do município. Se a gente não cuidar das fases ini- ciais, não vamos chegar prepara- dosnofuturo”,destacouosecretá- rio de Estado da Educação, Harol- do Rocha. O secretário também ressaltou que um estudo técnico será reali- zado para apoiar os municípios a implantarem as unidades de Edu- caçãoInfantil,projetandotambém a arquitetura e a engenharia das creches. participar do processo seletivo pa- ra trabalhar na Escola Viva eu me apaixonei, porque esse é o modelo de escola onde o aluno realmente vai aprender”, comenta a profes- sora de Língua Portuguesa Ivanna Frota. “Eu participei do processo, fui aprovada e vim. É um desafio por- que o projeto é completamente di- ferente da escola regular. A come- çar pela tutoria. Na Escola Viva nós também somos tutores dos nossos alunos.” Ivanna coordena a Academia Estudantil de Letras da escola, que conta com 32 alunos que des- pertaram o interesse pela litera- tura. “Tenho alunos que já estão escrevendo poemas, contos, crô- nicas.”