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Curso de Graduação em Engenharia Mecânica
                 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado)




       Capítulo 2
       Psicrometria
       Prof. João Pimenta




Universidade de Brasília, Faculdade de Tecnologia
Departamento de Engenharia Mecânica


       Laboratório de Ar Condicionado e Refrigeração
168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado)
Capitulo 2. Psicrometria
Prof. João Pimenta




                          Este material foi desenvolvido pelo Prof. João Pimenta,
                          para aulas na disciplina obrigatória de graduação em
                          engenharia mecânica Instalações Termomecânicas II (Ar
                          condicionado).


                          Para fazer referência a este material, por favor utilize o
                          seguinte :

                          PIMENTA, João. Ar Condicionado: Psicrometria. Agosto a
                          Dezembro de 2009. 123 slides. Notas de Aula.
                          Apresentação MS PowerPoint.



                                   Críticas, comentários, sugestões, etc. para
                                               pimenta@unb.br

                                  Universidade de Brasília, Faculdade de Tecnologia
                                   ENM - Departamento de Engenharia Mecânica
                                                Brasília, Agosto-2009




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                                                                Conteudo

                1. Introdução

                2. Parâmetros Psicrométricos

                3. A Carta Psicrométrica

                4. A Transferência de Calor e Massa

                5. Saturação Adiabática e a Temperatura de Bulbo Úmido

                6. Processos Básicos de Condicionamento do Ar



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                                          Introdução




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Capitulo 2. Psicrometria
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            Havíamos definido o AC como,
               ―Processo de tratamento do ar, que através do ajuste
               simultâneo de temperatura, umidade, grau de pureza e
               circulação, permite manter condições desejáveis para um
               espaço climatizado ‖
             Vimos também que tal definição implica nas seguintes 4 funções
             básicas:
                      • Controle da temperatura;
                      • Controle da umidade;
                      • Filtragem, limpeza e renovação do ar;
                      • Movimentação e circulação do ar.

             A figura a seguir ilustra esquematicamente um sistema de AC que
             incorpora essa funções ...

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Capitulo 2. Psicrometria
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                                                                                               1. Introdução




                                                                     Serpentina       Serpentina
                                                           Filtros de Aquecimento   de Resfriamento
                     Damper de
                     ar externo


    Tomada de
     ar externo


                         A
                                    Damper de
                                   ar recirculado
                                                      A            Ventilador
                         A


    Exaustão
      de ar



                    Damper de                                                                  Ar de insuflamento
                  ar de exaustão                                                            distribuído as diferentes
                                                                                                      zonas


                                                               Ar de retorno das
                                                               diferentes zonas


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  Capitulo 2. Psicrometria
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                                                                                                                                1. Introdução




                                                                                                        A análise dos diferentes processos
                                                                                                        envolvendo o ar atmosférico é
                                                                                                        realizada com o auxilio da
http://www.padfield.org/tim/cfys/aircon/aircon3.php




                                                                                                        PSICROMETRIA.


                                                                                                                PSICROMETRIA.
                                                                                                         Estudo    das     propriedades
                                                                                                         termodinâmicas do ar úmido
                                                                                                         afim de analisar mudanças de
                                                                                                         estado do mesmo.


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Capitulo 2. Psicrometria
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                                                                            1. Introdução


             Ar Atmosférico X Ar seco X Ar Úmido
            O ar atmosférico contêm vários componentes gasosos, bem como
            vapor d’água e contaminantes (particulados, pólem, etc.)
             O ar seco existe quando todo o vapor d’água e contaminantes são
             removidos do ar atmosférico.
                      Nitrogênio                                  78,08400 %
                      Oxigênio                                    20,94760 %
                      Argônio                                      0,93400 %
                      Dióxido de carbono                           0,03140 %
                      Néon                                         0,00182 %
                      Hélio                                        0,00052 %
                      Metano                                       0,00015 %
                      Dióxido de Enxofre                           0 a 0,0001 %
                      Hidrogênio                                   0,00005 %
                      Outros (Criptônio, Xenônio, Ozônio, etc.)    0,00002 %


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Capitulo 2. Psicrometria
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                                                                                    1. Introdução


             Ar Atmosférico X Ar seco X Ar Úmido
            O ar úmido é considerado com uma mistura binária (2
            componentes) de ar seco e vapor d’água.

            A quantidade de vapor d’água no ar úmido varia entre Zero (ar
            seco) e um máximo que depende da pressão e temperatura da
            mistura.
                                                   Estado de equilíbrio entre o ar úmido
                                  Saturação        e a fase condensada (líquido ou
                                                   sólida)




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             Lei de Dalton
            Lei da mistura de gases perfeitos observada por John Dalton
            estabelece que ...

             A pressão total da mistura, P,
             é igual a soma das pressões Pi
             que cada gás exerceria se
             ocupasse isoladamente o
             volume do reservatório, V, que
             contém a mistura e estivesse a
             temperatura, T da mistura.


                       P  Pa  Pw
                                                               http://www.kentchemistry.com/links/GasLaws/dalton.htm


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             Massas Moleculares

            A massa molecular do ar seco é de 28,9645 sendo a constante do
            gás para o ar seco de,
                                             8314,41            J
                                        Ra           287,055
                                             28,9645           kg.K

            A massa molecular relativa da água é de 18,01528 sendo a
            constante do gás para o vapor d’água de,
                                             8314,41            J
                                       RW            461,520
                                            18,01528           kg.K



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            Variação da Temperatura e Pressão na atmosfera.
            O temperatura e pressão do ar atmosférico variam
            consideravelmente com a altitude, e também com a posição
            geográfica e as condições meteorológicas.
                                                                                                                                              Dados Atmosféricos Padrão (NASA, 1976)
               http://www.britannica.com/ebc/art-85007/In-Earths-atmosphere-the-limits-of-the-atmospheric-layers-are




                                                                                                                                          Altitude [m]   Temperatura [oC]     Pressão [kPa]
                                                                                                                                                  -500                18,2          107,478
                                                                                                                                                     0                15,0          101,325
                                                                                                                                                   500                11,8           95,461
                                                                                                                                                 1000                  8,5           89,874
                                                                                                                                                 2000                  2,0           79,495
                                                                                                                                                 3000                 -4,5           70,108
                                                                                                                                                 4000                -11,0           61,640
                                                                                                                                                 5000                -17,5           54,020
                                                                                                                                                 6000                -24,0           47,181
                                                                                                                                                 7000                -30,5           41,061
                                                                                                                                                 8000                -37,0           35,600


                                                                                                                               
                                                                                                                                5, 2559          9000                -43,5           30,742
                                                                                                                           5
           P  101,325 1  2,25577 10 .h                                                                                                       10000                -50,0           26,436

              h  500m  altitude  11000m
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Capitulo 2. Psicrometria
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              Tabelas de vapor d’água saturado




  Entrada                                                                 Entrada
    em                                                                      em
Temperatura                                                               Pressão




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                                                           2
                  Parâmetros Psicrométricos




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              A Linha de Saturação

              Sabemos da termodinâmica que o domínio das diferentes fases
              (sólido, líquido e vapor) de uma dada substância pura pode ser
              representado num plano pressão temperatura como abaixo...
    Pressão


                                               Ponto
                                               Crítico
                                                           Em        nosso       estudo   estaremos
                                Fase
                                                           particularmente interessados com a linha
                               Líquida                     de saturação (vaporização) que delimita as
                  Fase
                                                           regiões de líquido e vapor
                  Sólida
                                             Fase
                                             Vapor

                                  Ponto
                                  Triplo




                                           Temperatura

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              A Linha de Saturação

              A região a direita dessa linha de saturação diz respeito ao vapor
              d’água superaquecido, tal qual o mesmo se encontra no ar úmido.


    Pressão

                                                                                               Pressão de
                                                                                               Vapor d’água
                                               Ponto
                                               Crítico


                                Fase
                               Líquida                                   B              A

                  Fase
                  Sólida
                                             Fase
                                             Vapor

                                  Ponto                        Temperatura
                                  Triplo

                                                                Processo isobárico de resfriamento do
                                                                        vapor d’água até a saturação
                                           Temperatura

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                                                               2. Parâmetros Psicrométricos

             A Linha de Saturação

             As colocações anteriores são válidas para o vapor d’água
             (substância pura)!

             Qual seria o efeito se considerarmos a mistura vapor d’água + ar
             seco (ar úmido) ???

                   Resposta: Nenhum! O vapor d’água não é influenciado pela
                   presença do ar
                       →na verdade, uma pequena interação molecular ocorre que
                        pode ser considerada desprezível para fins práticos.

             Sobre a linha de saturação o ar é dito saturado → qualquer
             redução adicional de temperatura causa a condensação do vapor
             d’água presente no ar.

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             Relações do Gás Perfeito

             Quando o ar úmido é considerado uma mistura de gases perfeitos
             independentes (ar seco + vapor d’água), temos:
                               para o ar seco  paV  na R.T
                          para o vapor d' água  pwV  nw R.T

             onde,
               pa  pressão parcial do ar seco
               pw  pressão parcial do vapor d' água
               V  volume total da mistura
               na  número de moles de ar seco
               nw  número de moles de vapor d' água
               R  constante universal dos gases (8314,4 kJ kg.mol.K )
               T  temperatur a absoluta K
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             Relações do Gás Perfeito

             Por sua vez, para a mistura ar seco + vapor d’água, também deve
             obedecer a equação do gás perfeito...
                                             pV  nR.T
             ou seja,
                                   pa  pw .V  na  nw R.T
             sendo,
                                            p  pa  pw
                                            n  na  nw
             Com essas equações, as frações molares de ar seco e vapor
             d’água podem ser dadas como,
                           pa       pa                                   pw       pw
                 xa                                          xw              
                       pa  p w  p                                 pa  p w  p
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             Uma série de parâmetros psicrométricos é utilizada para a
             caracterização do estado termodinâmico do ar úmido...

                       • Umidade Absoluta
                       • Umidade Relativa
                       • Grau de Saturação
                       • Volume Específico
                       • Entalpia Específica
                       • Calor Específico a Pressão Constante
                       • Temperatura de Bulbo Seco
                       • Temperatura de Orvalho
                       • Temperatura de Bulbo Úmido



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             Umidade Absoluta (humidity ratio), w
             Para uma dada amostra de ar úmido, define a razão entre a
             massa de vapor d’água (Mw) e a massa de ar seco (Ma), i.e.,
                                     mw kg de vapor d' água
                                  w    
                                     ma    kg de ar seco
              Uma importante simplificação pode ser feita assumindo a mistura
              de 2 gases perfeitos. Da equação de estado par o gás perfeito e
              considerando a Lei de Mistura de Dalton, temos...
                                       PaV                          PwV
                                  ma                          mw 
                                       RaT                          RwT
              Substituindo em w, vem ...
                                                     Ra Pw
                                                  w
                                                     Rw Pa
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             Umidade Absoluta (humidity ratio), w
                                                     Ra Pw
                                                  w
                                                     Rw Pa
              Porém, da Equação .... Temos que,
                                  Ra M w 18,01534
                                                  0,62198
                                  Rw M a   28,9645
              Assim vem ...
                                                          Pw
                                              w  0,62198
                                                          Pa
             Além disso, como a pressão total da mistura (P) é dada pela
             soma das pressões parciais dos constituintes da mesma (Pa e
             Pw), temos que ...
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             Umidade Absoluta (humidity ratio), w

                                      Pw           Pw
                           w  0,62198  0,62198
                                      Pa         P  Pw

                                                    Pw
                                      w  0,62198
                                                  P  Pw

             Que é a forma mais conhecida e muitas vezes apresentada como
             a definição da umidade absoluta.

             Nota: a expressão decorre da hipótese de comportamento ideal
             que fica comprometida quando a pressão parcial do vapor se
             aproxima da pressão total da mistura.

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             Umidade Absoluta (humidity ratio), w
                                                       Pw
                                         w  0,62198
                                                     P  Pw
             A equação precedente mostra existir uma relação direta entre a
             umidade absoluta e a pressão parcial do vapor d’água
                → Com isso, podemos usar indistintamente pw ou w no
                    gráfico da linha de saturação antes apresentado



                                                           Pressão de vapor d’água


                                                                                     Umidade Absoluta
                                                                                                            Nota:
                                                                                                            A relação entre as escalas
                                                                                                            não é linear.




                           Temperatura
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             Umidade Específica (specific humidity), q
             Razão entre a massa de vapor d’água (mw) e a massa total da
             amostra de ar úmido, i.e.,
                                     mw       w      kg de vapor d' água
                             q                   
                                   mw  ma 1  w     kg de ar úmido

             Umidade Relativa (relative humidity), 
             Razão entre a fração molar do vapor d’água presente na mistura
             (xw) e a fração molar que o vapor d’água teria se a mistura
             estivesse saturada na mesma temperatura e pressão (xws) .

                                                    xw
                                                 
                                                    xw, s      t, p

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             Umidade Relativa (relative humidity), 
             Considerando a equação dos gases perfeitos e a definição das
             frações molares do vapor d’água,
                            nw                         nws
                       xw                       xws                  n  número total de moles
                            n                           n
             temos,
                                                     Razão entre a pressão parcial do vapor d’água
                    xw                   Pw
                                     
                                                     na mistura (Pw) e a pressão parcial que o vapor
                                                     d’água teria (Pws) se a mistura estivesse
                    xw , s      t, p
                                         Pw, s       saturada na mesma temperatura e pressão total
                                                     da mistura.

              A umidade relativa varia entre 0 e 1 (0 a 100%).

                         0  ar seco                           1  ar úmido saturado

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             Grau de Saturação, 
              Razão entre umidade absoluta do ar e a umidade absoluta do ar
              saturado, mantidas temperatura e pressão de mistura constantes.
                                                       w
                                                    
                                                       ws
              Substituindo as expressões simplificadas da umidade absoluta e
              da umidade relativa temos,
                            P  Pws                                 P  Pws
                                                   ou →      
                            P  Pw                                  P  Pws

              Nota: se a umidade relativa for alta ou a pressão parcial do vapor
              for baixa face a pressão da mistura, o grau de saturação será
              aproximadamente o mesmo que o da umidade relativa.

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             Propriedades Específicas
             Propriedades específicas são dadas por unidade de massa da
             substancia de interesse.

              No psicrometria convenciona-se referenciar tais propriedades a
              massa de ar seco (e não a massa da mistura).

              A razão dessa convenção deve-se ao fato de que nos processos
              com o ar úmido o fluxo de ar seco permanece constante
              enquanto que vapor d’água pode ser retirado ou adicionado ao ar
              úmido. Ou seja, o fluxo mássico de ar seco se conserva no
              processo.

              Assim, o volume específico, a entalpia específica e o calor
              esecífico são referenciados a base de ar seco.
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             Volume Específico, v
              Razão entre o volume ocupado pela mistura e a massa de ar
              seco presente na mesma.
                                                          V
                                                       v
                                                          ma
              Com a simplificação de gases perfeitos ma  PaV e lembrando que
                                                          RaT
              Ra   ma temos,
                                                 T              m3         
                                    v  0,2870                             
                                               P  Pv           kg ar seco 
              que pode ser modificada usando a expressão de definição da
              umidade absoluta, resultando em,
                                                        m3         
                             v  0,2870 1  1,6078 w 
                                       T
                                                                    
                                       P                kg ar seco 
               com T em Kelvin e P em kPa.
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             Volume Específico, v
              Nota: Se o volume específico da mistura fosse referido a massa
              de ar úmido (vm), este seria ligeiramente menor que o volume
              específico referido a massa de ar seco. Com efeito, temos,

                                              v         m3     
                                       vm                     
                                            1  w  kg ar úmido 
              Portanto, os dois volumes específicos diferem pelo fator (1+w)

              É interessante notar que quanto maior a umidade absoluta maior
              será o volume específico do ar úmido → ou seja, menor sua
              densidade. Assim, o ar úmido é mais ―leve‖ que o ar seco o que
              implica na facilidade com que o ar úmido se dispersa na
              atmosfera.
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                                                                         2. Parâmetros Psicrométricos


             Entalpia (H) e Entalpia Específica (h)
             A entalpia total da mistura é dada pela contribuição isolada da
             entalpia do ar seco e do vapor d’água, dada a hipótese do gás
             perfeito. Assim,
                                                 H  Ha  Hw
             A entalpia específica da mistura (h) é obtida dividindo-se a
             expressão acima pela massa de ar seco, como,
                                            H ma ha mw hw
                                         h        
                                            ma   ma   ma
             e, com a definição de umidade absoluta, temos a seguinte
             expressão final,
                                                                    kJ     
                                       h  ha  whw             kg ar seco 
                                                                           
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             Calor Específico a pressão constante (Cp)
             Referido a massa de ar seco é dado pela combinação dos
             calores específicos do ar seco Cpa e do vapor d’água Cpw,
             como,
                                                                   kJ        
                               Cp  Cpa  wCpw              kg de ar seco OC 
                                                                             
             De forma simplificada,
                     Cpa  1,006 kJ kg oC                         Cpa  1,805 kJ kg oC
             Com tais valores e com a definição Cp=dh/dT, obtemos uma
             expressão simplificada para a entalpia específica do ar úmido,
                           ha  1,006.T                            hw  2501,3  1,805.T
                                                               Entalpia de vaporização da água

                                   h  1,006.T  w2501,3  1,805T 
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                                                                                      Temperatura de Bulbo Seco (TBS)
                                                                                      É simplesmente a temperatura da mistura indicada por um
                                                                                      termômetro.
           http://www.freeimageslive.com/galleries/medical/pics/thermometer1739.jpg




                                                                                                                        mynasadata.larc.nasa.gov/glossary.php?&word=ALL




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             Temperatura de Orvalho (TO)




                                                                                                                      http://weather.stives-town.info/images/dew.jpg
              Temperatura correspondente ao ponto de
              início da condensação do vapor d’água
              presente no ar úmido quando seu
              resfriamento ocorre a pressão constante.




                                                                    Temperatura



                                                     Vapor d’água
                                                     Pressão de
                                                                                                        1
                                                                            T1


                              2             1                               TO                    2
                                                        Temperatura de
                                                        orvalho do ar no
                                                               estado 1
                                       T1
                Temperatura                                                                       Volume Específico
                                  TO
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             O higrômetro de espelho gelado (chilled mirror hygrometer)




                              The Chilled Mirror hygrometer: How It Works, Where It Works—and Where It Doesn't
                                                       May 1, 2005 - David J. Beaubien
                     http://www.sensorsmag.com/sensors/Assoc+Misc/The-Chilled-Mirror-hygrometer-How-It-Works-Where-I/ArticleStandard/Article/detail/184888


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                                   3
                         A Carta Psicrométrica




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             Uma carta psicrométrica reúne graficamente as propriedades
             termodinâmicas até aqui apresentadas.

             Basicamente, a carta psicrométrica é útil em duas circunstancias:
                     1) Obtenção de propriedades do ar úmido, e;
                     2) Análise de processos.

             Na carta psicrométrica temos representadas uma série de linhas,
             cada qual representando valores constantes para:
                 • Umidade Absoluta
                 • Umidade Relativa
                 • Volume Específico
                 • Entalpia Específica
                 • Temperatura de Bulbo Seco
                 • Temperatura de Bulbo Úmido
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                                                                         Umidade
                                    Umidade




                                                                                                           Umidade
                                                                         Absoluta
                                    Absoluta




                                                                                                           Absoluta
                  Temperatura                                                                Entalpia
                                                              Umidade
                 de bulbo seco
                                                              Relativa


            Temperatura                         Temperatura                         Temperatura




                                                                                                           Umidade
                                    Umidade




                                                                         Umidade




                                                                                                           Absoluta
                                    Absoluta




                                                                         Absoluta
                     Umidade                         Temperatura de                          Volume
                     Absoluta                         Bulbo Úmido                           Específico



            Temperatura                         Temperatura                         Temperatura




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                                                                      Umidade Absoluta kg/kg
                        Temperatura


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                                                                              http://www.arch.hku.hk/~cmhui/teach/65156-7e.htm
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                                                Exemplos




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              Exemplo 1
              Determinar a umidade absoluta do ar com umidade relativa de 60 % e
              temperatura de 30 oC, numa pressão de 101,325 kPa.
              Solução A)
              Na carta psicrométrica, com UR = 60% e TBS= 40 oC ...


                                                               UR = 60%


                                                                                 W = 0,017 kg/kg




                                                           TBS=30 oC



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              Exemplo 1
              Determinar a umidade absoluta do ar com umidade relativa de 60 % e
              temperatura de 30 oC, numa pressão de 101,325 kPa.
              Solução B)
              Usando a Equação,
                                    P
                  w  0,62198 w
                                  P  Pw
              e com a definição de umidade relativa
                       xw          Pw
                                      Pw    Pw, s
                      xw, s t , p Pw, s
              Da tabela de vapor d’água, Pw,s = Psat (30 oC)=4,246 kPa, logo,
                     Pw    Pw,s  0,6  4,246  2,548 kPa
              Assim,
                                          2,548
                  w  0,62198                         0,0160 kg kg
                                     101,325  2,548
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              Exemplo 2
              Determinar a umidade absoluta do ar com entalpia de 61 kJ/kg e
              temperatura de 40 oC, numa pressão de 101,325 kPa.
              Solução A)
              Na carta psicrométrica, com h=61 kJ/kg e TBS= 40 oC ...




                                                       h = 61 kJ/kg
                                                                                         W = 0,008 kg/kg


                                                                      TBS=40 oC


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              Exemplo 2
              Determinar a umidade absoluta do ar com entalpia de 61 kJ/kg e
              temperatura de 40 oC, numa pressão de 101,325 kPa.
              Solução B)
              Com a equação,
                  h  1,006.T  w2501,3  1,805T 
              temos,
                          h  1,006.T
                 w
                       2501,3  1,805T 
                        61  1,006.40
                w                          0,008 kg kg
                     2501,3  1,805  40



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              Exemplo 3
              Qual o volume específico do ar úmido com umidade relativa de 20% e
              temperatura de 24 oC, numa pressão de 101,325 kPa.
              Solução A)
              Na carta psicrométrica, com UR=20% e TBS= 24 oC ...




                                                           v = 0,85 m3/kg




                                                               UR = 20%
                                             TBS=24 oC



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              Exemplo 4
              Determine as temperaturas de orvalho e bulbo úmido do ar na
              temperatura de 30 oC, UR de 40 % e pressão de 101,325 kPa.
              Solução A)
              Na carta psicrométrica, com UR = 40% e TBS= 30 oC ...




                                                                       UR = 40%




                                                                       TBU = 21 oC
                                                           TBS=30 oC

                                     To = 15 oC

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              Exemplo 5
              A umidade relativa e a temperatura do ar em um ambiente são de 60 %
              e 40 oC respect. Se a pressão é normal (101,325 kPa) calcule a umidade
              absoluta do ar e o grau de saturação.

             A pressão parcial do vapor d’água saturado Pws à temperatura de 40
             oC vale 7,384 kPa (Tabela)

                     Pw    Pws  0,6  7,384 kPa  4,430 kPa
             A umidade absoluta (w) é calculada por,
                                       Pw                  4,430               kg vapor
                     w  0,62198             0,62198                  0,0284
                                     P  Pw           101,325  4,430          kg ar seco
             O grau de saturação é dado por,
                             P  Pws          101,325  7,384
                                   0,60                   0,5817  58,17%
                             P  Pw           101,325  4,430

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                                     4
                            A Transferência de
                              Calor e Massa
                           Coeficientes de Transferência de Calor e Massa
                            A Transferência Simultânea de Calor e Massa
                                       O Potencial de Entalpia
                                          Lei da Linha Reta



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             Coeficientes de Transferência de Calor e Massa
             Como sabemos, a Lei do Resfriamento de Newton estabelece a taxa de
             transferência da calor entre um fluido e uma superfície como,

                                           Q  hc ATsup  T 
                                           

             Como bem colocado por Simões Moreira (1999) ―a aparente
             simplicidade desta equação esconde o problema fundamental da
             convecção de calor ... a determinação do coeficiente hc que depende de
             diversos parâmetros‖.

             Uma análise dimensional das equações que regem a transferência de
             calor na convecção resulta na definição do número de Nusselt, como,
                                                          hc .L
                                                     Nu 
                                                           k
             A mesma análise indica ainda existir uma correlação do tipo,
                                                 Nu  f Re,Pr 
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             Coeficientes de Transferência de Calor e Massa
             De forma análoga à Lei do Resfriamento de Newton podemos definir a
             taxa de transferência da massa entre uma parede molhada e um fluxo
             de ar úmido, como,
                                            mv  hm Asup    
                                            
              Como antes, agora o coeficiente de transferência de massa hm a pode
              ser relacionado a outras grandezas adimensionais, como,

             Número de Sherwood                                           Número de Schimdt
                          hm .L                                                      
                   Sh 
                           D                      Sh  f Re,Sc              Sc 
                                                                                     D

                                              D→ coeficiente de difusão
                                              de massa [m2/s]




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             Coeficientes de Transferência de Calor e Massa
            Para escoamento externo sobre superfície plana nos regimes laminar e
            turbulento (com início turbulento) podemos escrever,

                                                                       
                                 Nu  f Re,Pr   Nu  a Re b  A Pr c        
            onde, as constantes A, a, b e c, dependem da geometria e outras
            condições de escoamento (ver literatura).

            De forma análoga, a transferência de massa no escoamento externo
            sobre superfície úmida plana pode ser representada como,
                                                                   
                                  Sh  f Re, Sc   Sh  a Re b  A Sc c      
            Dividindo a equação para Nu pela equação para Sh, após algum re-
            arranjo, temos,               1c      1c
                                       hc   Sc                 
                                                                      Le1c
                                     hmCp  Pr                D
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             Coeficientes de Transferência de Calor e Massa
                                                           1c       1c
                                      hc   Sc                    
                                                                      Le1c
                                    hmCp  Pr                   D
            Se introduz aqui um novo adimensional – o número de Lewis, Le,
            definido pela razão entre os números de Schimdt e Prandtl, ou, de forma
            mais simples, pela razão entre as difusividades térmica e de massa.

            O valor do número de Lewis para o ar úmido vale aproximadamente
            0,865, e aumenta ligeiramente com a temperatura, de forma que,

                                                   0,86  0,90  1,00
                                              hc
                                    RLe 
                                                          23

                                            hmCp
             O valor unitário para a relação de Lewis RLe implica, entre outras coisas,
             que o coef. de transf. de massa pode ser diretamente determinado a
             partir do conhecimento do coeficiente de transferência de calor.

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                                                               4. A Transferência de Calor e Massa


              Exemplo Numérico
              Um filme de água com temperatura de 27ºC sobre uma superfície plana
              de 0,5m x 0,5m está exposto a brisa de ar atmosférico com velocidade
              de 10 m/s, pressão normal, umidade relativa de 60% e temperatura
              também de 27ºC. Calcule a taxa de evaporação da água para o ar.

             Como primeira aprox. se adotam as propriedades do ar seco a 27ºC,
                             1,85 105 Pa.s ; Cp  1,01 kJ kg.K ;   1,161 m3 kg
                                            Pr  0,707 ; k  0,026W m.K
                                                                            VL       10.0,5.1,161
             Cálculo do número de Reynolds,                          Re                           3 105
                                                                                      1,85 10 5


             Cálculo do número de Nusselt,                                
                                                               Nu  0,644 3 105       0,707
                                                                                      12         13
                                                                                                       324,0
                                                     hc .L        Nu.k 324,0.0,026
             Cálculo de hc,                   Nu           hc                   16,85W m 2 K
                                                      k            L       0,5
             Usando a relação de Lewis, sendo RLe≈1, temos,
                                             hc     16,85
                                     hm                       0,014 m s
                                            Cp 1,0110 .1,161
                                                        3


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              Exemplo Numérico
                                                     continuação ...

             Determinação da densidade do vapor d’água no ar úmido na condição
             da interface com a superfície úmida “sup” e ao longe da mesma “∞”;

                     T  27oC e   100%  wsup  0,0227 kgvapor kgar seco
                     T  27oC e   60%  wsup  0,0134 kgvapor kgar seco

             Então ...
                     sup  .wsup  1,161.0,0227  0,0264 m3 kg
                       0,0156 m3 kg

             Finalmente, o fluxo evaporativo de massa será dado por,
                  mv  0,014.0,52 0,0264  0,0156  0,038 103 kg s
                  



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             A Transferência Simultânea de Calor e Massa
             A ―manipulação‖ do ar úmido geralmente resulta na adição ou remoção
             de vapor d’água. Isso é particularmente verdade para torres de
             resfriamento, condensadores evaporativos, serpentinas de resfriamento
             e desumidificação, umidificadores, etc.

             Processos evaporativos e de condensação também são comuns na
             natureza.




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             A Transferência Simultânea de Calor e Massa
              A mudança de fase da água requer o fornecimento ou remoção de calor
              correspondente à sua entalpia de vaporização. Assim, os processos de
              transferência de calor e massa devem ser considerados
              simultaneamente.                                                   QL
                                                                       
                                                                      QS    dmvs , hvs 
                                                                               
                                       w, T
                        Ar
                      Úmido

                                            ws , Ts                          
                                                                            QT

            Água


        Superficie                        dA




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             A Transferência Simultânea de Calor e Massa
             Fluxo de calor sensível
                   QS  hc dATs  T 
                    
                                                                                        
                                                                                       QL
             Taxa de transferência de vapor d’água                          
                                                                           QS    dmvs , hvs 
                                                                                    
                   mv  hm a dAws  w
                    

             Conservação da energia para o v.c.
                              
                   QL  QT  QS  hLVs dmv
                                                                                 
                                                                                 QT
             Com mv na equação acima temos
                  
                   QL   a hLVs hm dAws  w
                    

             Finalmente, das equações acima, o fluxo de calor total será dado por,
                   QT  QS  QL  hc Ts  T    a hLVs hm ws  wdA
                              

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             O Potencial de Entalpia
              Primeiramente considerando que a entalpia específica de uma mistura
              pode ser dada pela soma das entalpias individuais; podemos escrever
              para o ar úmido que,
                          hs  h  hsa  h  ws hVs  whV 
              Somando e subtraindo o produto ws hVs ao segundo membro e ainda
              admitindo o comportamento de gás perfeito, temos,
                          hs  h  Cpu Ts  T   hVs ws  w
              onde o calor específico do ar úmido é Cpu  Cpa  wCpv
              Isolando a diferença de temperatura da equação anterior vem,

                          Ts  T 
                                     hs  h   hVs ws  w
                                                Cpu
              Esta última equação substituída na equação anterior para o calor total
              permite eliminar desta a temperatura. Temos ....
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             O Potencial de Entalpia

                     Ts  T 
                                 hs  h   hVs ws  w
                                           Cpu
                      QT  QS  QL  hc Ts  T    a hLVs hm ws  wdA
                                 

                         hc dA h  h   ws  w h  R h 
                      QT         s                    LVs Le Vs 
                           Cpu                RLe                
             Para esta última considerando que RLe  1  hLVs  RLe hVs  hLVs o termo
                                      
             resultante w  ws hLs é desprezível em relação a hs  h         . Assim,
             somente o primeiro termo entre colchetes é significativo.
             Com isso o fluxo total de calor será dado por,

                                              hc dA h  h 
                                           QT          s
                                                Cpu
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             O Potencial de Entalpia - Conclusões
             A equação anterior é importante pois permite determinar o fluxo de calor
             total em equipamentos de contato direto entre o ar e a água (torres de
             resfriamento, etc.).
                                                                
                                                   se h  hs  QT se dá do ar para a água
                      
                     QT 
                              hc dA
                                    hs  h                    
                              Cpu                  se h  hs  QT se dá da água para o ar
             Além disso, já era óbvio que:
                                                                
                                                   se T  Ts  QS se dá do ar para a água
                      QS  hc dATs  T 
                       
                                                                
                                                   se T  Ts  QS se dá da água para o ar
                                                                
                                                   se w  ws  QL se dá do ar para a água
             QL   a hLVs hm dAws  w
              
                                                                
                                                   se w  ws  QL se dá da água para o ar
                                                                     Vejamos esses 3 casos →
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              O Potencial de Entalpia - Conclusões
         ha , Ta , wa                                    ha , Ta , wa                              ha , Ta , wa
                                          
                                         QT                                      
                                                                                 QT                                            
                                                                                                                               QT
                                                                                                                     
                                                                                                                     QS
     hs , Ts , ws         QS              
                                          QL hs , Ts , ws                
                                                                         QS                   hs , Ts , ws                          
                                                                                      
                                                                                     QL                                            QL


                                                   Umidade                                 Umidade                                   Umidade
                                                   Absoluta                                Absoluta                                  Absoluta



                                               wa                        hs                                                    ws
                                                                                          ws
                                    ws                                          ha                                             hs
                                              ha                                          wa                        ha              wa
                               hs
            Temperatura
                          Ts             Ta               Temperatura
                                                                           Ts        Ta             Temperatura       Ts Ta
                        Condensação                                     Evaporação                                Evaporação


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Capitulo 2. Psicrometria
Prof. João Pimenta
                                                               4. A Transferência de Calor e Massa




                               Lei da Linha Reta




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              Lei da Linha Reta
              A lei da linha reta estabelece que:
                   ―quando o ar úmido transfere calor e massa de/para uma superfície
                   molhada, o estado do ar tende para a temperatura da superfície
                   úmida (tw) sobre a linha de saturação‖
                                      dA                                Curva de Saturação




                                                                                                               Umidade Absoluta
              Ar                                                                                        1
            Úmido
             v, ta                                                                             2



                                                  Temperatura tw                                     Linha
                                                                                                     Reta
       Água


                                                                    Temperatura   tw

              As taxas de transf. de calor e massa se interrelacionam de tal modo
              que o processo se mostra como uma reta no plano temperatura -
              umidade absoluta
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                                                                  4. A Transferência de Calor e Massa


             Lei da Linha Reta
             A conservação da massa e energia aplicada ao volume de controle
             abaixo resulta em,
                                                                     
                                                                     ma w                
                                                                                         ma dw
                                 dA
                                                                           
                                                                         dmL
                                           h  dh
                                                                     ma w  dmL  ma w  dw
                      h
                      T                    T  dT                                
                      w                    w  dw                           dmL  ma dw
                                                                                 
             Ar
           Úmido       
                      ma                    
                                           ma
                                             Superfície    h
                                                           L

                                                                                          ma h  dh 
                                             em evaporação   
                                                           dm L      
                                                                     ma h                 
    Água                    
                           QT
                                                                             
                                                                            QT
                                                                  QT  ma h  dh   ma h  hL dmL
                                                                                               
                                                                          
                                                                       QT  ma h  hL dmL
                                                                                          
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                                                               4. A Transferência de Calor e Massa


             Lei da Linha Reta
                            
              Substituindo dmL do balanço de massa, no balanço de energia, vem,
                   QT  ma dh  hL dw
                        
              Tínhamos também mostrado que,
                      hc dA h  h 
                   QT          s
                        Cpu
              Igualando, vem,

                   dh  hL dw 
                                    hc dA
                                          hs  h 
                                    Cpu
              Usando a definição do coeficiente de transferência de massa,
                  mv  hm a dAws  w
                                                                                     re-arranjando
                                                                                           vem
              e considerando que dmv  dmL  ma dw , então,
                                            
                             
                            ma dw
                  dA 
                        a hm ws  w
                                             Substituindo em


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                                                                   4. A Transferência de Calor e Massa


             Lei da Linha Reta
                                    dh
                                        RLe
                                              hs  h 
                                    dw       ws  w
             onde a relação de Lewis (RLe) aparece quando a densidade do ar seco
             é confundida com a de mistura.
             Como RLe≈1, a equação acima pode se integrada pelo método de
             separação de variáveis resultando em,
                                                   hs  h   C
                                                  ws  w
             onde C é uma constante de integração cujo valor pode ser obtido da
             condição inicial do ar, ou seja, w=w1 para h=h1, de forma que,

                                                 C
                                                        hs  h1 
                                                       ws  w1 
                                              hs  h   hs  h1 
                Igualando, temos,
                                             ws  w ws  w1 
                                                                          (Lei da Linha Reta)

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LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração                                  www.laar.unb.br
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Capitulo 2. Psicrometria
Prof. João Pimenta
                                                                   4. A Transferência de Calor e Massa


             Lei da Linha Reta




                                                                                                   Umidade Absoluta
                     Lei da Linha Reta

                  hs  h   hs  h1 
                 ws  w ws  w1                                                   1
                                                                                 2
                                                 Superficie                  3
                                                 molhada


                                                                              Linha
                                                               s              Reta




                                              Temperatura      TS                     T1

             Uma sucessão de estados é verificada tal que....
                            hs  h1   hs  h2   hs  h3     hs  hn   C
                           ws  w1  ws  w2  ws  w3             ws  wn 
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                             5
                  Saturação Adiabática e a
                Temperatura de Bulbo Úmido




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                                                    5. Saturação Adiabática e a Tem. de Bulbo Úmido

             Saturação Adiabática

             O saturador adiabático é um dispositivo ideal no qual o ar úmido escoa
             contra uma fina névoa de água, a pressão constante.



                     Saída de ar
                       saturado                                             
                                                                        Ar em equilíbrio
                                                                        termodinâmico
                                                                        com a água
                                                                        (Saturação)
                              Isolamento
                            térmico ideal




                                             
                             Entrada de ar                                                   Àgua de Reposição
                           úmido ambiente
                                                                                             (w2-w1).hl

                                                 Termômetro



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                                                    5. Saturação Adiabática e a Tem. de Bulbo Úmido

             Saturação Adiabática


                     Saída de ar
                       saturado                                             
                                                                        Ar em equilíbrio
                                                                        termodinâmico
                                                                        com a água
                                                                        (Saturação)
                              Isolamento
                            térmico ideal




                                             
                             Entrada de ar                                                  Àgua de Reposição
                           úmido ambiente
                                                                                            (w2-w1).hl

                                                 Termômetro



           Ao longo do saturador a área de transferência de calor e massa entre o ar
           úmido e as gotículas de água é tal que, ao sair do saturador o ar
           encontra-se em equilíbrio termodinâmico com a água, isto é, saturado.
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                                                    5. Saturação Adiabática e a Tem. de Bulbo Úmido

             Saturação Adiabática


                     Saída de ar
                       saturado                                             
                                                                        Ar em equilíbrio
                                                                        termodinâmico
                                                                        com a água
                                                                        (Saturação)
                              Isolamento
                            térmico ideal




                                             
                             Entrada de ar                                                  Àgua de Reposição
                           úmido ambiente
                                                                                            (w2-w1).hl

                                                 Termômetro




           Um isolamento térmico ideal é considerado de forma que o processo é
           adiabático (não há troca de calor com o ambiente – todo o calor trocado
           ocorre apenas entre o ar e a água).
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                                                    5. Saturação Adiabática e a Tem. de Bulbo Úmido

             Saturação Adiabática


                     Saída de ar
                       saturado                                             
                                                                        Ar em equilíbrio
                                                                        termodinâmico
                                                                        com a água
                                                                        (Saturação)
                              Isolamento
                            térmico ideal




                                             
                             Entrada de ar                                                  Àgua de Reposição
                           úmido ambiente
                                                                                            (w2-w1).hl

                                                 Termômetro




           A parcela de água evaporada para a corrente de ar é reposta de forma a
           manter a operação em regime permanente.

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                                                     5. Saturação Adiabática e a Tem. de Bulbo Úmido

             Saturação Adiabática – Temp. de Bulbo Úmido Termodinâmica


                     Saída de ar
                       saturado                                              
                                                                         Ar em equilíbrio
                                                                         termodinâmico
                                                                         com a água
                                                                         (Saturação)
                              Isolamento
                            térmico ideal




                                             
                             Entrada de ar                                                   Àgua de Reposição
                           úmido ambiente
                                                                                             (w2-w1).hl

                                                 Termômetro
                                                 T* , TWB ou TBU


           Mantida a operação em regime permanente, a temperatura da água lida
           no termômetro é denominada temperatura de bulbo úmido termodinâmica.

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                                                     5. Saturação Adiabática e a Tem. de Bulbo Úmido

             Saturação Adiabática – Temp. de Bulbo Úmido Termodinâmica


                     Saída de ar
                       saturado                                              
                                                                         Ar em equilíbrio
                                                                         termodinâmico
                                                                         com a água
                                                                         (Saturação)
                              Isolamento
                            térmico ideal




                                             
                             Entrada de ar                                                   Àgua de Reposição
                           úmido ambiente
                                                                                             (w2-w1).hl

                                                 Termômetro
                                                 T* , TWB ou TBU


           Diferentes valores de TBU podem ser obtidos p/ distintos estados do ar na
           entrada do saturador → Balanço de Energia (1ª Lei da Termodinâmica).

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  • 2. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta Este material foi desenvolvido pelo Prof. João Pimenta, para aulas na disciplina obrigatória de graduação em engenharia mecânica Instalações Termomecânicas II (Ar condicionado). Para fazer referência a este material, por favor utilize o seguinte : PIMENTA, João. Ar Condicionado: Psicrometria. Agosto a Dezembro de 2009. 123 slides. Notas de Aula. Apresentação MS PowerPoint. Críticas, comentários, sugestões, etc. para pimenta@unb.br Universidade de Brasília, Faculdade de Tecnologia ENM - Departamento de Engenharia Mecânica Brasília, Agosto-2009 Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 3. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta Conteudo 1. Introdução 2. Parâmetros Psicrométricos 3. A Carta Psicrométrica 4. A Transferência de Calor e Massa 5. Saturação Adiabática e a Temperatura de Bulbo Úmido 6. Processos Básicos de Condicionamento do Ar Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 4. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 1 Introdução Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 5. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 1. Introdução Havíamos definido o AC como, ―Processo de tratamento do ar, que através do ajuste simultâneo de temperatura, umidade, grau de pureza e circulação, permite manter condições desejáveis para um espaço climatizado ‖ Vimos também que tal definição implica nas seguintes 4 funções básicas: • Controle da temperatura; • Controle da umidade; • Filtragem, limpeza e renovação do ar; • Movimentação e circulação do ar. A figura a seguir ilustra esquematicamente um sistema de AC que incorpora essa funções ... Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 6. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 1. Introdução Serpentina Serpentina Filtros de Aquecimento de Resfriamento Damper de ar externo Tomada de ar externo A Damper de ar recirculado A Ventilador A Exaustão de ar Damper de Ar de insuflamento ar de exaustão distribuído as diferentes zonas Ar de retorno das diferentes zonas Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 7. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 1. Introdução A análise dos diferentes processos envolvendo o ar atmosférico é realizada com o auxilio da http://www.padfield.org/tim/cfys/aircon/aircon3.php PSICROMETRIA. PSICROMETRIA. Estudo das propriedades termodinâmicas do ar úmido afim de analisar mudanças de estado do mesmo. Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 8. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 1. Introdução Ar Atmosférico X Ar seco X Ar Úmido O ar atmosférico contêm vários componentes gasosos, bem como vapor d’água e contaminantes (particulados, pólem, etc.) O ar seco existe quando todo o vapor d’água e contaminantes são removidos do ar atmosférico. Nitrogênio 78,08400 % Oxigênio 20,94760 % Argônio 0,93400 % Dióxido de carbono 0,03140 % Néon 0,00182 % Hélio 0,00052 % Metano 0,00015 % Dióxido de Enxofre 0 a 0,0001 % Hidrogênio 0,00005 % Outros (Criptônio, Xenônio, Ozônio, etc.) 0,00002 % Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 9. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 1. Introdução Ar Atmosférico X Ar seco X Ar Úmido O ar úmido é considerado com uma mistura binária (2 componentes) de ar seco e vapor d’água. A quantidade de vapor d’água no ar úmido varia entre Zero (ar seco) e um máximo que depende da pressão e temperatura da mistura. Estado de equilíbrio entre o ar úmido Saturação e a fase condensada (líquido ou sólida) Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 10. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 1. Introdução Lei de Dalton Lei da mistura de gases perfeitos observada por John Dalton estabelece que ... A pressão total da mistura, P, é igual a soma das pressões Pi que cada gás exerceria se ocupasse isoladamente o volume do reservatório, V, que contém a mistura e estivesse a temperatura, T da mistura. P  Pa  Pw http://www.kentchemistry.com/links/GasLaws/dalton.htm Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 11. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 1. Introdução Massas Moleculares A massa molecular do ar seco é de 28,9645 sendo a constante do gás para o ar seco de, 8314,41 J Ra   287,055 28,9645 kg.K A massa molecular relativa da água é de 18,01528 sendo a constante do gás para o vapor d’água de, 8314,41 J RW   461,520 18,01528 kg.K Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 12. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 1. Introdução Variação da Temperatura e Pressão na atmosfera. O temperatura e pressão do ar atmosférico variam consideravelmente com a altitude, e também com a posição geográfica e as condições meteorológicas. Dados Atmosféricos Padrão (NASA, 1976) http://www.britannica.com/ebc/art-85007/In-Earths-atmosphere-the-limits-of-the-atmospheric-layers-are Altitude [m] Temperatura [oC] Pressão [kPa] -500 18,2 107,478 0 15,0 101,325 500 11,8 95,461 1000 8,5 89,874 2000 2,0 79,495 3000 -4,5 70,108 4000 -11,0 61,640 5000 -17,5 54,020 6000 -24,0 47,181 7000 -30,5 41,061 8000 -37,0 35,600   5, 2559 9000 -43,5 30,742 5 P  101,325 1  2,25577 10 .h 10000 -50,0 26,436 h  500m  altitude  11000m Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 13. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 1. Introdução Tabelas de vapor d’água saturado Entrada Entrada em em Temperatura Pressão Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 14. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 2 Parâmetros Psicrométricos Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 15. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 2. Parâmetros Psicrométricos A Linha de Saturação Sabemos da termodinâmica que o domínio das diferentes fases (sólido, líquido e vapor) de uma dada substância pura pode ser representado num plano pressão temperatura como abaixo... Pressão Ponto Crítico Em nosso estudo estaremos Fase particularmente interessados com a linha Líquida de saturação (vaporização) que delimita as Fase regiões de líquido e vapor Sólida Fase Vapor Ponto Triplo Temperatura Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 16. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 2. Parâmetros Psicrométricos A Linha de Saturação A região a direita dessa linha de saturação diz respeito ao vapor d’água superaquecido, tal qual o mesmo se encontra no ar úmido. Pressão Pressão de Vapor d’água Ponto Crítico Fase Líquida B A Fase Sólida Fase Vapor Ponto Temperatura Triplo Processo isobárico de resfriamento do vapor d’água até a saturação Temperatura Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 17. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 2. Parâmetros Psicrométricos A Linha de Saturação As colocações anteriores são válidas para o vapor d’água (substância pura)! Qual seria o efeito se considerarmos a mistura vapor d’água + ar seco (ar úmido) ??? Resposta: Nenhum! O vapor d’água não é influenciado pela presença do ar →na verdade, uma pequena interação molecular ocorre que pode ser considerada desprezível para fins práticos. Sobre a linha de saturação o ar é dito saturado → qualquer redução adicional de temperatura causa a condensação do vapor d’água presente no ar. Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 18. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 2. Parâmetros Psicrométricos Relações do Gás Perfeito Quando o ar úmido é considerado uma mistura de gases perfeitos independentes (ar seco + vapor d’água), temos: para o ar seco  paV  na R.T para o vapor d' água  pwV  nw R.T onde, pa  pressão parcial do ar seco pw  pressão parcial do vapor d' água V  volume total da mistura na  número de moles de ar seco nw  número de moles de vapor d' água R  constante universal dos gases (8314,4 kJ kg.mol.K ) T  temperatur a absoluta K Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 19. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 2. Parâmetros Psicrométricos Relações do Gás Perfeito Por sua vez, para a mistura ar seco + vapor d’água, também deve obedecer a equação do gás perfeito... pV  nR.T ou seja,  pa  pw .V  na  nw R.T sendo, p  pa  pw n  na  nw Com essas equações, as frações molares de ar seco e vapor d’água podem ser dadas como, pa pa pw pw xa   xw    pa  p w  p  pa  p w  p Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 20. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 2. Parâmetros Psicrométricos Uma série de parâmetros psicrométricos é utilizada para a caracterização do estado termodinâmico do ar úmido... • Umidade Absoluta • Umidade Relativa • Grau de Saturação • Volume Específico • Entalpia Específica • Calor Específico a Pressão Constante • Temperatura de Bulbo Seco • Temperatura de Orvalho • Temperatura de Bulbo Úmido Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 21. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 2. Parâmetros Psicrométricos Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 22. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 2. Parâmetros Psicrométricos Umidade Absoluta (humidity ratio), w Para uma dada amostra de ar úmido, define a razão entre a massa de vapor d’água (Mw) e a massa de ar seco (Ma), i.e., mw kg de vapor d' água w  ma kg de ar seco Uma importante simplificação pode ser feita assumindo a mistura de 2 gases perfeitos. Da equação de estado par o gás perfeito e considerando a Lei de Mistura de Dalton, temos... PaV PwV ma  mw  RaT RwT Substituindo em w, vem ... Ra Pw w Rw Pa Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 23. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 2. Parâmetros Psicrométricos Umidade Absoluta (humidity ratio), w Ra Pw w Rw Pa Porém, da Equação .... Temos que, Ra M w 18,01534    0,62198 Rw M a 28,9645 Assim vem ... Pw w  0,62198 Pa Além disso, como a pressão total da mistura (P) é dada pela soma das pressões parciais dos constituintes da mesma (Pa e Pw), temos que ... Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 24. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 2. Parâmetros Psicrométricos Umidade Absoluta (humidity ratio), w Pw Pw w  0,62198  0,62198 Pa P  Pw Pw w  0,62198 P  Pw Que é a forma mais conhecida e muitas vezes apresentada como a definição da umidade absoluta. Nota: a expressão decorre da hipótese de comportamento ideal que fica comprometida quando a pressão parcial do vapor se aproxima da pressão total da mistura. Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 25. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 2. Parâmetros Psicrométricos Umidade Absoluta (humidity ratio), w Pw w  0,62198 P  Pw A equação precedente mostra existir uma relação direta entre a umidade absoluta e a pressão parcial do vapor d’água → Com isso, podemos usar indistintamente pw ou w no gráfico da linha de saturação antes apresentado Pressão de vapor d’água Umidade Absoluta Nota: A relação entre as escalas não é linear. Temperatura Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 26. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 2. Parâmetros Psicrométricos Umidade Específica (specific humidity), q Razão entre a massa de vapor d’água (mw) e a massa total da amostra de ar úmido, i.e., mw w kg de vapor d' água q   mw  ma 1  w kg de ar úmido Umidade Relativa (relative humidity),  Razão entre a fração molar do vapor d’água presente na mistura (xw) e a fração molar que o vapor d’água teria se a mistura estivesse saturada na mesma temperatura e pressão (xws) . xw  xw, s t, p Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 27. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 2. Parâmetros Psicrométricos Umidade Relativa (relative humidity),  Considerando a equação dos gases perfeitos e a definição das frações molares do vapor d’água, nw nws xw  xws  n  número total de moles n n temos, Razão entre a pressão parcial do vapor d’água xw Pw   na mistura (Pw) e a pressão parcial que o vapor d’água teria (Pws) se a mistura estivesse xw , s t, p Pw, s saturada na mesma temperatura e pressão total da mistura. A umidade relativa varia entre 0 e 1 (0 a 100%).   0  ar seco   1  ar úmido saturado Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 28. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 2. Parâmetros Psicrométricos Grau de Saturação,  Razão entre umidade absoluta do ar e a umidade absoluta do ar saturado, mantidas temperatura e pressão de mistura constantes. w  ws Substituindo as expressões simplificadas da umidade absoluta e da umidade relativa temos, P  Pws P  Pws   ou →   P  Pw P  Pws Nota: se a umidade relativa for alta ou a pressão parcial do vapor for baixa face a pressão da mistura, o grau de saturação será aproximadamente o mesmo que o da umidade relativa. Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 29. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 2. Parâmetros Psicrométricos Propriedades Específicas Propriedades específicas são dadas por unidade de massa da substancia de interesse. No psicrometria convenciona-se referenciar tais propriedades a massa de ar seco (e não a massa da mistura). A razão dessa convenção deve-se ao fato de que nos processos com o ar úmido o fluxo de ar seco permanece constante enquanto que vapor d’água pode ser retirado ou adicionado ao ar úmido. Ou seja, o fluxo mássico de ar seco se conserva no processo. Assim, o volume específico, a entalpia específica e o calor esecífico são referenciados a base de ar seco. Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 30. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 2. Parâmetros Psicrométricos Volume Específico, v Razão entre o volume ocupado pela mistura e a massa de ar seco presente na mesma. V v ma Com a simplificação de gases perfeitos ma  PaV e lembrando que RaT Ra   ma temos, T  m3  v  0,2870   P  Pv  kg ar seco  que pode ser modificada usando a expressão de definição da umidade absoluta, resultando em,  m3  v  0,2870 1  1,6078 w  T  P  kg ar seco  com T em Kelvin e P em kPa. Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 31. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 2. Parâmetros Psicrométricos Volume Específico, v Nota: Se o volume específico da mistura fosse referido a massa de ar úmido (vm), este seria ligeiramente menor que o volume específico referido a massa de ar seco. Com efeito, temos, v  m3  vm    1  w  kg ar úmido  Portanto, os dois volumes específicos diferem pelo fator (1+w) É interessante notar que quanto maior a umidade absoluta maior será o volume específico do ar úmido → ou seja, menor sua densidade. Assim, o ar úmido é mais ―leve‖ que o ar seco o que implica na facilidade com que o ar úmido se dispersa na atmosfera. Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 32. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 2. Parâmetros Psicrométricos Entalpia (H) e Entalpia Específica (h) A entalpia total da mistura é dada pela contribuição isolada da entalpia do ar seco e do vapor d’água, dada a hipótese do gás perfeito. Assim, H  Ha  Hw A entalpia específica da mistura (h) é obtida dividindo-se a expressão acima pela massa de ar seco, como, H ma ha mw hw h   ma ma ma e, com a definição de umidade absoluta, temos a seguinte expressão final,  kJ  h  ha  whw  kg ar seco    Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 33. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 2. Parâmetros Psicrométricos Calor Específico a pressão constante (Cp) Referido a massa de ar seco é dado pela combinação dos calores específicos do ar seco Cpa e do vapor d’água Cpw, como,  kJ  Cp  Cpa  wCpw  kg de ar seco OC    De forma simplificada, Cpa  1,006 kJ kg oC Cpa  1,805 kJ kg oC Com tais valores e com a definição Cp=dh/dT, obtemos uma expressão simplificada para a entalpia específica do ar úmido, ha  1,006.T hw  2501,3  1,805.T Entalpia de vaporização da água h  1,006.T  w2501,3  1,805T  Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 34. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 2. Parâmetros Psicrométricos Temperatura de Bulbo Seco (TBS) É simplesmente a temperatura da mistura indicada por um termômetro. http://www.freeimageslive.com/galleries/medical/pics/thermometer1739.jpg mynasadata.larc.nasa.gov/glossary.php?&word=ALL Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 35. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 2. Parâmetros Psicrométricos Temperatura de Orvalho (TO) http://weather.stives-town.info/images/dew.jpg Temperatura correspondente ao ponto de início da condensação do vapor d’água presente no ar úmido quando seu resfriamento ocorre a pressão constante. Temperatura Vapor d’água Pressão de 1 T1 2 1 TO 2 Temperatura de orvalho do ar no estado 1 T1 Temperatura Volume Específico TO Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 36. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 6. Saturação Adiabática e a Tem. de Bulbo Úmido O higrômetro de espelho gelado (chilled mirror hygrometer) The Chilled Mirror hygrometer: How It Works, Where It Works—and Where It Doesn't May 1, 2005 - David J. Beaubien http://www.sensorsmag.com/sensors/Assoc+Misc/The-Chilled-Mirror-hygrometer-How-It-Works-Where-I/ArticleStandard/Article/detail/184888 Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 37. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 3 A Carta Psicrométrica Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 38. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 3. A Carta Psicrométrica Uma carta psicrométrica reúne graficamente as propriedades termodinâmicas até aqui apresentadas. Basicamente, a carta psicrométrica é útil em duas circunstancias: 1) Obtenção de propriedades do ar úmido, e; 2) Análise de processos. Na carta psicrométrica temos representadas uma série de linhas, cada qual representando valores constantes para: • Umidade Absoluta • Umidade Relativa • Volume Específico • Entalpia Específica • Temperatura de Bulbo Seco • Temperatura de Bulbo Úmido Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 39. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 3. A Carta Psicrométrica Umidade Umidade Umidade Absoluta Absoluta Absoluta Temperatura Entalpia Umidade de bulbo seco Relativa Temperatura Temperatura Temperatura Umidade Umidade Umidade Absoluta Absoluta Absoluta Umidade Temperatura de Volume Absoluta Bulbo Úmido Específico Temperatura Temperatura Temperatura Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 40. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 3. A Carta Psicrométrica Umidade Absoluta kg/kg Temperatura Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 41. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 3. A Carta Psicrométrica Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 42. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 3. A Carta Psicrométrica http://www.arch.hku.hk/~cmhui/teach/65156-7e.htm Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 43. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 3. A Carta Psicrométrica Exemplos Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 44. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 3. A Carta Psicrométrica Exemplo 1 Determinar a umidade absoluta do ar com umidade relativa de 60 % e temperatura de 30 oC, numa pressão de 101,325 kPa. Solução A) Na carta psicrométrica, com UR = 60% e TBS= 40 oC ... UR = 60% W = 0,017 kg/kg TBS=30 oC Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 45. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 3. A Carta Psicrométrica Exemplo 1 Determinar a umidade absoluta do ar com umidade relativa de 60 % e temperatura de 30 oC, numa pressão de 101,325 kPa. Solução B) Usando a Equação, P w  0,62198 w P  Pw e com a definição de umidade relativa xw Pw    Pw    Pw, s xw, s t , p Pw, s Da tabela de vapor d’água, Pw,s = Psat (30 oC)=4,246 kPa, logo, Pw    Pw,s  0,6  4,246  2,548 kPa Assim, 2,548 w  0,62198  0,0160 kg kg 101,325  2,548 Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 46. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 3. A Carta Psicrométrica Exemplo 2 Determinar a umidade absoluta do ar com entalpia de 61 kJ/kg e temperatura de 40 oC, numa pressão de 101,325 kPa. Solução A) Na carta psicrométrica, com h=61 kJ/kg e TBS= 40 oC ... h = 61 kJ/kg W = 0,008 kg/kg TBS=40 oC Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 47. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 3. A Carta Psicrométrica Exemplo 2 Determinar a umidade absoluta do ar com entalpia de 61 kJ/kg e temperatura de 40 oC, numa pressão de 101,325 kPa. Solução B) Com a equação, h  1,006.T  w2501,3  1,805T  temos, h  1,006.T w 2501,3  1,805T  61  1,006.40 w  0,008 kg kg 2501,3  1,805  40 Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 48. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 3. A Carta Psicrométrica Exemplo 3 Qual o volume específico do ar úmido com umidade relativa de 20% e temperatura de 24 oC, numa pressão de 101,325 kPa. Solução A) Na carta psicrométrica, com UR=20% e TBS= 24 oC ... v = 0,85 m3/kg UR = 20% TBS=24 oC Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 49. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 3. A Carta Psicrométrica Exemplo 4 Determine as temperaturas de orvalho e bulbo úmido do ar na temperatura de 30 oC, UR de 40 % e pressão de 101,325 kPa. Solução A) Na carta psicrométrica, com UR = 40% e TBS= 30 oC ... UR = 40% TBU = 21 oC TBS=30 oC To = 15 oC Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 50. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 3. A Carta Psicrométrica Exemplo 5 A umidade relativa e a temperatura do ar em um ambiente são de 60 % e 40 oC respect. Se a pressão é normal (101,325 kPa) calcule a umidade absoluta do ar e o grau de saturação. A pressão parcial do vapor d’água saturado Pws à temperatura de 40 oC vale 7,384 kPa (Tabela) Pw    Pws  0,6  7,384 kPa  4,430 kPa A umidade absoluta (w) é calculada por, Pw 4,430 kg vapor w  0,62198  0,62198  0,0284 P  Pw 101,325  4,430 kg ar seco O grau de saturação é dado por, P  Pws 101,325  7,384    0,60   0,5817  58,17% P  Pw 101,325  4,430 Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 51. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 4 A Transferência de Calor e Massa Coeficientes de Transferência de Calor e Massa A Transferência Simultânea de Calor e Massa O Potencial de Entalpia Lei da Linha Reta Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 52. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 4. A Transferência de Calor e Massa Coeficientes de Transferência de Calor e Massa Como sabemos, a Lei do Resfriamento de Newton estabelece a taxa de transferência da calor entre um fluido e uma superfície como, Q  hc ATsup  T   Como bem colocado por Simões Moreira (1999) ―a aparente simplicidade desta equação esconde o problema fundamental da convecção de calor ... a determinação do coeficiente hc que depende de diversos parâmetros‖. Uma análise dimensional das equações que regem a transferência de calor na convecção resulta na definição do número de Nusselt, como, hc .L Nu  k A mesma análise indica ainda existir uma correlação do tipo, Nu  f Re,Pr  Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 53. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 4. A Transferência de Calor e Massa Coeficientes de Transferência de Calor e Massa De forma análoga à Lei do Resfriamento de Newton podemos definir a taxa de transferência da massa entre uma parede molhada e um fluxo de ar úmido, como, mv  hm Asup      Como antes, agora o coeficiente de transferência de massa hm a pode ser relacionado a outras grandezas adimensionais, como, Número de Sherwood Número de Schimdt hm .L  Sh  D Sh  f Re,Sc  Sc  D D→ coeficiente de difusão de massa [m2/s] Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 54. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 4. A Transferência de Calor e Massa Coeficientes de Transferência de Calor e Massa Para escoamento externo sobre superfície plana nos regimes laminar e turbulento (com início turbulento) podemos escrever,  Nu  f Re,Pr   Nu  a Re b  A Pr c  onde, as constantes A, a, b e c, dependem da geometria e outras condições de escoamento (ver literatura). De forma análoga, a transferência de massa no escoamento externo sobre superfície úmida plana pode ser representada como,  Sh  f Re, Sc   Sh  a Re b  A Sc c  Dividindo a equação para Nu pela equação para Sh, após algum re- arranjo, temos, 1c 1c hc  Sc         Le1c hmCp  Pr  D Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 55. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 4. A Transferência de Calor e Massa Coeficientes de Transferência de Calor e Massa 1c 1c hc  Sc         Le1c hmCp  Pr  D Se introduz aqui um novo adimensional – o número de Lewis, Le, definido pela razão entre os números de Schimdt e Prandtl, ou, de forma mais simples, pela razão entre as difusividades térmica e de massa. O valor do número de Lewis para o ar úmido vale aproximadamente 0,865, e aumenta ligeiramente com a temperatura, de forma que,  0,86  0,90  1,00 hc RLe  23 hmCp O valor unitário para a relação de Lewis RLe implica, entre outras coisas, que o coef. de transf. de massa pode ser diretamente determinado a partir do conhecimento do coeficiente de transferência de calor. Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 56. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 4. A Transferência de Calor e Massa Exemplo Numérico Um filme de água com temperatura de 27ºC sobre uma superfície plana de 0,5m x 0,5m está exposto a brisa de ar atmosférico com velocidade de 10 m/s, pressão normal, umidade relativa de 60% e temperatura também de 27ºC. Calcule a taxa de evaporação da água para o ar. Como primeira aprox. se adotam as propriedades do ar seco a 27ºC,   1,85 105 Pa.s ; Cp  1,01 kJ kg.K ;   1,161 m3 kg Pr  0,707 ; k  0,026W m.K VL 10.0,5.1,161 Cálculo do número de Reynolds, Re    3 105  1,85 10 5 Cálculo do número de Nusselt,  Nu  0,644 3 105  0,707 12 13  324,0 hc .L Nu.k 324,0.0,026 Cálculo de hc, Nu   hc    16,85W m 2 K k L 0,5 Usando a relação de Lewis, sendo RLe≈1, temos, hc 16,85 hm    0,014 m s Cp 1,0110 .1,161 3 Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 57. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 4. A Transferência de Calor e Massa Exemplo Numérico continuação ... Determinação da densidade do vapor d’água no ar úmido na condição da interface com a superfície úmida “sup” e ao longe da mesma “∞”; T  27oC e   100%  wsup  0,0227 kgvapor kgar seco T  27oC e   60%  wsup  0,0134 kgvapor kgar seco Então ... sup  .wsup  1,161.0,0227  0,0264 m3 kg   0,0156 m3 kg Finalmente, o fluxo evaporativo de massa será dado por, mv  0,014.0,52 0,0264  0,0156  0,038 103 kg s  Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 58. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 4. A Transferência de Calor e Massa A Transferência Simultânea de Calor e Massa A ―manipulação‖ do ar úmido geralmente resulta na adição ou remoção de vapor d’água. Isso é particularmente verdade para torres de resfriamento, condensadores evaporativos, serpentinas de resfriamento e desumidificação, umidificadores, etc. Processos evaporativos e de condensação também são comuns na natureza. Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 59. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 4. A Transferência de Calor e Massa A Transferência Simultânea de Calor e Massa A mudança de fase da água requer o fornecimento ou remoção de calor correspondente à sua entalpia de vaporização. Assim, os processos de transferência de calor e massa devem ser considerados simultaneamente.  QL  QS dmvs , hvs   w, T Ar Úmido ws , Ts  QT Água Superficie dA Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 60. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 4. A Transferência de Calor e Massa A Transferência Simultânea de Calor e Massa Fluxo de calor sensível QS  hc dATs  T    QL Taxa de transferência de vapor d’água  QS dmvs , hvs   mv  hm a dAws  w  Conservação da energia para o v.c.    QL  QT  QS  hLVs dmv   QT Com mv na equação acima temos  QL   a hLVs hm dAws  w  Finalmente, das equações acima, o fluxo de calor total será dado por, QT  QS  QL  hc Ts  T    a hLVs hm ws  wdA    Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 61. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 4. A Transferência de Calor e Massa O Potencial de Entalpia Primeiramente considerando que a entalpia específica de uma mistura pode ser dada pela soma das entalpias individuais; podemos escrever para o ar úmido que, hs  h  hsa  h  ws hVs  whV  Somando e subtraindo o produto ws hVs ao segundo membro e ainda admitindo o comportamento de gás perfeito, temos, hs  h  Cpu Ts  T   hVs ws  w onde o calor específico do ar úmido é Cpu  Cpa  wCpv Isolando a diferença de temperatura da equação anterior vem, Ts  T  hs  h   hVs ws  w Cpu Esta última equação substituída na equação anterior para o calor total permite eliminar desta a temperatura. Temos .... Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 62. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 4. A Transferência de Calor e Massa O Potencial de Entalpia Ts  T  hs  h   hVs ws  w Cpu QT  QS  QL  hc Ts  T    a hLVs hm ws  wdA      hc dA h  h   ws  w h  R h  QT  s LVs Le Vs  Cpu  RLe  Para esta última considerando que RLe  1  hLVs  RLe hVs  hLVs o termo   resultante w  ws hLs é desprezível em relação a hs  h . Assim, somente o primeiro termo entre colchetes é significativo. Com isso o fluxo total de calor será dado por,   hc dA h  h  QT s Cpu Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 63. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 4. A Transferência de Calor e Massa O Potencial de Entalpia - Conclusões A equação anterior é importante pois permite determinar o fluxo de calor total em equipamentos de contato direto entre o ar e a água (torres de resfriamento, etc.).  se h  hs  QT se dá do ar para a água  QT  hc dA hs  h   Cpu se h  hs  QT se dá da água para o ar Além disso, já era óbvio que:  se T  Ts  QS se dá do ar para a água QS  hc dATs  T    se T  Ts  QS se dá da água para o ar  se w  ws  QL se dá do ar para a água QL   a hLVs hm dAws  w   se w  ws  QL se dá da água para o ar Vejamos esses 3 casos → Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 64. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 4. A Transferência de Calor e Massa O Potencial de Entalpia - Conclusões ha , Ta , wa ha , Ta , wa ha , Ta , wa  QT  QT  QT   QS hs , Ts , ws QS  QL hs , Ts , ws  QS hs , Ts , ws   QL QL Umidade Umidade Umidade Absoluta Absoluta Absoluta wa hs ws ws ws ha hs ha wa ha wa hs Temperatura Ts Ta Temperatura Ts Ta Temperatura Ts Ta Condensação Evaporação Evaporação Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 65. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 4. A Transferência de Calor e Massa Lei da Linha Reta Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 66. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 4. A Transferência de Calor e Massa Lei da Linha Reta A lei da linha reta estabelece que: ―quando o ar úmido transfere calor e massa de/para uma superfície molhada, o estado do ar tende para a temperatura da superfície úmida (tw) sobre a linha de saturação‖ dA Curva de Saturação Umidade Absoluta Ar 1 Úmido v, ta   2 Temperatura tw Linha Reta Água Temperatura tw As taxas de transf. de calor e massa se interrelacionam de tal modo que o processo se mostra como uma reta no plano temperatura - umidade absoluta Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 67. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 4. A Transferência de Calor e Massa Lei da Linha Reta A conservação da massa e energia aplicada ao volume de controle abaixo resulta em,  ma w  ma dw dA  dmL h  dh ma w  dmL  ma w  dw h T T  dT    w w  dw dmL  ma dw   Ar Úmido  ma  ma Superfície h L ma h  dh  em evaporação  dm L  ma h  Água  QT  QT QT  ma h  dh   ma h  hL dmL      QT  ma h  hL dmL   Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 68. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 4. A Transferência de Calor e Massa Lei da Linha Reta  Substituindo dmL do balanço de massa, no balanço de energia, vem, QT  ma dh  hL dw   Tínhamos também mostrado que,   hc dA h  h  QT s Cpu Igualando, vem, dh  hL dw  hc dA hs  h  Cpu Usando a definição do coeficiente de transferência de massa, mv  hm a dAws  w  re-arranjando vem e considerando que dmv  dmL  ma dw , então,     ma dw dA   a hm ws  w Substituindo em Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 69. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 4. A Transferência de Calor e Massa Lei da Linha Reta dh  RLe hs  h  dw ws  w onde a relação de Lewis (RLe) aparece quando a densidade do ar seco é confundida com a de mistura. Como RLe≈1, a equação acima pode se integrada pelo método de separação de variáveis resultando em, hs  h   C ws  w onde C é uma constante de integração cujo valor pode ser obtido da condição inicial do ar, ou seja, w=w1 para h=h1, de forma que, C hs  h1  ws  w1  hs  h   hs  h1  Igualando, temos, ws  w ws  w1  (Lei da Linha Reta) Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 70. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 4. A Transferência de Calor e Massa Lei da Linha Reta Umidade Absoluta Lei da Linha Reta hs  h   hs  h1  ws  w ws  w1  1 2 Superficie 3 molhada Linha s Reta Temperatura TS T1 Uma sucessão de estados é verificada tal que.... hs  h1   hs  h2   hs  h3     hs  hn   C ws  w1  ws  w2  ws  w3  ws  wn  Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 71. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 5 Saturação Adiabática e a Temperatura de Bulbo Úmido Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 72. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 5. Saturação Adiabática e a Tem. de Bulbo Úmido Saturação Adiabática O saturador adiabático é um dispositivo ideal no qual o ar úmido escoa contra uma fina névoa de água, a pressão constante. Saída de ar saturado  Ar em equilíbrio termodinâmico com a água (Saturação) Isolamento térmico ideal  Entrada de ar Àgua de Reposição úmido ambiente (w2-w1).hl Termômetro Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 73. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 5. Saturação Adiabática e a Tem. de Bulbo Úmido Saturação Adiabática Saída de ar saturado  Ar em equilíbrio termodinâmico com a água (Saturação) Isolamento térmico ideal  Entrada de ar Àgua de Reposição úmido ambiente (w2-w1).hl Termômetro Ao longo do saturador a área de transferência de calor e massa entre o ar úmido e as gotículas de água é tal que, ao sair do saturador o ar encontra-se em equilíbrio termodinâmico com a água, isto é, saturado. Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 74. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 5. Saturação Adiabática e a Tem. de Bulbo Úmido Saturação Adiabática Saída de ar saturado  Ar em equilíbrio termodinâmico com a água (Saturação) Isolamento térmico ideal  Entrada de ar Àgua de Reposição úmido ambiente (w2-w1).hl Termômetro Um isolamento térmico ideal é considerado de forma que o processo é adiabático (não há troca de calor com o ambiente – todo o calor trocado ocorre apenas entre o ar e a água). Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 75. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 5. Saturação Adiabática e a Tem. de Bulbo Úmido Saturação Adiabática Saída de ar saturado  Ar em equilíbrio termodinâmico com a água (Saturação) Isolamento térmico ideal  Entrada de ar Àgua de Reposição úmido ambiente (w2-w1).hl Termômetro A parcela de água evaporada para a corrente de ar é reposta de forma a manter a operação em regime permanente. Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 76. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 5. Saturação Adiabática e a Tem. de Bulbo Úmido Saturação Adiabática – Temp. de Bulbo Úmido Termodinâmica Saída de ar saturado  Ar em equilíbrio termodinâmico com a água (Saturação) Isolamento térmico ideal  Entrada de ar Àgua de Reposição úmido ambiente (w2-w1).hl Termômetro T* , TWB ou TBU Mantida a operação em regime permanente, a temperatura da água lida no termômetro é denominada temperatura de bulbo úmido termodinâmica. Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
  • 77. 168050 - Instalações Termomecânicas II (Ar Condicionado) Capitulo 2. Psicrometria Prof. João Pimenta 5. Saturação Adiabática e a Tem. de Bulbo Úmido Saturação Adiabática – Temp. de Bulbo Úmido Termodinâmica Saída de ar saturado  Ar em equilíbrio termodinâmico com a água (Saturação) Isolamento térmico ideal  Entrada de ar Àgua de Reposição úmido ambiente (w2-w1).hl Termômetro T* , TWB ou TBU Diferentes valores de TBU podem ser obtidos p/ distintos estados do ar na entrada do saturador → Balanço de Energia (1ª Lei da Termodinâmica). Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br