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Universidade de Brasília, Faculdade de Tecnologia
Departamento de Engenharia Mecânica
Laboratório de Ar Condicionado e Refrigeração
Capítulo 7
Análise de Sistemas de Refrigeração
por Compressão a Vapor
Prof. João Pimenta
Curso de Graduação em Engenharia Mecânica
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Capitulo 7. Análise de Sistemas de Refrigeração por Compressão a Vapor
Prof. João Pimenta
Este material foi desenvolvido pelo Prof. João Pimenta,
para aulas na disciplina obrigatória de graduação em
engenharia mecânica Instalações Termomecânicas I (Ar
condicionado).
Para fazer referência a este material, por favor utilize o
seguinte :
PIMENTA, João. Refrigeração: Análise de Sistemas de
Refrigeração por compressão a vapor. Abril a Julho de 2008.
45 slides. Notas de Aula. Apresentação MS PowerPoint.
Críticas, comentários, sugestões, etc. para
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ENM - Departamento de Engenharia Mecânica
Brasília, Abril-2008
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Capitulo 7. Análise de Sistemas de Refrigeração por Compressão a Vapor
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1. Introdução
2. Compressor
4. Unidade Condensadora
Conteúdo
3. Condensador
5. Evaporador
6. Simulação do Sistema Completo
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1
Introdução
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1 INTRODUÇÃO
Qual a potência consumida por
um dado sistema de refrigeração
operando a temperaturas de
evaporação e condensação
conhecidas ?
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1 INTRODUÇÃO
Qual o seu COP ?
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Capitulo 7. Análise de Sistemas de Refrigeração por Compressão a Vapor
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1 INTRODUÇÃO
Como muda seu desempenho
energético se as condições de
operação (TEV, TCD)
se alterarem ?
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1 INTRODUÇÃO
Sistema
de
Refrigeração
?
=
CP
W

?
=
EV
Q

?
=
CD
Q

EV
T
CD
T
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1 INTRODUÇÃO
Evaporador
Condensador
Dispositivo
Expansão
Compressor
?
=
CP
W

?
=
EV
Q

?
=
CD
Q

EV
T
CD
T
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A resposta a essas questões pode ser dada pela simulação do
sistema de refrigeração.
1 INTRODUÇÃO
Diferentes abordagens podem se adotadas para a simulação.
No presente capítulo examinaremos a simulação gráfica e,
com maior ênfase, a simulação matemática do sistema de
refrigeração.
Adotaremos o conceito “component-based” para a simulação
do sistema de refrigeração, i.e., desenvolveremos a
compreensão do desempenho de cada componente
isoladamente para em seguida simular o sistema formado por
esses componentes.
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Consideraremos o desempenho do sistema em regime
permanente, i.e, massa e energia interna dos volumes de
controle considerados não variam no tempo.
1 INTRODUÇÃO
Para cada componente considerado será desenvolvida uma
formulação matemática tendo em conta as equações
pertinentes.
Na solução do sistema de equações formado consideraremos
o método das “substituições sucessivas”.
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2
Compressor
Alternativo
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De forma simplificada, o desempenho de qualquer compressor
pode ser dado como,
2. COMPRESSOR ALTERNATIVO
CP
W

ref
m

Potência consumida
Vazão de Refrigerante
f(condições de operação)
CD
CD P
T →
EV
EV P
T →
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Capitulo 7. Análise de Sistemas de Refrigeração por Compressão a Vapor
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Um possível modelo do compressor pode ser construído a
partir de curvas de desempenho disponibilizadas por
fabricantes.
2. COMPRESSOR ALTERNATIVO
ref
EV m
Q 
 
CP
W

( )
CD
EV
EV T
T
f
Q ,
=

( )
CD
EV
CP T
T
f
W ,
=

?
?
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Um ajuste de curvas pelo método dos mínimos quadrados por
exemplo permite então descrever as relações funcionais
desejadas como,
2. COMPRESSOR ALTERNATIVO
( )
CD
EV
EV T
T
f
Q ,
=

( )
CD
EV
CP T
T
f
W ,
=

2
2
9
2
8
2
7
6
2
5
4
2
3
2
1
CD
EV
CD
EV
CD
EV
CD
EV
CD
CD
EV
EV
EV
T
T
a
T
T
a
T
T
a
T
T
a
T
a
T
a
T
a
T
a
a
Q
+
+
+
+
+
+
+
+
+
=

2
2
9
2
8
2
7
6
2
5
4
2
3
2
1
CD
EV
CD
EV
CD
EV
CD
EV
CD
CD
EV
EV
CP
T
T
b
T
T
b
T
T
b
T
T
b
T
b
T
b
T
b
T
b
b
W
+
+
+
+
+
+
+
+
+
=

Além disso, sabemos que,
CP
EV
CD W
Q
Q 

 +
=
(1)
(2)
(3)
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3
Condensador
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Uma formulação simplificada para a representação do
comportamento de um condensador pode ser dada como,
3. CONDENSADOR
( )
AMB
CD
CD T
T
F
Q −
=

CD
Q

CD
T
CD
Q

AMB
CD T
T −
0
0
K
W
F →
(4)
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4
Unidade
Condensadora
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4. UNIDADE CONDENSADORA
Havendo definido o comportamento do compressor e do
condensador, podemos agora buscar a simulação de uma
unidade condensadora.
Numa TAMB o comportamento de uma unidade condensadora é
influenciado pela TEV (logo por PSU,CP=PEV). Se TEV varia, a
capacidade de deslocamento do compressor é afetada.
(mref↑↓↔QEV↑↓) → a variação de mref causa uma
correspondente alteração em TCD.
EV
Q

EV
T
AMB
T
CP
W

CD
Q

CD
T
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4. UNIDADE CONDENSADORA
Uma possível simulação da unidade condensadora pode ser
realizada graficamente, fazendo-se a superposição dos
gráficos de desempenho anteriores.
TCD
QCD
TEV,1
TEV,2
TEV,3
Pontos de equilíbrio
( ) ( )
r
condensado
Q
compressor
Q CD
CD

 =
( ) ( )
r
condensado
m
compressor
m ref
ref

 =
Estamos contudo mais interessados na simulação matemática
a qual comentamos a seguir.
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4. UNIDADE CONDENSADORA
A simulação matemática da unidade condensadora baseia-se
na solução das equações 1 a 4, ou seja:
( )
CD
EV
EV T
T
f
Q ,
=

CP
EV
CD W
Q
Q 

 +
=
( )
CD
EV
CD T
T
f
Q ,
=

( )
AMB
CD
CD T
T
F
Q −
=

4 Equações X 4 Incógnitas
EV
Q

EV
T
AMB
T
CP
W

CD
Q

CD
T
F
Coeficientes a1, ..., a9 Coeficientes b1, ..., b9
Entradas
Saídas
Parâmetros
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4. UNIDADE CONDENSADORA
A solução simultânea do sistema de equações formado pode ser
obtida pelo “método das substituições sucessivas”.
Para tal, uma seqüência de cálculos é iniciada com valores
arbitrados para certas variáveis (“chute inicial”).
Em cada nova iteração os valores da iteração anterior são
substituídos pelos novos valores calculados.
As iterações prosseguem até que a convergência seja obtida,
isto é, até que não exista variação relevante entre os valores do
vetor solução entre iterações subseqüentes.
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4. UNIDADE CONDENSADORA
Na aplicação do “método das substituições sucessivas” é útil
considerar a construção de um diagrama de fluxo de informações
como abaixo.
F
Coeficientes a1, ..., a9
Coeficientes b1, ..., b9
Equação 1
Equação 2
Equação 3
Equação 4
EV
Q

EV
T

CD
T
CP
W

CD
Q

CD
T

EV
T
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4. UNIDADE CONDENSADORA
Aplicando-se essa técnica, e adotando-se TEV= 10 ºC e TAMB= 35
ºC como “chute inicial” a solução se desenvolve como mostrado
na tabela abaixo.
iteração QEV WCP QCD TCD
1 116,7 32,06 148,77 50,84
2 115,32 32,46 147,77 50,74
3 115,49 32,41 147,90 50,75
4 115,47 32,41 147,88 50,75
Onde a simulação é realizada com os coeficientes a1 ... a9, b1 ...
b9 e com o fator F identificados previamente para um dado
compressor e condensador, respect.
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4. UNIDADE CONDENSADORA
Deve-se notar que, dependendo do esquema adotado na
substituição sucessiva, poderá não haver convergência.
Vejamos um exemplo ....
Dutos
200
=
P
Dutos
Ventilador
Dutos
Ventilador
10
=
V

→ Diverge !!! Converge! ←
( ) 2
6
10
5
,
73
15 P
V 

−
= −

8
,
1
73
,
10
80 V
P 
+
=

Para os dutos
Para o ventilador
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4. UNIDADE CONDENSADORA
A ocorrência de convergência é ilustrada no gráfico abaixo, para
o exemplo anterior.
V

P

( ) 2
6
10
5
,
73
15 P
V 

−
= −

8
,
1
73
,
10
80 V
P 
+
=

200
=
P
10
=
V

DIVERGE !!!
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Evaporador
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5. EVAPORADOR
A figura abaixo ilustra o comportamento de um dado
evaporador.
Da figura, observamos que:
1) QEV↑ → TEV ↓ e/ou Tw,su ↑
2) QEV↑ → vazão água ↑ sendo Tw,su =cte
2,0 kg/s
1,6 kg/s
QEV
TEV
Tw,su=10 ºC
Tw,su=15 ºC
Tw,su=20 ºC
Tw,su=25 ºC
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5. EVAPORADOR
Admitindo U=cte em toda a faixa de
operação as linha de TW,SU seriam retas.
2,0 kg/s
1,6 kg/s
QEV
TEV
Tw,su=10 ºC
Tw,su=15 ºC
Tw,su=20 ºC
Tw,su=25 ºC
Contudo, nota-se um comportamento não
linear que está associado justamente a
ocorrência de variações de U.
O comportamento mostrado na figura pode ser representado por
uma equação como,
( )
EV
su
w
EV T
T
G
Q −
= ,
.

onde G é um fator de proporcionalidade associado a U de alguma
forma.
(5)
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5. EVAPORADOR
Se houvéssemos considerado um G (U)
constante, as linhas na figura anterior seriam
retas paralelas.
( )
 
EV
su
w
EV T
T
Q −
+
= ,
046
,
0
1
0
,
6

Entretanto, como G varia com (TW,SU-TEV)
devemos considerar tal comportamento, o
que pode ser feito de forma simplificada
assumindo uma variação linear de G com
(TW,SU-TEV).
QEV
TW,SU-TEV
G
Para o gráfico de desempenho dado para o evaporador (figura
anterior), com mW=2,0 kg/s, temos,
( ) 1
.
046
,
0 , +
−
= EV
su
w T
T
G
(6)
(7)
Na Eq. (5), vem,
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6
Simulação do
Sistema Completo
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Como feito antes adota-se a técnica de substituições
sucessivas, recorrendo a um diagrama de informações como
mostrado na figura abaixo.
G
Coef. a1, ..., a9
Coef. b1, ..., b9
Equação 1
Compressor
Qev =f(TEV,TCD)
Equação 2
Compressor
WCP =f(TEV,TCD)
Equação 3
1ª. Lei
QCD=QEV+WCP
Equação 7
Evaporador
QEV=f(TW,SU,TEV)
EV
Q


CD
T
CP
W

CD
Q

CD
T
EV
T
Equação 4
Condensador
QCD=f(TCD,TAMB)
CD
T
AMB
T

EV
T su
w
T ,
6. SIMULAÇÃO DO SISTEMA COMPLETO
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A partir de um “chute” inicial para TEV e TCD, as substituições
sucessivas usando as equações definidas para cada
componente permite obter facilmente o resultado.
Nesta aplicação simples como a presente, o método pode ser
implementado através do MS Excel, como mostrado abaixo.
6. SIMULAÇÃO DO SISTEMA COMPLETO
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6. SIMULAÇÃO DO SISTEMA COMPLETO
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0
10
20
30
40
50
1 5 9 13 17 21 25 29 33 37 41 45 49 53 57 61 65 69 73 77 81
TEV
TCD
0.0
20.0
40.0
60.0
80.0
100.0
120.0
140.0
160.0
180.0
1 5 9 13 17 21 25 29 33 37 41 45 49 53 57 61 65 69 73 77 81
QEV
6. SIMULAÇÃO DO SISTEMA COMPLETO
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20.0
22.0
24.0
26.0
28.0
30.0
32.0
34.0
1 5 9 13 17 21 25 29 33 37 41 45 49 53 57 61 65 69 73 77 81
WCP
0.0
20.0
40.0
60.0
80.0
100.0
120.0
140.0
160.0
180.0
200.0
1 5 9 13 17 21 25 29 33 37 41 45 49 53 57 61 65 69 73 77 81
QCD
6. SIMULAÇÃO DO SISTEMA COMPLETO
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Os resultados da simulação anterior forma obtidos para
temperaturas constantes da água na entrada do evaporador
constante (20ºC) e do ambiente (35ºC).
Seria interessante verificar a influência dessas variáveis sobre o
desempenho do sistema.
Considerando a variação da temperatura de entrada da água no
evaporador, temos os resultados da tabela abaixo.
TW,SU,EV TEV TCD QEV WCP QCD COP
25 12,1 51,7 123,3 33,4 33,4 3,69
20 8,2 50,0 109,0 31,6 31,6 3,45
15 4,3 48,4 95,6 29,8 29,8 3,12
10 0,4 46,8 83,1 28,0 28,0 2,97
6. SIMULAÇÃO DO SISTEMA COMPLETO
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168041 - Instalações Termomecânicas I (Refrigeração)
Capitulo 7. Análise de Sistemas de Refrigeração por Compressão a Vapor
Prof. João Pimenta
A queda de TEV ocorre numa razão menor que a temperatura de
entrada da água no evaporador.
TW,SU,EV TEV TCD QEV WCP QCD COP
25 12,1 51,7 123,3 33,4 33,4 3,69
20 8,2 50,0 109,0 31,6 31,6 3,45
15 4,3 48,4 95,6 29,8 29,8 3,12
10 0,4 46,8 83,1 28,0 28,0 2,97
O valor de QEV diminui progressivamente principalmente devido
ao decréscimo da vazão do compressor.
A diminuição de QEV acarreta a diminuição de QCD, fazendo com
que TCD também diminua (a TAMB=cte).
6. SIMULAÇÃO DO SISTEMA COMPLETO
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Capitulo 7. Análise de Sistemas de Refrigeração por Compressão a Vapor
Prof. João Pimenta
TW,SU,EV TEV TCD QEV WCP QCD COP
25 12,1 51,7 123,3 33,4 33,4 3,69
20 8,2 50,0 109,0 31,6 31,6 3,45
15 4,3 48,4 95,6 29,8 29,8 3,12
10 0,4 46,8 83,1 28,0 28,0 2,97
A potência de compressão diminui progressivamente o que é
principalmente devido a diminuição de TEV (menores pressões
de evaporação→menores volumes específicos na sucção do
compressor).
Quando TW,SU,EV = 10ºC temos TEV=0,4ºC → perigo: risco de
congelamento da água no evaporador → caso necessário,
considerar operação com soluções de anti-congelantes.
6. SIMULAÇÃO DO SISTEMA COMPLETO
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Capitulo 7. Análise de Sistemas de Refrigeração por Compressão a Vapor
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Considerações quanto a Expansão
Nas simulações efetuadas até aqui, o dispositivo de expansão
não foi considerado.
Assim, os resultados obtidos pressupõem que o dispositivo de
expansão regula devidamente a vazão de refrigerante para o
evaporador.
Alterações da condição de alimentação do evaporador
acarretariam modificações no coeficiente global de transferência
de calor do mesmo.
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Capitulo 7. Análise de Sistemas de Refrigeração por Compressão a Vapor
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Considerações quanto a Expansão
Situações que levam resultar na sub-alimentação do evaporador
são, por exemplo:
1) válvula de expansão sub-dimensionada,
2) entrada de mistura na válvula de expansão, ou,
3) diferença de pressão através da válvula muito pequena.
Situação 2: Pode ser causada por (i) carga de refrigerante
insuficiente no sistema, (ii) perda de carga na linha de líquido
muito grande ou se a (iii) válvula e o evaporador estiverem
instalados numa posição mais elevada que o condensador.
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Considerações quanto a Expansão
Situação 3: Em sistema com condensação a ar, pode ser
causada por baixas temperaturas ambientes ...
→ TCD(PCD) cai a ponto de diminuir demasiado a diferença de
pressão através da válvula
→ a vazão de refrigerante pode se tornar pequena a ponto de
causar possíveis danos em compressores herméticos que
dependem da vazão de refrigerante para seu arrefecimento.
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Capitulo 7. Análise de Sistemas de Refrigeração por Compressão a Vapor
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7
Análise de
Sensibilidade
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Capitulo 7. Análise de Sistemas de Refrigeração por Compressão a Vapor
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7. ANÁLISE DE SENSIBILIDADE
Por análise de sensibilidade entendemos ...
O processo de examinar de que modo uma variável do
sistema é afetada por uma mudança em outra variável ou
parâmetro do mesmo.
Tal análise de sensibilidade é importante em diversas
circunstâncias, por exemplo, na avaliação da influência da
capacidade de cada componente sobre a capacidade de
refrigeração do sistema.
A partir da simulação implementada neste capítulo para o
sistema completo, podemos examinar a sensibilidade de QEV a
mudanças na capacidade de cada componente como mostrado
na tabela a seguir.
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7. ANÁLISE DE SENSIBILIDADE
Como pode ser visto neste exercício, a capacidade do
compressor tem o efeito isolado mais.
Relação para a capacidade de referência QEV
[kW]
Acréscimo
%
Compressor Condensador Evaporador
1,0 1,0 1,0 95,6 0,0
1,1 1,0 1,0 101,6 6,3
1,0 1,1 1,0 96,8 1,3
1,0 1,0 1,1 97,6 2,1
1,1 1,1 1,1 105,2 10,0

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Modelagem e Simulação de Sistemas de Refrigeração

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  • 2. www.laar.unb.br Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração 168041 - Instalações Termomecânicas I (Refrigeração) Capitulo 7. Análise de Sistemas de Refrigeração por Compressão a Vapor Prof. João Pimenta Este material foi desenvolvido pelo Prof. João Pimenta, para aulas na disciplina obrigatória de graduação em engenharia mecânica Instalações Termomecânicas I (Ar condicionado). Para fazer referência a este material, por favor utilize o seguinte : PIMENTA, João. Refrigeração: Análise de Sistemas de Refrigeração por compressão a vapor. Abril a Julho de 2008. 45 slides. Notas de Aula. Apresentação MS PowerPoint. Críticas, comentários, sugestões, etc. para pimenta@unb.br Universidade de Brasília, Faculdade de Tecnologia ENM - Departamento de Engenharia Mecânica Brasília, Abril-2008
  • 3. www.laar.unb.br Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração 168041 - Instalações Termomecânicas I (Refrigeração) Capitulo 7. Análise de Sistemas de Refrigeração por Compressão a Vapor Prof. João Pimenta 1. Introdução 2. Compressor 4. Unidade Condensadora Conteúdo 3. Condensador 5. Evaporador 6. Simulação do Sistema Completo
  • 4. www.laar.unb.br Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração 168041 - Instalações Termomecânicas I (Refrigeração) Capitulo 7. Análise de Sistemas de Refrigeração por Compressão a Vapor Prof. João Pimenta 1 Introdução
  • 5. www.laar.unb.br Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração 168041 - Instalações Termomecânicas I (Refrigeração) Capitulo 7. Análise de Sistemas de Refrigeração por Compressão a Vapor Prof. João Pimenta 1 INTRODUÇÃO Qual a potência consumida por um dado sistema de refrigeração operando a temperaturas de evaporação e condensação conhecidas ?
  • 6. www.laar.unb.br Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração 168041 - Instalações Termomecânicas I (Refrigeração) Capitulo 7. Análise de Sistemas de Refrigeração por Compressão a Vapor Prof. João Pimenta 1 INTRODUÇÃO Qual o seu COP ?
  • 7. www.laar.unb.br Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração 168041 - Instalações Termomecânicas I (Refrigeração) Capitulo 7. Análise de Sistemas de Refrigeração por Compressão a Vapor Prof. João Pimenta 1 INTRODUÇÃO Como muda seu desempenho energético se as condições de operação (TEV, TCD) se alterarem ?
  • 8. www.laar.unb.br Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração 168041 - Instalações Termomecânicas I (Refrigeração) Capitulo 7. Análise de Sistemas de Refrigeração por Compressão a Vapor Prof. João Pimenta 1 INTRODUÇÃO Sistema de Refrigeração ? = CP W  ? = EV Q  ? = CD Q  EV T CD T
  • 9. www.laar.unb.br Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração 168041 - Instalações Termomecânicas I (Refrigeração) Capitulo 7. Análise de Sistemas de Refrigeração por Compressão a Vapor Prof. João Pimenta 1 INTRODUÇÃO Evaporador Condensador Dispositivo Expansão Compressor ? = CP W  ? = EV Q  ? = CD Q  EV T CD T
  • 10. www.laar.unb.br Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração 168041 - Instalações Termomecânicas I (Refrigeração) Capitulo 7. Análise de Sistemas de Refrigeração por Compressão a Vapor Prof. João Pimenta A resposta a essas questões pode ser dada pela simulação do sistema de refrigeração. 1 INTRODUÇÃO Diferentes abordagens podem se adotadas para a simulação. No presente capítulo examinaremos a simulação gráfica e, com maior ênfase, a simulação matemática do sistema de refrigeração. Adotaremos o conceito “component-based” para a simulação do sistema de refrigeração, i.e., desenvolveremos a compreensão do desempenho de cada componente isoladamente para em seguida simular o sistema formado por esses componentes.
  • 11. www.laar.unb.br Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração 168041 - Instalações Termomecânicas I (Refrigeração) Capitulo 7. Análise de Sistemas de Refrigeração por Compressão a Vapor Prof. João Pimenta Consideraremos o desempenho do sistema em regime permanente, i.e, massa e energia interna dos volumes de controle considerados não variam no tempo. 1 INTRODUÇÃO Para cada componente considerado será desenvolvida uma formulação matemática tendo em conta as equações pertinentes. Na solução do sistema de equações formado consideraremos o método das “substituições sucessivas”.
  • 12. www.laar.unb.br Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração 168041 - Instalações Termomecânicas I (Refrigeração) Capitulo 7. Análise de Sistemas de Refrigeração por Compressão a Vapor Prof. João Pimenta 2 Compressor Alternativo
  • 13. www.laar.unb.br Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração 168041 - Instalações Termomecânicas I (Refrigeração) Capitulo 7. Análise de Sistemas de Refrigeração por Compressão a Vapor Prof. João Pimenta De forma simplificada, o desempenho de qualquer compressor pode ser dado como, 2. COMPRESSOR ALTERNATIVO CP W  ref m  Potência consumida Vazão de Refrigerante f(condições de operação) CD CD P T → EV EV P T →
  • 14. www.laar.unb.br Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração 168041 - Instalações Termomecânicas I (Refrigeração) Capitulo 7. Análise de Sistemas de Refrigeração por Compressão a Vapor Prof. João Pimenta Um possível modelo do compressor pode ser construído a partir de curvas de desempenho disponibilizadas por fabricantes. 2. COMPRESSOR ALTERNATIVO ref EV m Q    CP W  ( ) CD EV EV T T f Q , =  ( ) CD EV CP T T f W , =  ? ?
  • 15. www.laar.unb.br Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração 168041 - Instalações Termomecânicas I (Refrigeração) Capitulo 7. Análise de Sistemas de Refrigeração por Compressão a Vapor Prof. João Pimenta Um ajuste de curvas pelo método dos mínimos quadrados por exemplo permite então descrever as relações funcionais desejadas como, 2. COMPRESSOR ALTERNATIVO ( ) CD EV EV T T f Q , =  ( ) CD EV CP T T f W , =  2 2 9 2 8 2 7 6 2 5 4 2 3 2 1 CD EV CD EV CD EV CD EV CD CD EV EV EV T T a T T a T T a T T a T a T a T a T a a Q + + + + + + + + + =  2 2 9 2 8 2 7 6 2 5 4 2 3 2 1 CD EV CD EV CD EV CD EV CD CD EV EV CP T T b T T b T T b T T b T b T b T b T b b W + + + + + + + + + =  Além disso, sabemos que, CP EV CD W Q Q    + = (1) (2) (3)
  • 16. www.laar.unb.br Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração 168041 - Instalações Termomecânicas I (Refrigeração) Capitulo 7. Análise de Sistemas de Refrigeração por Compressão a Vapor Prof. João Pimenta 3 Condensador
  • 17. www.laar.unb.br Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração 168041 - Instalações Termomecânicas I (Refrigeração) Capitulo 7. Análise de Sistemas de Refrigeração por Compressão a Vapor Prof. João Pimenta Uma formulação simplificada para a representação do comportamento de um condensador pode ser dada como, 3. CONDENSADOR ( ) AMB CD CD T T F Q − =  CD Q  CD T CD Q  AMB CD T T − 0 0 K W F → (4)
  • 18. www.laar.unb.br Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração 168041 - Instalações Termomecânicas I (Refrigeração) Capitulo 7. Análise de Sistemas de Refrigeração por Compressão a Vapor Prof. João Pimenta 4 Unidade Condensadora
  • 19. www.laar.unb.br Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração 168041 - Instalações Termomecânicas I (Refrigeração) Capitulo 7. Análise de Sistemas de Refrigeração por Compressão a Vapor Prof. João Pimenta 4. UNIDADE CONDENSADORA Havendo definido o comportamento do compressor e do condensador, podemos agora buscar a simulação de uma unidade condensadora. Numa TAMB o comportamento de uma unidade condensadora é influenciado pela TEV (logo por PSU,CP=PEV). Se TEV varia, a capacidade de deslocamento do compressor é afetada. (mref↑↓↔QEV↑↓) → a variação de mref causa uma correspondente alteração em TCD. EV Q  EV T AMB T CP W  CD Q  CD T
  • 20. www.laar.unb.br Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração 168041 - Instalações Termomecânicas I (Refrigeração) Capitulo 7. Análise de Sistemas de Refrigeração por Compressão a Vapor Prof. João Pimenta 4. UNIDADE CONDENSADORA Uma possível simulação da unidade condensadora pode ser realizada graficamente, fazendo-se a superposição dos gráficos de desempenho anteriores. TCD QCD TEV,1 TEV,2 TEV,3 Pontos de equilíbrio ( ) ( ) r condensado Q compressor Q CD CD   = ( ) ( ) r condensado m compressor m ref ref   = Estamos contudo mais interessados na simulação matemática a qual comentamos a seguir.
  • 21. www.laar.unb.br Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração 168041 - Instalações Termomecânicas I (Refrigeração) Capitulo 7. Análise de Sistemas de Refrigeração por Compressão a Vapor Prof. João Pimenta 4. UNIDADE CONDENSADORA A simulação matemática da unidade condensadora baseia-se na solução das equações 1 a 4, ou seja: ( ) CD EV EV T T f Q , =  CP EV CD W Q Q    + = ( ) CD EV CD T T f Q , =  ( ) AMB CD CD T T F Q − =  4 Equações X 4 Incógnitas EV Q  EV T AMB T CP W  CD Q  CD T F Coeficientes a1, ..., a9 Coeficientes b1, ..., b9 Entradas Saídas Parâmetros
  • 22. www.laar.unb.br Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração 168041 - Instalações Termomecânicas I (Refrigeração) Capitulo 7. Análise de Sistemas de Refrigeração por Compressão a Vapor Prof. João Pimenta 4. UNIDADE CONDENSADORA A solução simultânea do sistema de equações formado pode ser obtida pelo “método das substituições sucessivas”. Para tal, uma seqüência de cálculos é iniciada com valores arbitrados para certas variáveis (“chute inicial”). Em cada nova iteração os valores da iteração anterior são substituídos pelos novos valores calculados. As iterações prosseguem até que a convergência seja obtida, isto é, até que não exista variação relevante entre os valores do vetor solução entre iterações subseqüentes.
  • 23. www.laar.unb.br Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração 168041 - Instalações Termomecânicas I (Refrigeração) Capitulo 7. Análise de Sistemas de Refrigeração por Compressão a Vapor Prof. João Pimenta 4. UNIDADE CONDENSADORA Na aplicação do “método das substituições sucessivas” é útil considerar a construção de um diagrama de fluxo de informações como abaixo. F Coeficientes a1, ..., a9 Coeficientes b1, ..., b9 Equação 1 Equação 2 Equação 3 Equação 4 EV Q  EV T  CD T CP W  CD Q  CD T  EV T
  • 24. www.laar.unb.br Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração 168041 - Instalações Termomecânicas I (Refrigeração) Capitulo 7. Análise de Sistemas de Refrigeração por Compressão a Vapor Prof. João Pimenta 4. UNIDADE CONDENSADORA Aplicando-se essa técnica, e adotando-se TEV= 10 ºC e TAMB= 35 ºC como “chute inicial” a solução se desenvolve como mostrado na tabela abaixo. iteração QEV WCP QCD TCD 1 116,7 32,06 148,77 50,84 2 115,32 32,46 147,77 50,74 3 115,49 32,41 147,90 50,75 4 115,47 32,41 147,88 50,75 Onde a simulação é realizada com os coeficientes a1 ... a9, b1 ... b9 e com o fator F identificados previamente para um dado compressor e condensador, respect.
  • 25. www.laar.unb.br Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração 168041 - Instalações Termomecânicas I (Refrigeração) Capitulo 7. Análise de Sistemas de Refrigeração por Compressão a Vapor Prof. João Pimenta 4. UNIDADE CONDENSADORA Deve-se notar que, dependendo do esquema adotado na substituição sucessiva, poderá não haver convergência. Vejamos um exemplo .... Dutos 200 = P Dutos Ventilador Dutos Ventilador 10 = V  → Diverge !!! Converge! ← ( ) 2 6 10 5 , 73 15 P V   − = −  8 , 1 73 , 10 80 V P  + =  Para os dutos Para o ventilador
  • 26. www.laar.unb.br Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração 168041 - Instalações Termomecânicas I (Refrigeração) Capitulo 7. Análise de Sistemas de Refrigeração por Compressão a Vapor Prof. João Pimenta 4. UNIDADE CONDENSADORA A ocorrência de convergência é ilustrada no gráfico abaixo, para o exemplo anterior. V  P  ( ) 2 6 10 5 , 73 15 P V   − = −  8 , 1 73 , 10 80 V P  + =  200 = P 10 = V  DIVERGE !!!
  • 27. www.laar.unb.br Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração 168041 - Instalações Termomecânicas I (Refrigeração) Capitulo 7. Análise de Sistemas de Refrigeração por Compressão a Vapor Prof. João Pimenta 5 Evaporador
  • 28. www.laar.unb.br Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração 168041 - Instalações Termomecânicas I (Refrigeração) Capitulo 7. Análise de Sistemas de Refrigeração por Compressão a Vapor Prof. João Pimenta 5. EVAPORADOR A figura abaixo ilustra o comportamento de um dado evaporador. Da figura, observamos que: 1) QEV↑ → TEV ↓ e/ou Tw,su ↑ 2) QEV↑ → vazão água ↑ sendo Tw,su =cte 2,0 kg/s 1,6 kg/s QEV TEV Tw,su=10 ºC Tw,su=15 ºC Tw,su=20 ºC Tw,su=25 ºC
  • 29. www.laar.unb.br Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração 168041 - Instalações Termomecânicas I (Refrigeração) Capitulo 7. Análise de Sistemas de Refrigeração por Compressão a Vapor Prof. João Pimenta 5. EVAPORADOR Admitindo U=cte em toda a faixa de operação as linha de TW,SU seriam retas. 2,0 kg/s 1,6 kg/s QEV TEV Tw,su=10 ºC Tw,su=15 ºC Tw,su=20 ºC Tw,su=25 ºC Contudo, nota-se um comportamento não linear que está associado justamente a ocorrência de variações de U. O comportamento mostrado na figura pode ser representado por uma equação como, ( ) EV su w EV T T G Q − = , .  onde G é um fator de proporcionalidade associado a U de alguma forma. (5)
  • 30. www.laar.unb.br Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração 168041 - Instalações Termomecânicas I (Refrigeração) Capitulo 7. Análise de Sistemas de Refrigeração por Compressão a Vapor Prof. João Pimenta 5. EVAPORADOR Se houvéssemos considerado um G (U) constante, as linhas na figura anterior seriam retas paralelas. ( )   EV su w EV T T Q − + = , 046 , 0 1 0 , 6  Entretanto, como G varia com (TW,SU-TEV) devemos considerar tal comportamento, o que pode ser feito de forma simplificada assumindo uma variação linear de G com (TW,SU-TEV). QEV TW,SU-TEV G Para o gráfico de desempenho dado para o evaporador (figura anterior), com mW=2,0 kg/s, temos, ( ) 1 . 046 , 0 , + − = EV su w T T G (6) (7) Na Eq. (5), vem,
  • 31. www.laar.unb.br Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração 168041 - Instalações Termomecânicas I (Refrigeração) Capitulo 7. Análise de Sistemas de Refrigeração por Compressão a Vapor Prof. João Pimenta 6 Simulação do Sistema Completo
  • 32. www.laar.unb.br Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração 168041 - Instalações Termomecânicas I (Refrigeração) Capitulo 7. Análise de Sistemas de Refrigeração por Compressão a Vapor Prof. João Pimenta Como feito antes adota-se a técnica de substituições sucessivas, recorrendo a um diagrama de informações como mostrado na figura abaixo. G Coef. a1, ..., a9 Coef. b1, ..., b9 Equação 1 Compressor Qev =f(TEV,TCD) Equação 2 Compressor WCP =f(TEV,TCD) Equação 3 1ª. Lei QCD=QEV+WCP Equação 7 Evaporador QEV=f(TW,SU,TEV) EV Q   CD T CP W  CD Q  CD T EV T Equação 4 Condensador QCD=f(TCD,TAMB) CD T AMB T  EV T su w T , 6. SIMULAÇÃO DO SISTEMA COMPLETO
  • 33. www.laar.unb.br Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração 168041 - Instalações Termomecânicas I (Refrigeração) Capitulo 7. Análise de Sistemas de Refrigeração por Compressão a Vapor Prof. João Pimenta A partir de um “chute” inicial para TEV e TCD, as substituições sucessivas usando as equações definidas para cada componente permite obter facilmente o resultado. Nesta aplicação simples como a presente, o método pode ser implementado através do MS Excel, como mostrado abaixo. 6. SIMULAÇÃO DO SISTEMA COMPLETO
  • 34. www.laar.unb.br Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração 168041 - Instalações Termomecânicas I (Refrigeração) Capitulo 7. Análise de Sistemas de Refrigeração por Compressão a Vapor Prof. João Pimenta 6. SIMULAÇÃO DO SISTEMA COMPLETO
  • 35. www.laar.unb.br Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração 168041 - Instalações Termomecânicas I (Refrigeração) Capitulo 7. Análise de Sistemas de Refrigeração por Compressão a Vapor Prof. João Pimenta 0 10 20 30 40 50 1 5 9 13 17 21 25 29 33 37 41 45 49 53 57 61 65 69 73 77 81 TEV TCD 0.0 20.0 40.0 60.0 80.0 100.0 120.0 140.0 160.0 180.0 1 5 9 13 17 21 25 29 33 37 41 45 49 53 57 61 65 69 73 77 81 QEV 6. SIMULAÇÃO DO SISTEMA COMPLETO
  • 36. www.laar.unb.br Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração 168041 - Instalações Termomecânicas I (Refrigeração) Capitulo 7. Análise de Sistemas de Refrigeração por Compressão a Vapor Prof. João Pimenta 20.0 22.0 24.0 26.0 28.0 30.0 32.0 34.0 1 5 9 13 17 21 25 29 33 37 41 45 49 53 57 61 65 69 73 77 81 WCP 0.0 20.0 40.0 60.0 80.0 100.0 120.0 140.0 160.0 180.0 200.0 1 5 9 13 17 21 25 29 33 37 41 45 49 53 57 61 65 69 73 77 81 QCD 6. SIMULAÇÃO DO SISTEMA COMPLETO
  • 37. www.laar.unb.br Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração 168041 - Instalações Termomecânicas I (Refrigeração) Capitulo 7. Análise de Sistemas de Refrigeração por Compressão a Vapor Prof. João Pimenta Os resultados da simulação anterior forma obtidos para temperaturas constantes da água na entrada do evaporador constante (20ºC) e do ambiente (35ºC). Seria interessante verificar a influência dessas variáveis sobre o desempenho do sistema. Considerando a variação da temperatura de entrada da água no evaporador, temos os resultados da tabela abaixo. TW,SU,EV TEV TCD QEV WCP QCD COP 25 12,1 51,7 123,3 33,4 33,4 3,69 20 8,2 50,0 109,0 31,6 31,6 3,45 15 4,3 48,4 95,6 29,8 29,8 3,12 10 0,4 46,8 83,1 28,0 28,0 2,97 6. SIMULAÇÃO DO SISTEMA COMPLETO
  • 38. www.laar.unb.br Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração 168041 - Instalações Termomecânicas I (Refrigeração) Capitulo 7. Análise de Sistemas de Refrigeração por Compressão a Vapor Prof. João Pimenta A queda de TEV ocorre numa razão menor que a temperatura de entrada da água no evaporador. TW,SU,EV TEV TCD QEV WCP QCD COP 25 12,1 51,7 123,3 33,4 33,4 3,69 20 8,2 50,0 109,0 31,6 31,6 3,45 15 4,3 48,4 95,6 29,8 29,8 3,12 10 0,4 46,8 83,1 28,0 28,0 2,97 O valor de QEV diminui progressivamente principalmente devido ao decréscimo da vazão do compressor. A diminuição de QEV acarreta a diminuição de QCD, fazendo com que TCD também diminua (a TAMB=cte). 6. SIMULAÇÃO DO SISTEMA COMPLETO
  • 39. www.laar.unb.br Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração 168041 - Instalações Termomecânicas I (Refrigeração) Capitulo 7. Análise de Sistemas de Refrigeração por Compressão a Vapor Prof. João Pimenta TW,SU,EV TEV TCD QEV WCP QCD COP 25 12,1 51,7 123,3 33,4 33,4 3,69 20 8,2 50,0 109,0 31,6 31,6 3,45 15 4,3 48,4 95,6 29,8 29,8 3,12 10 0,4 46,8 83,1 28,0 28,0 2,97 A potência de compressão diminui progressivamente o que é principalmente devido a diminuição de TEV (menores pressões de evaporação→menores volumes específicos na sucção do compressor). Quando TW,SU,EV = 10ºC temos TEV=0,4ºC → perigo: risco de congelamento da água no evaporador → caso necessário, considerar operação com soluções de anti-congelantes. 6. SIMULAÇÃO DO SISTEMA COMPLETO
  • 40. www.laar.unb.br Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração 168041 - Instalações Termomecânicas I (Refrigeração) Capitulo 7. Análise de Sistemas de Refrigeração por Compressão a Vapor Prof. João Pimenta Considerações quanto a Expansão Nas simulações efetuadas até aqui, o dispositivo de expansão não foi considerado. Assim, os resultados obtidos pressupõem que o dispositivo de expansão regula devidamente a vazão de refrigerante para o evaporador. Alterações da condição de alimentação do evaporador acarretariam modificações no coeficiente global de transferência de calor do mesmo. 6. SIMULAÇÃO DO SISTEMA COMPLETO
  • 41. www.laar.unb.br Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração 168041 - Instalações Termomecânicas I (Refrigeração) Capitulo 7. Análise de Sistemas de Refrigeração por Compressão a Vapor Prof. João Pimenta Considerações quanto a Expansão Situações que levam resultar na sub-alimentação do evaporador são, por exemplo: 1) válvula de expansão sub-dimensionada, 2) entrada de mistura na válvula de expansão, ou, 3) diferença de pressão através da válvula muito pequena. Situação 2: Pode ser causada por (i) carga de refrigerante insuficiente no sistema, (ii) perda de carga na linha de líquido muito grande ou se a (iii) válvula e o evaporador estiverem instalados numa posição mais elevada que o condensador. 6. SIMULAÇÃO DO SISTEMA COMPLETO
  • 42. www.laar.unb.br Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração 168041 - Instalações Termomecânicas I (Refrigeração) Capitulo 7. Análise de Sistemas de Refrigeração por Compressão a Vapor Prof. João Pimenta Considerações quanto a Expansão Situação 3: Em sistema com condensação a ar, pode ser causada por baixas temperaturas ambientes ... → TCD(PCD) cai a ponto de diminuir demasiado a diferença de pressão através da válvula → a vazão de refrigerante pode se tornar pequena a ponto de causar possíveis danos em compressores herméticos que dependem da vazão de refrigerante para seu arrefecimento. 6. SIMULAÇÃO DO SISTEMA COMPLETO
  • 43. www.laar.unb.br Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração 168041 - Instalações Termomecânicas I (Refrigeração) Capitulo 7. Análise de Sistemas de Refrigeração por Compressão a Vapor Prof. João Pimenta 7 Análise de Sensibilidade
  • 44. www.laar.unb.br Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração 168041 - Instalações Termomecânicas I (Refrigeração) Capitulo 7. Análise de Sistemas de Refrigeração por Compressão a Vapor Prof. João Pimenta 7. ANÁLISE DE SENSIBILIDADE Por análise de sensibilidade entendemos ... O processo de examinar de que modo uma variável do sistema é afetada por uma mudança em outra variável ou parâmetro do mesmo. Tal análise de sensibilidade é importante em diversas circunstâncias, por exemplo, na avaliação da influência da capacidade de cada componente sobre a capacidade de refrigeração do sistema. A partir da simulação implementada neste capítulo para o sistema completo, podemos examinar a sensibilidade de QEV a mudanças na capacidade de cada componente como mostrado na tabela a seguir.
  • 45. www.laar.unb.br Universidade de Brasília, Departmento de Engenharia Mecânica LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração 168041 - Instalações Termomecânicas I (Refrigeração) Capitulo 7. Análise de Sistemas de Refrigeração por Compressão a Vapor Prof. João Pimenta 7. ANÁLISE DE SENSIBILIDADE Como pode ser visto neste exercício, a capacidade do compressor tem o efeito isolado mais. Relação para a capacidade de referência QEV [kW] Acréscimo % Compressor Condensador Evaporador 1,0 1,0 1,0 95,6 0,0 1,1 1,0 1,0 101,6 6,3 1,0 1,1 1,0 96,8 1,3 1,0 1,0 1,1 97,6 2,1 1,1 1,1 1,1 105,2 10,0