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UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA
FACULDADE DE TEOLOGIA
MESTRADO INTEGRADO EM TEOLOGIA (1.º grau canónico)
JOÃO MIGUEL PEREIRA
O PROBLEMA DA CAUSALIDADE
Resumo e reflexão do artigo “O PROBLEMA DA CAUSALIDADE”
de Júlio Fragata
Trabalho realizado no âmbito de Ontologia
sob orientação de:
Prof. Dr. José Rui da Costa Pinto
Braga
2015
2
Nota introdutória:
Todo este trabalho teve como texto base:
Júlio FRAGATA, «O Problema da Causalidade», in Revista Portuguesa de Filosofia, Tomo XLII,
Faculdade de Filosofia, Braga, (1986), 1-10.
Pontos fundamentais do artigo:
Tomando por base que “o ser não pode deixar de ser” o autor apresenta-nos o ser absoluto como
existente e necessário para explicar todos os outros seres.
Ao considerar que “todo o ser é atividade, o ser coincide com o que chamaríamos atividade
imanente, e mesmo os seres derivados (essentes)”, “estão também constituídos em certo grau analógico
de atividade imantente”. No entanto, a atividade que se realiza para fora dos seres, a qual podemos
chamar transitiva, não é necessária. Ela brota da vontade do ser absoluto, “dum desenvolvimento livre da
atividade imanente do ser absoluto”. Também os essentes, seres derivados do desenvolvimento livre do
ser absoluto, possuem, de modo analógico esta liberdade.
A causalidade na ação do ser absoluto é unicamente “um desenvolvimento de amor absolutamente
livre”. Nos essentes isso não se verifica. Neles o índice de liberdade também não é total como acontece
com o ser absoluto, “é mais ou menos constringente” de acordo com o grau de excelência que o constitui.
Os essentes brotaram do ser absoluto e em semelhança à questão da liberdade possuem também
em si (como resultado da sua origem no ser mesmo e, dependente do seu grau de excelência), como
resultado da sua atividade imanente, a necessidade de atividade transitiva, ou seja de se relacionarem para
fora se si.
Assim, qualquer essente por mais excelente que seja, e apesar do seu índice de liberdade, age
transitoriamente dum modo necessário. O nível de liberdade muito insignificante dos essentes (como o
caso dos materiais) justifica a sua obediência às leis da física.
Ao contrário, seres mais excelentes deixam de ser tão “obrigados” à obediência. Eles são mais
livres mas há um leque mais variado de leis que se lhes impõe. No caso humano, ele tem mais capacidade
de se libertar da obrigatoriedade à obediência das leis mas é maior o leque de leis que se lhe apresentam
(p. ex. leis sociais e psicológicas) que são resultado do seu nível superior de excelência. O ser absoluto,
que é o ser por excelência e excelente, é o único ser que sendo absolutamente livre não está condicionado
por qualquer lei.
A ação criativa de Deus [ser absoluto] ou qualquer outra ação que possamos conceber proveniente
dele em relação ao universo criado é uma ação livre, ou seja, implica a origem do mundo a partir da
potencialidade livre que lhe é intrínseca e nele absoluta. A essa ação de Deus com o mundo o autor não
chama produção ou indução, chama-lhe dução. A dução não se trata de um ato momentâneo, Deus não
abandona o mundo. A dução é um ato inicial mas também contínuo. A atividade dutiva é pois o
pressuposto de qualquer outra atividade causal, sem ela seria impossível qualquer outra espécie de
atividade.
3
Todas as atividades livres (conforme o índice analógico de maior ou menor liberdade) dos
essentes têm fundamento na atividade dutiva de Deus, pois foi o ser mesmo que a eles deu origem e que,
também pela sua dução, continuamente complementa a sua evolução. No entanto Deus não abandonou o
mundo após criar os essentes, Ele contribui dutivamente na atividade produtiva (realizada pelos essentes).
Deste modo, tudo contribui para a realização dos desígnios de amor de Deus para com o mundo, através
de todas as nossas atividades livres.
Esta questão da dução permite também isentar Deus de qualquer responsabilidade na existência do
mal. “No mundo em evolução como salientou Teilhard de Chardin, o avanço implica sempre renúncias
dolorosas”.
Se considerasse-mos a ação de Deus como uma ação produtiva tornar-se-ia difícil isentar Deus de
certa interferência nos males que acontecem no mundo. Se considerarmos a ação de Deus não como
produtiva mas como dutiva, somos nós, na nossa liberdade, e não Deus, que produzimos o bem e o mal,
embora está claro que isso não seria possível sem a dução divina.
Ao concebermos a ideia da “ação dutiva de Deus no universo integral e a consequente interação
de todos os essentes do universo dão-nos margem filosófica para pensarmos que é possível uma ação de
seres ultramundanos nos seres do nosso universo e vice-versa”. De facto no aspeto puramente filosófico
não podemos negar a possibilidade destas interferências. Tal discernimento ultrapassa o âmbito das
“considerações puramente científicas”. Só poderá ser discernido para além delas provavelmente com o
auxílio das ciências teológicas e místico-teológicas. Não quer o autor com isto alimentar ideias a que
chama “ingénuas” sobre a ação produtiva de seres ultramundanos no nosso universo (tal como anjos,
mortos, etc.).
Outra coisa que o autor alerta é que o milagre não é qualquer “produção de Deus no mundo nem
mesmo daquilo que poderíamos chamar uma interferência sua no nosso universo”. Ele admite que o
milagre também se torna impercetível às ciências, só se poderá eventualmente obter algum discernimento
a partir da verificação ou não-verificação das leis “que as nossas ciências estabelecem”. Ele lembra-nos
para o facto de não estarmos em “condições de discernir todo o alcance da ação dutiva de Deus no
mundo”. O fenómeno a que chamamos milagre pode “acontecer em virtude de uma ação dutiva
misteriosa de Deus que faz com que as próprias leis do universo atuem dum modo para nós
surpreendente”.
4
Reflexão pessoal:
Na minha perspetiva, o artigo vai totalmente de encontro à teologia cristã, sendo todo ele
uma reflexão filosófica criteriosa e metódica. Realço do artigo alguns pontos úteis, com os quais
estou de total acordo, pois estão em linha com o meu raciocínio e espírito cristão.
1 – O autor apresenta-nos a criação do mundo como uma atividade livre do ser-mesmo. A
causa da criação do mundo, causa primordial, foi “um desenvolvimento de amor absolutamente
livre”, amor esse que transborda para fora de si (do ser-mesmo) e chama todos os seres á
participação nele. Tal já não se verifica com o sente homem que age necessariamente para fora de si
manifestando a sua indigência (incompletude) ontológica.
2 – Sendo Deus absolutamente livre e, tendo-nos criado “à sua imagem e semelhança”,
partilhou connosco a sua liberdade. Todos os seres são livre de acordo com a sua excelência. E
sendo o ser humano o ser mais excelente criado por Deus, ele é o que possui maior nível de
liberdade.
3 - Deus não abandonou o mundo após criar os essentes, ele contribui dutivamente na
atividade produtiva. Aqui vejo uma bela explicação para aquilo que na perspetiva cristã chamamos
por Espírito Santo. Esta atividade dutiva, a meu ver, poderá assemelhar-se com o que Jesus
prometeu enviar (o Espírito) para continuar a atuar nos seus discípulos e continuar (evoluir) a obra
que Ele inaugurara.
4 – Encontramos uma bela explicação para a questão do mal. O autor defende que o mal é
resultado da nossa liberdade. Embora pela dução Deus o permita, o mal é resultado das nossas
escolhas e ações livres.
5 - A ideia da “ação dutiva de Deus no universo integral e a consequente interação de todos
os essentes do universo dão-nos margem filosófica para pensar-mos que é possível uma ação de
seres ultramundanos nos seres do nosso universo e vice-versa”. Isto tal como o autor exprime
também se verifica no seio da Igreja. É nisso que consiste a oração que tem como objetivo que “em
virtude de uma ação dutiva misteriosa de Deus que faz com que as próprias leis do universo atuem
dum modo para nós surpreendente”, aconteça essa intervenção divina nas nossas vidas, à qual por
vezes chamamos de milagre.
6 – Tal como St.º Agostinho diz que aquilo que podemos dizer de Deus é menor do que o
que podemos pensar acerca d´Ele e, por sua vez, o nosso pensamento é muito menor do que o que
Deus na realidade é, o autor lembra-nos para o facto de não estarmos em “condições de discernir
todo o alcance da ação dutiva de Deus no mundo”.
5
Questões que gostava de colocar ao Professor Júlio Fragata:
Ao dizer-nos que o ser mesmo, possuindo liberdade absoluta criou todos os essentes pelo
transbordar do seu amor, o autor justifica que o ser mesmo criou tudo em total liberdade. No entanto,
quando nos apresenta a necessidade transitiva dos essente, isto pode dar azos a alguma espécie de
interpretação de um pré-determinismo (ou destino) incorporado nos essentes já no ato de criação pelo
próprio ser absoluto?
Sendo o nível de liberdade maior consoante o maior grau de excelência do ser, é o ser humano
(sente mais excelente criado) mais livre que todos os outros sentes mas ainda assim condicionado por essa
não total liberdade? De que modo isto se verifica?
A atividade dutiva de Deus que continuamente duz no mundo, sem a qual seria impossível
qualquer outra espécie de atividade, poderá levar-nos a pensar que por mais que o homem fuja da vontade
de Deus na criação, isto tendo em vista o seu nível de excelência e consequentemente de liberdade, ele
acabará por cumprir os desígnios de Deus, pois Ele contribui dutivamente na atividade produtiva
(realizada pelos essentes)? Isto pode explicar que o homem mesmo errando irá encontrar o caminho
certo? Ou seja, o homem mesmo fazendo o mal pode encontrar a vontade de Deus, por exemplo ao
deparar-se com as consequências desse seus atos?
De que modo se podem explicar as aparições ou visões de seres ultramundanos (ex. anjos ou
santos)? Se me permite dirigir-me a um caso concreto, como podemos explicar que os videntes de Fátima
tenham tomado a Sagrada Comunhão das mãos do anjo? Não é a aparição uma ação produtiva de um ser
ultramundano, quanto mais a interação física?

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A ação livre e dutiva de Deus na criação e no mundo

  • 1. 1 UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA FACULDADE DE TEOLOGIA MESTRADO INTEGRADO EM TEOLOGIA (1.º grau canónico) JOÃO MIGUEL PEREIRA O PROBLEMA DA CAUSALIDADE Resumo e reflexão do artigo “O PROBLEMA DA CAUSALIDADE” de Júlio Fragata Trabalho realizado no âmbito de Ontologia sob orientação de: Prof. Dr. José Rui da Costa Pinto Braga 2015
  • 2. 2 Nota introdutória: Todo este trabalho teve como texto base: Júlio FRAGATA, «O Problema da Causalidade», in Revista Portuguesa de Filosofia, Tomo XLII, Faculdade de Filosofia, Braga, (1986), 1-10. Pontos fundamentais do artigo: Tomando por base que “o ser não pode deixar de ser” o autor apresenta-nos o ser absoluto como existente e necessário para explicar todos os outros seres. Ao considerar que “todo o ser é atividade, o ser coincide com o que chamaríamos atividade imanente, e mesmo os seres derivados (essentes)”, “estão também constituídos em certo grau analógico de atividade imantente”. No entanto, a atividade que se realiza para fora dos seres, a qual podemos chamar transitiva, não é necessária. Ela brota da vontade do ser absoluto, “dum desenvolvimento livre da atividade imanente do ser absoluto”. Também os essentes, seres derivados do desenvolvimento livre do ser absoluto, possuem, de modo analógico esta liberdade. A causalidade na ação do ser absoluto é unicamente “um desenvolvimento de amor absolutamente livre”. Nos essentes isso não se verifica. Neles o índice de liberdade também não é total como acontece com o ser absoluto, “é mais ou menos constringente” de acordo com o grau de excelência que o constitui. Os essentes brotaram do ser absoluto e em semelhança à questão da liberdade possuem também em si (como resultado da sua origem no ser mesmo e, dependente do seu grau de excelência), como resultado da sua atividade imanente, a necessidade de atividade transitiva, ou seja de se relacionarem para fora se si. Assim, qualquer essente por mais excelente que seja, e apesar do seu índice de liberdade, age transitoriamente dum modo necessário. O nível de liberdade muito insignificante dos essentes (como o caso dos materiais) justifica a sua obediência às leis da física. Ao contrário, seres mais excelentes deixam de ser tão “obrigados” à obediência. Eles são mais livres mas há um leque mais variado de leis que se lhes impõe. No caso humano, ele tem mais capacidade de se libertar da obrigatoriedade à obediência das leis mas é maior o leque de leis que se lhe apresentam (p. ex. leis sociais e psicológicas) que são resultado do seu nível superior de excelência. O ser absoluto, que é o ser por excelência e excelente, é o único ser que sendo absolutamente livre não está condicionado por qualquer lei. A ação criativa de Deus [ser absoluto] ou qualquer outra ação que possamos conceber proveniente dele em relação ao universo criado é uma ação livre, ou seja, implica a origem do mundo a partir da potencialidade livre que lhe é intrínseca e nele absoluta. A essa ação de Deus com o mundo o autor não chama produção ou indução, chama-lhe dução. A dução não se trata de um ato momentâneo, Deus não abandona o mundo. A dução é um ato inicial mas também contínuo. A atividade dutiva é pois o pressuposto de qualquer outra atividade causal, sem ela seria impossível qualquer outra espécie de atividade.
  • 3. 3 Todas as atividades livres (conforme o índice analógico de maior ou menor liberdade) dos essentes têm fundamento na atividade dutiva de Deus, pois foi o ser mesmo que a eles deu origem e que, também pela sua dução, continuamente complementa a sua evolução. No entanto Deus não abandonou o mundo após criar os essentes, Ele contribui dutivamente na atividade produtiva (realizada pelos essentes). Deste modo, tudo contribui para a realização dos desígnios de amor de Deus para com o mundo, através de todas as nossas atividades livres. Esta questão da dução permite também isentar Deus de qualquer responsabilidade na existência do mal. “No mundo em evolução como salientou Teilhard de Chardin, o avanço implica sempre renúncias dolorosas”. Se considerasse-mos a ação de Deus como uma ação produtiva tornar-se-ia difícil isentar Deus de certa interferência nos males que acontecem no mundo. Se considerarmos a ação de Deus não como produtiva mas como dutiva, somos nós, na nossa liberdade, e não Deus, que produzimos o bem e o mal, embora está claro que isso não seria possível sem a dução divina. Ao concebermos a ideia da “ação dutiva de Deus no universo integral e a consequente interação de todos os essentes do universo dão-nos margem filosófica para pensarmos que é possível uma ação de seres ultramundanos nos seres do nosso universo e vice-versa”. De facto no aspeto puramente filosófico não podemos negar a possibilidade destas interferências. Tal discernimento ultrapassa o âmbito das “considerações puramente científicas”. Só poderá ser discernido para além delas provavelmente com o auxílio das ciências teológicas e místico-teológicas. Não quer o autor com isto alimentar ideias a que chama “ingénuas” sobre a ação produtiva de seres ultramundanos no nosso universo (tal como anjos, mortos, etc.). Outra coisa que o autor alerta é que o milagre não é qualquer “produção de Deus no mundo nem mesmo daquilo que poderíamos chamar uma interferência sua no nosso universo”. Ele admite que o milagre também se torna impercetível às ciências, só se poderá eventualmente obter algum discernimento a partir da verificação ou não-verificação das leis “que as nossas ciências estabelecem”. Ele lembra-nos para o facto de não estarmos em “condições de discernir todo o alcance da ação dutiva de Deus no mundo”. O fenómeno a que chamamos milagre pode “acontecer em virtude de uma ação dutiva misteriosa de Deus que faz com que as próprias leis do universo atuem dum modo para nós surpreendente”.
  • 4. 4 Reflexão pessoal: Na minha perspetiva, o artigo vai totalmente de encontro à teologia cristã, sendo todo ele uma reflexão filosófica criteriosa e metódica. Realço do artigo alguns pontos úteis, com os quais estou de total acordo, pois estão em linha com o meu raciocínio e espírito cristão. 1 – O autor apresenta-nos a criação do mundo como uma atividade livre do ser-mesmo. A causa da criação do mundo, causa primordial, foi “um desenvolvimento de amor absolutamente livre”, amor esse que transborda para fora de si (do ser-mesmo) e chama todos os seres á participação nele. Tal já não se verifica com o sente homem que age necessariamente para fora de si manifestando a sua indigência (incompletude) ontológica. 2 – Sendo Deus absolutamente livre e, tendo-nos criado “à sua imagem e semelhança”, partilhou connosco a sua liberdade. Todos os seres são livre de acordo com a sua excelência. E sendo o ser humano o ser mais excelente criado por Deus, ele é o que possui maior nível de liberdade. 3 - Deus não abandonou o mundo após criar os essentes, ele contribui dutivamente na atividade produtiva. Aqui vejo uma bela explicação para aquilo que na perspetiva cristã chamamos por Espírito Santo. Esta atividade dutiva, a meu ver, poderá assemelhar-se com o que Jesus prometeu enviar (o Espírito) para continuar a atuar nos seus discípulos e continuar (evoluir) a obra que Ele inaugurara. 4 – Encontramos uma bela explicação para a questão do mal. O autor defende que o mal é resultado da nossa liberdade. Embora pela dução Deus o permita, o mal é resultado das nossas escolhas e ações livres. 5 - A ideia da “ação dutiva de Deus no universo integral e a consequente interação de todos os essentes do universo dão-nos margem filosófica para pensar-mos que é possível uma ação de seres ultramundanos nos seres do nosso universo e vice-versa”. Isto tal como o autor exprime também se verifica no seio da Igreja. É nisso que consiste a oração que tem como objetivo que “em virtude de uma ação dutiva misteriosa de Deus que faz com que as próprias leis do universo atuem dum modo para nós surpreendente”, aconteça essa intervenção divina nas nossas vidas, à qual por vezes chamamos de milagre. 6 – Tal como St.º Agostinho diz que aquilo que podemos dizer de Deus é menor do que o que podemos pensar acerca d´Ele e, por sua vez, o nosso pensamento é muito menor do que o que Deus na realidade é, o autor lembra-nos para o facto de não estarmos em “condições de discernir todo o alcance da ação dutiva de Deus no mundo”.
  • 5. 5 Questões que gostava de colocar ao Professor Júlio Fragata: Ao dizer-nos que o ser mesmo, possuindo liberdade absoluta criou todos os essentes pelo transbordar do seu amor, o autor justifica que o ser mesmo criou tudo em total liberdade. No entanto, quando nos apresenta a necessidade transitiva dos essente, isto pode dar azos a alguma espécie de interpretação de um pré-determinismo (ou destino) incorporado nos essentes já no ato de criação pelo próprio ser absoluto? Sendo o nível de liberdade maior consoante o maior grau de excelência do ser, é o ser humano (sente mais excelente criado) mais livre que todos os outros sentes mas ainda assim condicionado por essa não total liberdade? De que modo isto se verifica? A atividade dutiva de Deus que continuamente duz no mundo, sem a qual seria impossível qualquer outra espécie de atividade, poderá levar-nos a pensar que por mais que o homem fuja da vontade de Deus na criação, isto tendo em vista o seu nível de excelência e consequentemente de liberdade, ele acabará por cumprir os desígnios de Deus, pois Ele contribui dutivamente na atividade produtiva (realizada pelos essentes)? Isto pode explicar que o homem mesmo errando irá encontrar o caminho certo? Ou seja, o homem mesmo fazendo o mal pode encontrar a vontade de Deus, por exemplo ao deparar-se com as consequências desse seus atos? De que modo se podem explicar as aparições ou visões de seres ultramundanos (ex. anjos ou santos)? Se me permite dirigir-me a um caso concreto, como podemos explicar que os videntes de Fátima tenham tomado a Sagrada Comunhão das mãos do anjo? Não é a aparição uma ação produtiva de um ser ultramundano, quanto mais a interação física?