O documento descreve os processos de galvanização, incluindo a galvanização a fogo, metalização e galvanização eletrolítica. A galvanização a fogo envolve mergulhar peças aquecidas em um banho de zinco fundido para formar uma camada protetora. A metalização projeta partículas de zinco fundido na superfície. A galvanização eletrolítica deposita zinco em uma superfície usando uma corrente elétrica. Todos os métodos formam uma camada de zinco que protege o
2. INTRODUÇÃO
A corrosão é um problema que causa prejuízos anuais da ordem de bilhões de dólares em todo o
mundo, consumindo cerca de 20% da produção mundial de ferro. Por esta razão, as indústrias
envolvidas com a fabricação de equipamentos, estruturas, peças ou componentes que utilizam metais
passíveis de corrosão estão sendo pressionadas por seus consumidores a adotar melhores métodos de
prevenção. Por isso, tanto nos produtos acabados como também nas etapas intermediárias da
fabricação, a utilização de produtos com revestimento protetor tornou-se um pré-requisito.
A eletrodeposição define o recobrimento de uma superfície com um material condutor (geralmente
metal) pela migração e fixação de partículas carregadas eletricamente de uma solução aquosa iônica
com o auxílio de corrente elétrica. Este procedimento tem por objetivos impedir a deterioração de
peças devido à oxidação, corrosão ou ataque de bactérias. O recobrimento de uma superfície metálica
com zinco é genericamente chamado de galvanização. O termo galvanização nasceu da descoberta do
cientista Luigi Galvani (1757 - 1798) e Trata-se de um dos mais antigos processos industriais, que surgiu
com a necessidade de obterem-se características físico-químicas diferentes das dos materiais utilizados
para confecção de diferentes tipos de peças e equipamentos, independente do processo utilizado para a
realização do revestimento. A galvanização vem ocupando um lugar crescente na indústria em geral
devido a dois pontos principais:
I. Boas propriedades anticorrosivas;
II. Baixo custo em relação aos demais processos de proteção.
Grande parte do consumo de chapas e perfis galvanizados ocorre na indústria automobilística e
autopeças; construção civil; na fabricação de produtos da “linha branca”; na área de conforto térmico
(refrigeração, ventilação e aquecimento); na fabricação de dutos de ar condicionado; silos de
armazenagem; cabines de pintura; implementos agrícolas; etc.; onde os principais requisitos desse
material são resistência à corrosão, conformabilidade, aparência estética, boa soldabilidade e
adequação como substrato para pintura.
3. Existem diferentes tipos de galvanização, como,
a frio, a fogo, metalização. Sendo um dos mais
antigos e eficazes a zincagem por imersão a
quente, ou galvanização a fogo. O principal
objetivo deste processo é impedir o contato do
material base, o aço (liga Ferro Carbono), com o
meio corrosivo.
TIPOS DE GALVANOPLASTIA
4. GALVANIZAÇÃO A FOGO
Por mais de 140 anos, a galvanização a fogo tem sido um sucesso comercial como método de proteção
frente à corrosão de uma grande variedade de aplicações, por todo o mundo. Quais são as vantagens
da galvanização a fogo?
O principal objetivo da galvanização a Fogo é impedir o contato do material base, o aço (liga Ferro
Carbono), com o meio corrosivo. Para se obter um acabamento perfeito da zincagem é necessário que
as peças estejam completamente limpas, tornando-se necessário a eliminação de óleos, graxas, óxidos,
cascas de cola, tintas ou qualquer outro tipo de substância do metal base. Para que isso aconteça o
processo de galvanização deve consistir de uma série de banhos em soluções específicas que preparam
o material para receber o banho final, que é o de zinco, que conclui o processo.
Na zincagem por imersão a quente, também conhecida como zincagem a fogo, a peça pré-aquecida e
limpa é submersa num banho de zinco fundido entre 450 e 480° C e este adere e se difunde no metal
de base que normalmente é aço ou ferro fundido. A difusão promove transformações metalúrgicas,
gerando camadas intermetálicas com teores crescentes de zinco até a superfície, onde permanece uma
camada de zinco puro. O controle das condições de entrada, permanência e saída do banho desta
galvanização permitem obter a espessura de revestimento desejada O tratamento posterior é
normalmente constituído por uma passivação em banho adequado ou por uma operação de aplicação
de um óleo. Ambos os tratamentos se destinam a proteger a superfície revestida, quer durante a
armazenagem, quer durante o transporte. As reações metalúrgicas promovidas entre o zinco e o ferro
durante a galvanização a quente fazem com que o revestimento possua excelente aderência ao
material base, muito maior que a apresentada por revestimentos produzidos por processos mecânicos
ou químicos Entre os produtos zincados a quente os convencionais são principalmente utilizados pelo
setor de construção civil, onde os principais requisitos são de resistência à corrosão, conformabilidade
e aparência estética. Os que recebem tratamento de recozimento da camada são consumidos
preferencialmente pelos setores automobilísticos e de eletrodomésticos, onde, além dos requisitos
anteriores, ainda são necessária boa soldabilidade e adequação como substrato para pintura.
5. ZINCAGEM POR ASPERSÃO TÉRMICA
(METALIZAÇÃO)
Na aspersão ou metalização utiliza-se uma pistola, semelhante às de pintura
(dotada de arame de zinco no interior, de pó ou de metal fundido), que projeta
partículas de metal líquido sobre a superfície limpa e rugosa do aço ou ferro
fundido Ao alvejar a peça metálica ocorre à aspersão do zinco. As gotas do
metal líquido são solidificadas quando atingem a superfície e formam uma
camada levemente porosa de lâminas que se recobrem, e que deve ser
impregnada com um selante de modo a obter a máxima resistência à corrosão.
Não há a formação de intermetálicos e a adesão é obtida pelo ancoramento
mecânico junto à superfície. O custo deste tratamento é alto devido às
exigências elevadas em termos de preparo e limpeza superficial. É o único
método satisfatório para obter revestimentos extremamente espessos (250
mm ou mais) e a porosidade inerente dos revestimentos de zinco por projeção
não é prejudicial para a proteção contra a corrosão porque as
descontinuidades são rapidamente seladas
com produtos de corrosão. Esse método é mais comum na recuperação de
elementos difíceis de mover ou imóveis como pontes, interior de navios, etc.
Tem como vantagem não ter restrições em relação às dimensões das peças a
serem tratadas, ao contrário dos casos de galvanização eletrolítica ou por
imersão a quente, e pode ser depositado sobre polímeros desde que se atente
para técnicas de aderência de ABS em poliamida, base para a metalização.
6. GALVANIZAÇÃO ELETROLÍTICA (A FRIO)
Neste processo, o zinco é
eletroliticamente depositado no metal
base formando uma camada
homogênea, fina e muito aderente,
que não influi nas propriedades
mecânicas do material, a partir de uma
solução na qual estão dissolvidos sais
do metal que se deseja depositar.
Caracterizado por uma microestrutura
microfacetada em superfície,
representativa do aspecto
característico dos cristais hexagonais
de zinco, o aço eletrozincado não
apresenta ligas intermetálicas, sendo
este revestimento constituído apenas
por zinco puro. Esta operação é
adequada a um produto que precise
sofrer conformação posterior, requer
um acabamento brilhante, decorativo,
além de uma boa proteção contra a
corrosão e aderência de tinta.
Exemplo de banho eletrolítico manual respectivo e
produto final.
7. VANTAGENS DA GALVANIZAÇÃO
Custo competitivo e menor custo de manutenção
O custo inicial baixo e a durabilidade fazem com que a galvanização seja o meio mais
versátil e econômico para se proteger o aço e o ferro fundido por longos períodos contra a corrosão atmosférica, eliminando-se
manutenções intermediárias Nos equipamentos ou nas estruturas localizadas em áreas de difícil acesso, montadas de
forma compacta ou ainda com restrições quanto à segurança (por exemplo, torres de eletrificação), o aumento dos intervalos de
manutenção reduz os custos decorrentes desta operação e da interrupção de serviços. Em muitos casos, a galvanização torna a manutenção
até desnecessária; mas quando ela é indispensável, sua execução se faz sem pré-tratamentos complexos.
Durabilidade
A durabilidade dos produtos galvanizados é diretamente proporcional à espessura do
revestimento de zinco e, inversamente, à agressividade do meio ambiente. Costuma atingir. 10 anos em atmosferas industriais, 20 anos na
orla marítima e, frequentemente, mais de 25 anos em áreas rurais.
Rapidez do processo (e de utilização)
Com a galvanização, pode-se obter um revestimento completo sobre uma peça em alguns minutos, enquanto que por outro processo seriam
necessárias horas ou dias. As modernas linhas de zincagem contínua, por exemplo, produzem, no ritmo de 500 m2/min, chapas com
excelente qualidade de revestimento. Logo após a galvanização, a peça está pronta para ser utilizada, sem exigir preparação da superfície
(lisa e brilhante), retoques ou pintura.
Versatilidade de aplicação
O revestimento pode ser aplicado desde um parafuso até grandes estruturas, protegendo a peça até mesmo se a cobertura não for perfeita,
devido à proteção catódica.
Grande resistência mecânica
Esta característica confere ao produto galvanizado uma grande resistência a avarias Mecânicas durante a manipulação, estocagem,
transporte e instalação, evitando retoques nestas operações.
Proteção completa da peça
Toda a peça é revestida, superfícies internas, externas, cantos vivos e fendas estreitas nas quais a proteção por outros processos seria muito
difícil
Confiabilidade
O processo de galvanização é simples, direto e totalmente controlado. A espessura (massa) do revestimento formado é uniforme, previsível
e de simples especificação.
Facilidade de inspeção
O produto galvanizado pode ser facilmente inspecionado. A natureza do processo é tal que, se o revestimento parece contínuo e perfeito,
ele realmente é. Além disto, a espessura do revestimento pode ser facilmente verificada a qualquer momento, através de equipamento
magnético ou por testes não destrutivos
8. GALVANIZAÇÃO = SUSTENTABILIDADE
Sustentabilidade
A galvanização, o revestimento do ferro ou aço com zinco, é possivelmente o processo mais ecológico de prevenção
contra a corrosão. Estima-se que os custos com corrosão representem cerca de 4% do PIB das nações industrializadas,
percentual que tende a ser maior na economia dos países emergentes.
A cada 90 segundos, em todo o mundo, uma tonelada de aço é consumida pela corrosão; de cada duas toneladas de
aço produzido, uma é para substituir o aço corroído. Ao proteger uma tonelada de aço contra a corrosão, através da
galvanização por imersão a quente, economiza-se energia suficiente para atender às necessidades de uma família
média por várias semanas.
A galvanização é o uso eficiente do zinco para proteger o aço por longos períodos, economizando recursos com o
mínimo impacto para o meio ambiente.
O zinco, o elemento natural responsável pela resistência à corrosão, é indispensável para os seres humanos, animais e
plantas. No processo de galvanização, as estruturas de ferro ou aço são mergulhadas em um banho contendo zinco
fundido. A galvanização permite a reutilização de todos os resíduos gerados no processo.
O aço galvanizado pode ser facilmente reciclado com outras sucatas de aço no processo de produção do metal.
O aperfeiçoamento da tecnologia de queima a gás também melhorou a eficiência em energia no aquecimento do
banho de galvanização. O calor expelido não é desperdiçado e é utilizado para aquecer produtos químicos de pré-
tratamento ou fazer a secagem antes da imersão.
A indústria de galvanização está comprometida em entender e aprimorar a desempenho ambiental da vida útil de
seus processos e produtos.
Emissões do processo
As emissões do processo de galvanização são muito baixas. A vazão de todos os resíduos líquidos, que consiste
principalmente de ácidos utilizados para o pré-tratamento do aço, é removida por empresas licenciadas de
gerenciamento de resíduos, em concordância com procedimentos obrigatórios, protegendo assim os recursos
hídricos. O ácido descartado é também usado para neutralizar outros resíduos e na fabricação de produtos químicos
para tratamento de água. A indústria melhorou muito sua utilização de produtos químicos de processos nos últimos
anos – reduzindo os volumes de ácidos usados por tonelada de aço galvanizado.
As emissões para a atmosfera são extremamente baixas e rigidamente controladas pelos órgãos de proteção
ambiental. Os banhos de galvanização possuem sistemas de filtragem para captar emissões de partículas para o ar.
Isso é obtido com sucesso através do uso de áreas delimitadas para banho com a utilização de filtros.
9. TRABALHO APRESENTADO PELOS ALUNOS:
Ana Carolina dos Santos.
Bruna Gonçalves.
Dienes Jonathan.
Douglas Alencar.
Jeniffer Kelly.
Nícolas Bastos.
Do 3º ano do Ensino Médio para a disciplina de
Educação Física.