4. Conceber e executar projeto emancipatório
supõe dois suportes mais visíveis, que são a
busca de auto-sustentação e de autogestão.
A passagem de objeto a
sujeito emerge nesse
fenômeno de diagnóstico de
dentro para fora
(autodiagnóstico), com base
no questionamento crítico.
5. Emancipação não é
atitude isolada, porque
nada em sociedade é
espontâneo estritamente.
Precisa ser motivada,
mas não pode ser
conduzida.
6. • É patente a relevância da educação e da
pesquisa para o processo emancipatório.
• Na escola é possível enfrentar pobreza
política, com vistas a conceber e a realizar
instrumentação conveniente da cidadania
popular.
• Daí utilizar-se o termo educação política que
inclui sempre a face técnica, ligada à
informação e ao ensino..
7. • Dentro desse contexto, o conceito de
pesquisa é fundamental, porque está na
raiz da consciência crítica questionadora,
desde a recusa de ser massa de
manobra, objeto dos outros, matéria de
espoliação, até a produção de
alternativas com vistas à consecução de
sociedade pelo menos mais tolerável.
8. • Talvez se possa
estranhar, mas isso
começa no pré-escolar,
compreendido de 0 a 6
anos de idade, porquanto
mais do que ninguém a
criança, vindo ao mundo,
coloca-se em estado
estrutural de descoberta e
criação.
• Tudo é novo, mesmo
chocante, e exige dela
constante aprender,
principalmente
aprender a aprender.
9. • A sala de aulas, lugar em si
privilegiado para processos
emancipatórios através da
formação educativa, toma-se
prisão da criatividade cerceada, à
medida que se instala um
ambiente meramente transmissivo
e imitativo de informações de
segunda mão.
10. • Na luta pela valorização do profissional deve
entrar com ênfase o compromisso com a
pesquisa, no quadro da coerência emancipatória,
que é sempre o núcleo mais digno da educação. O
“professor” (com aspas), para tomar-se
PROFESSOR (sem aspas e com maiúsculas),
carece de investir-se da atitude do pesquisador e,
para tanto, perseguir estratégias adequadas.
Sobretudo, deve fazer parte da sua condição
profissional sem mais, para desfazer o fardo do
reles “ensinador”.