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PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE
SECRETARUA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS
DIVISÃO DE TECONOLOGIA EDUCACIONAL
ATIVIDADE: PESQUISA: PRINCÍPIO CIENTÍFICO E EDUCATIVO
MEDIADOR: ELAINE DA SILVA SANTOS GOULART
CURSISTA: CIRLENE MAGALHÃES DA SILVA
A atual instituição universitária está em decomposição histórica.
A universidade é capaz de produzir um “professor” de ensino
básico que nunca pisou numa sala de aula ou que nunca deu
uma aula.
É mister superar ironias do nosso destino, como a de jogar no
mercado um “professor” que não sabe dar aulas.
Pesquisa seria fermento apto a recolocar a universidade no
caminho das esperanças sociais nela depositadas.
A pesquisa, por ser não só conhecimento mas sobretudo a
sua produção, precisa dialogar direto com a realidade.
Do lado do professor temos a visão empobrecida do
ministrador de aulas.
Esta caricatura se adensa mais ainda no professor
biscateiro, marcado por condições negativas.
Repassador de conhecimento alheio, “picaretagem”, marcas
expressam a impropriedade flagrante da função de professor,
banalizada na condição de repassador barato de conhecimento
alheio.
Professor é aquela figura que, tendo graduação, é
contratada para dar aulas. Pior que isso, há instituições
de ensino superior que assim se definem: apenas dão
aula e têm como professor típico esse biscateiro
instrutor.
Assim, vale perguntar: o que é professor?
pesquisador,
socializador de conhecimentos
motivador
É impossível ser professor “de qualquer coisa”.
Professor-papagaio, que sempre diz a mesma coisa.
O professor tem seu lugar, como pesquisador e orientador, para
motivar no aluno o surgimento do novo mestre.
O primeiro passo é aprender a aprender, que significa
não imitar, copiar, reproduzir.
A verdadeira aprendizagem é aquela construída com
esforço próprio através de elaboração pessoal.
No plano da teoria, é mister exigir capacidade
própria de elaboração, e, no plano da prática,
capacidade de recriar teoria e de unir saber &
mudar.
Se a pesquisa é a razão do
ensino, vale o reverso: o
ensino é a razão da pesquisa
Podemos colocar para o professor exigências tais
como:
Pesquisa
Domínio teórico,
Habilidade de manuseio de dados empíricos,
Versatilidade metodológica,
Experiência prática,
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Estabelecer atitude de diálogo
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O aluno é “estudante”, resumido no discípulo
que indigere pacotes instrutivos.
O aluno leva para a vida não o que decora,
mas o que cria por si mesmo.
Os “professores” se dizem “ensinadores”,
porque na universidade foram obrigados a
apenas aprender.
Vê-se que a miséria do professor é a mesma do
aluno, o qual será, em seguida, o professor, dentro
da mesma engrenagem reprodutiva.
O professor é sobretudo motivador, alguém a
serviço da emancipação do aluno.
Muitas vezes é proibido
fazer perguntas, fechando-se
o ensino em certas apostilas,
que não passam de
simplificação barata e
deturpante
da ciência.
Aula é momento de preleção
discursiva, que tem seu lugar
adequado, mas que jamais pode ser
expediente didático predominante,
muito menos exclusivo.
Para motivarmos o elaborador científico, são
necessárias condições didáticas, tais como:
indução do contato pessoal do aluno com as
teorias,manuseio de produtos científicos
transmissão de alguns ritos formais do trabalho
científico destaque da preocupação
metodológica,cobrança de elaboração própria.
A avaliação pode não respeitar o ritmo de cada um em
seu desenvolvimento intelectual e social.
Como não adianta mascarar a desigualdade social, a
avaliação acaba tornando-se inevitável.
A avaliação é um dos desafios científicos que mais
escancaram os limites da ciência.
Avaliar é pesquisar, se bem compreendido.
O conceito de pesquisa leva a dizer que a
avaliação do aluno precisa ser
radicalmente revista, para ser coerente
com o desafio de gestação do novo
mestre.
A lógica subjacente é a valorização da
elaboração própria, na direção do pesquisador.
Mais difícil é essa avaliação qualitativa, que
desde logo não é passível de ser traduzida em
dados mensuráveis.
A avaliação apenas formal é fuga, porque atesta
que não sabemos avaliar conteúdos.
Em nome da pesquisa, todo “professor” deve ser
cientista.
Emancipação é o processo histórico de conquista e
exercício da qualidade de ator consciente e produtivo.
A compreensão adequada da emancipação somente é
viável no quadro da desigualdade social, quer dizer
recuperar o espaço próprio que outros usurparam.
Pobreza não é sina, mau-jeito, azar,mas injustiça. Sem
tal conscientização não aparece o reclamo
emancipatório, porque o ser social ainda é objeto.
Conceber e executar projeto emancipatório supõe de
modo geral dois suportes mais visíveis, que são a
busca de auto-sustentação e de autogestão.
Nessas condições,
a escola é tipicamente reprodutiva,
mas não precisa reduzir-se a isso.
Pode ser o signo da imbecilização
popular, mas pode
ser instância fundamental
de formação da cidadania
de um povo.
A primeira preocupação é repensar o
“professor” e na verdade recriá-lo. De mero “ensinador”
-instrutor no sentido mais barato-deve passar a
“mestre”.
Há lugar para a aula, como expediente informativo,
para introduzir temas e unidades, para ouvir-se recado
do professor.
“Tomar nota” é preciso, mas é pouco. Toma-se nota,
para poder reelaborar, não para decorar. “Decorar”
deveria ser riscado do mapa.
A escola continua curral formal,
onde o gado é tratado.
Aluno, como discípulo, é gado.
Numa analogia forte, é como
penico, que tudo aceita sem reclamar,
e acha que não passa disso.
O desafio
da qualidade política
está em
fomentar a iniciativa
do aluno.
Do ponto de vista da pesquisa, seriam desafios da
escola:
*a escola precisa assumir papel de espaço cultural
comunitário
*apresentar-se como referência pertinente de
mobilizações comunitárias
*caminhar na direção da oferta integral
*cultivar a noção de patrimônio social e comunitário,
*acatar o controle democrático
*constituir-se patrimônio do professor público,
*atualizar-se sempre.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DEMO, Pedro. Metodologia da Investigação em
Educação. Curitiba. Ibpex, 2005.

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  • 1. PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETARUA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS DIVISÃO DE TECONOLOGIA EDUCACIONAL ATIVIDADE: PESQUISA: PRINCÍPIO CIENTÍFICO E EDUCATIVO MEDIADOR: ELAINE DA SILVA SANTOS GOULART CURSISTA: CIRLENE MAGALHÃES DA SILVA
  • 2. A atual instituição universitária está em decomposição histórica. A universidade é capaz de produzir um “professor” de ensino básico que nunca pisou numa sala de aula ou que nunca deu uma aula. É mister superar ironias do nosso destino, como a de jogar no mercado um “professor” que não sabe dar aulas.
  • 3. Pesquisa seria fermento apto a recolocar a universidade no caminho das esperanças sociais nela depositadas. A pesquisa, por ser não só conhecimento mas sobretudo a sua produção, precisa dialogar direto com a realidade. Do lado do professor temos a visão empobrecida do ministrador de aulas. Esta caricatura se adensa mais ainda no professor biscateiro, marcado por condições negativas.
  • 4. Repassador de conhecimento alheio, “picaretagem”, marcas expressam a impropriedade flagrante da função de professor, banalizada na condição de repassador barato de conhecimento alheio.
  • 5. Professor é aquela figura que, tendo graduação, é contratada para dar aulas. Pior que isso, há instituições de ensino superior que assim se definem: apenas dão aula e têm como professor típico esse biscateiro instrutor.
  • 6. Assim, vale perguntar: o que é professor? pesquisador, socializador de conhecimentos motivador
  • 7. É impossível ser professor “de qualquer coisa”. Professor-papagaio, que sempre diz a mesma coisa. O professor tem seu lugar, como pesquisador e orientador, para motivar no aluno o surgimento do novo mestre.
  • 8. O primeiro passo é aprender a aprender, que significa não imitar, copiar, reproduzir. A verdadeira aprendizagem é aquela construída com esforço próprio através de elaboração pessoal.
  • 9. No plano da teoria, é mister exigir capacidade própria de elaboração, e, no plano da prática, capacidade de recriar teoria e de unir saber & mudar.
  • 10. Se a pesquisa é a razão do ensino, vale o reverso: o ensino é a razão da pesquisa
  • 11. Podemos colocar para o professor exigências tais como: Pesquisa Domínio teórico, Habilidade de manuseio de dados empíricos, Versatilidade metodológica, Experiência prática, Criar espaços alternativos de compreensão e intervenção; Estabelecer atitude de diálogo Agente de mudança na sociedade
  • 12. O aluno é “estudante”, resumido no discípulo que indigere pacotes instrutivos. O aluno leva para a vida não o que decora, mas o que cria por si mesmo. Os “professores” se dizem “ensinadores”, porque na universidade foram obrigados a apenas aprender.
  • 13. Vê-se que a miséria do professor é a mesma do aluno, o qual será, em seguida, o professor, dentro da mesma engrenagem reprodutiva. O professor é sobretudo motivador, alguém a serviço da emancipação do aluno.
  • 14. Muitas vezes é proibido fazer perguntas, fechando-se o ensino em certas apostilas, que não passam de simplificação barata e deturpante da ciência.
  • 15. Aula é momento de preleção discursiva, que tem seu lugar adequado, mas que jamais pode ser expediente didático predominante, muito menos exclusivo.
  • 16. Para motivarmos o elaborador científico, são necessárias condições didáticas, tais como: indução do contato pessoal do aluno com as teorias,manuseio de produtos científicos transmissão de alguns ritos formais do trabalho científico destaque da preocupação metodológica,cobrança de elaboração própria.
  • 17. A avaliação pode não respeitar o ritmo de cada um em seu desenvolvimento intelectual e social. Como não adianta mascarar a desigualdade social, a avaliação acaba tornando-se inevitável. A avaliação é um dos desafios científicos que mais escancaram os limites da ciência. Avaliar é pesquisar, se bem compreendido.
  • 18. O conceito de pesquisa leva a dizer que a avaliação do aluno precisa ser radicalmente revista, para ser coerente com o desafio de gestação do novo mestre.
  • 19. A lógica subjacente é a valorização da elaboração própria, na direção do pesquisador. Mais difícil é essa avaliação qualitativa, que desde logo não é passível de ser traduzida em dados mensuráveis. A avaliação apenas formal é fuga, porque atesta que não sabemos avaliar conteúdos.
  • 20. Em nome da pesquisa, todo “professor” deve ser cientista. Emancipação é o processo histórico de conquista e exercício da qualidade de ator consciente e produtivo. A compreensão adequada da emancipação somente é viável no quadro da desigualdade social, quer dizer recuperar o espaço próprio que outros usurparam.
  • 21. Pobreza não é sina, mau-jeito, azar,mas injustiça. Sem tal conscientização não aparece o reclamo emancipatório, porque o ser social ainda é objeto. Conceber e executar projeto emancipatório supõe de modo geral dois suportes mais visíveis, que são a busca de auto-sustentação e de autogestão.
  • 22. Nessas condições, a escola é tipicamente reprodutiva, mas não precisa reduzir-se a isso. Pode ser o signo da imbecilização popular, mas pode ser instância fundamental de formação da cidadania de um povo.
  • 23. A primeira preocupação é repensar o “professor” e na verdade recriá-lo. De mero “ensinador” -instrutor no sentido mais barato-deve passar a “mestre”. Há lugar para a aula, como expediente informativo, para introduzir temas e unidades, para ouvir-se recado do professor. “Tomar nota” é preciso, mas é pouco. Toma-se nota, para poder reelaborar, não para decorar. “Decorar” deveria ser riscado do mapa.
  • 24. A escola continua curral formal, onde o gado é tratado. Aluno, como discípulo, é gado. Numa analogia forte, é como penico, que tudo aceita sem reclamar, e acha que não passa disso.
  • 25. O desafio da qualidade política está em fomentar a iniciativa do aluno.
  • 26. Do ponto de vista da pesquisa, seriam desafios da escola: *a escola precisa assumir papel de espaço cultural comunitário *apresentar-se como referência pertinente de mobilizações comunitárias *caminhar na direção da oferta integral *cultivar a noção de patrimônio social e comunitário, *acatar o controle democrático *constituir-se patrimônio do professor público, *atualizar-se sempre.
  • 27. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DEMO, Pedro. Metodologia da Investigação em Educação. Curitiba. Ibpex, 2005.