O documento resume a história e evolução da farmácia desde a pré-história, quando o homem já usava plantas medicinais, até os dias atuais. Aborda os primeiros registros de medicina na China, Mesopotâmia, Egito, Índia, Grécia e Roma e como a farmácia se desenvolveu nessas civilizações. Também descreve a separação entre medicina e farmácia e o surgimento das primeiras boticas e farmácias na Europa e no Brasil.
2. Introdução e Origem
Na pré-história o homem já fazia o uso de plantas para a cura de doenças.
Medicina Primitiva:
Baseava-se em crenças e ritos mágicos aliada ao uso de Plantas
Medicinais
Até hoje xamãs usam determinadas plantas para provocar
alucinações ou para curar.
3. China
3.700 anos a.C.
Tratado Médico mais antigo escrito pelo Imperador Shen Nung
Para uma determinada enfermidade havia uma planta que seria um
remédio
Conforme a lenda, ele podia observar os efeitos de seus preparados no
organismo por ter o abdômen transparente.
Farmácia na China Antiga
Imperador Shen Nung
4. Mesopotâmia
3.000 anos a.C.
Tabua de argilas gravadas com escritas cuneiformes contendo 15 receitas
medicinais descoberta em Nippur.
Biblioteca do Palácio Real de Elba (Siria)
Descobertas em 1974-1975
20.000 Tabuinhas de argila
Informações de medicamentos
Nos escritos sumérios há referências
à erva-doce, beldroega e alcaçuz
Ruinas de Nippur
Tabua Sumérica
5. Egito
Papiros Médicos
escrita hierática
conhecidos 14 rolos
Império Antigo
Império Médio
PAPIRO KAHUN
1850 a.C.
Papiro ginecológico
Teste de Gravidez
Método de
Contracepção
Mistura à base de fibras vegetais e de espinhos de acácia
moídos
Espinhos são ricos em ácido lático, que é tóxico para os
espermatozoides.
6. Egito
PAPIRO SMITH
Descoberto por Edwin Smith (1822-1906)
Descreve tratamentos cirúrgicos
Instruções para o tratamento de feridas, fraturas e luxações
Papiro de SMITH
7. Egito
PAPIRO EBERS
Papiro mais importante para a historia da Farmácia
1550 a.C. (século XVI a. C.)
Descoberto por Georg Moritz Ebers (1837-1898) em Luxor, em 1873
Delineia tratamentos mágicos, mecânicos e farmacológicos
20 metros
7000 Substâncias medicinais
811 Fórmulas
Papiro de EBERS
8. Egito
Fraturas
talas e bandagens.
Curativos (unguentos)
utilizavam plantas, animais e minerais
Plantas (125 no papiro de Ebers)
Zimbro, linhaça, romã, erva-doce, folhas do sene, rícino, alho, papoula, acácia,
cebola, figo, sementes de linho, açafrão, mirra, alface, Aloe vera.
Produtos animais
carne (para curar feridas), o mel (como antisséptico local), a cera, a teia de
(desinfetante), a gordura de vaca, o leite de burra, as vísceras de porco
Produtos Minerais
Sais de Chumbo.
9. Índia
Medicina Hindu
Athatva Veda
2500 a.C.
Plantas medicinais
Eram usadas basicamente de duas formas: como elemento para
limpar o corpo, estimulando suas secreções e como sedativo.
Athatva Veda
10. Grécia e Roma
Na Antiguidade a Medicina e a Farmácia eram uma só profissão
Na antiga Roma começou a separação daqueles que diagnosticavam a
doença, daqueles que misturavam matérias para produzir porções de cura
Teofrasto (371 a. C. – 287 a. C.)(Grego)
discípulo de Aristóteles, foi o primeiro botânico conhecido e destacou-se como
estudioso de plantas medicinais.
Dioscodides (I d.C.)(Grego)
Elaborou o guia De Matéria Medica, (precursora das farmacopeias).
Apresenta a descrição do uso de centenas de plantas medicinais e outros
preparados de origem animal e mineral.
11. Grécia e Roma
Hipócrates (377 a.C.- 460 a. C.) (Grego)
Pai da Medicina
Fundamentou a sua na teoria dos quatro humores corporais
(sangue, fleuma - pituíta, bílis amarela e bílis negra).
Relacionando a quantidade dessas substâncias presentes no corpo,
encontrar-se-ia o estado de equilíbrio (eucrasia) ou a doença e dor
(discrasia).
12. Grécia e Roma
Galeno (200 – 130 a. C.) (Pai da Farmácia)
Nasceu na Turquia, mas destacou-se em Roma
Combatia as doenças por meio de substâncias ou compostos que se opunham
diretamente aos sinais e sintomas das enfermidades.
Destacou-se pela prática de testar remédios, criando muitos métodos extrativos
ainda hoje associados a produtos referidos como galênicos
Teriagas
Vinho e ervas
Suas obras constam de cerca de quatro centenas e meia de referências a fármacos
É precursor da alopatia.
Escreveu mais de duzentas obras, sendo que cerca de cem são hoje reconhecidas
como de sua autoria
13. Theophrastus Bombastus von Hohenheim, (1.493–1.541)
PARACELSUS
Suíço
Desenvolveu vários de métodos extrativos
Obra
Das Virtudes das Plantas, Raízes e Sementes
Samuel Hahnemann(1.755 – 1.843)
Pai da Homeopatia
Alemão
14. Evolução
A primeira Farmácia Pública de que se tem notícia foi fundada
em Bagdá, pôr ordem do Califa ALIMAZUR, no ano de 776
d.C.
AVICENA (980-1037d.C)
o Galeno Persa
Contribuiu para às ciências farmacêuticas, chegando a montar uma
botica dentro de sua própria casa, onde atendia os necessitados.
15. O Boticário
A arte do boticário sempre foi associada ao mistério; acreditava-se que os
práticos tinham alguma conexão com o mundo dos espíritos e, dessa forma,
intermediavam o visto e o não-visto. A crença de que poções
tinham poderes mágicos significava que sua ação, para o bem ou para o
não dependia unicamente das suas qualidades naturais.
O boticário tribal era temido, respeitado, acreditado, confiado, algumas
desconfiado, admirado e reverenciado. Por meio de suas poções, acreditava-
que os contatos espirituais fossem feitos, sendo a cura ou o fracasso da
dependente desse contato.
16. O termo farmácia vem do grego pharmakon (φάρμακον), que deu origem a
fármaco, farmácia e tinha duplo significado: medicamento e veneno.
No século II, os árabes fundaram a primeira escola de farmácia de que se tem
notícia, criando inclusive uma legislação para o exercício da profissão.
A partir do século X, foram criadas as primeiras boticas - ou apotecas - na
Espanha e na França. Eram as precursoras das farmácias atuais.
Cabia aos boticários conhecer e curar as doenças, e para o exercício da
profissão deviam cumprir uma série de requisitos e ter local e equipamentos
adequados para a feitura e guarda dos remédios.
17. A farmácia foi oficialmente separada da medicina em 1240 d.C., quando um
decreto do imperador Frederico II, da Alemanha, regulamentou a prática da
farmácia dentro de parte de seu reino, chamado Duas Sicílias.
Os farmacêuticos passaram a ser obrigados a prestar juramento quanto à
preparação de medicamentos confiáveis e de qualidade uniforme, de acordo
com a arte.
No século XVI, o estudo dos medicamentos ganhou impulso notável, com a
pesquisa sistemática dos princípios ativos das plantas e dos minerais capazes
de curar doenças.
18. Louis Pasteur (1822 – 1895)
Em 1861, colocou fim aos argumentos sobre “Geração espontânea” com uma
série de experimentos que demonstraram que:
“Os microorganismos estavam presentes no ar e podiam contaminar soluções
estéreis, embora o próprio ar por si não criasse micróbios”.
No século XIX, médicos, farmacêuticos e químicos começaram a desenvolver
técnicas voltadas para o estudo das substâncias responsáveis pelas atividades
farmacológicas, ou seja, os fármacos;
Com o tempo, foi implantada no mundo a indústria farmacêutica.
19. Durante a 1a Guerra Mundial (1914 -1919), desenvolve-se a terapia antimicrobiana
com avanços significativos em quimioterapia, antibioticoterapia e imunoterapia.
No período da 2a Guerra Mundial (1939 -1945), começaram as pesquisas sobre
guerra química que resultaram no descobrimento dos primeiros antineoplásicos.
As últimas décadas do século passado foram decisivas no descobrimento de
fármacos a partir da aplicação de conceitos de genética molecular, genômica,
proteômica e informática.
A biotecnologia e a tecnologia farmacêutica emergiram como poderosos
instrumentos para romper com os limites terapêuticos estabelecidos.
20. O primeiro boticário no Brasil foi Diogo de Castro, trazido de Portugal por Thomé
de Souza (governador geral nomeado pela coroa portuguesa)
Os jesuítas que vieram para o Brasil colocavam em seus colégios de catequização
uma pessoa para cuidar dos doentes e outra para preparar os remédios.
José de Anchieta, jesuíta que pode ser considerado o primeiro boticário de
Piratininga (São Paulo).
A partir de 1640 as boticas foram autorizadas a se transformar em comércio,
dirigidas por boticários aprovados em Coimbra. Esses boticários que obtinham sua
carta de aprovação eram profissionais empíricos, às vezes analfabetos, possuindo
apenas conhecimentos corriqueiros de medicamentos.
A História da Farmácia no Brasil
21.
22. A passagem do nome de comércio de botica para farmácia surgiu com o
Decreto 2055, de dezembro de 1857, onde ficaram estabelecidas as
condições para que os farmacêuticos e os não habilitados tivessem
licença para continuar a ter suas boticas no país.
23. O Símbolo da Farmácia
A taça com a serpente nela enrolada é internacionalmente conhecida
como símbolo da profissão farmacêutica. Sua origem remonta à
antiguidade, sendo parte das histórias da mitologia grega. Segundo as
literaturas antigas, o símbolo da Farmácia ilustra o poder (cobra) da cura
(taça).
24. Na mitologia grega Hígia era a filha de Esculápio (Asclepius).
Era a deusa da saúde, limpeza (daí a raiz da palavra higiene) e da
sanitariedade, e exercia uma importante parte no culto do pai. Enquanto seu
pai era mais associado diretamente com a cura, ela era associada com a
prevenção da doença e a continuação da boa saúde.
A cobra é denominada Serpente de Epidauro, um dos templos dedicado a
Esculápio.
Para as sociedades ocidentais e do oriente médio, a serpente simboliza a
sabedoria, a imortalidade e a cura.
A taça é uma variante do símbolo da serpente, significando a cura por meio
daquilo que se ingere, ou seja, pelos medicamentos.
25. Tente uma, duas, três vezes e se possível tente a quarta, a quinta e
quantas vezes for necessário. Só não desista nas primeiras tentativas,
a persistência é amiga da conquista. Se você quer chegar a onde a
maioria não chega, faça o que a maioria não faz.
Bill Gates